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    Educao Unisinos

    1010101010(1):69-77, jan/abr 2006 2006 by Unisinos

    Resumo: No quadro da Sociedade da Informao, levmos a cabo uma investigao de tipodesenvolvimento1 que se debrua sobre o processo de concepo, implementao e avaliaode um modelo de ambiente virtual de aprendizagem (prottipo de dispositivo na Internet)destinado ao ensino universitrio. A disciplina que serve a modelizao a TecnologiaEducativa, na formao inicial de professores. Uma das finalidades do trabalho foi compreendero processo global de designdo ambiente e proceder sua validao para desenvolvimentosfuturos. Outra finalidade foi discutir uma problemtica de carcter pedaggico que se relacionacom questes como: Qual a mais-valia, do ponto de vista pedaggico, da introduo dastecnologias webno ensino superior presencial universitrio? A flexibilizao permitida porestas tecnologias pode potenciar a autonomia dos estudantes e, consequentemente,permitir-lhes a aquisio de competncias necessrias para aprender ao longo da vida? Queacontece quando se utiliza um sistema desta natureza? Apresentamos no texto o estudo eenfatizamos a metodologia adoptada pela sua novidade no contexto portugus.

    Palavras-chave: investigao-desenvolvimento, e-learning, pedagogia universitria.

    Abstract: Within the framework of the Information Society, we carried out a developmentalresearch2 that focuses on the process of conception, implementation and evaluation of avirtual learning environment model (prototype of an Internet device) aimed at universityteaching. The course that serves the modelization is Educational Technology in the contextof initial teacher training. One of the purposes of the research was to understand theoverall process concerning the design of the environment and validate it for furtherdevelopment. Another aim was to discuss a pedagogical issue that is related to questionssuch as: From a pedagogical perspective, what is the gain in introducing web technologies

    Metodologia do desenvolvimento: umestudo de criao de um ambiente de e-

    learning para o ensino presencialuniversitrio

    Developmental methodology: a study aboutan e-learning environment for face-to-face

    university teaching

    Lia Raquel [email protected]

    1 Esta investigao, financiada pela FCT-Fundao para a Cincia e a Tecnologia, configurou uma tese de doutoramento orientada por Elas Blanco da

    Universidade do Minho e co-orientada por Genevive Jacquinot-Delaunay da Universidade de Paris 8. A tese foi defendida em Maro de 2004 eeditada no mesmo ano pelo CIEd-Centro de Investigao em Educao da Universidade do Minho, sob o ttulo A comunicao educativa emambientes virtuais: um modelo de design de dispositivos para o ensino-aprendizagem na universidade. A investigao foi apresentada de formasumria no VIII Congresso da SPCE-Sociedade Portuguesa de Cincias da Educao que decorreu em Castelo Branco em Abril de 2005.2 This research, financed by the FCT-Fundao para a Cincia e a Tecnologia (Foundation for Science and Technology), represented a doctoraldissertation supervised by Elas Blanco (University of Minho) and co-supervised by Genevive Jacquinot-Delaunay (University of Paris 8). Thedissertation was defended in March 2004 and edited in that same year by the CIEd-Centro de Investigao em Educao (Center of Research inEducation), University of Minho, with the titleA comunicao educativa em ambientes virtuais: um modelo de design de dispositivos para o ensino-aprendizagem na universidade. The research was summarily presented at the VIII Congress of the SPCE-Sociedade Portuguesa de Cincias daEducao (Portuguese Association of Education Science), which took place in Castelo Branco, April 2005.

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    at university presential teaching? Can the flexibilization allowed by these technologiespotentiate learners autonomy and, thus, enable the acquisition of skills that are necessaryfor them to learn throughout their lives? What happens when a system like this is used? Inthe text we present the study and emphasize the methodology adopted due to the factthat it is new in the Portuguese context.

    Key words: developmental research, e-learning, university pedagogy.

    Enquadramento

    No mbito das Cincias da Edu-cao perfilhamos o princpio de quea comunicao a pedra de toque darelao educativa. O caso que apre-sentamos neste texto aborda a co-municao educativa em ambientesvirtuais porque aborda a Internet eocorre em plena Sociedade da infor-mao que se pretende Sociedade doConhecimento.

