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2008 - Caderno 1 77 GEOGRAFIA GERAL “Geografia Física e Meio Ambiente” 1. ESTRUTURA GEOLÓGICA E AGENTES INTERNOS DO RELEVO 1.1. Estrutura Interna da Terra Através de estudos detalhados da densidade do globo terrestre, cientistas concluíram que a crosta (parte superficial do globo) e o interior da terra possuem constituições diferenciadas, ou seja, de acordo com a profundidade, a estrutura da terra modifica sua temperatura, textura, espessura e com- posição química. A seguir será elucidada a estrutura interna da terra, que se divide em: núcleo interno, núcleo externo, manto inferior, manto superior e crosta terrestre. Figura 1. Fonte: Apostila GPI ORGANIZADORES Leandro Almeida [email protected] Rafael Peres [email protected] Willian Andrion [email protected] ORIENTADORES Prof. Drª Letícia Parente Prof. Márcio Viveiros 1.1.1. O Núcleo É a parte central da terra, subdivide-se em núcleo interno que apre- senta textura sólida e cerca de 1.300 Km de raio e núcleo externo de textura pastosa e cerca de 2.265 Km de raio. Denominado tam- bém de nife o núcleo pode ser constituído por níquel e ferro, assim como a composição dos meteoritos. Esta área do planeta é muito pouco explorada, já que as condições de temperatura e pressão não permitem a chegada do homem. 1.1.2. O Manto Situa-se entre o núcleo e a crosta, é constituído por um material pastoso, tanto em sua camada inferior quanto na superior, e esse material denomina-se magma. Os terremotos e o vulcanismo têm como origem a pressão exercida pelo magma na crosta terrestre.

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  • 2008 - Caderno 1 77

    GEOGRAFIA GERAL

    Geografi a Fsica e Meio Ambiente

    1. ESTRUTURA GEOLGICA E AGENTES INTERNOS DO RELEVO

    1.1. Estrutura Interna da TerraAtravs de estudos detalhados da densidade do globo terrestre, cientistas concluram que a crosta (parte superfi cial do globo) e o interior da terra

    possuem constituies diferenciadas, ou seja, de acordo com a profundidade, a estrutura da terra modifi ca sua temperatura, textura, espessura e com-posio qumica. A seguir ser elucidada a estrutura interna da terra, que se divide em: ncleo interno, ncleo externo, manto inferior, manto superior e crosta terrestre.

    Figura 1. Fonte: Apostila GPI

    ORGANIZADORES

    Leandro Almeida [email protected]

    Rafael Peres [email protected]

    Willian Andrion [email protected]

    ORIENTADORES

    Prof. Dr Letcia Parente

    Prof. Mrcio Viveiros

    1.1.1. O Ncleo

    a parte central da terra, subdivide-se em ncleo interno que apre-senta textura slida e cerca de 1.300 Km de raio e ncleo externo de textura pastosa e cerca de 2.265 Km de raio. Denominado tam-bm de nife o ncleo pode ser constitudo por nquel e ferro, assim como a composio dos meteoritos. Esta rea do planeta muito pouco explorada, j que as condies de temperatura e presso no permitem a chegada do homem.

    1.1.2. O Manto

    Situa-se entre o ncleo e a crosta, constitudo por um material pastoso, tanto em sua camada inferior quanto na superior, e esse material denomina-se magma. Os terremotos e o vulcanismo tm como origem a presso exercida pelo magma na crosta terrestre.

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    1.1.3. A Crosta Terrestre

    a parte externa consolidada da Terra. Pode tambm ser subdividida em duas camadas: a superior denominada sial composta por rochas gra-nticas, ricas em silcio e alumnio, e a inferior chamada sima, de composio basltica, rica em silcio e magnsio.

    1.2 A Teoria da Tectnica de PlacasBaseado em evidncias fsseis, semelhanas geolgicas e geogrfi cas, principalmente entre os continentes da frica e da Amrica do Sul, o alemo Alfred

    Wegener sustentou suas idias da Deriva Continental. De acordo com Wegener existiu h bilhes de anos um continente ancestral, denominado Pangia, que agregava todos os continentes atuais e este vem se fragmentando ao longo do tempo, originando a confi gurao continental atual. Outra afi rmao de Wegener era a presente evoluo desta dinmica continental, ou seja, as placas no estavam estabilizadas, portanto continuam movimentando os continentes.

    Porm Wegener jamais encontrou argumentos para justifi car sua teoria. Esta s foi aceita por volta de 1960, quando o aprimoramento cientfi co e o ad-vento do sonar (instrumento utilizado em equipamentos militares), foram capazes de identifi car sistemas de falhamentos, que permitem a ascenso do magma do manto, verdadeiras cordilheiras submarinas, denominadas dorsais ocenicas. Quando o magma ascende, empurra as placas provocando o afastamento continental.

    Figura 2.Fonte: Apostila GPI

    Concluiu-se que o movimento divergente em uma das bordas das placas provoca na outra borda o movimento convergente, ou seja, o choque de placas. Como exemplo utilizaremos a placa sul-americana e a de Nazca (Sul-Pacfi ca). A ejeo do magma provoca o afastamento da placa sul-americana em relao pla-ca africana, provocando na outra borda o choque com a placa de Nazca, originando uma grande cadeia monta-nhosa, no caso a cordilheira dos Andes.

    1.2.1. A deriva dos continentes

    Figura 3. Fonte: Adaptada de Apostila GPI

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    1.3. Agentes internos do relevoSegundo as formulaes feitas por Alfred Wegener e aprimorada

    por um grupo de cientistas, os continentes esto situados sobre pla-cas tectnicas que deslizam sobre a Astenosfera, uma camada plstica existente entre o manto terrestre e a crosta terrestre (onde se situam os continentes). Os continentes eram num primeiro momento um s (o su-percontinente Pangia); o movimento das placas tectnicas o separou em dois (Laursia e Gondwana); as placas continuaram a se movimentar e hoje apresentam o mundo como conhecemos (com 5 continentes se-parados), entretanto, continuam a se movimentar (muito lentamente).

    As placas tectnicas so formadas em reas de divergncia (sepa-rao), em geral, nas dorsais ocenicas; so destrudas em reas de con-vergncia (coliso), em geral, no contato do oceano com o continente. As bordas das placas so regies de possibilidade de vulcanismo (sada da lava) e abalos ssmicos (terremoto).

    1.3.1. Tectonismo

    Movimentos lentos que ocorrem na crosta terrestre, provocando deformaes nas rochas. So eles: epirognese e orognese.

    1.3.1.1. Epirognese

    Movimentos verticais da crosta que provoca soerguimentos e re-baixamentos da crosta. Sua amplitude continental. Preserva as estruturas do relevo. Pode infl uenciar nos litorais, na hidrografi a, e no desgaste erosivo.

    1.3.1.2. Orognese

    Movimentos horizontais de grande intensidade, capazes de gerar cadeias de montanhas, dobrar rochas, etc. Tem amplitude mundial, e possui relao extremamente direta com as atividades ssmicas e o vulcanismo.

    Figura 5. Fonte: TEIXEIRA. Decifrando a Terra, 2001

    1.3.2. Choque de placas

    responsvel por soerguimentos, subduco, falhas e dobras.

    Figura 6. Fonte:www.vestibular1.com.br

    1.3.3.1. Dobramentos

    Movimentos orognicos, movimentos de placas sobre uma rocha com boa capacidade plstica geram dobras.

    1.3.3.2. Falha

    Quando a movimentao ocorre em rochas rgidas (duras), podem ocorrer fraturas e falhas. Fratura ou diclase onde a movimen-tao tectnica provocou a quebra da rocha sem deslocamentos ntidos entre as partes quebradas. J as Falhas so fraturas onde h deslocamento ntido das partes quebradas.

    Figuras 7 e 8. Fonte: www.google.com.br

    ROCHA COM DOBRAS

    FALHA DE SAN ANDREAS

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    1.5.1. Distribuio geogrfi ca dos vulces - Dos 450 vulces ati-vos, 75% localizam-se no litoral do Oceano Pacfi co, rea conhe-cida como Crculo de Fogo do Pacfi co (principal regio vulcnica da Terra). A Dorsal do Atlntico a 2 em atividades vulcnicas, com 12% dos vulces.

    Figura 9. Fonte: PIFFER, 2001

    1.6. Abalos ssmicos (terremotos) So movimentos naturais da crosta terrestre, que se propagam por

    meio de vibraes. Ocorrem por conta de 3 causas bsicas: Desmorona-mento interno, vulcanismo e reas de limites de placas. As zonas ssmi-cas em geral se encontram nos limites de placas tectnicas.

    A intensidade dos terremotos bastante varivel. Os fatores que mais infl uem so a resistncia das rochas e a distncia entre o epicentro e o hipocentro, sendo esta intensidade medida pela escala Ritcher.

    1.7 Tipos de rochasMagmticas ou gneas Originadas a partir da solidifi cao do magma. As magmticas intrusivas so formadas no interior da terra, tem resfriamento mais lento e so mais resistentes (ex: granito). As magmticas extrusivas so formadas depois do derra-mamento do magma da superfcie, tendo resfriamento mais rpido (ex: basalto).

    Sedimentares Formadas a partir da ao do intemperismo em outros tipos de rochas (ex: arenito)

    Metamrfi cas So rochas (magmticas, sedimentares ou mes-mo metamrfi cas) que sofreram modifi caes devido a alteraes na temperatura e presso no interior da Terra (ex: mrmore).

    Figura 10. Fonte: www.google.com.br

    1.4. Estrutura GeolgicaA estrutura geolgica a composio das camadas rochosas de

    um detrminado local. Ela varivel de acordo com a atuao dos agentes internos, como o tectonismo e o vulcanismo, e tambm por conta dos agentes externos. Podemos ter 3 diferentes tipos de estruturas geolgi-cas: Escudos Cristalinos, Bacias Sedimentares e Dobramentos.

    1.4.1. Escudos Cristalinos

    So estruturas geolgicas formadas a partir de material magmtico so-lidifi cado, que d origem a rochas magmticas plutnicas ou no caso dos escudos cristalinos mais antigos, rochas metamrfi cas. Os escu-dos cristalinos tm marcante importncia econmica, pois neles existe a ocorrncia de minerais metlicos, a exemplo o ferro e o cobre.

    1.4.2. Bacias Sedimentares

    Formam-se a partir da deposio de detritos e sedimentos do ma-terial rochoso nas regies mais baixas do relevo. Originam-se ge-ralmente em plancies fl uviais e litorneas, no entanto estas podem ser soerguidas por movimentos tectnicos, constituindo planaltos e plats. As bacias podem possuir rochas sedimentares orgnicas ou inorgnicas, as orgnicas se formam a partir da sedimentao de microorganismos terrestres e marinhos que do origem a com-bustveis fsseis como o petrleo e o carvo mineral, que congre-gam a grande importncia econmica das bacias sedimentares.

    Figura 4. Fonte: www.miniweb.com.br

    1.4.3. Dobramentos Modernos

    Estruturas geolgicas resultantes do choque entre placas tectni-cas, nessas reas formam-se grandes cordilheiras montanhosas, a exemplo dos Andes. So regies de grande instabilidade geolgica j que so prximas as bordas das placas, portanto nessas regies so comuns fenmenos como o vulcanismo, os terremotos e ma-remotos. Outros exemplos de dobramentos modernos so: Alpes, Cordilheira do Himalaia, Montanhas Rochosas, etc.

    1.5. VulcanismoManifestao interna da crosta terrestre que, em funo das altas

    temperaturas e presses, provocam a subida do material magmtico. Ocorre com grande freqncia nas reas de limites de placas. A atividade vulcnica coincide com as atuais zonas orognicas, sendo assim, con-seqncia dos movimentos tectnicos.

  • 2008 - Caderno 1 81

    2 - AGENTES EXTERNOS DO RELEVO (FORAS EXGENAS)

    Agentes externos so os elementos que, em conjunto, modifi cam o relevo da superfcie terrestre. A intensidade com que atuam os agentes depende de fatores como o clima, tipo de rocha e organismos existentes na rea.

