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No 136 Ano 13 Junho/2008JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJhttp://ascpderj.sites.uol.com.br

Em manifestação realizada no dia 19 de junho, centenasde servidores públicos estaduais foram às ruas do Rio,ocupando as escadarias da Assembléia Legislativa,exigindo fim do arrocho salarial que já dura 13 anos. Oprotesto reuniu áreas de educação, saúde, segurança,justiça e dezenas de categorias. Novas manifestaçõesestão sendo preparadas. pág 4 e 5

ASCPDERJ tinha razão!Como a realidade provou, era desnecessária a saída do Mainframedo Proderj para Serpro. Os técnicos da área de Produção ficaram,as salas reformadas foram reocupadas, a UERJ não está pedindoa área para o Proderj. Objetivo era mesmo retirar o computadorcentral de dentro da Autarquia. Com isso, aumenta divisão físicae estrutural do Proderj, Quem responde por esse crime contra opatrimônio público? Leia mais na pág 3

Ato marca unidade dos servidoresAto marca unidade dos servidores

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2 ••••• Junho/2008 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

A Nova Campanha SalarialJornal da ASCPDERJ

Associação dos Servidoresdo Centro de Processamento

de Dados do Estado doRio de Janeiro

R. São Francisco Xavier, 524/ 2ºand. Maracanã – CEP 20.550-013Tel: 2569-5480/2568-0341

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Presidente:

LEILA DOS SANTOS

1º Vice-presidente:

JOSÉ JOAQUIM P. DE C. A. NETO

2º Vice-presidente:

JÚLIO CÉSAR FAUSTINO

1º Secretário:

ELIZABETH SILVA MARTINS

2º Secretário:

ULYSSES DE MELLO FILHO

1º Tesoureiro:

MARCOS VILLELA DE CASTRO

2º Tesoureiro:

JORGE LUÍS B. DE OLIVEIRA

Responsável pela Sede Praiana(Saquarema):

JOSÉ JOAQUIM PIRES NETO (KIKO)

Redação e Edição:

FERNANDO ALVES

DENISE MAIA

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ESTOPIM COMUNICAÇÃO E EVENTOS

2518-7715

Ilustração:

LATUFF

Fotolitos & Impressão:

GRAFNEWS

3852-7166

Na Internet

http://ascpderj.sites.uol.com.br/

ENTIDADE DE UTILIDADE

PÚBLICA ESTADUAL

Edição fechada em:20/06/2008

Editorial

Expediente

Num contexto político estadual bem diferente os trabalhadores do PRODERJ iniciam sua Campanha Salarial. Des-

taca-se o enxugamento da Pauta de Reivindicações entreguea Direção em fevereiro. Fato que tem o propósito de se ade-quar ao pragmatismo da realidade política que se apresentacom o governo de Sérgio Cabral, cujo perfil de relacionamen-to com o movimento dos trabalhadores no Estado tem sidode indiferença às reivindicações trabalhistas e não tem ne-nhum aceno de vontade política de se conversar sobre osrumos da Informática Pública de Qualidade para a população.Numa reflexão histórica da luta dos traba-

lhadores do Proderj é bom que se res-salte que a experiência de luta e denegociação de quase 30 anos, con-vivemos com diversas direçõesque sempre aplicaram as deter-minações do governo. No pós80, já como autarquia, algunsprojetos foram encaminha-dos visando investimentonum Centro de InformáticaPública que centralizasseo sistema de dados doEstado para sua maiorsegurança. Foi o mo-mento da luta dos tra-balhadores onde foi con-quistada a Lei 1137 (an-tigo Plano de Cargos) e a Lei 701, que previa complementosalarial. Nesse período, 1982/1983, pela força do movimentogrevista em prol da aprovação da Lei 701, a representaçãodos trabalhadores é recebida de forma histórica no PalácioGuanabara pelo Chefe da Casa Civil do governo Brizola, prof.Bayar Boiateux, socialista convicto, que de forma enfática foiproclamando: “...O governo é favorável ao movimento organi-zado e legítimo dos trabalhadores, reconhece, respeita a gre-ve e abre negociações...”Já em outras circunstâncias, na década de 90, quando o

governo “TENEBROSO” de Marcelo Alencar, pai da práticaneoliberal no Rio de Janeiro com o destruidor Projeto deDesestatização e do Programa de Exoneração Incentivada (PEI),que tanta destruição causou aos funcionários públicos esta-duais. Época em que, Frederico Novaes, presidente do Proderj,põe em prática a perniciosa estratégia de tornar o Proderj

