08 Sistema de Direcao
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Sistema de direção 1ENG 03031 Dinâmica de Veículos
SISTEMA DE DIREÇÃO
Sistema de direção 2ENG 03031 Dinâmica de Veículos
Introdução
A função do sistema de direção é
esterçar os pneus dianteiros em resposta
aos comandos do motorista.
Os ângulos de esterçamento são
modificados pela geometria do sistema
de suspensão, a geometria e reações
dentro do sistema de direção, e no caso
de tração dianteira (FWD) pela
geometria e reações do drivetrain.
Sistema de direção 3ENG 03031 Dinâmica de Veículos
Mecanismos de direção
A volante de direção conecta-se através de
eixos, juntas universais e isoladores de
vibração à caixa de direção cujo propósito é
transformar o movimento rotacional da volante
em movimento translacional ao esterçamento.
Sistemas de direção típicos
O esterçamento da roda interna é maior que a
externa, os ângulos corretos de Ackerman são
22
1
22
10 tantan
ttitt R
L
R
L
R
L
R
L
−≅
−=
+≅
+= −− δδ
Esterçamento diferencial da montagem trapezoidal
Sistema de direção 4ENG 03031 Dinâmica de Veículos
Erro na geometria do esterçamento
Nos sistemas de direção as barras de relay
transferem a ação de direção da caixa de
engrenagens no veículo aos braços de
esterçamento das rodas.
A ação de esterçamento é obtida por translação
da barra relay na presença dos movimentos
arbitrários da suspensão.
Há um potencial de ações de esterçamento a
partir dos movimentos da suspensão, chamado
de erros de geometria de esterçamento.
Geometria de esterçamento ideal para suspensão dianteira independente
Erros podem mudar o toe angle pelas deflexões
da suspensão, um esterçamento sistemático nos
dois pneus, ou uma combinação de ambos.
Mudança do toe
Erro de geometria causando mudanças do toe
Sistema de direção 5ENG 03031 Dinâmica de Veículos
Sistema de direção 6ENG 03031 Dinâmica de Veículos
Análise do “Trailing Arm” equivalente (cont)
Princípios Anti-Squat e Anti-Pitch (cont)
Forças atuando no sistema de suspensão no eixo motriz
2
1
2
2cos
1
θ
+
=z
zF
P
x
Da primeira e última equação, e ainda
considerando ângulos pequenos,
2
1
21
1
2
2211
tan1tan
sinsin
θθ
θθ
++=
+=
z
zF
z
zF
PPF
xx
ZAssim,
d
ze
d
ezz 22
121 tantan
−=
−−= θθ
Da geometria,
Logo, a relação de forças resulta,d
e
F
F
x
z =
A expressão é idêntica aquela obtida se os
braços de controle são substituídos por um
braço único (trailing) pivotado na carroceria na
interseção projetada dos braços.
A interseção é um ponto de reação virtual onde
a reação do torque dos braços da suspensão
podem ser resolvidos em forças longitudinais e
verticais impostas na carroceria do veículo.
Sistema de direção 7ENG 03031 Dinâmica de Veículos
Análise do “Trailing Arm” equivalente (cont)
Princípios Anti-Squat e Anti-Pitch (cont)
Como qualquer suspensão é funcionalmente
equivalente ao braço trailing, o desempenho
anti-squat é avaliado considerando o diagrama
de corpo livre do eixo motriz traseiro.
Ponto A: pivô imaginário na carroceria.
Como o braço é parafusado rigidamente ao
eixo, apresenta a habilidade de transmitir uma
força vertical à massa suspensa projetada para
resistir o squat.
Sistema de direção 8ENG 03031 Dinâmica de Veículos
+−=
+−=
L
h
Kd
e
KL
h
Ka
g
W
L
K
a
L
h
g
W
Ld
e
K
a
g
W
LK
a
L
h
g
W
L
frr
x
f
x
r
x
r
xP
1111
111θ
L
h
L
h
L
h
d
e2=+≈
Eixo motriz único traseiro
Princípios Anti-Squat e Anti-Pitch (cont)
A carga por pneu consiste de um componente
estático mais o dinâmico da transferência de
carga na aceleração.