    A investigao levada a cabo tevecomo objectivo conceber um prot-tipo que constitusse um modelo dedesign de dispositivos para o ensi-no-aprendizagem na universidade:um modelo entendido como uma re-presentao possvel, uma base detrabalho; de design porque esteconstitui um mtodo de resoluo deproblemas que implica concepo-

    desenvolvimento-implementao-avaliao; de dispositivos para oensino-aprendizagem porque se tra-ta de estruturas intencionais espec-ficas; na universidade enquanto de-limitao visto que a disciplina queserviu o modelo foi a TecnologiaEducativa, na formao de profes-sores e em ensino presencial.

    Uma primeira finalidade foi com-preender o processo de design des-se modelo (como se faz e que impli-caes emergem). Uma segunda fi-

    nalidade, concomitante, foi a de dis-cutir uma problemtica de carcterpedaggico consubstanciada emquestes como: Qual a mais-valia,do ponto de vista pedaggico, daintroduo das tecnologias web noensino superior presencial universi-

    trio? A flexibilizao permitida porestas tecnologias pode potenciar aautonomia dos estudantes e, conse-quentemente, permitir-lhes a aquisi-o de competncias necessriaspara aprender ao longo da vida? Queacontece quando se utiliza um siste-ma desta natureza? Qual a mais-valia, do ponto de vista pedaggico,da introduo das tecnologias webno ensino superior presencial uni-versitrio? A flexibilizao permitidapor estas tecnologias podepotenciar a autonomia dos estudan-tes e, consequentemente, permitir-lhes a aquisio de competnciasnecessrias para aprender ao longoda vida? Que acontece quando seutiliza um sistema desta natureza?

    Com aquele objectivo e com es-tas finalidades o objecto de investi-gao surgiu com dupla natureza:

    processo e produto. Como tratar, doponto de vista da metodologia dainvestigao, um tal objecto?

    O mtodo cientfico tradicionalpode ser resumido no conhecidopoema de Antnio Gedeo Lgrimade Preta:

    Encontrei uma preta/ que estava achorar,/ pedi-lhe uma lgrima/ para aanalisar./Recolhi a lgrima/ com todoo cuidado/ num tubo de ensaio/ bemesterilizado./Olhei-a de um lado,/ dooutro e de frente:/ tinha um ar de gota/muito transparente./ Mandei vir oscidos,/ as bases e os sais,/ as drogasusadas/ em casos que tais./Ensaiei afrio,/ experimentei ao lume,/ de todasas vezes/deu-me o que costume:/Nem sinais de negro,/ nem vestgiosde dio./ gua (quase tudo)/ e cloretode sdio.

    Como enquadrar o nosso objectoduplo numa lgica de questo-for-mulao de hiptese-verificao-concluso?

    A resposta encontrmo-la na me-todologia do desenvolvimento queabordamos de seguida.

    A metodologia do

    desenvolvimento

    O nosso posicionamentoepistmico inclina-se para uma atitu-de fenomenolgica por oposio auma atitude positivista.

    As normas cientficas exigemuma interaco constante entre osmtodos e os objectos de estudo.Esta interdependncia significa, porum lado, que a natureza de umobjecto de investigao impe umcerto tipo de percurso (logo, uma

    abordagem metodolgica) e, por ou-tro lado, que a adopo de um mto-do condiciona a escolha do objectode investigao e o tipo de dados arecolher (Gauthier, 1986 in Mass,1992, p. 178).

    Esta uma das assumpes paraa definio da metodologia queadoptmos. Outra assumpo queas grandes finalidades da investiga-o cientfica so duas: a contesta-o dos dogmas e a trangresso dossaberes (Van Der Maren, 1996, p. 5).

    A primeira finalidade consiste emcolocar em questo, criticar, contes-tar o senso comum, o bom senso, asteorias e as maneiras de pensar damaioria ou das autoridades () [por-que] a verdade absoluta no existe.A questo da verdade um proble-

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    ma metafsico e apenas seguindo ummtodo filosfico poderamos discu-ti-lo (Van Der Maren, 1996, p. 5-6).A segunda finalidade consiste emtransgredir os saberes admitidos() trans-gredir os conhecimen-tos actuais e procurar novas ideias,colocar novas hipteses para podertentar novas solues (Van DerMaren, 1996, p. 6).

    Ainda segundo Van Der Maren(1996, p. 9), a contestao cientficano significa anarquia nem revolu-o porque feita de acordo com asregras do jogo que so constitudaspelas normas e pela tica daactividade cientfica.