uma Empresa de Consultoria de TIC, com a redução do qua-dro de pessoal para 300 servidores, sendo o restante distri-buídos para outras secretarias.Em período mais recente, a partir do governo Garotinho,

percebe-se uma preocupação personalista com o PROJETODE PODER, que era a presidência da república. Todo o inves-timento em Tecnologia da Informação e da Comunicação es-tava voltado para projetar a imagem do governador na mídianacional.Foi no Governo Tampão da governadora Benedita da Silva,

no início do século XXI, que o movimento organizado dos tra-balhadores do Proderj, conseguiu negociar com a direção

do Proderj, o atual PCCS (que o governo atual se nega acumprir na sua integralidade), que demandou muita luta,

organização, negociação no Proderj, no governo, na Pro-curadoria até que finalmente tivésse-

mos o atual Plano aprovado naALERJ (com o corpo funcio-nal nas galerias), ressalte-se um dos primeiros no Es-tado. A conseqüência ime-diata foi que Lei 701, queestava sob júdice, não po-dendo ser mais aplicada,foi incorporada ao salário.

Uma das maiores conquistasdo movimento organizado dos tra-

balhadores do PRODERJ.Estamos iniciando a Campanha Salarial 2008 com uma

defasagem salarial de mais de 50%. A Direção do Proderjnão está demonstrando empenho junto ao governo do Esta-do para negociar nossas reivindicações. Nosso trabalho temsido muito importante para o governo do Estado, tanto naInfra-estrutura, na Inclusão Digital, na Modernização da Ges-tão Pública, assim como nos sistemas específicos.Portanto, devemos iniciar uma grande mobilização e fazer

nascer vontade política na Direção do Proderj e no Governodo Estado quanto a abertura de negociações sobre nossapauta.Companheiros, nenhum benefício conquistado pelos traba-

lhadores do Proderj foi sem esforços, muita mobilização eparticipação.VIVA A LUTA ORGANIZADA E LEGÍTIMA DOS TRABALHADO-

RES DO PRODERJ!

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J ••••• Junho/2008 • • • • • 3

PRODERJ

Presente de grego!Ao comemorar 40 anos de existência, Proderj “perde”computador central.

F oi exatamente isso o que aconteceu. E o pior:até agora nenhuma razão ou justificativa comprova que a medida está correta. Muito pelo contrá-

rio! Os fatos e as denúncias feitas pelos trabalhado-res, através da Associação dos Servidores do Proderj(ASCPDERJ) são fortes e demonstram que interessesestranhos aos do Estado e da população estão portrás da decisão.Agora que o fato está consumado e o Mainframe

(computador central) do Proderj está numa sala cofredo Serpro, as preocupações dos técnicos da autarquiaserão redobradas.No entanto, as explicações anteriores de que a saída

do Proderj da Unidade que funciona na Universidadefora uma exigência da própria reitora não tem qualquerbase concreta como a diretoria da ASCPDERJ susten-tou nos últimos meses. Como o presidente do Proderjafirmou em entrevista ao Divulgando, “foi uma decisãopolítica”, e pelo visto trata-se mesmo apenas de umajogada política, que pode ter como conseqüências odesmonte completo do Proderj, já que ao invés doProderj ficar concentrado em uma sede própria, comodeclarou a ex-presidente, Tereza Porto, numa reuniãocom o corpo funcional, onde anunciou “os seus pla-nos”, o Proderj está dividido.Agora se vê que ao invés de um Proderj unificado,

está retaliado em três, provando que o verdadeiroobjetivo da política da direção da autarquia é o des-monte da Informática Pública e a retirada do papel doProderj como órgão centralizador e da política de Tec-nologia da Informação (TIC).Por outro lado, a saída apenas do Mainframe e a

permanência de quase toda a área de Produção, mos-tra que as afirmações da direção de que estava sen-do garantido um espaço no Banerjão também eramfuradas. A direção não vai admitir jamais que não temespaço político para garantir um espaço no Banerjãoe também para retirar uma secretaria e colocar o Proderjno lugar. Ou seja, factóides para ludibriar e enganaros trabalhadores, e atenuar as denúncias. Ao contrá-rio do que disseram, as salas que não seriam ocupa-das pelo pessoal do Proderj, estão funcionando comtodos os setores divididos como anteriormente funci-onavam na área que foi destruída pelo incêndio.O funcionamento dos equipamentos no Serpro, articu-

lados com o trabalho que os técnicos farão na UERJ, nãomudará a rotina e os procedimentos habituais nem ocompromisso dos profissionais com a população doEstado, no sentido de se garantir serviços de qualidade.

