06/04/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.221

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Inquérito Investigação de vereadores em fase final Depoimentos de hoje encerram etapa de instrução do processo que apura crimes de improbidade administrativa Página 7 Sétima edição aposta na geração de conhecimento e negócios para impulsionar mercado Feira para integrar inovação e sustentabilidade Páginas 8 e 9 BENTO GONÇALVES Quarta-feira 6 DE ABRIL DE 2016 ANO 49 N°3221 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Setor Ambiental CAIANI MARTINS

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Inquérito

Investigação de vereadores em fase finalDepoimentos de hoje encerram etapa de instrução do processo que apura crimes de improbidade administrativa Página 7

Sétima edição aposta na geração de conhecimento e negócios para impulsionar mercado

Feira para integrar inovação e sustentabilidade

Páginas 8 e 9

BENTO GONÇALVESQuarta-feira6 DE ABRIL DE 2016ANO 49 N°3221

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Setor Ambiental

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Quarta-feira, 6 de abril de 20162 Opinião

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De cinismo e hipocrisiaDuvido que tenha existido, em algum tempo, no Brasil ou no

mundo, uma epidemia tão grave, tão extensa, tão abrangente de cinismo e hipocrisia igual à que se constata hoje. Até os lam-baris da represa de São Miguel sabem que a corrupção existe no mundo desde que inventaram o comércio, as negociações, o dinheiro no relacionamento humano. Os lambaris sabem, tam-bém, que não há setor da sociedade civil, militar, eclesiástica, representativa de classe, empresarial, de empregados públicos ou privados (de todo e qualquer nível), enfim que se localize no seio de um grupo formado por, no mínimo, dois seres humanos, nenhum, mas nenhum, mesmo, que possa bater no peito e dizer que em qualquer desses não haja corrupção. Mas, os lambaris sabem, igualmente, que nunca, em tempo algum, tantos corrup-tos, ladrões, larápios, delinquentes, marginais, sonegadores, bandidos, quadrilheiros e gente desse gênero ou pior, foram acometidos de tanta cinismo e hipocrisia. Gente que pode ser enquadrada – bastando breve investigação ou avaliação de suas prósperas vidas – como participante ativo nesse rol de corrup-ção está gritando grosso, batendo panelas, indo para as ruas e “protestando contra a corrupção”, inclusive nas redes sociais, sem olhar para seu próprio rabo. Os “donos do Brasil” (repito: grande parte de banqueiros, grandes empresários, empreitei-ros, ruralistas, usineiros, todos respaldados por parte da im-prensa e de políticos que eles mesmo elegem com seu dinheiro

mal havido) ainda têm a coragem, a desfaçatez de falar na cor-rupção “dos outros”. As operações “Zelotes”, a “Lista do HSBC”, as contas CC5 (lembram do Banestado?), que abrigaram o des-vio de mais de trinta bilhões de dólares estão sendo solenemen-te ignoradas, notadamente pela grande imprensa. Já boa parte dos corruptos inseridos no meio da sociedade, organizada ou não, envolvidos em concursos fraudados, aliados a partidos com grande número de corruptos já punidos ou indiciados, se dão ao luxo de bater panelas, ir para as ruas e “protestar contra isso que está aí”. É o limite máximo em que o cinismo, a hipo-crisia, a falta de respeito e vergonha na cara jamais atingiram. Aliás, provavelmente, nos últimos cinquenta e dois anos, onde a ditadura militar e a dita democracia comandaram o Brasil, nun-ca antes tantos larápios foram flagrados. Antes eram protegidos por governos tão ou mais corruptos, políticos mais sujos que os atuais e por uma imprensa que jamais fez o seu papel primordial – que é o de bem informar -, preferindo aliar-se a esses grupos que saqueiam o Brasil e seu povo. Nunca tantos foram investiga-dos, denunciados, processados e punidos. E o que se vê agora? Ao invés de haver uma cruzada nacional das pessoas realmente de bem e do bem contra essa corja, há uma divisão entre os “meus” e os “teus” corruptos. Será que a verdadeira gente de e do bem te-rão que engolir esses indigestos brasileiros cínicos e hipócritas? O futuro, brevemente, responderá. Quem viver, verá?

Antô[email protected]

FAZ PARTE DA SUA VIDA

Desemprego entre os jovensA dinâmica favorável de uma economia que crescia gerando

empregos, diminuindo a informalidade e aumentando os salá-rios foi severamente revertida em 2015. O travamento da ativi-dade econômica colocou o país em recessão, capitaneado pela forte elevação dos juros básicos e favorecido por um ajuste fis-cal que agravou as restrições ao crescimento, ampliando a que-da dos investimentos produtivos e em infraestrutura, ambos extremamente debilitados pelos efeitos da operação Lava Jato.

As consequências são percebidas pelos trabalhadores no em-prego. Diminui a demanda por contratações e desaparecem os anúncios de “precisa-se”. Férias e compensação de banco de horas antecedem demissões que crescem ao longo do ano. Ini-cialmente puxado pela indústria e construção civil, o desempre-go chegou ao setor de serviços e ao comércio.

Os jovens de hoje não viveram o drama do desemprego es-trutural, pois entraram na vida profissional em uma economia que expandia as ofertas de emprego. Os jovens nos anos 1990 experimentaram o obstáculo que a falta de experiência repre-senta à entrada no mercado de trabalho, restando o caminho da ocupação precária, a incerteza sobre o futuro e a desilusão com o presente.

Os jovens de hoje viverão pela primeira vez uma onda de desemprego, sofrendo com a incerteza, o corte dos salários, as disputas por vagas ruins e os salários baixos. A situação se agra-vará por causa da duração da recessão.

Está em curso uma mudança estrutural de queda na pro-porção de jovens (16 e 24 anos) no total da população. Em São Paulo, eles representavam, em 2010, cerca de 18% da popula-ção e passaram para 17% em 2015. Na mesma faixa etária, o contingente que estava no mercado de trabalho vinha caindo, de 76%, em 2010, para 71%, em 2015, na mesma região. Isso ocorre porque cresce, de forma contínua, a parcela de jovens que somente estuda (14% para 18%). Esse é um bom resultado social do crescimento econômico, pois as famílias e os jovens

passaram a poder optar pelo investimento no estudo, retardan-do a entrada no mercado de trabalho.

Mesmo assim, o desemprego entre os jovens, segundo a PED – Pesquisa de Emprego e Desemprego (SEADE-DIEESE), é sempre mais alto do que para as demais faixas etárias e, no último ano, cresceu. Em São Paulo, a taxa de desemprego dos jovens, em 2014, foi de 23%. Em 2015, subiu para 28% (em Sal-vador, está na casa dos 38%!).

Uma hipótese para esse aumento era o crescimento da procu-ra de emprego pelos jovens, que procurariam ajudar a recom-por a renda familiar. Os dados, porém, não confirmam essa hi-pótese, pois a taxa de participação inclusive caiu. O que esta de fato ocorrendo é que o “facão” do desemprego está atingindo os jovens, muitos sem o direito de acesso ao seguro-desemprego.

É fundamental que o movimento sindical pressione os go-vernos a desenvolver políticas voltadas para gerar alternativas de manutenção dos jovens na escola e de geração de renda por meio de ocupações especialmente vinculadas às atividades educacionais e formativas, que combinem, por exemplo, traba-lhos comunitários nos quais possam aplicar e desenvolver os conhecimentos adquiridos.

Gerar oportunidade para que os jovens se mobilizem para preservar os investimentos em formação, opção que interessa a toda sociedade e ao país, é uma tarefa sindical de organização de base e faz parte da formação política que poderá ser usada pelos jovens por toda a vida. É também uma ótima oportunida-de de aproximá-los da vida sindical e de renová-la.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

CLEMENTE GANZ LÚCIO Sociólogo

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PainelQuarta-feira, 6 de abril de 2016 3Opinião

O Portal da Transparência do Poder Legislativo mu-nicipal de Bento Gonçalves

iniciou, a partir de terça-feira 5, uma nova funcionalidade: os visitantes agora podem consultar o agendamento do uso dos veículos da Câmara Municipal. A novidade pode ser acessada dentro do pró-prio portal, na guia “Uso dos Carros”.

Na página, constam a data e hora do agendamento, o motorista responsável

pelo transporte, o automóvel designado, o destino da viagem e o gabinete ou setor da Casa solicitante. A disponibilização da nova função tem por objetivo aprimorar a transparência das atividades da Câmara Municipal de Bento Gonçalves, visando manter o grau de excelência que garantiu à Casa a obtenção do Prêmio Transparên-cia na Internet do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) por dois anos consecutivos – 2014 e 2015.

Site da Câmara ganha novo serviço

Qual o linguajar que você e seus filhos adotam dentro de casa? O de Lula? O de Dilma? O de Caiado? Ou ...?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Semáforo

PARE!

ATENÇÃO

SIGA!

Com a demora do Governo Mu-nicipal para reparar os estragos viários das chuvas.

Para as obras de alargamento na rua Saldanha Marinho, no Centro.

O trabalho realizado pelo Ministério Público nos concursos da Câmara, Prefeitura e caso dos vereadores.

Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco

O leitor João De Bortoli registrou o contraste de uma das árvores de seu jardim sobreposto ao azul celeste

Foto do Leitor

O setor supermercadista gaúcho sentiu, no ano passado, os efeitos da instabilidade econômica e registrou sua primeira queda real de vendas nos últimos dez anos. Este é um dos resultados apontados pelo Ranking Agas 2015, pesquisa realizada pela Associa-ção Gaúcha de Supermercados (Agas) com as 255 maiores empresas do setor no Estado. O estudo, divulgado nesta terça-feira, 5, pelo presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, mostra que o setor supermercadista do RS faturou R$ 26,2 bilhões em 2015, um cres-cimento nominal de 8,76% em relação ao re-sultado de 2014. O índice, deflacionado pelo IPCA/IBGE do período, mostra uma queda real de 1,91% nas vendas do setor no ano pas-sado - ocasionada sobretudo pela diminuição do poder de compra dos consumidores, cres-cimento do desemprego, maior endivida-mento dos gaúchos e aumento de preços.

