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  • MATERIAIS DE CONSTRUAO

    PEDRAS NATURAIS

    Eng. GEREMIAS FREIRE GONALVES

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  • As pedras naturais e a madeira so os materiais mais antigos utilizados pelohomem na construo, uma vez que podem ser aplicados praticamente semalterao do seu estado natural. de referir que desde as primeirasconstrues megalticas (300 anos A.C) at as construes actuais a pedra omaterial mais usado e o de maior durao

    PEDRAS NATURAIS (aplicaes)

    1.Aplicaes1.1 Funes estruturais

    1.2 Funes ornamentais

  • PEDRAS NATURAIS (aplicaes)

    1.1 FUNES ESTRUTURAIS

    Inertes para o fabrico de argamassas e betoElementos granulares para a construo de pavimentos trreos (caladaromana, calada Portuguesa, bases de pavimentos asflticos ou pavimentosromana, calada Portuguesa, bases de pavimentos asflticos ou pavimentoscom argamassas hidrulicas)

    Enroscamento para obras fluviaisCortinas drenantes em murros de suporteMurros de gabionsElementos granulares em caminhos de ferroparedes estruturaismurros de suporte de terras

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  • 1.2 FUNES ORNAMENTAIS

    -Revestimentos de paredes e pavimentos-Esculturas

    2.1 Quanto origem geolgica

    PEDRAS NATURAIS (aplicaes)

    2.CLASSIFICAO

    2.1 Quanto origem geolgica

    2.2 Quanto ao comportamento aos cidos

    2.3 Quanto sua constituio

    2.4 Classificao combinada

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  • PEDRAS NATURAIS (classificao)

    2.1 Classificao quanto origem geolgica

    GNEAS OU ERUPTIVASPlutnicas (consolidao em profundidade) - granitos, sienitosVulcnicas (consolidao em superfcie) basalto

    SEDIMENTARES (consolidao das matrias transportadas e depositadas poragentes erosivos) . So rochas anisotrpicas devido s propriedades diferentesagentes erosivos) . So rochas anisotrpicas devido s propriedades diferentesnos dois planos paralelos ou perpendiculares ao eixo do estrato.Sedimentares detrticos ARENITOSSedimentares qumicas CALCARIOS E O GRESSedimentares orgnicas TURFA

    METAMRFICAS ( formadas por alterao gradual ao longo dos tempos daestrutura das rochas gneas ou sedimentares por agentes metamrficos elevadas presses, elevadas temperaturas e gases

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  • XISTOS metaforizao das argilasMRMORES metaforizao dos calcriosGNEISSES metaforizao dos granitosQUARTZITOS metaforizao do arenito

    PEDRAS NATURAIS (classificao)

    2.2 Classificao quanto ao comportamento aos cidos

    Pedras atacadas pelo cidoPedras no atacados pelo cido clordrico

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  • 2.3 Classificao quanto sua constituio

    PEDRAS SILICIOSAS slica (SiO2) mais resistente e duradouro de todosPEDRAS CALCRIAS propriedades consequentes do carbonato de clcio(CaCO3) boa resistncia mecnica e mdia durabilidade

    PEDRAS ARGILOSAS argila (silicatos hidratados de alumnio SiO2 e Al2O3 menor resistncia e durabilidade

    PEDRAS NATURAIS (classificao)

    menor resistncia e durabilidade

    2.4 Classificao combinada

    Pedras siliciosas eruptivas, siliciosas sedimentares e siliciosas metamrficasPedras calcarias sedimentares e calcarias metamrficasPedras argilosas

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  • PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    3. PROPRIEDADES FISICAS DAS PEDRAS

    3.1 Fractura 3.2 Homogeneidade3.3 Estrutura (gro)3.4 Dureza3.4 Dureza3.5 Aderncia s argamassas3.6 Porosidade ou ndice de vazios3.7 Baridade ou densidade aparente3.8 Permeabilidade3.9 Higroscopecidade3.10 Condutibilidade trmica

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  • 3.1 Fractura

    uma propriedade que nos indica a facilidade com que uma pedra pode ser trabalhada, ficando com a ideia se possvel cort-la com as dimenses desejadas, se poder ter boa aderncia s argamassa se ser fcil ou difcil a extraco, o corte e o polimento.