Proderj segue na contramão da TIC!Por que foi para o Serpro? Essa é a pergunta que

não quer calar! Não tem como explicar mesmo. A dire-ção, a partir de agora, tem a responsabilidade de as-sumir por quaisquer danos que essa medida venhacausar. Ao contrário do que acontece em outros esta-dos brasileiros, em que os órgãos de informática es-

tão recebendo incentivos, onde ocorre concurso paracontratação de novos técnicos, o Proderj segue nacontramão de toda apolítica executada pelos princi-pais órgãos e empresas públicas de informática. An-tes como referência positiva e inovadora, hoje apenascomo trampolim para os interesses de grupos e dooportunismo da política de desmonte do Estado, pa-trocinado pelo governo.O montante de recursos públicos gastos com a reti-

rada do Mainframe só reforça o quanto o governo es-tadual e sua equipe na área de tecnologia agem paraatender aos interesses privados. Foram desviados ummontante de recursos que saiu pelo ralo, já que nãoretornará aos cofres públicos.Mas a retirada do Mainframe é apenas uma parte

do plano. O verdadeiro projeto já está em fase de exe-cução. Tem nome e sobrenome: Projeto de reestru-turação do Estado, subscrito pelo Subsecretário Geralde Planejamento e Gestão, Francisco Caldas AndradePinto, da Secretaria de Estado de Planejamento e Ges-tão (Seplag) do Rio de Janeiro, de outubro de 2007,atuando em conjunto com o Fórum Brasileiro sobre aReforma do Estado. Esse Fórum é o que sustenta to-das as políticas de desmonte dos serviços públicos,que entre outra medidas, mantêm os salários dosservidores públicos congelados.Na primeira etapa, foram elencadas 12 empresas pú-

blicas e de economia mista da administração indireta,que estão sendo submetidas a um processo dereestruturação. Entre as medidas está a de redução (não

incentivada) de Pessoal, extinção ou fusão de empre-sas, reestruturação via processos e redução do efetivo,concessão via Parceria Público-Privadas, alienação ouarredamento, reestruturação via processos, via contra-tos de gestão, entre outras possibilidades que poderãofazer a combinação de um mais destes itens.Dessa primeira leva, fazem parte a Cedae, EMATER,

Riotrilhos, Central, Cehab, Turisrio, CEASA, Codin,Coderte, EMOP, entre outros órgãos com funções simi-lares..Já está tudo planejado e em processo de desmonte.

O próximo passo será a reestruturação funcional dasAutarquia e Fundações, envolvendo 27 Autarquias eFundações estaduais. É ai que mora o perigo! E é ondeo Proderj se enquadra perfeitamente. Mas é precisoficar claro que esse processo criminoso já está sendocolocado em prática, como, por exemplo: descen-tralização e desconcentração, estabelecimento de Par-cerias Público-Privadas, Governo Eletrônico e aimplementação de sistemas de TI de apoio à gestão.Esse crime contra o patrimônio público visa, segun-

do os nomes “pomposos” utilizados nesse projeto,“modernizar” a gestão do Estado. FHC doou às em-presas multinacionais valiosas empresas estatais, uti-lizando exatamente esse argumento. Como vemos,não há nada de novo, só palavras e gestores que fin-gem dialogar, mas que vão ganhado o tempo neces-sário para destruir o que os trabalhadores construí-ram com muito sacrifício ao longo de décadas. Esse éo caso do Proderj.

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CAMPANHA SALARIAL 2008

Unificação contra 13

Os servidores públicos estaduais cansaram de tantoarrocho salarial e desrespeito do governo com a condição profissional. Motivados

pela construção de um fórum que reú-ne sindicatos e associações classistasdo funcionalismo, decidiram desenvol-ver uma campanha salarial unificada.Na verdade, as reivindicações são es-pecificas de cada órgão estadual, masa mobilização e a luta são unitárias.Mesmo considerando a realidade es-

pecifica de cada categoria, estabelece-ram uma pauta única para exigir do go-verno. Com isso, quem sai fortalecidosão os trabalhadores, que estão apren-dendo a trabalhar as suas diferenças eestão construindo um movimento unifi-cado para lutar em defesa dos servi-ços públicos e de melhore salários.Nos últimos dias 18 e 19 de junho duas