Com o peso do eixo desprezível, a soma de
momentos em torno de A no equilíbrio fornece:
rrxxr
xrrsxrsA
Kd
eFa
L
h
g
WW
eFdWdWdaL
h
g
WdWM
δ=−=∆
=−∆−−+=∑ 0
Wrs: carga estática no eixo ou na suspensão
∆Wr: carga na suspensão pela aceleração
Kr: constante de mola na suspensão traseira
δr: deflexão da suspensão traseira (+ jounce)
A suspensão dianteira fica sujeita a uma
deflexão para cima (rebound),
ffxf KaL
h
g
WW δ=−=∆
O ângulo de pitch θp do veículo na aceleração é
a soma das deflexões pela distância entre eixos.
f
x
r
x
r
xfr
PK
a
L
h
g
W
Ld
e
K
F
LK
a
L
h
g
W
LL
111+−=
−=
δδθ
Substituindo a força Fx igual a (W/g)ax temos
O ângulo de pitch θp zero resulta para,
f
r
K
K
L
h
L
h
d
e+=
Condição anti-pitch total,
Sistema de direção 9ENG 03031 Dinâmica de Veículos
+
−−=
L
h
Kd
re
KL
h
Ka
g
W
L frr
xP
1111θ
Tração traseira com suspensão independentePrincípios Anti-Squat e Anti-Pitch (cont)
Existe uma reação do torque de tração que atua
no sistema igual a Td=r Fx (r: raio do pneu).
O diferencial é montado na carroceria impondo
um torque motriz através dos eixos meios.
0)( =−−∆−−+=∑ reFdWdWdaL
h
g
WdWM xrrsxrsA
Logo, o ângulo de pitch θp resulta,
f
r
K
K
L
h
L
h
d
re+=
−
Compensação total do squatch,
Anti-squatch de 100% na suspensão traseira
corresponde a (e-r)/d=h/L.
Tração dianteira com eixo único
O ângulo de pitch θp resulta,
r
f
K
K
L
h
L
h
d
e−−=
Condição total de anti-lift,
++=
L
e
KL
h
KL
h
Ka
g
W
L ffr
xP
1111θ
O primeiro termo do lado direito é a condição
anti-lift no eixo dianteiro, ao invés de anti-
squat no eixo traseiro
Sistema de direção 10ENG 03031 Dinâmica de Veículos
Tração dianteira com suspensão independentePrincípios Anti-Squat e Anti-Pitch (cont)
O ângulo de pitch θp resulta,
r
f
K
K
L
h
L
h
d
re−−=
−
Condição total de anti-lift,
−++=
L
re
KL
h
KL
h
Ka
g
W
L ffr
xP
1111θ
Tração independente nas quatro rodas
−++
−−−=
f
f
ffr
r
rr
xPd
re
KL
h
Kd
re
KL
h
Ka
g
W
L
)(1)()1(11 ξξθ
Seja ξ a fração da força de tração total
desenvolvida no eixo dianteiro,
xxrxxf FFFF )1( ξξ −==
A mudança de carga em cada eixo é dada por,
ff
f
f
xxf
rr
r
rxxr
Kd
reFa
L
h
g
WW
Kd
reFa
L
h
g
WW
δξ
δξ
=−
+=∆
=−
−−=∆ )1(
A equação de pitch resulta,
Observa-se na equação que o desempenho anti-
squat e anti-pitch depende de uma combinação
nas propriedades do veículo: geometria da
suspensão, rigidez da suspensão e distribuição
de forças trativas.
Caso um ou ambos os eixos fossem únicos, r=0
no eixo pertinente.
Sistema de direção 11ENG 03031 Dinâmica de Veículos
A transferência de carga longitudinal por
causa da frenagem causa o balanço do veículo
para frente produzindo o brake dive.
Os mesmos princípios usados para o cálculo
da resistência da suspensão ao squat na
aceleração são usados para a geração de forças
anti-dive na frenagem.
As condições anti-dive são obtidas para,
L
h
d
ef
f
f
ξβ −== tan
Geometria da Suspensão Anti-Dive
Suspensão dianteira:
L
h
d
er
r
r
)1(tan
ξβ
−==Suspensão traseira:
ξ: fração da força de frenagem desenvolvida
no eixo dianteiro
Para obter 100% anti-dive dianteiro e 100%
anti-lift traseiro, o pivô para o braço efetivo
deve cair no locus dos pontos definidos nestas
relações.
Se os pivôs são localizados abaixo do locus,
anti-dive<100% é obtido; se acima o eixo
dianteiro se levanta e o traseiro desce na
frenagem.
Condições anti-dive