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Tipos de fractura

    Plana - pedra fcil de cortar em blocosConcoidal pedra difcil de cortarLisa pedra fcil de polirspera pedra com boa aderncia s argamassasEscamosa pedra difcil de cortar e fcil de lascarAngulosa pedra com superfcie mais ou menos resistente

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  • 3.2 Homogeneidade

    Se uma pedra for homognea, podemos contar com as mesmas propriedadesem amostras diversas. Pode verificar-se por percusso com um martelo: apedra homognea (sem defeitos) d um som claro. Ao choque com ummartelo, a rocha homognea parte-se em pedaos e no se esboroa.

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    3.3 Estrutura

    a propriedade relacionada com o aspecto granular da pedra. Por exemplo osgranitos de gro fino so mais fceis de trabalhar e aderem melhor sargamassa

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  • 3.4 Dureza

    Embora exista na mineralogia a referncia da escala de Mohs (Talco, Gesso,Calcite, Fluorite, Apatite, Ortoclasse, Quartzo, Topzio, Corndio e Diamante),praticamente avalia-se a dureza de uma pedra pela maior ou menor facilidadede se deixar serrar.

    Assim temos:

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Assim temos:PEDRAS BRANDAS facilmente serradasPEDRAS SEMIDURAS facilmente serradas com disco (calcrios)PEDRAS DURAS s serradas com discos (mrmores)PEDRAS DURSSIMA s serradas com disco de diamante (granitos)

    Existe um ensaio que consiste em, com determinada fora pr-fixada, fazer umgolpe com uma lmina e medindo depois a sua penetrao. Obtm-se valorescomparativos que nos permitem concluir mesmo quanto resistncia compresso

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  • 3.5 Aderncia s argamassas

    A aderncia no depende s da pedra, mas tambm da natureza do ligante.Uma pedra pode ter boa aderncia para um tipo de ligante (por exemploligantes hidrulicos) e no ter para outras (por exemplo liganteshidrocarbonatadas)

    Ligantes hidrulicas (cimentos e cal hidrulica) ligantes em que o

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Ligantes hidrulicas (cimentos e cal hidrulica) ligantes em que oendurecimento se d em presena de gua, como nos betes e nasargamassa usadas nas alvenarias.

    Ligantes hidrocarbonatadas (asfalto e betume) - ligantes em que a aderncia feita a quente e em que a prpria pedra deve ser aquecida, se possivel

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  • 3.6 Porosidade ou ndice de vazios

    Uma pedra muito porosa pouco resistente compresso, permevel e gelivel (fractura em consequncia da congelao da gua absorvida) Quantomaior for a porosidade de uma pedra menor ser, portanto a sua durabilidade.

    3.6.1 Definies

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    3.6.1 Definiesvolume total ou volume aparente V- volume de gua deslocada pela pedra

    supostamente coberta por uma membrana impermevel infinitamente finita(V=abc se a amostra for paralelepipdica e a b c forem suas arestas)- incluindoportanto o volume total de vazios.

    Volume de vazios acessveis (poros abertos) ha volume de vazios que estoem contacto com o ar exterior atmosfera corresponde ao volume mximode embebio, isto o volume dos vazios que podem ser preenchidos por guade absoro

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  • Absoro penetrao e reteno da gua no interior da amostra da pedra

    Adsoro reteno da agua superfcie da amostra da pedra

    Volume de vazios no acessveis (poros fechados) hi volume dos vazios queno esto em contacto com o ar exterior atmosfera

    Volume total de vazios V =h -h

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Volume total de vazios VV=ha-hiVolume real Vr=V-ha-hi=V-Vv

