1 Aspectos clínico-patológicos da leishmaniose em cães Rafael Fighera Médico Veterinário,...
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Aspectos clínico-patológicos da leishmaniose em cães
Rafael Fighera
Médico Veterinário, Professor Adjunto
Laboratório de Patologia Veterinária
Universidade Federal de Santa Maria
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Leishmaniose(etiologia)
Filo Protozoa
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
Gênero Leishmania
Subgêneros Leishmania e Viannia
30 espécies descritas e 20 espécies infectam humanos.
18 espécies são zoonóticas
Duas espécies são antroponóticas
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Leishmaniose humana(etiologia)
Leishmania spp.
Leishmaniose visceralL. donovani (L. donovani e L. infantum*)L. chagasi*
Leishmaniose cutânea e mucocutâneaL. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis *Mesma espécie com base filogenética.
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Leishmaniose em animais(etiologia)
Cães e canídeos selvagens
L. donovani (L. infantum*)
L. chagasi*
Gatos
L. mexicana
L. tropica
*Mesma espécie com base filogenética.
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores
cães* e canídeos selvagens
*Nicole & Comte 1908 (Tunísia).
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores
cães e canídeos selvagens*
*Vulpes vulpes e Canis aureus.
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores
cães*, canídeos selvagens e marsupiais
*Deane 1951 (Brasil).
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores
cães, canídeos selvagens* e marsupiais
*Dusicyon vetulus (Lycalopex vetulus)
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores
cães, canídeos selvagens* e marsupiais
*Cerdocyon thous
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores
cães, canídeos selvagens e marsupiais*
*Didelphis albiventris
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Leishmaniose (reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores
humanos
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
cães, canídeos selvagens,
marsupiais e humanos
roedores
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
cães, canídeos selvagens,
marsupiais e humanos
roedores e gatos
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
cães, canídeos selvagens,
marsupiais e humanos
roedores e eqüinos
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Leishmaniose(reservatórios)
Leishmania spp.
L. donovani (L. donovani e L. infantum)L. chagasi
L. aethiopica L. majorL. tropica L. mexicanaL. braziliensis
roedores e cães
cães, canídeos selvagens,
marsupiais e humanos
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Leishmaniose(vetor)
Flebotomíneo(mosquito-palha)
Classe InsectaOrdem Diptera
Família PsychodidaeSubfamília Phlebotominae
Gênero Phlebotomus e Lutzomyia
Lutzomyia longipalpis**L. cruzi?
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Leishmaniose em cães (outras formas de transmissão)
Transmissão vertical
Casos de transmissão materno-fetal
Transmissão horizontal
Transfusão sangüínea
Mordedura?
Ingestão de vísceras?
Rhipicephalus sanguineus?
Ctenocephalides felis?
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Leishmaniose visceral humana (epidemiologia)
Afeta 19 dos 27 estados do Brasil (70%).
Afeta 1.600 dos 5.500 municípios do Brasil (30%).
Distribuição no Brasil
Norte: 3%Nordeste: 92%Centro-Oeste: 1%Sudeste: 4%Sul: -
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Leishmaniose canina (epidemiologia)
Europa (Espanha, França, Itália e Portugal): 2,5 milhões
América do Sul (Brasil): milhões?
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Leishmaniose visceral humana e canina (epidemiologia)
Características das regiões mais afetadas:
Áreas rurais e periurbanasHabitações próximas a matasHabitações precáriasPobrezaDesnutrição
↑ do contato reservatório-vetor-homem
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Leishmaniose(epidemiologia)
Causa de morte ou razão para eutanásia
(Santa Maria-RS) (Porto Alegre-RS)↓ ↓
(1965-2004) (2000-2006) ↓ ↓
0/4.844 0/500 (0%) (0%)
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Leishmaniose(errata)
Pocai et al. 1998. Leishmaniose visceral (calazar). Cinco casos em cães de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Ciência
Rural. 28:501-505.
revisão dos casos
Krauspenhar et al. 2003. Anemia hemolítica em cães associada a protozoários. Medvep. 1:273-281.
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Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana
Áreas endêmicas de leishmaniose visceral humana
Prevalência da infecção em humanos: 1%-2%.Prevalência da infecção em cães: 20%-40%.