Ranking Agas aponta queda de 1,91% no faturamento supermercadista em 2015

A Fundação Casa das Artes pu-blicou o Edital de Chamamento Público (001/2016) para fins de credenciamento de pessoas fí-sicas ou jurídicas para atuarem como professores/instrutores das oficinas ofertadas pela ins-tituição. Os interessados devem reunir os documentos exigidos pelo edital e efetuar o seu creden-ciamento junto ao Setor de Lici-tações da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) – Avenida Os-

valdo Aranha, 1075, sala 202.Atenta-se aos interessados, pes-

soa jurídica ou física que é necessá-rio comparecer antes à Fundação Casa das Artes com documenta-ção prévia para análise no setor Departamento Cultural, con-forme o item II - Da Habilitação – Observação – Pré-habilitação.

Casa das Artes contrata professores

A diretoria da OAB/BG eleita em novembro de 2015 será empossada em evento a ser realizado nesta quar-ta-feira 06, a partir das 19h, na Vinícola Cave de Pe-dra. Cerca de 150 pessoas, entre autoridades, advoga-dos e familiares deverão prestigiar o ato. A presença do presidente do Conselho Estadual da Ordem, Ricar-do Breier, está confirmada.

Diretoria da OAB será empossada

ARQ

UIVO

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Município admitiu 1.649 funcionário e fechou 1.679 postos de trabalho

Setores mantêm estabilidade nos primeiros meses de 2016

Mercado de trabalho

Paulo Vicente Caleffi

Crônica

- “Tentei ligar para você e não consegui”.- “É que mudei de número de telefone”.- “Outra vez? Já cansei de editar teus novos

números”.Esta foi a conversa que ouvi entre dois ra-

pazes, meus amigos, e quis entender por qual razão acontecia e se havia algum problema co-migo que sempre tive um mesmo número de telefone.

As justificativas foram duas:- “Cara! Dei o número para uma gata e ela

não para de ligar e tem uns chatos me enchen-do o saco sobre uma conta que não devo”.

Sei de alguns casos em que o novo número salvou casamentos.

Coisa parecida acontecia nas agências bancá-rias com as contas correntes de alguns clientes. Era só a barra ficar suja na praça que fechava-se a conta como se uma nova vida fosse começar.

Minha conta corrente no Banco do Brasil completará 50 anos em agosto próximo e vou comemorar fatiando uma torta “Marta Rocha” da Sra. Valenti junto com os funcionários da agência. É fidelidade.

O Cirurgião Dentista Bidinotto tem minha fi-cha dentária há mais de duas décadas e conti-nuo com minhas revisões semestrais.

Assino e leio o Jornal Semanário desde que ele foi fundado... e até antes, quando era uma folha de papel distribuída na entrada dos cines Aliança, Marco Polo e Ipiranga. Também leio outros jornais.

A turma da “CURVA DO RIO” se reúne para tomar o café da manhã e jogar conversa fora. Se pulassem de bar em bar todos os dias o gru-po não teria a mesma amizade e conhecimento de opiniões.

Seja hábito, rotina ou fidelidade, o fato é que as coisas boas devem estar sempre presentes em nossas vidas e, se tivermos que mudar, que seja bem pensado e para coisa melhor.

E se você quiser reler as primeiras linhas desta coluna, fique atento(a), pois a fidelida-de para com a família é o principal tema desta crônica.

Preserve seu LAR! É o lugar para onde você sempre poderá voltar.

Obrigado pela FIDELIDADE em ler esta co-luna. Muito obrigado!

Fidelidade

Quarta-feira, 6 de abril de 20164 Geral

Laura [email protected]

O Brasil está em crise. É o que os especialistas dizem

quando se trata da economia financeira. O problema é que esta dificuldade que o País está enfrentando afeta diversos seto-res e um deles é o de empregos. O desemprego no Brasil atingiu 8,2% em fevereiro, segundo in-formou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quarta-feira 23 de março. É a maior taxa para o mês desde 2009, quando chegou a 8,5%. Considerando todos os meses, é a mais elevada desde maio de 2009, que registrou 8,8%.

Mas o Rio Grande do Sul foi o estado com o melhor desem-penho do Brasil na geração de empregos com carteira assina-da em fevereiro. No mês, foram geradas 6.070 vagas. Nos últi-mos 12 meses, porém, houve queda de 3,48%, o equivalente a 94.075 postos de trabalho a menos. Em relação a janeiro, houve um aumento de 0,23%

nas vagas formais. No mês, fo-ram geradas 6.070 vagas. Nos últimos 12 meses, porém, houve uma queda de 3,48% no nível de emprego ou -94.075 postos de trabalho. De acordo com o rela-tório do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Ca-ged), divulgado dia 22 de março pelo Ministério do Trabalho, o maior número de novas vagas de trabalho formal foi criado no setor de indústria e transforma-ção e agropecuário. Os que mais demitiram foram o comércio e a construção civil.

Já em Bento Gonçalves, no se-gundo mês do ano, 30 pontos de trabalho foram fechados, mos-trando assim um decréscimo de 0,07% sobre o total de empregos formais. Em compensação o se-tor que mais abriu postos de tra-balho foi o do Comércio, com 48 vínculos criados, seguido pela Construção Civil, com 19 vagas abertas. No mesmo período o setor que mais fechou postos de trabalho foi o da Indústria de Transformação com 49 vagas encerradas, seguido pelo de Ser-

viços com 35 postos fechados. Nos últimos 12 meses, houve

um decréscimo de 5,35% nos pontos de trabalho fechados no município, assim o saldo acumu-lado no ano é de 227 postos de trabalho abertos. Nesse mesmo período, o setor da Construção Civil criou 42 novos postos de trabalho. O setor que mais fe-chou postos de trabalho nos 12 últimos meses foi o da Indústria de Transformação, com 2.055 vínculos encerrados. O espaço de Serviços Industrias de Utilidade Pública foi o que obteve o maior crescimento relativo, com 2,78%

Mas, apesar dos números se-rem preocupantes, o município está com uma boa média no ano, pois em janeiro, o saldo total foi de 252 novas vagas criadas.

De acordo com o relatório, as cidades que mais geraram emprego com carteira assinada foram, nesta ordem, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Caxias do Sul. Já Porto Alegre, Capão da Canoa e Canoas foram os municípios que mais demiti-ram trabalhadores.

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5Quarta-feira, 6 de abril de 2016

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Quarta-feira, 6 de abril de 20166 Geral

Através do tempo

A minuciosa arte de reformar calçadosHá mais de 30 anos no ramo da sapataria, Marilene Dal Molin, 61 anos, segue os passos do pai Heli na profissão

Cleunice [email protected]

Conhecida como uma das profissões mais antigas do

mundo, os sapateiros sempre fizeram parte da história da humanidade. Originalmen-te, os sapatos eram feitos à mão e após longos períodos de estudos, confecções para diferentes climas, os calçados chegaram ao Brasil, em 1808. Com a vinda da Família Real ao país, os sapatos passaram a fazer parte da rotina dos moradores e a partir disso, o gosto e a atração por eles au-mentou consideravelmente. O que antes era somente um ar-tigo de proteção, atualmente se tornou acessório elegante e que compõe o look do dia a dia. Em Bento Gonçalves, os calçados de muitos habitantes passam por mãos ágeis e de muita história. No bairro São Francisco, encontramos irmãs que seguem os passos do pai na profissão.

Marilene, 61 anos, e Elaine Dal Molin, 57, aprenderam com o pai, Heli, 85, a profissão que muito se orgulham. Há mais de 30 anos no ramo, a atividade, que geralmente é realizada por homens, tem quebrado barrei-ras e se tornado também pro-fissão para mulher. É a terceira geração da família que faz do conserto de calçados o sustento para a casa.

Seu Dal Molin, já com a idade

avançada, lembra como foram os primeiros momentos vividos na profissão. “Comecei quando era criança. Fazia chinelos, ta-mancos. Aprendi com meu pai, que foi seleiro e sempre traba-lhei nisso”, comenta.

Ele ensinou as duas filhas a profissão que tanto ama e elas seguiram no ramo. “Ensinei tudo e elas aprenderam a tra-balhar. Compramos máquinas e equipamentos e agora elas se-guem os mesmos passos meus e de meu pai”, finaliza.

A filha Marilene comenta como surgiu o interesse pela

sapataria. “Morávamos em Mu-çum, onde meu pai fazia selas para os cavalos. Após algum tempo, o trabalho parou e ele começou a produzir chinelos, sandálias e botas, todas sob me-dida. Com 12 anos comecei, com a ajuda de minha irmã, a fazer os tamancos de madeira. Após isso, nos mudamos para São Valentin do Sul e continuamos com a sa-pataria. No ano de 1984 viemos para Bento Gonçalves e nos ins-talamos na Castelo Branco onde ficamos por 30 anos. Há três anos nos mudamos para o bair-ro São Francisco, onde estamos

até hoje”, comenta.No local, são consertados di-

versos tipos de calçados, bolsas e malas. “Refizemos a pintura, arrumamos solados de botas, sapatilhas, trocamos de cor, cla-ro, tudo de acordo com o gosto do cliente”, frisa.

Conforme Marilene, o traba-lho, que sempre foi intenso, au-mentou ainda mais com a crise. “Percebi que teve uma procura maior pelo conserto de calça-dos, pois antigamente também teve uma crise e ocorreu este mesmo processo. Muitas ve-zes chegam várias sacolas, com

10 ou 20 pares para conserto. Sempre tivemos trabalho, nun-ca faltou, mas realmente agora aumentou”, destaca.

