1 Carta de Paulo aos Coríntios - Lições Bíblicas 2T2009

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JOVENS.DULTOS

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''tantos como a areia da praia..!'

CENTENÁRIO DASASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL

tfQítem poderia imaginar que o trabalho pioneiro iniciado por Daniel Berg eGíinnar Vingren no distante ano de 1911, qttasc 100 anos depois teria comoresultado à conversão de milhões e milhões de almas ao Senhor em nosso Brasil?

Somos o fruto da dedicação, sacrifício ejé de milhares de homens e mulheres deDeus que pregaram-o evangelho e a doutrina Pentecostal. E este é o legado querecebemos de nossos pais na fé: levar adiante a mensagem da salvação para que Mr-

muitos mais possam se juntar a nós nesta comemoração de 100 anos cantando: "

"tantos como a areia da praia, tantos como a areia do mar, •>

que gozo sentirá todo o salvo pois verá, sim tantos como a areia da praia". \R

P A R T I C I P E . ORE. D I V U L G U E .

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BÍBLICASComentário: ANTÓNIO GILBERTOConsultor Doutrinário e Teológico:ANTÓNIO GILBERTO

Lições do 2° Trimestre de 2009

ALUNO

Lição 1Corinto - Uma Igreja Fervorosa, mas não Espiritual

Lição 2A Superioridade da Mensagem da Cruz

Lição 3 /Partidarismo na Igreja

Lição 4Despenseiros dos Mistérios de Deus

A Imoralidade em Corinto

Lição 6Demandas Judiciais Entre os Irmãos

Considerações Acerca do Casamento

Lição 8Coisas Sacrificadas aos ídolos

A importância da Santa Ceia

Lição 10Os Dons Espirituais

Lição 11A Ressurreição de Cristo

Lição 12Ajuda aos Necessitados

Amor, a Virtude Suprema

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BÍBLICASALUNOPublicação Trimestralda Casa Publicadoradas Assembleias de Deus

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05 de Abril de 2009

CORINTO - UMA IGREJAFERVOROSA, MAS NÃO ESPIRITUAL

TEXTO ÁUREO

"E eu, irmãos, não vos pude falar comoa espirituais, mas como a carnais, como

a meninos em Cristo"(\o 3.1).

LEITURA DIÁRIA

Segunda - l Co 13,1 - 14.1O amor de Deus é a virtude cristã porexcelência, acima dos dons

Terça- 1 Co 13.2,13O amor de Deus fluindo no crente é aprova da espiritualidade

Quarta-At 1.4,5; 2.1-4O recebimento do batismo com oEspírito Santo

Quinta- 1 Co 12.1, 31; 14.1A busca dos dons espirituais

Sexta- l Co 5.9-13A disciplina biblicamente corretiva

Sábado- 1 Co 3.1; 13.11Infantilidade e maturidade do crente

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Coríntios 3.1-9.

1 - E eu, irmãos, não vos pude falarcomo a espirituais, mas como a car-nais, como a meninos em Cristo.

2 - Com leite vos criei e não com man-jar, porque ainda não podíeis, nemtampouco ainda agora podeis;

3 - porque ainda sois carnais, pois,havendo entre vós inveja, contendase dissensões, não sois, porventura,carnais e não andais segundo oshomens?

4 - Porque, dizendo um: Eu sou de Pau-lo; e outro: Eu, de Apoio; porventura,não sois carnais?

5 - Pois quem é Paulo e quem é Apoio,senão ministros pelos quais crestes, econforme o que o Senhor deu a cadaum?

6 -Eu plantei, Apoio regou; mas Deusdeu o crescimento.

7 - Pelo que nem o que planta é algu-ma coisa, nem o que rega, mas Deus,que dá o crescimento.

- Ora, o que planta e o que regasão um; mas cada um receberá o seugalardão, segundo o seu trabalho.

~ Porque nós somos cooperadoresde Deus; vós sois lavoura de Deus e

cícío de Deus.

REFLEXÃO

.'s dons têm a ver com oque fazemos para Deus. Ocaráter cristão com o que

somos para Ele."

INTRODUÇÃO

Todo crente, inclusive obrei-ros, professores e alunos da EscolaDominical que quiserem entender adinâmica da vida de uma igreja develer na íntegra a Primeira Epístola dePaulo aos Coríntios. A diversidade desituações e fatos da igreja coríntia é osuficiente para uma ampla visão dosproblemas e virtudes de uma con-gregação genuinamente cristã. Nãoexiste igreja local perfeita, entretanto,Corinto se destaca por um fator agra-vante no comportamento daquelesirmãos: o excesso em muitas áreas,como se vê em l Coríntios 4.14-16;5.6; 8.7,9; 10.21,32; l 1.13-16, 20-22,30; 14.23, 32-34, 40. Excetuandoa pessoalidade da carta (saudações elembranças), os ensinos doutrináriosdesta epístola são permanentes e,portanto, aplicáveis à igreja atual.

I. O CONTEXTO DA ÉPOCA

1. Propósito da epístola. Aoser informado dos muitos e gravesproblemas dos crentes de Corinto,Paulo escreveu-lhes uma carta,não para envergonhá-los, mas paraadmoestá-los como filhos amados (lCo 1.11). O propósito do apóstoloera tríplice: 1) Exortá-los a mudarsua conduta (desunião, imoralidade,processos judiciais, culto escandalo-so, etc.; 2) Doutriná-los sobre assun-tos gerais e comuns da vida cristã(matrimónio, amor ao próximo, aconsciência e a liberdade cristã); e3) Explanar a doutrina fundamentalda ressurreição de Cristo e corrigiros falsos ensinos. Também doutrinarsobre o arrebatamento da Igreja porCristo, começando com a ressurrei-ção em glória dos mortos salvos,

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e a transformação dos vivos e suatransladação para o céu.

2. Ser cristão em meio a umpovo ímpio. Ser crente em Corinto,uma cidade afundada no pecado,era um grande desafio. Ali, ninguémsabia o que é ser um santo de Deus.Porém, ser ímpio, fornicário, be-berrão, ladrão, enganador, imoral,assassino, pervertido sexualmente,viciado, idólatra, era normal. Havia,inclusive, a "prostituição cultual" emque o templo dedicado a Afroditereunia mil sacerdotisas prostitutasque ofereciam religiosamente seuscorpos à luxúria e aos demónios.

Nestes últimos dias antes davolta de Cristo, o pecado sob todasas formas, avoluma-se por toda par-te, como um rolo compressor. Estaé uma das causas de haver tantoscrentes frios espiritualmente: "E, porse multiplicar a iniquidade, o amorde muitos se esfriará" (Mt 24.12).

II. O FERVOR RELIGIOSOEA ESPIRITUALIDADE

1. Fervor e espiritualidade.Os crentes de Corinto tinham donsespirituais (1.7), mas muitos eramimaturos, insubmissos, ignorantesda doutrina reveladora dos dons,além de carnais. Em uma igreja épossível haver crentes fervorosos,que gostam de movimento e agitaçãosem, contudo, haver espiritualidadereal, advinda do Espírito Santo. Àsvezes o que parece fervor espiritualé mais emocionalismo, resultante demotivações e mecanismos externos.Tal fervor é passageiro, ao passo quea verdadeira espiritualidade está inti-mamente relacionada ao exercício dapiedade e da vida cristã consagrada(Ef 4.17-32).

O crente experiente na fé podeser "fervoroso no espírito" (Rm l 2.1,

primeiramente o que e.faz, mas o que ele é ant

2,11). Todavia, é preciso compreen-der que essa maturidade cristã nãovem primeiramente pelo exercíciodos dons ou pelo tempo de con-versão.

2. Dons espirituais sem ofruto do Espírito (Gl 5.22; Ef 5.9).Havia abundância de dons na igrejade Corinto (l Co 1.7), todavia nãoeram utilizados de forma equilibra-da, visando o progresso da obra doSenhor. Os crentes exerciam os donspara demonstrar níveis de maturida-de e de santificação, tornando-se as-sim, carnais (l Co 3.1), ignorantes ()Co 12.1) e meninos (l Co 14.20).

Não são os atos miraculososrealizados e os diversos dons espi-rituais (ver Mt 7.22) exercidos queidentificam os autênticos servos deDeus, mas os seus frutos. É o frutoque revela a natureza da árvore. Oque atesta a autenticidade de umcristão não é primeiramente o queele faz, mas o que ele é ante a Pala-vra de Deus (Mt 5.13-16). Os donstêm a ver com o que fazemos paraDeus. O caráter cristão com o quesomos para Ele.

' 3. O culto e a utilização dosdons na igreja. Os dons não sedestinam a realização individual oumanipulação seja do que for, masservem para o desenvolvimento,crescimento, amadurecimento e

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edificação do corpo de Cristo (l Co14.3-5,1 2,26). Os principais elemen-tos de um culto espiritual encontram-se em l Coríntios 14.26.

III. A MISSÃODISCIPULADORA DA IGREJA

Discipular é fazer de cada novocrente um autêntico e fiel seguidorde Jesus Cristo (Mt 28.19).

1. Quantidade e qualidadena igreja. Enquanto o crescimentoquantitativo da igreja vem pelo novonascimento (At 2.41-47), o qualitativose dá pelo discipulado. Paulo, por cau-sa da perseguição, não pôde passartanto tempo em Corinto (At 18.11)quanto em Éfeso (At 19.8, 10; 20.31).Daí, a razão das grandes diferençasno tocante à conduta cristã dessasduas igrejas. O apóstolo foi um in-cansável discipulador, fortalecendo afé dos novos crentes e edificando-osna doutrina do Senhor. Ver At l 4.22;15.36; 18.23; l Ts 5.14.

2. Falsos crentes na igreja.Havia crentes na igreja de Corintoque não eram convertidos ao Senhor(l Co l 5.34). O mesmo ocorreu como povo de Israel quando Deus o tiroudo Egito. As pessoas saíram, mas o"Egitc" não saiu da vida de muitasdelas. É que o "Egito" para sair docoração dos israel i tas, dependiatambém deles e não só de Deus.É o caso do crente e o mundo comseus enganos, seduções e pecados(Tg 4.4; l Jo 2.1 5-1 7). O problemade Israel foi pior, porque um povoestranho que não conhecia o Senhorsaiu com eles do Egito (Êx 12.38).O mesmo aconteceu após a mortede Josué quando o povo de Deus sedesviou Qz 2.10).

Toda igreja tem na sua congre-gação muitos que não são nascidosde novo, inclusive na Escola Domini-

cal (l Jo2.19). O professor deve sem-pre em oração, cautela e sabedoria,verificar quais alunos de sua classeainda não são salvos e conduzi-losa Cristo, o Salvador.

3. Ostentação - uma fraque-za entre os coríntios. Isto estámuito claro no capítulo 4, versículos8,1 5 e 16 da epistola em estudo. Elespoderiam ter até dez mil professoresna igreja ("em Cristo", v. l 5), mas nãotinham pais espirituais. Precisamos,sim, dos mestres, instrutores e guias,mas a partir de pais espirituais, quepelo Espírito Santo gerem filhos nafé para Deus.

Dez vezes na Primeira Epístolaaos Coríntios aparece a pergunta"não sabeis?", referente a ensinosbásicos da fé cristã, a começar pelocapitulo 3, versículo 16. Os crentesde Corinto se envaideciam de tantosaber, mas desconheciam as coisasbásicas da fé. Na Segunda Epístola,não ocorre a referida pergunta. Aocontrário, há no seu contexto váriasdeclarações revelando que agoraeles sabiam segundo Deus.

4. Coisas boas na igreja deCorinto. Fatos bons em Corinto, re-latados logo no início da epístola:

a) Em Corinto, por ocasião daepístola, havia muitos crentes "san-tificados em Cristo" (l .2).

b) Paulo dava "graças ao meuDeus" pelos crentes de Corinto, ape-sar de seus problemas (l .4).

c) Paulo chama os crentes corín-tios de "irmãos", apesar de muitosdeles, na Segunda Epístola, falaremmal da pessoa de Paulo e do seuministério (l .1 0.1 1).

d) Os crentes de Corinto, de ummodo geral, com suas fraquezas, de-feitos, falhas e pecados, pertenciama Cristo, porque foram salvos porEle (1.30).

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e) Os crentes de Corinto melho-raram à medida que o apóstolo e paina fé, Paulo, os admoestava biblica-mente (M.2). Paulo lhes escreveuoutros tratados (2 Co l 0.9).

CONCLUSÃO

Fervor religioso sem maturidadeespiritual pode gerardivisões, tal comoocorria entre os "profetas" da igreja de

Corinto (l Co 14.26-40). Inversamente,o Senhor Jesus disse que os cristãosdevem ser conhecidos pelo amor de-monstrado entre si GO 13.35). Essa é aprincipal característica e marca de umaigreja espiritualmente madura e sadia(At l 7.11). O segredo deste maravilho-so amor sempre derramado em nós éa livre e desimpedida ação do EspíritoSanto em nosso ser (Rm 5.5).

RESPONDA

l. Descreva dois propósitos da l Epístola aos Coríntios.

2. Cite algumas características ímpias da cidade de Corinto.

3. Explique a relação entre dom e caráter.

4. Cite três virtudes na igreja de Corinto.

5. Comente com suas palavras a respeito do equilíbrio entre dom, frutoe caráter.

VOCABULÁRIOEnvaidecer: Tornar vai-

doso; encher de vanglória;enfatuar.

Judicial: Respeitante a juiz,a tribunais ou à justiça.

Maturidade: Fig. Perfei-ção, excelência, primor.

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12 de Abril de 2009r/A SUPERIORIDADE

DA MENSAGEM DA CRUZTEXTO ÁUREO

"Porque a palavra da cruz é loucura para osque perecem; mas para nós, que somos saí-

vos, é o poder de Deus" (] Co 1.18).

VERDADE PRÁTICA

. pregação evangélica eficaz é aque-que tem a cruz de Cristo comonsagem central e a autoridade

o poder do Espirito Santo comondamentos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - l Co 1.18A loucura e o poder da cruz de Cristo

Terça-Jo 19.1920A mensagem trilingue da cruz

Quarta - 1 Co 1. 21Salvos pela loucura da pregação deCristo crucificado

Quinta - l Co 1.23O escândalo da mensagem da cruz deCristo

Sexta- 1 Co 2.4,5A pregação do evangelho no poder doEspírito

Sábado - l Co 2.14,1 5O homem inconvérso e as coisas doEspírito

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE1 Coríntios 2.1-10.

1 - E eu, irmãos, quando fui ter con-vosco, anunciando-vos o testemunhode Deus, não fui com sublimidade depalavras ou de sabedoria.

2 - Porque nada me propus saberentre vós, senão a Jesus Cristo e estecrucificado.

' -Eeu estive convosco em fraqueza,e em temor, e em grande tremor.

- A minha palavra e a minha pre-gação não consistiram em palavraspersuasivas de sabedoria humana,mas em demonstração do Espírito ede poder,

5 - para que a vossa fé não seapoiasse em sabedoria dos homens,mas no poder de Deus.

6 - Todavia, falamos sabedoria entreos perfeitos; não, porém, a sabedoriadeste mundo, nem dos príncipes des-te mundo, que se aniquilam;

í - mas faiamos a sabedoria deDeus, oculta em mistério, a qualDeus ordenou antes dos séculos paranossa glória;

8 - a qual nenhum dos príncipesdeste mundo conheceu; porque, sea conhecessem, nunca crucificariamao Senhor da glória.

9 - Mas, como está escrito: As coisasque o olho não viu, e o ouvido nãoouviu, e não subiram ao coração dohomem são as que Deus preparoupara os que o amam.

- Mas Deus no-las revelou peloseu Espírito; porque o Espíritopenetra todas as coisas, ainda asprofundezas de Deus.

INTRODUÇÃO

No capítulo 2 da Primeira Epístolaaos Coríntios, encontramos a essênciada verdadeira pregação do evangelhode Cristo. Ali, Paulo destacou três ver-dades fundamentais sobre o assunto:o poder da mensagem da cruz atravésdo pregador (w.l-5); a insignificânciada sabedoria humana na comunicaçãoe recepção da mensagem cristã (w.6-9), e o sublime efeito da revelação dacruz de Cristo no ouvinte (w. 10-16).Com base nestas verdades, podemosrefletir: Qual é a genuína mensagemcristã, segundo a Bíblia? Nossos púlpi-tos e salas de aula estão realmente aserviço da verdade, segundo a Palavrade Deus, ou da mentira, soberba eganância dos falsos profetas? Infeliz-mente, muitos destes têm livre cursoem nossas igrejas sem que façamosquaisquer questionamentos.

Nesta lição estudaremos a na-tureza, o caráter e a supremacia damensagem da cruz de Cristo.

I. A NATUREZA DAPREGAÇÃO BÍBLICA (2.1-5)

A despeito de sua vasta e poliva-lente cultura secular, e de sua grandeerudição bíblica, Paulo era cheio doEspírito Santo (l Co 2.4,5; At 9.17).O apóstolo dos gentios ensinava epregava com graça, unção e muita sim-plicidade, todavia, sem ser superficial.Como deve ser a pregação bíblica emnossos dias?

l. A genuína pregação bíblicadeve ser centrada unicamente emCristo e sua morte na cruz (v.2).Jesus é o princípio, o meio e o fim dapregação cristã. Não há como pregar oevangelho autenticamente sem falar deCristo e sua morte na cruz. Mas, afinal,

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qual é o sentido da "cruz de Cristo" (lCo l .1 7), da "palavra da cruz", ou da"mensagem da cruz" (w.l 8,23)? Estariao apóstolo Paulo falando do madeiroem si mesmo?

"Cruz" aqui é uma metonímia, ouseja, é um símbolo da obra redentorade Cristo, mediante sua morte substi-tutiva no Calvário. Não se trata de umacruz qualquer, mas da "cruz de Cristo"Oo 19.25; l Co 1.17; Cl 6.12,14; Fp3.18).

