042 - Construção Civil IV NORMA DE DESEMPENHO · Iluminação natural: atender requisitos...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL IV
Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 1
Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos
TC 042 - Construção Civil IV
NORMA DE DESEMPENHO Prof.ª: MSc.: Heloisa Fuganti Campos
SETOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
2018
Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos
NORMA DE DESEMPENHO
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3
INTRODUÇÃO
Em função dos crescentes problemas de
degradação precoce observados nas
estruturas, das novas necessidades
competitivas e das exigências de
sustentabilidade no setor da Construção Civil,
observa-se, nas últimas duas décadas, uma
tendência mundial no sentido de privilegiar os
aspectos de projeto voltados à durabilidade e à
extensão da vida
útil das estruturas.
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• Normas técnicas:
Uniformizam e consolidam o
conhecimento
Prescrevem boas técnicas
Estabelecem um padrão de
qualidade
São benéficas para a sociedade
INTRODUÇÃO
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• Direito:
LEI 8.078/90 (código de defesa do consumidor):
“Art. 39: É vedado ao fornecedor de produtos e serviços colocar, no
mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas
específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO.”
PARA O DIREITO O ATENDIMENTO
ÀS NORMAS TÉCNICAS É UMA
PRESUNÇÃO DE REGULARIDADE!
INTRODUÇÃO
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• Direito:
“Art. 615. Concluída a obra de acordo com o contrato, o dono é
obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se
afastou das instruções recebidas e dos planos dados, (projetos) ou
das regras técnicas em trabalhos de tal natureza (normas
técnicas).”
“Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente,
(“regras técnicas”) pode quem encomendou a obra, em vez de
enjeitá-la, recebê-la com abatimento do preço.”
INTRODUÇÃO
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• Direito:
Consequências:
Rejeição do produto
Abatimento do preço/indenização/dano moral
Obrigação de fazer troca/reparos
Multa (Procons) – cobrança executiva
Reflexos na esfera criminal (Normas de segurança)
INTRODUÇÃO
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• A norma foi aprovada no dia 12/05/2008, entrou em vigor,
no período de testes em 12/05/2010, e deveria ter
começado a vigorar oficialmente em 12 de novembro de
2010, contudo foi prorrogada Polêmica que causou
no setor da construção civil
• 19/07/2013: a última versão foi publicada
A norma, consolida entre projetistas, fabricantes,
incorporadores/construtores e moradores a ‘co-
responsabilidade’ pelo desempenho e vida útil de uma
edificação
INTRODUÇÃO
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• Final da Década de 1970: IPT e a Escola Politécnica da USP
fazem os primeiros trabalhos sobre o conceito de desempenho
• Início do ano 2000: Caixa Econômica Federal contrata o IPT para
a elaboração da Norma de Desempenho
• 2008: 12/maio Publicação e entrou em vigor
• 2011: 20/dezembro Consulta Nacional para prorrogação da
revisão até março/2012
• 2012: 18/janeiro Resultado da Consulta Nacional favorável a
prorrogação
• 2013: Norma de desempenho passa a ser exigida
INTRODUÇÃO
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• Aplica-se a edificações habitacionais com qualquer número de
pavimentos, geminadas ou isoladas, construídas com qualquer
tipo de tecnologia
• Edificações de até cinco pavimentos Ressalvas indicadas na
norma
• Não se aplica: obras já concluídas e construções pré-existentes,
obras em andamento na data da entrada em vigor da norma,
projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da
entrada em vigor, obras reformadas e edificações provisórias
• Sistemas elétricos: não são abordados (ABNT NBR 5410 -
Instalações elétricas de baixa tensão)
APLICAÇÃO
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ASPECTOS GERAIS
• Refere-se a sistemas que compõem edificações
habitacionais, independentemente dos seus materiais
constituintes e do sistema construtivo utilizado
• Foco: exigências dos usuários para o edifício habitacional e
seus sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e
não na prescrição de como os sistemas são
construídos
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REQUISITOS DE DESEMPENHO CONTEMPLADOS NA
NORMA
• Desempenho Estrutural
• Segurança contra incêndio
• Segurança no uso e operação
• Estanqueidade
• Desempenho térmico
• Desempenho acústico
• Desempenho lumínico
• Durabilidade e manutenibilidade
• Conforto tátil e antropodinâmico
• Adequação ambiental
O objetivo é traduzir, em
requisitos técnicos, as
necessidades dos
usuários de imóveis ao
longo de uma vida útil
Menos
subjetividade
ASPECTOS GERAIS
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ESTRUTURA CLÁSSICA
Edifício e suas partes
Requisitos
Critérios
Métodos de avaliação
QUALITATIVOS:
Segurança contra incêndio:
- evitar, sobreviver em caso
de, evitar danos
QUANTITATIVOS:
Exemplo - Proteção
contra descargas
atmosféricas, existência
de rotas de fuga, etc.