    O nosso objecto de investigao

    no se enquadra na investigao daaprendizagem o que os estudan-tes aprendem, propriamente dito. Onosso objecto enquadra-se antes navertente ensino como ensinarmelhor tendo em mente o estu-dante como razo de ser desse ensi-no (estudante valorizado de per si),beneficirio imediato e com os direi-tos que lhe assistem numa socieda-de democrtica que ambiciona trans-formar-se numa sociedade de conhe-cimento.

    Sendo o nosso objecto de estu-do, como j referimos, a concepo,construo e implementao de umambiente virtual que possa contribuirpara a aprendizagem, tal implica queanalisemos o processo e os procedi-mentos e que analisemos as opiniesdos estudantes que vo usar esse am-biente. Estamos, portanto, perante si-tuaes muito diferentes que, conse-quentemente, exigem abordagensmetodolgicas diferentes e variadas.As regras do jogo para esta abor-dagem so definidas pela Investiga-

    o de Desenvolvimento, no seio dainvestigao aplicada que inclui a in-vestigao avaliativa e a investiga-o de interveno (Van Der Maren,1996, p. 158-184).

    Este tipo de investigao podetomar trs formas: desenvolvimento

    de conceito, desenvolvimento deobjecto e desenvolvimento ou aper-feioamento de habilidades pesso-ais enquanto utenslios profissionais(Van Der Maren, 1996, p. 178). A nos-sa investigao enquadra-se na se-gunda forma, ou seja, no desenvol-vimento de objecto.

    O desenvolvimento de objectovisa soluo de problemas formu-lados a partir da prtica quotidiana,utilizando diversas teorias elabora-das pela investigao nomottica.Enquanto investigao aplicada, eficaz porque traz solues para osproblemas, e as teorias s quais re-corre apenas servem a procura des-sas solues (Van Der Maren, 1996,

    p. 179). Este procedimento interes-sa ao campo da didctica e este odomnio, conjuntamente com atecnologia educativa, onde se encon-tra este tipo de investigao (VanDer Maren, 1996, p. 179).

    Seguindo um percurso prximo daresoluo de problemas (que em in-gls se sintetiza no termo design),uma investigao desta natureza co-mea, de forma geral, por analisar opossvel objecto (que possa respon-der a uma necessidade identificada),conceptualisar esse objecto parapoder elaborar um modelo (uma re-presentao dos elementos que ovo compor), elaborar estratgias derealizao, avaliar as possibilidadesde concretizao, proceder cons-truo de uma forma provisria des-se objecto (prottipo) e implement-lo (Van Der Maren, 1996, p. 179-180).

    Este entendimento da metodolo-gia traduz uma perspectivacanadiana com a qual nos identifica-mos bastante pela sntese operadaentre pragmatismo e fundamentao

    terica reflexiva.Mas outros autores tratam estametodologia particular e passamos areferi-los, comeando por um pontode vista europeu, continental, ou sejapor De Ketele e Roegiers (1999), abor-dando seguidamente um ponto de

    vista norte-americano (Richey e Nel-son, 1996).

    A investigao de desenvolvi-mento ou investigao tecnolgicavisa essencialmente a aco, sendoo valor prioritrio a que se refere aeficcia. (De Ketele e Roegiers, 1999,p. 111). O investigador procura cons-truir utenslios, com o conhecimentodas leis cientficas, e procura gene-ralizaes limitadas a determinadoscontextos. Neste esforo, o inves-tigador tentar enunciar leistecnolgicas generalisveis num de-terminada contexto ou, mais simples-mente, regras tecnolgicas para a ela-borao ou para a utilizao de umdado instrumento (De Ketele e

    Roegiers, 1999). Este autor arrumaeste tipo de investigao na catego-ria de investigaes experimentaisque podem ser de trs tipos diferen-tes: a investigao cientfica funda-mental ou de laboratrio; a investi-gao cientfica no terreno; e a in-vestigao tecnolgica ou de desen-volvimento (De Ketele e Roegiers,1999, p. 112).

    A investigao cientfica ou tec-nolgica exploratria, como toda ainvestigao experimental, compor-ta uma fase heurstica e uma fase deconfirmao, sendo a primeira feitade observao e reflexo a fim degerar hipteses (De Ketele eRoegiers, 1999, p. 116-117).