A palavra "cruz" evoca o indizí-vel sofrimento de nosso Senhor, suapaixão e morte, e todas as bênçãosproporcionadas por seu sacrifício: aexpiação, a redenção, a reconciliação,o perdão, e a remoção da maldição dalei (Rm 3.24, 25; Cl 3.10-13; Ef 2.16;Cl 1.20;Hb 12.2).

A mensagem da cruz de Cristo.anioujla qualquer discurso de sabedo-ria e filosofia humanas a respeito dasalvação. Deus só tem compromissocom a "palavra da cruz", o "evangelhoda vossa salvação" (Ef 1.13).

2. O verdadeiro sentido daCruz aplicado à vida cristã. Apli-cada à vida cristã, a cruz representaa renúncia total, voluntária e incondi-cional do crente a Cristo, para segui-lo fielmente até o fim (Mt 16.24; Lc14.26,27,33; Rm 6.6; Cl 2.20).

3. A legítima pregação bíblicaé poderosa em Deus (v.4). Aprende-mos neste versículo que a comunica-ção da mensagem salvífica da cruz deCristo, falada, escrita, contada, tocada,

REFLEXÃO

Cruz é um símbolo darã redentora de Cristo,mediante sua mortebstitutiva no Calvário."

gravada, etc., na dependência do Es-pírito Santo, é poderosa e eficaz pararealizar a obra de Deus. Apesar de amensagem carecer de um mensageiro,o Senhor é quem tudo realiza.

Neste texto, Paulo dá seu pró-prio testemunho acerca do poder dapregação da Palavra. Veja em outraspassagens: At 19.11; Rm 15.19; 2 Co12.12.

Paulo esteve entre os coríntiosem fraqueza, temor e tremor (v.3). Éclaro que fraqueza aqui conota totaldependência de Deus. Esse estadoconduz ao temor no sentido positivo(que é interior), e que pode conduzirao tremor (que é exterior). Muitos nãotremem diante do senhorio de Cristoporque não o temem. Essa falta detemor de Deus vem do engano e daauto-suficiência humanas. Contudo,a experiência de Paulo no serviço doSenhor (v.3) teve um abençoado des-fecho (v.4). O Espírito Santo confirmoua exposição das Escrituras com sinais,maravilhas e conversões. Esses mila-gres sempre ocorrem quando JesusCristo crucificado é o tema central eprevalecente da mensagem (v.2).

4. A autêntica pregação bí-blica gera fé (v.5). Romanos 10.17afirma que a "fé é pelo ouvir, e o ouvirpela palavra de Deus". Logo, a Palavrade Deus é a fonte que origina a fé sal-vadora Oo 5.24; 20.31; At 4.4). Porém,para que a fé seja gerada no ouvinte daPalavra é necessário que a exposiçãodo texto sagrado seja centrada unica-mente na bendita pessoa de Jesus, oSalvador, "autor e consumador da fé"(Hb 12.2). Não pode haver genuínaconversão sem a fé em Cristo e porCristo (At 20.21; Rm 5.1,2; Ef 2.8).Lembremos que a fé evangélica, quevem pelo ouvir a Palavra de Deus, édiferente da mera e inútil persuasãointelectual.

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II. CONTRASTES ENTREA FALSA E A VERDADEIRA

SABEDORIA (2.6 16)

Essa passagem destaca a excelên-cia da sabedoria divina e as limitaçõese imperfeições da sabedoria humana.A linguagem da Escritura sobre asabedoria de Deus nestes versículosé claramente espiritual: "oculta emmistério", "antes dos séculos" (v.7),"revelar pelo Espírito", "as profundezasde Deus" (v. 10), etc. Estamos em terre-no cujo raciocínio humano é inútil senão estiver alicerçado pelo Espírito erepleto das Sagradas Escrituras.

1. A sabedoria deste mundo(v.6). Esta expressão é de caráter nega-tivo. Neste versículo, o termo "mundo",no original, equivale à presente era,mas também, por metonímia, o modoímpio de viver do povo deste tempo.Em Tiago 3.1 5,16, a Bíblia fala da sabe-doria deste mundo como sendo "terre-na, animal e diabólica". O mesmo textoque alude a esta sabedoria afirma suasqualidades: "inveja, espírito faccioso,perturbação e toda obra perversa". Estafalsa sabedoria (v.6) predominava noscrentes neófitos que se congregavamna igreja de Corinto (l Co 3.1).

2. A sabedoria de Deus (w, 7-9). A sabedoria de Deus, emborasuperior à humana, é subestimadae preterida pelo crente carnal, alémde ser ignorada pelo homem natural(v. 14). Esta é a razão pela qual oscristãos e mestres carnais da igreja deCorinto não compreendiam o mistérioda cruz - "escândalo" para os judeus e"loucura" para os gregos (l Co 1.23).Assim também, os incrédulos, sábiossegundo a carne, rejeitam o evange-lho por desconhecerem a sabedoriade Deus revelada na cruz de Cristo (2Co 3.14; 4.3-5). Todavia, a verdadeirasabedoria do Altíssimo é personalizada

REFLEXÃO

"A compreensão dasabedoria divina não

depende da capacidade edos processos humanos,mas da graça de trevelada em Cristo.

em Cristo (l Co l .30). Assim sendo, acompreensão e assimilação da sabedo-ria divina não depende primariamenteda capacidade e de processos huma-nos, mas da graça de Deus reveladaem Cristo (v.l 2).

3. A sabedoria de Deus re-velada pelo Espírito (vv.10-16).Nesta passagem, o Espírito Santo écitado várias vezes nas suas infinitasoperações no ser humano: a) Por EleDeus revela sua sabedoria. Revelartem a ver com o desconhecido. Issotambém denota o atributo da onis-ciência do Espírito Santo como Deus(v. 10a); b) Ele é o que perscruta ascoisas profundas de Deus (v. lOb);c) Ele conhece os pensamentos deDeus (v.l l b); d) Ele procede direta-mente de Deus (v.1 2a); e) Ele ensinaa sabedoria de Deus (v. l 3); f) Ele éo Espírito de Deus (v. l 4). O Espíritohabita no crente (l Co 3.16) e noíntimo do crente revela a Cristo;daí, o crente ter a "mente de Cristo"(v.16). O homem espiritual, istoé, possuído e regido pelo EspíritoSanto, "discerne bem tudo" (v. 15).Em resumo, no capítulo 2, é ditodo agir do Espírito Santo que: a) Eleoperou com demonstração e poder(v.4); b) Ele revela o desconhecido(v. l 0); c) Ele conhece tudo (v. l 0); d)Ele sabe perfeitamente as coisas deDeus (v.1 1); f) Ele ensina mediantepalavras: a Palavra de Deus (v.1 3).

II

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CONCLUSÃO

Aprendemos nesta lição que amensagem da cruz de Cristo superatoda capacidade humana em palavrae sabedoria, em todos os tempos,lugares e assuntos. Nossa fé não estáfundamentada na eloquência huma-

na, mas no poder de Deus reveladoatravés da Pessoa e Obra vicária denosso Senhorjesus. Devemos, pois, terampla, perene e profunda comunhãocom o Espírito Santo, a fim de quepossamos compreender o mistério deDeus: "Cristo em vós, esperança daglória" (Cl 1.27).

RESPONDA

l. Cite três características da autêntica pregação cristã.

2. Explique o sentido cristão da palavra "cruz".

3. Descreva em poucas palavras a pregação cristã hoje.

4. Como a Escritura classifica a sabedoria do mundo?

5. Cite duas ações do Espírito em l Co 2.10-16.

VOCABULÁRIO

Conotar: Sentido figurado;translato.Metonímia: Ocorre quan-do uma palavra é substitu-ída por outra palavra dife-rente, mas que têm estreitarelação com a primeira.Neófito: Indivíduo recen-temente convertido aocristianismo.Preterir: Deixar de parte;desprezar; rejeitar.

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19 de Abril de 2009

PARTIDARISMO NA IGREJATEXTO ÁUREO

"Oh! Quão bom e quão suave é queos irmãos vivam em união!" (SI 133.1).

VERDADE PRÁTICA

eja de Jesus é um corpo espiritualjal a unidade do Espírito só podeonservada pelo vínculo da paz.

LEITURA DIÁRIA

Segunda- 1 Co 1.10-13O partidarismo entre os crentes produzdissensões na igreja

Terça- l Co 12.14-20A unidade do corpo na diversidade deseus membros

Quarta-Gi 5.19-21A discórdia, a porfia e a inveja são obrasda carne

Quinta - Ef 4.3-6A unidade que o Espírito produz

Sexta-Fp 2.14, l STrabalhemos sem murmuração nemcontenda

p Sábado-SI 133A bênção da união fraterna!

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Coríntios 1.10-13; 3.1-6.

I Coríntios 1.10 - Rogo-vos, porém, irmãos, pelonome de nosso Senhor Jesus Cristo,que digais todos uma mesma coisae que não haja entre vós dissensões;antes, sejais unidos, em um mesmosentido e em um mesmo parecer.

I1 - Porque a respeito de vós, irmãosmeus, me foi comunicado pelos dafamília de Cloe que há contendasentre vós.12 - Quero dizer, com isso, que cadaum de vós diz: Eu sou de Paulo, eeu, de Apoio, e eu, de Cefas, e eu,de Cristo.

13- Está Cristo dividido? Foi Paulocrucificado por vós? Ou fostes vósbatizados em nome de Paulo?

1 Coríntios 3.- E eu, irmãos, não vos pude falar

como a espirituais, mas como a car-nais, como a meninos em Cristo.

2 - Com leite vos criei e não commanjar, porque ainda não podíeis,nem tampouco ainda agora podeis;3 - porque ainda sois carnais, pois,havendo entre vós inveja, contendase dissensões, não sois, porventura,carnais e não andais segundo oshomens?

4 - Porque, dizendo um: Eu sou dePaulo; e outro: Eu, de Apoio; porven-tura, não sois carnais?5 - Pois quem é Paulo e quem éApoio, senão ministros pelos quaiscrestes, e conforme o que o Senhordeu a cada um?

6 - Eu plantei, Apoio regou; masDeus deu o crescimento.

INTRODUÇÃO

A Igreja do Senhor Jesus Cristoé descrita no Novo Testamento pormeio de figuras instrutivas que acen-tuam a natureza e a unidade do povode Deus. Ela nos é apresentada como"corpo" {1 Co l 2.1 2), "edifício" (1 Co3.9), "templo" (l Co 3.16), e "família"(Ef 2.1 9). Esses emblemas salientama mais completa união entre ossantos do Senhor. O apóstolo Paulo,usado por Deus, exorta a Igreja àunidade, à concórdia e à comunhãoentre os irmãos. Todavia, é umagrande lástima ver aqui e acolá osditos salvos e santos em guerra unscontra os outros. Será que estes sãoa continuação dos "falsos irmãos"descritos em Gaiatas 2.4?

I. UMA IGREJA, QUATROPARTIDOS (l CO 1.10-12)

Antes de exortar pastoralmentea igreja de Corinto, Paulo, com sabe-doria, reconheceu e destacou as bên-çãos divinas sobre aqueles irmãose o que havia de bom entre eles: 1)Eram "santificados em Cristo" (v.2);2) Chamados "santos" (v.2); 3) Alvos"da graça de Deus" (v.4); 4) Enrique-cidos espiritualmente na palavra eno conhecimento (v.5); 5) Tinhamtodos os dons espirituais concedidospela graça de Deus (v.7); 6) Tinham acerteza da volta de Cristo (v.7).

1. O partido de Paulo: "Eusou de Paulo" (v. 12). O apóstolofoi o fundador da igreja em Corinto(At 18.8-1 1). Esse partido, compostoprincipalmente por gentios, era ogrupo dos "fundadores". Este grupoera formado pelos que se converte-ram através da pregação de Paulo, o"apóstolo dos gentios" (Rm 11.13).

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Paulo jamais incentivou qualquerdivisão, pelo contrário, ensinavaos crentes a amarem a todos, e arespeitarem a consciência dos maisfracos (1 Co 8. l 0-1 3).

2. O partido de Apoio: "Eusou de Apoio" (v.12). Apoio eraum servo de Deus, "eloquente e po-deroso nas Escrituras" (At l 8.24-28).Ele ministrou na cidade de Corintodepois da partida de Paulo para aSíria (At 18.18; 19.1). Era natural deAlexandria, Egito, um eficaz expo-sitor das Sagradas Escrituras, e umfluente orador (At 18.28). O "grupode Apoio" era formado pelos cren-tes elitistas, intelectuais, filósofose sábios de Corinto (l Co 1.20-23;2.1 -6; 3.1 8,1 9). Embora um partidose formasse em torno de seu nome,Apoio não apoiava qualquer facçãona igreja local. Quando Paulo insistepara que ele vá a Corinto, Apoio nãose apressa em atender aquela igreja,talvez com receio que sua presençaestimulasse ainda mais as divisões(l Co 16.12).

3. O partido de Cefas: "Eusou de Cefas" <v.!2). Cefas era onome de Pedro no aramaico GO l .42).Não há qualquer registro de queeste apóstolo tenha ido a Corinto,mas seu renome como um dos trêsdiscípulos mais chegados a Cristo(Mt l 7.1; Mc 5.37), e "apóstolo dosjudeus" (Gl 2.7,8) era conhecidopor todos os cristãos. O "partido deCefas", o qual deu muito trabalho aPauío, era composto por judeus le-galistas. É possível que esses judeustenham se convertido emjerusalém,através da pregação do apóstolo Pe-dro, no dia de Pentecostes, e depois,formado na igreja local um grupo afavor da liderança deste apóstolo.

4. O partido de Cristo: "E eude Cristo" (v.12). Este grupo da

"As igrejas novque de um dia p*outro se agigant

geralmente são siiconstruções, tempo»

e aparentes."

igreja era exclusivista. Ele se consi-derava o único partido legítimo. Nãose submetia a nenhum pastor huma-no. Só Cristo servia. Era, sem dúvida,0 mais nocivo dos divididos.

Contudo, essas facções estavamcometendo um grave pecado contraa unidade do Corpo de Cristo, a Igre-ja. Os de Paulo, liberais na doutrinae nos costumes cristãos, achavamque podiam exercer a liberdade emCristo acima da lei do amor (l Co1 3) - seu pecado era a libertinagem.Os de Cefas, legalistas, erravam aounir a lei com a graça Qo l .1 7; Rml 0.4; Cl 2.1 4) - seu pecado era unirduas alianças distintas. Os de Apoio,intelectuais, com seu racionalismofilosófico, acreditavam que a lógicae a razão humanas eram tudo o queprecisavam para entender as coisasdo Espírito - seu pecado era aceitaras escolas de pensamento humanoem vez do Espírito. Os de Cristo,exc lus iv is tas , por causa do seuorgulho, carnalidade e imaturidadecrónica, não se submetiam a nenhu-ma liderança pastoral - seu pecadoera a insubordinação.

Esses mesmos pecados aindahoje continuam a estragar e corrom-per os crentes e suas respectivascongregações: libertinagem, legalis-mo, exclusivismo, dependência dasabedoria e capacidade humanas.

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II. A IGREJA E ADIVERSIDADE DE SEUS

MINISTÉRIOS (l CO 3.1-10)

Nossos ministérios ou serviçospara Deus, na sua obra, devem serinteragentes e completivos; não ri-vais. Nesta passagem veremos, emresumo, alguns desses obreiros eseus ministérios.

1. Obreiro plantador de se-mente da Palavra (vv.6-8). Ele lidacom a semente da Palavra de Deus(Lc 8.1 1), e ao mesmo tem pó com osdiferentes tipos de terrenos, que sãoos corações humanos (Mt l 3.1-8). Hásementes parecidas, mas não são doceleiro do Senhor.

2. Obreiro regador da planta(vv.6-8). Este cuida da plantinhacom desvelo; água, adubo, limpeza,poda, higidez. Muitas plantas nãovingam, nem crescem porque nãohouve regador.

3. O obreiro cooperador comos demais (v.9). Não se trata aquide um mero ajudante ou auxiliar;mas de alguém devidamente capaci-tado e experiente, que trabalha comseus pares unindo forças para maiorrendimento do trabalho comum.

4. Obreiro edificador (v. l O).Edificar não é exatamente o mesmoque construir. No sentido estrito dapalavra, edificar é esmerar-se nosmínimos detalhes da obra. Nos ma-teriais: referência, qualidade, proce-dência, durabilidade, resistência. Namão de obra: perícia, especialização,prática. Na planta: exame, precisão,aprovação. Sempre que a Bíblia falada Igreja do Senhor e de seus mem-bros, o termo empregado é edificare não simplesmente construir. Cons-truir para exibir volume de trabalhoé fácil, rápido e barato; edificar emqualquer sentido custa muito. As

igrejas novas que de um dia paraoutro se agigantam, geralmente sãosimples construções, temporárias eaparentes. Edificação também tem aver com acabamento, que é caro edemorado. A Palavra adverte: "Vejacada um como edifica" (v. l 0).

5. Obreiro destruidor (v. l 7).0 texto refere-se especificamenteàquele que destrói o templo do seucorpo (que pertence ao Senhor), comfumo, bebida, drogas, glutonaria,trabalho sem descanso, sexo ilíci-to, etc. Todavia, a referência geralà diversidade de trabalhadores nacausa do Senhor perpassa todo ocapítulo 3. Outras passagens quetambém tratam deste assunto são:Mt 9.37,38 (obreiro ceifador), e Jo1 5.2 (o obreiro podador).

6. Um alerta profético (w. 12l 5). O fundamento da igreja é nossoSenhor Jesus Cristo (v.l 1; Mt l 6.1 8; lPé 2.6). Contudo, Paulo, "como sábioarquiteto", pôs o "fundamento", masoutro "edifica sobre ele" (v. 10). Deque forma pôs o fundamento? Pelainspiração divina ele continuamentepregava e ensinava a Cristo, crucifi-cado e ressurreto, como o perfeito esuficiente Salvador da humanidade.