Análises de projeto (em
outros casos, ensaios
laboratoriais, em
protótipos, in loco,
simulação em
computador, etc.)
Condições
de Exposição Necessidades
dos usuários
ASPECTOS GERAIS
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• Principais diferenças desta norma em relação às outras já
vigentes:
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Cobra resultados e não a forma de obtê-los (prescrições)
Estabelece uma vida útil mínima obrigatória para cada sistema
contemplado
Define o papel de cada agente para a obtenção do
desempenho ao longo do tempo: incorporadores, construtores,
projetistas, fabricantes de materiais etc.
Permite a mensuração objetiva de todos os requisitos através
de métodos de avaliação claros - INSTRUMENTOS PARA
DEMANDAS JUDICIAIS
ASPECTOS GERAIS
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• A manutenção como um dos itens mais importantes da
norma, técnica e juridicamente:
Reflexos na qualidade: se a manutenção não for feita, a
vida útil pode não ser atingida
A apuração se se trata de falha, ou não, passa pela
verificação se foi feita a manutenção (perícias)
Obrigação de realizar: a manutenção é responsabilidade
dos usuários, assim definida na Norma
O ônus da prova da manutenção é dos próprios usuários
ASPECTOS GERAIS
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• Cabe ao construtor especificar as atividades de
manutenção, por meio dos manuais
O usuário deve providenciar e manter atualizados os
documentos e registros da edificação e fornecer documentos
que comprovem a realização dos serviços de manutenção,
como contratos, notas fiscais, garantias, certificados, etc..
ASPECTOS GERAIS
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• Incumbências dos intervenientes
Fornecedor: caracterizar o desempenho de acordo com a
norma produtos sem normas brasileiras especificas devem
fornecer resultados comprobatórios
Projetista: estabelecem a vida útil projetada de cada sistema
Construtor e incorporador: identificação dos riscos
previsíveis na época do projeto, devendo providenciar os
estudos técnicos requeridos e alimentar os diferentes
projetistas com as informações necessárias elaborar o
manual de operação uso e manutenção, ou documento
similar
Usuário: realizar a manutenção
ASPECTOS GERAIS
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• A ABNT NBR 15575 contem as seguintes partes:
Parte 1: Requisitos gerais
Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações
verticais internas e externas
Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas
Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários
ASPECTOS GERAIS
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NORMA DE DESEMPENHO
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
• Descreve os requisitos dos usuários de uma maneira
geral, envolvendo toda a edificação, com relação ao
comportamento em uso e não a prescrição de como os
sistemas deverão ser construídos
• Avaliação do desempenho: investigação sistemática
baseada em métodos consistentes, capazes de produzir
uma interpretação objetiva sobre o comportamento
esperado do sistema nas condições de uso definidas
inspeções, ensaios, normas, projetos...