    Assim, segundo a tipologia dasinvestigaes apresentada por estesautores, o nosso trabalho enquadra-se, parcialmente, na investigao dedesenvolvimento ou investigaotecnolgica ou ainda investigaoaplicada (De Ketele e Roegiers, 1999,p. 111-112) visto coincidir com os cri-trios de caracterizao: (1) orienta-

    o prioritria para instrumentos emateriais vlidos, fiveis egeneralisveis em contextos bem de-finidos; (2) necessidade de previsoe de verificao com recurso a dispo-sitivos experimentais; (3) exigncia deuma estimativa do grau de validade e

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    fiabilidade de determinadas medidas;(4) generalizao aplicvel a contex-tos especficos; (5) repetibilidade; (6)os destinatrios da investigao, ouseja, decisores e investigadores; e (7) ovalor prioritrio de eficcia, no nossocaso entendida por objectividade na re-soluo de um problema concreto (DeKetele e Roegiers, 1999, p. 120-121).

    Mais especificamente, pensamosque se enquadra, tambm, na de-signada por investigao cientficaou tecnolgica exploratria (DeKetele e Roegiers, 1999, p. 116-117)visto coincidir com alguns doscrtrios acima enunciados: (1) orien-tada para a gerao de hipteses; (5)repetibilidade assegurada; (6) os des-

    tinatrios da investigao, ou seja,investigadores; e (7) o valorprioritrio da criatividade (De Ketelee Roegiers, 1999, p. 120-121).

    Assim, e ainda no quadro traadopor De Ketele e Roegiers (1999), onosso trabalho constitui uma investi-gao em parte experimental, em par-te de desenvolvimento ou tecnolgi-ca, em parte cientfica ou tecnolgicaexploratria e, portanto, as funesque assume a nossa recolha de da-dos (ao longo do processo) so, con-soante o momento, heurstica,prospectiva, predictiva (grau reduzi-do), reguladora, de previso (grau re-duzido), de verificao e de concep-o ou desenvolvimento (De Ketelee Roegiers, 1999, p. 143).

    A noo de desenvolvimento im-plica crescimento gradual, evoluoe mudana e o conceito aplicadoem muitas reas de estudo e prtica(e.g. desenvolvimento profissional,desenvolvimento do currculo). Aestas caractersticas que o conceitoapresenta acresce o facto de impli-

    car sempre um processo criativo(Richey e Nelson, 1996, p. 1214). no campo da Tecnologia

    Instrucional, nos Estados Unidos da

    Amrica (Instructional Technology),que a metodologia do desenvolvi-mento vem sendo mais utilizada. Ainvestigao de desenvolvimento,por oposio ao simples desenvol-vimento de instruo, tem sido defi-nida como o estudo sistemtico dodesenho [design], desenvolvimentoe avaliao de programas instrucio-nais, processos e produtos que de-vem respeitar os critrios de consis-tncia interna e de eficincia (Seelse Richey, 1994, p. 127 in Richey eNelson, 1996, p. 1213).

    Richey e Nelson (1996, p. 1213)acrescentam a esta definio que ainvestigao de desenvolvimentopode constituir, tambm, a) uma si-

    tuao na qual algum executa acti-vidades de design instrucional, dedesenvolvimento ou avaliao e, si-multaneamente, estuda o processo;b) o estudo do impacto de esforosde desenvolvimento ou design deinstruo realizados por outras pes-soas; c) o estudo do processo dedesign instrucional, desenvolvimen-to e avaliao como um todo ou decomponentes particulares desse pro-cesso. Atendendo agora a estes cri-trios, a nossa investigao enqua-drar-se-ia na categoria a), ou seja, naexecuo, na realizao de um pro-duto (o ambiente) e, simultaneamen-te, no estudo do processosubjacente.

    De qualquer modo, design e de-senvolvimento constituem proces-sos relacionados (Richey e Nelson,1996, p. 1214).

    Estes autores tambm consideram(como Van Der Maren, 1996; DeKetele e Roegiers, 1999) este tipo deinvestigao como integrante da in-vestigao aplicada, visto tentar re-

    solver problemas prticos.A tecnologia instrucional que co-nhecemos hoje (EUA)3 emerge, pri-meiramente, de uma convergncia

    dos campos da educao audiovi-sual e da psicologia da instruo(instructional psychology), esta l-tima complementada pela teoria desistemas aplicada instruo (Richeye Nelson, 1996, p. 1216). Esta con-vergncia deu origem ao movimentodo design de sistemas instrucionais(Seels e Richey, 1994) que desabro-chou nos anos sessenta e setenta,assumindo o papel de cincia de li-gao (special linking science) ima-ginado por John Dewey (1900) naviragem do sculo dezanove para osculo vinte (Reigeluth, 1983 inRichey e Nelson, 1996, p. 1216). nesta poca (anos sessenta e seten-ta) que a expresso investigao de

    desenvolvimento aparece (Richey eNelson, 1996, p. 1216).