atividades ocorreram, tendo por objetivolutar contra o desmonte de setores queexecutam serviços essenciais à popula-ção do Estado. O primeiro foi a reuniãocom o presidente da AssembléiaLegislativa, deputado Jorge Picciani, queacabou não ocorrendo por que o parla-mentar desmarcou o compromisso as-sumido com os trabalhadores poucashoras antes. O objetivo da reunião erano sentido de buscar um canal de arti-culação para uma reunião das entidades

com o governador Sérgio Cabral Filho,conforme promessa de 2007.Mesmo assim, os representantes dos

trabalhadores não se abateram e conti-nuaram a preparação do ato marcado parao dia seguinte. O resultado é que a mani-festação aconteceu. Enquanto os servi-dores públicos protestavam nas ruas,realizando uma passeata que seguiu pe-las principais ruas do Centro da cidadeaté a Cinelândia, um grupo de entidadese de trabalhadores, participava de umaAudiência Pública, com o objetivo de aapurar irregularidades no processo dedesmonte do Hospital do IASERJ, criadopara o atendimento dos serviços de saú-de do funcionalismo estadual.Cada servidor do Estado desconta obri-

gatoriamente, diretamente, em Folha dePagamento, 2% do total bruto de seusalário. Esse valor deveria ir diretamentepara investimentos no IASERJ. No en-

tanto, nem um centavo do montantearrecadado vai para o Hospital, deixan-do a instituição inteiramente em condi-ções penosas. O sucateamento é umprocesso que vem de décadas, comfalta de equipamentos hospitalares, fun-cionários e médicos sem condições deexercer decentemente seu oficio, comsalários baixos e sem estrutura.Para o criminoso desvio dos recursos

do IASERJ, ocorrido durante todos es-ses anos, até agora não apareceu

Em mobilizações unificadas, funcionalismo estadual

Unificação contra 13

Segundo pesquida doDIEESE, as perdas

salariais dos últimos13 anos são de

68,3%

Ulisses Mello, diretor da ASCPDERJ, durante ato dos servidores. Unidade do movimento fortalece a luta pela reposição salarial.

66% é o índice dereposição reivindicado

pelo funcionalismoestadual

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• • • • • Junho/2008

a 13 anos de arrochoFOTOS: SAMUEL TOSTA

Audiência Pública e Ato na Alerj

Manifestação sela movimento conjuntodos servidores do estado

A situação de abandono do IASERJ - Instituto de Assistência dos Servidoresdo Estado do Rio de Janeiro (*) e a entrega do patrimônio construído com acontribuição compulsória de parte dos vencimentos dos servidores do esta-do como afirmou a presidente da Associação dos Funcionários do Iaserj(Afiaserj), Mariléa Ormond e outras representações de entidades representa-tivas dos servidores do estado a mais uma Audiência Pública no último dia19. As comissões de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social e deSaúde da Assembléia Legislativa do Rio, representadas respectivamente peloDeputado Paulo Ramos e Deputado Wilson Cabral convocaram representan-tes do Governo para dar esclarecimentos a respeito do assunto e cobrou autilização dos R$ 10 milhões doados pela Alerj, em 13 de dezembro de 2007.Este dinheiro é proveniente de uma economia orçamentária da AssembléiaLegislativa e o objetivo era investir no Hospital Central do IASERJ.O Instituto é uma Autarquia dotada de personalidade jurídica de direito públi-co, autonomia administrativa, técnica e financeira, mas isso não foi suficien-te para que seus administradores, ligados à iniciativa privada, optassem porentregar para o SUS suas unidades ambulatoriais ao Município e as instala-ções do Hospital Geral do Iaserj ao INCA. Desconsiderando a opinião dosprofissionais envolvidos, a proposta de Auto-gestão da representação dosservidores e a opinião do Conselho Estadual de Saúde num “debate clandes-tino por detrás dos muros” conforme afirma Jorge Darze, (?). A justificativa éextender o atendimento ao público em geral, mas o que o governo não perce-beu é que o IASERJ já tira do SUS quase 2 milhões de pessoas entre servido-res e seus dependentes.Após a aprovação pela ALERJ da Lei de Parcerias Público-Privadas (parceriafeita entre o poder público e uma empresa privada, através de contrato admi-nistrativo de concessão, utilizando ou a modalidade patrocinada ou adminis-trativa) o Governo do estado começou um processo de extinção, fusão eentrega dos patrimônios públicos à iniciativa privada numa tentativa de secriar no Rio de Janeiro o estado mínimo, ou seja, foge de suas responsabili-dades como gestor público em atender ao povo e aos servidores que pres-tam serviços muitas vezes em condições precárias de trabalho.Para nós servidores públicos há 12 anos sem reajuste salarial e ameaça-dos de extinção não nos resta outra alternativa que não seja a Unificaçãode todos em defesa de seus empregos, salários e dignidade.