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
• Definições:
Vida útil – VU
Vida útil de projeto – VUP
• É apresentada uma lista de requisitos do usuário, a fim de
servir como premissas para a elaboração de um projeto
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• Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas
se prestam às atividades para as quais foram projetados e
construídos considerando a periodicidade e correta
execução dos processos de manutenção especificados no
respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção
VIDA ÚTIL - VU
NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
VIDA ÚTIL - VU
• Econômico - Visão de longo prazo é essencial: Custo global
construção + uso e operação
< Custo construção - nunca é o menor custo global
> Custo de construção - pode não ser o menor custo global
Vida útil definida no nível do projeto tende a diminuir o custo
global, sem regra definida o construtor tende a construir
pelo menor custo de construção
• Ambiental
• Humano - Bom para o consumidor, protege os usuários de
baixa renda
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
VIDA ÚTIL - VU
Vida útil é
essencial para
a abordagem
de
desempenho
Vida útil é
essencial para a
Sustentabilidade
– Análise de Ciclo
de Vida
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• Período estimado de tempo para o qual um sistema é
projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho
estabelecidos na norma, considerando o atendimento aos
requisitos das normas aplicáveis, o estágio do
conhecimento no momento do projeto e supondo o
cumprimento da periodicidade e correta execução dos
processos de manutenção especificados no respectivo
Manual de Uso, Operação e Manutenção
VIDA ÚTIL DE PROJETO - VUP
NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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• Segurança estrutural:
Manual proprietário deve informar as sobrecargas limitantes
Desempenho estrutural deve ser verificado pelas normas brasileiras
de projetos estruturais específicas em relação ao ELU e ELS
• Segurança contra fogo:
Proteger a vida dos ocupantes e áreas de risco
Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio
Dar condições de acesso para o Corpo de Bombeiros
• Segurança no uso e na operação:
Segurança na utilização e das instalações
SEGURANÇA
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• Estanqueidade a fontes de umidade interna e externa a
edificação;
• Desempenho térmico - Procedimento normativo
• Desempenho acústico - Medições in loco
• Desempenho lumínico:
Iluminação natural: atender requisitos mínimos (correta posição)
Iluminação artificial: a norma especifica os valores mínimos,
retirados da ABNT NBR 5413
• Saúde, higiene e qualidade do ar - as exigências relativas à
saúde devem atender a legislação vigente
HABITALIDADE
NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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• Conforto tátil e antropodinâmico (movimentos requeridos pelas
diversas atividades humanas):
Não prejudicar as atividades normais dos usuários, dos
edifícios habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar,
brincar e semelhantes
Não apresentar rugosidades, depressões ou outras
irregularidades nos elementos, componentes, equipamentos e
quaisquer acessórios ou partes da edificação
HABITALIDADE
NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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• Durabilidade:
A durabilidade do edifício e de seus sistemas é uma exigência
econômica do usuário associada ao custo global do bem
imóvel
A durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de
cumprir as funções que lhe forem atribuídas degradação
que o conduz a um estado insatisfatório de desempenho, ou
obsolescência funcional
Avaliação: normas específicas
SUSTENTABILIDADE
NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
SISTEMA VUP MÍNIMA (EM ANOS)
Estrutura ≥40
Pisos Internos ≥13
Vedação vertical externa ≥40
Vedação vertical interna ≥20
Cobertura ≥20
Hidrossanitário ≥20
*Considerando periodicidade e processos de manutenção especificados no
respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à norma NBR 5674.
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• Manutenibilidade Manter a capacidade do edifício e de
seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeções prediais
• Impacto Ambiental Técnicas de avaliação do impacto
ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da
construção ainda são objeto de pesquisa
• De forma geral, os empreendimentos e sua infraestrutura
devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a
minimizar as alterações no ambiente
SUSTENTABILIDADE
NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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• Nível de desempenho:
Para todos os itens citados, será necessário o
cumprimento de um desempenho mínimo (M)
O cumprimento dos níveis intermediário (I) e
superior (S) fica à escolha do construtor ou
incorporador
Para a vida útil e vida útil de projeto a norma define
somente os níveis mínimo (M) e superior (S)
NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais
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• Esta parte da norma trata do estabelecimento de
critérios e verificações relacionados aos estados
limites últimos e de serviço, de modo que não
haja comprometimento da estrutura e tão pouco de
seus sistemas estruturais, como mau
funcionamento de portas e janelas, por exemplo
NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
• Exemplos: alguns requisitos e como atendê-los -
Segurança estrutural:
Não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes
Prover segurança aos usuários sob ação de impactos, choques
etc.