    A grande diferena entre atecnologia instrucional e outros cam-pos de interveno em educao re-side, no apenas no interesse pelatecnologia mas, tambm, na nfasecolocada no design, desenvolvimen-to e uso de processos e recursos paraa aprendizagem (Seels e Richey,1994). Por este motivo que a inves-tigao de desenvolvimento impor-tante para a evoluo de uma teoriade base neste campo (Richey e Nel-son, 1996, p. 1216).

    Distinguem ainda dois grandestipos de investigao de desenvol-vimento consoante o objectoenfatizado e o resultado: 1) o primei-ro grupo coloca a nfase no estudode produtos especficos ou designde programas, projectos de desen-volvimento e/ou de avaliao, cujoresultado so as lies aprendidascom estes desenvolvimentos espe-cficos e com a anlise das condi-es que facilitam o seu uso; as con-

    cluses dizem respeito a contextosespecficos; 2) o segundo grupo co-loca a nfase no estudo dos proces-sos de design, de desenvolvimento

    3 A Tecnologia Educativa tal como a perspectivamos em Portugal tem como reas de suporte a Teoria Geral de Sistemas, a Psicologia da Aprendizageme a Abordagem Sistmica e distingue-se, parcialmente, da perspectiva da Tecnologia Instrucional norte-americana, apesar de as prticas deinvestigao se aproximarem, hoje em dia, bastante.

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    ou de avaliao, ferramentas ou mo-delos, cujo resultado so novos pro-cedimentos de design, de desenvol-vimento e de avaliao e/ou mode-los e condies que facilitam o seuuso; as concluses sendo generali-zveis (Richey e Nelson, 1996, p.1216-1217).

    A nossa investigao partilha ca-ractersticas dos dois grandes gru-pos: por um lado, coloca a sua nfa-se no estudo dos processos (todo oprocesso de design do ambiente)mas enfatiza, tambm, o produto de-senvolvido (procede a uma avalia-o em situao real); por outro lado,os seus resultados enformam liesaprendidas, mas tambm conduzem

    a novos procedimentos. Claro , parans, que a investigao recai no pri-meiro grupo no que respeita exten-so das generalizaes, que preten-demos limitadas a contextos espec-ficos. Tambm a natureza das con-cluses a inclui neste grupo vistoconstituirem concluses do gneromelhoramentos sugeridos para oproduto (); condies que promo-vem um uso de sucesso do produto(); condies para um mais efici-ente design, desenvolvimento e/ouavaliao do produto (Richey eNelson, 1996, p. 1223).

    sabido que uma das caractersti-cas distintivas da metodologia dodesenvolvimento o emprego de v-rias metodologias de investigao,entendidas enquanto ferramentas quepossam servir as necessidades doinvestigador (Richey e Nelson, 1996;De Ketele e Roegiers, 1999; Van DerMaren, 1996). Cada investigao podeassim, dada a natureza do desenvol-vimento (crescimento gradual, sus-tentado), incluir vrios estdios cada

    um envolvendo anlise e apresenta-o de um conjunto de dados. ()Podem ser conduzidos sub-estudospara analisar e definir o problema, paraespecificar o contedo () paraefectuar uma avaliao formativa ()(Richey e Nelson, 1996, p. 1218).

    Assim, a nossa investigao estorganizada em momentos (estdios)e inclui sub-estudos.

    Finalmente, o nosso pensamentoidentifica-se com a afirmao de MaxGiardina na sua tese de doutoramen-to (Giardina, 1999, p. 131): a investi-gao de desenvolvimento constituiuma experimentao evolutiva naqual o experimentador faz parte inte-grante de um sistema que est a in-vestigar e a transformar e no no ex-terior como na experimentao cls-sica. A sua finalidade primeira no generalizar, comprometer-se nessaactividade nica em si e com umaestrutura e uma funo que se apli-cam a um dado momento e num dado

    tempo. O experimentador est tam-bm comprometido na formulao dehipteses de tipo desenvolvimentoque so antes pressuposiesmensurveis em termos derepetitividade em condies quasi-idnticas ou controladas (Giardina,1999, p. 131).