    Porosidade relativa, porosidade aberta, porosidade aparente ou coeficiente

    de absoro de agua a a relao entre o volume mximo de embebio(volume de vazios acessveis) e o volume total da pedra :

    a=ha/V

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  • Porosidade absoluta ou ndice de vazios e volume total de vazios por unidade de volume.

    e=Vv/V

    Peso especifico (densidade) =P/Vr

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Peso especifico aparente (baridade) a=P/(Vr-Vv)

    Compacidade a relao entre o volume real da pedra e o seu volume total C=Vr/V

    a/ =(P/V)/(P/Vr)=Vr/V=Vr/(Vr-Vv)=C

    1-(a/ )=Vv/(Vr+Vv)=Vv/V=e e=1- a/

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  • Ensaio para a determinao da porosidade absoluta ou ndice de vazios

    a- determina-se o volume total ou aparente da pedra V=Vr+VV medindo o volumeda gua deslocada quando nela mergulhadab- esmaga-se a pedra e depois mede-se o seu volume real Vr, medindo o volumede gua deslocada quando nela se mergulha a pedra reduzida a p.c- calcula-se VV=V-Vr, e depois a porosidade absoluta e=VV/V

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Ensaio para a determinao da porosidade relativa ou coeficiente de absorode agua

    a- pesa-se a pedra depois de seca em estufa durante 24 horas a cerca de 105 C -peso P1b- mergulha-se a pedra em gua durante 48 horas, retira-se e seca-seligeiramente, a sua superfcie com um pano seco, pesando-se em seguida a pedrasaturada com a superfcie seca (com agua absorvida mas sem agua adsorvida peso P2

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  • c-calcula-se o peso de agua absorvida pela pedra: P=P2-P1, que considerando 1 adensidade da gua ser, em gramas, numericamente igual ao seu volume em cm3.O volume de gua absorvida assim determinado corresponde ao volume mximode embebio, isto ao volume de vazios acessveis ha.d-conhecendo o volume total da pedra V, a porosidade relativa ou ndice de vaziosser:

    a= h/V

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    3.7 Baridade ou densidade aparente

    Baridade ou densidade aparente o quociente entre o peso da pedra e o seuvolume total:B=P/VQuanto maior for a baridade B maior ser a resistncia compresso da pedra.Para a determinao da baridade das pedras que constituem inertes para betes eargamassas usa-se o ensaio descrito na NP581-1969 INERTES PARA ARGAMASSAS E BETES.

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  • 3.8 Permeabilidade

    a propriedade que os corpos tm de se deixar atravessar fluidos. Nas pedras oque nos interessa analisar a passagem da gua atravs delas, definindo-sepermeabilidade como a quantidade de agua que, a uma dada presso, atravessaa pedra em uma hora.Geralmente uma pedra porosa permevel, mas s h permeabilidade se a

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Geralmente uma pedra porosa permevel, mas s h permeabilidade se aporosidade for aberta, isto se os vazios forem acessveis e comunicarem entresi de uma face outra da pedra. Se a porosidade for fechada, isto se os porosforem no acessveis, a gua no poder penetrar neles e portanto no poderatravessar a pedra. Note-se ainda que uma pedra pode ser inteiramentecompacta (C=1 e e=0) e ser permevel: basta para isso que tenha fissurasprovocadas por fracturas a agua atravessa a pedra atravs dessas fissuras.

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  • 3.9 Higroscopicidade

    As pedras dizem-se higroscpicos porque absorvem gua por capilaridadeNas paredes de alvenaria de pedra dos edifcios antigos, a gua dos solos emcontacto com as pedras a partir das fundaes sobe por capilaridade. Depoisao dar-se a evaporizao dessa gua, ficam retidos superfcie os saisdissolvidos nela, formando as conhecidas manchas de salitre.Tambm nas pedras porosas (porosidade aberta), essa gua absorvida pode

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    Tambm nas pedras porosas (porosidade aberta), essa gua absorvida podeprovocar a rotura por gelividade.