LEILA SANTOS

quem explicasse ou sequer fosse pu-nido. As condições do hospital são la-mentáveis e nenhuma providência étomada pelo governo.Agora apareceram “salvadores da pá-

tria”, que ligados à rede privada de saú-de, ao grupo D’or, querem abocanhar oHospital e se apoderar do salário e dopatrimônio dos trabalhadores.Enquanto a audiência ocorria, a mani-

festação unificada do funcionalismo de-nunciava as perdas salariais em maisde dez anos, que suplantou aos 68%de defasagem salarial.A pauta unificada dos servidores, apro-

vada em assembléia dos servidoresestaduais, realizada, no dia 13 de ju-nho, no Clube Municipal: Reajuste e re-composição das perdas salariais de66% sobre o vencimento base; database em 1 de maio para todas as cate-gorias; contra as Fundações de direito

mo estadual sai às ruas para pressionam governo

privado; concurso Público para ingres-so no serviço público; Plano de carreirapara os servidores públicos; incorpora-ção das gratificações.A ASCPDERJ também somou seus

esforços nessa unidade. Divididos ostrabalhadores dos serviços públicos doRio de Janeiro continuarão tendo maisdificuldades em realizar uma luta, já queo governo faz de conta que não existetrabalhadores no Estado, ignorando osservidores e suas reivindicações.

Reunião com direção do Proderj“Tudo como era dantes...”

O famoso ditado popular é a mais purasíntese da atual situação do Proderj ede que a política da direção não modifi-cou. Os servidores continuam no finalda fila das prioridades.Mudança no cenário mesmo, foram as

últimas iniciativas dos servidores esta-

duais em realizar uma luta salarialunificada – movimento que a Associa-ção abraçou. Fruto da pressão dos tra-balhadores,, através da ASCPDERJ, final-mente, a direção do Proderj resolveu re-alizar uma reunião da Comissão de Ne-gociação. Não por acaso o PresidentePaulo Coelho deu o ar de sua graça, par-ticipando de uma parte da reunião, teveque dar explicações porque até o mo-mento, nossa pauta de reivindicaçõesainda não foi totalmente encaminhada. A reunião ainda não produziu nada de

consistente, como sempre, só promes-sas! Mas vamos aumentar o barulho e asmanifestações que o governo vai ter quenegociar. Afinal de contas, a mobilizaçãodo funcionalismo estadual já está deixan-do o pessoal do governo co receio de umagreve unificada. Três categorias já deramo sinal: UERJ SEPE e DEGASE.Ou o governo senta para negociar e

atender a pauta de reivindicações ou ospróximos meses será de turbulênciapara turma do Palácio da Guanabara.Quem viver verá!

a 13 anos de arrocho

Em frente à Assembléia Legislativa, categorias fizeram o protesto.

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Geral

Coluna do Aposentado

Sempre em defesa de todosEnquanto aguardamos o agendamento da reu-

nião solicitada através de ofício pela ASCPDERJem nome da Comissão de Aposentados paradiscutir o Parecer da PGE em relação aos Adicio-nais, é necessário que se diga neste início deCampanha Salarial, que a participação dos apo-sentados na conquista do Plano de Cargos em2001/02 foi fundamental nos momentos demobilização nas assembléias como também atu-ando na comissão que discutiu, por nove me-ses, o melhor para todos, ou para a grandemaioria.Sempre presentes nas convocações feitas se-

jam elas nas ruas ou no Palácio a demonstra-ção de confiança na condução de todo o proces-so liderado pela ASCPDERJ, a entidade que osrepresenta, foi decisivo para a vitória. Não serádiferente agora, pois esta política econômicachega ao pior: a carestia.Certamente todos os aposentados virão para

a luta como em 2002, demonstrando que co-nhecem a realidade do painel político-econômi-co do país e que somente enfrentando esta po-lítica excludente aos mais idosos derrotaremosesta discriminação da categoria dos servidorespúblicos.