Sobre a edificação da Igreja eseu fundamento inabalável que éCristo, o apóstolo do Senhor alerta:"Veja cada um como edifica sobreele" (v. 10). Esta admoestação é decaráter profético: "o Dia a declarará"(v.l 3). Paulo refere-se à reunião dossantos no Tribunal de Cristo, quegalardoará cada um "segundo o seutrabalho" (vv.8,14).

As obras reprovadas pelo justoJuiz não resistirão ao julgamento di-vino representado pelo fogo: madei-ra, feno, palha; enquanto as aprova-das resistirão ao juízo celestial: ouro,prata e pedras preciosas (v.l 2). "Se a

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obra de alguém se queimar, sofrerádetrimento; mas o tal será salvo,todavia como pelo fogo" (v.l 5).

Entra hoje no trabalho do Se-nhor! O Senhor precisa de ti! Se tunão entrares, alguém fará o teutrabalho, mas não como tu o farias,por isso somos diferentes uns dosoutros. "Olha, faze tudo conforme omodelo que, no monte, se te mos-trou" (Hb 8.5; Êx 25.40).

CONCLUSÃO

O partidarismo divisionistana igreja enfraquece e combate aunidade do Espírito pelo vínculo dapaz (Ef 4.3). Cada crente tem a suaparte na preservação da comunhãoe da unidade cristãs. A vontade doSenhor Jesus é que, todos, sem ex-ceção, cheguem à perfeição destadádiva celeste.

RESPONDA

1. Classifique os quatro partidos em torno de Paulo, Apoio, Cefas eCristo.

2. Descreva os pecados desses quatro partidos

3. Cite quatro tipos de obreiro.

4. Quem é o fundamento da Igreja?

5. Que tipo de obreiro você é?

VOCABULÁRIOInteragente: Que intera-ge; em que há interação.

Lástima: Aquilo que mere-ce ser lastimado; mal, dano.

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Lição 426 de Abril de 2009

DESPENSEIROSDOS MISTÉRIOS DE DEUS

*'"m

iTEXTO ÁUREO

"Que os homens nos consideremcomo ministros de Cristo e despenseiros

dos mistérios de Deus"(1 Co 4.1).

VERDADE PRÁTICA

( Deus não precisa da ajuda humana,mas permite que seus ministros

3 participem da realização de seusA eternos propósitos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - l Co 3.9Os ministros da Palavra sãocooperadores de Deus

Terça- 2 Co 8.23Os ministros da Palavra sãoembaixadores de Deus

Quarta - Fp 3.1 7Os ministros da Palavra devem serexemplo em tudo

Quinta-2 Tm 3.17Os ministros da Palavra devem buscar aperfeição

Sexta- 2 Tm 2.15Os ministros da Palavra devem seraprovados

Sábado- 1 Ts 2.19,20Os ministros da Palavra e seus frutos

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 Coríntios 4.1-5, 14-16.

- Que os homens nos consideremcomo ministros de Cristo e despen-seiros dos mistérios de Deus.

2 -Além disso, requer-se nos despen-seiros que cada um se ache fiel.

3 - Todavia, a mim mui pouco seme dá de ser julgado por vós ou poralgum juízo humano; nem eu tam-pouco a mim mesmo me julgo.

4 - Porque em nada me sinto culpa-do; mas nem por isso me considerojustificado, pois quem me julga é oSenhor.

5 - Portanto, nada julgueis antesde tempo, até que o Senhor venha,0 qual também trará à luz as coisasocultas das trevas e manifestaráos desígnios dos corações; e, en-tão, cada um receberá de Deus olouvor.

14 - Não escrevo essas coisas paravos envergonhar; mas admoesto-voscomo meus filhos amados.

1 5 - Porque, ainda que tivésseisdez mil aios em Cristo, não teríeis,contudo, muitos pais; porque eu,pelo evangelho, vos gerei em JesusCristo.

16 -Admoesto-vos, portanto, a quesejais meus imitadores.r íssimo da obreiros

à Igreja, mas não dáIgreja aos obreiros como

propriedade sua para fazero que deseja e como quiser."

INTRODUÇÃO

Quem são os verdadeiros mi-nistros de Cristo segundo a Bíblia?Como identificá-los? Quais são suasqualidades? Qual é a sua missão? Noversículo l da Leitura Bíblica em Classe,Paulo ao destacar o papel do obreirocristão, emprega dois vocábulos tra-duzidos por "ministro" (hypêretès) e"despenseiro" (oikonomos). O primeirorefere-se ao remador de um navio daépoca, que remava abaixo da linha dasuperfície. Seu trabalho era volumoso,pesado e sempre sob as ordens de umchefe. A lição aqui comunicada é desubordinação aos superiores, trabalhoe humildade. O segundo diz respeito aum servo administrador de uma casaou propriedade. É a lição da fidelidade,capacidade e responsabilidade.

I. OS VERDADEIROSMINISTROS DE CRISTO

1. São chamados pela vonta-de de Deus. Só os autenticamentechamados por Deus devem, de fato,exercer o ministério evangélico (Hb5.4). Paulo tinha plena convicção deque fora separado por Deus para pre-gar sua Palavra: At 13.2; Rm 1.1; ClKl 5. "Fomos aprovados de Deus paraque o evangelho nos fosse confiado" (lTs 2.4). Quem exerce o santo ministériosem a direta convocação do Senhor- odono da obra-é um intruso, e quantomais cedo desistir, melhor, pois estáprofanando as coisas santas.

2. Têm senso de responsa-bilidade ministerial. Um genuínoobreiro de Cristo tem acurado discerni-mento espiritual. Ele sempre age com oobjetivo de obter um bom testemunho(l Tm 3.7). A vida do ministro de Deusprecisa ser observada, respeitada e

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*

aprovada não só pelos descrentes,mas, especialmente, pelos irmãos emCristo (3 Jo v. 12).

3. São piedosos e íntegros.0 verdadeiro ministro de Cristo viveuma vida digna, não só diante de Deus,mas também dos homens (2 Co 8.21;1 Tm 6.11,12). Comporta-se de rnodohonroso no trabalho, na vizinhançae na família, sem escândalos. Assimcomo o profeta Elizeu, pode ouvir dosque o cercam: "Este que passa semprepor nós é um santo homem de Deus"(2 Rs 4.9). A santidade é um imperativona vida do obreiro.

Um bom ministro de Cristo nãoapenas ordena, mas, em tudo é oexemplo para o rebanho, no seu com-portamento, nas orações, nos dízimose ofertas etc. (Hb 7.8,9; Ml 3.1 0),

4. São comprometidos com aPalavra de Deus (2 Tm 2.1 5; 4.2).Isto é, pregam a Palavra de Cristo enão "palavras persuasivas de sabedoriahumana" (l Co 2.4). O servo do Senhornão deve enxertar seus sermões comretórica política, comentários da mídiae psicologia popular.

II. A MISSÃO DOSMINISTROS DE CRISTO

A'missão de todos os chamadospor Deus para realizar sua obra, espe-cialmente por meio da pregação doevangelho, apóia-se em três pilares:

l. Serviço. Na vida secular en-tendemos a palavra ministro comoum título de alguém que ocupa umalto cargo no governo com elevada

a autoridade; Primeiro Ministro, Ministro;j da Economia, Ministro de Educação

e, assim por diante. Todavia, o termoministro no âmbito bíblico-eclesiástico,conforme descrito no Novo Testa-mento, refere-se a um servo, serviçal,prestador de serviço, ministrador,assistente, atendente, como em l Co

3.5; 2 Co 6.4 (diakonos); Rm 15.16;Hb 8.2 (leitourgos); At 26.16; l Co 4.1(hypêretês).

Todo servo no trabalho do Senhoré pequeno, humilde, seja qual forasuaposição. Só o Eterno é infinitamentegrande. Se alguém pensa que é grande,não é nada diante dEleí

O verdadeiro servo de Deus nãotem vontade própria; seu prazer erealização estão em fazer a vontadedo Senhor, por amor, gratidão, e pri-vilégio.

2. Mordomia. O apóstolo Paulo eseus companheiros de ministério nãose consideravam donos da obra deDeus, mas mordomos do Senhor, isto é,"despenseiros dos mistérios de Deus"(v.l), ou seja, aqueles que administramos negócios de seu Senhor.

O obreiro cristão, portanto, não édono da obra, serviço ou trabalho queele faz para Deus na Igreja. O Altíssimodá obreiros à Igreja (Ef 4.11), mas nãodá Igreja aos obreiros como proprie-dade sua para fazer o que deseja ecomo quiser.

A Igreja (At 20.28), o rebanho (lPé 5.2) e a obra pertencem ao Senhor(l Co l 5.58).

3. Fidelidade. Fidelidade é umatributo de Deus. Ele é fiel (l Co l .9;10.13; Ap 19.11). Não há dúvida deque esta é a qual idade primordialde um ministro de Cristo: "requer-se nos despenseiros que cada umse ache fiel" (l Co 4.2; Mt 24.45).De nada adianta o obreiro pregar oevangelho e ensinar a Palavra, se eleé desobediente, displicente, e nemsequer pratica o que prega e ensina.É necessário que o servo seja fiel aoseu Senhor e à sua obra, diariamente.A verdadeira fidelidade revela-se emnossos atos cotidianos. Devemoscumprir a nossa palavra e promessasque fazemos às pessoas (Mt 5.37; Tg

20 LIÇÕES BÍBLICAS

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5.12). Os olhos do Senhor estão àprocura dos que são fiéis (SI 101.6).Em Jeremias 48.10 encontramosum veemente alerta de Deus nessesentido.

III. MINISTROSDOS MISTÉRIOS DE DEUS

Que mistérios sãos estes?Confor-me l Coríntios 2.7, são as verdadese doutrinas bíblicas da redenção e doglorioso futuro da Igreja do Senhor,desconhecidas no Antigo Testamento,mas reveladas por Jesus nos Evan-gelhos, e pelo Espírito Santo atravésdos escritores das epístolas do NovoTestamento: "Falamos a sabedoriade Deus, oculta em mistério, a qualDeus ordenou antes dos séculos paranossa glória".

IV. A AVALIAÇÃO DOSMINISTROS DE CRISTO

(l Co 4. 3-5)1. O juízo dos outros (v.3).

Paulo declarou que pouco se impor-tava com a avaliação dos coríntios arespeito dele e do seu ministério. Elenão permitia que tais juízos influen-ciassem sua fé e conduta. Os Coríntiosnão estavam em condições de julgaros outros. Como um despenseiro deDeus, ele era diretamente responsáveldiante de Cristo. Nenhum obreiro devejulgar temerariamente seus pares. OSenhor, na sua vinda trará à luz asacões e os desígnios secretos de cadaum. Então, cada um receberá a suarecompensa (v. 5).

2. O juízo próprio. Paulo tam-bém não dependia de juízo próprio:"nem eu tampouco a mim mesmo mejulgo" (v.3). O juízo próprio é perigosoporque a pessoa facilmente sancionaas suas próprias opiniões, aprova asua própria conduta e acalenta seuspróprios erros.

3. O juízo de Deus (v.5). Comoservos do Senhor, Paulo e seus com-panheiros de ministério deveriam seravaliados e julgados pelo seu Senhor eMestre, e não pelos coríntios (w.3-7).Não existe obreiro perfeito, mas tam-bém não existe congregação perfeita,como era o caso de Corinto. Arão, oministro, fez a congregação de Israelpecar diante do Senhor (Êx 32). Toda-via, a mesma congregação tambémfez Moisés pecar (Dt l .37,38; 3.26; SI106.32,33).

4. O Juízo do Tribunal deCristo (v.5). "Portanto, nada jul-gueis antes de tempo, até que oSenhor venha, o qual também traráà luz as coisas ocultas das trevas, emanifestará os desígnios dos cora-ções; e, então, cada um receberá deDeus o louvor" (cf. l Co 3.1 3-1 5; 2Co 5.10; Rm 14.10,12).

O que é, e como se dará essejuízo?

a) A Bíblia afirma que "todos", semexceção, seremos julgados (2 Co 5.10;Rm 14.10,12).

b) Trata-se de julgamento e recom-pensa (ou perda de recompensa) dasobras, trabalho, serviço, desempenhoe testemunho cristão. Este fato acon-tecerá nos lugares celestiais, a saber,no Tribunal de Cristo.

c) O julgamento não diz respeitoao destino eterno do crente, mas àssuas obras. O cristão jamais será jul-gado como filho de Deus (jo l .1 2,13;5.24; Rm 8.1), mas o será como servo.Filho de Deus, no sentido de salvo pelosangue de Cristo, só há um tipo, masde servo, há vários. Isto será notórionaquele grande dia!

São altamente solenes para todosos santos as palavras de Apocalipse14.13, vindas do Espírito Santo: "Eouvi uma voz do céu, que me dizia:Escreve: Bem-aventurados os mortos

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que, desde agora, morrem no Senhor.Sim, diz o Espírito, para que descansemdos seus trabalhos, e as suas obras ossigam".

d) O Tribunal de Cristo é o diada pesagem das nossas obras najusta balança de Deus (l Sm 2.3).O Senhor julgará não somente osatos, mas também os motivos emeios que levaram a eles (1 Jo 3.15).Nossas ações, mesmo boas, mas

; com motivações erradas, egoístas,indignas, injustas e até antibíblicasserão severamente julgadas. Sete

i vezes nas cartas às igrejas, no Apo-

calipse, Jesus declarou: "Eu sei astuas obras".

CONCLUSÃO

Assim como Paulo e seus com-panheiros, todos os obreiros daIgreja de Deus devem ser humildes.Não há lugar no trabalho do Senhorpara orgulho, ou presunção, pois aobra é de Deus, e Ele requer de seusobreiros submissão e fidelidade.Conforme indagou o Senhor Jesus:"Qual é, pois, o mordomo fiel e pru-dente, a quem o senhor pôs sobreos seus servos?" (Lc 1 2.42).

RESPONDA

1. Cite quatro qualidades dos verdadeiros ministros de Cristo,

2. Cite três pilares que devem sustentar os chamados por Deus.

v , 3. Explique o sentido da palavra mistérios em l Co 2.7

4. Quais são os quatro juízos estudados na lição?

5. O que será julgado no Tribunal de Cristo?

constituída estru-

uma construção.

Que tem um tom^^^^^Ç^ js^-í Js3^.'**fsá enfãtico, formal, especial.

22 LIÇÕES BÍBLICAS

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03 de Maio de 2009

A IMORALIDADEEM CORINTO

TEXTO ÁUREO

"Porque fostes comprados por bom preço;glorificai, pois, a Deus no vosso corpo

e no vosso espírito, os quaispertencem a Deus"(\o 6.20).

--

LEITURA DIÁRIA

l Segunda- l Co 6.18,19^ A prostituição profana o "templo do

J Espírito Santo"

j Terça- Mt 5.28; 15.19O nascedouro do pecado de adultério

Quarta- l Co 6.9, l OOs adúlteros não herdarão o Reino de Deus

A fidelidade conjugal e a pureza sexualno casamento

Sexta - l Co 5.1O pecado desenfreado e insuportável

| Não devemos compactuar com aquelesinsistem em pecar

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Coríntios 5.1-6,9-11.

- Geralmente, se ouve que há entrevós fornicação e fornicação tal, qualnem ainda entre os gentios, comoé haver quem abuse da mulher deseu pai.• - Estais Inchados e nem ao menosvos entristecestes, por não ter sidodentre vós tirado quem cometeu talação.3 - Eu, na verdade, ainda que au-sente no corpo, mas presente noespírito, já determinei, como seestivesse presente, que o que tal atopraticou,4 - em nome de nosso Senhor JesusCristo, juntos vós e o meu espírito,pelo poder de nosso Senhor JesusCristo,5 -seja entregue a Satanás para des-truição da carne, para que o espíritoseja salvo no Dia do Senhor Jesus.

- Não é boa a vossa jactância. Nãosabeis que um pouco de fermento fazlevedar toda a massa?

- já por carta vos tenho escritoque não vos associeis com os que seprostituem;I O - isso não quer dizer absoluta-mente com os devassos deste mun-do, ou com os avarentos, ou com osroubadores, ou com os idólatras;porque então vos seria necessáriosair do mundo.I1 - Mas, agora escrevi que não vosassocieis com aquele que, dizendo-seirmão, for devasso, ou avarento, ouidólatra, ou maldizente, ou beberão,ou roubador; com o tal nem aindacomais.

INTRODUÇÃO

Como alguém que pertence auma igreja cristã seria capaz de viverna prática da imoralidade sexual piordo que os ímpios? É algo incrível,mas é o que ocorreu na igreja deCorinto. Quando a pecaminosa con-duta social do mundo sem Deus éaceita pela Igreja em lugar da Bíblia,os pecados mais degradantes e abo-mináveis se aninham sem protestoentre os crentes. Esta lição trata dadisciplina bíblica na igreja.

l. ESCÂNDALO NA IGREJA

1. O transgressor precisaser confrontado (vv. 1-5). O pe-cado era abominável e grosseiro.Um dos crentes de Corinto vivia umrelacionamento incestuoso com amulher do pai. A igreja era cúmplicedo pecado, porquanto o tolerava."Um pouco de fermento faz levedartoda a massa" (v. 6). Até que Jesusvolte, a igreja local é composta desalvos que ainda pecam (l Jo l .6-1 0).Quandojesus voltar não haverá maismancha, nem ruga (Ef 5.27).

A igreja de Corinto, bem comotoda igreja da atualidade deve, peloEspírito Santo, ter consciência de queDeus é santíssimo ("Santo, Santo,Santo é o Senhor", Is 6.3), e quemvive na prática do pecado, não podeter comunhão com Ele.