    H processos de conservao das pedras mediante pintura com fluor-silicatosde potssio e alumnio e maneiras de evitar a higroscopicidade nas pedras,por hidrofugao, isto , usando um revestimento hidrofugo que pode ser, porexemplo o asfalto.

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  • 3.10 Condutibilidade trmica

    Coeficiente de condutibilidade trmica a quantidade de calor que passaatravs de uma superfcie com uma unidade de rea, na unidade de tempo,quando o gradiante trmico entre as duas faces de 1C, e sendo 1 cm aespessura da parede.O conhecimento deste coeficiente tem muito interesse no estudo do

    PEDRAS NATURAIS (propriedades fsicas)

    O conhecimento deste coeficiente tem muito interesse no estudo docomportamento trmico do edifcio e no que respeita a isolamento trmicos ,por exemplo, em cmaras frigorificas.

    O coeficiente de condutibilidade trmica tanto mais baixo quanto menor for asua densidade.

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  • PEDRAS NATURAIS (propriedades mecnicas)

    4 PROPRIEDADES MECANICAS DAS PEDRAS

    As pedras quando utilizadas na construo com fins estruturais, devem trabalharsempre compresso. Trata-se de materiais frgeis, que tm um comportamentoelasto-plstico at rotura, praticamente sem deformao. Temos de considerarnula a sua resistncia traco e ao corte.

    4.1 Resistncia compresso simples4.2 Resistncia simples aps teste de gelividade4.3 Resistncia ao punoamento4.4 Resistncia ao desgaste4.5 Resistncia ao choque

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  • 4.1 Resistncia compresso simples

    O ensaio de compresso o ensaio mais importante a considerar para as pedras. Anorma NP-1040 fixa o modo de determinar a tenso de rotura por compresso depedras naturais utilizada correntemente em construo quer como constituintesdas alvenarias, quer aps britagem, como componentes de betes ou comomateriais para pavimentao rodoviria.

    PEDRAS NATURAIS (propriedades mecnicas)

    De acordo com esta norma, os provetes devem ter forma cbica ou cilndrica comaltura igual ao dimetro, no devendo ser inferior a 50mm a aresta dos cubos ou odimetro dos cilindros.

    Os provetes devem ser cortados de amostras de rocha representativos da suaqualidade mdia e de extraco recente sem evidenciar quaisquer sinais defractura.

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  • O ensaio consiste apenas nadeterminao da tenso de rotura dapedra.A forma de rotura varia com a durezada pedra e com a forma do provete.

    Rochas duras e compactas rompemdividindo-se em prismas rectos de

    PEDRAS NATURAIS (propriedades mecnicas)

    dividindo-se em prismas rectos deseco irregular

    Nas rochas brandas (beto) a roturad-se segundo duas pirmides,devido ao efeito de cintagemprovocado pelo atrito dos pratos damaquina de compresso

    Fig. 1 - Ensaio de compresso simples

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  • 4.2 Resistncia simples aps teste de gelividade

    Quanto mais saturada de humidade est a pedra menor a resistncia compresso . Para caracterizar o grau de gelividade de uma pedra usa-se aseguinte relao:

    K=Rseca/Rhumida

    Em que Rseca a resistncia compresso simples da pedra seca e Rhumida aresistncia compresso simples depois de mergulhada em gua a 20C durante

    PEDRAS NATURAIS (propriedades mecnicas)

    resistncia compresso simples depois de mergulhada em gua a 20C durante48 horas.

    Por exemplo para um calcrio se este valor de K for menor que 1.6podemos classificar a pedra como no geladia.

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  • 4.3 Resistncia ao punoamento

    A resistncia compresso obtida em ensaio de punoamento superior resistncia da pedra compresso quando a fora exercida em toda a rea.