    2.1 IntemperismoOs diversos tipos de rocha, quando expostos atmosfera (super-

    fcie), sofrem um ataque que pode modifi car o seu aspecto fsico ou sua composio qumica. Esse processo chamado de intemperismo e pode ocorrer em 3 formas: fsico, qumico ou biolgico.

    2.1.1 Intemperismo Fsico

    O intemperismo fsico o processo onde as rochas sofrem altera-es de tamanho e formato, sem contudo, alterarem sua estrutura qumica. Ocorrem fortemente nos climas desrticos. Assim, nos climas quentes e secos, a atuao erosiva ocorre devido s gran-des oscilaes (grande amplitude trmica) entre o dia e a noite ou durante o ano, o que enfraquece a rocha e acaba levando-a a se desagregar (quebrar). O processo atinge, em geral, a parte super-fi cial das rochas.

    O intemperismo fsico nas rochas, quase sempre, abre caminho para o intemperismo qumico atuar. Os principais tipos de intem-perismo fsico so: por congelamento e por mudana trmica.

    Figura 12. Fonte: TEIXEIRA. Decifrando a Terra, 2001

    2.1.2 Intemperismo Qumico

    Ocorre pela atuao da gua, que provoca alterao na composio das rochas. A gua, em contato com as rochas, provoca uma rea-

    o qumica, que pode ser maior ou menor em funo do aumento ou reduo da temperatura.

    As reas de clima quente e mido, a decomposio dos minerais mais intensa do que nas reas de clima frio e seco. Os principais tipos de intemperismo qumico so: dissoluo, hidrlise, hidrata-o, oxidao e qumico-biolgico.

    2.1.3 Intemperismo Biolgico

    Ocorre quando a destruio do relevo provocada por um organis-mo vivo. Ex: ao das razes das rvores.

    Figura 13. Fonte: LEPSCH, 2002

    2.2 ErosoEroso o transporte e remoo das partculas que foram antes

    desagregadas pela ao do intemperismo. Em suma, o intemperismo, transforma (qumico) e quebra (fsico), e a eroso transporta e remove.

    2.2.1 Eroso fl uvial

    Os rios so os principais agentes erosivos devido ao movimento de suas guas. Esse movimento retira sedimentos do leito do rio, o que acelera o processo erosivo, devido ao desgaste mecnico que ocorre. Os sedimentos desagregados so transportados at o mar ou depositados nas margens do rio, criando plancies aluviais. Os vales formados nesse processo tem uma forma de V.

    2.2.2 Eroso elica

    Consiste na retirada de sedimentos pela ao do vento. As princi-pais reas de ocorrncia so os desertos e praias, onde os gros de areia so pouco consolidados, devido, principlamente, escassez de gua e sua rpida circulao.

    Figura 11. Fonte: PIFFER, 2001

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    2.2.4 Eroso marinha

    Ocorre em maior ou menor intensidade por diversos motivos como:

    - Transgresses e regresses marinhas que provocam uma altera-o no nvel geral dos oceanos.

    - As rochas que formam o litoral (composio litolgica): as rochas mais resistentes, como os granitos, sofrem menor eroso.

    - A forma do litoral: se alto, predomina a eroso (falsias) e, se bai-xos, predomina a deposio dos sedimentos (praias e restingas).

    - A chegada de sedimentos fl uviais que, somados aos sedimentos ma-rinhos, criam formas como deltas, lagunas, restingas, recifes, etc.

    Assim, a eroso marinha lineariza (forma linhas) os litorais; por-tanto, quanto mais acidentes litorneos (formas no lineares) como golfos, baas e enseadas, mais jovem a costa.

    2.2.3 Eroso glacial

    A eroso pelo gelo (glacial) realizada de duas formas:

    1 - Por compresso (h solidifi cao do gelo entre as fendas das rochas, provocando alargamento contnuo das fendas, o que acaba fragmentando as rochas.

    2 - Por desgaste mecnico (quando h deslocamento das massas de gelo sobre as rochas).

    O deslocamento das geleiras provoca um intenso desgaste erosivo das rochas, fragmentando-as em gros muito pequenos. Os vales formados nesse tipo de eroso tem uma forma de U.

    Figura 14. Fonte: PIFFER, 2001

    2.2.5 Eroso pluvial

    Resulta da gua das chuvas, onde o fator tempo (durao das chu-vas) e intensidade podem determinar maior ou menor ao erosiva. Este tipo de eroso pode acarretar o aparecimento de ravinas e voorocas (que so prejudiciais fertilidade dos solos).

    Figura 15. Fonte: LEPSCH, 2002

  • 2008 - Caderno 1 83

    Depresso Relevo mais baixo em relao ao nvel do mar (depresso absoluta) ou mais baixa em relao a reas prximas (de-presso relativa). Ex: Mar Morto, na Palestina (392m abaixo do nvel mar) e Vale do Paraba (entre as serras do Mar e da Mantiqueira).

    Chapada Planalto sedimentar de topografi a tabular. mui-to comum no Centro-Oeste (Chapada dos Guimares) e Nordeste brasileiro (Chapada Diamantina)

    Figuras 18 & 19. Fonte: www.google.com.br

    2.3 Diferentes formas de relevoMontanha Grande elevao de terreno formada por foras tect-nicas. Podem ser velhas (ex: Serra do Mar e Serra da Mantiqueira) ou jovens (ex: Andes, Alpes, Himalaia).

    Planalto Superfcie + ou - plana e elevada (geralmente + de 300 metros), onde os processos de eroso superam os de deposio. deli-mitada por declives ou escarpas.

    Plancie Superfcie + ou - plana, de natureza sedimentar, onde pre-dominam os processos de deposio ou acumulao). So delimitadas por aclives.

    Cuesta Constituda por camadas rochosas alternadas, com dife-rentes resistncia eroso, e que se inclinam numa direo, formando um declive suave no reverso e um corte abrupto ou ngreme na chama-da frente de cuestas. Ex: Baa de Paris (Frana) e do Paran e Parnaba (Brasil).

    Figuras 16 & 17. Fonte: www.google.com.br

    Figura 20. Fonte: PIFFER, 2001

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    Vegetao Os diferentes tipos de cobertura vegetal (tundra, fl oresta tropical, campos, etc) apresentam grande variao na den-sidade, o que infl uencia diretamente a absoro da irradiao de calor, alm da umidade.

    Relevo Infl ui na temperatura e na umidade ao facilitar ou difi -cultar a circulao das massas de ar.

    3.3. Elementos do clima

    Presso atmosfrica a medida da fora exercida pelo peso do ar contra uma rea.

    Figura 22. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    Temperatura a intensidade de calor existente na atmosfera.

    Umidade a quantidade de vapor dgua presente na atmos-fera num dado momento, resultado do processo de evaporao das guas da superfcie terrestre e do processo de evapotranspirao das plantas.

    Precipitao Pode ocorrer de vrias formas dependendo das condies atmosfricas.

    Os tipos de chuva

    Chuva frontal Ocorre quando h um contanto entre duas massas de ar de caractersticas diferentes.

    Chuva orogrfi ca Barreiras de relevo impedem a passa-gem das massas de ar em atingir grandes altitudes, o que causa a queda da temperatura e a condensao do vapor.

    Chuva de conveco Em dias quentes o ar mais prximo superfcie fi ca menos denso e sobe para camadas superiores da atmosfera carregando umidade. Ao atingir altitude mais elevadas a temperatura diminui e o ar condensa ocorrendo posteriormente precipitao de gotculas de gua (chuva).

    3 CLIMA

    3.1. Diferenas existentes entre tempo e clima

    Tempo - Corresponde a um estado momentneo da atmosfera num determinado lugar, com relao combinao de certos fe-nmenos fsicos (nebulosidade, temperatura, etc). Ele pode mudar em alguns instantes.

    Clima - Corresponde ao comportamento do tempo em uma de-terminada regio durante um perodo relattivamente longo, ou seja, representa uma sucesso de diferentes tipos de tempo.

    OBS: Os climas diferem de regio para regio devido presena de um conjunto distinto de fatores climticos.

    3.2. Os fatores climticos

    Latitude analisada na escala norte a sul em relao linha do Equador; quanto mais nos afastamos dessa linha maior ser a latitude e menores so as temperaturas mdias anuais. Isso devido esfericidade da Terra, porque quanto mais prximo do Equador, a inclinao dos raios solares menor e sua luz incidir com mais energia em uma rea menor; conforme aumenta a latitu-de, aumenta tambm a inclinao dos raios solares, aumentando tambm a rea de recebimento da luz solar.

    Altitude Quanto maior a altitude, menor a temperatura mdia do ar. No alto de uma montanha a temperatura menor do que a verifi cada no nvel do mar. Quanto maior a altitude, mais rarefeito (escasso) se torna o ar, ou seja, h uma menor concentrao de gases ou umidade, o que diminui a reteno de calor nas camadas mais elevadas.

    Massas de ar So grandes pores da atmosfera que po-dem se estender por milhares de quilmetros. Formam-se quando o ar fi ca estacionado sobre ua superfcie homognea e se deslocam por diferena de presso

    Continentalidade e maritimidade A maior ou me-nor proximidade de grandes massas de gua exerce forte infl uncia no s na umidade relativa doa ar, mas tambm sobre temperatura. Em reas que sofrem infl uncia da continentalidade (localizao no interior do continente, distante do oceano), h maior variao de temperatura ao longo do dia ou mesmo estaes.

    Correntes martimas So extensas pores de gua que se deslocam pelo oceano, quase sempre nas mesmas direes, como se fossem largussimos rios dentro do mar, e so movimen-tados pelos ventos e pela rotao da Terra. Ex: Corrente do Golfo (corrente quente) e Corrente de Humbold (corrente fria).

    Figura 21. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

  • 2008 - Caderno 1 85

    Figura 25. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    3.4.3. Mediterrneo

    Apresentam veres quentes e secos

    Apresentam invernos amenos e chuvosos

    Localiza-se em mdias latitudes em todos os continentes.

    3.4.4. Tropical

    Apresenta grandes variaes na temperatura e chuvas

    Pode ser dividido em 6 modalidades (super-mido, mido, sub-mido, semi-rido, rido e hiper-rido)

    3.4. Tipos de clima

    Figura 23.Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    3.4.1. Polar

    Ocorre em altitudes elevadasApresenta baixssimas temperaturas o ano inteiro atingindo no m-ximo 10C.

    Figura 24. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    3.4.2. Temperado e frio

    Nesse tipo de clima que encontramos uma defi nio clara entre as 4 estaes do ano.H uma distino entre as localidades que sofrem infl uncia da mari-timidade (zona litornea) e da continentalidade (interior).

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    Figura 28. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    4 FENMENOS CLIMTICOSEl Nio Fenmeno que ocorre em perodos de aproximadamente dois a sete anos. Consiste no aquecimento (3 C a 7 C) das guas do Oceano Pacfi co nas proximidades no Equador. Suas causas so desco-nhecidas.Normalmente, no Hemisfrio Sul os ventos alsios sopram no sentido leste-oeste com velocidade mdia de 15m/s, aumentando o nvel das guas do Pacfi co nas proximidades da Austrlia, onde ele 50 cm maior que na costa da Amrica do Sul. Nos anos de ocorrncia do El Nio, a velocidade dos ventos diminui para cerca de 2m/s, o que faz com que as guas superfi ciais, por se deslocarem menos, aumentam sua temperatura, provocando grande mudana na circulao dos ventos e das massas de ar, alm de evaporao mais intensa, com aumento do ndice de chuvas em algumas regies do planeta e ocorrncia de estiagem em outras.Conseqncias no Brasil - Nos anos de ocorrncia do fenmeno, o Brasil sofre ao de uma nova massa de ar quente e mida. Ela desvia a umidade da Massa Equatorial Continental, gerando a ocorrncia de enchen-tes no Brasil meridional e seca na regio do clima semi-rido nordestino e no extremo norte do pas, principalmente em Roraima. Outra conseqncia o desvio da Massa Polar Atlntica para o Oceano Atlntico antes de atingir a regio sudeste, o que aumenta as temperaturas no inverno.