Paulo não estava fisicamente emCorinto (v.3), mas em pensamento eem palavra. Na autoridade do SenhorJesus e no poder do Espírito Santo,ele juntamente com a igreja deter-minou a disciplina do transgressor:aquele homem deveria ser entreguea Satanás (vv. 3-5; ver Hebreus l 2.5-8). No caso dejó (1.12; 2.6), sua vida

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foi por Deus requerida, mas no casoem apreço, não (v.5). Ver l Co l l .30;1 Tm 1. 19,20; J Jo 5.16,17.

Nos w. 5,1 3, a mulher pecadoranão aparece na disciplina corretiva;certamente ela não era crente.

A espiritualidade do crente nãoestá no fato de possuir um elevadoconhecimento doutrinário, ou serportador de dons espirituais, masna resolução permanente de evitar oerro, o mal, o pecado. Isto é, primarpela santidade. O caso desse cris-tão de Corinto mostra-nos que umcrente de consciência cauterizadaprocede pior quanto ao pecado doque o incrédulo (1 Tm 4.2; Ef 4.1 9).Ler também Rm 1.28; Lc 11.26; 2Pé 2.22.

2. Lançar fora o fermentovelho (w. 6-8). O pecado de um,infectara toda a congregação. Certavez em Israel, apenas um homempecou (Acã), e todo o povo sofreu Cs7.1,11). O fermento na Bíblia, isto é,sua fermentação, representa o peca-do como corrupção moral e espiritu-al agindo, a princípio, secretamente,como faz a fermentação, na massa (v.6; Mc 8.1 5). "Um pouco de fermentofaz levedar toda a massa" (v. 6). As-sim age o pecado inicialmente, se elenão for evitado. O Espírito Santo quehabita no crente a partir da conver-são, regendo soberanamente a nossavida, livra-nos do podere domínio dopecado (Rm 6.14,17).

3. A aplicação da disciplinapela igreja (w. 9-11). O apóstoloconhecia Corinto e sabia quão deca-ída moralmente era a sua população(v. 10; 6.1 0,1 1). já numa epístolaanterior, não inclusa no cânon doNovo Testamento, ele os ensinarasobre a não identificação e comu-nhão da luz com as trevas (v. 9; SI1.1). Isso não significava que eles

REFLEXÃO

"Quando a pecaminosaconduta social do mundosem Deus é aceita peta

Igreja em lugar da Bíblia, ospecados mais degradantes eabomináveis se aninham sem

protesto entre os crentes."

teriam de sair deste mundo (v. 10;Jo 1 7.1 5,16). O apóstolo instruiu oscrentes para que nem comessemcom os incrédulos de Corinto. Isso lpode parecer exagero e radicalismopara nós do Ocidente, mas naquelemundo de paganismo as refeiçõesem grupo, quase sempre, incluíamatos idolátricos e demoníacos (cap.l 0). A pureza da igreja não pode sercomprometida (2 Co 11.2). Tendoem vista essas práticas, comer comeles significava aprovar a idolatria e0 demonismo. O crente, com o au-xílio do Espírito Santo, precisa ver opecado como Deus o vê (Tg l .14,1 5;1 Jo 3.4-9). Hebreus 1 2 . 5 - 1 l nosfala da disciplina habitual, comum e *necessária. Ler Mateus l 8.1 5-1 7; 2Ts 3.6-15;Tt 3.10.

II. A AÇÃO PASTORALDISCIPLINAR NA IGREJA

(w. 9-11)

1. A ação pastoral e eclesiás-tica sobre o pecado. O caso disci-plinar de Corinto era estarrecedor, demodo que mesmo à distância, Paulodelibera e aplica a disciplina junta-mente com a igreja para por fim aoescândalo (w. 4, l 3). A igreja local,tendo à frente seu líder tem o deverde preservar a disciplina preventiva ea corretiva entre os seus membros.

2. O fermento do erro (v. 6). Osilêncio da igreja nesses casos, deixa

,N 25

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claro a sua omissão, além de abrir ocaminho para que o pecado se alas-tre. Atualmente é grande o númerode igrejas que se gabam de serem"abertas" e "livres". Por isso lhes é fá-cil reunir muita gente. Seus dirigentesnão observam que não é somente aporta de entrada da salvação que é"estreita"; o caminho a ser percorrido,após a porta, é "apertado" (Mt 7.14).Isso temaver com renúncia em nossoseguir a Cristo (Lc 14.33).

3. A motivação para umavida santa (v. 8). "Pelo que faça-mos festa...". Nos tempos da Lei,Deus estabeleceu festas sagradas,cívico-religiosas, para o seu povoobservar anualmente. Elas prefigu-ravam a Cristo e sua obra redentora(Cl 2.16,1 7). Hoje a festa é espiritual;é o banquete da salvação a partir domomento em que Cristo entra emnossa vida como Salvador e Rei.

III. RELACIONAMENTOSDO CRENTE

1. O relacionamento com osdescrentes (v. 10), O crente perten-ce a Cristo; ele é um santo de Deusque não precisa viver isolado, evi-tando o contato com os não-crentes,senão teria de "sair do mundo", ouseja, morrer. O verdadeiro cristão,mediante a sabedoria e o poder do

Espírito Santo, convive entre pes-soas não-crentes, mas não se deixainfluenciar por elas, por seu modode viver, sua filosofia de vida, suareligião, seus pecados, etc.

2. O relacionamento com ocrente vivendo em pecado. Comojá explanado, um caso como o daigreja de Corinto, isto é, o crenteque se tornou escravizado pelopecado, o transgressor contumaz, orebelde por opção, deve ser isoladoe evitado. A privação da comunhãoamorosa dos santos pode despertaro transgressor a valorizá-la.

3. A disciplina sofrida peloinfrator. Mesmo num caso extremode disciplina cristã como o dos versí-culos 1-11, não se trata de punição,vingança, nem destruição do trans-gressor reincidente, mas obstinado."Para que o espírito seja salvo no Diado Senhor Jesus" (v.5).

CONCLUSÃO

A nossa sociedade não é melhordo que àquela em meio a qual a igre-ja de Corinto vivia. Vigiemos paranão nos acostumarmos aos baixospadrões de corrupção moral prevale-centes hoje no mundo: no campo, nacidade, nas diversões, nas viagens,na escola, etc. Que o Senhor guardeo seu povo "em Cristo".

REFLEXÃO

igreja local tem o dever• preservar a disciplina

preventiva e a corretivaentre os seus membros."

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RESPONDA

1. Faça uma síntese do grave pecado em Corinto.

2. Qual a relação entre o fermento e o pecado em Corinto?

3. Descreva o dever da igreja local.

4. Faça uma descrição do relacionamento do crente com os descrentes.

5. Como você trata o irmão que peca obstinadamente contra o Senhore a igreja?

VOCABULÁRIO

Contumaz: Grande tei- lmosia; obstinação, aferro, -

afinco, pertinácia, l

Incesto: Relação sexual ilí- &cita entre parentes consan- rguíneos, afins ou adotivos.

Reincidência: Tornar apraticar um ato da mesma -m

espécie; obstinar-se.

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Lição 610 de Maio de 2009

DEMANDAS JUDICIAISENTRE os IRMÃOS

TEXTO ÁUREO

"Não sabeis vós que os santos hão de julgaro mundo? Ora, se o mundo deve ser julgadopor vós, sois, porventura, indignos de julgar

as coisas mínimas?" (1 Co 6.2).

RDADE PRÁTI'

o os tribunais são freqúenta-petos discípulos de Cristo por

starem em litígio é porque renun-iaram a lei do amor cristão.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Ts 4.6Deus é vingador de quem oprime eengana

Terça - SI l 5O perfil do cidadão do céu

Quarta - Lc 7.41-47O princípio do perdão

Quinta- Mt 18.21-35O exemplo de perdão

Sexta - Mt 5.43-48A lei do amor em Cristo

Sábado- 1 Co 13.4-7O amor tudo suporta

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSEl Corintios 6.1-9. INTRODUÇÃO

- Ousa algum de vós, tendo algumnegócio contra outro, i f a juízo pe-rante os injustos e não perante ossantos?

2 - Não sabeis vós que os santoshão de julgar o mundo? Ora, se omundo deve ser julgado por vós,sois, porventura, indignos de julgaras coisas mínimas?

3 - Não sabeis vós que havemos dejulgar os anjos? Quanto mais as coi-sas pertencentes a esta vida?

4 - Então, se tiverdes negócios emjuízo, pertencentes a esta vida, pon-des na cadeira aos que são de menosestima na igreja?

5 - Para vos envergonhar digo:Não há, pois, entre vós sábios, nemmesmo um, que possa julgar entreseus irmãos?

6 - Mas o irmão vai a juízo com oirmão, e isso perante infiéis.

7 -Na verdade, é já realmente umafalta entre vós terdes demandasuns contra os outros. Por que nãosofreis, antes, a injustiça? Por quenão sofreis, antes, o dano?

8 - Mas vós mesmos fazeis injustiçae fazeis o dano e isso aos irmãos.

9 - Não sabeis que os injustos nãohão de herdar o Reino de Deus?

Uma igreja onde ocorre a ma-nifestação de dons espirituais podeabrigar crentes nitidamente carnais?Se isso acontece, a culpa é dos donsde Deus ou de seus portadores? Narealidade, os dons não asseguramum comportamento santificado docrente. Essa era a real situação daigreja de Corinto. Internamente e!aestava perdendo a qualidade espiri-tual e, externamente, sua influênciamissionária. Essas perdas se davamem razão de muitos crentes moveremprocessos judiciais entre si najustiçasecular. E quando isso acontece entreos irmãos, as consequências podemser desastrosas (Pv l 8.1 9).

Apesar de tudo, o amor de Deuslevou Paulo a tratá-los carinhosamen-te de "irmãos" mais de vinte vezes aolongo de sua primeira epístola. Seráque somos melhores e mais santosque os coríntios?

I. A FALTA DE COMUNHÃOFRATERNA NA IGREJA

CORÍNTIA

1. As discórdias pessoais."Tendo algum negócio contra ooutro" (v.l). Alguns crentes, pormotivos pessoais, egoístas e banaiscostumavam levar outros aos tribu-nais, acionandojuízes pagãos, comoera o costume da época. A gravidadeda advertência de Paulo estava nofato de que tais juizes arbitravam jas demandas segundo as leis, ideiase costumes do paganismo reinanteentre os gregos e romanos.

2. A falsa espiritualidade. Ocapítulo 14 da epístola em estudorevela que nos cultos em Corintohavia bastante movimento, demons-

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REFLEXÃO

"Se os santos vão julgar osanjos é evidente que deverão

ser capazes de resolvertambém suas pequenas

demandas internas na igreja."

trações "carismáticas", declaraçõesem línguas, cânticos, profecias,exposição doutrinária, mas tambémmuitas meninices, superficialidadese emocionalismo, que não devemosconfundir com as reais "manifesta-ções do Espírito" (l Co l 2.7).

3. Imaturidade diversa (w.l,5,7), É verdade que aqui na terra nãose acha pessoa nem igreja perfeitasaté a volta de Cristo (Ef 5.26,27; Cl3.4). Quando Paulo fala a respeito de"suportar" uns aos outros em amor(Ef 4.2), é exatamente por causa dis-so. Se a diversidade de temperamen-tos, de personalidades, de formaçãoe de mentalidade for ignorada, e setambém não for controlada, podemotivar conflitos os mais diversospor toda parte.

II. UMA IGREJA QUEDESCONHECIA A SUA

IMPORTÂNCIA (w. 2-4)

1. A Igreja como juiz futu-, ramente. A Bíblia afirma que, sobCristo, o mundo e os anjos mausserão julgados pela Igreja no futuro:"Não sabeis vós que os santos hão dejulgar o mundo?" (v.2). "Não sabeisvós que havemos de julgar os anjos?"Ver 2 Pé 2.4;Jd v.6; Ap 20.10.

Já aqui na terra a Igreja tem seuspastores, dirigentes e mestres, quecapacitados por Deus e preparadosem si mesmos, devem cuidar, noâmbito interno, dos problemas dos

irmãos que surgem na vida cristã ena vida em geral. Confira, por exem-plo, "governos" em l Co 12.28 e aexortação em l Ts 5.12.

2. "Não sabeis?" (v.3). No capítulo em estudo, esta pergunta é feitaseis vezes! Apesar de aqueles crentesserem tão imponentes e envaidecidosde sua ciência, sabedoria, de seusdons, de sua capacidade superior,não havia entre eles ninguém sábio,competente justo e imparcial parasolucionar suas desavenças (v.5).

A estrutura da referida pergunta("não sabeis?") no original, deixaver que os crentes coríntios tinhamsido ensinados por Paulo sobreproblemas que ocorriam entre eles(At 18.11).

Na hierarquia dos seres criados,os anjos são a classe mais elevadade criaturas. Se os santos vão julgarseres tão importantes, é evidenteque deverão ser capazes de resolverhoje na igreja pequenas demandasinternas.

III. ENSINOS FINAIS SOBRELITÍGIOS E INIMIZADES

(w. 5-8)

1. As causas das contendas.Em primeiro lugar, os crentes come-tiam injustiças. Isto é, lesavam os ou-tros. "Vós mesmos fazeis a injustiçae fazeis o dano" (v.8). Além disso, osofendidos e prejudicados revidavamsem considerar o ensino bíblico (Mt5.38-40; Rm l 2.1 4-21). Outra causade contendas era o fato de que oscoríntios estavam sendo enganados."Não erreis" (v.10). Literalmenteesta expressão equivale a "não vosdeixeis ser enganados". Havia aindauma última causa: Alguns não eramconvertidos (1 5.34).

2. O cristão e a justiça secu-lar. O cristão deve ou não recorrer

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àjustiça secular? Nos versículos 5 a7, Paulo não quer dizer que o cris-tão não deva recorrer à autoridadecivil quando necessário. O próprioapóstolo invocou seus direitos. VerAt 16.37-39; 22.25-28; 25.1 1,1 2; Rm13.1-7; Mt 22.19-21.

A Palavra de Deus diz que de-vemos sofrer o prejuízo (l Co 6.7).Nesta questão, a "espiritualidade"dos coríntios, — se fosse realmenteverdadeira —deveria levá-los a refle-tir o amor mútuo, e não a vingança.Paulo explica que, ele mesmo, parademonstrar seu amor pelo próximo,privou-se do direito apostólico de ter

apoio financeiro para pregar entre os §coríntios (l Co 9.1-22; 2 Co 11.9).

CONCLUSÃO

Cristo nos deu o exemplo desofrimento a fim de que possamossegui-lo (1 Pé 2.21-23). Os que verda-deiramente andam com Deus e são co-nhecidos por Ele empregam sua liber-dade e seu conhecimento para edificaros outros na fé, mesmo quando issosignifica negar os próprios e legítimosdireitos como fiel discípulo de Cristo(1 Co 8.9-13). Esse é "o amor" querealmente "edifica". O conhecimentosem ele "incha" (l Co 8. 1).

1. Explique a razão peia qual Paulo adverte a igreja contra o litígioentre os irmãos.

2. O que revela o estudo do capítulo 14 de l Co?

3. O que a Bíblia ensina sobre o julgamento do mundo e dos anjos em1 Co 6?

4. Quais as causas da contenda em Corinto?

5. Você é a favor de que um crente conduza o outro aos tribunais hu-manos?Justifique sua resposta.

„,

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Lição 7] 7 de Maio de 2009

CONSIDERAÇÕES ACERCADO CASAMENTO

TEXTO ÁUREO

"Venerado seja entre todos o matrimónioe o leito sem mácula; porém aos quese dão à prostituição e aos adúlteros

Deus os julgará" (Hb 13.4).

VERDADE PRÁTICA

Io por Deus no princípio, o:nto é uma instituição social

talícia como ponto de origem eorte da família.

A DIÁRIA

Segunda - 1 Co 7.39O casamento deve ser no Senhor

Terça-2 Co 6.14-18Deus condena os casamentos mistos

Quarta - Gn 2.24O casamento torna o homem e a mulher"uma só carne"

Quinta - Mt 19.6? O casamento deve ser indissolúvel

Sexta - Mt 5.27,28J l O casamento é uma salvaguarda contra a\ imoralidade

|J Sábado-Hb 13.4u •i O casamento deve ser puro

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 Coríntios 7.1-5,7,10,11.

I - Ora, quanto às coisas que meescrevestes, bom seria que o homemnão tocasse em mulher;

- mas, por causa da prostituição,cada um tenha a sua própria mulher,e cada uma tenha o seu própriomarido.

3 - O marido pague à mulher a de-vida benevolência, e da mesma sortea mulher, ao marido.

4 - A mulher não tem poder sobreo seu próprio corpo, mas tem-no omarido; e também, da mesma ma-neira, o marido não tem poder sobreo seu próprio corpo, mas tem-no amulher.

- Não vos defraudeis um ao outro,senão por consentimento mútuo, poralgum tempo, para vos aplicardes àoração; e, depois, ajuntai-vos outravez, para que Satanás vos não tentepeia vossa incontinência.

- Porque quereria que todos os ho-mens fossem como eu mesmo; mascada um tem de Deus o seu própriodom, um de uma maneira, e outrode outra.

- Todavia, aos casados, mando,não eu, mas o Senhor, que a mulherse não aparte do marido.

II - Se, porém, se apartar, que fiquesem casar ou que se reconcilie como marido; e que o marido não deixea mulher.

INTRODUÇÃO

Havia dúvidas entre os crentesde Corinto sobre o casamento e orelacionamento familiar em geral. Foientão que eles resolveram escreverãoapóstolo Paulo a fim de se esclarece-rem sobre esses assuntos (v.l).

Nesta lição, estaremos estudandoo capítulo sete da primeira epístola dePaulo aos Coríntios, o texto mais ricoda Bíblia acerca do casamento em seusdiversos aspectos: o casal e a vida con-jugal; os filhos; o estado de solteiro;a separação e o divórcio; a viuvez e onovo casamento etc.

