05_tratados de Arquitetura
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Os Tratados e estudos sobre a Arquitetura Antiga:
Alberti, Bramante, Rafael, Michelangelo
HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO NA IDADE MODERNA
Maria Luiza Zanatta de Souza
FIAM FAAM
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LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
Palácio Rucellai, Florença, 1453-1451.
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Breve análise da obra:
- Aplicou 3 ordens clássicas da arquitetura num edifício doméstico: pilastras;
- Na realidade ele se apropriou da ideia da sobreposição das ordens da arquitetura antiga, como encontramos no Coliseu (Roma), no entanto por conta da legislação que não permitia que a via fosse ocupada (invadida) Alberti ao reconstruir a fachada se limitou a seguir com linhas as ordens dórica, jônica e coríntia.
- Ergueu o pavimento térreo através de uma “falsa base” criada seguindo a técnica da muratura romana opus reticulatum (origem etrusca). Trata-se de um revestimento que imita esta técnica construtiva antiga.
LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
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LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
Igreja de São Francisco, Rimini, 1446-1451.
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Igreja de São Francisco, Rimini, 1446-1451.
LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
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Igreja de São Francisco, Rimini, 1446-1451.
LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
Breve análise da obra - Alberti retoma nos modelos dos Arcos de
Triunfo da Roma Imperial os elementos para compor a fachada desta igreja.
- Aparentemente inacabada na parte superior, é importante mencionar que a igreja já existia (c. 1200) quando Alberti foi convidada a finaliza-la.
- Alberti reveste a fachada com uma fina camada de pedra sugerindo grandes blocos, que na verdade revestem os tijolos.
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Igreja de São Francisco, Rimini, 1446-1451.
LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
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LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
Igreja de Santa Maria Novela, Florença, 1456-1470.
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LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
Igreja de Santa Maria Novela, Florença, 1456-1470.
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LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
Igreja de Santa Maria Novela, Florença, 1456-1470.
Breve análise da obra:
- Alberti decide dar mais evidencia a parte central, aquela que tem o pé direito mais alto.
- Criou uma sobreposição de ordens de colunas intermediada por um elemento que separa estas duas ordens sem compromete-las individualmente; solução semelhante encontramos no Panteão.
- Outra novidade adotada por Alberti foram as volutas que arrematam as laterais deste 2º pavimento.
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LEON BATISTA ALBERTI 1404-1472
No I Livro (Lineamenta) tratou das partes constitutivas de um edifício qualquer; no II Livro (Matéria) analisou os materiais que o constituem; No III Livro (Opus) abordou os aspectos relevantes da solidez do edifício; IV Livro (Universorum opus) tratou das obras de modo geral; no V Livro (Singulorum Opus) tratou das obras particulares e especificas, analisando os tipos de edifícios; e do VI Livro ao IX Livro Alberti trabalhou sobre diferentes elementos que contribuem para a Beleza dos edifícios (Ornamentum, Sacrorum Ornamentum, Publici Profani Ornamentum e Privati Ornamentum).
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DONATO BRAMANTE 1502- 1508/1509
Tempietto, 1502 - uma doação do rei da Espanha, trata-se de uma rotunda circundada por colunas dóricas.
4.5 m
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Pequeno templo construído no local do martírio de S. Pedro.
Internamente temos um vão de 4,50 metros de diâmetro, isto é muito pequeno; foge dos padrões clássicos em termos de tamanho, mas não de elementos.
O Tempietto esta ali para ser visto não para ser utilizado.
DONATO BRAMANTE-1502
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Santa Maria della Pace – Bramante - 1500
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Claustro de Santa Maria della Pace (1500-1504)
DONATO BRAMANTE 1500
Bramante projetou o claustro de Santa Maria della Pace, criou uma alternância entre pilastras e colunas. Trata-se de uma inovação criada pelo estudioso dos tratados de Alberti
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Santa Maria della Pace – Bramante - 1500
DONATO BRAMANTE 1500
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Santa Maria presso San Satiro (1482)
DONATO BRAMANTE 1482
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DONATO BRAMANTE
Reconstituição do Pátio do Belvedere , Donato Bramante , 1505.
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DONATO BRAMANTE -1505
Pátio do Belvedere – projeto de Bramante para Julio II – 1505.
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DONATO BRAMANTE -1505
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DONATO BRAMANTE 1505
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Rafael Sanzio 1484-1520 (pintor)
Escola de Atenas - Salas Vaticanas – 1508
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Rafael Sanzio 1514 (arquiteto)
Com a morte de Bramante, Rafael assume a direção dos trabalhos da reforma de São Pedro.