    Figura 29.Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    La Nia Resfriamento das guas superfi ciais do Pacfi co na costa peruana, o que provoca mudanas na direo dos ventos e massas de ar. Suas causas tambm so desconhecidas. Assim como o El nio, ocorre em escala planetria e ao longo de vrios meses.

    Figura 30.Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    Apresente duas estaes bem defi nidas: inverno ameno e seco e vero quente e mido.

    Figura 26. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    3.4.5. Equatorial

    Ocorre na zona climtica mais quente do planeta

    Apresenta temperaturas elevadas (mdias mensais em torno de 25 C)

    Possui pequena amplitude trmica anual devido inclinao dos raios e das variaes de durao entre o dia e a noite serem m-nimas.

    Nas reas mais chuvosas o ndice supera os 3000mm anuais

    No h ocorrncia de estao seca, mas nas regies menos chuvo-sas o ndice cai para 1500mm anuais com 3 meses de estiagem.

    Figura 27. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    3.4.6 Subtropical

    Localiza-se em regies de mdias latitudes, nas quais j comeam a se delinear a 4 estaes

    Ocorrncia de chuvas abundantes e bem distribudas.

    Apresentam veres quentes e invernos frios com signifi cativa am-plitude trmica anual.

    3.4.7 rido ou Desrtico

    Carncia de umidade

    Elevada amplitude trmica diria e sazonal

    ndices pluviomtricos so inferiores a 250mm por ano.

    3.4.8 Semi-rido

    Clima de transio

    Apresenta chuvas escassas e mal distribudas ao longo do ano.

    Ocorre tanto em regies tropicais (temperaturas elevadas o ano inteiro) quanto em zonas temperadas (onde os invernos so frios).

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    Figura 31. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

    Ilhas de calor Fenmeno tpico de grandes aglomeraes urbanas e tipicamente antrpico, ou seja, causado pelo homem. Resulta da elevao das temperaturas mdias nas reas urbanizadas das grandes cidades, comparadas com as zonas rurais. As variaes podem chegar at 7 C, e ocorrem basicamente por causa das diferen-as de irradiao de calor entre as reas urbanas impermeabilizadas e as reas verdes e por causa da concentrao de poluentes (que blo-queiam a irradiao de calor na superfcie), maior nas zonas centrais.A substituio da vegetao por grande quantidade de prdios, via-dutos, ruas e caladas pavimentadas faz aumentar signifi cativamente a irradiao de calor para a atmosfera, em comparao com as zonas rurais, onde, em geral, prevalece a cobertura vegetal. Alm disso, nas zonas urbanas muito maior a concentrao de gases lanados por veculos; esses gases geram um aquecimento localizado, que aumenta a reteno de calor. As ilhas de calor tambm facilitam a ascenso do ar, fazendo com que, durante o dia, o vento sopre em sua direo, trazendo maiores quantidades de poluentes.

    Efeito Estufa um fenmeno natural e fundamental para a vida na Terra (se no ocorresse, a Terra seria congelada). Porm, a intensifi cao do efeito, causada pela emisso de poluentes que tm capacidade de absorver calor, como o metano (CH4), os clo-rofl uocarbonetos (CFCs) e, principalmente, o dixido de carbono (CO), faz com que a atmosfera retenha mais calor que o normal.

    O aumento da emisso de dixido de carbono na atmosfera se deve principalmente permanente e intensa queima de combust-veis fossis e fl orestas, desde a Revoluo Industrial, com efeitos cumulativos.

    Numa tentativa de reduzir a emisso de gases causadores de efeito estufa, foi fi rmado, em 1997, o Protocolo de Kyoto. Porm, os EUA, principal poluidor, no assinaram o documento, alegando que isso afetaria seu crescimento econmico.

    Conseqncias do efeito estufa Com o aumento dos ga-ses, aumenta o aquecimento global; o aumento das temperaturas provoca derretimento de neve e gelo; o derretimento do gelo nos plos pode levar elevao do nvel dos oceanos, inundando ilhas e cidades litorneas; impactos na fl ora e na fauna.

    Inverso trmica Fenmeno natural freqente nos meses de inverno, em perodos de penetrao de massas de ar frio. Ocorre em escala local e por apenas algumas horas. As inverses trmicas so mais comuns no fi nal da madrugada e incio da manh. Durante esse perodo ocorre o pico da perda de calor do solo por irradiao; logo, as temperaturas so mais baixas, tanto do solo como do ar. Quando a temperatura prxima ao solo cai abaixo de 4 C, o ar frio, impossibilitado de subir, acaba retido em baixas altitudes. Esse fenmeno ocorre preferencialmente em reas de fundo de vale, que permitem o aprisionamento do ar frio. As camadas mais altas da atmosfera so ocupadas por ar mais quente, que no consegue descer. da que vem o nome inverso trmica: o ar frio fi ca embaixo e o quente em cima, uma inverso da circulao habitual. Logo ao nascer do Sol, medida que o solo e o ar prximo a ele vo se aquecendo, o fenmeno se desfaz gradativamente.Esse fenmeno mais comum em reas onde o solo ganha bastante calor durante o dia e perde muito noite. Assim, as grandes cidades so extremamente favorveis ao fenmeno, pois apresentam grandes reas construdas, desmatadas e solo impermeabilizado por cimento e asfalto, absorvem grande quantidade de calor durante o dia e o perdem rapidamente noite. No meio urbano, esse fenmeno gera um outro grave problema: ao reter o ar frio embaixo, retm junto toneladas de poluentes emitidos, aumentando fortemente a poluio.

    Figura 32. Fonte: Moreira & Sene, 2005

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau88

    5 MEIO AMBIENTE E IMPACTOS AMBIENTAIS

    5.1. Impactos ambientais no meio urbano

    5.1.1. O Meio Ambiente Urbano

    A cidade um sistema especial composto por agentes consumido-res e estes interferem nos vrios ecossistemas que esto presen-tes nela. As grandes aglomeraes urbano-industriais consomem enorme quantidade de energia e matrias-primas e, assim, pro-duzem toneladas e subprodutos-resduos slidos (lixo), lquidos (esgotos) e gasosos (fumaas e gases poluentes) que por no serem reaproveitados, acumulam-se no solo, nas guas e no ar, causando uma srie de desequbrios no meio urbano.

    5.1.1.1. Poluio

    Poluio qualquer alterao prejudicial provocada no meio am-biente. Quando as populaes eram reduzidas e ocupavam uma pequena parte de uma regio qualquer, os efeitos dessa interfern-cia eram menos perceptveis e, o ambiente tinha um tempo relativo de recuperao.Com o crescimento populacional aliado a expanso das modernas sociedades tecnolgicas e da alta capacidade de consumo, os pro-blemas se agravam e tornaram-se mais claros. Isso acarretou uma srie de impactos ao espao urbano, os quais veremos a seguir.

    Poluio do ar

    resultado do lanamento de enorme quantidade de gases e ma-teriais particulados na atmosfera, podendo causar problemas na viso e no aparelho respiratrio.Os principais responsveis pela emisso desses gases so os: ve-culos, as indstrias, as centrais termeltricas e as instalaes de aquecimento.As possveis solues para a reduo desses gases na atmosfera so os seguintes: utilizao de catalisadores nos automveis, fi l-tros implantados nas chamins industriais, dentre outras.

    Poluio do Solo

    A partir da Revoluo Industrial, com o incio dos processos de industrializao e urbanizao, o lixo aumentou geometricamente. Hoje nas modernas cidades tecnolgicas, na era do consumismo, na rpida obsolescncia tecnolgica, enfi m a produo de lixo s-lido atingiu patamares inimaginveis, cerca de milhes de tonela-das por dia, variando de regio pra regio.Os problemas causados pelo lixo so: Proliferao de insetos (ba-ratas, moscas etc.), que podem transmitir vrias doenas como, peste bubnica, dengue, dentre outras; decomposio bacteriana da matria orgnica (a frao biodegradvel do lixo, predominante nos pases subdesenvolvidos), que alm de gerar um mau cheiro, produz um lquido escuro e cido (o chorume), que nos grandes lixes, este acaba infi ltrando no subsolo contaminando o lenol fretico e tambm a agricultura, se o lixo estiver prximo a ativi-dades agrcolas; contaminao com produtos txicos do solo e das pessoas que manipulam o lixo; e por fi m, o lixo gera o acmulo de materiais no-biodegradveis.Existem diferentes maneiras de se lidar com distintos tipos de res-duos slidos. Vejamos alguns deles: Lixo hospitalar: incinerao, devido a alta peculiaridade de seus materiais;

    Chuvas cidas Primeiramente, importante dizer que as chuvas normais j so ligeiramente cidas. As chamadas chuvas cidas, porm, so resultado do lanamento de poluentes produzi-dos sobretudo por atividades urbano-industriais. mais um fen-meno atmosfrico causado pela emisso de poluentes das inds-trias, dos transportes e de outras fontes de combusto. XIDOS DE ENXOFRE E NITROGNIO

    Os pases que mais colaboram para a emisso desses gases so os industrializados do Hemisfrio Norte, e por isso as chuvas cidas ocorrem com mais intensidade no nordeste da Amrica do Norte e na Europa Ocidental.

    As conseqncias das chuvas cidas so a corroso de metais, pinturas e monumentos histricos, acidifi cao de lagos (como os Grandes Lagos, no Canad) e morte de seus respectivos ecossis-temas aquticos, alm da destruio da cobertura vegetal (como a Floresta Negra, na Alemanha).

    Desertifi cao As reas susceptveis desertifi cao cor-respondem a mais de 30% da superfcie terrestre do planeta, onde vivem mais de 1 bilho de pessoas. No Brasil, as reas susceptveis so aquelas que correspondem s regies semi-rida e sub-mida seca, localizadas em sua maioria na regio Nordeste e no norte do estado de Minas Gerais, totalizando 980000km.

    As principais causas da desertifi cao so: o desmatamento (que alm de comprometer a biodiversidade deixa o solo exposto eroso), uso intensivo do solo (tanto para pecuria quanto agricultura itinerante), irrigao mal conduzida, que provoca salinizao do solo.

    A desertifi cao provoca trs tipos de impactos, relacionados en-tre si: ambientais, sociais e econmicos. Os impactos ambientais correspondem destruio da fauna e da fl ora, reduo signifi -cativa da disponibilidade de recursos hdricos (assoreamento de rios e reservatrios) e perda fsica e qumica de solos. Esses im-pactos ambientais geram uma perda considervel da capacidade produtiva, provocando mudanas sociais, como as migraes, que desestruturam as famlias e acarretam srios impactos s zonas urbanas, para onde se deslocam as pessoas na busca de melhores condies de vida.

    Figura 33. Fonte: MOREIRA & SENE, 2005

  • 2008 - Caderno 1 89

    5.3. As lutas internacionais pelo Meio Ambiente

    A partir dos anos 70 a sociedade global comea a sentir os efeitos do uso inadequado do solo e da vida nas grandes cidades. Em 1972, ocorre o encontro de Estocolmo 72, uma conferncia das naes unidas sobre o homem e o meio ambiente. Onde apa-rece o primeiro alerta sobre os problemas ambientais. Como pro-posta para diminuir os impactos ambientais causados pelo homem estavam: congelar as desigualdades scioeconmicas vigentes no mundo. Na verdade culpa-se os paises pobres, por implementar um rpido processo de industrializao de alto impacto ecolgico e humano.

    Em 1983, foi divulgado o Relatrio Brundtland, que pregava o desenvolvimento para todos, porm, de forma sustentvel. Em 1992, outro evento marca a luta em defesa do meio ambiente, Rio 92, neste encontro foi criada Agenda 21 programa para im-plantao de um modelo de desenvolvimento sustentvel para o sculo XXI e foi aprovada a Conveno Quadro para Mudanas Cli-mticas, documento este que entrou em vigor em maro de 1994 e j foi ratifi cado por 174 paises.