    Com efeito, usando a pastilha de ao, a reaque esta a ser comprimida tende a expandir-se

    PEDRAS NATURAIS (propriedades mecnicas)

    Fig. 2 ensaio de punoamento

    que esta a ser comprimida tende a expandir-selateralmente por efeito de poisson, mas estaexpanso esta impedida, o que aumentaconsideravelmente a fora de rotura. Alemdisso, h a considerar a prpria resistncia aocorte do provete ao longo de uma superfcieprismtica de permetro critico concntrico coma pastilha de ao. Nestas condies, aresistncia ao punoamento chega a ser quasetripla da resistncia compresso simples

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  • 4.4 Resistncia ao desgaste

    O ensaio de desgaste realizado na maquina de AMSLER LAFFON sobre 4 provetesprismticos de dimenso 6x6x3 cm e esta descrito na norma NP-309.O resultado do ensaio que exprime a diminuio de espessura dos provetes no finalde um percurso de desgaste equivalente a 200 metros, dado pela mdia, em mmdos desgastes obtidos nos 4 provetes

    PEDRAS NATURAIS (propriedades mecnicas)

    dos desgastes obtidos nos 4 provetes

    4.5 Resistncia ao choque

    Submetem-se a este ensaio 4 provetes de dimenso 20x20x3 cm, talhados segundoos planos de utilizao em comum.Cada provete colocado sobre um leito de areia com 10 cm de espessura e sofre oimpacto de uma esfera de ao de 1Kg que deixada cair de alturas sucessivamentemaiores, intervaladas de 5 cm at a rotura.O resultado, entendido como a altura de queda qual ocrre a rotura da placa depedra, a media dos valores obtidos para cada um dos provetes e exprime-se em cm

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  • PEDRAS NATURAIS (causas das alteraes)

    5- causas das alteraes das pedras

    5.1 Agentes qumicos da atmosfera5.1.1 Dixido de carbono5.1.2 Dixido de enxofre5.2 Agentes qumicos dos prprios materiais e do solo5.2 Agentes qumicos dos prprios materiais e do solo5.3 Outros agentes qumicos5.4 Agentes fsicos 5.4.1 Temperatura5.4.2 gua5.4.3 Vento5.4.4 Organismos vivos

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  • 5.1 Agentes qumicos da atmosfera

    5.1.1 Dixido de carbonoO dixido de carbono CO2 existente na atmosfera ataca os calcrios, porqueem presena de agua (da chuva por exemplo) ataca o carbonato de clciooriginado o hidrognio carbonato que solvel na gua.

    PEDRAS NATURAIS (causas da alteraes)

    5.1.2 Dixido de enxofreO dixido de enxofre SO2 existente numa atmosfera poluda gera as chamadaschuvas acidas mediante hidratao e oxidao, originando acido sulfrico queataca o carbonato de clcio com formao de sulfato de clcio, que expansivo (cristaliza com o aumento de volume) e escurece as pedras. o queacontece aos monumentos de calcrio existentes nas cidades Portuguesas

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  • 5.2 Agentes qumicos dos prprios materiais e do solo

    A gua absorvida por higroscopicidade pelas pedras ser evaporada superfciedestas, gerando-se um movimento de gua liquida do interior da pedra para asuperfcie, onde evaporada, se essa gua contiver sais dissolvido, por exemploproveniente do solo (cloretos e sulfatos), como a evaporizao elimina a guapura , estes ficaro superfcie preenchendo progressivamente os poros da pedraquando a evaporizao se d, surgindo no entanto nesse local, um novo slido

    PEDRAS NATURAIS (causas da alteraes)

    quando a evaporizao se d, surgindo no entanto nesse local, um novo slidosob a forma de eflorescencia, que provoca um aumento de volume e oconsequente desgaste do revestimento que eventualmente a pedra tiver. o queacontece com as alvenarias de pedra que absorvem guas impregnadas de saisdissolvidos. (problema conhecido como salitre nas pedras que destri orevestimento destas e esbora as pedras que a compem.