I. CASAMENTO OU CELIBATO

É evidente a inspiração divina esobrenatural do apóstolo Paulo ao tra-tar deste importante assunto. "Mando,não eu, mas o Senhor" (v. 10); "Digoeu, não o Senhor" (v.l 2). Ver tambémos w.25,40.

l. Casar ou não casar? "Bomseria que o homem não tocasse emmulher" (v.1). No estado de celibato, ohomem e a mulher devem manter-sesexualmente abstêmios. Intimidadesconjugais são limitadas ao casamento.Deus não criou o sexo para o pecado,como está ocorrendo no mundo ímpio;o chamado "sexo livre", segundo aPalavra de Deus, é abominação. Istonão significa, de acordo com a Bíblia,que seja impróprio, ou condenável,estar solteiro ou casado. É questão deconsciência e possibilidades de cadaum. Todavia, todos devem estar cien-tes de que o casamento traz consigocertas obrigações que os pretendentesnão podem ignorar.

Em ] Timóteo 4.1-3, o mesmoapóstolo profetiza, pelo Espírito Santo,que um dos sinais do fim dos tempos

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_ ,..quer que . _r._mulher, não sendo por causade prostituição, e casar com

outra, comete adultério; e o quecasar com a repudiada também

• i adultério." (Ml i9.9)

1 é a proibição do casamento. Há porl toda parte uma multidão de casais

vivendo sem serem casados sob orótulo de "união estável" protegidapelo Estado.

O matrimónio foi instituído porDeus e é um estado honroso (Hb l 3.4),mas o celibato também é uma opção

•- de vida perfeitamente natural (v.38).l O casal cristão que vive no temor de

Deus simboliza Cristo e sua Igreja (Ef5.31,32).

II. A NECESSIDADEDO CASAMENTO (vv.2 5)

Ante a imoralidade sexual desen-freada, como era o caso da populaçãode Corinto, e a do mundo hoje, o ca-

L samento efetuado por amor recíprocopreserva e protege a pureza moral dasociedade a partir da família: "Mas porcausada prostituição, cada um tenha asua própria mulher, e cada uma tenhao seu próprio marido" (v.2).

Vejamos algumas atitudes ev deveres cristãos concernentes ao ca-~ samento (w.3,4).

1. Obrigações recíprocas(7.3,4), "O marido pague à mulhera devida benevolência, e da mesmasorte a mulher, ao marido" (v.3). Ouseja, cumpram com seus deveresconjugais. O verbo "pague" deixa cla-ro que não se trata de favor, mas deuma obrigação; do marido para coma esposa e da esposa para com o ma-

rido. Isso nos faz compreender queo ato conjugal não visa somente àprocriação, mas a satisfação mútua.No casamento, cada cônjuge temdireito à pessoa do outro. Emboraa Bíblia ensine que o marido é a ca-beça da família e que a esposa deveobedecer-lhe a orientação, na áreasexual ambos estão no mesmo nível.As diferenças afetivas e psicológicasdele e dela devem ser conhecidas porambos, a partir do marido, por serele a cabeça do casal (l Pé 3.7 "comentendimento"). A expressão "Nãovos defraudeis um ao outro" (v.5), éum preceito bíblico. O relacionamen-to físico do casal é parte do planodivino (l Co 7.3); é uma necessidadeconjugal (Pv 5.15,18); é um direitoconjugal (Êx 21.1 0).

No v.5, Satanás é citado comoum inimigo pronto para infernizar edestruir o casamento, especialmenteatravés da infidelidade conjugal. Elesempre procura arruinar tudo o queé bom, e o casamento é um de seusprincipais alvos. Que isso sirva dealerta para todo casal cristão.

2. Abstinência temporária(7.5,6). Dá-se a abstinência temporá-ria quando um dos cônjuges resolveabster-se sexualmente para dedicar-se de forma integral a uma missãoou atividade espiritual. Há condiçõesdefinidas para isso (v.5): 1) Consen-timento mútuo; 2) A situação deveser temporária "por algum tempo"; 3)Deverá ser por elevados propósitoscristãos - oração, jejum; e 4) Deverãojuntar-se de novo, imediatamente.

Mi. O SOLTEIRO (w.7-9).

1. "Cada um tem de Deus oseu próprio dom" (v.7). O termo"dom" refere-se a uma capacitaçãosobrenatural conferida por Deuspara alguém permanecer solteiro

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sem "abrasar-se" (v.9), e sem frus-tração. O cristão pode permanecersolteiro por tempo indeterminado,ou nunca se casar para realizar pro-pósitos específicos de Deus. Todavia,isso requer não somente domíniopróprio, mas um dom especial dagraça divina, o qual não é concedidoa todos: "... cada um tem de Deus oseu próprio dom..." (v.7).

Você é solteiro (a) e tem o dom docelibato? Está disposto (a) a ficar assim,servindo ao Senhor com fidelidade,segundo seus desígnios específicospara a sua vida?

2. O conselho de Paulo aossolteiros que desejavam perma-necer neste estado (v.8) tinha aver com as condições sombrias queestavam para atingir a igreja. No v.26,a expressão "instante necessidade"equivale a "situação angustiosa quese aproxima". Jesus também abordouesse assunto em Mateus 19.1 2.

IV. COMPROMISSOS CRISTÃOSNO CASAMENTO (vv.10,11)

1. A mulher e o marido não de-vem se separar. O apóstolo expressadiretamente a vontade do Senhor: "To-davia, aos casados, mando não eu, maso Senhor" (v. l 0). "A mulher se não apar-te do marido (...) Se, porém, se apartar,que fique sem casar" (...) "o marido nãodeixe a mulher" (w.10,11). Naquelaépoca tanto a lei romana quanto a ju-daica concedia igualmente ao marido ea mulher o direito de dissolver o casa-mento por "qualquer razão" (Mt 19.3b).Jesus, porém, declarou enfaticamente:"Qualquer que repudiar sua mulher,não sendo por causa de prostituição,e casar com outra, comete adultério; eo que casar com a repudiada tambémcomete adultério" (Mt 19.9). Ler tam-bém Mt 5.32; Mc 10.1 1,12; Lc 16.18;Ml 2.14-16.

2. Conversão do cônjuge apóso casamento (l Co 7.12-16). Osversículos 12-16 têm a ver com casaisdescrentes em que um dos cônjugesconverte-se a Cristo, e o outro não.A Bíblia não está aqui sancionandoo casamento misto, do crente com oincrédulo. A passagem infere clara-mente a conversão de um deles apóso casamento. Não é que o descrentepasse a ser santo em Cristo peranteDeus simplesmente porque seu cônju-ge é convertido. Significa, sim, que omarido ou mulher de um crente é mo-tivado a chegar-se a Deus pelo modoconsagrado de viver do crente.

Através do cônjuge crente, asbênçãos do casamento são conferidassobre o descrente. E até os filhos de talcasamento são também abençoados..."mas, agora, são santos" (v.14).

Se o descrente se recusar a perma- lnecer com o convertido por causa de ssua fé em Cristo, o cristão está livre da ;obrigação de sustentar o casamento.Mas, a iniciativa deve ser do descren- '±te. "Mas, se o descrente se apartar, ^aparte-se" (v. l 5). Esses casos são raros ^no Ocidente, mas no Oriente ocorrem icom frequência. No passado, ocorria 4

muito mais.

CONCLUSÃO

Os coríntios viviam num ambien-te de promiscuidade sexual ostensiva,

REFLEXÃO

"O relacionamento fisldo casal é pane ao piadivino (/ Co 7.3); é urtnecessidade conjugal (

5.15,18); é um direinconjuga l (Ê* ?* "» "

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rli T,rsendo a metrópole de Corinto o centrodo culto imoral e depravado à deusagrega Afrodite, cultuada entre os ro-manos sob o nome de Vénus. Ela eraconsiderada a deusa do amor erótico,sensual. Hoje a Igreja defronta-se com

ambiente ainda pior, como é o caso damultimídia etetrônica e informatizada:dramatizada, falada, visualizada, es-crita, gravada etc. Entretanto, maior éDeus para guardar a todos os que nEleconfiam e que vivem para Ele.

RESPONDA

1. Cite um sinal do fim dos tempos a respeito da família, de acordocom l Tm 4.1-3.

2. Explique a abstinência sexual temporária de acordo com 1 Co 7.5,6.

3. Defina o dom de celibato.

4. Escreva o texto de Mt l 9.9.

5. Conforme a lição, exponha o que você entendeu de l Co 7.1 5.

VOCABULÁRIO•

Abstinência: Privaçãovoluntária.

Celibato- O estado deuma pessoa que se man-tém solteira.

Recíproco: Que implicatroca ou permuta entreduas pessoas.

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Lição 824 de Maio de 2009

COISAS SACRIFICADASr

AOS ÍDOLOSTEXTO ÁUREO

",45 coisas que os gentios sacrificam,as sacrificam aos demónios e não a Deus.

E não quero que sejais participantescom os demónios"(l Co 10.20).

'ERDADE PRÁTICA

O crente deve fugir da idolatria, dos1 jetos, festividades e reuniões que,,volvem reverência e adoração

aos ídolos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Dt 32.15-21O péssimo exemplo de Israel no passado

Terça-SI 106.36,37Correlação entre os ídolos e osdemónios

Uma norma divina para todos os crentes

Quinta - l Co 8.13O manjar do escândalo

Sexta- l Co 10. 20Coisas sacrificadas aos demónios

Sábado-Tg 4.4,5O zelo do Espírito pelo crente

37

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 Coríntios 8.1-4; 10.14, 18-22.

l Coríntios 8.1 - Ora, no tocante às coisas sacrifi-cadas aos ídolos, sabemos que todos

(temos ciência. A ciência incha, maso amor edifica.

2- E, se alguém cuida saber algumacoisa, ainda não sabe como convémsaber.

3 - Mas, se alguém ama a Deus, esseé conhecido dele.

4 - Assim que, quanto ao comerdas coisas sacrificadas aos ídolos,sabemos que o ídolo nada é no mun-

* do e que não há outro Deus, senãoum só.

| l Coríntios 10,ç 14 - Portanto, meus amados, fugi

da idolatria.

18 - Vede a Israel segundo a carne;os que comem os sacrifícios não são,porventura, participantes do altar?

Í19 - Mas que digo? Que o ídolo éalguma coisa? Ou que o sacrificadoao ídolo é alguma coisa?

20 - Antes, digo que as coisas queos gentios sacrificam, as sacrificamaos demónios e não a Deus. E nãoquero que sejais participantes comos demónios.

21 - Não podeis beber o cálice doSenhor e o cálice dos demónios; nãopodeis ser participantes da mesa doSenhor e da mesa dos demónios.

22 - Ou irritaremos o Senhor? Somosnós mais fortes do que ele?

INTRODUÇÃO

Corinto era uma importantecidade da Grécia, e a capital da pro-víncia romana Acaia. Sua posiçãogeográfica privilegiada favoreciao comércio, a cultura, os esportese as religiões pagãs. Em Corintohavia muitos templos dedicadosaos deuses greco-romanos. Dentreeles, destacava-se o de Afrodite,localizado no topo do Acrocorinto,tendo mais de mil sacerdotisas quese dedicavam à prostituição reli-giosa. As festas dedicadas a essesdemónios eram repletas de música,orgia, comida, bebida e excessosde todos os tipos. Nas oferendas deanimais, uma parte era queimada noaltar do ídolo, a outra era doada aosacerdote, e a última era entregueao ofertante, que quase sempre avendia no mercado.

I. A CARNE SACRIFICADA:ASSUNTO ANTIGO, MASCONTEMPORÂNEO

1. No Antigo Testamento(Dt 32.16,17). Diversas passagensbíblicas relacionam o ídolo aos de-mónios, e o culto idólatra ao cultodiabólico (Lv 17.7; 2 Cro l 1.15). Osídolos sempre foram laços para opovo de Israel, a quem Deus elegeucomo seu povo peculiar aqui na ter-ra. Há crentes que têm receio e pa-vor de ídolos, imagens fabricadas efiguras. Ora, "o ídolo nada é", afirmaa Bíblia (l Co 8.4; l 0.1 9; SI 115.4-7;Is 44.9-17). O culto idólatra dos is-raelitas desviados não era oferecidoaos ídolos, mas "aos diabos", comoafirma Deuteronômio 32.1 7.

O apóstolo adverte a igreja deCorinto para não se envolver com a

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idolatria, como o povo de Israel nodeserto. Naqueles dias, os judeusdesviados ofereceram sacrifícios aosdemónios, prostituíram-se e come-ram da carne sacrificada aos ídolos(I Co 10.7,8).

O cristão também não deveparticipar de festividades e atosque cultuam os "santos", "os guias"e ídolos demoníacos. Assim comoDaniel, deve o crente rejeitar irrevo-gavelmente o "manjar oferecido aosídolos" (Dn 1.8,9).

2. No Novo Testamento. EmAtos 15.29, a igreja, composta dejudeus e gentios (Ef 2.1 4), é doutri-nada a abster-se "das coisas sacrifi-cadas aos ídolos". Essa importanteordenança não apenas confirma aproibição do Antigo Testamento,como também amplia o conceitona era da graça: seja para cumprir0 mandamento (At 15.29) seja pormotivo de consciência (l Co 8.7-1 3), ou ainda para não melindraro crente imaturo (l Co 8.9). Assimcomo participar da "mesa do Senhor"é um testemunho da nossa filiação,identificação e comunhão com Ele {lCo 10.18), tomar parte de atividades,reuniões e procissões vinculadasa ídolos, ocultismo e espiritismo éidentificar-se com o próprio Diabo(l Co 10.20,21). A imagem adoradanão é nada; apenas obra de pedra,de pau, gesso, cimento ou ouro (SI11 5.4-7), mas por detrás dela estãoos demónios (ver Ap 9.20; 1 3.1 5).

II. O CRISTÃO DIANTEDAS FESTIVIDADESRELIGIOSAS PAGÃS

l. As festas religiosas pagãsno Antigo Testamento. Antes deIsrael ser introduzido na idólatraterra de Canaã, o Senhor advertiu-o arespeito dos maus costumes, feitiça-

REFLEXÃO

"O sincretismo religiosopresente nas festas pagãsé uma ferramenta maligna

para iludir o cristãoincauto ou desprovido

de visão celestial."

rias, práticas e celebrações idólatrasde seus habitantes (Êx 20.3-5; 22.20;23.24,32). Todavia, o povo deso-bedeceu a Deus e curvou-se diantedos falsos deuses cananeus (\z 2.7-1 3,1 7; Êx 32.8). Por esta razão, "a irade Deus se acendeu contra Israel" (|z2.14). Ora, se Deus não "poupou osramos naturais", afirma Paulo, "temeque te não poupe a ti também. Consi-dera, pois, a bondade e a severidadede Deus" (Rm 11.21,22). Portanto,meu amado irmão em Cristo, nãoparticipe das festas em honra aosídolos e que servem aos demónios.

2. As festas religiosas pagãsno Brasil. O nosso país caracteriza-se como uma nação multicultural epluralista, inclusive no que tangea tradições religiosas não-cristãs.Muitos antropólogos e sociólogosseculares vêem essas festividadescomo elemento de integração sociale manifestação cultural. Mas isto éapenas um disfarce material, queoculta a tenebrosa realidade espiritu-al das coisas. O sincretismo religiosopresente em muitas dessas festas ecomemorações é uma ferramentamaligna para iludir o cristão incautoou desprovido de visão celestial.

3. A idolatria do coração. Oprimeiro mandamento do Eterno emÊxodo 20.3, ordena: "Não terás outros

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rdeuses diante de mim". Israel antesde ser liberto e resgatado por Deusda escravidão do Egito, pecou contrao Senhor, adorando a falsos deuses(Js 24.14,1 5). E, ao chegar a sua novaterra, Canaã, continuou cometendo omesmo pecado (Js 24.23).

Deus conhece o coração do ho-I mem e sabe da sua propensão à ido-

latria. No caso de Israel, esse pecadonão era apenas externo, mas interno;a idolatria do coração, arraigada noâmago da criatura humana.

O que é um deus, ou ídolo do-minante na vida de alguém? É tudoaquilo que ocupa sempre o primeirolugar no coração do homem e ai seentroniza na sua vida, tempo, pen-samento e vontade. Em Ezequiel 14,Deus advertiu seu povo sobre "ídolosno coração" (vv.2-7). Tomemos umadecisão: Deus deve ser o único eabsoluto Senhor de nosso ser. Lem-bremo-nos que o Senhor não divideseu senhorio, nem a sua glória.

Vejamos alguns dos deusesmodernos mais conhecidos:

a) Dinheiro. Principalmente oacúmulo de riquezas por avareza.Muitos têm abandonado a Deus,ou estão frios na fé devido a essedeus.

b) Sucesso. Fama, popularidade,reputação, cultura, graus académi-cos, entre outros. Se o sucesso e o

REFLEXÃO

"O culto idólatra dosisraelitas desviados nãoera oferecido aos ídolos,mas "aos diabos", coiafirma Deuteronômio

32.) 7."

êxito não forem devidamente contro-lados, eles controlam seu portador etornam-se um deus em sua vida.

c) Poder. O exercício do poderatravés de uma posição. Esta formade poder leva à vaidade, pavonice,orgulho, vanglória e presunção. Aessa altura, o poder torna-se umídolo no coração.

d) Trabalho. Exagerado, semdescanso, que rouba o tempo quepertence unicamente a Deus, parabuscar sua presença através da ora-ção, adoração e leitura da Palavrade Deus.

e) Prazer. Também pode ser ido-latrado. É a busca exagerada, inces-sante e crescente das diversões, daglutonaria, lazer, passatempos, etc.O prazer natural, controlado, justo eíntegro não é pecado. É evidente quehá muitos outros ídolos no coraçãodos homens nesta era de avanços erealizações contínuos.