Ela afirma que muitas pes-soas que não procuravam o conserto de calçados, passaram a procurar. “Acho que o dinhei-ro encurtou. Até mesmo um cliente, há algum tempo, me disse que doava pares, ao invés de reformar, mas agora optou pelo conserto para minimizar os gastos. A única coisa que eu reclamo é que algumas pessoas esquecem de vir pegar os con-sertos e acaba acumulando aqui para nós”, pontua.

Continuidade do trabalho

Quanto a continuidade do tra-balho, Marilene afirma ainda não saber se alguém seguirá os passos. “A gente fica bem feliz se alguém continuar o nosso traba-lho. Não tenho filhos, nem mi-nha irmã, mas temos sobrinhos. Pra nós, se eles continuassem, seria uma herança”, comenta.

Ela ainda comenta que a mulher tem mais visão e cui-dado para realizar consertos. “Acredito que a mulher tem um papel importante que é cuidar e ter uma visão mais ampla do que pode consertar. Até que eu conseguir traba-lhar, vou seguir na profissão. Espero que eu trabalhe até os oitenta e poucos anos como meu pai”, finaliza.

Irmãs aprenderam ofício pelas mãos do pai sapateiro

Elaine e o pai Heli, conhecimento é passado de geração em geração

FOTO

S CLEUN

ICE PELLENZ

Marilaine afirma que não fica um dia sem trabalho e que atualmente o movimento na sapataria aumentou

A profissão que está no sangue da família Dal Molin vai além da sapataria. A irmã que divide o espaço com Marilene é Elaine, que realiza consertos de peças de roupas e bolsas em geral.

Ela trabalhou em ateliês, mas retornou para o empreendimen-to da família. “Sempre tem que ter uma costureira. Minha outra irmã, a Marlei, de 60 anos, tam-bém trabalhava conosco, mas teve que se afastar devido a uma cirurgia”, comenta.

Ela afirma que consegue con-sertar. “Sempre dou um jeito. Conserto uniformes, roupas em geral, mas sempre trabalhamos unidas”, finaliza Elaine.

O pai Heli não costurava, mas afirma que manuseava, com fa-cilidade o couro que trabalhava para produzir calçados. “Em média se demorava um dia para fazer determinado calçado. Às vezes conseguia fazer duas botas em um só dia”, lembra.

Atualmente, pela idade e por problemas de saúde, o apo-sentado parou de trabalhar. “Poderia ficar na máquina, tal-vez, que é menos pesada. Sinto falta, pois era o que gostava de fazer”, frisa.

O horário de atendimen-to é um diferencial das irmãs Dal Molin. “Trabalhamos das 7h30min às 12h, e das

13h30min às 20h e sempre temos movimento. Provavel-mente, pela quantidade de ser-viço que temos, vou pegar coi-sas para arrumar só na metade de maio em diante. Não posso reclamar, temos bastante ser-viço”, destaca.

Além do avô, pai e irmãs, elas comentam que a mãe também trabalhava no ramo. “Ela fa-leceu com 46 anos, mas nos ajudou muito. Guardávamos o dinheiro para poder comprar roupas quando a mãe vinha para a cidade, já que moráva-mos na colônia, era e continua sendo uma das melhores histó-rias de nossa vida”, finaliza.

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Edis teriam se apoderado de parte do salário de seus assessores

Processo contra vereadores em fase finalÚltima passo da etapa de instrução do processo que investiga crimes de improbidade administrativa e concussão inicia hoje

Apropriação indevida

7GeralQuarta-feira, 6 de abril de 2016

investigações apontaram ou-tras quatro pessoas que podem estar envolvidas no esquema de corrupção. Os parlamen-

tares já haviam sido ouvidos sobre o caso em dezembro. Na ocasião, também foram cole-tados os depoimentos de 20

A investigação sobre possí-veis transgressões realiza-

das por quatro vereadores do Legislativo da cidade ganha continuidade. Ocorre hoje, no Fórum Municipal, a última etapa da fase de instruções no caso dos parlamentares Mar-cos Barbosa (PRB), Marlen Pe-licioli (PPS), Vanderlei Santos e Adelino Cainelli (ambos do PP), investigados pelo Minis-tério Público (MP), por apro-priação de parte dos salários de assessores parlamentares. Os quatro são apontados pelos crimes de improbidade admi-nistrativa e concussão, quando se tira proveito incorreto por funcionário público, em que este exige para si, vantagem in-devida, direta ou indiretamen-te. Caso condenados, as penas variam de dois a oito anos de prisão e aplicação de multa.

Além dos parlamentares, as

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Cristiano [email protected]

testemunhas, sendo 18 de acu-sação e duas de defesa. Em no-vas oitivas, as testemunhas de acusação mantiveram o mes-mo depoimento, confirmando que eram obrigadas a repassar parte dos valores recebidos aos vereadores. Apenas uma delas mudou sua versão dos fatos, alegando desconhecer a extor-são feita pelos parlamentares.

O promotor Alécio Noguei-ra, responsável pela investiga-ção na área cível, ressalta que a demora no encerramento do inquérito, que corre desde 2010, e na denúncia, se deve ao fato de que a investigação foi feita de forma minuciosa e com qualidade. Grande parte da espera aconteceu devido às várias quebras de sigilo bancá-rio dos envolvidos e também foi preciso acionar o serviço de inteligência do Ministério Público, em Porto Alegre, para que as provas tivessem uma fundamentação coerente.

Após quatro anos de investi-

gações, o MP conseguiu montar o quebra-cabeça do caso, envol-vendo pessoas que atuavam fora da Câmara de Vereadores. Vá-rias contas tiveram o seu sigilo bancário quebrado e, com isso, a Promotoria pôde conseguir pro-vas de como a movimentação financeira era realizada.

Segundo o processo, eles seriam responsáveis pelo ali-ciamento dos assessores e, também, em alguns casos, se be-neficiariam com a contratação, recebendo parte dos vencimen-tos. A outra forma de se apro-priar dos valores era contraindo empréstimos junto a bancos e fi-cando com o dinheiro, porém as parcelas acabavam sendo pagas pelos funcionários lesados.

Ainda de acordo com a Pro-motoria, foi solicitado o afasta-mento do parlamentar Marcos Barbosa, por tentativa de preju-dicar a investigação. O pedido foi indeferido pela magistrada responsável e o vereador conti-nua em atividade.

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Quarta-feira, 6 de abril de 20168 Geral

Além de disseminar a pauta ambiental com caráter compe-titivo, nesta edição a feira apre-senta o Fiemacon, que reúne renomados especialistas para compartilhar temas em desen-volvimento no setor. Entre as atividades realizadas, está o 3º Meeting Empresarial. O evento realizado na manhã de ontem, debateu o tema “Ética e Sus-tentabilidade nos negócios”, de acordo com o jornalista e consul-tor, diretor da Ideia Sustentável, Ricardo Voltolini, Bento Gonçal-ves é uma cidade abençada por sediar um evento como a Fiema. “Eu tenho vindo seguidamente pra cá, e tive experiências que provam que é possível colocar os princípios da sustentabilida-de no negócio. Sempre acho que cidades como Bento Gonçalves, com a Fundação Proamb, que

Englobando conhecimento, negócios e práticas susten-

táveis a 7ª edição da Feira de Negócios e Tecologia em Resí-duos, Águas, Efluentes e Ener-gia (Fiema), teve início ontem, 5 de abril, com o objetivo de reunir empresas do país e do exterior e apresentar a temática do meio ambiente como opor-tunidade de gerar negócios e troca de informações sustentá-veis. Além dos 150 expositores nacionais e internacionais, há expectativa de receber aproxi-madamente 10 mil visitantes, durante os três dias de feira, que ocorre no Parque de Even-tos de Bento Gonçalves.

De acordo com o presiden-te da Fiema, Jones Favretto, a feira iniciou com uma partici-pação significativa do público e as expectativas são as melhores possíveis, com geração de ne-gócios e disseminação das prá-ticas ambientas nas empresas. “Começamos a feira pela ma-nhã com diversos seminários e contamos com a presença de mais de mil pessoas. Agora esse pessoal está circulando pela feira, por isso acredito que tive-mos uma boa movimentação já no primeiro dia”, comemora.

Com o passar dos anos o

Sétima edição do evento reúne 150 expositores do país e exterior com a expectativa de receber cerca de 10 mil visitantes

Consciência ambiental é única saída

Jornalista Ricardo Voltolini foi o mediador do 3º Meeting Empresarial

Durante os três dias de evento a feira oferece oportunidades de gerar negócios com práticas sustentáveis

Feira une sustentabilidade e negócios Fiema Brasil

Dia 68h- Biotecnologias aplicadas a eliminação, em efluentes, de contami-nantes emergentes8h40min- Utilização de Reator Aeróbio com Membranas Termofílico pa-ra o tratamento de efluentes9h20min - Tratamento físico-químico de efluentes perigosos10h20min- Potencialidade de aproveitamento energético a partir do biogás gerado em reatores anaeróbios no Brasil11h- Doenças de veiculação hídrica: desafios ao saneamento14h- Painel: Economia versus EcologiaDia 78h40min- Valorização do resíduo sólido orgânico9h20min- Gestão de resíduos e tecnologias na Alemanha10h20min- Projeto Brasil-Alemanha de Fomento ao Aproveitamento Energético do Biogás11h - Alternativas tecnológicas para tratamento dos resíduos sóli-dos urbanos;11h40min- Análise do Ciclo de Vida como ferramenta de apoio à deci-são na gestão de resíduos sólidos14h- Premiação melhores trabalhos técnicos14h30min Painel: Gestão de Resíduos Sólidos

Serviço

Caiani [email protected]

evento se tornou um espaço catalisador de negócios, conhe-cimento, atualização, pesquisa e networking, até chegar em 2016, como referência no setor. “A Fiema tem dois pilares bási-cos, o primeiro é auxiliar a de-senvolver o setor ambiental de Bento, da região, do estado e do Brasil. Então queremos ajudar a criar esse novo setor de fabri-cantes e prestadores de servi-

ços nessa área. E o outro pilar e grande objetivo da feira é a disseminação de conhecimento científico e de gestão ambiental, isso nós fazemos com seminá-rios e palestras da área”, salien-ta Favretto.