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  • 5.3 Outros agentes qumicos

    Ataques dos cidos aos calcrios (exemplo, aco das fezes dos pombos sobreas pedras dos monumentos)Ataques dos calcrios pela gua do mar

    PEDRAS NATURAIS (causas da alteraes)

    5.4 Agentes fsicos5.4 Agentes fsicos

    5.4.1 TemperaturaAs pedras sofrem danos em presena de temperaturas muito altas. Porexemplo, os calcrios em prolongado contacto com o fogo, ao atingir os 850C,calcificam, transformando-se em cal por decomposio do carbonato de clcioem oxido de clcio (cal viva) e dixido de carbono. os quartzitos e o silexrebentam, dando estalos com o fogo, , porque a slica que os compe contemagua de cristalizao, que provoca pequenas exploses quando vaporiza. Aaco do calor sobre as pedras depende do coeficiente de condutibilidadetrmica e, em menor grau, do calor especifico bem como da quantidade degua nela contida.

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  • 5.4.2 guaA quantidade de agua absorvida por uma pedra depende, como vimos, dasua porosidade aberta. Essa gua pode gelar sob a aco de temperaturassuficientemente baixas do ambiente, com o correspondente aumento devolume que pode obrigar a pedra a fracturar-se (fenmeno de gelividade).A gelividade de uma pedra um defeito que a leva a estalar sob o efeitodo gelo. Uma pedra ser gelivel se for ao mesmo tempo porosa ehigroscpica e de fraca resistncia mecnica

    PEDRAS NATURAIS (causas da alteraes)

    higroscpica e de fraca resistncia mecnica

    Exemplo de pedras gelivel, calcrios , grs

    5.4.3 VentoA aco do vento traduz-se normalmente na eroso com areias.

    5.4.4 Organismos vivosAlgas, fungos e lquenes

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  • PEDRAS NATURAIS (tratamentos)

    6 -Tratamentos para impedir a alterao das pedras

    6.1 Pinturas Para remediar a alterao consequente da porosidade das pedras pode usar-se a pintura com fluosilicatos de alumnio, de zinco ou de magnsio

    6.2 Hidrofugao6.2 HidrofugaoTratamento superficial com hidrfugos: asfalto, argamassas compactas de cimento e de resinas polimricas, etc.

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  • PEDRAS NATURAIS (tipos de propriedades)

    7 Exemplos e caractersticas de algumas pedras7.1 - Pedras siliciosas eruptivas7.1.1 granitosConstituio Quartzo, feldspato e mica. uma excelente pedra para a construo desde que no se apresente alterado. A sua resistncia e durabilidade so as maiores entre as pedras de construo, embora a sua dureza dificulte o trabalho da pedrada pedraExemplos: granito branco, granito cinzento, granito cristal azul, granito cristal rosa, granito cristal amarelo, granito rosado claro

    7.1.2 sienitos, dioritos, prfiros e gabrosTrata-se de rochas eruptivas plutnicas, que, na sua aplicao na construo, so normalmente confundidas com o granito e comercializado com essa designao.

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  • Sienitos rochas eruptivas compostas essencialmente por feldespato alcalinos, distinguem-se dos granitos porque o quartzo ou no existe ou existe em pequenas quantidades.

    Dioritos - rochas eruptivas compostas essencialmente de plagioclasses cidas a que se associam um ou mais minerais ferromagnesianos .

    Prfiros so rochas eruptivas, com textura porfirica, carcterizada pela

    PEDRAS NATURAIS (tipos de propriedades)

    Prfiros so rochas eruptivas, com textura porfirica, carcterizada pela presena de grandes cristais numa pasta finamente cristalina ou vitrea.

    Gabros rochas eruptivas, com textura fenocristalina. So rochas pobres em slica e ricas em xido de clcio, magnsio e ferro.

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  • 7.1.3 BasaltoRochas vulcnicas muito duras, de cor escura que chega ao preto, constitudapor silicato de alumnio, clcio e xido de ferro. Tem textura compactafinamente granular e em certos casos lamelar. Apresenta fractura concoidalou plana, partindo com relativa facilidade. resistente muito dura (risca ovidro). No boa para a construo de alvenarias nem para a composio debetes, porque tem m aderncia s argamassa, aplica-se na pavimentaode caladas, brita para base de pavimentos rodovirios e balastro de vias

    PEDRAS NATURAIS (tipos de propriedades)

    de caladas, brita para base de pavimentos rodovirios e balastro de viasfrreas.