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Rafael Sanzio arquiteto
1511-1516
Capela Chigi – Igreja de Santa Maria del Popolo - Roma
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Embrião de um tratado de Arquitetura apresentando a Roma Antiga
reconstruída – Projeto de Leão X para demonstrar à Europa a cidade
Caput Mundi
Rafael Sanzio c.1519 - Teórico da Arquitetura
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Rafael e Castiglione – Carta ao papa Leão X sobre as ruinas de Roma - c.1519
![Page 29: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/29.jpg)
Examinei os sítios antigos explorando-os por regiões, as quais Rafael de Urbino,
poucos dias antes de sua morte, seguindo minhas indicações, descrevera com o
pincel. Contudo, nenhum engenho seria suficiente para exaltar Roma antiga, nem
para representar seu aspecto tal qual foi.
(Andréa Fulvio,“Antiquaes Urbis cum Regionibus”, 1527)
Rafael e Castiglione – Carta ao Papa Leão X sobre as ruínas de Roma - c.1519
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Rafael e Castiglione – Carta ao papa Leão X sobre as ruinas de Roma - c.1519
Existem três versões do texto conhecido como Carta de Rafael a Leão X sobre as ruínas de
Roma:
• primeira foi editada em 1733, em Pádua nas Opere latine e volgari de Baldassar Castiglione, aos cuidados de Giovanni Antonio e Gaetano Volpi, sendo derivada de um manuscrito hoje perdido, naquela época em posse do erudito Scipione Maffei;
• segunda é documentada num manuscrito conservado em Munique na Bayerische Staatsbibliothek, publicado por Johann David Passavant em 1858.
• terceira versão manuscrita da carta, descoberta por Vittorio Cian em 1910 nos Arquivos do Conde Castiglione de Mantua, e publicada há pouco tempo por Francesco De Teodoro [2].
Se não temos indícios suficientes para estabelecer quando foi que o papa encarregou Rafael de por em desenho a Roma antiga, acreditamos que não deve ser muito longe daquele da carta de 1519 visto que na ocasião da sua morte (1520) ele havia levantado apenas a primeira das 14 regiões (Régia I) das quais havia dividido a cidade.
[2] Di Teodoro, 1994, pp. 115-127.
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ROMA DIVIDIDA EM 14 REGIÕES
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Rafael e Castiglione – Carta ao papa Leão X sobre as ruinas de Roma - c.1519
O Incêndio do Borgo – nas Stanze no Palácio Vaticano (1514)
![Page 33: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/33.jpg)
Comentários XIII:
31 – Rafael fala do sistema por ele utilizado para medir os edifícios. Através de sua obra
será possível estudar a arquitetura. Ele enfatiza todos os cuidados tomados para
execução do trabalho e diz não ter sido dirigido pelo acaso mas auxiliado por um
“método exato”. O artista menciona a bússola como um instrumento de
levantamento utilizado a partir dos modernos: “uma invenção dos modernos”. E
pela primeira vez menciona seu desejo em “ensinar” uma metodologia que se
tornaria um padrão para o exercício de tal função.
XIII. Tendo explicado suficientemente quais edifícios antigos de Roma são aqueles que
pretendemos representar, e também como é fácil distinguí-los dos outros, resta que eu
diga do sistema que utilizei para medi-los e desenhá-los, para que, quem quiser estudar a
Arquitetura, saiba realizar ambas operações sem erros e reconheça que na descrição
desta obra não fomos dirigidos pelo acaso e pela prática apenas, mas por um método
exato. Não vendo escrito até agora, nem ouvido que seja descrito por algum antigo o
sistema, que nós utilizamos, de medir pela bússola do imã, opino que seja uma invenção
dos modernos, portanto, acho por bem ensinar sua utilização a quem não a conhecer.(31)
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Comentários XIV:
32 - Rafael ensina a construir a Bússola, descreve como se deveria utilizá-lo para fazer os levantamentos, os registros das medidas, os ângulos, enfim, estabelece forma para a representação real dos edifícios.