    A estrutura dainvestigaoapresentada

    O trabalho est organizado emmomentos (trs), de acordo com ametodologia do desenvolvimento.No primeiro momento anlise eavaliao da situao discutem-se os pressupostos tericos que fun-

    damentam a problemtica e apresen-tam-se dois sub-estudos prelimina-res: um questionamento do destina-trio e um levantamento de versesonline da disciplina de TecnologiaEducativa nas universidades pbli-cas portuguesas. O primeiro estudofornece-nos informaes sobre amotivao dos estudantes para utili-zar a tecnologia nos termos propos-tos assim como preferncias relati-vas a contedos, organizao einterface. Com o segundo estudo,verificamos que aquele uso datecnologia se revelou muito elemen-tar e que o modelo pedaggico eraum modelo centrado sobre o conhe-cimento e sobre o professor.

    O segundo momento descreve oprocesso de concepo do protti-po que se funda num modelo peda-ggico centrado na actividade auto-motivada e autnoma do estudantee, portanto, baseado no trabalhocolaborativo por projectos com acen-to na partilha do conhecimentoconstrudo e nos processos meta-cognitivos, de onde a ideia de comu-nidade de aprendizagem.

    O terceiro momento constitui a im-plementao do prottipo que depoisde alojado e testado (usabilidade) foiavaliado mediante um estudo de casoem situao real.

    O primeiro momento traduz-se emquatro captulos. O primeiro Razes de uma problemtica: pressu-

    Figura 1. Os momentos do desenvolvimento.

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    postos procede a uma espcie dearqueologia de conceitos queenformam o pensamento da investi-gadora (das teorias e da realidade,da modernidade e da ps-modernidade, dos paradigmas, dosparadigmas educacionais, da peda-gogia e das teorias da educao, daaprendizagem ao longo da vida, doperfil de competncias do professor)e avana uma proposta de uma novafase/etapa (4) para a TecnologiaEducativa para o sculo XXI, basea-da na esquematizao de Blanco eSilva (1989). Estes autores encarama Tecnologia Educativa numa pers-pectiva sistmica sendo entendidacomo um processo complexo e in-

    tegrado que implica homens e recur-sos numa interaco Homem-mqui-na, mtodos que exigem inovao euma organizao eficiente (engenha-ria de sistemas) para analisar os pro-blemas e imaginar, implantar, gerir eavaliar as suas soluces numa novameta demudanaeducativa (Blancoe Silva, 1989).

    Esta concepo traduz, no nossoentender, de forma extremamente cla-ra, a evoluo do conceito e as suasaplicaes prticas. A terceira etapa,caracterizando-se pela mudana,

    inclui as anteriores apesar de muitassituaes e de muitas prticas con-cretas no terreno corresponderemainda segunda ou mesmo primei-ra etapa. Na Figura 2, transcrevemosa esquematizao das trs fases/eta-pas e acrescentamos uma quartafase/etapa.

    Inclinamo-nos para que uma quar-ta etapa da Tecnologia Educativa surjacomo um processo de integrao doque de positivo tinham (e tm) as eta-pas anteriores de modernizao,optimizao, mudana porque osrecursos tecnolgicos exigem ainteraco homem-mquina e impli-cam o uso de aparelhos (equipamen-tos vrios) que exigem o conhecimen-

    to de tcnicas de operao e apelam engenharias de sistemas.

    Por outro lado, os mtodos cons-tituem ajudas para o ensino e a apren-dizagem e podem gerar inovao da mesma forma que o ensino-apren-dizagem tem componentes de instru-o e componentes de educao quefundamentalmente se orientam parao conceito de aprendizagem, ou seja,para o desenvolvimento da compe-tncia de aprender a aprender a pro-ceder gesto do imprevisto exigidapela sociedade actual.

    Num futuro prximo encaramos apossibilidade de a TecnologiaEducativa vir a apelar a tecnologiasde inteligncia artificial em contex-tos de realidade virtual.

    O segundo captulo Da origemdo problema metodologia cons-titui a problemtica (enquadramento,ensino e aprendizagem, informaoe conhecimento, alfabetizao e com-petncias, o anglicismo e-Learning,contedos e objectos de aprendiza-gem, sntese e perguntas de investi-gao); apresenta a metodologia dodesenvolvimento segundo Van DerMaren (1996), De Ketele e Roegiers(1999) e Richey e Nelson (1996); edelimita a abordagem (o problema/

    objecto de investigao, inteno,finalidades e objectivos, estratgiaglobal, limites e alcance).