    Em dezembro de 1997 foi aprovado o Protocolo de Kioto, um dos acordos produzidos pela Conveno Quadro. O protocolo de Kioto fi cou famoso por dois motivos: por estabelecer metas de re-duo da emisso de gases responsveis pelo efeito estufa e pelo EUA (um dos maiores poluidores mundiais) no ter assinado.

    6 CARTOGRAFIAOs estudos de Cartografi a compreendem a arte e a tcnica de ela-

    borar mapas. Estes tm um papel importante para o estudo do espao, por isso so utilizados por diversas cincias como, por exemplo, a Ge-ografi a.

    Os mapas so considerados um dos primeiros meios de comuni-cao grfi ca. Estudos das civilizaes antigas revelam que estes instru-mentos eram empregados para representar um local ou regio (Figura 34). Entretanto, dada as rudimentares tcnicas e a ausncia de uma sis-tematizao de informaes, nem sempre a comunicao e a preciso dos elementos representados eram compreendidas de modo efi cientes por seus usurios.

    Figura 34. Fonte: Vesentini, 2005.

    O mapa de Ga-Sur, Mesopotmia, considerado a representao espacial mais antiga, datado de 2500 a.C.. Os nomes no mapa foram colocados para facilitar a compreenso, mas o original apresenta-se sem a localizao da rea e legenda, difi cultando a compreenso dos elementos geogrfi cos representados.

    Lixo domiciliar: com relao ao lixo orgnico, o ideal seria que este lixo voltasse ao solo como adubo orgnico, a outra maneira o lixo ser processado e transformado em fertilizantes em usinas. O lixo seria submetido a alta temperatura e umidade ocorrendo pos-teriormente, a fermentao dos seus restos orgnicos, at que os seus nutrientes sejam recuperados e novamente utilizados no solo. Outra soluo para o lixo a sua fermentao e produo do CH4 usado como combustvel.

    Lixo inorgnico: o ideal ser realizada a coleta seletiva, a qual possibilita a reciclagem do lixo domiciliar, comercial e industrial.

    Poluio das guas

    A poluio ocorre da seguinte maneira: lanamento de resduos orgnicos acima da capacidade de absoro dos organismos de-compositores; Poluio dos aqferos, com pesticidas utilizadas na agricultura e com o chorume dos lixes; lavagem de equipamentos e de instalaes industriais; transporte de resduos nos afl uentes (esgotos), etc.

    Soluo possvel: Implantao de sistemas de coleta e tratamento dos esgotos domiciliares e industriais.

    5.1.1.2. Movimentos de massa

    Os movimentos de massa tambm chamados de deslizamentos so, na maioria das vezes, causados pela ocupao desordenada das grandes e mdias cidades em encostas, estas possuindo alta declividade e apresentando recortes feitos pelo homem para aplai-nar a parte na qual ele construir sua habitao.

    Muitas vezes, para a construo de suas casas, o homem retira as rvores das encostas, a qual um fator de conteno da gua da chuva, pela realizao da evapotranspirao (transpirao realiza-das pelas rvores e posteriormente liberao de partculas de gua que acabam evaporando para atmosfera), isso faz com que, a gua acabe no infi ltrando no solo em sua totalidade e no acarretando, consequentemente a queda de blocos levando a srios impactos como, o deslizamento de massa destruindo casas e em muitas ve-zes levando a morte de vrias pessoas; retirada da fl ora que acar-reta as enchentes pelo aumento do volume hdrico que chega aos rios e lagos, dentre outros.

    5.2. Impactos ambientais no meio rural

    No meio rural tambm ocorrem impactos ambientais dentre os mais importantes podemos citar: a extrao de madeiras para fi ns comerciais; a instalao de projetos agropecurios e minerais; construo de usinas hidreltricas e propagao do fogo resultante de incndios.

    Como conseqncias do desmatamento, temos: a destruio da biodiversidade; o genocdio e etnocidio das naes indgenas; a eroso e empobrecimento dos solos; enchentes e assoreamentos dos rios; diminuio dos ndices pluviomtricos que elevam as temperaturas e geram a desertifi cao.

    A poluio com agrotxicos outro grande problema derivado da padronizao dos cultivos (Exemplo: as empresas agrcolas nos EUA). Estes geram proliferao de pragas e doenas e desequil-brios nas cadeias alimentares facilitando a proliferao de pragas e a eroso, pois o revolvimento do solo antes do cultivo facilita o carreamento dos minerais pela gua da chuva.

    Como formas de combater a eroso podemos citar as tcnicas de terraceamento, as curvas do nvel e a rotao de culturas.

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau90

    Figura 36 . Fonte: Sene, 2003.

    Com o incio da expanso martima, no fi nal do sculo XV, signifi ca-tivos avanos na rea cartogrfi ca foram realizados. Data dessa poca um dos mais importantes mapas da histria: o mapa-mndi de Mercator. Este se tornou um divisor de guas, no que se refere aos meios grfi cos utilizados para a localizao e orientao. O fato de ser elaborado a partir de tcnicas mais aperfeioadas, incorporando uma rede de coordenadas geogrfi cas, garantiu uma maior preciso dos elementos geogrfi cos e/ ou fenmenos a serem representados espacialmente (Figura 35).

    Figura 35. Fonte: Moreira, 2005.

    Observe que a existncia das coordenadas geogrfi cas (paralelos e meridianos) possibilita a localizao de qualquer ponto no mapa. O ponto A, est localizado na Amrica do Sul, mais precisamente, no paralelo 0 (linha do Equador) e no meridiano 60 W.

    Comunicao Cartogrfi ca

    Geralmente um mapa criado para transmitir algum tipo de in-formao espacial para um conjunto de usurios especfi co. Este meio de comunicao, como qualquer outro, exige um mnimo de conheci-mento por parte daqueles que o utilizam. Para facilitar a compreenso e atender o maior nmero de usurios possveis foi desenvolvido uma linguagem cartogrfi ca. Entretanto, no basta dominar esta linguagem sem conhecer os mecanismos que possibilitam converter uma superfcie de quilmetros de extenso e com 3 dimenses (comprimento, largura e profundidade) para uma de 2 dimenses (comprimento e largura) com uma abrangncia de centmetros.

    a) Sistemas de Coordenadas Geogrfi cas

    O sistema de coordenadas geogrfi cas defi nido atravs de co-ordenadas espaciais representadas em graus pela latitude e longitude. Entende-se como longitude as linhas imaginrias que cortam a Terra verticalmente, tambm denominadas como meridianos (Figura 36). O meridiano mais conhecido o de Greenwich por ser considerado a linha que divide o planeta em dois hemisfrio: ocidental (lado esquerdo) e oriental (lado direito). Este meridiano possui 0, os demais variam at 180 para oeste (W) e para leste (E). As latitudes, tambm so li-nhas imaginrias, representadas horizontalmente como paralelos (Figura 03). A latitude de 0 corresponde linha do Equador que separa a Terra nos hemisfrios norte (N) e sul (S). As outras latitudes tm seus valores acrescidos at 90, tanto para norte quanto para sul.

  • 2008 - Caderno 1 91

    Tipo de Projeo Vantagem Desvantagem Observaes

    ConformesAs formas terrestres so representadas sem distoro (Figura 39).

    Apresenta distores nas distncias e reas da superfcie. Apenas no Equador que se verifi ca distores mnimas.

    A projeo cilndrica Conforme mais conhecida a de Mercator.Essa projeo valoriza a Europa em uma posio central.

    Equivalentes

    As reas no mapa-mndi mantm-se proporcional-mente idnticas s da esfera terrestre (Figura 40).

    Neste caso as formas da superfcie terrestre so distorcidas.

    O mapa-mndi de Perters apresenta uma projeo cilndrica equiva-lente, destacando os pases de baixas latitudes.

    Eqidistantes A representao das distncias entre as regies precisa (Figura 41).

    As reas e as formas da superfcie terrestre apresentam distores.

    Essa projeo muito comum para defi nir rotas areas ou martimas.

    Figuras 37 e 38. Fonte: Vesentini, 2005.

    O mapa da fi gura 37 apresenta uma escala pequena, de 1 para 250.000.000 (ou 1:250.000.000), isto quer dizer que os continentes tive-ram suas dimenses reduzidas 250.000.000 vezes, por isso no pos-svel representar a diviso poltica dos estados brasileiros. Mas a fi gura 38 por possuir uma escala maior, 1 para 48.000.000 (ou 1: 48.000.000), possibilita maior detalhe, contudo perde-se a viso global.

    c) Projees Cartogrfi cas

    A projeo cartogrfi ca o meio encontrado para projetar os fen-menos que esto dispostos na superfcie de uma esfera (forma do pla-neta Terra) em um plano. Entretanto, por ser a esfera um slido circular, sempre haver algum tipo de distoro, seja na forma ou na distncia ou rea da superfcie terrestre. Para minimizar essas distores, ou melhor, priorizar o que no ser distorcido seleciona-se a projeo mais adequada ao que se quer valorizar no mapa.

    Observe que a rede formada pelos paralelos e meridianos cobre toda a superfcie terrestre. O ponto de encontro entre a latitude e longitude defi ni a coordenada geogrfi ca de um determinado lugar, sendo assim, qualquer objeto pode ser localizado em um mapa.

    b) Escala

    A escala cartogrfi ca uma unidade de medida adimensional que indica quantas vezes a superfcie terrestre foi reduzida para ser represen-tada no mapa. Considera-se uma escala pequena quando neces-srio reduzir muito as dimenses do terreno. Neste caso, o usurio do mapa ter uma viso mais abrangente da superfcie, porm com pouco detalhe dos elementos representados e, s vezes, a escala to pequena que se torna impossvel visualiz-los (Figura 37). J na escala grande h uma ampliao dos elementos, permitindo um maior de-talhe, contudo o campo de viso torna-se mais restrito (Figura 38). importante ressaltar que a escala ser defi nida de acordo com o objetivo do estudo.

    Figura 39 . Figura 40

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    pao. Diversas reas de conhecimentos empregam esta tcnica como, por exemplo, meteorologistas que acompanham o avano das massas polares ou a rota de um furaco. Outro caso o monitoramento de reas de ocupao habitacional, realizada pelas prefeituras.

    Sistema de Posicionamento Global (GPS) O sistema de posicionamento global composto por 24 satlites

    que gira em torno da Terra em seis rbitas distintas. Estes satlites es-to dispostos de modo que qualquer ponto da superfcie terrestre ou prximo dela possvel receber ondas de rdio de pelo menos quatro deles. O GPS, equipamento que recebe essas ondas, permite calcular as coordenadas geogrfi cas de um local (em graus, minutos e segundos). Alm disso, ele tambm possibilita obter a altitude do ponto das coordenadas. Ele um instrumento muito utilizado para lo-calizao e orientao no espao.

    Com os avanos da indstria tecnolgica, este aparelho vem aumentando muito a sua preciso. Atualmente, alguns veculos sofi sticados saem das fbricas com um computador de bordo conectado ao GPS, possibilitando ao motorista uma orientao contnua por satlite (Figura 43).

    Figura 43 Fonte: Moreira & Sene, 2005.

    Sistema de Informao Geogrfi ca (SIG)Os sistemas de informao geogrfi ca (SIGs) so softwares que

    possibilitam o manuseio de informaes geogrfi cas em meio digital. Com esses sistemas possvel coletar dados, armazenar, processar, recuperar, correlacionar e analisar diversas in-formaes sobre o espao geogrfi co, gerando uma comple-xidade de mapas e grfi cos para necessidades especfi cas. Segundo Moura e Sene (2005), ele um poderoso instrumento para o planejamento urbano e rural, facilitando tambm a soluo de problemas espaciais complexos.

    Figura 44. Fonte: Marina & Trcio, 2005.