XIV. Fazer-se-á então um instrumento circular e plano, como um astrolábio, cujo
diâmetro será de dois palmos, mais ou menos, como pareça melhor a quem o utilizar, e a
circunferência do mesmo instrumento dividir-se-á em oito partes iguais. A cada uma
destas partes dar-se-á o nome de um dos oito ventos, dividindo-as em trinta e duas outras
partes pequenas chamadas de graus. Assim, a partir do primeiro grau de tramontana
tirar-se-á uma linha reta passando pelo centro do instrumento até a circunferência, e esta,
ao oposto do primeiro grau de tramontana, fará o primeiro grau de austro. Igualmente, a
partir da circunferência tirar-se-á outra linha que, passando pelo centro, intersecará a
linha de austro e tramontana formando ao redor do centro quatro ângulos retos e, num
lado da circunferência, marcará o primeiro grau do levante, no outro o primeiro de
poente. Assim entre estas linhas que fazem os quatro ventos principais, restará o espaço
dos quatro outros colaterais, quer dizer: grego, líbecho, mestre e syroco. Estes serão
descritos com os mesmos graus e modos que dissemos dos outros.(32)
![Page 35: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/35.jpg)
Instrumentos utilizados nos levantamentos
Diagrama dos ventos – Fra Giocondo 1511
Agulha magnética – Lisboa 1733
Bússola de Marinha – Lisboa 1797
![Page 36: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/36.jpg)
Comentários XV:
33 - Ele descreve a bússola e estabelecendo os pontos cardeais,os ventos, os graus e as referências para que se trabalhe num sistema de coordenadas (norte e sul) de forma que auxiliassem o registro dos ângulos e as medidas. Trata-se do uso de um instrumento de navegação na construção civil.
XV. Isso feito, no centro no qual as linhas se intersecam, colocaremos um umbigo de
ferro, como um prego pequeno, muito reto e agudo; e sobre o mesmo colocaremos o imã
em balanço, como costuma se ver nos relógios de sol que todo dia vemos. Aí, fechar-se-
á este lugar do imã com um vidro, ou com um corno sutil e transparente, mas que não o
toque, para que não impeça seu movimento, nem que seja influenciado pelo vento.
Depois, pelo meio do instrumento, como diâmetro, mandar-se-á um indicador, que
mostrará sempre não apenas os ventos opostos, mas também os graus, como a armila
do astrolábio. Isso se chama de marco e será colocado de maneira que possa girar,
ficando parado o resto do instrumento. Com este, então mediremos qualquer tipo de
edifício, de qualquer forma, redondo, quadrado, ou com ângulos e desdobramentos
diferentes quanto seja possível dizer. (33)
![Page 37: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/37.jpg)
Usos dos instrumentos náuticos nos levantamentos das construções romanas antigas
imagens dos levantamentos de Francesco di Giorgio Martini nos
“Trattati di Architecttura Ingegneria e Arte Militarie” tavolo 25
![Page 38: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/38.jpg)
O uso do Astrolábio e do Quadrante
![Page 39: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/39.jpg)
Comentários XVII:
35- Rafael explica de que forma se desenha uma "planta de situação"ou seja, a locação do edifício partindo de uma linha mestra (a tramontana)...
Ele tenta estabelecer uma relação entre as medidas tomadas no edifício e as medidas registradas no papel “pés grandes” e “pés pequenos”(escalas real e gráfica 1:100; 1:50; etc).
XVII. Tomadas as medidas na maneira que foi dito e anotadas todas as medidas e os
traçados, quer dizer, tantas varas, ou palmos, tantos graus de tal vento, para desenhar
tudo bem é oportuno ter um papel da forma e da medida própria da bússola do imã e
dividido na mesma maneira, com os mesmos graus dos ventos. O utilizaremos da forma
que direi. Vamos pegar o papel sobre o qual deve-se desenhar o edifício medido e, antes
de tudo, tiraremos nele uma linha, que serva quase que como mestra, dirigida para
tramontana. Ai sobrepor-se-á o papel onde desenhamos a bússola e o colocamos de
modo que a linha de tramontana da bússola concorde com aquela tirada no papel no
qual se deve desenhar o edifício. Depois, observe-se o número de pés que foram
anotados na medição e os graus do vento para o qual está dirigida a parede, ou a rua,
que queremos desenhar. Assim acha-se o mesmo grau daquele vento na bússola
desenhada, mantendo-a parada com a linha de tramontana sobre a outra linha
desenhada no papel e tira-se a linha reta daquele grau que passa pelo centro da bússola
desenhada, e descreve-se no papel em que queremos desenhar. Depois, mede-se quantos
pés foram medidos pelo marco para aquele grau e tantos marcaremos, com a medida
dos nossos pés pequenos, sobre a linha daquele grau. Se, por exemplo, a medida numa
parede foi de 30 pés, 6 graus de levante, medem-se os 30 pés e se marcam. E assim por
diante de maneira que, com a prática, será cada vez mais fácil, e resultará quase um
desenho da planta e um memorial para desenhar todo o demais (35) .
![Page 40: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/40.jpg)
Usos dos instrumentos náuticos nos levantamentos das construções romanas antigas imagens dos levantamentos de Francesco di Giorgio Martini nos “Trattati di Architecttura Ingegneria e Arte Militarie” tavolo 28
![Page 41: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/41.jpg)
Comentários XVIII:
36 – Rafael fala das três tipos de representação: planta (orthographia); elevação “ parede de fora” (ichnographia); e a secção / perspectiva “parede de dentro” (scienographia) .