Diferença das lesões em humanos e cães
Riqueza de parasitismo cutâneo.
Infecção inaparente
Alta prevalência de infecção inaparente (50%-60%).
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Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana
“O cão é o principal elo da cadeia de transmissão da leishmaniose
visceral humana”
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Leishmaniose(patogênese)
repasto sangüíneo do flebotomíneo fêmea em vertebrado↓
transformação dos amastigotas em promastigotas no intestino anterior↓
ligação dos promastigotas a receptores intestinais↓
migração dos promastigotas para a cavidade oral ↓
novo repasto sangüíneo do flebotomíneo fêmea em vertebrado↓
inoculação de saliva com promastigotas na pele↓
fagocitose por macrófagos↓
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Leishmaniose(patogênese)
↓perda do flagelo e multiplicação dos amastigotas no fagolisossomo
↓ruptura dos macrófagos
↓fagocitose por outros macrófagos
↓disseminação pelo organismo
↓ ↓ espécies que espécies que crescem in vitro crescem in vitro a 37º C a 34º C ↓ ↓ leishmaniose leishmaniose visceral cutânea
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Leishmaniose em cães (infecção versus doença)cães e canídeos selvagens infectados
↓resposta imune
↓ ↓eficiente ineficiente
(90%-97%) (3%-10%) ↓ ↓* sem sinais da doença doença clínica ↓ ↓ eliminação manutenção do agente do agente ↓ estado portador Incubação: 3 meses a 7 anos.
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Leishmaniose em cães (raças resistentes)
Ibizan Hound (Ilhas Baleares/Espanha)
Prevalência de 70%-80%
Prevalência muito menor nessa raça.
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Leishmaniose em cães(classificação e prevalência
quanto aos sinais clínicos)
Cães assintomáticos: 57% dos positivos em área endêmica.
Cães oligossintomáticos: 18% dos positivos em área endêmica.
Cães sintomáticos: 25% dos positivos em área endêmica.
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Linfadenomegalia (90%)
Int. ao exercício (67,5%)
Perda de peso (64%)
Atrofia muscular (64%) →
Apatia (60%)
Caquexia (47,5%) →
Febre (36,0%)
Anorexia (32,5%)
Esplenomegalia (32,5%)
Polifagia (15%)
Epistaxe (15%)
Secreção nasal (10%)
Icterícia (2,5%)
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Cortesia Profa. Daniela RozzaUNESP-Araçatuba
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Linfadenomegalia (90%)
Int. ao exercício (67,5%)
Perda de peso (64%)
Atrofia muscular (64%)
Apatia (60%)
Caquexia (47,5%)
Febre (36,0%)
Anorexia (32,5%)
Esplenomegalia (32,5%)
Polifagia (15%)
Epistaxe (15%)
Secreção nasal (10%)
Icterícia (2,5%)
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Sinais de síndrome urêmica
halitose urêmica
vômito (26%)
diarréia (30%)
melena (12,5%)
úlceras orais
poliúria/polidipsia
Locomoção anormal (37,5%)
claudicação
dor articular
ataxia
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Lesões de pele (89%)
Dermatite esfoliativa e não-pruriginosa generalizada
Dermatite nodular ulcerativa
Onicogrifose (20%)
Despigmentação do plano nasal e focinho
Hiperceratose dos coxins
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Cortesia Profa. Daniela RozzaUNESP-Araçatuba
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Cortesia Profa. Carlos Eurico FernandesUFMS-Campo Grande
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Cortesia Profa. Daniela RozzaUNESP-Araçatuba
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Lesões de pele (89%)
Dermatite esfoliativa e não-pruriginosa generalizada
Dermatite nodular ulcerativa
Onicogrifose (20%)
Despigmentação do plano nasal e focinho
Hiperceratose dos coxins
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Lesões de pele (89%)
Dermatite esfoliativa e não-pruriginosa generalizada
Dermatite nodular ulcerativa
Onicogrifose (20%)
Despigmentação do plano nasal e focinho
Hiperceratose dos coxins
45
Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Lesões de pele (89%)
Dermatite esfoliativa e não-pruriginosa generalizada
Dermatite nodular ulcerativa
Onicogrifose (20%)
Despigmentação do plano nasal e focinho
Hiperceratose dos coxins
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Lesões de pele (89%)
Dermatite esfoliativa e não-pruriginosa generalizada