Paulo, o porta-voz de Deus,dirige-se à igreja de Corinto e alerta:"Portanto, meus amados, fugi daidolatria" (l Co 10.14). Certamente,muitos deles estavam tentados a seenvolverem com os ídolos, razãopela qual Paulo os admoesta. Deustambém usou o apóstolo João paraexortar os crentes a tomarem cui-dado com os "ídolos" (l Jo 5.21). Éevidente que se trata aqui de "ídolosdo coração".

A Bíblia proíbe o crente departicipar da mesa do Senhor e docal ice dos demónios (l Co 10.20,21).Tal duplicidade religiosa leva o seupraticante ao pecado, à mentira, àfalsidade, à idolatria, e ao inferno,pois não há qualquer associaçãoentre luz e trevas, verdade e menti-

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rã, entre o Senhor e Satanás. Não há verdade, porque ambos se anulammeio termo na fé cristã e na doutrina mutuamente. Assim também, não(Mt 5.37; 6.24; SI 119.113) . Não há nada de sagrado no profano e noexiste verdade no erro, e nem erro na profano não há nada de sagrado.

RESPONDA

1. Cite três passagens no Antigo Testamento que relacionam os ídolosaos demónios.

2. Cite duas passagens no Novo Testamento que relacionam os ídolosaos demónios.

3. Descreva a relação entre ídolos, festas pagãs e demónios.

4. O que você sabe a respeito das festas pagãs do Antigo e NovoTestamento?

5. Cite três ídolos modernos que habitam no coração dos homens. -

VOCABULÁRIO

Irrevogável: Que não sepode anular.

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Lição 93 / de Maio de 2009

A IMPORTÂNCIADA SANTA CEIA

TEXTO ÁUREO

"Porque, todas as vezes que comerdeseste pão e beberdes este cálice,anunciais a morte do Senhor,até que venha" (1 Co 11.26).

VERDADE PRÁTICA

A Santa Ceia não é um mero símbo-lo; é um memorial da morte reden-tora de Cristo por nós e um alertaquanto à sua vinda.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 26.28A nova aliança em Cristo

A vitória com Cristo sobre a morte

Quarta - 1 Co 10.16,1 7A Igreja é um só corpo em Cristo

Quinta- 1 Co 11.28; 2 Co 13.5O auto-exame interior do crente

Resgatados pelo precioso sangue deCristo

Sábado - Ap 19.7As Bodas do Cordeiro no céu

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Coríntios 11.23-32.

23 - Porque eu recebi do Senhoro que também vos ensinei: que oSenhor Jesus, na noite em que foitraído, tomou o pão;

24 - e, tendo dado graças, o partiue disse: Tomai, comei; isto é o meucorpo que é partido por vós; fazeiisto em memória de mim.

25 - Semelhantemente também,depois de cear, tomou o cálice, dizen-do: Este cálice é o Novo Testamentono meu sangue; fazei isto, todas asvezes que beberdes, em memóriade mim.

26 - Porque, todas as vezes quecomerdes este pão e beberdes estecálice, anunciais a morte do Senhor,até que venha.

27 - Portanto, qualquer que comereste pão ou beber o cálice do Senhor,indignamente, será culpado do corpoe do sangue do Senhor.

.';- . - Examine-se, pois, o homem a simesmo, e assim coma deste pão, ebeba deste cálice.

29 - Porque o que come e bebe in-dignamente come e bebe para suaprópria condenação, não discernin-do o corpo do Senhor.

30 - Por causa disso, há entre vósmuitos fracos e doentes e muitosque dormem.

31 - Porque, se nós nos julgásse-mos a nós mesmos, não seríamosjulgados.

32 - Mas, quando somos julgados,somos repreendidos pelo Senhor,para não sermos condenados como mundo.

INTRODUÇÃO

A Ceia do Senhor é um ato desuma importância, em si mesmo e navida do crente. Ela não é um merosímbolo, mas sim uma das verda-des centrais da nossa fé. A SantaCeia lembra a paixão e a morte deCristo em nosso lugar, bem como asua segunda vinda. Tendo em vistasuas verdades bíblico-teológicas,cabe-nos tomar assento à mesa doSenhor com solenidade e redobradareverência.

I. O QUE É A SANTA CEIA

A Santa Ceia não é apenasum ato celebrado pela igreja, mastambém uma proeminente doutrinabíblica. Em geral, todos sabem comoproceder, todavia poucos conhecema doutrina, pois depende do estudoda Palavra.

A Bíblia afirma que Paulo re-cebeu o ensino da Santa Ceia di-retamente do Senhor: "Porque eurecebi do Senhor o que também vosensinei" (v.23). Provavelmente ele otenha recebido durante os três anosem que estivera a sós com Deus naArábia, sobre os quais as Escriturassilenciam (Cl 1.11,12, 15-17).

São duas as ordenanças da Igre-ja Cristã originadas do ministério ter- ;reno de Nosso Senhor Jesus Cristo: lo batismo e a Santa Ceia. Com o seu lbatismo, no rio Jordão, Ele iniciou lo seu glorioso ministério (Mt 3.13-16), encerrando-o com a instituiçãoda Santa Ceia, sua paixão e morteredentora (Mt 26.26-30). Enquantoo batismo fala da nossa fé em Cristoe ocorre apenas uma vez na vida docrente (Mc l 6.1 6), a Ceia do Senhordiz respeito à nossa comunhão com

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Ele, e deve ser sempre renovada (Lc22.14,15).

1. Definição e designações.A Santa Ceia é uma ordenança daIgreja, instituída por Jesus na noiteem que ele foi traído. Na Bíblia, ela échamada de "Ceia do Senhor" (l Col l .20) e "comunhão do corpo e dosangue de Cristo" (l Co l 0.1 6).

2. Ordenança ou sacramen-to. A Ceia do Senhor é conhecidapelos evangélicos como ordenança,por constituir-se numa ordem dadapor Cristo aos santos apóstolos.

Os católicos romanos e certasalas do protestantismo costumamdenominá-la de sacramento.

II. OS ELEMENTOSDA SANTA CEIA

São elementos da Santa Ceia opão e o vinho por representarem,respectivamente, o corpo e o sanguedo Senhor Jesus.

1. O pão. Por ser este alimentoo símbolo da vida, Jesus assim iden-tificou-se aos seus discípulos: "Eusou o pão da vida; aquele que vema mim não terá fome; e quem crêem mim nunca terá sede" (Jo 6.35).Por conseguinte, quando o pão épartido, na celebração da Ceia, vem-nos à memória o sacrifício vicário deCristo, através do qual Ele entregou asua vida em resgate da humanidadecaída e escravizada pelo Diabo.

2. O vinho. Identificado naBíblia como "fruto da vide" e "cálicedo Senhor" (Mt 26.29; l Co 11.27), o

REFLEXÃO

"A Sarna Ceia é uma ordenançada Igreja, instituída por Jesus

na noite em que ele foi traído."

vinho na Ceia lembra-nos o sanguede Cristo vertido na cruz para redimira todos os filhos de Adão: "Sabendoque não foi com coisas corruptíveis,como prata ou ouro, que fostesresgatados da vossa vã maneira deviver que, por tradição, recebestesdos vossos pais, mas com o preciososangue de Cristo, como de um cor-deiro imaculado e incontaminado"(l Pé 1. 18,19). Portanto, o pão e ovinho são, biblicamente, o memorialdo Calvário; representam o corpo eo sangue de Cristo, oferecidos porEle como sacrifício expiatório pararedimir-nos de nossos pecados. É aexplicita, profunda e confortadorasimbologia das Sagradas Escrituras.

III. LIÇÕES DOUTRINÁRIASDA SANTA CEIA

Vejamos algumas das liçõesou ensinos doutrinários da Ceia doSenhor até a volta de Jesus.

1. A Santa Ceia é um manda-mento do Senhor. Ele ordenou porduas vezes: "fazei isto em memóriade mim" (vv.24,25),

2. É um memorial divino."Em memória de mim" (vv.24,25).É um memorial da morte do Cor-deiro de Deus em nosso lugar (l Pé1.18,19;Jo 1.29). Como tal, a SantaCeia comemora algo já realizado (Lc22.19).

Assim como a sociedade, ogoverno, o povo, as instituiçõesparticulares têm seus memoriais, aosquais estimam, honram e preservam,nós temos muito mais razão, dever,direito e prazer de sempre participarda Ceia do Senhor.

3. É uma profecia a respeitoda volta de Jesus. "Anunciais amorte do Senhor até que venha"(v.26). A igreja ao celebrar a Ceia doSenhor, está também anunciando a

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todos a sua vinda. "E digo-vos que,desde agora, não beberei deste frutoda vide até àquele Dia em que o bebade novo convosco no reino de meuPai" (Mt 26.29).

4. Deve ser precedida deauto-exame do participante (v.25). Trata-se do auto-julgamentodo cristão diante de Deus, quantoao seu estado espiritual (v.31). Esseauto-exame deve ser feito com oauxílio do Espírito Santo e tendo anossa consciência alinhada às Es-crituras.

5. A ceia do Senhor e o dis-cernimento espiritual do crente.Participar da Ceia sem discernir "ocorpo do Senhor" (v. 29), é ter os san-tos elementos da Ceia como coisascomuns, e não como emblemas docorpo e do sangue de Cristo.

6. É uma ocasião propíciaao recebimento de bênçãos. "Ocálice de bênção que abençoamosnão é a comunhão do sangue deCristo? O pão que partimos não é,porventura, a comunhão do corpode Cristo?" (10.16). Portanto, Deuspode derramar copiosas bênçãos nomomento da ceia. Houve milagresna preparação da primeira Ceia (Lc22.10-13).

7. A Santa Ceia é um momen-to de gratidão a Deus. Na Ceia doSenhor todo crente deve ser agrade-cido. "E tendo dado graças" (v. 24).Em todos os registros da Ceia vemosação de graças a Deus: 1 Co l l .24;Mt 26.27; Mc 14.23; Lc22.19.

8. A Santa Ceia é para osdiscípulos do Senhor. ConformeLucas 22.14, Jesus levou apenas osDoze para a mesa da Páscoa, seguidada Ceia do Senhor. Se a Ceia fossepara qualquer um, Ele teria chamadoa todos sem distinção. A Santa Ceia épara os santos em Cristo Jesus.

REFLEXÃO

"Porque, todas as vezes quecomerdes este pão e beberdes

este cálice, anunciais a morte doSenhor, até que venha.

Portanto, qualquer que comer estepão ou beber o cálice do Senhor,indignamente, será culpado docorpo e do sangue do Senhor."

9. É um momento de profun-da e solene devoção e louvor aDeus. "E, tendo cantado um hino"(Mt 26.30). Como Jesus cantou àsombra da sua cruz, não podemoscompreender, nem explicar!

10. A Santa Ceia é alimentoespiritual. Toda ceia destina-sea alimentar. Devemos participardesse Santo Memorial convictos,pela fé e esperança de que seremosnovamente alimentados espiritual-mente.

11. A Ceia do Senhor conde-na a duplicidade religiosa. "Nãopodeis ser participantes da mesa doSenhor e da mesa dos demónios"(l 0.21). A Santa Ceia é incompatívelcom a duplicidade da vida espiritualdo cristão (SI l 1 9.1 1 3; Mt 6.24; 2Co 6.14).

CONCLUSÃO

Tendo em mente o exposto, de-vemos sentar-nos à mesa do Senhor,com discernimento, temor de Deuse humildade. Conscientizemo-nos,pois, de que, ali, não estão merossímbolos, mas o sublime memorialda paixão e morte de Nosso SenhorJesus Cristo. Caso contrário, seremoscontados como réus diante de Deus. ÍQue o Senhor nos guarde a todos,por sua graça.

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RESPONDA

l. O que é a Santa Ceia?

2. O que simboliza o pão?

3. O que simboliza o vinho?

4. Cite três lições doutrinárias da Santa Ceia do Senhor.

5. Descreva o elemento profético da Santa Ceia do Senhor.

VOCABULÁRIOEstimar: Ter em estima;apreciar, prezar.

Proeminente; Que sobres-sai, ressalta; saliente.

Sacramento: De acordol com algumas tradições dos Cristianismo, são rituaisl mediante os quais se trans-

mitem benefícios salvíficos:batismo, eucaristia, etc.

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07 de Junho de 2009

Os DONS ESPIRITUAISTEXTO ÁUREO

"Mas a manifestaçãoao Espírito é dada a cada um para

o que for útil" C\o 12.7).

VERDADE PRÁTICA

Cremos no batismo com o EspíritoSanto e na atualidade dos donsespirituais.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-Jl 2.28-31A promessa do derramamento doEspírito

Terça-At 1.5; 2.1-4A chama do Espírito foi acesa

Quarta - Rm 12.6Diversidade de dons

Quinta- l Co 12.31; 13.1-8Amor, o caminho mais excelente

Sexta- l Co 14.1Procurai com zeio os dons espirituais

Sábado- l Co 14.1 4objetivo dos dons

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Coríntios 12.1-11.

1 - Acerca dos dons espirituais,não quero, irmãos, que sejais igno-rantes.2 - Vós bem sabeis que éreis gentios,levados aos ídolos mudos, conformeéreis guiados.3 - Portanto, vos quero fazer com-preender que ninguém que fala peloEspírito de Deus diz: Jesus é anáte-ma! E ninguém pode dizer que Jesus éo Senhor, senão pelo Espírito Santo.4 - Ora, há diversidade de dons, maso Espírito é o mesmo.

- E há diversidade de ministérios,mas o Senhor é o mesmo.. - E há diversidade de operações,mas é o mesmo Deus que opera tudoem todos.

- Mas a manifestação do Espírito édada a cada um para o que for útil.8 - Porque a um, pelo Espírito, édada a palavra da sabedoria; e aoutro, pelo mesmo Espírito, a pala-vra da ciência;9 - e a outro, pelo mesmo Espírito,a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito,os dons de curar;10 - e a outro, a operação de mara-vilhas; e a outro, a profecia; e a ou-tro, o dom de discernir os espíritos;e a outro, a variedade de línguas; e aoutro, a interpretação das línguas.11 - Mas um só e o mesmo Espíritoopera todas essas coisas, repartindoparticularmente a cada um comoquer.

REFLEXÃO

"O dom de profecia, hoje,não tem a mesma autoridadecanónica das Escrituras, que

são infalíveis."

INTRODUÇÃO

No Credo das Assembleias deDeus no Brasil, acha-se mui explícitaa crença nos dons concedidos peloEspírito Santo: "Cremos na atualidadedo batismo no Espírito Santo e dosdons espirituais". Através desta ver-dade, ressurgida na Rua Azusa em LosAngeles, no início do século passado,os pentecostais vêm anunciando oevangelho completo de nosso SenhorJesus Cristo em todo o mundo: Jesussalva, cura, batiza com o Espírito Santo,concede dons, e vem outra vez.

I. O QUE SÃO OSDONS ESPIRITUAIS

Não importa o que dizem os des-crentes, argumentando contra a atua-lidade e a realidade do batismo com oEspírito Santo e dos dons espirituais. ABíblia, que é nossa suprema autorida-de, além de ser clara sobre essa matériade fé, é confirmada por incontáveistestemunhos, que ratificam a validadeda promessa pentecostal.

1. Definição. Os dons espirituaissão dotações e capacitações sobrenatu-rais que o Senhorjesus, por intermédiodo Espírito Santo, outorga à sua Igreja,visando a expansão universal da suaobra e a edificação dos santos. Porintermédio deles, segundo o Espírito,o crente fala, conhece e age sobrena-turalmente.

2. Origem. Ao contrário do quepensavam certos crentes de Corinto,os dons espirituais, embora diversos,são procedentes do Único e Verda-deiro Deus Triúno - o Espírito Santo(v.4), o Senhorjesus (v.5), e Deus Pai(v.6). Antes acreditavam em diversosdeuses (l Co 8.5,6). Entretanto, forameles ensinados, que há um só Deus,

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eternamente subsistente em três pes-soas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo(2 Co 13.13).

II. A ATUALIDADEDOS DONS ESPIRITUAIS

1. O falso ensino dos cessa-cionistas. Deduzem, erradamente,que os dons espirituais cessaramapós a era apostólica, pois o Evan-gelho, de acordo com a geografiadaqueles dias, já havia chegado aosconfins da terra (At 1.8; 13.47). ABíblia anula esse falso ensino. Inter-pretando equivocadamente as Escri-turas, eles citam l Coríntios l 3.8:"mas, havendo profecias, serão ani-quiladas; havendo línguas, cessarão(...)". Eles se esquecem do versículo10 que afirma: "Mas, quando vier oque é perfeito, então o que o é emparte será aniquilado". Todavia, essa"era perfeita" ainda não começou;quando chegar, "então, veremos facea face" (v. l 2).

2. Os dons prometidos pro-fética e historicamente. De con-formidade com a profecia dejoel, oderramamento do Espírito Santo ea distribuição dos dons espirituais,seriam mais intensos nos últimostempos Q! 2.28,29). Em Jerusalém,no Dia de Pentecostes, esta profeciacumpriu-se parcialmente (At 2.16-1 8). Desde então continua a cumprir-se onde quer que o evangelho sejaouvido e crido.

Em nossos dias, o derramamen-to do Espírito recomeçou em 1906,na Rua Azusa, em Los Angeles, Cali-fórnia, Estados Unidos da América,sob a liderança de William JosephSeymour (1870-1922). Este pastorera metodista, oriundo do Movi-mento da Santidade, e filho de paisbatistas de origem africana. Desdeentão, o pentecostalismo expandiu-

REFLEXÃO

Por intermédio dos donsde saber, a Igreja de Cristo

manifesta sabedoria, ciência ediscernimento sobrenaturais."

se, chegando ao Brasil em 1910. Nomomento, a Assembleia de Deus noBrasil já começa a comemorar o seuprimeiro centenário, que teve inícioem 191 1.

III. OBJETIVOS DOSDONS ESPIRITUAIS

Deus concede dons primeira-mente para a edificação da igreja,mas também para o progresso docrente (l Co 14.1-4). Os dons espi-rituais seguem-se ao batismo como Espírito Santo: "e falavam línguase profetizavam" (At 19.6). Não ocontrário.