A feira também é lembra-da como importante elemen-to de conscientização no meio ambiental e, segundo a Vice--presidente do Sistema Fiergs,

Maristela Longhi, não só para empresários, mas principal-mente, para jovens estudantes. “A importância da Fiema Brasil é indiscutível, é um case mun-dial, se fala muito em susten-tabilidade econômica, social e ambiental, porém vemos que é pouco insipiente no dia a dia das pessoas. Por isso o traba-lho que a Fiema e a Proamb realizam são extremamente

importantes, justamente nessa mudança de cultura, que espe-ramos, de todo esse contexto que temos, mas principalmente das novas gerações que chegam e tem a sustentabilidade am-biental impregnada no seu co-tidiano”, declara.

Pioneira em sustentabilidade

Realizada pela Fundação

Proamb que, há 25 anos atua em Bento Gonçalves, a Fiema Brasil é pioneira em empreen-dedorismo sustentável, consoli-dando a Capital do Vinho como um exemplo no desenvolvi-mento do mercado ambiental. De acordo com a secretária Es-tadual do Meio Ambiente, Ana Pellini, a feira tem um papel fundamental no setor, ao dis-seminar conhecimento sobre novas práticas sustentáveis. “A importância da Proamb e do evento é o exemplo que elas trazem. Atualmente estamos vivendo uma situação compli-cada no país, porém quando vemos modelos como esse, per-cebemos que quando a socie-dade se organiza ela pode sim, mudar as coisas, que é possível ter uma economia efetivamente sustentável, gerando emprego e renda junto com a proteção am-biental”, finaliza.

começou quando esse tema não era moda, nem se discutia, com um olhar desses projetado no futuro, são cidades abençoadas e privilegiadas. Considero que a instituição tem feito um traba-lho de mudança de consciência

de educação, muito importante na região”, declara. O jornalista afirma, ainda, que não há saí-das, as empresas acabam, en-trando, por bem ou por mal em práticas sustentáveis, para não perder mercado.

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Presidente da Proamb, Neri Basso (C), com a taça erguida, brinda o sucesso da entidade com seus parceiros

9GeralQuarta-feira, 6 de abril de 2016

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Há mais de duas décadas, ela deu voz a uma temá-

tica que, até então, não cons-tava na pauta empresarial. Ao reconhecer a gestão ambiental como prioridade, a Fundação Proamb dissemina conheci-mento, desenvolve tecnologias e gera soluções ambientais se-guras capazes de transformar o mercado. Com esse compro-misso, a entidade comparti-lhou a comemoração de seus 25 anos de atuação com um jantar realizado na noite de 04 de abril, no hotel Dall’Onder, em Bento Gonçalves.

Fruto do voluntariado de um grupo de cerca de 30 empresá-rios idealizadores, a entidade surgiu, de forma pioneira no estado do Rio Grande do Sul, para defender a causa com seriedade, profissionalismo e, sobretudo, comprometimento. Esse ideal transformou-se em um negócio sólido, que opera em um formato sustentável de gestão, com cinco unidades de negócio: central de resíduos sólidos industriais, coproces-samento, assessoria técnica, capacitação e feira ambiental.

No decorrer de 25 anos de história – e de muito trabalho – a Fundação Proamb recebeu importantes contribuições de diversos líderes que, de forma abnegada, emprestaram seu tempo, seu conhecimento e seu talento para conduzir a entidade

Em sua trajetória, a entidade recebeu importantes contribuições de líderes que a conduziram pelo caminho do sucesso

Fundação Proamb brinda os 25 anos Comemoração

A Proamb opera, hoje, com cinco negócios. O primeiro delas está localizado em Pinto Bandeira – a central de resíduos sólidos industriais opera há mais de 14 anos e recebe resíduos classe I e classe IIA. Certificada com a ISO 14001, tornou-se modelo no Brasil devido ao seu processo operacional e contro-le ambiental, com células triplamente impermeabilizadas e cobertas.Projeto inovador e pioneiro no Rio Grande do Sul, a unidade de coprocessamento da Fundação Proamb está instalada no município de Nova Santa Rita. A partir de resíduos sólidos industriais, produz o blend que serve como combustível nos fornos de fabricação de cimento. A técnica disponibiliza uma alternativa nobre ao mercado com o aproveitamento energético dos resíduos e a não geração de passivos ambien-tais. Na área de assessoria técnica ambiental, e entidade auxilia empresas a melhorarem seus processos produtivos, minimizando seus impactos e garantindo uma gestão ambiental mais eficaz. Além disso, a Proamb promove seminários, workshops, oficinas e cursos, levando aos participantes capaci-tação técnica na área da sustentabilidade. Entre seus destaques está a organização da FIEMA Brasil – Fei-ra de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas e Efluentes que reúne o que há de mais atual em equi-pamentos, produtos, tecnologia e serviços. Com foco na competitividade dos negócios a partir da gestão ambiental, a sétima edição da feira reforça a filosofia de atuação da entidade e celebra a trajetória de su-cesso. A FIEMA Brasil 2016 ocorre de 5 a 7 de abril, no Parque de Eventos, em Bento Gonçalves.

Comprometida com um projeto de desenvolvimento permanen-te, a Proamb vem investindo de forma continuada em melhorias ligadas aos serviços que oferece. Um desses projetos teve iní-cio nessa noite comemorativa, com a assinatura de um acordo com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BR-DE), para facilitar a obtenção de crédito para viabilização de im-portantes projetos ambientais para as empresas, estimulando a adoção dessas práticas no meio corporativo. “Nossa visão pode parecer ambiciosa, e até utópica para o futu-ro da entidade, mas, levando em conta o quanto já foi conquis-tado nesses 25 anos de história, continuamos convictos, moti-vados e determinados a prosseguir nossa jornada. Queremos que Bento Gonçalves seja reconhecido como polo ambiental na região sul do país. Para a Proamb, tencionamos que possa ser uma organização referência mundial dentro do terceiro setor”, disse o presidente Neri Basso.

Soluções ambientais Olhos no futuro

pelo caminho do sucesso. Esses protagonistas receberam mere-cido reconhecimento por sua co-laboração, expressa por meio de uma homenagem aos presiden-tes Emilio Ristow (gestão 1991 a 1992); Loureiro Falcão (gestão de 1992 a 1995); Antônio Ber-tolini (gestões de 1995 a 1997); Márcio Chiaramonte (gestões de 1997 a 2003); Juliana Fer-rari Dal Piaz (gestões de 2009 a 2013) e Neri Basso (gestões de

2003 a 2009 e 2013/2016). Atualmente à frente da en-

tidade, Neri Basso destacou o orgulho que une todos aqueles que acompanharam a trajetória da entidade. “Tenho muita sa-tisfação em ter participado da história de duas décadas e meia da Fundação Proamb, um proje-to concebido inicialmente para atender à básica necessidade de destinar corretamente resíduos industriais das empresas de

Bento Gonçalves e que se trans-formou em um organismo em-presarial proativo, dinâmico e inovador, capaz de enfrentar os reais desafios do setor ambien-tal. No decorrer desse tempo todo, conquistas encorajaram dirigentes e suas equipes a ir mais longe em suas aspirações, assumir compromissos ainda mais ambiciosos, relacionados a mudanças de paradigmas e transformações conceituais.

Juntos, trabalharam para cons-truir um mundo melhor para as pessoas, e pessoas melhores para o mundo. O resultado pode ser comemorado, hoje, quando olha-mos na entidade que a Proamb se transformou”, destacou.

Quem também recebeu o justo reconhecimento por sua dedicação voluntária à causa e à entidade foram os presiden-tes à frente da FIEMA Brasil, no decorrer de suas sete edi-ções: Juarez Piva (2004); Cé-sar Rubechini (2006); Marcio Chiaramonte (2008, 2010 e 2012) e Jones Favretto (2014 e 2016). “A Fiema Brasil consoli-dou-se a partir de dois pilares básicos. O primeiro é o de au-xiliar a desenvolver o setor de negócios ambientais no Brasil, que ainda é incipiente no nosso país, e, por isso mesmo, apre-senta grandes oportunidades para empreendedores focados em inovação. O segundo é o do estímulo a produção científica e disseminação do conheci-mento através de Congresso ambiental, seminários técnicos e meeting de sustentabilidade. Com essa combinação usufrui, hoje, da condição de mais re-levante encontro do segmento na região Sul do Brasil – uma oportunidade única que, a cada dois anos, Bento Gonçal-ves tem o privilégio de sediar”, apontou o presidente da edição de 206, Jones Favretto.

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Quarta-feira, 6 de abril de 201610 Regional

Abertas as inscrições para Soberanas

Rainha Diana Borghetti (C) e princesas Caroline Brugalli e Iris Schmitt

Presidente Xavier avalia sua gestão

GaribaldiUFRGS

Instalação de campus poderáser adiada devido a cortes O processo de inscrições para

as interessadas em participar do concurso que irá eleger as no-vas Soberanas da Fenachamp 2017, iniciou nesta terça-feira, 5 de abril. A ficha está disponí-vel na Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Garibaldi, mesmo local onde o documento deverá ser entregue preenchi-do. As inscrições seguem até que o limite de 12 candidatas inscritas seja atingido.