    O terceiro captulo Sub-estu-do O destinatrio: potencial pbli-co? discute a noo de pblico,descreve a metodologia adoptada(objecto, instrumento utilizado e tc-nica de anlise, sujeitos e procedi-mentos, objectivos do questionrio,descrio do questionrio); apresen-ta e interpreta os dados (caracteriza-o dos sujeitos, opinio sobre o siteTic-Educa4, expectativas quanto criao de sites de disciplina, con-tedos, apresentao grfica); e con-clui sobre o estudo.

    O quarto captulo Sub-estudoOs sites dedicados disciplina deTecnologia Educativa procede auma verificao do estado da arte emPortugal; descreve a metodologiaadoptada (objecto e delimitao douniverso considerado, finalidade eobjectivos, procedimentos); apre-senta, analiza e interpreta os dados(ocorrncia da disciplina e percurso

    de acesso, as pginas encontradas);interpreta ainda os dados em funodo conceito de flexibilidade que aqui discutido sob a forma de dimen-

    Figura 2. Uma quarta etapa para a Tecnologia Educativa.

    4Siteutilizado num estudo na Universidade do Minho ( Gomes et al., 1998).

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    Metodologia do desenvolvimento: um estudo de criao de umambiente de e-learning para o ensino presencial universitrio

    ses e indicadores; e conclui tam-bm sobre o estudo.

    O segundo momento compostopor apenas um captulo, o quinto Concepo e desenvolvimento doambiente virtual que apresenta omtodo seguido para a concepo,descreve o processo, a finalidade dodesenvolvimento, os objectivos doambiente, os critrios para a concep-o (dados adquiridos, interface vi-sual, aspecto representativo, aspec-to tcnico); apresenta o ambiente fi-nalizado; e descreve o alojamento eas testagens do sistema (testes deusabilidade). A Figura 3 apresenta aarquitectura do dispositivo.

    O dispositivo funda-se numa fi-

    losofia pedaggica centrada naactividade auto-motivada e autno-ma do estudante, baseada no traba-lho colaborativo por projectos comacento na partilha do conhecimentoconstrudo e nos processos meta-cognitivos, de onde a ideia de comu-nidade de aprendizagem.

    Oferece duas interfaces: ainterface dos estudantes e a interfacedo professor que actualiza parte dainformao e faz a sua gesto. Asduas interfaces no exigem compe-tncias informticas avanadas (htmlou editor web) repousando sobre osprocedimentos exigidos para uso dee-mail. A interface dos estudantes

    constituda por cinco seces: Home,Pessoas, Projectos, Recursos e In-formao. Cada seco comportaquatro turnos ou cursos. A Home(pgina de entrada) constitui umaespcie de frum muito simplificadoque pode, eventualmente, ser utili-zado de modo sncrono.

    Em formulrio de registo, os alu-nos podem inserir, para alm de en-dereos electrnicos (e-mail ehomepage) e fotografia (real ou fict-cia), outras informaes que julguempertinentes.

    Todos os registos so integradosnas pginas de curso e destas pgi-nas acede-se s pginas pessoais.

    Na seco Projectos os alunos

    inserem as sinopses dos trabalhosque vo realizando ao longo do anoassim como os respectivos relatri-os (formato word ou pdf), consoan-te vo sendo finalizados.

    Na seco Recursos esto dispo-nveis recursos internos e externos.Os primeiros esto agrupados portipo de documento: textos (sebentas,apontamentos, artigos), apresenta-es electrnicas (powerpoint), ima-gens fixas, vdeo e exerccios (vriosformatos). Os segundos incluem asligaes (links) para sites de interes-se para a disciplina.

    A seco Informao remete paraos aspectos formais, administrativos

    e logsticos da disciplina. O menupop-down inclui entradas para o Pro-grama e normas de avaliao (possi-bilidade de downloaddos ficheirosintegrais), para os Sumrios e paraos Calendrios que indicam as acti-vidades previstas para cada aula efornecem algumas informaes decarcter organizacional (e. g. acessoa laboratrios).