1. Objetivos congregacio-nais. Os dons espirituais, principal-mente os de expressão verbal, visamà edificação, consolação e exortaçãodo povo de Deus. O capítulo 14 de lCoríntios discorre amplamente sobreo assunto. O termo "edificar" é aliempregado constantemente.

2. Objetivos individuais. Osdons espirituais não devem ser usa-dos para o nosso deieite, mas para oenriquecimento de nossa vida cristã:"O que faia língua estranha edifica-se asi mesmo, mas o que profetiza edificaa igreja" (1 Co 14.4). Quando alguémé batizado com o Espírito Santo e falaem línguas, em seu espírito ora, exaltae louva a Deus secretamente. É umrelacionamento íntimo entre o salvo eDeus. Ninguém o entende, a não serDeus (l Co 14.2).

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IV- OS DONS DEMANIFESTAÇÃO VERBAL

Os dons de expressão verbal sãoos mais destacados na igreja. Ocupamo maior espaço no capítulo em estudo,o qual trata primariamente da operaçãodos dons "decentemente e com ordem"(v.40). Esses dons se manifestamsobrenaturalmente através de mensa-gens orais, segundo a orientação doEspírito Santo.

1. Dom de variedade de lín-guas. Através do dom de variedade delínguas, os crentes, em espírito, oram,adoram e louvam a Deus de modosobrenatural. É uma comunicaçãodireta com Deus, mediante o EspíritoSanto, sem quaisquer impedimentos(l Co 14.2).

2. Dom de interpretação delínguas. É evidente que este domopera juntamente com o dom ante-rior, formando ambos uma profecia(w.5,13,27,28).

3. Dom de profecia. A profe-cia, como dom de expressão verbal,é enunciada claramente no idiomade quem a profere, "para edificação,exortação e consolação" de todos (v.3).O dom de profecia, hoje, não tem amesma autoridade canónica das Es-crituras (2 Pé l .20), que são infalíveis.A profecia atual deve ser julgada (lCo 14.29).

V. OS DONS DE SABER

Por intermédio dos dons de saber,a Igreja de Cristo manifesta sabedoria,ciência e discernimento sobrenaturais.Eles são de grande necessidade aossantos, habilitando-os a entenderemmuito mais e a combaterem os espí-ritos do erro e suas artimanhas portoda parte. Considere-se a proliferação,inclusive dentro das igrejas, de falsasdoutrinas, de imitação dos dons, de

modernismos teológicos, de inovaçõesantibíblicas, de falsos avivalistas, de"milagreiros" ambulantes, etc.

l. O dom da palavra da sabe-doria (l Co 12.8). É o saber extra-ordinário e sobrenatural, outorgadodiretamente pelo Espírito. O profetaDaniel tinha deste dom, segundo relatao'escritor sagrado (Dn 1.17; 5.11,12;10.1).

2.0 dom da palavra da ciência(v.8). Este dom provê um conhecimen-to extraordinário e sobrenatural. Elecertamente operava nos profetas Eliseu(2 Rs 5.25,26) e Aias (l Rs 14.1-8).

3. O dom de discernir os espí-ritos (v. l O). É a identificação sobrena-tural de operações de espíritos quantoà sua origem e intenções: espíritosenganadores, demoníacos e humanos.É um dom defensivo que evita quesejamos enganados pelo adversário.Paulo tinha o dom de discernimentode espíritos (At 16.16-18).

VI. OS DONS DE PODER

Mediante os dons de poder, a au-toridade e o poder divinos rnanifestam-se no crente de maneira sobrenaturalsobre o mundo físico. Esses dons são:Fé, Curas, e Operação de Maravilhas.

1. Dom da fé (v.9). É a operaçãosobrenatural da fé para a realizaçãode coisas tidas como impossíveis naexpansão do Reino de Deus. O profe-ta Elias tinha o dom da fé segundo orelato de l Reis 1.10-12.

2. Os dons de curar (v.9). Sãoum dom plural na sua constituição eoperação. A palavra "curar" está no plu-ral no texto grego, indicando diferentes"curas" para vários tipos de moléstiasou enfermidades.

3. Dom de operação de mara-vilhas (v.10). Estes dois vocábulosque designam este dom, no original,estão no plural. São operações de

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milagres extraordinários, surpreen-dentes e espantosos para levar osincrédulos à conversão; convenceros céticos e fortalecer os crentes fra-cos e duvidosos quanto à suficiênciainfinita de Deus. Verjo 6; At 8,6,1 3;l 9.1 l; Js l 0.1 2-1 4. Moisés, Elias, Eli-seu, Paulo, e inúmeros outros servosde Deus tinham esse dom.

CONCLUSÃOTodos os dons espirituais são

necessários e imprescindíveis tantopara a Igreja como um todo comopara os seus membros em particular.Por isso, devemos buscar com zelo osdons espirituais. Afinal, eles são umagrandiosa dádiva da graça divina aonosso dispor.

RESPONDA

l. Defina os dons espirituais.

2. Descreva o reavivamento pentx "íJStal na Rua Azusa.

3. Quais os propósitos dos dons espirituais?

4. Cite os dons de manifestação verbal

5. Cite os dons de saber e poder.

VOCABULÁRIO

Antibíblico: Contrário àBíblia.

Imprescindível: Indispen-sável; que não se pode pôr

de lado.

Outorgar: Dar, conceder.

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Lição 1114 de Junho de 2009

A RESSURREIÇÃODE CRISTO

Mas, agora, Cristo ressuscitoudos mortos e foi feito as primíciasdos que dormem" (\o 15.20).

LEITURA DIÁRIA

Segunda-SI 16.10A ressurreição de Cristo predita noAntigo Testamento

Terça-Jo 11.25Jesus é a ressurreição e a vida

Quarta - At 2.23,24O testemunho de Pedro acerca daressurreição.

Quinta-At 4.33Os apóstolos — testemunhas daressurreição de Cristo

Sábado-Ap 20.5,6A primeira ressurreição

At 24.15A ressurreição dos justos e injustos

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Coríntios 15.1-10.

T - Também vos notifico, irmãos, oevangelho que já vos tenho anuncia-do, o qual também recebestes e noqual também permaneceis;

2 - pelo qual também sois salvos,se o retiverdes tal como vo-lo tenhoanunciado, se não é que crestes emvão.

3 - Porque primeiramente vos en-treguei o que também recebi: queCristo morreu por nossos pecados,segundo as Escrituras,

4 - e que foi sepultado, e que res-suscitou ao terceiro dia, segundo asEscrituras,

- e que foi visto por Cefas e depoispelos doze.

6 - Depois, foi visto, uma vez, pormais de quinhentos irmãos, dosquais vive ainda a maior parte, masalguns já dormem também.

7 - Depois, foi visto por Tiago, de-pois, por todos os apóstolos.

5 - e, por derradeiro de todos, meapareceu também a mim, como aum abortivo.

9 - Porque eu sou o menor dosapóstolos, que não sou digno de serchamado apóstolo, pois que perseguia igreja de D eu s,

\ - Mas, pela graça de Deus, sou oque sou; e a sua graça para comigonão foi vã; antes, trabalhei muito maisdo que todos eles; todavia, não eu, masa graça de Deus, que está comigo.

INTRODUÇÃO

Se Cristo não ressuscitou, é vãa nossa fé. Foi o que afirmou Pauloaos cristãos de Corinto que, emboramuito bem doutrinados (At 18. 1,11),ainda não criam na ressurreição doFilho de Deus. Por isso, o apóstoloescreveu o que viria a chamar-se o"Grande Capítulo da Ressurreição". =Nessa passagem, encontram-se asprovas irrefutáveis da ressurreiçãode Cristo e as bases escriturísticas daglorificação dos santos ao ressoar daúltima trombeta.

I. A DOUTRINADA RESSURREIÇÃO

"Morrendo o homem, porventu-ra, tornará a viver?" Qó 1 4.1 4). Estapergunta milenar do patriarca Jó,foi plenamente respondida quando"Cristo ressuscitou dos mortos e foifeito as primícias dos que dormem"(l Co 15.20). Nas Sagradas Escri-turas, a ressurreição dos mortos,tanto a dos salvos, como a dosperdidos, é uma doutrina de suma -importância.

1. Definição. A ressurreiçãopode ser definida como o retorno àvida de modo sobrenatural. A Bíbliaafirma que os salvos ressuscitarão •com um corpo transformado e glorio-so (w. 35-53), enquanto que os ímpiosressuscitarão com um corpo desprezí-vel e vergonhoso (Dn l 2.2).

Cristo ressuscitou, retornandosobrenaturalmente à vida física (Mt28.9,1 7). Quanto aos outros casos deressurreição descritos na Bíblia, foram itemporários, vindo a pessoa a falecermais tarde.

De acordo com a Palavra de Deus, ^a ressurreição pode ser compreendida, I

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REFLEXÃO

"A morte física não é aautoridade final de nossa

existência. Pois, como Cristoressuscitou pleno de vidae poder dentre os mortos,

também venceremos as ânsiasda morte para estarmos com o

nhor para sempre."

também, como a conversão a Cristo (Ef2.1,5,6; 2 Co 5.17).

2. A ressurreição de Cristoé nossa garantia no presente.Quanto a isso, a Bíblia declara: "E,se Cristo não ressuscitou, logo é vãa nossa pregação, e também é vã avossa fé" (v. 14). Mas, Ele ressuscitoue: "se apresentou vivo, com muitas einfalíveis provas" (At l .3).

3. A ressurreição de Cristoé a nossa garantia no futuro. "Seesperamos em Cristo só nesta vida,somos os mais miseráveis de todos oshomens. Mas, agora, Cristo ressuscitoudos mortos e foi feito as primícias dosque dormem" (l Co l 5.1 9,20). A res-surreição dos que dormiram em Cristo,marcará o início da vida eterna de gló-ria da Igreja com o Senhor no céu.

II. A PROFECIADA RESSURREIÇÃO

A verdade da ressurreição dosmortos permeou de forma marcante asescrituras hebraicas. As três principaissão: Jó, Davi e Daniel.

1. A profecia de Jó. Jó é consi-derado contemporâneo dos persona-gens do livro de Génesis, numa remotaantiguidade. Em seu livro, no capítulo19 e versículos 25 a 27, o patriarcaafirmou que após sua morte, ressurgi-rá e verá claramente o seu Redentor.

2. A profecia de Daniel. Consi-

derado o principal escritor apocalípticodo Antigo Testamento, refere-se assimesse profeta: "Muitos dos que dormemno pó da terra ressuscitarão, uns paraa vida eterna, e outros para vergonhae horror eterno" (Dn l 2.2).

3. A profecia de Davi. O reiDavi, que também era profeta, jáantevia, por inspiração divina, que oMessias provaria a morte, mas haveriade ressuscitar dentre os mortos (SI16.10; At 2.34).

4. A profecia do próprio Cris-to. Em diversas ocasiões, o SenhorJesus advertiu aos seus discípulos queEle, haveria de ser entregue aos peca-dores, e também morrer, a fim de res-gatar a humanidade de seus pecadose iniqúidades. Todavia, iria ressuscitarao terceiro dia (Mt 1 6.21).

III. O FATO DARESSURREIÇÃO DE CRISTO

A ressurreição de Jesus é umfato bíblico e cornprovadamentehistórico.

1. O fato da ressurreição deCristo. Assim o evangelista Lucas re-gistra a ressurreição de Nosso Senhor:"E, no primeiro dia da semana, muitode madrugada, foram elas ao sepulcro,levando as especiarias que tinham pre-parado. E acharam a pedra do sepulcroremovida. E, entrando, não acharamo corpo do Senhor Jesus. E aconteceuque, estando elas perplexas a esse res-peito, eis que pararam junto delas doisvarões com vestes resplandecentes.E, estando elas muito atemorizadas,e abaixando o rosto para o chão, eleslhes disseram: Por que buscais o vi-vente entre os mortos? Não está aqui,mas ressuscitou. Lembrai-vos comovos falou, estando ainda na Caliléia"(Lc24.1-6).

2. A declaração da ressurrei-ção de Cristo. Dentre as diversas

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declarações de fé do apóstolo Paulotemos a da ressurreição de Nosso Se-nhor: "Lembra-te de que Jesus Cristo,que é da descendência de Davi, res-suscitou dos mortos, segundo o meuevangelho; pelo que sofro trabalhos eaté prisões como um malfeitor, masa Palavra de Deus não está presa" (2Tm 2.8,9). Nesta declaração, o após-tolo destaca a filiação divina do Filhode Deus Qesus Cristo), sua filiaçãohumana e real (descendente de Davi)e também declara ser Jesus o plenocumprimento das Escrituras ("o meuevangelho"). Aqui temos uma incon-testável evidencia da ressurreição deJesus.

IV. AS TESTEMUNHAS DARESSURREIÇÃO DE CRISTO

Conforme vemos na Palavra deDeus, a ressurreição de Jesus é umfato real e historicamente confirmado.Vejamos alguns desses testemunhosda ressurreição de Nosso Senhor.

1. Os evangelhos. Todos osevangelhos atestam quejesus precisoumorrer para resgatar-nos do pecado,mas ressurgiu com mui grande poder eautoridade (Mt 28.1 -l 0; Mc 16.1-8; Lc24.1-12;Jo 20.1-10; Ef 1.19-22).

2. Os Atos dos Apóstolos.Cumprindo as recomendações de Je-sus, os discípulos foram ajerusalém,a fim de esperar a descida do Con-solador. Eles se dispersaram quandoda morte do Senhor, mas após a suaressurreição voltaram ajerusalém. Nocapítulo l de Atos, os discípulos pre-senciaram a ascensão de Jesus ao céu.Após o derramamento do Espírito San-to no Dia de Pentecostes, o apóstoloPedro, eloquentemente, pregou acercada ressurreição de Cristo (At 2.22-32).Com base na ressurreição de Cristo, osseus discípulos levaram o Evangelhoaté aos confins da terra.

3. Pedro e os doze. De acordoas testemunhas arroladas por Paulo,inicialmente o Senhor ressurreto foivisto por Cefas, também chamadoPedro, e em seguida pelos Doze (lCo 15.5).

4. Os quinhentos irmãos.Esses "irmãos", mais de quinhentos, vi-ram o Cristo ressuscitado (l Co l 5.6).A maioria destes ainda vivia quandoPaulo escreveu esta epístola.

5. Tiago. Era irmão natural deJesus. Antes, ele não acreditava queJesus fosse o Messias de Israel GO 7.5).Jesus, já ressurreto apareceu a Tiago,que veio a tornar-se uma das colunasentre os santos (Cl 2.9).

6. Paulo. A última aparição doSenhor ressuscitado foi testemunha-da pelo apóstolo Paulo, conforme elemesmo testifica (l Co 15.8). A partirdaí, o que muito perseguiu a Igreja,agora muito a defende, até mesmocom o risco da própria vida (At 20.28-38). São todos testemunhos irrefutá-veis da ressurreição de Nosso Senhor.Como recusar tais testemunhos? Emum tribunal marcado pela seriedade,seriam prontamente aceitos.

CONCLUSÃO

Segundo a Palavra de Deus e osfatos nela revelados, o Senhor Jesusressurgiu dentre os mortos. Ora, seCristo ressuscitou, também ressus-citaremos quando do soar da últimatrombeta, anunciando o arrebata-mento da Igreja. Foi o que o apóstolodeixou claro aos irmãos de Corinto (lCo 15.51-54).

A morte física não é a autoridadefinal de nossa existência. Pois, comoCristo ressuscitou pleno de vida epoder dentre os mortos, tambémvenceremos as ânsias da morte paraestarmos com o Senhor para sempre(l Ts4.17).

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RESPONDA

l. Cite duas garantias proporcionadas ao crente por meio da ressurrei-ção de Jesus.

2. Transcreva uma das profecias do Antigo Testamento concernente àdoutrina da ressurreição.

3. Quais elementos são destacados no texto de 2 Tm 2.8,9?

4. Cite três personagens que viram o Senhor ressurreto.

5. Por que você crê na ressurreição de Jesus?

VOCABULÁRIOÂnsia: Aflição, angústia.

Incontestáve Que nãose pode contestar; indiscu-tível.

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Lição l 221 de Junho de 2009

AJUDA AOSNECESSITADOS

TEXTO ÁUREO

"Cada um contribua segundo propôsno seu coração, não com tristeza ou pornecessidade; porque Deus ama ao que

dá com alegria" (2 Co 9.7).

VERDADE PRÁTICA

dar aos necessitados é uma grandeponsabilidade, e um alto privilegio: Deus concede a cada crente.

LEITURA DIÁRIA

Segunda- l Cr 29.69Devemos ofertar do melhor quepossuímos

Terça-Ml 3.10A contribuição deve ser entregue naCasa do Senhor

Quarta - Mc 12.44A oferta deve ser dada com fé

Quinta - 2 Co 9.7A contribuição deve ser voluntária ecom alegria

Sexta - 2 Co 9.8,9O retorno da contribuição

Sábado- 2 Co 9.1O,11bênçãos dos que contribuem

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

2 Coríntios 9.6-12.

H 6 - £ digo isto: Que o que semeiaK, pouco pouco também ceifará; e o quez semeia em abundância em abundân-£ cia também ceifará.

ii - Cada um contribua segundo pro-v pôs no seu coração, não com tristeza)•/: ou por necessidade; porque DeusC ama ao que dá com alegria.

B 8 - £ Deus é poderoso para tornar> abundante em vós toda graça, a fim;;; de que, tendo sempre, em tudo, todal suficiência, superabundeis em toda[;'; boa obra,

9 - conforme está escrito: Espalhou,deu aos pobres, a sua justiça perma-nece para sempre.

l O - Ora, aquele que dá a sementeao que semeia e pão para comertambém multiplicará a vossa se-menteira e aumentará os frutos davossa justiça;

11- para que em tudo enriqueçaispara toda a beneficência, a qualfaz que por nós se dêem graças aDeus.