O concurso será realizado no dia 28 de outubro, sendo que as candidatas serão apre-sentadas ao público durante o Festival do Frango e do Vinho, que ocorre no dia 30 de julho, nos Pavilhões da Fenachamp. “A Comissão Social da Festa já está trabalhando no plane-jamento do concurso, desde o calendário de atividades de preparação das candidatas até o evento que irá definir as no-vas representantes da Festa do Espumante Brasileiro”, desta-

Com os novos cortes no Mi-nistério da Educação, a implan-tação do campus da Universi-dade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Serra, pode ser adiada. O vice-reitor da institui-ção, Rui Oppermann, admitiu ao deputado estadual Vinícius Ribeiro (PDT), que o projeto não vai avançar nos próximos meses. Mesmo com os cortes, o plano será mantido.

Segundo o novo decreto de programação orçamentária, publicado na quarta-feira, 30 de março no Diário Oficial da União, o Ministério da Educa-ção perdeu R$ 4,27 bilhões. O limite de despesas discricioná-rias (não obrigatórias) foi redu-zido de R$ 34,43 bilhões para R$ 30,16 bilhões. Em fevereiro, a pasta tinha sofrido contingen-ciamento de R$ 2,216 bilhões.

O presidente da Associação dos Municípios da Encosta Su-perior do Nordeste (Amesne), o prefeito de Carlos Barbosa Fer-nando Xavier da Silva, explica que não foi comunicado nada oficialmente para a entidade. “Fizemos a indicação do local que é no Vale dos Vinhedos, em Garibaldi, porém não temos nenhuma posição da UFGRS até o momento”, afirma.

Durante o vestibular da Universidade, em janeiro, o vice-reitor esteve em Bento Gonçalves, e afirmou que o projeto estava em andamento e evoluindo. No entanto, co-mentou que o local para a ins-talação seria anunciado até o fim deste ano. No entanto, na época, ele reconheceu que o início das obras seria outro desafio a ser enfrentado.

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Após um ano à frente da Associação dos Municí-

pios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), o prefeito de Carlos Barbosa Fernando Xavier da Silva entrega o cargo amanhã, em reunião da entida-de, que ocorre durante a Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia (Fiema Brasil). O atual presidente fez uma avaliação de sua gestão.

De acordo com Xavier, as ações da associação dependem muito do momento vivencia-do em todas as esferas. Entre os pontos positivos, o prefeito barbosense destaca a federa-lização da BR-470, uma con-quista que contou com o enga-jamento de demais entidades civis. “Pude acompanhar o processo por ser presidente da Amesne. Já foi realizada a recuperação em um pouco es-paço de tempo do trecho entre o Distrito de Faria Lemos em Bento ao município de Barão”,

Amesne

Entre os avanços na associação, o prefeito de Carlos Barbosa aponta a criação de comissões e a federalização da BR-470

Estefania V. [email protected]

Fernando Xavier da Silva encerra trabalho frente à entidade amanhã

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aponta. Porém, ele ressalta que ainda falta a recuperação do trecho da localidade de São Valentim em Bento até Nova Prata. Além disso, segue o de-bate em torno da duplicação da Serra das Antas.

Para sair do trivial das ges-tões anteriores, o presidente da entidade, propôs a criação de comissões especiais. “A pro-posta era de não centrar as ati-vidades somente na figura do presidente, por isso foram cria-dos os grupos. Alguns avança-ram e outros nem tanto”, ex-plica. Para Xavier, é necessário que esse trabalho tenha conti-nuidade e ocorra de forma per-manente, e essa será uma das propostas que o prefeito irá apresentar nesta quinta-feira. “Se não for desta forma, cada presidente que assumir a enti-dade sempre terá que começar do zero. Precisamos evoluir e quem sabe sugerir que estas comissões sejam realizadas no período de quatro anos, com um prefeito a frente sobre um determinado assunto”, escla-rece. Uma das comissões que

evoluíram foi a sanitária que debateu sobre a destinação das carcaças de animais.

A situação econômica do país também foi abordada pelo gestor público. “Vivemos um momento delicado que refletiu na nossa região prin-

cipalmente no que se refere a repasses de recursos públicos aos municípios”, ponderou. Uma das lutas que ficam para o próximo presidente é refe-rente ao repasse do Imposto de Renda que antes era desti-nado ao Município, e agora é

da Receita Federal. “São ati-tudes paliativas que a Admi-nistração Pública terá que to-mar”, acrescenta.

A reunião

A Assembleia Geral Ordiná-ria da Associação ocorre nesta quinta-feira, 7 de abril. O even-to será realizado no Espaço Soluções e Negócios da Fiema Brasil, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

A programação dos partici-pantes inicia ainda pela ma-nhã, com visita à Central de Disposição de Resíduos Sólidos localizada em Pinto Bandei-ra, marcada para 9h30min. À tarde, a partir das 14h, haverá uma palestra com o engenheiro Gustavo Fiorese, responsável pela Unidade de Coprocessa-mento de Resíduos da Funda-ção Proamb, seguida da eleição da nova diretoria e visitação à feira. Os membros da entidade deverão aclamar o prefeito do município de Vista Alegre do Prata Ricardo Bidese, como o novo presidente da Amesne.

ca o presidente da Feira Clóvis Furlanetto.

Para participar do concurso, as candidatas deverão ter ida-de mínima de 20 anos com-pletados até o dia do evento e idade máxima de 30 anos com-pletados até o dia da inscrição, ser solteira e não conviver em união estável, não ter filhos,

ensino médio, ser domiciliada em Garibaldi a pelo menos dois anos e ser brasileira. Haverá o número limite de 12 candidatas inscritas, sendo que o processo acontecerá mediante protocolo na Secretaria de Turismo, por ordem de chegada. O regula-mento está disponível no site www.fenachamp.com.

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O 1º Mutirão Regional de Combate ao Aedes Aegypti realizado durante a manhã de sábado, 2 de abril, teve como objetivo sensibilizar a população da importância de acabar com possíveis focos do mosquito, que pode transmi-tir a dengue, a febre chikun-gunya e o zika vírus. Mais de mil pessoas colaboraram com a ação que recolheu cerca de 10 toneladas de resíduos.

O grande grupo formado por servidores municipais, inte-grantes de entidades, profes-sores, alunos e pais, percorreu os bairros do município entre-gando material educativo, re-forçando a importância no en-gajamento de todos para evitar que Garibaldi registre casos destas três doenças. Na cam-panha foram recolhidos tonéis, garrafas plásticas, caixas dá-gua, tanques, pneus, brinque-dos velhos, piscinas plásticas, vasos de plantas, potes, lonas e

O início da obra da rotató-ria do Trevo da Telasul

está atrasado há cinco dias. Prevista para iniciar antes do término do mês de março, a in-tervenção esbarrou no proces-so de licenciamento ambien-tal. A data para o começo dos trabalhos foi projetada pelo engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Adalberto Jurash, em encontro realizado no dia 21 de março, promovido pela Associação das Entidades Representativas da Classe Em-presarial da Serra Gaúcha (CIC Serra), em Nova Prata.

O Departamento Técnico da Prefeitura de Garibaldi está auxiliando o Dnit, no processo de emissão do licenciamento ambiental. De acordo com a autarquia federal, o início dos serviços depende da conclu-são deste levantamento. Após esta etapa, uma vistoria será realizada pela prefeitura de Garibaldi, que irá apontar o início desta intervenção. Com esta ação, acredita-se que a trafegabilidade pelas rodo-vias melhore e o número de acidentes seja reduzido.

Um cronograma para a exe-cução deste serviço está em fase de elaboração pelo Dnit. Já o esquema de tráfego ficará a cargo da empresa Constru-

Mutirão Regional une Carlos Barbosa e Garibaldi

Atraso de licenciamento ambiental impede obra

Trevo da Telasul

RegionalQuarta-feira, 6 de abril de 2016 11

Combate à dengue

No local, será implantada uma rotatória e instalada nova sinalização

Voluntários participaram de ação realizada na manhã de sábado, 2

Documento está sendo elaborado pelo Poder Público de Garibaldi

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Estefania V. [email protected]

demais materiais que estivam em desuso e que podem se tor-nar criadouros.

Em Carlos Barbosa, mais de cem pessoas reuniram-se no Parque da Estação, onde re-ceberam orientações e foram divididas em 24 equipes, que posteriormente partiram para os bairros para realizar visto-rias, recolher materiais em de-suso e distribuir panfletos in-formativos. Além das equipes que visitaram as residências e comércios a pé, foram utiliza-dos caminhões para recolher os materiais que foram des-cartados. Grande parte dos re-síduos, com exceção de pneus e eletrônicos, foram encami-nhados à usina de reciclagem, onde será feita a triagem e dada a correta destinação. Ao longo da manhã de sábado, outras duas equipes também trabalharam especificamente no Parque Leandro Guerra e na área do Salvi.

tora Centro Leste, responsável pela obra. O empreendimento realiza o recapeamento da BR-470. Para a ação no Trevo da Telasul haverá um acréscimo de R$ 5 milhões no contrato. No local, será implantada a si-nalização vertical.

O presidente da Amesne e prefeito de Carlos Barbosa Fernando Xavier da Silva in-formou que recentemente o Governo Federal anunciou o corte de recurso para o Dnit no Rio Grande do Sul. No entanto, o órgão federal esclarece que está analisando cada caso, po-rém pondera que a intervenção é considerada prioritária.

Além da falta da emissão do

licenciamento ambiental, o Dnit realiza os procedimentos administrativos para a obra, pois foi necessária a adequa-ção do contrato de manuten-ção e a realização do levanta-mento topográfico.