Dermatite nodular ulcerativa
Onicogrifose (20%)
Despigmentação do plano nasal e focinho
Hiperceratose dos coxins
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Leishmaniose em cães(sinais clínicos)
Sinais de doenças oftalmológica (35%)
Uveíte (1,3%)
Panoftalmite (1,3%)
Conjuntivite (32,5%)
Ceratite (7,5%),
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Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – hemograma)
Anemia arregenerativa (60%-73,4%)
Leucocitose (24%)
Leucopenia (22%) por linfopenia (↓ LTCD4)
Trombocitopenia (29,3%-50%)
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Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – proteinograma)
Hiperproteinemia (63,3%-72,8%)
Hipergamaglobulinemia (76,0%-100%)
Hipoalbuminemia (68%-94%)
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Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – bioquímica)
Azotemia (16%-45%)
↑ FAL (16%-51%)
↑ ALT (16%-61%)
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Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – urinálise)
Densidade baixa
Sedimento inativo
Proteinúria (71,5%-85%)
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico imunológico
Diagnóstico parasitológico
Diagnóstico molecular
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de anticorpos(Diagnóstico imunológico)
↓coleta de sangue no momento da suspeita clínica
↓ ↓ cão reagente cão não-reagente ↓ ↓ ↓ ↓ positivo falso-positivo negativo falso-negativo (incomum a comum) (raro)
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de anticorpos(Diagnóstico imunológico)
↓coleta de sangue no momento da suspeita clínica
↓ ↓ cão reagente cão não-reagente ↓ ↓ ↓ ↓ positivo falso-positivo negativo falso-negativo (incomum a comum) (raro)
Muito sensível e variavelmente específico!!!
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)Métodos de detecção de anticorpos
(Diagnóstico imunológico)↓
causas de falso-positivo Má interpretação do técnico.Arbitrariedade diagnóstica.Reação cruzada.
Trypanosoma spp. (T. cruzi)Leishmania (L. tropica, L. mexicana e L. braziliensis)Babesia (B. canis)Rangelia vitalii?
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos(Diagnóstico parasitológico)
↓impressão cutânea ou PAAF do LN ou da MO
biópsia de pele ou do LN↓ ↓
presença do agente ausência do agente ↓ ↓ ↓ ↓ positivo falso-positivo negativo falso-negativo (não ocorre) (comum)
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos(Diagnóstico parasitológico)
↓impressão cutânea ou PAAF do LN ou da MO
biópsia de pele ou do LN↓ ↓
presença do agente ausência do agente ↓ ↓ ↓ ↓ positivo falso-positivo negativo falso-negativo (não ocorre) (comum)
Pouco sensível e muito específico!!!
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)
↓coleta de sangue, PAAF da MO ou do LF, biópsia de pele
↓ ↓ amplificação do RNA não-amplificação do RNA
↓ ↓ ↓ ↓ positivo falso-positivo negativo falso-negativo
(incomum) (incomum)
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)
↓coleta de sangue, PAAF da MO ou do LF, biópsia de pele
↓ ↓ amplificação do RNA não-amplificação do RNA
↓ ↓ ↓ ↓ positivo falso-positivo negativo falso-negativo
(incomum) (incomum)
Muito sensível e muito específico!!!
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)↓
causas de falso-positivo Gênero específico/espécie inespecífica.
Leishmania (L. tropica, L. mexicana e L. braziliensis)
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)Métodos de detecção de antígenos
(Diagnóstico molecular)↓
causas de falso-negativo Escassez do agente.Variabilidade na quantidade do agente na circulação.
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico sorológico(O que e como enviar)
Sangue: 5 ml (sem anticoagulante). Sob refrigeração.
Soro: 2 ml. Sob congelamento.
Prazo: variável de acordo com a técnica empregada.
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico parasitológico(O que e como enviar)
MO: todo o aspirado (anticoagulado com EDTA [1/5]). Sob refrigeração (até quatro horas).
LF: lâminas com o esfregaço realizado imediatamente (secas ao ar).Sob temperatura ambiente (sem validade).
Pele: lâminas com conteúdo da impressão (secas ao ar).Sob temperatura ambiente (sem validade).
Pele e LF: fragmento em formol a 10%.Em formol (sem validade).
Prazo: um a cinco dias úteis.
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico molecular(O que e como enviar)
MO: todo o aspirado (anticoagulado com EDTA [1/5]). Sob refrigeração (até 24 horas).
LF: todo o aspirado (diluído em 200 μl de solução fisiológica).Sob refrigeração (até 24 horas).
Sangue: 4 ml (anticoagulado com EDTA). Sob temperatura ambiente (até 72 horas).Pele: 250 mg.
Sob refrigeração em gelo seco (imediatamente).
Prazo: sete dias úteis.
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Leishmaniose (diagnóstico definitivo)
Diagnóstico molecular(O que e como enviar)
MO: todo o aspirado (anticoagulado com EDTA [1/5]). Sob refrigeração (até 24 horas).
LF: todo o aspirado (diluído em 200 μl de solução fisiológica).Sob refrigeração (até 24 horas).
Sangue: 4 ml (anticoagulado com EDTA). Sob temperatura ambiente (até 72 horas).Pele: 250 mg.
Sob refrigeração em gelo seco (imediatamente).
Prazo: sete dias úteis.
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Leishmaniose em cães (diagnóstico definitivo)
achados clínicos típicos+
achados de laboratório clínico+
sorologia↓ ↓
positivo negativo ↓ ↓ exame parasitológico outra doença ↓ ↓ positivo negativo ↓ ↓ leishmaniose PCR → positivo → leishmaniose → negativo → outra doença
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Leishmaniose em cães(lesões macroscópicas)
Cortesia Profa. Daniela RozzaUNESP-Araçatuba
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Leishmaniose em cães(lesões macroscópicas)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em cães(lesões macroscópicas)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/leishmania/Eng/index.htm
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Leishmaniose em humanos e cães(controle)
Diagnóstico e tratamento dos casos em humanos.
Combate sistemático ao vetor.
Eliminação dos reservatórios.
Educação continuada.
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Leishmaniose em humanos e cães(controle)
Cortesia Profa. Daniela RozzaUNESP-Araçatuba
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Leishmaniose em humanos e cães(controle)
Diagnóstico e tratamento dos casos em humanos.
Combate sistemático ao vetor.
Eliminação dos reservatórios.
Educação continuada.
Vacinação e uso de repelentes.
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Leishmaniose em humanos e cães(controle)
Vacinação dos cães com Leishmune não é um método de prevenção da leishmaniose visceral em humanos
(Ministério da Saúde).
versus
Vacinação dos cães com Leishmune é um método
de bloqueio da transmissão da doença
(Fort Dodge).
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Leishmaniose em humanos e cães(combate sistemático ao vetor)
Borrifação de inseticida em todos os imóveis em um raio de 200 metros em torno da residência em que há casos confirmados (humanos ou caninos)*.
Borrifação intra e peridomiciliar**.
Inseticidas piretróides.
*Flebotomíneos atingem um raio de 1 km.
**Flebotomíneos ocorrem durante todo o ano.
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Leishmaniose em humanos e cães(eliminação dos reservatórios)
Segundo a OMS, todos os cães sorologicamente positivos devem ser eliminados.
Sempre que possível, os casos devem ser confirmados através de exame parasitológico.
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Leishmaniose em cães(tratamento)
Segundo o MS, cães com leishmaniose não devem ser tratados.
A terapia em cães melhora significativamente a qualidade de vida do paciente, mas raramente leva a cura e nunca elimina totalmente o protozoário.
O tratamento do cão, quando mesmo assim realizado, deve estar associado a técnicas de prevenção da infecção em humanos (canil telado, repelentes* e pulverização do ambiente).
*Coleiras com deltametrina (4%): oito meses de proteção. Scalibor da Intervet
78
Leishmaniose em cães(tratamento)
Antimoniato de meglumina (Glucantime) (IV ou SC)100 mg/kg/dia (3-4 semanas)
Estibogluconato de sódio (Pentostam) (IV ou SC)30-50 mg/kg/dia (3-4 semanas)
Alopurinol (OR)20-40 mg/kg/dia (indefinido)
Anfotericina B (IV ou SC)1 mg/kg/dia (3 semanas)
79
Leishmaniose em cães(vacinação)
A vacina Leishmune da empresa multinacional Fort Dodge, lançada no mercado em agosto de 2004, é a única comercial no mundo contra leishmaniose canina.