Não provocar sensação de insegurança
Não repercutir em estados inaceitáveis de fissuração de
vedação e acabamentos
Não prejudicar a manobra normal de partes móveis, como
portas e janelas
Interagir com o solo e com o entorno do edifício com segurança
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
Seguir normas existentes para as estruturas – Ex.: NBR 6118
já tem implícito uma vida útil de 50 anos
Atender aos Euro Codes, na inexistência de normas
brasileiras
Demonstrar a estabilidade estrutural através de cálculos,
modelos e ensaios - Ex: impacto de corpo duro e mole
Sistemas Estruturais inovadores: investir em ensaios que
comprovem o seu desempenho ao longo da vida útil de
projeto – SINAT (Sistema Nacional de Aprovações Técnicas)
• Exemplos: alguns requisitos e como atendê-los -
Segurança estrutural:
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
• Exemplos:
NB
R 1
55
75
:20
13
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40
NB
R 1
55
75
:20
13
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
• Exemplos:
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42
NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
• Desempenho do sistema de pisos, considerando os
elementos e componentes, tanto para áreas de uso privativo
quanto para áreas de uso comum em áreas externas e
internas da edificação
NB
R 1
55
75
:20
13
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
• O sistema de piso não pode apresentar ruína e nem falhas,
de modo a colocar em risco a integridade física do usuário
• Coeficiente de atrito da camada de acabamento: tornar
segura a circulação dos usuários, evitando
escorregamentos e quedas
• Estanqueidade: o adequado controle da umidade em uma
edificação habitacional ou sistema é a chave para o
controle de muitas manifestações patológicas
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
• Cargas verticais concentradas:
Resistir a cargas verticais concentradas previsíveis nas
condições normais de serviço, sem apresentar ruína ou danos
localizados nem deslocamentos excessivos
Os sistemas de pisos não devem apresentar ruptura ou
qualquer outro dano quando submetido a cargas verticais
concentradas de 1 kN aplicadas no ponto mais
desfavorável e não apresentar deslocamentos superiores a
L/500, se constituídos ou revestidos de material rígido, ou
L/300, se constituídos ou revestidos de material dúctil
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45
NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
• Desempenho acústico: uma
das principais fontes de
reclamação dos usuários de
imóveis
NBR 15575 - estabelece
um nível mínimo de
desempenho acústico
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
L’nTw – indicador normalizado padrão ISO para desempenho acústico ao ruído
de impacto quanto mais alto esse índice, pior o desempenho
• Exemplos:
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
• Exemplos:
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais
internas e externas – SVVIE
• Os sistemas de vedações que tiverem também função
estrutural deve atender aos critérios estabelecidos na
ABNT NBR 15575-2 e critérios especificados nesta parte
• Deve ser mencionada em projeto a função estrutural ou
não da vedação, assim como a indicação da norma
utilizada para o dimensionamento, caso se enquadre no
primeiro caso
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais
internas e externas – SVVIE
• Desempenho estrutural nos sistemas de vedações verticais
internas e externas:
Estabilidade e resistência estrutural
Deslocamentos, fissuração e ocorrência de falhas
Limitar os deslocamentos, fissurações e falhas
Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas
Requisito – Impacto de corpo mole e duro
Ações transmitidas por portas
Cargas de ocupação incidentes em guarda-corpos e
parapeitos de janelas
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais
internas e externas – SVVIE
• Segurança contra incêndio: dificultar a propagação,
preservar estabilidade da estrutura
• Estanqueidade: quanto à infiltração de água e a umidade
• Desempenho térmico: adequação de paredes externas e
aberturas para ventilação
• Desempenho acústico, térmico e lumínico
• Durabilidade e manutenibilidade
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51
NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais
internas e externas – SVVIE
• Exemplos:
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais
internas e externas – SVVIE
• Exemplos: Transmitância térmica Capacidade de transmitir calor
Transmitância Térmica U W/m2.K
Zonas 1 e 2 Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8
U ≤ 2,5 α a ≤ 0,6 α a > 0,6
U ≤ 3,7 U ≤ 2,5
a α é absortância à radiação solar da
superfície externa da parede.