A Prefeitura de Garibaldi re-vela que o processo de licencia-mento ambiental foi recebido na véspera da Sexta-feira San-ta, 25 de março, e em virtude do feriado os técnicos iniciaram os trabalhos apenas na segunda--feira, 28 de março, o que fez com que ocorresse o atraso na conclusão da documentação. A previsão é que este proces-so seja concluído ainda nesta quarta-feira, 6 de abril.

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Quarta-feira, 6 de abril de 201612 Esporte

Vôlei

Welinton é convocado para a Seleção Brasileira Sub-18Atleta treinará com a equipe feminina em preparação para as Olimpíadas

Cleunice [email protected]

Rúgbi

Farrapos mantém domínio no Campeonato Gaúcho

Futebol americano

Snakes acreditam em duas vitórias pela classificação

O atleta da base do Bento Vô-lei, Welinton Oppenkoski,

16 anos, foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-18. Ele estará durante o mês de abril integrando equipe com dez jo-gadores pré-convocados para o Sul-Americano da categoria. A jovem equipe auxiliará os trei-namentos da Seleção Feminina de Vôlei que se prepara para a disputa das Olimpíadas deste ano. A viagem do bento-gonçal-ves está prevista para o dia 12.

Oppenkoski afirma estar feliz com a convocação e tem com grandes expectativas. “Fui convocado duas vezes para se-leção gaúcha, mas esta foi uma surpresa. Não esperava ser convocado para a Seleção Bra-sileira. Sempre sonhei com isso e é uma nova porta que está se abrindo para meu futuro. Uma oportunidade que surge após muito esforço e dedicação mi-nha, dos meus colegas de time e do nosso técnico que nunca desiste de nós”, pontua.

A jovem promessa exalta o início de sua carreira. “Co-meçou quando participava do núcleo do Botafogo com meus amigos para passar tempo e brincar. Entretanto, comecei a gostar do esporte e levei a sé-rio. Tanto que dois meses de-

pois ingressei nas categorias de base”, lembra Oppenkoski.

O jovem afirma que o espor-te mudou sua vida e que está aprendendo a cada oportuni-dades. “Através do vôlei con-segui aprendizado e amizades, que é a maior conquista que tive. Acabei conhecendo lu-gares que nunca imaginaria conhecer”, frisa. Quanto ao estudo, Oppenkoski garante que consegue conciliar ambos. “Como diz minha mãe ‘estudo é a prioridade e que sem ele não chego a lugar algum’ en-tão tenho que conciliar para não decair na escola e no vô-lei”, destaca.

O coordenador das catego-rias de base do Bento Vôlei,

Mauricy Jacobs, comenta que o atleta tem uma boa qualida-de técnica e um biotipo que as nossas Seleções buscam. “São estas qualidades que eles que-rem nos jogadores. Além de ter uma altura compatível, o We-linton tem o domínio das téc-nicas do voleibol”, destaca.

Jacobs ainda comenta que a notícia foi recebida com ale-gria e que Oppenkoski tem um futuro promissor. “Desde que esta diretoria assumiu é prio-ridade formar estes atletas nas categorias de base. Os treinos são realizados pelos mesmos técnicos que trabalham com a equipe adulta e ele tem todas as condições para ter um futu-ro brilhante ”, finaliza.

O Farrapos Rugby Clube con-seguiu sua segunda vitória no Campeonato Gaúcho e mantém a supremacia estadual. O repre-sentante da Capital do Vinho é líder da competição, que iniciou em 12 de março. A segunda roa-da foi disputada neste sábado com vitória sobre o Centauros por 61 a 16, em Estrela.

O árbitro da partida foi Ricar-do Sant’anna, auxiliado por Sa-muel Grando e Vilmar Freitas e pelo 4º árbitro Débora Compa-rin. O técnico da equipe, Javier Cardozo, comenta a atuação da equipe. “O jogo foi bom, acredi-tamos que temos que melhorar muito, pois teremos jogos mais complicados e que irão exigir mais dos atletas. Temos que trabalhar mais nestas duas se-manas para ajustarmos o que ainda é necessário”, pontua.

O próximo jogo da equipe bento-gonçalvense será em Por-to Alegre. O time enfrenta o San

Jogador afirma estar feliz com a convocação e têm boas expectativas

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Classificação1 Farrapos 102 Charrua 103 San Diego 104 Serra 05 Centauros 06 Brummers 0

Time enfrentou o Santa Maria Soldiers no domingo e perdeu por 43 a 6

Após perder a segunda par-tida pelo Campeonato Gaúcho de Futebol Americano, o Ben-to Gonçalves Snakes retoma aos trabalhos hoje visando a sequência da competição. No domingo, 3 de abril, a equi-pe perdeu para o Santa Maria Soldiers por 43 a 6. O jogo re-gistrou o primeiro touchdown em partidas oficiais da equipe. O autor do fato histórico foi o fullback Lucas Soares.

A partir disso, a comissão técnica e a diretoria trabalham com a possibilidade de classifi-car aos playoffs da competição.

Para isso, duas vitórias nos dois últimos confrontos se tor-nam obrigatórias. “Temos me-nos de 12 dias para remobilizar o elenco e otimizar os treina-mentos. Precisamos corrigir as falhas apresentadas e melhorar a dinâmica ofensiva”, afirma o head coach Gustavo Rech.

A equipe disputa suas duas últimas partidas longe de Ben-to Gonçalves. Em 16 de abril, às 15h, em Venâncio Aires, os Snakes enfrentam o Bulldogs. O último jogo está previsto para 7 de maio, às 15h, em Ijuí, contra o Drones.

Classificação1 Soldiers 3 - 02 Pumpkins 2 - 03 Drones 1 - 14 Juventude 1 - 05 Chacais 1 - 06 Redskulls 1 - 17 Bulls 1 - 28 Snakes 0 - 29 Mustangs 0 - 210 Bulldogs 0 - 2

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Primeiro jogo da equipe foi em Bento Gonçalves contra o Brummers

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Diego no dia 16 em busca de mais uma vitória na competição, pela terceira rodada do campeo-nato. O treinador frisa que é a equipe amadora melhor pre-parada da competição. “O San Diego é muito forte, mas vamos trabalhar para obter um bom resultado. Na semana que vem teremos um dia a mais de treino para que possamos ter um me-lhor ritmo de jogo. Temos 100% de aproveitamento na competi-ção e queremos manter o resul-tado”, finaliza Cardozo.

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Quarta-feira, 6 de abril de 2016 13Esporte

Divisão de Acesso

Objetivo alcançado no primeiro turnoEsportivo terminou os primeiros sete jogos na vice-liderança do Grupo B. Meta é manter o desempenho pela classificação

Cleunice [email protected]

A boa fase do Esportivo tem refletido resultados

nas quatro linhas. Além de contar com uma das melhores defesas da competição e estar invicto fora de casa, a equipe da Capital do Vinho fechou a primeira fase da Divisão de Acesso na segunda colocação do Grupo B, com 10 pontos conquistados, atrás apenas do favorito Caxias, com 15. Nos sete jogos, foram duas vi-tórias, quatro empates e uma derrota. A avaliação do pri-meiro turno é positiva, visto que a equipe conseguiu obter bons resultados.

O técnico Badico avalia po-sitivamente a participação do Alviazul nesta primeira etapa, salientando o comprometi-mento do plantel. “O que me deixa feliz é que encontramos uma boa maneira de jogar. Parece que todos nós temos uma identificação há muito tempo com o Esportivo e é um Clube que tem uma tradição, uma camiseta forte e todos os jogadores atuam com muito

Clube enfrentou o São Luiz em Ijuí no domingo, 3 de abril, empatou em 1 a 1 e conquistou mais um ponto

Libertadores do Nordeste

amor”, pontua o treinador. Além disso, afirma que os

jogadores têm mostrado o melhor em campo. “Acredito que cada jogo que temos feito tem sido de uma maneira in-tensa, de uma entrega muito grande e não é atoa que hoje somos o vice-líder da compe-tição. Jogamos quatro parti-das fora de casa, e somamos pontos em todas elas, isso nos dá tranquilidade, confiança e uma responsabilidade ainda maior para os jogos dentro de casa”, frisa.

Ele comenta que o torcedor é importante, pois é o 12º jo-gador em campo. “Com a nos-sa torcida apoiando, vai ser um combustível a mais para buscarmos a classificação o mais rápido possível. Nós fi-zemos bons jogos fora de casa e isso nos dá uma projeção muito boa para o segundo turno”, finaliza.

Mais um ponto fora de casa

O Esportivo enfrentou o São Luiz em Ijuí no domin-go, 3 de abril, e manteve a

invencibilidade fora de casa. Foram quatro jogos e quatro empates no campo adversá-rio. A equipe do Noroeste do Estado, apoiada pela torcida, marcou gol logo nos primei-ros minutos da partida. Ain-da no primeiro tempo, Natan marcou para o time bento-

-gonçalvense. No segundo período, as equipes voltaram confiantes, com chance de gols para ambas, mas o placar se manteve empatado. André Bahia, do Esportivo, e Chim-binha, do São Luiz, foram expulsos após um princípio de confusão.

O time da Capital do Vinho entra em campo no domingo, 10, contra o São Luiz, em par-tida válida pela primeira ro-dada do returno da primeira fase da Divisão de Acesso. O jogo será realizado no Parque Esportivo Montanha dos Vi-nhedos, às 15h30min.

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Base alviazul estreia na Nossa Liga

Árbitro e assistentes da partida com os capitães das duas equipes

O Grêmio Tuiuty perdeu para o Paranaguá pela segun-da rodada da Copa Libertado-res do Nordeste no domingo, 3 de abril. Jogando em Nova Roma do Sul, a equipe bento--gonçalvense levou três gols,

Grêmio Tuiuty perde para o Paranaguá fora de casa

marcados por Giovani, Lean-dro e Dione.

A próxima partida do time da Capital do Vinho é no do-mingo, 10. O jogo é contra o Progresso, em São Marcos, às 15h30min.

De olho no futuro

Resultados

9h1º) Categoria sub-13 - Pinheiros/Dutra 4 x 4 Esportivo2º) Categoria sub-14 - Pinheiros/Dutra 4 x 1 Esportivo3º) Categoria sub-15 - Pinheiros/Dutra 0 x 4 Esportivo

14h1º) Categoria sub-10 - Pinheiros/Dutra 6 x 3 Esportivo2º) Categoria sub-11 - Pinheiros/Dutra 5 x 0 Esportivo3º) Categoria sub-12 - Pinheiros/Dutra 2 x 2 Esportivo

Para incentivar a prática do futebol, as Categorias de Base do Esportivo iniciaram as dis-putas da copa Nossa Liga neste final de semana. O campeonato envolve equipes do Rio Grande do Sul e muitos gols marcaram a primeira rodada da competi-ção. As categorias sub-10, 11, 12, 13, 14 e 15, enfrentraram o Pinheiros/Dutra de Taquari no sábado, 2 de abril. Os jogos foram realizados no campo do Ipiranga da Paulina.

As disputas foram realiza-das em dois turnos, manhã e tarde. No matutino, a catego-ria sub-13 empatou em 4 a 4, com gols de Kauê (2), Kauan e Bruno. Na sub-14, o Espor-tivo perdeu por 1 a 4, com gol de Gabriel. Na sub-15, vitória dos bento-gonçalvenses por 4 a 0, com gols de Patrick (2), Marco Antonio e Eduardo.

No turno da tarde, os atletas

da categoria sub-10 perderam por 6 a 3. Os gols do time da Capital do Vinho foram marca-dos por Miguel (2) e Matheus. A categoria sub-11 perdeu por 5 a 0 e a sub-12 empatou em 2 a 2, com gols de Lorenzo e Augusto.

A próxima rodada da Escola do Clube Esportivo é no dia 16, contra o Sete de Setem-

bro, em Lajeado. Três catego-rias, a sub-13, 14 e 15 entram em campo para representar Bento Gonçalves.

A categoria sub 17 estreia no sábado, 9 de abril, às 13h30min, em Caxias do Sul, contra o Caxias. A partida é vá-lida pelo Campeonato Estadual Juvenil A.

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Segurança Quarta-feira, 6 de abril de 201614

Júnior Postal, 37 anos, será sepultado às 10h de hoje no São Roque

Um incêndio causou como-ção no bairro Eucaliptos na noite desta segunda-feira, 4 de abril. Uma casa de madeira foi consumida pelas chamas. Ninguém restou ferido. A sus-peita é que um curto na fiação elétrica antiga tenha iniciado o sinistro.

O incêndio teve início por volta das por volta das 18h30min, na rua Ari da Silva. O Corpo de Bombeiros utilizou aproximadamente quatro mil

Tragédia em Garibaldi

Motorista morre após cair de viaduto na BR-470Veículo Corolla capotou pelo barranco da elevação sobre a ERS-453

Leonardo [email protected]

Um acidente envolvendo veículo Corolla, de cor pre-

ta e placas de Bento Gonçalves vitimou Júnior Postal, 37 anos, na madrugada de ontem, 5 de abril. O motorista perdeu o controle de seu veículo e caiu do viaduto da BR-470 sobre a ERS-453. O velório ocorre nas Capelas São José do bairro São Roque. O sepultamento está previsto para as 10h de hoje, no cemitério da localidade.

Conforme as informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu por volta das 5h no município de Garibaldi. O Corolla seguia pela rodovia federal quando, no quilômetro 227,5 saiu da pista, capotou e desceu o bar-ranco no chamado Viaduto da Rota. O automóvel ainda teria colidido contra uma árvore. O Corolla destruído terminou as margens da RSC-453.

A Polícia Rodoviária Fede-ral (PRF) flagrou dois homens realizando o transporte ilegal de um cavalo em um caminhão furtado na madrugada de se-gunda-feira, 4 de abril. Os acu-sados se deslocavam de Lajeado para Caxias do Sul pela BR-470 quando foram abordados no trevo de acesso ao município de Garibaldi. A prisão ocorreu du-rante operação da PRF de com-bate ao crime na Serra.

O caminhão, com placas de Nova Roma do Sul, havia sido furtado em Caxias do Sul na em 8 de março. Dentro do baú frigorífico havia um cavalo sem procedência comprovada. O animal estava em ambiente confinado sem circulação de ar e um dos envolvidos possui dois antecedentes por abigeato (fur-to de animal). O motorista e o passageiro são de Caxias do Sul.

Uma agência bancária de Carlos Barbosa foi arrombada na madrugada de domingo, 3 de abril. Conforme informações da Brigada Militar (BM), o alerta da central de monitoramento do Banrisul da rua Elisa Tramontina, no Centro, ocorreu por volta das 7h30min. Uma janela dos fundos do es-tabelecimento foi encontrada danificada e aberta. Alguns móveis estavam revirados. Terminais eletrônicos e o cofre do banco não foram violados.

Agência de Carlos Barbosa é arrombada

Um jovem de 18 anos e dois adolescentes foram detidos por furto de veículo no bairro Fenavinho na noite de domingo, 3 de abril. De acordo com a Brigada Militar, uma guarnição foi deslocada para a rua Humberto de Alencar Castelo Branco, por volta das 23h30min, após a denúncia de furto de um veículo Gol. O automóvel foi localizado e a abordagem realizada. Foram identificados os tripulantes G. O. F., de 18 anos, e os menores de idade A.O.T. e L.E.O.M., que confessaram o crime.

Trio flagrado com carro furtado no Fenavinho

A ousadia de bandidos em Garibaldi chamou a atenção nesta segunda-feira, 4 de abril. Um empresário de 41 anos foi feito refém durante abordagem em uma falsa barreira policial no bairro Ferroviário. A vítima levada até sua residência onde foi efetuado o roubo.

Conforme registro da Polí-cia Civil, a ação criminosa teve início por volta das 18h45min, na rua João Ludovico Salva-dori. O empresário conduzia um veículo Mercedes Benz ML 350 quando recebeu ordem de parada de um homem ves-tido com uma suposta farda da Brigada Militar (sem colete balístico). A via pública estava sinalizada com cones, sugerin-do uma possível blitz.

Porém, quando a vítima pa-rou seu automóvel, um segun-do indivíduo, armado e usando uma máscara, saiu de um Hon-

Roubo de veículo

Motorista é assaltado em falsa blitz em Garibaldi

da Civic e o rendeu. O empresá-rio foi obrigado a ficar abaixado no banco de trás com um dos bandidos, enquanto o outro as-sumiu o volante do Mercedes.

Os bandidos rodaram por cerca de 20 minutos pela re-gião até que se dirigiram a re-sidência da vítima. Na casa, foram rendidos a esposa e fi-lho da vítima. Os assaltantes perguntavam por um cofre. Foi roubada uma quantia em dinheiro, joias, celular e o au-tomóvel, que seria encontrado abandonado horas depois no bairro Fenachamp.

O outro veículo utilizado pe-los bandidos também foi loca-lizado pela Brigada Militar. O Honda Civic sem placas esta-va em uma estrada vicinal no quilômetro 11 da ERS-446, em Carlos Barbosa. O veículo foi removido pelo guincho para registro da ocorrência.

Os Bombeiros Voluntários de Garibaldi e Serviço Mó-vel de Urgência e Emergên-cia (Samu) foram acionados, porém Postal foi encontrado sem vida. Ele seria o único tripulante do Corolla.

As polícias rodoviárias Fe-deral e Estadual também atenderam a ocorrência. O trânsito ficou interrompido por algumas horas. As causas do acidente ainda necessita-riam da devida investigação.

Transporte ilegal

Dupla presa com caminhão furtado

Fiação elétrica antiga

Incêndio consome casa de madeira no Eucaliptos

litros de água no combate, po-rém apenas pode evitar que as chamas se espalhassem.

O proprietário da casa quei-mada, Valdino Alves, 62 anos, havia saído cerca de dez minu-tos antes para visitar sua neta. Ele afirma que havia deixado apenas uma geladeira ligada na tomada, porém não tem suspeitos ou razões que apon-tem para um possível incêndio criminoso. “Não sobrou nada”, lamenta o morador.

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Dentro do baú frigorífico foi encontrado um cavalo sem procedência

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Quarta-feira, 6 de abril de 2016 15Segurança

Crise na segurança

Empresários mobilizam pelo coletivoCansada de esperar pelos governos Municipal e Estadual, iniciativa privada sinaliza investimentos nos órgãos de segurança

Leonardo [email protected]

Diante de uma situação crí-tica e cansados de esperar

pelos recursos (que não che-gam em suficiência) dos gover-nos Municipal e Estadual, cada vez mais empresários da inicia-tiva privada se mobilizam para investir na segurança pública de Bento Gonçalves. No sába-do, após reportagem do Sema-nário, um investimento de R$ 30 mil foi doado para conserto de viaturas da Brigada Militar (BM). No Vale dos Vinhedos, após um novo assalto no final de semana, os empreendores buscam alternativas para pro-teger os seus clientes.

Vítimas neste sábado, 2 de abril, os proprietários de um restaurante da Linha 15 da Gra-ciema, inaugurado a menos de seis meses, acreditam que este é o único caminho e torcem que seu susto sirva como ponto de mudança. “Não é uma questão de dinheiro, mas da responsa-bilidade que temos com nossos clientes. Tínhamos turistas da Espanha no momento do assalto. Gostamos do Vale dos Vinhedos, de Bento Gonçalves e queremos proporcionar uma boa experiência aos visitantes. O Vale recebe mais de 300 mil pessoas por ano, não podemos estar reféns desta situação. Está na hora de nos juntarmos por uma atitude de melhora”, afirma a empresária que prefe-re não se identificar.

A Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) possui a mesma opinião e busca ações cooperativas. “Como muni-cípio, precisamos pensar em investir recursos para prote-ger os nossos recursos, e um destes é o turista. O básico é a segurança. Este turista vem pro interior pensando em um local tranquilo. Os empreende-dores do Vale sabem disso e in-vestem um valor altíssimo em segurança privada, como mo-nitoramento e guardas. Agora, estamos tentando mobilizar e captar recursos para inves-tir em segurança pública. Não podemos esperar os governos Municipal e Estadual, pois a situação está complicada”, co-menta Marcio Brandelli, presi-dente da Aprovale.

Temor no Vale dos Vinhedos é apenas um exemplo da crise no estado

Policiamento Comunitário

O que a maioria dos cidadãos reclama é a ausência policial. Esta aproximação do brigadiano com a comunidade é a base do programa de Policiamento Co-munitário, que atualmente conta com oito núcleos no município. Um destes fica no Vale dos Vi-nhedos, porém, como em outras localidades, sua presença não é percebida pelos moradores.

Responsável pelo planeja-mento do policiamento os-tensivo na Capital do Vinho, o comandante da 1ª Companhia do 3º BPAT, capitão Diego Cae-tano, admite que os problemas enfrentados fizeram o Policia-mento Comunitário perder sua identidade. “Este modelo que era feito antigamente passa por dificuldades. Antes tínhamos mais efetivo. Agora, invaria-velmente, precisamos chamar estes policiais dos núcleos para ajudar em outras atividades. Ti-vemos este enfraquecimento no Policiamento Comunitário, mas

ainda há movimentações em ho-rários estratégicos”, explica.

Especificamente falando do Vale dos Vinhedos, o capitão Caetano aponta que existem policiais atuando, um deles in-clusive sendo morador local. “Tanto é que estes delitos que ocorreram no Vale dos Vinhe-dos ocorreram em períodos que esta prática não costuma circu-lar, neste caso, no turno da noi-te. Por isso precisamos cons-tantemente replanejar nossas ações. Porém, a bandidagem também muda. É o problema do cobertor curto”, lamenta.

O presidente da Aprovale re-lembra que a viatura utilizada neste núcleo foi adquirida pela entidade, porém entende as dificuldades enfrentadas pela BM em todo o estado. “Sabe-mos que, pela grande falta de efetivo no município, estes po-liciais precisam ir para cidade e não fica sempre aqui. Os co-mandantes da BM tem muita boa vontade, mas sofrem com o limite de pessoas e recursos”, aponta Brandelli.

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Sábado, 2 de abril de 2016 31Segurança

Enquanto os índices de cri-minalidade crescem ex-

ponencialmente em Bento Gonçalves, os recursos para a segurança pública escassam. Além do noticiado parcelamen-to de salários dos servidores, o 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT) so-fre com a falta de investimento para manutenção de suas via-turas. Pelo menos 10 veículos estão fora de ação. Alguns estão parados há mais de seis meses. Prejuízo para a comunidade que vê menos policiais nas ruas e precisa esperar um tempo maior quando precisa da Briga-da Militar (BM).

Há menos de dois anos, a frota do 3º BPAT era elogia-da como uma das melhores do Rio Grande do Sul. Porém, os recursos municipais, tanto da Prefeitura quanto da iniciativa privada, cessaram diante da cri-se financeira. “Era este apoio da Fundação Consepro que man-tinha as viatura em condições. Como, a partir de setembro do ano passado, nenhum valor mais foi autorizado para fins de conserto e manutenção, são, então, cinco meses nesta condi-ção limitada”, explica o capitão Reni Onírio Zdruikoski, subco-mandante do 3º BPAT.

Destas 10 viaturas fora de ação, três são em decorrência de acidentes de trânsito duran-te serviço e sete de problemas

Segurança em crise

Sem manutenção, viaturas paradasPelo menos 10 veículos do 3º BPAT estão fora de operação pela falta de recursos para revisão preventiva e consertos

Leonardo [email protected]

mecânicos em razão do uso. A manutenção da frota da BM é uma responsabilidade do Governo Estadual, porém, há anos, a corporação sofre com a escassez de recursos. “Não é possível realizar uma ma-nutenção preventiva, como os motoristas costumam fazer em seus automóveis particulares. O 3º BPAT atende 25 municí-pios em uma extensa área ter-ritorial. Mensalmente, recebe-mos do Estado em torno de R$ 9 mil para atender a todos. É um valor que não atende nem

metade da nossa demanda e as viaturas, aos poucos, estão fi-cando fora de ação”, lamenta o capitão Zdruikoski.

O presidente da Fundação Consepro, Geraldo Leite, con-firma as dificuldades de capta-ção de recursos na Capital do Vinho. “Esta crise financeira que aflinge a todos. Os colabo-radores que tínhamos recua-ram. Está mais dificil a capta-ção de dinheiro. A Prefeitura também passou por um período não muito bom, com determi-nados atrasos no Policiamento

Comunitário e em repasses de verbas. O prefeito (Guilherme Pasin) sempre foi um parceiro e temos conversas com a Câmara de Vereadores, estamos tentan-do jogar com os números. Pro-curamos um aporte financeiro específico para o conserto des-tas viaturas”, explica.

Apesar de trabalhar na busca de apoio municipal, o presi-dente da Fundação Consepro ressalta as falhas históricas do Governo Estadual em segu-rança pública. “Infelizmente, temos que lembrar que paga-

mos duas vezes pela segurança pública, porque pagamos (por este direito) com os nossos im-postos. Porém, como o Estado não fornece, estávamos pa-gando duas vezes, só que esta conta ficou cara para a comu-nidade. Na semana passada fizemos uma reunião de duas horas junto aos sindicatos e lideranças de Bento Gonçalves justamente para fazer novas campanhas em busca destes recursos”, comenta Leite.

Comunidade sente a ausência policial

O comando do 3º BPAT aler-ta que, apesar da responsabi-lidade ser do Poder Público, quem sofre as consequências é a população e a reputação de Bento Gonçalves. “Sem viatu-ras em condições, ficam preju-dicados os patrulhamentos nos bairros, nas áreas comerciais, proximidades das escolas e a realização de operações e abor-dagens de indivíduos. São fa-tores do policiamento preven-tivo, que resultam na sensação de segurança e inibem delin-quentes. No atendimento de ocorrências, o prejuízo é ain-da maior. Quando se trata de socorrer uma pessoa que está em risco, ou com o patrimônio ameaçado, é preciso uma res-posta rápida e que demonstre força. Sem bons veículos, este cenário, que já está ruim, fica-rá péssimo”, complementa o capitão Zdruikoski.

Sem o devido investimento, viaturas seminovas acumulam no quartel e presença policial nas ruas diminui

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Uma doação anô-nima da iniciativa privada irá amenizar os problemas da fro-ta do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT). A mobilização junto a Fundação Consepro ocorreu após a repor-tagem do Semanário na edição de sábado, 2 de abril, que relatava que pelo menos 10 via-turas da Brigada Militar estavam fora de uso por falta de recursos para manutenção. O presidente Geraldo Leite comenta que recebeu ligações ainda no dia da publicação e foi angariado um investimen-to de R$ 30 mil. As viaturas, algumas paradas desde setembro do ano passado, já foram encaminhadas para uma mecânica.

Para combater a falta de efetivo policial, o me-lhor caminho em curto prazo aparenta ser o in-vestimento em tecnologia. A Aprovale sinaliza com a doação de câmeras para implentar a visão da central de monitoramento já existente no 3º BPAT. “Creio que vai ser o primeiro passo de investimento. Podemos co-locar nos pontos principais do Vale, facilitando a identificação de movimentações suspeitas e ajudando os policiais. Praticamente to-dos os empreendimento possuem câmeras, falta na via pública. Já fomos orientados e estamos buscando recursos”, explica Brandelli.

O atual sistema de monitoramento, feito em parceria da BM com a Prefeitura, possui câmeras em pontos estratégicos na cidade. O sonho é que esta central evolua para ter acesso a centenas de imagens, inclusive de equipamentos privados (especialmente que filmam a via pública).“Tudo é uma questão de investimento. Já existem câmeras que conseguem detectar placas de veículos e até identicar procurados”, comenta o capitão Caetano.

Estratégia utilizada com sucesso durante a Operação Pa-pai Noel, o 3º BPAT deve ampliar os grupos no aplicativo Whatsapp para troca de informações com comunidades. Em dezembro, a comunicação rápida envolvia policiais e mais de 82 comerciantes da área central. “Este grupo ainda

existe e está sendo realizados em núcleos de Policiamento Comunitário, como em Tuiuty já ocorre. O entedimento é de ampliar esta interação. Mas temos que ter muito cuidado para não circular in-formações errôneas”, ressalta o comandante da 1ª Companhia.

Para o comando do 3º BPAT estes grupos são uma integração que diminui distâncias, porém necessita do comprometimento de lideranças da comunidade. “É uma ação voluntária de cada cida-dão que pode auxiliar na prevenção dos crimes. Para os moradores é mais fácil identificar quem é um turista e quem está com más intenções. Assim, pretendemos facilitar denúncias e a devida averi-guação policial”, finaliza o capitão Caetano.

Doação possibilita conserto de viaturas

Câmeras são investimento possível e rápido

Aplicativo aproxima policial e comunidade

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Marilaine Dal Molin exerce há 33 anos a profissão que aprendeu com seu pai

Amor pelo ofício que une gerações

Divisão de Acesso

Esportivo termina o turno no topo da tabela

Página 13

Página 6

Contra a violência

Empresários sinalizam ajuda para a segurança

Página 15

BR-470

Condutor morre após acidente em viaduto

Página 14

Trevo da Telasul

Licenciamento ambiental impede início da obra

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