A vacina utiliza uma glicoproteína, chamada glicoproteína FML (Fucose Mannose Ligand), como antígeno vacinal.
Antes de ser liberada pelo Ministério da Agricultura (11 de Julho de 2003) a vacina foi testada em hamsters e cães.
Ao final do ano passado foi lançada a vacina recombinante Leish-Tec da empresa Hertape Calier.
80
Leishmaniose em cães(O que dizem os contrários a vacinação)
Não existem evidências científicas que comprovem a eficiência da vacinação contra leishmaniose
canina!
81
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Silva et al. 2001. A phase III trial of efficacy of the FML-vaccine against canine kala-azar in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do Amaranto, RN). Vaccine.
Esse estudo conclui que 92% dos cães vacinados apresentam
proteção quando naturalmente desafiados versus 67% do
grupo controle.
82
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Borja-Cabrera et al. 2002. Long lasting protection against canine kala-azar using the FML-QuilA saponin vaccine in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do Amaranto, RN). Vaccine.
Esse estudo conclui que 95% dos cães vacinados apresentam
proteção quando naturalmente desafiados versus 75% do
grupo controle.
83
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Parra et al. 2007. Safety trial using the Leishmune vaccine against canine visceral leishmaniasis in Brazil. Vaccine.
Esse estudo conclui que 97,3% dos cães vacinados
apresentam-se saudáveis após dois anos da vacinação.
84
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
O fabricante alega que a vacina já foi utilizada em 60.000
cães e que apenas 171 casos (aproximadamente 0,3%) de
leishmaniose comprovados por diagnóstico parasitológico
e/ou molecular foram descritos nessa população.
O índice de falha vacinal é muito baixo.
Além disso, tais cães poderiam estar previamente infectados
(sorologia prévia falso-negativa).
85
Leishmaniose em cães(O que dizem os contrários a vacinação)
O cão vacinado, embora não adoeça, continua um reservatório do protozoário!
86
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Saraiva et al. 2005. The FML-vaccine (Leishmune) against canine visceral leishmaniasis: A transmission blocking vaccine. Vaccine.
Esse estudo conclui que anticorpos de cães vacinados
previnem o desenvolvimento das formas promastigotas no
flebotomíneo*. Assim, a vacina seria uma vacina
bloqueadora de transmissão.
*Bloqueia a adesão dos amastigotas ao intestino dos flebotomíneos (79,3%).
87
Leishmaniose em cães(vacinação)
Nogueira et al. 2005. Leishmune vaccine blocks the transmission of canine visceral leishmaniasis. Absence of Leishmania parasites in blood, skin and lymph nodes of vaccinated exposed dogs. Vaccine.
Esse estudo conclui que cães vacinados não são transmissores
da leishmaniose por pelo menos 11 meses após a vacinação.
No mesmo período, o grupo controle apresentou PCR*
positivo em 56,7% dos casos.*PCR dos LN e do sangue, IHQ da pele e ELISA do soro.
88
Leishmaniose em cães(O que dizem os contrários a vacinação)
Não existem testes diagnósticos que diferenciem cães vacinados de cães infectados!
89
Leishmaniose em cães(O que argumenta o fabricante)
Existem outras formas válidas de se diferenciar se um cão
sorologicamente reagente apresenta apenas reação vacinal ou
infecção.
90
Leishmaniose em cães (leitura recomendada)
Baneth G. 2006. Leishmaniasis, 685-698.
In: Greene C.E. Infectious diseases of the dog and cat. 3th. ed. Saunders
Elsevier, St. Louis, 1387p.
91
Leishmaniose em cães (leitura recomendada)
http://www.vet.uga.edu/vpp/NSEP/Brazil2002/
leishmania/Eng/index.htm
92
Leishmaniose em cães (leitura recomendada)
CRMV-MS 2002. Cartilha sobre leishmaniose
visceral canina, Gráfica e Editora Microart, Campo
Grande, 52p.
93
Leishmaniose em cães (agradecimentos)
Professora Daniela Rozza – UNESP Araçatuba
Professor Renato Santos – UFMG Belo Horizonte
Professor Carlos Eurico Fernandes – UFMS Campo Grande
Professora Alessandra Gutierrez Oliveira – UFMS Campo Grande