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Jornal semanal da APROPUC e da AFAPUC

LULA LIVRE!FORA TEMER! ABAIXO O GOLPE DA DIREITA !

CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA!CONTRA A REFORMA TRABALHISTA!

PREPARAR A GREVE GERAL!FORA A INTERVENÇÃO NO RIO DE JANEIRO

FUNCIONÁRIO

continua na próxima página

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continuação da capa

2 27/8/2018

Em momentos de crise, atécomo estratégia de autopre-servação, setores da socie-dade alimentam sentimentosconservadores e autoritários,como única forma de resolverseus problemas, com a justi-ficativa de ser uma estraté-gia de sobrevivência pulsio-nal. Entretanto, retrata somen-te uma argumentação aporta-da no darwinismo social, tra-tando-se de um ato de deses-pero, medo, tristeza, angús-tia e desesperança.

Quando fica latente queessa tipologia de problema nãopode ser resolvida de formaindividual, só lhe resta a soli-dariedade como alternativaplausível.

A truculência imposta pelocontrole de aferição técnica doponto biométrico faz parte doprojeto de desmonte desta uni-versidade, que podemos ali-nhar numa cronologia de su-cessão de fatos: alteração doestatuto da universidade, impo-sição do CONSAD em detrimen-to do COSUN, maximização doscontratos de trabalhos da do-cência, demissão em massa,precarização dos salários,congelamento do plano de car-reira, fim da carreira docenteaos 75 anos e, agora o pontobiométrico (mudança contratu-al de jornada para horista). En-fim, são medidas tomadas paradeslegitimar a autonomia do-cente e universitária.

A defesa de princípios de-mocráticos, mediados por umaeducação emancipadora, ex-celência acadêmica e pensa-mento crítico são legados his-tóricos desta Universidade,que extrapolam seus muros,tornando-a ícone da socieda-de brasileira em defesa das li-berdades democráticas, con-quistada pela corajosa posiçãopolítica de se contrapor ao au-toritarismo da ditadura militar,na história recente desse país.

Novamente o fascismobate à porta, com apologia aoracismo, violência de gênero,precarização da contrarrefor-ma trabalhista, judicializaçãodos movimentos sociais etc.

O discurso fascista setransmuta em diversas face-tas. De forma direta, na apolo-gia de defesa do retorno da di-tadura militar, do uso da tortu-

ra como prática inquisitória, xe-nofobia, que perpassa pela mí-dia, numa trama com o judiciárioe a violência organizada do apa-rato militar do Estado para im-por consensos, que embriona-riamente começa a brotar noscorredores desta universidade,maculando o imaginário simbó-lico e cultural de defesa de di-reitos humanos, autonomia do-cente e universitária. Por isso,não podemos consentir e nossubmeter a essas medidas deforça, disciplinar e de contro-le, sem resistir.

Biometria e Desmonte dacarreira docente

O ato de aferição de presen-ça biométrico expressa a lógicado interesse mercantil em depre-ciar parâmetros pedagógicos,pois essa obrigatoriedade deconfirmar presença no ato deentrada e saída, regulando ocontrole do tempo da atividadedocente, comprova a mudançado contrato de trabalho, de for-ma unilateral, impositiva, autori-tária e assediante, substituindoa carreira docente, aqui implan-tada pioneiramente, pelo infameregime de mero horista.

A ruptura do contrato de tra-balho de jornada para horista im-plica no desmonte do conjuntoda carreira docente, pois a qua-lidade educacional depende deoutros fatores, tais como: planode carreira, estímulo à capacita-ção da pesquisa e extensão, li-berdade de cátedra, autonomiadocente, isonomia de direitos epluralidade de valores.

Esse conjunto de coordena-das administrativo-pedagógicassão os propulsores de índicesde qualidade desta universida-de, que se encontram ameaça-dos pela mudança do contratode trabalho docente.

Biometria e direitoshumanos

A biometria é uma violaçãoda liberdade de cátedra, queconstitucionalmente consagra oArt. 206, determinando que oensino tem por princípios a liber-dade de aprender, ensinar, pes-quisar e divulgar o pensamento,a arte e o saber, como também,pluralismo de ideias e de con-cepções pedagógicas. A coer-

ção do ponto biométrico extra-pola diretrizes pedagógicas,desmonta a autonomia das es-truturas universitárias, desqua-lificando as instâncias demo-cráticas, ao esvaziar as atri-buições dos conselhos e de-partamentos desta universida-de. Tudo isso, resulta em umaviolação já antiga e continuadaaos nossos contratos, quandoficamos por anos e décadassem enquadramento na carreiademonstrando o desrespeitopela autonomia e isonomia dotrabalho docente.

Esse desrespeito tem umatradução histórica de compre-ensão sobre o mundo do tra-balho, pois enquanto essa co-erção reduz o professor à suacondição restrita de venda deforça de trabalho, como tem-po de trabalho vendido porhora/aula, ela a desumaniza,ao reduzir o trabalhador do-cente a mera peça na engre-nagem produtiva.

Nosso horizonte parte deoutro prisma, para não dizer deum verdadeiro caleidoscópio.Jamais reduziríamos a ativida-de docente a uma prática demercado, não compreendemoso aluno como cliente, nem aeducação como um balcão denegócios. O ponto biométricotornou-se um objeto de tortu-ra, ao praticar assédio e cons-trangimento, relembrando-nosda infame origem etimológicada palavra "trabalho": tripalium,instrumento de tortura para osescravos que não fossem su-ficientemente subservientes.

Nosso trabalho não é la-bor, tortura, pena, mas sim cri-ação, atividade lúdica, poten-cializadora de valores éticos etransformadores.

O ato corajoso de negar ocumprimento estri to dessadesmedida nos conecta à tra-dição que vem de completarsetenta e dois anos desta Ins-tituição universitária, patrimô-nio cultural brasileiro, que é aPUC-SP. Não há o que lamen-tar e sim a comemorar, mesmo,defendendo este patrimônioque é nosso.

Professores, funcionáriose alunos: NÓS SOMOS A UNI-VERSIDADE!

Diretoria da APROPUC

EDITORIAL

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327/8/2018

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4 27/8/2018

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527/8/2018

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Na mesa do debate, da esquerda para a direita Osvaldo Coggiola, Pedro Gava e JoãoMachado