    A interface do professor(backoffice) reproduz a estrutura dainterface pblica. Nela podem ser re-movidos ou corrigidos os dados in-troduzidos pelos alunos (nasseces Home, Pessoas e Projectos);podem ser inseridas as temticas emdiscusso no frum (Home); pode

    ser alterado o nome da disciplina e adesignao dos cursos; podem serinseridos/removidos/modificadostodos os recursos (os textos, as ima-gens, os filmes, os links); podem seralterados/actualizados os calendri-os, o programa, as normas de avalia-o; e podem ser enviadas mensa-gens de correio electrnico atravsde listas de distribuio por curso. AFigura 4 exemplifica o aspecto grfi-co cujo fundo varia consoante aseco.

    O terceiro momento consubstan-cia-se em dois captulos. O captuloseis Metodologia de avaliao doambiente virtual apresenta a me-

    Figura 3. Flowchart do dispositivo/ambiente virtual.

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    todologia seguida para a avaliao

    (objecto, finalidade e objectivos,contexto de uso do dispositivo e ac-tividades propostas, sujeitos, estra-tgia de recolha de dados, procedi-mento de recolha dos dados, limita-es da avaliao); e descreve,detalhadamente, os procedimentosde elaborao do questionrio (jus-tificao da referencializao,dmarche de referencializao, se-gundo Figari [1996], e tratamento dosdados obtidos com o questionrio).

    Por fim, o captulo sete Apre-sentao, anlise e interpretao dosresultados da avaliao do ambientevirtual apresenta e discute os re-sultados obtidos pela observaodirecta e participante; os resultadosobtidos pelo levantamento de ele-mentos introduzidos no site pelosestudantes e das comunicaes porcorreio electrnico; os resultadosobtidos com o questionrio passa-do aos estudantes (caracterizaodos utilizadores/sujeitos, condiesde uso e opinies); procede a umacrtica do questionrio; e conclui

    sobre o estudo de caso.Estes captulos so enquadradospor uma Introduo que apresenta aestrutura da dissertao e por umasConcluses.

    As Concluses so apresentadasem funo dos momentos do desen-

    volvimento e do as respostas pos-

    sveis s questes inicialmente for-muladas. Relativamente ao primeiromomento (estudos prvios), conclui-se que existia um pblico para estesambientes de apoio ao ensino-apren-dizagem na universidade e que noexistiam, poca, sites dedicados Tecnologia Educativa estando atecnologia, em Portugal, na infn-cia da arte (Oliveira, 2004).

    Relativamente ao segundo mo-mento (concepo), conclui-se, porum lado, que ambientes virtuais des-te gnero (espao-tempo de aula vir-tual) contribuem para integrar posi-

    tivamente as tecnologias no proces-so educativo, modernizando-o,optimizando-o e mudando-o; poroutro lado, proceder construo detais ambientes exige a constituiode equipas multidisciplinares e umcontexto institucional favorvel.

    Por fim, relativamente ao terceiromomento, conclui-se que o interes-se pedaggico da introduo destesambientes no ensino superiorpresencial universitrio reside numareal flexibilizao espcio-temporaldas aulas e na aquisio/desenvol-vimento de competncias no dom-nio da alfabetizao informacional(Oliveira, 2002), potenciando a auto-nomia dos alunos e contribuindo

    para a sua preparao para uma apren-dizagem ao longo da vida.

    A Figura 5, inscrita numa fita deMobius, visualiza o processoevolutivo til que a metodologia dodesenvolvimento permitiu: a inves-tigao propriamente dita (a tese),representada na seta da direita,liga-se em continuidade com a daesquerda que representa os traba-lhos em curso e/ou previstos

    As concluses terminam, precisa-mente, com a abertura para trabalhosfuturos, alguns ento j iniciados:integrao no Projecto de Campus

    Figura 4. Exemplo de uma pgina de turma e de um dos menus pop-down.

    Figura 5. Representao do processo evolutivo e de continuidade.

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    Metodologia do desenvolvimento: um estudo de criao de umambiente de e-learning para o ensino presencial universitrio

    Lia Raquel OliveiraUniversidade do Minho, Portugal

    Virtual da Universidade do Minho,inicitivas de difuso e partilha juntode colegas (locais e internacionais),replicao do estudo de caso de ava-liao do ambiente em contexto simi-lar, disponibilizao do prottipo paradesenvolvimentos nas reas do en-sino a distncia e das comunidadesprofissionais e, ainda, na rea dodesenvolvimento de escritrios vir-tuais e salas de estudo virtuais.

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