    7.2 Rochas siliciosas sedimentares7.2.1 arenitosOs arenitos so constitudos por gros de slica ou quartzo, ligados por cimento silicioso natural, argiloso ou calcrio, a sua durabilidade depende no s da natureza dos gros de slica mas sobretudo do ligante

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  • 7.3 Rochas siliciosas metamrficas7.3.1 QuartzitosOs quartzitos resultam da metamorfizao dos arenitos. So compactos,resistentes e duros, usam-se normalmente para pavimentao e alvenarias depedra.

    7.4 Rochas calcrias sedimentares e metamrficas

    CALCRIOS- rochas calcrias sedimentares

    PEDRAS NATURAIS (tipos de propriedades)

    CALCRIOS- rochas calcrias sedimentaresMRMORES- rochas calcrias metamrficas

    7.4.1- CalcrioO calcrio formado por carbonato de clcio, uma pedra branca com dureza muito varivel desde as muito brandas at as muito duras.

    Propriedades: Decompe dando origem ao cal e gs carbnicoReage com os cidosSo facilmente riscado por um prego de ao (grau 3 na escala de Mohs)Utilizao revestimento interiores e exteriores de paredes e pavimentos.

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  • PEDRAS NATURAIS (tipos de pedra)

    7.4.2- Mrmores ou Calcrios cristalinos

    Propriedades e aplicaesOs mrmores provem da metamorfizao do calcrio por endurecimento ecristalizao.No utilizado em alvenarias e cantarias mas como material de revestimento, emplacas serradas e polidas.placas serradas e polidas.Varia desde muito duro at durezas muito prximas do calcrio, sendo ento de menorqualidade.

    Exemplos: mrmore branco, mrmore branco rosado, mrmore rosa pura, mrmoreverde donai, mrmore creme do mouro , mrmore cinzento claro com bandas escurasde tragaches, mrmore levemente venado, mrmore ruivina da fonte da Moura, etc.

    Utilizao revestimento interiores e exteriores.

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  • 7.4.3 Grs

    So pedras constitudas por gros de slica que foram aglomerados por umcimento natural, silicioso, argiloso ou calcrio, dando assim respectivamenteorigem ao grs silicioso, argiloso ou calcrioGrs silicioso muito duro no usado na construoGrs argiloso mole tambm no usado na construo

    PEDRAS NATURAIS (tipos de propriedades)

    Grs argiloso mole tambm no usado na construoGrs calcrio muito poroso, absorve muita humidade

    7.4.4 Xistos

    Resulta da metamrfizao das argilas que, ao endurecer, tomam o aspecto lamelar estratificado.

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  • 7.4.5 Ardsia

    A ardsia uma variedade de xisto que se aplica como material de cobertura, emvez de telhas. A ardsia um bom isolante da humidade, j que enquanto astelhas cermicas absorvem cerca de 12% do seu peso em humidade enquantoque a ardsia absorve apenas 1%, pelo que usada para bancas de laboratrios.A ardsia facilmente trabalhada e pintada e tem a propriedade de quando

    PEDRAS NATURAIS (tipos de propriedades)

    A ardsia facilmente trabalhada e pintada e tem a propriedade de quandosubmetida a temperaturas superiores a 800C, sofrer uma considervel aumentode volume, porque os seus interstcios enchem de ar. Um prisma de ardsia podeexpandir 7 vezes. A ardsia expandida um material leve, de bom isolamentotrmico e acstico. O p de ardsia usado no fabrico de tintas.

    Bibliografia:Nouveau Traite de Materiaux de constructio M.Duriez e J.Arrambide Paris 1961Materiais de construo Eldio G.R - 1973NP-314- ARDSIA- ardsia para peas resistentes. Ensaio de FlexoNP-1040-PEDRAS NATURAIS- determinao da tenso de rotura por compresso

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