    Figura 41. Fonte: Moreira & Sene, 2005

    d) Legenda

    Em geral apresenta-se como um pequeno quadrinho ao lado do mapa. Tem a funo de traduzir os principais smbolos representados, deste modo, evita uma poluio visual com excesso de palavras dentro do mapa (Figura 42).

    Figura 42

    No mapa, o retngulo em branco destaca a legenda. Note que os smbolos indicam os locais onde h concentraes de minrios.

    Fonte: Moreira & Sene, 2005.

    GeoprocessamentoEm geral, pode-se defi nir geoprocessamento como o conjunto

    de tcnicas que manipulam dados geogrfi cos. Dentre essas tcnicas, encontram-se como as mais utilizadas: a) o Sensoriamento Remoto; b) o Sistema de Posicionamento Global (GPS); e c) os Sistemas de Informa-es Geogrfi cas (SIG).

    Sensoriamento Remoto o conjunto de tcnicas que permite captar e registrar imagens

    distncia por meio de diferentes sensores, como equipamentos fo-togrfi cos, scanners de satlites e radares. Atualmente, utilizam-se as imagens de satlites artifi ciais para monitorar as transformaes do es-

  • 2008 - Caderno 1 93

    II) Subduco das placas continentais que, por serem pesadas e densas, mergulham sobre as placas ocenicas, formando as fossas marinhas ou regies abissais;III) Atrito que, ao impedir que as placas se movam, acumulam presso provocando um violento movimento na crosta trerrestre, que se reajusta em uma nova situao de equilbrio temporrio.

    a) apenas I;b) apenas II;c) apenas I e III;d) apenas II e III;e) I, II e III

    7 (UFF) Pases atingidos por abalos ssmicos:

    O mapa indica uma srie de pases que sofreram perdas humanas e materiais, em funo de abalos ssmicos registrados durante a recente dcada de 90.Explique a causa da ocorrncia de terremotos nos pases localizados no mapa.

    8 (PUC) Analise as afi rmaes a seguir:PRIMEIRAA grande maioria dos vulces e epicentros mundiais, concentra-se nas proximidades do Oceano Atlntico, com grandes refl exos tectnicos continentais que o circundam.SEGUNDANa faixa denominada Crculo do Fogo, encontram-se montanhas de formao recente e de considerveis altitudes, ainda sujeitas intensa ao endgena.

    a) se apenas a primeira afi rmativa verdadeira;b) se apenas a segunda afi rmativa verdadeira;c) se as duas so verdadeiras e uma justifi ca a outra;d) se as duas so verdadeiras mas uma no justifi ca a outra;e) se as duas afi rmativas so falsas.

    9 Por que muito importante manter a cobertura vegetal nos morros?

    EXERCCIOS

    1 (PUC) Analise as afi rmaes e responda:I) Os deslocamentos horizontais das placas tectnicas so impulsionadas pelo peso dos sedimentos e das geleiras sobre a superfcie do planeta;II) Os dobramentos modernos, que deram origem formao das cordi-lheiras, foram resultado dos movimentos convergentes de placas;III) Os continentes ou terras emersas e as bacias ocenicas incrustados em rochas densas na parte superior das placas.

    a) se apenas a afi rmao I estiver corretab) se apenas as afi rmaes I e II estiverem certasc) se apenas as afi rmaes I e III estiverem certasd) se apenas as afi rmaes II e III estiverem certase) se todas as afi rmaes estiverem corretas

    2 (UFC) A teoria da tectnica de placas procura explicar a formao dos continentes e dos oceanos bem como do relevo submarino.Entre as proposies sobre esta teoria, considere as seguintes:I) A cordilheira meso-ocenica do Atlntico formada a partir do afasta-mento de duas placas tectnicas;II) A cordilheira dos Andes formada a partir do afastamento de duas placas tectnicas;III) O vulcanismo e os terremotos podem ser conseqncias diretas da movimentao de placas tectnicas.Com relao s afi rmativas, correto afi rmar que:

    a) apenas I verdadeira;b) apenas II verdadeira;c) apenas III verdadeira;d) I e III so verdadeiras;e) I, II e III so verdadeiras.

    3 (UFSCAR) O ano de 1999 foi apontado como um dos mais catastr-fi cos do sculo, com a ocorrncia de diversos terremotos que abalaram reas como a Cidade do Mxico, Bangladesh, Turquia, Grcia, Taiwan e Colmbia.Esses fenmenos esto associados, principalmente

    a) teoria da isostasiab) tectnica de placas;c) espessura da litosfera;d) ao erosiva dos terrenos sedimentares;e) aos dobramentos antigos e eroso elica.

    4 (UFRJ-Adaptada) De que forma pode haver a existncia de vul-ces em reas fora das bordas de placas tectnicas?

    5 (UFPI) Assinale a alternativa que contm os principais agentes in-ternos de formao do relevo

    a) tectonismo, vulcanismo e abalos ssmicos (terremotos);b) eroso, abraso e corroso;c) pedognese, terremoto e eroso;d) vulcanismo, eroso e sedimentao;e) abalos ssmicos, deslizamento e pedognese.

    6 (UFSM) Os principais terremotos que abalaram o mundo nos lti-mos anos, so causados, principalmente:I) Movimento das placas tectnicas que deslizam sobre o magma que se encontra no interior da Terra e que se chocam em determinados pontos da crosta terrestre, dando origem aos dobramentos modernos;

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    DEPOIS

    Com as obras de saneamento do Governo Federal, a partir de 1930, o canal da maioria desses rios foi retifi cado, alargado e aprofundado. Verifi cou-se, posteriormente, que esses trabalhos acabaram aumentando o assoreamento do fundo da Baa.Explique a diferena entre os ritmos de assoreamento anterior e posterior obra.

    16 (UNIRIO-RJ) Compare os grfi cos apresentados responda:

    Qual climograma corresponde localidade situada no Hemisfrio Norte?Se voc correlacionar a linha da temperatura com a distribuio das chuvas, qual dos climogramas apresenta vero chuvoso e inverno seco? Qual a caracterstica guardada pela outra fi gura com relao aos mes-mos elementos?Qual o nome do tipo climtico que pode ser atribudo s fi guras 1 e 2, respectivamente?

    17 (UNB-DF)

    Com base no mapa anterior, no qual se pode visualizar o trajeto das principais correntes martimas, julgue os itens seguintes como verdadeiros ou falsos.

    ( ) Existem inter-relaes das correntes marinhas com a ocorrncia de determinados tipos climticos, como a existncia de um clima rido da regio costeira.( ) Correntes marinhas so produzidas por fl uxos de ar.( ) As caractersticas das correntes marinhas quente e fria em uma determinada rea tm infl uncia na produtividade pesqueira.( ) No mapa, as correntes representadas no espao contguo aos continentes sul-americano e africano apresentam direes e senti-dos que variam de acordo com as estaes do ano.

    10 Sem considerar a ao antrpica (ao do homem), mencione os agentes exgenos (externos) de formao do relevo. Explique de forma resumida comos atuam esses agentes;

    11 (PUC) As rochas, antes de serem trabalhadas pela eroso, so preparadas por um conunto de reaes qumicas e/ou fenmenos fsi-cos, para essa ao de desgaste.A essa fase que precede a eroso, denominamos:

    a) abraso;b) intemperismo;c) orognese;d) evapotranspirao;e) estratifi cao.

    12 (UFRJ) Os vulces causam a destruio de cidades e de vidas, mas tambm podem signifi car fonte de recursos. No mapa abaixo esto representadas as zonas de vulcanismo no mundo.

    a) Explique os condicionantes da ocorrncia de erupes vulcnicas no Crculo de Fogo e nas dorsais ocenicas.b) Apresente e explique uma possiblidade de aproveitamento eco-nmico das reas sujeitas a vulcanismo.

    13 (UFPB) A geomorfologia uma disciplina de apoio geografi a, e estuda as formas da superfcie terrestre, bem como os processos respon-sveis pela gnese e mutao dessas formas. Nesse sentido, correto afi rmar que:

    a) as falsias so produtos de um processo conhecido como abra-so (eroso) marinha;b) as dunas so formas tipicamente litorneas e, nesse caso, as linhas de dunas encontram-se sempre bordeando o mar;c) os vales em V so resultado do intemperismo biolgico.d) as voorocas so causadas por falhas e dobras tectnicas;e) os meandros de rios so produzidos pela eroso elica.

    14 A formao de uma restinga est ligada a processos naturais de retifi cao da costa.Explique o processo de formao de uma restinga.

    15 (UFRJ) At o incio do sculo XX, os rios que cortam a Baixada Fluminense e desguam na Baia de Guanabara eram sinuosos, formando meandros.

    ANTES

  • 2008 - Caderno 1 95

    10 e 15 espcies.O notvel padro de diversidade das fl orestas tropicais se deve a vrios fatores, entre os quais podemos citar:

    a) altitudes elevadas e solos profundos.b) a ainda pequena interveno do ser humano.c) sua transformao em reas de preservao.d) maior insolao e umidade e menor variao climtica.e) alternncia de perodos de chuvas com secas prolongadas.

    22 (UFRJ) O efeito estufa um fenmeno natural e fundamental existncia da vida na Terra, entretanto, sua intensifi cao tem causado srios danos ao nosso planeta.

    a) Quais seriam os fatores que levariam a essa intensifi cao?b) Quais a conseqncias provveis da intensifi cao desse efeito ?

    23 (UFES)

    Para responder a esta questo, analise as fi guras anteriores. Qual a al-ternativa que no descreve os movimentos das massas de ar que atuam no territrio brasileiro?

    a) No inverno, a Massa Polar Atlntica pode penetrar no territrio brasileiro at as imediaes do norte do pas, mas no provoca que-da de temperatura, j que esta regio est sob o domnio da Massa Equatorial Continental, quente e mida.b) A Massa Equatorial tem sua funo atenuada durante o inverno, devido ao avano das massas polares.c) A Massa Equatorial Continental, apesar de se originar sobre o continente sul-americano, quente e mida.d) Durante o inverno, a Massa Equatorial Atlntica tem sua atuao restringida devido ao avano da Massa Tropical Atlntica, que se desloca em funo do avano da Massa Polar Atlntica.

    e) No Brasil predominam os climas quentes e midos, uma vez que 92% do seu territrio est na zona intertropical do planeta, sob forte infl uncia das massas de ar ocenicas.

    24 (ENEM) Dentre os fatores abaixo, qual deles no representa uma das causas da desertifi cao?

    a) desmatamentob) uso intensivo do solo na agriculturac) erosod) pecuria extensiva

    e) efeito estufa

    18 (PUC-RS) Responder questo com base no mapa que representa a localizao de cidades hipotticas e nas afi rmaes a seguir.

    I. As cidades A e B, por estarem em latitudes semelhantes, sempre apre-sentam as mesmas caractersticas de temperatura.II. As cidades D e E se caracterizam por invernos rigorosos e veres quentes, pois esto em latitudes semelhantes e tm o mesmo grau de continentalidade.III. As cidades C e A, apesar de estarem em altitudes semelhantes, apre-sentam caractersticas climticas diferentes: a cidade A mais quente e mida que a C.IV. Caso a cidade D esteja a mais de 4000 metros de altitude acima do nvel do mar, apresentar uma presso atmosfrica que a cidade E, que se encontra no nvel do mar.Pela anlise das afi rmativas, conclui-se que esto corretas somente:

    a) I, II e IIIb) I e IIIc) III e IVd) I e II e) II e IV

    19 (Fuvest-SP) No sul do Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul durante o inverno, temos a ocorrncia de chuvas. Ao contrrio, na maior parte do Sudeste, o inverno corresponde a um perodo de estia-gem. Explique esta diferena climtica.

    20 A respeito da dinmica do quadro natural, leia as afi rmativas a seguir.I. A existncia de desertos pode estar associada a causas diferenciadas tais como: a infl uncia dos centros de altas presses subtropicais, a pre-sena de um relevo montanhoso e a infl uncia de correntes martimas frias.II. Nas regies de clima mido aparecem formas suaves e arredondadas de relevo devido ao predomnio da decomposio qumica das rochas, enquanto nas regies ridas desenvolvem-se formas abruptas como re-sultado da desagregao mecnica do material rochoso.III. A vegetao o elemento mais importante do sistema natural no s por diminuir os efeitos da eroso, mas tambm por interferir nas condi-es climticas ao funcionar como fator regulador do regime de chuvas.Assinale a opo que representa a(s) afi rmativa(s) correta(s).

    a) I e II b) II e IIIc) apenas IIId) I, II e IIIe) apenas II

    21 Sabe-se que uma rea de 4 hectares de fl oresta, na regio tropical, pode conter cerca de 375 espcies de plantas, enquanto uma rea fl o-restal do mesmo tamanho, em regio temperada, pode apresentar entre

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau96

    27 Um jatinho particular levanta vo de uma cidade localizada a 15 oriental do Meridiano de Greenwich s 22h do dia 10 de janeiro, em di-reo cidade de So Paulo. Depois de nove horas do incio da viagem, o avio pousa na capital paulista. Sabendo que grande parte do territrio brasileiro estava participando do horrio de vero, indique, abaixo, a al-ternativa que corresponda ao dia e hora em que o avio pousou em So Paulo (horrio local):

    a) 3h do dia 11 de janeiro.b) 5h do dia 11 de janeiro. c) 3h do dia 10 de janeiro.d) 4h do dia 10 de janeiro.e) 4h do dia 11 de janeiro.

    26 Observe o mapa a seguir.

    SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas.So Paulo: tica, 2003. p.114. [Adaptado].

    A leitura e a interpretao do mapa, por meio da anlise da rede geo-grfi ca e dos pontos de referncia, indicam que o municpio de Sabar localiza-se:

    a) ao Norte de Belo Horizonte e ao Sul de Caet.b) a Oeste de Nova Lima e a Leste de Santa Luzia.c) a Leste de Belo Horizonte e a Oeste de Caet.d) a Oeste de Raposos e a Leste de Santa Luzia.e) ao Sul de Raposos e ao Sul de Taquarau de Minas

    25 A percepo de que a localizao de um ponto qualquer su-perfcie poderia ser indicada a partir de um sistema de coordenadas geogrfi cas representou grande avano para a humanidade.Desde ento, o Sol e outras estrelas foram usados como pontos de referncia para a determinao das coordenadas de um lugar. Atual-mente, o aparelho conhecido como Sistema de posicionamento Global (GPS) fornece de imediato as coordenadas que buscamos. O GPS tambm tem sido usado, cada vez com maior freqncia, para diversas outras fi nalidades.a) Quais so os pontos de referncia usados pelo GPS em substitui-o ao Sol e s estrelas?b) Apresente um exemplo de uso do GPS no mundo atual.

    bserve o mapa a seguir.

  • 2008 - Caderno 1 97

    a) Apenas I, II e IV so verdadeirasb) Apenas I e II so verdadeirasc) Apenas IV e V so verdadeirasd) Apenas I, II, IV e V so verdadeirase) Apenas I, II, III e V so verdadeiras

    30 (Uespi) Uma determinada ponte tem a extenso de 14km. Vamos supor que ela precisa ser representada, para estudos de Geografi a dos Transportes, numa carta topogrfi ca confeccionada na escala de 1:100 000. Qual ser a sua extenso nessa carta?

    a) 10 cmb) 140 cmc) 11 cmd) 14 cme) 10,4 cm

    31 Em mapa cuja escala de 1: 8 000 000, a distncia em linha reta entre duas cidades de aproximadamente 18 cm. Qual a distncia real entre as duas cidades?

    28 Analise o mapa a seguir:

    Tendo por base a localizao geogrfi ca dos pontos assinalados no mapa e seus conhecimentos, correto afi rmar que:

    a) os pontos C e E esto no Hemisfrio Sul, em zona subtro-pical; possuem a mesma longitude (40), mas esto em lati-tudes diferentes e fazem parte da rea de disperso dos ventos Alseos de sudeste.b) o ponto F est localizado em uma regio de ventos polares por causa da alta presso, tpica das zonas de baixa latitude, como no caso do Crculo Polar Antrtico.c) o ponto D mais setentrional do que o ponto E; ambos esto localizados no Hemisfrio Oriental, a leste de Greenwi-ch, e possuem a mesma longitude (20), mas as latitude so diferentes.d) no ponto A, os raios solares nunca incidem perpendicu-larmente superfcie terrestre; apesar de o ponto A estar no mesmo hemisfrio do ponto B, tem sua hora adiantada em relao a este ponto.e) na latitude do ponto D, as temperaturas tendem a ser me-nores do que na latitude do ponto B, apesar de ambos estarem no hemisfrio meridional, em diferentes zonas climticas.

    29 Em sntese, o Brasil um pas inteiramente Ocidental, predominan-temente do Hemisfrio Sul e da Zona Intertropical. Considere as afi rmaes:I. O Brasil situa-se a oeste do meridiano de Greenwich.II. O Brasil cortado ao norte pela linha do Equador.III. Ao sul, cortado pelo Trpico de Cncer.IV. Ao sul cortado pelo trpico de Capricrio, apresentando 92% do seu territrio na zona intertropical, entre os trpicos de Cncer e de Ca-pricrnio.V. Os 8% restantes esto na zona temperada do sul.

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau98

    BIBLIOGRAFIALEPSCH, I.F. Formao e Conservao dos Solos, Ed. Ofi cina de Textos,

    So Paulo, 2002.

    MAGNOLI, Demtrio, OLIC, Nelson Bacic & ARAUJO, Regina. Mdulos de Geografi a. Sistema UNO, 2005.

    MARINA, Lucia & TRCIO. Geografi a Srie Novo Ensino Mdio. Ed. ti-ca, 2005.

    MOREIRA, J. C. & SENE, E Geografi a Geral e do Brasil: Espao geogr-fi co e globalizao. Ed. Scipione, 2004.

    PIFFER, Oswaldo. Geografi a no Ensino Mdio. Coleo Horizontes. Ed. IBEP, 2001.

    TEIXEIRA, W. et al (Orgs) Decifrando a Terra. So Paulo, Ed. Ofi cina de Textos, 2000.

    VESENTINI, Jos Willian. Geografi a Srie Brasil. Ensino Mdio. Volume nico. Ed. tica, 2003.

  • 2008 - Caderno 1 99

    GEOGRAFIA BRASILORGANIZADORES

    Leandro Almeida [email protected]

    Rafael Peres [email protected]

    Willian Andrion [email protected]

    ORIENTADORES

    Prof. Dr Letcia Parente

    Prof. Mrcio Viveiros

    Estrutura Geolgica do Brasil:Chamase estrutura geolgica de um local as rochas que o compem, onde apresenta diferentes tipos e idades, originam-se de diferentes processos geolgicos. Isto muito importante, pois, as riquezas minerais a elas esto associadas e que papel o relevo e o solo tero neste local.

    Escala de tempo geolgico e os principais acontecimentos

    ERAS PERODOS POCAS INCIO(1000 ANOS) PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

    CENOZICO

    QUARTENRIOHOLOCENO 10 -Intensa variao climtica, com alternncia

    de perodos glaciais e interglacias. Evoluo e aparecimento do homem.PLEISTOCENO 1800

    TERCIRIO

    PILOCENO 5.300- Devido ao deslocamento das placas tectni-cas, surgem as grandes cadeias montanho-sas modernas por dobramentos modernos (Alpes, Rochosas, Andes, Himalaia). Forma-o de novas bacias petrolferas.

    MILOCENO 24.000

    OLIGOCENO 33.000

    EOCENO 54.000

    PALEOCENO 65.000

    MESOZICO

    CRETCEO 142.000 - Desagregao do Pangea, dando origem aos continentes at-uais. No fi nal do Jurssico, a Amrica do Sul se separa da frica. Surgimento dos dinossauros e mamferos. Formao de jazidas de petrleo. Derrame basltico na bacia sedimentar do Paran (intensas erupes vulcnicas).

    JURSSICO 206.000

    TRISSICO 248.000

    PALEOZICO

    PERMIANO 290.000 - Formao de paleocontinentes (Gonduana, Laursia, Bltica e outros) que se agregam num s, constituindo o superconti-nente Pangea. Neste, formam-se cadeias montanhosas antigas (Apalaches, Urais). Desenvolvimento de vegetao no Devoniano e carbonfero e intensa eroso das rochas existentes, formando bacias sedimentares com jazidas de carvo mineral por conta do soterramento de extensas reas de fl orestas. Formao de reser-vas de calcrio.

    CARBONFERO 354.000

    DEVONIANO 417.000

    SILURIANO 443.000

    ORDOVICIANO 495.000

    CAMBRIANO 545.000

    PR-CAMBRI-ANO

    PROTEROZICO 25.000.000 - Resfriamento da terra, levando a formao dos primeiros min-erais e rochas. No decorrer dos milhes de anos as rochas foram sendo erodidas e os seus sedimentos formaram as primeiras rochas sedimentares.ARQUEANO 4.560.000

    Adapatado de: Salgado, Carla. PVS-CEDERJ. 1 ed. Rio de Janeiro, 2005.

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau100

    onte: Cunha e Guerra, Geomorfologia do Brasil, p. 18.

    Concentrao de minerais no terreno cristalino e em bacias sedimentares

    .SIMIELLI, Maria. Geoatlas. Ed Atica, 2005

    Pois bem , a estrutura geolgica quanto ao tipo de rocha no globo terrestre pode ser dividida em Trs:

    1. Escudos cristalinos ou macios antigos que so compostos por ro-chas cristalinas (gneas ou magmticas e metamrfi cas), so estruturas bastantes resistente e rgida, de idades geolgicas bem antigas, da era pr-Cambriana e da paleozica.2. Bacias sedimentares so as mais recentes que os escudos cristali-nos, datam das eras Paleozica, Mesozica e cenozica. So consti-tudas por detritos acumulados e composta por rochas sedimentares, originam plancies, planaltos sedimentares.3. Dobramentos modernos so elevaes do terreno em conseqncia de presses originadas no interior do planeta (dobramentos) no perodo Tercirio e formam cadeias montanhosas jovens (Andes e Himalaia)

    Porm, a estrutura geolgica brasileira formada por:

    Escudos cristalinos (36%).

    Bacias sedimentares (64%).

    No existem dobramentos modernos no Brasil.

    As terras brasileiras tm sua formao no perodo proterozico e arqueozico (era Pr-Cambriana), predominando bacias sedimentares (plancies fl uviais ou litornea), ricas em petrleo (Recncavo Baiano e Bacia de Campos), e escudos cristalinos, ricos em minerais metlicos (Carajs e quadriltero de MG).

    Fonte:(Magnoli, Demtrio. Projeto de ensino de Geografi a. So Paulo, Editora Moderna, 2001)

    Fonte:Ross, Jurandyr. Geografi a do Brasil, pgina 47.

  • 2008 - Caderno 1 101

    - Planalto: forma de relevo em que a eroso supera a sedimentao. Portanto, um relevo que sofre desgaste, destruio, ao contrrio do que sugere o nome, uma superfcie irregular com altitude acima de 300 metros. o produto da eroso sobre rochas cristalinas ou sedimentares. Pode ter morros, serras ou elevaes ngremes de topo plano (chapadas).

    Fonte: http://www.vestibular1.com.br/

    - Plancie: forma de terreno mais ou menos plana em que a sedi-mentao (deposio) supera a eroso. Portanto, um relevo em for-mao. Note que as defi nies no consideram cotas altimtricas. Podemos encontrar uma plancie a 4.000 m de altitude (Altiplanos Andinos) e um planalto a 20 m de altitude (Bacia Amaznica). formada pelo acmulo recente de sedimentos movimentados pelas guas do mar, de rios ou de lagos. Ocupa poro modesta no con-junto do relevo brasileiro.

    Obs.: No confundir bacias sedimentares com plancie. A estrutura geolgica sedimentar corresponde origem, formao e composio do relevo, ocorrida h muito tempo atrs. Durante sua formao, a bacia sedimentar era (ou ) uma plancie. Porm, hoje, pode estar em um processo de desgaste e corresponder a um Planalto Se-dimentar. Ex.: Baixo Plat Amaznico.

    Fonte http://www.vestibular1.com.br/

    - Serra: terreno muito trabalhado pela eroso. Varia de 600 a 3.000 metros de altitude. formada por morros ou cadeias de morros pon-tiagudos (cristas). No se confunde com escarpa: serra se sobe por um lado e se desce pelo lado oposto. um conjunto de morros.

    - Escarpa: terreno muito ngreme, de 100 a 800 metros de altitude. Lembra um degrau. Ocorre na passagem de reas baixas para um planalto. impropriamente chamada de serra em muitos lugares, como na Serra do Mar, que acompanha o litoral.

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    - Depresso: exibem predomnio de processos erosivos, mas, caracterizam-se por superfcies suavemente inclinadas e bastante aplainadas, superfcie entre 100 e 500 metros de altitude com su-ave inclinao, formada por prolongados processos de eroso. mais plana do que o planalto.

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    -Tabuleiro: superfcie com 20 a 50 metros de altitude em contato com o oceano. Ocupa trechos do litoral nordestino. Geralmente tem o topo muito plano. No lado do mar, apresenta declives abrup-tos que formam as chamadas falsias ou barreiras.

    http://www.vestibular1.com.br/

    Na regio sul do pas encontraremos carvo mineral na Bacia Pa-ranica, onde verifi ca-se a ocorrncia do cinturo de carvo mineral, estendendo-se do Paran at ao Rio Grande do Sul. Os dois mapas acima representam forma diferentes de classifi car a estrutura geolgica do Brasil por diversos autores. O Rio Grande do Sul possui as maio-res reservas e Santa Catarina o maior produtor de carvo mineral e o nico produtor brasileiro de carvo metalrgico. As jazidas carbonferas localizam-se na poro leste da bacia do Paran.

    SANTOS, Douglas et al. Geografi a cincia do espao: o espao brasileiro. Ed Atual.

    UNIDADES DE RELEVORelevo Continental: Relevo so as formas e compartimentos da superfcie do planeta (serra, montanha, colina, planalto, plancie, de-presso, entre outras). Essas formas e compartimentos defi nem-se em funo da atuao de agentes internos e externos crosta terrestre..

    -Agentes internos (formadores) - vulcanismo, terremotos, movi-mento das placas; foras tectnicas em geral.

    - Agentes externos (modeladores) - chuva, vento, geleiras, rios, lagos, mares; agentes erosivos em geral.

    Transformao nas formas do relevo pelas aes dos agentes externos

    A orognese (formao de uma montanha) ocasionada por agen-tes internos (dobramento, vulco ou falha geolgica), sua forma atual decorre da ao de agentes externos. Antigamente, na classifi cao do relevo, considerava-se apenas aquilo que se via no terreno, as cotas altimtricas, por exemplo. Dizia-se que Planalto era um plano alto e Plancie um plano baixo. Atualmente a dinmica tectnica e erosiva levada em considerao na determinao e classifi cao das formas do terreno. Assim, temos por defi nio:

    LUCCI, Elian et al. Geografi a Geral e do Brasil. Ensino Mdio. Ed Saraiva, 2005.

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau102

    Fonte: http://www.vestibular1.com.br/

    1)Aroldo Azevedo, a dcada de 40, fez o primeiro mapa do relevo brasileiro, ainda hoje usado em livros escolares. Dividia o pas em oito unidades de relevo, planaltos (Guianas, Central, Meridional, Atlntico) e as plancies (Amaznica, Pantanal, Gacha e a Cos-teira)

    2)J Aziz AbSaber, Utilizou o mapa anterior e incluiu mais uni-dades: os Planaltos (das Guianas, Central, Meridional, Serras e Planaltos do leste e sudeste, Uruguaio-Rio-Grandense e o Nor-destino), j as plancies so (Terras baixas Amaznica, Pantanal, Meridional, Terras Baixas Costeiras).

    3) Jurandyr Ross, criou 28 unidades de relevo e eles so: Por ser um territrio predominantemente tropical, com elevadas temperaturas, chuvas normalmente abundantes e reduzidas ativi-dades geolgicas internas (vulcanismo, terremotos, dobramentos), os maiores modifi cadores do relevo brasileiro com exceo do ser humano, so o clima (chuvas e temperatura) e a hidrografi a (rios e lagos).

    No Brasil, temos altitudes modestas, a maior delas o pico da Neblina com 3014 m de altitude, perto da fronteira do Brasil com a Vene-zuela. O restantes das elevaes em sua maioria esto em torno de 900 metros de altitude, isto, ocorre por conta da ausncia de dobramentos modernos no Brasil, ou seja, isto quer dizer que no perodo TERCI-RIO, o Brasil no foi atingido pelos dobramentos que se verifi cam na costa oeste da Amrica do Sul (cordilheira dos Andes).

    Os escudos cristalinos do perodo ARQUEOZICO, foram des-gastados pelo constante processo erosivo, formando regies de baixas altitudes, porm, isto no quer dizer que predominantemente estas regi-es so de plancies, ou seja, na verdade, o relevo brasileiro constitu-do por planaltos com alguns chapades e serras, alm das depresses e plancies que ocupam bem menos de um quinto do territrio do Brasil.

    Aps verifi carmos as diferentes classifi caes do relevo continen-tal, podemos agrupar em trs principais tipos de relevo no Brasil, PLA-NALTOS, DEPRESSES e PLANCIES:

    Os planaltos que so circundados ou cercados por depresses so divididos em quatro:

    1.0) Planaltos em bacias sedimentares, so os planaltos sedimentares tpicos (Amaznia Oriental, Chapadas da Bacia do Parnaba e do Paran);

    1.2) Intruses e coberturas residuais de plataforma, so as coberturas sedimentares de diversos ciclos de eroso, pontilha-dos de serras e morros isolados associados a intruses granticas ou derrames vulcnicos antigos (Planaltos e chapadas dos Parecis, Planaltos residuais Norte-Amaznico e Planaltos Sul-amaznico);

    - As curvas de nvel so linhas que unem pontos do terreno com a mesma altitude. Quando desenhadas num perfi l de relevo, per-mitem a prtica do terraceamento agrcola, para proteger o solo da eroso, j que os degraus fazem com que diminua a velocidade de escoamento superfi cial da gua. Vistas em planta, permitem a visualizao tridimensional do terreno. Quanto maior a declividade do terreno, maior aproximao entre as curvas; quanto menor a declividade, maior o afastamento entre elas.

    Fonte: SENE, E. Geografi a geral e do Brasil. So Paulo: Scipione, 1998.

    As cotas altimtricas Brasileiras so divididas em:Terras baixas com 41%- sendo de 0 a 100 m com 24,09% e de 101 a 200 m com 16,91%;

    Terras altas com 58,46% - sendo 201 a 500 m com 37,03% e de 501 a 800 m com 14,68% e de 801 a 1200 m com 6,75%

    reas culminantes com 0,54 sendo 1200 a 1800 com 0,52% e acima de 1800 0,02%

    Fonte: (Anurio estatstico do Brasil 1997).

    CLASSIFICAO DO RELEVO BRASILEIRO POR:

    Fonte: http://www.vestibular1.com.br/

  • 2008 - Caderno 1 103

    Fonte: Ross, Jurandyr. Geografi a do Brasil. P.53.

    Fonte:(Magnoli, Demtrio. Projeto de ensino de Geografi a. So Paulo, Editora Moderna, 2001)Corte latitudinal do relevo da Amaznia.

    O Relevo submarino e litoralO relevo submarino subdividido em quatro partes:

    Plataforma continental.

    Talude.

    Regio Abissal.

    Regio Pelgica.

    1.0) Plataforma Continental: a continuao do continente (SIAL), mesmo submerso. Possui profundidade mdia de 0 a 200 m, o que signifi ca que a luz solar infi ltra-se na gua, o que gera condies propcias atividade biolgica e ocasiona uma enorme importncia econmica - a PESCA. H tambm, na plataforma con-tinental, a ocorrncia de petrleo.

    2.0) Talude: desnvel abrupto de 2 a 3 km. o fi m do continente.

    3.0) Regio Abissal: quando ocorre aparece junto ao talude e cor-responde s fossas marinhas.

    4.0) Regio Pelgica: SIMA - o relevo submarino propriamente dito, com plancies, montanhas e depresses. Surgem aqui as ilhas ocenicas:

    - Vulcnicas, como Fernando de Noronha.

    - Coralgenas, como o Atol das Rocas.

    1.3) Cintures Orognicos, so os planaltos e serras situa-dos em terrenos de rochas metamrfi cas associadas a magmticas (Planaltos e Serras do Atlntico Leste-Sudeste, de Gois-Minas, Serras Residuais do Alto Paraguai);

    1.4) Ncleos Cristalinos Arqueanos, so aqueles qus estam em reas de dobramentos antigos soerguidos em forma de abba-das (Planalto da Borborema e Sul Rio-Grandense).

    2.0) As Plancies, constitui-se terrenos de deposio (sedimenta-o) recente de origem fl uvial, marinha ou lacustre. No Brasil, as plancies esto associadas a existncia de reas sedimentao de rios, lagoas e do mar, elas so classifi cadas em seis: plancies do Rio Amaznia, Rio Araguaia, Plancie e Planalto do rio Guapor, Plancie e Pantanal Mato-Grossense, Pla-ncie da Lagoa dos Patos e Mirim e Plancie e Tabuleiros Litorneos.

    3) As Depresses, existem em grande quantidade no pas, so resultados de intenso processos erosivos nas bordas das bacias sedimentares. A depresso Amaznica Ocidental uma rea de baixa altitudes (cerca de 200 m) que margeia a plancie Amaznica, uma forma de relevo aplainada onde predominam as baixas co-linas, no Brasil esto classifi cadas em onze: Depresses Ama-znia Ocidental, Marginal Norte-Amaznica, Sul-Ama-znica, Araguaia, Cuiabana, do alto Paraguai-Guapor, Miranda, Sertaneja e do So Francisco, Tocantins, Peri-fricas da Borda Leste da Bacia do Paran e Depresso Perifrica Sul- Rio-Grandense.

    Fonte: Ross, Jurandyr. Geografi a do Brasil. P.53.

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau104

    Restinga de Marambaia

    Formas litorneas de relevo:- Barra a sada para o mar aberto.

    - Saco, baa ou golfo possuem a mesma confi gurao. O que muda a escala ou a dimenso, sendo o saco o menos extenso, e o golfo, o maior. Caso a entrada dessas formaes seja interrompida por uma restinga, formam-se lagoas costeiras

    - Ponta, cabo ou pennsula, so formas de relevo que avanam do continente para o oceano. Assim como no caso anterior, o que muda a dimenso.

    fonte: http://www.vestibular1.com.br/

    O litoral corresponde zona de contato entre o oceano e o con-tinente; em permanente movimento, possui variao de altura - as mars, que so infl uenciadas pela lua. Quando, durante o movimento das guas ocenicas, a sedimentao supera o desgaste, surgem as praias, recifes e restingas. Quando o desgaste (eroso) supera a se-dimentao, surgem as falsias (cristalinas ou sedimentares).

    Fonte: http://www.vestibular1.com.br/

    FALSIAS

    RESTINGAS( A E B)

  • 2008 - Caderno 1 105

    Fonte: Sene, E. Geografi a geral e do Brasil. So Paulo: Scipione, 1998.

    O principal problema ambiental relacionado ao solo a eroso superfi cial ou desgaste, que ocorre em trs fases principais: intempe-rismo, transporte e sedimentao. No Brasil, o escoamento superfi cial da gua o principal agente erosivo, portanto, o horizonte A, o primei-ro a ser desgastado, a eroso acaba com a fertilidade natural do solo. Da quanto maior a velocidade de escoamento da gua, maior a capacidade de se transportar material em suspenso (sedimentos), quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentao (deposio sedimentar). A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da den-sidade da cobertura vegetal. Quando temos uma fl oresta primria ou no, a velocidade baixa, j em rea desmatada, a velo-cidade de escoamento superfi cial alta e a gua transporta muito material em suspenso, o que intensifi ca a eroso e diminui a quantidade de gua que se infi ltra no solo.

    Portanto, para se combater a eroso superfi cial, h dois cominhos: manter o solo recoberto por vegetao ou quebrar/romper a velocidade de escoamento utilizando tcnicas de cultivo em curva de nvel, seja se-guindo as cotas altimtricas na hora da semeadura, seja plantando em terraos. Outro problema que natural em solos de clima tropical, sujeitos a grandes ndices pluviomtricos, a eroso vertical, ou seja, a lixiviao e a laterizao. A gua que percola ou infi ltra no solo escoa atravs dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, fazendo uma lavagem qumica do solo, ou seja, lavando e transportando os sais minerais hidrossolveis (sdio, potssio, clcio) o que retira a fertilidade do solo, j a laterizao a formao de uma crosta ferruginosa (a laterita).

    - Enseada a praia com aspecto cncavo.

    - Recife a barreira de origem biolgica(carapaa de animais ma-rinhos) ou arenosa (restinga que se consolida em rocha sedimen-tar) prxima praia, diminuindo ou mesmo bloqueando a ao das ondas.

    OS SOLOS BRASILEIROSQualquer rocha, ao sofrer intemperismo, transforma-se em solo,

    adquire maior porosidade, e como decorrncia h penetrao de ar e gua, o que cria condies para o desenvolvimento de formas vegetais e animais, estes, por sua vez, fornecem matria orgnica superfcie do solo, aumentando sua fertilidade. Ento, o solo constitudo por rocha intemperizada, ar, gua e matria orgnica, formando um manto de intemperismo que recobre a superfi cialmente as rochas da crosta terrestre. O solo dividido ou esta organizado da seguinte forma:

    Solo intemperismo

    Fonte: Lepsch, Igo F. Formao e Conservao dos Solos. So Paulo: Ofi cina de Textos, 2002

    - Horizonte A - a matria orgnica fornecida pela fauna e fl ora de-composta, encontra-se concentrada apenas na poro superfi cial do solo, a mais importante para a agricultura, por conta da sua fertilidade.

    - Horizonte B - tem espessura varivel de acordo com o clima, responsvel pela intensidade e velocidade da decomposio da rocha, encontramos rocha intemperizada, ar e gua.

    - Horizonte C - a rocha em processo de decomposio.

    - Horizonte D ou R a rocha matriz, que originou o manto de intemperismo ou solo. Sob as mesmas condies climticas, cada tipo de rocha origina um tipo de solo diferente, ligado sua constituio mineralgica: do gnaise, o solo de massap.

    Obs.: Todos os solos de origem sedimentar, encontrados em bacias sedimentares e aluvionais, no apresentam horizontes, por se formarem a partir do acmulo de se-dimentos em uma depresso, e no por ao do intem-perismo na rocha, porm, so extremamente frteis, por possurem muita matria orgnica.

  • Curso Pr-Vestibular de Nova Iguau106

    dunas. Em direo ao interior, os tabuleiros predominam entremeados de colinas, nos tabuleiros os solos so latossolos amarelos, enquanto nas colinas e morros situam-se os argissolos e alguns latossolos ver-melhos. No Recncavo Baiano, existe o vertissolo que popularmente chamado de massap.

    No Meio NorteAs palmceas (zonas de cocais, onde predominam a palmeira

    babau), tendo caractersticas intermedirias para a regio Amaznica, porm, nas partes baixas e prximas costa, ocorrem Plitossolos e ao redor de extensa rea dunas (lenis maranhenses), nas elevaes, encontram-se os argissolos e latossolos amarelos.

    O SertoEngloba uma rea relativamente rebaixada em relao aos planaltos

    da bacia do rio Parnaba (Maranho e Piau), da serra da Borborema (leste de Pernambuco e Paraba), chapada Diamantina (Bahia) e das serras do Atlntico (sudeste da Bahia). uma regio com chuvas irregulares con-centradas somente quatro meses do ano e ar muito seco e quente. A gua escassa tanto por causa das poucas chuvas como tambm pela razo dos solos serem muito rasos ou salinos, por isso, a capacidade de armazenar gua pequena. Seus principais solos so os luvissolos, argissolos ver-melhos, so pouco profundos, com cerca de 40 a 60 cm de solum acima da rocha, relativamente ricos em nutrientes e freqentemente apre-sentam uma camada de pedras e cascalhos superfcie . Nas elevaes do relevo existem, os neossolos e afl oramentos rochosos (formando os insel-bergues), Nas partes baixas do relevo onde quase plano ocorrem solos salinizados e vertissolos. Ao longo de alguns cursos de gua ocorrem os solos aluviais, porm, so relativamente baixos (destaca-se o curso mdia dos rios So Francisco e Parnaba).

    Os planaltos e chapadas Nordestinas Compreendem uma destacada paisagem inserida nas rebaixadas

    zonas de caatinga. Eles so os divisores da bacia dom rio Parnaba (Ma-ranho e Piau), serra da Borborema (leste de Pernambuco e Paraba), Chapada Diamantina (Bahia) e serras do Atlntica (sudeste da Bahia), possuem temperaturas menos elevadas, pluviosidade maior e os solos so mais profundos (so ilhas verdejantes-entremeados na caatinga).

    No semi-rido do Nordeste, os solos so, em sua maioria, ricos em elementos nutritivos para as plantas, mas, apresentam limitaes para a agricultura, sendo a maior relacionada com a pouca espessura do solum e regime escasso e incerto de chuvas.

    Em locais que o solo mais espesso, as limitaes climticas po-dem ser corrigidas com prticas adequadas de irrigao e drenagem, desde que exista gua de boa qualidade e em quantidades adequadas, destaca-se uma faixa de terras ao longo do rio So Francisco, onde existem solos aluviais profundos e abundncia de gua, com reas cultivadas com plantas hortcolas (uvas, meles, ce-bolas e batatas), apresentando altas produtividades

    Solos da Regio Centro-Oeste

    Esta regio engloba os Estados de Mato Grosso do Sul, e Goi-s, compreende dois principais domnios naturais: o Planalto Central (com Chapades entremeados de vales, matas de galerias) e a Plancie do Pantanal. No Planalto Central predominam os latossolos vermelhos e alguns neossolos (principalmente as areia quartzosas) nas sua su-perfcies quase planas das chapadas e nas reas de relevo suavemente ondulado. Nas reas mais midas ocorrem os solos de organossolos e gleissolos, e nas reas mais elevadas e quase planas, os plintossolos ptricos e argissolos.

    Solos da Amaznia

    Abrange os Estados do Amazonas, Acre, Amap, Par, Rondnia, Roraima e Tocantis, bem como a parte norte do Mato Grosso e oeste do Maranho, umas das primeiras confuses quanto ao solos desta regio que ele seria constituindo, em sua maior parte, por plancies pantanosas com dominncia de solos hidromrfi cos (Gleissolos e Plintossolos). Porm, as vrzeas e os pntanos esto localizados em uma faixa estreita ao longo dos principais rios, por isso, a maior parte dos solos desta re-gio esto localizados em terras fi rmes e em locais bem drenados. Outro mito quanto a fertilidade, pois, se sabe que a maior parte deles pobre em nutrientes e a sua punjana da vegetao esta mais ligada a lumino-sidade, temperatura e umidade constantemente elevadas. A maior parte dos nutrientes est contida mais na prpria fl oresta (ou biomassa). Dessa forma, a fl oresta consegue se manter com as quantidades mnimas necessrias de nutrientes, os quais no so totalmente removidos pelas guas das chuvas devido abundncia e constncia de razes que conti-nuamente os reabsorvem.

    Na Amaznia existe uma pequena rea de solos relativamente ricos (solos aluviais) e os solos relacionados com a ocorrncia de rochas balsticas (popularmente conhecidos como terras roxas). Nas reas montanhosas (onde se situa o pico da Neblina, planalto dos Parecis), ocorrem solos pouco desenvolvidos.

    Solos do Nordeste

    Nordeste: Quatro realidades distintas

    Nesta regio, os solos so bastante diferentes e esto estreitamente relacionados com o tipo de clima: no Meio Norte (parte leste do Mara-nho e oeste do Piau); a Zona da Mata (englobando algumas dezenas de Km da estreita faixa litornea que vai do Rio Grande do Norte at o sul da Bahia); o Serto (compreende as terras semi-ridas, ou polgono das secas, que vai desde o Piau at o Norte de Minas Gerais); e o Agreste (faixa intermediria entre a Zona da Mata e o Serto).

    MOREIRA, Igor. O espao geogrfi co. Ed Atica.

    A Zona da Mata uma faixa litornea relativamente estreita, de clima mais

    chuvoso desde o leste do Rio Grande do Norte at o Sul da Bahia, con-tribui para essa quantidade de chuvas os chamados ventos alsios que vem do oceano prximo. Existe uma faixa de areias de antigas praias e

  • 2008 - Caderno 1 107

    3- reas montanhosas compreendidas pelos planaltos e serras do sudeste (serra do Mar e Mantiqueira), compreende a maior parte dos Estados do Esprito Santo, Rio de Janeiro e partes do leste de So Paulo e Minas Gerais, domnio de mata Atlnti-ca, hoje substituda por campo e pastagens, nos mares de morros predominam os argissolos e latossolos vermelhos-amarelos, de-senvolvidos de granitos, gnaisses e xisto. Nas partes serranas, nas partes ngremes, impede que se desenvolva um bom solo, predo-minam os solos neossolos litlicos e Cambissolos diversos (solos pouco desenvolvidos).

    4 - planaltos de origem sedimentar, situados no oeste dos Estados de Minas Gerais e So Paulo, j a oeste de So Paulo, te-mos latossolos, vermelhos e amarelos, neossolos quartzarnicos (areias quartzosas), porm, as solos mais frteis so as chamadas terras roxas. Os solos mais produtivos desta regio so achados nos vales dos rios Parnaba, Grande e Paranapanema e grande par-te oeste de So Paulo

    Solos da Regio Sul

    Esta regio compreende os Estados do Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, uma reas de transio entre os climas tropicas e sub-tropical ou temperado, portanto, as diferenas deste solo nesta re-gio por conta das condies climticas, pois, nas zonas mais elevadas do planalto Meridional a vegetao natural era da mata de Pinhais ou Araucrias. Nela so comuns os solos desenvolvidos de rochas bsicas (basalto), originando as terras roxas e as terras brunas em locais midos e frios (latossolos e nitossolos), so altamente frteis, comuns no oeste do Paran, onde no inicio era cultivado caf e agora cultiva-se soja, milho, trigo.

    Nas encostas de planaltos, em reas de relevo mais acidentado, ocorrem neossolos litlicos, argissolos e cambissolos. J em reas de encosta pouco ngreme e sobre rocha basltica, comum aparecerem Chernossolos (maior expresso no extremo sul e so conhecidos como terras pretas de Bag, relevo predominantemente suave, quase plano, e vegetao de gramneas.

    Na faixa costeira, principalmente ao redor das lagoas dos Patos e Mirim, existem considerveis reas de solos desenvolvidos sob condi-es de excesso de gua ou de areias de antigas praias, destacando-se os solos planossolos gleicos, os gleissolos e os neossolos quartzarni-cos. Grande parte deste planossolos e gleissolos so utilizados para o cultivo de arroz irrigado.

    CLIMAS DO BRASIL- TEMPO: Condies da atmosfera em um instante e local particular.

    O tempo est sempre mudando. Compreende os elementos: Tem-peratura do ar, precipitao, presso do ar, visibilidade, umidade, vento e nuvens

    - CLIMA: se medirmos e observarmos os elementos do tempo por muitos anos, ns obtemos um tempo mdio ou o que chamamos clima. Isso inclui tambm o estudo dos extremos de tempo.

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