12 - Porque a administração desseserviço não só supre as necessidadesdos santos, mas também redundaem muitas graças, que se dão aDeus.

' importante paraDeus não é a quantia da

oferta, mas o grau decncrifkio e desprendi-

to." (Mc )2.41~44)

INTRODUÇÃO

Nos capítulos 1-15 da epístolaem estudo, Paulo empenhou-se emcorrigir erros doutrinários específicose práticas antibíblicas entre os crentesde Corinto. Na primeira parte do últi-mo capítulo, ele discorreu com muitaênfase sobre a ação social em forma desocorro aos necessitados da igreja emJerusalém; tema recorrente na segundaEpístola capítulos 8 e 9.

I. A IMPORTÂNCIA DAAJUDA AOS NECESSITADOS

(l Co 16.1-4)

Naqueles dias, ajudéia enfrenta-va tempos difíceis em virtude de umaescassez, que deixou muitos dos san-tos em grande aflição (At 11.28,29).Conforme a passagem aqui citada,esse flagelo ocorreu nos dias do im-perador Cláudio César, que reinarade 41.a 54 d. C., isto é, na época doministério de Paulo na província daÁsia Menor.

1. Paulo expôs em detalhes odever da contribuição na igreja. Àsvezes, valorizamos excessivamente apregação, o ensino, e a leitura de temasdoutrinários, e não nos incomodamostanto com assuntos que julgamostriviais ou de somenos importância,como é o caso das dificuldades, carên-cias, perdas e expectativas frustradasdos nossos irmãos em Cristo.

Na igreja, muito mais gente pa-garia seus dízimos, contribuiria comofertas para a causa do Senhor e paraajuda aos necessitados se os pastorese dirigentes, com a graça de Deus,sabedoria e o próprio exemplo, doutri-nassem constante m ente o povo sobreo dever, o privilégio e as bênçãos dacontribuição financeira.

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2. Paulo falou claramentedas necessidades dos irmãos. Ogeneroso apóstolo dos gentios poucofalara da própria precisão. Ele trabalha-va para supri-la e também para dar oexemplo. Paulo nunca foi mercenário,nem explorador das igrejas. Todavia,nunca relutou em pedir ofertas paraatender às necessidades da igreja edos irmãos carentes. Paulo refere-se aessa necessidade em Romanos 1 5.26:"Porque pareceu bem à Macedônia eà Acaia fazerem uma coleta para ospobres dentre os santos que estão emJerusalém".

3. Paulo pedia oferta paraos santos (v. 1). Era momento deos crentes de Corinto demonstrarsimpatia, fraternidade, solidariedadee comunhão com os irmãos dajudéia.Eles deveriam ofertar "para os santos".Percebe-se que esses, não eram pre-guiçosos, desocupados e indolentesque queriam viver sem trabalhar. Opreguiçoso complica não só a sua vida,mas também a dos outros (l Ts 2.9).Era a vez agora de os crentes gentiosde Corinto socorrerem os crenteshebreus.

II. PRINCÍPIOS GERAISACERCA DA CONTRIBUIÇÃO

(l CO 16.1-4)

1. Contribuir com regularida-de. Os irmãos ofertavam no "primeirodia da semana" (v.2a). Era o "Dia doSenhor", dia principal de culto em Co-rinto e nas igrejas da Calácia. O povodevidamente avisado vinha pré parado.Assim deve ser nossas reuniões hoje.Um autêntico cristão deve contribuirsistemática e consistentemente com aobra de Deus. Além do recolhimentodos dízimos e das ofertas nos cultos,toda a igreja tem seus meios e métodosadicionais para receber contribuiçõespara a santa causa do Senhor.

2. Contribuir individualmente."Cada um de vós ponha de parte o quepuder ajuntar" (v.2b). As crianças, des-de pequenas, devem ser ensinadas acontribuir com alegria, assim como osnovos convertidos e os crentes recebi-dos por transferência. Não apenas osricos deviam contribuir, mas tambémos que tinham pouco deviam dar ale-gremente do seu pouco. Na obra deDeus, todos dando pouco, consegue-semais recursos do que apenas algunsdando muito.

3. As contribuições conformea prosperidade individual. "(...)conforme a sua prosperidade" (v.2c).Os cristãos de Corinto deviam aumen-tar sua contribuição conforme Deus osfizesse prosperar. Há crentes que aoserem aumentados em seus salários ounegócios, não contribuem na mesmaproporção.

4. Os recursos do Senhor de-vem ser bem cuidados (vv. 3,4).Para tratar dos recursos financeirosda igreja, não basta que o obreiroseja competente. Ele também precisaser fiel.

Paulo declarou que se necessáriofosse, ele iria pessoalmente ajerusalémsupervisionar a entrega e a aplicaçãoda oferta arrecadada para os santos.

III. COMO DEVE SER ANOSSA CONTRIBUIÇÃO

1. Devemos contribuir comabundância. "O que semeia poucopouco também ceifará; e o que semeiaem abundância em abundância tam-bém ceifará" {2 Co 9.6). Certo fazendei-ro estava a reclamar que sua colheitanão produzia tanto quanto a de seusvizinhos. Ao testar o solo descobriuque não havia nenhuma diferença entre |suas terras e as deles. A questão é queele semeava a metade da quantidadede sementes dos vizinhos. Deus nos

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recompensará por nos sã generosidadeamorosa (Pv 11.25; Cl 6.7).

2. Devemos contribuir comalegria. "Não com tristeza ou pornecessidade; porque Deus ama aoque dá com alegria" (2 Co 9.7). Deusnão se agrada de quem entrega a suaoferta contrariado ou por obrigação.Cada crente deve decidir o valor quedeseja dar e fazê-lo com satisfaçãoe alegria {l Cr 29.17; Ed 1.5-11). Denada adianta contribuirmos com relu-tância, constrangimento, reclamação,murmuração e legalismo. Temos deser generosos segundo o propósito donosso coração, nosso amor e gratidão aDeus; impulsionados e motivados peloEspírito Santo (Rm 12.8).

3. Devemos contribuir comfé, renúncia e desprendimento.Tomemos como exemplo o que fez aviúva pobre no templo (Mc l 2.41 -44).O importante para Deus não é a quantiada oferta, mas o grau de sacrifício edesprendimento.

4. Devemos contribuir con-fiantes no Senhor. "Deus é poderosopara tornar abundante em vós todagraça, a fim de que, tendo sempre,em tudo, toda suficiência, superabun-deis em toda boa obra" (2 Co 9.8; cf.Rm 8.32). Não precisamos temer quenossa generosidade venha nos causardano, pois Deus conhece nossas ne-cessidades e continuará nos suprindo(2 Pé 1.3).

CONCLUSÃO

Devemos ser fiéis em nossosdízimos, ofertas, contribuições edoações para obra de Deus, pois,tudo pertence ao Senhor. Nosso tra-balho, família, saúde, tudo provémde Deus. O fato de não sabermos seestaremos vivos amanhã evidencia,inclusive, que a nossa vida é uma dá-diva divina. Somos privilegiados porDeus nos constituir seus mordomos.Que sejamos todos mordomos fiéis(Lc 12.42).

RESPONDA

1. Descreva a situação dos crentes na época do imperador Cláudio César.

2. Cite três verdades a respeito da contribuição no versículo 2 de l Co 16.

3. Qual o exemplo de Paulo concernente à coleta para os santos deJerusalém?

si 4. Como devemos contribuir para a obra de Deus?

5. Você é um contribuinte fiel, nos dízimos e nas ofertas?

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28 de Junho de 2009

AMOR, A VIRTUDESUPREMA

TEXTO ÁUREO

"E a esperança não traz confusão,porquanto o amor de Deus está

derramado em nosso coração pelo EspíritoSanto que nos foi dado"(Rm 5.5).

ERDADE PRÁTICA

O amor de Deus em nós não é umdom, mas o fruto do Espírito expres-so na vida do verdadeiro c.istão.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Dt 6.5Amor total a Deus

Sexta-Et 5.25Amor à família

Amor aos estrangeiros

Quarta - Ml 5.44Amor aos inimigos

Quinta - Rm 12.10Amor aos santos

Sábado- 1 Ts 5.12,13Amor aos obreiros do Senhor

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LEITURA BÍBLICAi EM CLASSE

l Coríntios 13.1-8,13.

l - Ainda que eu falasse as línguasdos homens e dos anjos e não tivessecaridade, seria como o metal que soaou como o sino que tine.

.'.; - £ ainda que tivesse o dom deprofecia, e conhecesse todos osmistérios e toda a ciência, e aindaque tivesse toda a fé, de maneira talque transportasse os montes, e nãotivesse caridade, nada seria.

3 - £ ainda que distribuísse toda aminha fortuna para sustento dospobres, e ainda que entregasse omeu corpo para ser queimado, enão tivesse caridade, nada disso meaproveitaria.

4 - A caridade é sofredora, é be-nigna; a caridade não é invejosa; acaridade não trata com leviandade,não se ensoberbece,

5 - não se porta com indecência,não busca os seus interesses, não seirrita, não suspeita mal;

6 - não folga com a injustiça, masfolga com a verdade;

7 - tudo sofre, tudo cré, tudo espera,tudo suporta.

8 -A caridade nunca falha; mas ha-vendo profecias, serão aniquiladas;havendo línguas, cessarão; havendociência, desaparecerá;

l 3 -Agora, pois, permanecem a fé,a esperança e a caridade, estas três;mas a maior destas é a caridade.

INTRODUÇÃO

Após ensinar sobre o desem-penho dos dons espirituais, Paulotermina o capítulo 12 da PrimeiraEpístola aos Coríntios afirmandoque lhes mostraria um "caminhoainda mais excelente", o caminhodo amor (l Co l 2.31 b). Nesta liçãoestudaremos a respeito deste rele-vante tema.

I. A EXCELÊNCIADO AMOR CRISTÃO

1. O amor cristão é impres-cindível. A Bíblia assevera-nos quesem amor nada tem importância,peso e expressividade uma vez quetodas as coisas se anulam pela au-sência dele. Daí, a Palavra de Deusprevenir: "Todas as vossas coisassejam feitas com caridade" (l Co16.14). Não apenas por amor, mascom amor. De que adianta ao crenteser dotado de todos os dons espiritu-ais e até demonstrar auto-sacrifício,se ele não pratica o amor de Deus emsua vida cotidiana? Sem o genuínoamor de Deus operando em nossoscorações, os mais destacados donstornam-se ineficazes.

2. A natureza do amor cris-tão. Enquanto os dons espirituaissão aqui temporários, segundo osdesígnios de Deus, o amor deve serconstante na vida do crente. Esseamor, que tanto revela a naturezade Deus (l Jo 4.7-12) predominarána glória. Os dons são repartidosentre todos os membros do corpo deCristo, mas o amor não é dividido, esim, distribuído para todos de igualmodo. Portanto, quem não ama nãoé verdadeiro cristão (l Jo 4.8; Rm5.5,8),

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H. CARACTERÍSTICAS DOAMOR DE DEUS NO CRENTE

1. É sofredor. Ele faz com queuma pessoa suporte danos pessoaiscausados por alguém, sem ressenti-mento ou retaliação. Quem ama comesse amor (w. 4-7), caminha uma se-gunda milha com quem o feriu, oferecea outra face, suporta os insultos etc.(Mt 5.39-41).

2. É benigno. O amor de Deusem nós vence o mal com o bem. "Amaia vossos inimigos, fazei bem aos quevos aborrecem" (Lc 6.27). José tinhadesse amor para com seus irmãos quelhe fizeram tanto mal (Cn 50.1 5-21).

3. Não é invejoso. Quem amatendo o amor de Deus, nunca age porciúmes, não alimenta má vontade,malícia ou mau humor. Há crentesque acalentam rivalidades ou coisasinsignificantes em relação aos irmãosna fé.

4. Não é leviano. Não julga ouprocede precipitadamente. Quem amacom o amor do Espírito (Cl l .8) nuncaostenta suas próprias virtudes, cha-mando atenção para si, mas sempreprocura fazer o possível por seu seme-lhante e atribui toda glória a Cristo.

5. Não é soberbo. O amor nãoé orgulhoso, arrogante, presunçoso,exibido, extravagante. Quem ama nãobusca a própria honra e admiração;não trata os outros como inferiores(Mt 20.26-28), nem faz alarde da sua"humildade".

6. Não é indecente. O amornunca se porta com indecência, de-sonra, despudor, imoralidade. O crentejamais pode ser vulgar, descortês oucínico. O amor nunca envergonha, fereou humilha o outro, mas busca o bem-estar de todo o corpo de Cristo.

7. Não é interesseiro. O amornão busca seus próprios interesses.

Ele não é cobiçoso, egoísta, avarento,e que só pensa em si mesmo.

8. Não se irrita. O amor não seenfurece a despeito das circunstâncias.O crente se mantém sob controle emsua posição, mesmo quando tudoparece dar errado.

9. Não suspeita mal. Há crentesque guardam ressentimentos, e vivemsempre desconfiados, imaginandoque alguém vai fazer-lhe mal. O amorsempre perdoa e não guarda rancor(Cl 3.13).

10. Não se regozija com a in-justiça. Há pessoas que quando algode ruim acontece com seu semelhante,ele diz: "Bem feito!" O amor não folgacom o mal, ou infortúnio dos outros.

11. Regozija-se com a verda-de. O amor de Deus está sempre dolado da verdade, mesmo quando elalhe trás algum "aparente" desconfortoou prejuízo. _

12. Tudo sofre, cré, espera, Isuporta. O amor sempre defende,confia, tolera e persevera. O amor éobediente, fiel e esperançoso.

III. O ALC_ANC_EDO AMOR CRISTÃO

1. O amor de Deus para comos homens. A Bíblia afirma queDeus nos amou sem reservas, comamor sacrificial: "Porque Deus amou omundo de tal maneira que deu o seuFilho unigénito, para que todo aqueleque nele crê não pereça, mas tenha avida eterna" Qo 3.16). O verbo amaraqui está intrinsecamente ligado aoverbo dar.

2. O amor do homem paracom Deus. Por que devemos amara Deus?

a) "Amar a Deus" é um manda-mento. "... se diligentemente obede-cerdes a meus mandamentos que hojevos ordeno, de amar ao Senhor vosso

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Deus" (...) "Amarás, pois, o Senhor, teuDeus" (Dt 6.5; 11.1). Deus requer nos-so amor exclusivo: "Não terás outros

: deuses diante de mim" (Êx 20.3). Nãopodemos servir a.Deus com o coraçãodividido. De que modo, então, deve-mos amar a Deus?

b) Amar a Deus com toda essêncial do ser (Dt 6.5).

c) Amar a Deus com amor retri-butivo(} Jo4.19;Jo 3.16).

d) Quem ama a Deus guardaos seus mandamentos Qo 15.10; lJo5.3).

e) Quem ama a Deus ama seuirmão (\o 4.20,21).

3. O amor do homem paracom o próximo. O nosso amor aopróximo é um mandamento divinoatravés de toda a Bíblia (Lv 19.1 8; Rm13.8,9). Sempre devemos ter a obriga-ção de amar os nossos semelhantes.Todavia, "quem é o meu próximo?"Esta pergunta foi feita a Jesus por

um doutor da lei (Lc 10.29). Jesus lherespondeu (Lc 10.29-35). O Mestrefez com que aquele homem refletissesobre a história e respondesse para simesmo a sua indagação. "Qual, pois,destes três te parece que foi o próximodaquele que caiu nas mãos dos salte-adores?" Ver os w. 36,37.

O amor, portanto, é a virtude oupredicado supremo do crente, masisso não significa que ele substitui osdons. Ele é o "caminho mais excelente"para o exercício dos dons.

CONCLUSÃO

O amor não é um dom espiritual,mas a principal virtude de um cristão.A essência do amor, segundo a Pala-vra de Deus é a entrega sacrificial denós mesmos, a favor de algo ou dealguém que necessite do nosso amor.Cristo é o exemplo supremo do amor.Ele "amou a igreja e a si mesmo seentregou por ela" (Ef 5.25).

RESPONDA

1. Explique o que acontece com a manifestação dos dons espirituaisquando falta ao crente o amor de Deus.

2. Cite cinco características do amor divino.

3. Cite as virtudes do amor que você mais admira.

4. Descreva três dimensões do amor cristão.

5. De que modo devemos amar a Deus?

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DEUS EXISTE?

20 Evidências de queDeus Existe

20 EVIDÊNCIAS Kenneth D. goa e Robert M. Bowman Jr. ,

DF OUE DEUS EXISTE Faz sentido crer? Será que é logicamenteplausível crer? É incrível que mesmo que hajamilhões de milhões que creiam em Deus,v

quando nos perguntam por que cremos,gaguejamos. São muito poucos os crentesque estão preparados para falar racional-mente em defesa de Deus!Ken Boa e Robert Bowman fornecem meios

vc,.-!»'*1 ?or *" ' de derrubaras mais firmes argumentos dacrer em o e u * filosofia, ciência, sociologia, psicologia e

tíl,ito sentt«° história. Eles apresentam vinte provas clarasf

concisas e convincentes que mostram quecrer em Deus - e, especificamente,em Jesus Cristo - é racional.

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(3S1'"ANALISADAS EM SEUS DIVERSO

CONTEXTOS His imeosANTIGO TESTAMENTO

.^TEOLOGIA DO Novo TESTAMENTOEditados por Roy B. Zuck

ATeologia Bíblica examina cuidadosamente o ce-nário, a época, o lugar e a situação para compre-

ender as afirmações dos autores bíblicos, de acordocom seu tempo e lugar.

Foi exatamente isto que os estudiosos do Seminá-rio Teológico de Dálias fizeram: se uniram para com-por estes dois importantes livros editados.por Roy B-Zuck: Teologia do Antigo Testamento e Teologia doNovo Testamento.

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