Transmitância térmica de paredes externas
U = 1/ RT (W/m².K) R = e / λ (W/m².K) Onde:
e: espessura da camada
λ: condutividade térmica do material da camada
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura
• Os sistemas de coberturas (SC) exercem funções
importantes nas edificações habitacionais, desde a
contribuição para preservação da saúde dos usuários até
a própria proteção do corpo da construção, interferindo
diretamente na durabilidade dos demais elementos
• Impedem a infiltração de umidade oriunda das intempéries
para os ambientes habitáveis e previnem a proliferação de
microrganismos patogênicos e de diversificados processos
de degradação dos materiais de construção
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura
• Parte do edificação habitacional mais exposto à radiação
direta do sol Influência na carga térmica transmitida aos
ambientes Conforto térmico e consumo de energia
• As ações atuantes, particularmente vento, intensidade de
chuvas e insolação, são as que exercem a maior
influência e são determinantes nos projetos de (SC)
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura
• Resistência e deformabilidade: nível satisfatório de segurança
contra a ruína e não apresentar deformações que prejudiquem a
funcionalidade
• Solicitações de montagem ou manutenção: suportar cargas
transmitidas por pessoas e objetos nas fases de montagem ou
de manutenção
AÇÃO DE CARGA VERTICAL CONCENTRADA DE 1 KN APLICADA
NA SEÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL, SEM QUE OCORRAM FALHAS
OU QUE SEJAM SUPERADOS OS LIMITES DE DESLOCAMENTO!
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura
• Resistência aos impactos de corpos mole e duro
• Solicitações em forros: possibilitar a fixação de luminárias e
outras cargas de ocupação
• Ação do granizo e outras cargas acidentais em telhados: não
sofrer avarias sob a ação de granizo e de outras cargas
• Avaliação da reação ao fogo da face externa do sistema
• Segurança no uso e na operação: não apresentar partes soltas
ou destacáveis sob ação do peso próprio e sobrecarga de uso
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura
• Estanqueidade: ser estanques à água de chuva, evitar a
formação de umidade e evitar a proliferação de insetos e
microorganismos
• Desempenho térmico: apresentar transmitância térmica e
absortância à radiação solar que proporcionem um desempenho
térmico apropriado para cada zona bioclimática
• Desempenho acústico: são considerados o isolamento de sons
aéreos do conjunto fachada/cobertura de edificações e o nível de
ruído de impacto no piso
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura
• Exemplo:
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59
NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários
• As instalações hidrossanitárias são responsáveis diretas pelas
condições de saúde e higiene requeridas para a habitação, além
de apoiarem todas as funções humanas nela desenvolvidas
• As instalações devem ser incorporadas à construção, de forma a
garantir a segurança dos usuários, sem riscos de queimaduras
(instalações de água quente), ou outros acidentes
• Devem ainda harmonizar-se com a deformabilidade das
estruturas, interações com o solo e características físico-
químicas dos demais materiais de construção
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários
• Resistência mecânica: resistir às solicitações mecânicas durante
o uso
• Solicitações dinâmicas dos sistemas hidrossanitários: não
provocar golpes e vibrações que impliquem risco à sua
estabilidade estrutural
• Segurança contra incêndio: capacidade do material de não
propagar as chamas, necessidade de reserva técnica de
incêndio e disposição de extintores
• Estanqueidade: todos os sistemas, águas fria e quente, captação
de águas pluviais e esgotamento sanitário, sejam estanques
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários
• Saúde, higiene e qualidade do ar:
1. Contaminação da água a partir dos componentes das instalações
2. Contaminação biológica da água na instalação de água potável
3. Contaminação da água potável do sistema predial
4. Contaminação por refluxo da água
5. Ausência de odores provenientes da instalação de esgoto
6. Contaminação do ar ambiente pelos equipamentos
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NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários
• Adequação ambiental:
1. Uso racional da água: reduzir a demanda de água da rede
pública de abastecimento e o volume de esgoto conduzido para
tratamento
2. Contaminação do solo e do lençol freático: o objetivo deste
requisito é não contaminar o solo ou lençol freático, exigindo que os
sistemas da edificação estejam ligados à rede pública de esgoto ou
a um sistema localizado de tratamento
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63
NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários
• Exemplos:
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64
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR
15575 – Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1 a 6, Rio de
Janeiro, 2013.
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Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos