Srie Romanos O Evangelho de Cristo Jesus Mensagem 1 Srie Romanos O Evangelho de Deus Mensagem 21 Somos devedores. (Texto: Rm 1:8~15) 1. Introduo. O Brasil um dos pases com a taxa de juros mais alta do mundo. Isso significa dizer que nesse pas, pegar um emprstimo caro e muito arriscado. Se eu no pagar a fatura do meu carto de credito, por exemplo, no valor de R$1.000,00, eu pago 12,50% a.m. de juros sobre os R$1.000,00. Se eu no pagar essa dvida por um ano, terei acumulado uma dvida de R$4.109.89. Se eu no pagar por 10 anos, terei uma dvida de R$1.374.999.99! Sabe por qu? No Brasil, o clculo de juros exponencial, ou seja, pagamos juros sobre juros. Depois de 10 anos, essa dvida de R$1.000,00 torna-se, literalmente, impagvel. A mensagem de hoje sobre divida. Mas no essa que contramos com a empresa de carto de crdito, mas aquela que contramos com o nosso prximo. Ningum gosta de viver endividado. Talvez seja uma das piores coisas nessa vida. Mas voc um devedor. Talvez voc nunca tenha se dado conta disso mas desde o momento em que voc virou cristo, voc contraiu uma divida com o seu prximo. No fique assustado. Essa dvida, a nica dvida boa que existe no mundo. Mas uma dvida que precisa ser paga. Durante duas semanas, vimos sobre a identidade, misso e propsito do ministrio de Paulo. Tambm meditamos sobre o Evangelho de Deus. Esse evangelho que to real que se encarnou em uma pessoa: Jesus Cristo. O assunto do Evangelho de Deus, que o nome da nossa srie em Romanos, perpassa por todas as pginas dessa carta. justamente esse Evangelho que nos torna devedores uns dos outros. Mas esse Evangelho no era a mensagem da graa? Por que ento dvida? Essa dvida no financeira. Mas uma dvida de amor. E como pagamos essa dvida? sobre isso que falaremos hoje. Que o Esprito Santo ilumine todos os nossos coraes para que possamos sair daqui orgulhosos de sermos devedores do amor de Deus! 2. Exposio do texto. (Rm 1:1~7)8

Primeiramente, agradeo a Deus, por meio de Jesus Cristo, por causa de todos vocs, porque a f de vocs anunciada em todo o mundo. 9 Por isso, Deus, a quem sirvo no meu esprito, no evangelho de seu Filho, minha testemunha de como sempre me lembro do vocs 10 em as minhas oraes: que de alguma maneira, haja uma boa oportunidade para visitar vocs, pela vontade de Deus.1

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Pregado no MEP dia 13 de maro de 2011.

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Porque desejo v-los para compartilhar com vocs algum dom espiritual para fortalec-los,12

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isto , para que eu e vocs sejamos mutuamente encorajados pela f.13

Irmos, no quero que ignorem que muitas vezes planejei visit-los (mas at agora tenho sido impedido), para colher algum fruto entre vocs, como tambm entre os demais gentios. 14 Sou devedor tanto a gregos e a brbaros, a sbios e ignorantes. 15 Por isso, quanto a mim, estou pronto para anunciar o Evangelho tambm a vocs que esto em Roma. 1. A comunho atravs da orao.

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Primeiramente, agradeo a Deus, por meio de Jesus Cristo, por causa de todos vocs, porque a f de vocs anunciada em todo o mundo. Por isso, Deus, a quem sirvo no meu esprito, no evangelho de seu Filho, minha testemunha de como sempre me lembro do vocs em as minhas oraes: que de alguma maneira, haja uma boa oportunidade para visitar vocs, pela vontade de Deus. (vss. 8~11) Depois de um prlogo que vai do versculo 1 at o 7, finalmente o apstolo Paulo comea a se dirigir de maneira direta aos seus leitores em Roma. A primeira coisa que ele faz agradecer a Deus pelos prprios cristos que vivem naquela cidade. Roma era a cidade mais importante do mundo, era a capital do Imprio Romano. A cidade onde os imperadores moravam e de onde toda a deciso importante nascia. L havia cristos que guardavam e anunciavam a sua f em Jesus. Ao lembrar-se deles, Paulo agradeceu a Deus. No sabemos qual era a intensidade da f dos cristos em Roma, mas o simples fato de existir uma igreja naquela cidade j era uma conquista muito grande para o Evangelho. porque a f de vocs anunciada em todo o mundo (vr. 8b), ou seja, todos os cristos espalhados pelo mundo (o mundo banhado pelo Mar Mediterrneo), estavam de olho nos cristos de Roma. Sem que os romanos tenham se dado conta, eles haviam se tornado em um tipo de modelo para os demais. Por isso, Deus, a quem sirvo no meu esprito, no evangelho de seu Filho, minha testemunha de como sempre me lembro do vocs em as minhas oraes: que de alguma maneira, haja uma boa oportunidade para visitar vocs, pela vontade de Deus (vss. 9~11). Paulo queria muito poder visitar Roma. No por causa da exuberncia daquela cidade. Mas justamente por causa dos cristos que moravam l. A preocupao de Paulo era baseado em pessoas. O interesse de Deus est em pessoas, no em pases, instituies ou objetos.

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A orao de Paulo a Deus pelos romanos consistia em que ele tivesse uma oportunidade de visit-los. Vale lembrar que Paulo no havia fundado a igreja em Roma. Talvez isso tambm seja um fator importante que despertou o desejo de visitar aquela cidade e os irmos. Paulo queria conhec-los, fortalecer seus laos com eles Meus irmos. Quando lemos esses versculos, vemos que Paulo no era uma pessoa que ostentava sua condio de apstolo se isolando dos demais. Ele no tinha seguranas que impediam o contato com as pessoas. Ontem chegou no Brasil o presidente Obama e voc viu o esquema de segurana que foi montado para garantir que ningum no desejado entrasse em contato com ele. Muitas pessoas que so importantes e famosas se fecham em seu prprio mundo cortando relaes com qualquer um que no lhe convenha. No. Paulo era uma pessoa de ntimos relacionamentos. O Evangelho havia ensinado isso para ele. O Evangelho de Deus a histria de como Deus se relaciona com as pessoas. Mas havia um grande problema para Paulo: a distncia. Provavelmente, Paulo estava na cidade de Corinto, um porto grego, quando escreveu essa carta. Isso no era problema para Paulo. Havia uma maneira dele se relacionar e comungar com seus irmos, mesmo separados pela distancia, mesmo sem conhec-los: a orao. Para ns, a distncia nunca foi um problema. Ns que somos cristos, nos relacionamos uns aos outros de maneira espiritual: no h distncia ou barreira que possa nos separar uns dos outros. Orar adentrar nessa dimenso. Posso interceder pelos irmos que esto do outro lado do mundo com o mesmo efeito de quando o irmo est do nosso lado e podemos falar com ele face a face. Estamos diante do maior desastre natural no Japo. At agora, mais de 7.000 pessoas mortas e mais de 10.000 desaparecidas. Nvel de radiao preocupante, alerta de contaminao. O que ns daqui do Brasil podemos fazer em favor deles: primeiramente (vr. 1), orar! O que orar se no depender da vontade de Deus (vr. 15)? Gostaria de que pudssemos, agora, levantar um clamor de orao pelo Japo, vamos orar durante 5 minutos, para que Deus tenha misericrdia e compaixo dos japoneses. 2. A comunho atravs do contato Porque desejo v-los para compartilhar com vocs algum dom espiritual para fortalec-los, isto , para que eu e vocs sejamos mutuamente encorajados pela f. Irmos, no quero que ignorem que muitas vezes planejei visit-los (mas at agora tenho sido impedido), para colher algum fruto entre vocs, como tambm entre os demais gentios. (vr. 3) Paulo no ficava apenas no mbito da orao. Muitas pessoas que pensam que s orar basta. Claro que orar fundamental, mas muitas vezes podemos fazer Algo mais, alm de orar, pelos nossos irmos. Veja o exemplo de Paulo aqui. Primeiramente, ele se dirigiu a Deus em orao em favor dos irmos em Roma. Mas ele no deixou de cultivar em seu corao a vontade de ir pessoalmente e conhec-los. Se a comunho espiritual importante, a comunho fsica tambm . Ns, enquanto estivermos aqui nessa terra, no somos apenas esprito, mas tambm corpo. A nossaPaulo Sung Ho Won www.sunghojd.blogspot.com

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comunho com os irmos deve ter esses dois aspectos. Por isso, posso te dizer que no existe vida crist for a do mbito de uma comunidade. No existe vida crist genuna sozinho e trancafiado no quarto. Cristianismo comunho com Deus e comunho com os irmos! Paulo queria visitar Roma, para poder compartilhar () algum dom espiritual para fortalec-los (vr. 11). Esses dons espirituais que Paulo desejava compartilhar com seus irmos podem ser entendidos como capacitao, ou habilidade, dado pelo Esprito Santo, para que o cristo possa servir a Deus de uma maneira melhor. So os mesmos dons que Paulo nos fala, por exemplo, em Rm 12:6 e1Co 12. Paulo queria fazer isso com um propsito: espiritual para fortalec-los, isto , para que eu e vocs sejamos mutuamente encorajados pela f (vss. 11b,12). Os dons que Deus nos d por meio do Esprito Santo tem essa finalidade: edificao. Mais uma vez, Paulo est pensando em comunidade! Irmos, no quero que ignorem que muitas vezes planejei visit-los (mas at agora tenho sido impedido), para colher algum fruto entre vocs, como tambm entre os demais gentios (vr. 13). Paul queria ver na igreja de Roma frutos do seu labor apostlico, tanto entre os judeus convertidos, como tambm entre os gentios. Que fruto era esse? Creio quer era o fruto gerado no corao das pessoas que se submetem e vivem o Evangelho de Deus. Esse mesmo fruto to bem explicado por Paulo em Gl 5:22,23. Qual o grande ensinamento de Paulo nesses trs versculos? Somos convidados por Jesus a experimentarmos os frutos de uma comunho genuna que perpassa o mbito espiritual e corporal entre todos os cristos! Mas o ponto aqui era que Paulo no queria uma comunho com os romanos porque era simplesmente legal. Comunho no s sair para comer e assistir um filme juntos. Existe uma motivao muito mais profunda. 3. Sou devedor! Ento a pergunta deve ser por que ter comunho? Paulo inverte a ordem nos apresentando primeiro os aspectos e as implicaes de uma genuna comunho entre os irmos. Mas para qu tudo isso? aqui que podemos ler o corao de Paulo. Veja novamente o versculo 14: Sou devedor tanto a gregos e a brbaros, a sbios e ignorantes.. Imagine que vocs deve uma grande quantia de dinheiro a algum. Isso no um problema muito grande desde que voc tenha o dinheiro para pagar integralmente a dvida. Mas a coisa comea a complicar quando voc no tem o dinheiro e no teria nunca como juntar toda essa quantia para pagar o seu credor. Imagine que voc tivesse uma dvida de R$1.374.999.99 a pagar. O que voc faria? Agora, vamos pensar com Paulo: Ele foi salvo por Jesus, sem merecimento algum. Ele recebeu salvao e um apostolado. Foi um benefcio concedido de graa por Deus. Logo, natural que Paulo se sentisse em dvida com Deus. Mas o interessante aqui que ele no diz que se sente em dvida com Deus, mas sim, com os gregos e brbaros (ou seja, todos aqueles que no falavam grego), sbios e ignorantes (ou seja, todos aqueles que no conheciam a cultura helnica), ou seja, com todos os gentios!

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Paulo tinha conscincia plena de seu chamado: lembra o primeiro versculo de Romanos? Paulo, escravo de Cristo Jesus, chamado para ser apostolo, separado para a proclamao do Evangelho de Deus (Rm 1:1). Ora, para Paulo, aquilo era uma questo de dvida, ou seja, aquilo era a sua obrigao diante de Deus. A maneira que Paulo tinha de saldar a dvida com Deus era pregando o Evangelho aos gentios. lgico que nunca conseguiremos pagar a dvida de amor que temos com Deus. Mas o quanto voc tem se esforado para retribuir a Deus tudo o que Ele tem feito por voc? O quanto voc tem feito para cumprir o chamado de Jesus na sua vida? Mais uma vez: no estou falando de dvida financeira. Estou falando da dvida de amor que temos com Deus. Quando temos essa dvida com Deus, tambm a temos com todas as pessoas, por que no h vida crist fora do mbito de uma Comunidade. Amar a Deus e amar o prximo Paulo resume muito bem essa idia em Rm 13:8: No fiqueis devendo coisa alguma a ningum, a no ser o amor de uns para com os outros; pois quem ama o prximo tem cumprido a lei. Com que sentimento Paulo pregava o evangelho? Com amor! O amor torna nossa comunho perfeita! Ns devemos ao mundo a pregao desse Evangelho de Deus em amor. Ns devemos aos nossos irmos o encorajamento que vem da f. Ns devemos a todas as pessoas do mundo as nossas oraes e as nossas aes de piedade e justia. Eu e voc somos devedores em Cristo! Somos devedores para com Deus, mas tambm, somos devedores uns para com os outros. Dentro da igreja, somos devedores em edificao mutua. No mundo, somos devedores em anunciar o Evangelho a todas as pessoas. uma tarefa difcil pagar essa dvida, mas s h uma maneira: pelo amor. Concluso: Por causa dessa dvida, Paulo podia dizer: Por isso, quanto a mim, estou pronto para anunciar o Evangelho tambm a vocs que esto em Roma. (vr. 15). A salvao recebemos de graa. Mas a partir de ento, nos tornamos em devedores no amor. Essa divida nunca ser zerada. Mas o quanto voc vive para corresponder da melhor maneira possvel o infinito amor de Deus, por meio de Jesus Cristo? Quero terminar essa mensagem dizendo que eu e voc somos devedores. A Deus nem precisa falar. Mas quero enfatizar que vocs so devedores a cada pessoa que est vivendo hoje no mundo! Voc pode no ter tomado emprstimo de dinheiro mas sobre voc est o mandamento de Jesus, de amar a todos, ao seu prximo, de maneira semelhante ao que voc ama a Deus. Baseado nesse amor, que devemos ter uma comunho ntima entre ns, nos edificando, mas tambm, no nos esquecemos que l fora, mais de seis bilhes de pessoas ainda esperam ouvir de voc a maior e melhor notcia: o Evangelho de Deus!

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