O movimento dos acampamentos internacionais dajuventude surgiu para reunir e organizar a luta da ju-ventude em todas as partes do mundo. O final dadécada de 1970 apresentou um cenário de mudan-ças significativas. A situação geopolítica mostrava apolarização entre o campo socialista, tendo a frente aUnião Soviética, que reunia também, os países doleste europeu, os países socialistas da Ásia e osgovernos populares na África e os países capitalis-tas, tendo os Estados Unidos da América como o paisimperialista dominante.Ao mesmo tempo na América Latina se fortalecia a

luta pelas liberdades democráticas contra as ditadu-ras militares treinadas e financiadas pela CIA e o mo-vimento revolucionário estava em curso em váriospaíses, com destaque para o triunfo da RevoluçãoSandinista, em 1979, na Nicarágua.Nas décadas seguintes, com o aprofundamento das

contradições e da intensificação da luta de classes eo recuo do “campo socialista” e a derrocada dos pa-íses do Leste Europeu ,os países imperialistas de-ram sua ofensiva e o fascismo ressurgiu em váriospaíses da Europa. Foi nesse período que os Encon-tros Internacionais da Juventude Antifascista eAntiimperialista (EIJAA) se consolidaram.Hoje uma situação de tensão e luta no campo inter-

nacional: de um lado o capitalismo em sua fase final,o imperialismo usa todo o seu poderio para se apo-derar das riquezas, impondo planos econômicos aospaises aumentando a militarização e as intervençõescomo vimos nos episódio pós-11 de Setembro. Poroutro lado a enorme crise atravessada pelos EstadosUnidos, fruto da especulação financeira inerente aosistema põe a nu as contradições do capitalismo esua impossibilidade de responder as demandas dajuventude e do povo. Junte-se a isso a eleição de

EIJAA: cresce a luta antiimperialista no mundo!

Adicionais de conhecimentoNo dia 17/06, o escritório que presta consultoria

jurídica para a Ascpderj esteve reunido com os servi-dores para dar esclarecimentos sobre as ações dosassociados. Na reunião, Dr. Barenco falou sobre osseguintes pontos:Alguns processos cuja gratuidade foi deferida, se-

guirão o Rito Ordinário. O TJ-RJ encaminhou o pro-cesso ao Proderj para sua defesa. Tempo estimado60 dias.Outra situação apresentada em outras Varas de Fa-

zenda Pública, o Juiz determinou alteração do Rito paraSumário (marca audiência com as partes) por se tra-tar de causas de até 60 salários mínimos. O que jáfoi feito pelo advogado através de uma emenda à ini-cial com uma Petição (uma declaração simples para aadequação).Nos processos cuja gratuidade foi indeferida, foi fei-

to um recurso através de um Agravo de Instrumento,cujo objetivo é reformar a decisão. Persistindo a ne-gativa, negar provimento, será feita outra Petição paraque seja pago ao final da ação. Cabe recurso se hou-ver indeferimento.

UnimedEstá aberta adesão de novos usuários para o Plano.

O objetivo e oxigenar o convênio e garantir um atendi-mento de qualidade aos associados. Para informações,entre em contato com a Secretaria da ASCPDERJ pe-los telefones 2568 0341 ou 2569 5480.

vários governos na América Latina que tem respondi-do a demandas populares pela nacionalização das ri-quezas como a Bolívia e Venezuela e repudiado a polí-tica do imperialismo e temos uma situação favorávela organização da juventude na luta por seus direitos epor uma sociedade socialista.É no espírito da luta da juventude da França, da revol-

ta dos pingüins no Chile, da resistência heróica na Pa-lestina, Iraque e Haiti e do avanço da organização po-pular na América Latina que o XXI EIJAA se realizará noBrasil unindo a juventude e deliberando diretrizes paraa luta internacional antiimperialista e revolucionária.Para participar, os interessados deve entrar em con-

tato com o Comitê Nacional através do correio eletrô-nico [email protected] ou visitar a página do encontrowww.eijaa.org.

NATÁLIA ALVES, COMITÊ PREPARATÓRIO NACIONAL

Alteração do estatuto dos servidores públicose a criação da lei do regime jurídico único

e próprio de previdência socialdos estatutários

Foi encaminhado ao departamento jurídico da enti-dade cópia do D.O. de 12 de junho de 2008, paraanálise e parecer sobre as novas regras de aposenta-doria do servidor. Devido a data de fechamento dojornal, no próximo número apresentaremos uma avali-ação e a análise crítica do assunto.

Reunião com servidores que aderiram ao pei(plano de exoneração incentivada)

A servidora da Secretaria de Saúde, que através deAção Judicial, retornou ao Quadro do Estado depoisde aderir ao PEI/1996, não abre nenhum precedenteaos demais. O TJ-RJ julgou a situação específica daex-servidora e julgou irregular sua adesão ao Plano,revogando sua exoneração. A Ascpderj está trabalhan-do, sob a orientação do jurídico da entidade, a situa-ção dos ex-servidores do Proderj.