XVIII. Pois a maneira de desenhar que mais pertence ao arquiteto é diferente daquela do
pintor, direi qual maneira me parece a mais conveniente, para que possamos entender
(exatamente) todas as medidas e para que saibamos encontrar sem erros todos os
membros dos edifícios. O desenho dos edifícios que pertence ao arquiteto divide-se em
três partes. A primeira delas é a planta, quer dizer o desenho em plano, a segunda é o
desenho da parede externa, com seus ornamentos, a terceira é a parede interna, também
com seus ornamentos. A planta é aquela que ordena todo o espaço plano do lugar a ser
edificado, ou queremos dizer, o desenho da fundação de todo o edifício, quando ela já está
ao nível do terreno. Este espaço, embora possa ter desníveis, é preciso reduzir ao plano e
fazer que a linha do nível mais alto seja paralela ao plano das linhas do nível mais baixo
do edifício. E por isso é preciso relevar a linha reta da base do nível mais alto, e não a
curva da altura, de maneira que, sobre ele, caiam a prumo e perpendiculares todos os
muros do edifício. Chama-se este desenho, como foi dito, de planta, quase que, assim esta
planta ocupe o espaço da base do edifício todo, como a planta do pé ocupa aquele espaço
que é a base do corpo todo .(36)
![Page 42: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/42.jpg)
Planta – orthographia; corte - Ichonographia e elevação/perspectiva - scaenographia: (a esquerda – Giuliano da Sangallo ; a direita Francesco di Giorgio Martini)
![Page 43: 05_tratados de Arquitetura](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022051116/55cf9740550346d03390891e/html5/thumbnails/43.jpg)
Comentários XIX:
37 - Rafael descreve como fazer a elevação (vista externa) puxando as linhas a partir da planta baixa.
XIX. Desenhada a planta e ordenados os seus membros com suas larguras, redonda ou
quadrada, ou de qualquer forma que seja, medindo sempre tudo com a medida pequena,
deve-se tirar uma linha da largura da base do edifício todo e, a partir do meio desta linha,
tirar outra linha reta, fazendo em um canto e no outro dois ângulos retos. Esta seja a linha
do meio do edifício. A partir das duas extremidades da linha da largura, tiraremos duas
linhas paralelas, perpendiculares sobre a linha da base: e estas duas linhas sejam altas o
quanto deve ser o edifício (que deste modo farão a altura do edifício). Depois entre estas
duas linhas extremas, que fazem a altura, tome-se a medida das colunas, pilares, janelas e
outros ornamentos desenhados na metade frontal da planta de todo o edifício, e desde cada
ponto das extremidades das colunas, ou pilares e vãos, ou seja ornamentos de janelas,
fazer-se-á tudo, sempre tirando linhas paralelas àquelas duas extremas. Depois,
transversalmente, ponha-se a altura das bases, das colunas, dos capitéis, das arquitraves,
das janelas, frisos, cornijas e coisas semelhantes: isso tudo se fará com linhas paralelas à
linha do plano do edifício.(37)
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São 5 os projetos de Michelangelo para a Fachada de San Lorenzo em Florença 1515-1520.
MICHELANGELO BUONARROTTI 1457-1564
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Fachada de San Lorenzo - 1ª e 2ª opção, baseada na ideia de Giuliano da Sangallo
MICHELANGELO 1515-1520
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Fachada de San Lorenzo - 3ª e 4ª opção, estudos de Michelangelo.
MICHELANGELO 1515-1520
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Fachada de San Lorenzo - 5ª e 6ª opção, ultimo estudo de Michelangelo.
MICHELANGELO 1515-1520
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As janelas do Palazzo Medici (1517)
MICHELANGELO
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MICHELANGELO 1523-1539
Biblioteca Medicea Laurenziana é uma famosa biblioteca de Florença.
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MICHELANGELO - 1523-1539
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MICHELANGELO BUONARROTTI 1457-1564
Biblioteca Laurenziana 1523-1539
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MICHELANGELO - 1536
Projeto de Pienza- Rosselino (1459) Projeto do Capitólio – Michelangelo (1538)
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MICHELANGELO - 1536
Piazza del Campidoglio (1538-1546)
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E IMAGENS:
FAZIO, Michael; MOFFETT, Marian; WODEHOUSE, Lawrence, “História da Arquitetura Mundial”, Bookman, 2011,pp 305-356.
http://architetturaquattrocentocinquecento.blogspot.com.br/2012/02/leon-battista-alberti.html
http://www.tuttafirenze.it/michelangelo-alzati-e-cammina/
http://www.palazzopiccolominipienza.it/