J U R Í D I C O

Site da Associaçãode cara nova

A ASCPDERJ está com o site repleto de novidades. Apágina contém diversas informações sobre: Plano deSaúde (Contrato, tabela de valores); Agenda da Dire-toria; Notícias Gerais (Jurídico, Campanha Salarial,Saquarema, Plano de Saúde); Fotos de Saquarema;Jornal Divulgando em formato pdf; Coletânea - Atuali-zado diariamente; Espaço Aberto – Comentários.É só você acessar: http://ascpderj.sites.uol.com.br

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••••• Junho/2008 • • • • • 7

Só a unidade constróiRecentemente as entidades estaduais Asduerj

e Sintuperj em assembléia com mais de cemservidores técnico-administrativos decidiram seunificar com os docentes e decretar Estado deGreve para pressionar o governo do Estado aatender as reivindicações dos trabalhadores daUerj: reajuste salarial, abertura de concurso pú-blico, recuperação da infra-estrutura da universi-dade e implementação total do PCC.As perdas salariais dos trabalhadores da UERJ

baseadas na média dos índices do Dieese, FIPEe FGV alcançaram no mês de abril 68,34%.Essa unidade da Asduerj, Sintuperj junto com

a Ascpderj, agrupa três entidades que ocupamo mesmo espaço físico, da Uerj, significa umavitória dos trabalhadores na composição de maisforças para implementar a luta contra a políticaprivativista do governo de estado com o seuprojeto em andamento de “Reestruturação doEstado”.

Especial

Tem raposa no cofre da FaetecMobilização reúne estudantes, professores e funcionários para barrar superfaturamento

FOTOS: NANDO NEVES

O presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec), Nelson Massiniestá em maus lençóis. Tem que explicar as de-

núncias de corrupção envolvendo seu nome à frenteda instituição.As irregularidades vieram à tona após denuncias do

encarregado do almoxarifado, Erotildes Alves de Moura,que procurou o Ministério Público Federal (PF) para de-nunciar o superfaturamento nas compras de produtospara a escola. A situação se torna ainda mais gravespor causa das péssimas condições de ensino, onde acarência de equipamentos salta aos olhos, e das difi-culdades vividas pelos funcionários da Fundação, quemuitas vezes não tem nem mesmo dinheiro para pagaruma passagem de ônibus. Indignado Erotildes afirmou:“Enquanto a escola está abandonada e os funcionáriosprecisam pagar as passagens do próprio bolso, a Faetecestá jogando dinheiro pelo ralo”.A Faetec é ligada à Secretaria de Ciência e Tecnolo-

gia, cujo titular da pasta é o ex-deputado AlexandreCardoso. Segundo declarou o secretário disse que vaipedir apuração do caso. Ale do Ministério Púbico, jáforam acionados e estão participado das investiga-ções, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), da PoliciaCivil e da Delegacia Fazendária (Defaz), que deu inicioà Operação Raposa no Cofre. Documentos e compu-tadores fora recolhidos e serão analisados. Segundoo delegado da Defaz, Antônio Carlos de Carvalho, asdenúncias são “gravíssimas”.

Dinheiro pelo raloO que se sabe de concreto, é que as denúncias são

consistentes. Por exemplo, um detector de vazamen-to pago pela Faetec custou R$ 6.880 reais, enquantoque seu preço no mercado é de apenas R$ 95 reais,um faturamento de mais de 7.200%. Outra denúnciatrata da compra de um alargador, que custa R$ 8,60,e saiu por R$ 1.170 (136 vezes mais caro que seuvalor real). Por fim, uma chapa sensibilizada foi adqui-rida por R$ 64 mil, enquanto seu valor de mercado éR$ 500 reais.Diante das irregularidades na administração da Fun-

dação, a comunidade escolar se manifestou, realizan-do assembléias, manifestações de protestando contraa corrupção patrocinada do presidente da instituição.Uma das exigências das mobilizações estudantis é

a de exigir a realização de eleições diretas para esco-lha do presidente da Fundação,a formação de umacomissão eleitoral e fiscal paritária, com a represen-tação dos setores e entidades de cada segmento queatua nas escolas da Faetec, de eleições diretas parapresidência da Fundação e mais investimentos noensino que atualmente é ministrado na rede Faetec,com melhoria dos salários dos professores e funcio-nários, aquisição de equipamentos e a realização dereformas.a pauta foi elaborada durante as assembléiarealizadas pelos estudantes e lideradas pela Associa-ção dos Estudantes Secundaristas do estado do Riode Janeiro (AERJ) e de diretores da União Brasileira

dos Estudantes Secundaristas (UBES), que participa-ram das negociações junto com uma comissão.Em uma das manifestações foram reunidos estudan-

tes das escolas estaduais Ferreira Vianna, na Tijuca,João Luiz Nascimento, de Nova Iguaçu, e República, deQuintino, que realizaram ato na sala da presidência daFaetec. Para Carlos Henrique Vieira, diretor da UBES eestudante da CEI de Quintino, “o mais justo é que estu-

dantes, professores, e funcionários elejam através devoto direto um presidente da instituição e comprometidocom a comunidade escolar, do que assumir uma pes-soa que só faz aquilo de que os indicou. Essa politica-gem tem que acabar, porque os maiores prejudicadossão os estudantes”. Depois do caos na área de Saúde,de Segurança, essa é mais uma prova do descaso doatual governo com a população do Rio de Janeiro.

Estudantes organizaram manifestação cobrando mudanças na presidência da Faetec e a saída de Massini.

Nelson Massini, presidente da Fundação superfaturou compras

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••••• Junho/2008 •••••

IMPRESSO

Cultura

FOTOS : D I VULGAÇÃO

O Centro Cultural Justiça Federal estácom a programação cultural nos mesesde junho e julho bem diversificados.Atrativos para quem aprecia futebol coma exposição de fotos da copa do mun-do: “58 : Meio Século de Glória”. Paraaqueles que se interessam em ilustra-ções de revistas, com 50 obras de 180artistas: “Ilustrando em Revista”; alémda peça teatral “Realidade Virtual” emque através do imaginário se cria vári-as situações reais.

Exposições

58 : Meio Século de Glória58 : Meio Século de Glória58 : Meio Século de Glória58 : Meio Século de Glória58 : Meio Século de GlóriaO Centro Cultural Justiça Federal no

mês de junho, de 06 a 29, apresenta aexposição, 58: Meio Século de Glória.Um espetáculo de fotos para os apai-xonados por futebol. 43 imagens revelam as emoções dos

jogadores, expressas nos abraços, nossorrisos, nas comemorações e nas lágri-mas dessa turma eternizada nessas fotos.Sediada na Suécia, e iniciada em 04

de junho de 1958, a Copa de 58 con-sagrou craques como Garrincha, Didi,

Nilton Santos, Vavá, Zagalo, Bellini,Gilmar ... e o jovem artilheiro Pelé.A mostra pode ser visitada de terça a

domingo, das 12 às 19 horas, nas ga-lerias do 1º andar do CCJF.

Ilustrando em RevistaIlustrando em RevistaIlustrando em RevistaIlustrando em RevistaIlustrando em RevistaNo dia 10 de julho, quinta-feira, o Cen-

tro Cultural Justiça Federal inicia a ex-posição Ilustrando em Revista. A mos-tra, oferecida pela Editora Abril reúnemais de 500 ilustrações já publicadaspelas revistas da editora, e conta comobras de mais de 180 artistas, comoAldemir Martins e Zaragoza, e váriosilustres cariocas – de nascimento e decoração – entre eles Benício, NiltonRamalho, Renato Alarcão e Ziraldo.A visitação, gratuita, poderá ser feita

de terça a domingo, das 12h às 19h,nas galerias do 1º e 2º andar, até o dia31 de agosto.

Teatro

Realidade VirtualRealidade VirtualRealidade VirtualRealidade VirtualRealidade VirtualA peça teatral Realidade Virtual está

em cartaz no Centro Cultural Justiça Fe-

deral, todas as terças e quartas, até odia 03 de setembro. O espetáculo é umacomédia sobre a capacidade de criarnovas realidades a partir da imaginação.A peça propõe como linguagem e ence-nação um teatro totalmente despojado.

A arte sobvários olhares

O Centro Cultural Justiça Federal (CCJF)fica na Avenida Rio Branco, 241,Cinelândia. Mais informações, atravésdo telefone 3261.2550 ou pelo sitewww.ccjf.tr f2.gov.br.Fonte: Asscom CCJF – Andressa Brivio

A arte sobvários olhares

Festa no vestiário com a conquista do primeiro caneco para o Brasil Ilustração publicadas em revistas reúne mais de 500 trabalhos

Peça fala da atualidade, com ênfase na interação virtual