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22/12/2014 1 Módulo: Cultivo do Algodão Manejo Fitossanitário Programa Jovem Aprendiz Instrutor: Eng. Agr. Marcio Claro de Oliveira Serviço Nacional de Aprendizagem Rural CETEP Bacia do Rio Grande Barreiras - BA Dezembro, 2014 Questionamentos Qual a ciência que estuda os insetos? Quais pragas do algodão vocês conhecem? Qual a importância de se conhecer os insetos “praga”? Vocês conhecem os estágios de desenvolvimento dos insetos “praga”? Qual a importância de se identificar qual inseto praga está atacando as culturas? Introdução a Entomologia

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Módulo: Cultivo do Algodão Manejo Fitossanitário

Programa Jovem Aprendiz Instrutor: Eng. Agr. Marcio Claro de Oliveira

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

CETEP Bacia do Rio Grande

Barreiras - BA

Dezembro, 2014

Questionamentos

• Qual a ciência que estuda os insetos? • Quais pragas do algodão vocês conhecem? • Qual a importância de se conhecer os insetos “praga”? • Vocês conhecem os estágios de desenvolvimento dos insetos

“praga”? • Qual a importância de se identificar qual inseto praga está

atacando as culturas?

Introdução a Entomologia

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Introdução a Entomologia • Entomologia é a ciência que estuda os INSETOS

sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as plantas, os animais e o meio-ambiente.

• A palavra Entomologia é proveniente da união de dois radicais gregos, “entomon” (inseto) e “logos” (estudo) e vem sendo empregada desde Aristóteles (384-322 a.C.) para designar “estudo dos insetos”.

• Fonte Wikipédia.

• INSETOS úteis: • Polinização: Abelhas, besouros, borboletas, etc; • Produtos: Mel, cera, seda, etc; • Alimento: Muitos animais utilizam insetos como fonte de

alimentação, CHINA (Alimentação humana); • Controle biológico: De plantas e animais nocivos; • Fauna do solo: 1) Movimentação de partículas entre horizontes; 2)

Decomposição; 3) Perfuram túneis, melhorando a estrutura e arejamento do solo;

• Medicina: Venenos de vespas e abelhas que tem propriedades medicinais.

Introdução a Entomologia

Introdução a Entomologia • INSETOS nocivos: • Prejuízos a plantas cultivadas: Insetos fitófagos podem causar

prejuízos diretos a também transmitir doenças para as plantas; • Produtos armazenados: Danos causados por besouros e

mariposas a grãos armazenados, por mariposas a tecidos e roupas e por cupins e besouros a madeira;

• Problemas médico e veterinário: 1) Transmissores de doenças (dengue, febre amarela, chagas, etc.), 2) Venenosos (vespas, abelhas, potó), 3) Parasitas (piolho, bicho-de-pé), 4) Insetos incômodos (Mutucas, muriçoca, etc).

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Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • A) Ordem Orthoptera: São conhecidos pelos nomes comuns

de gafanhotos, grilos, esperanças e paquinhas. Possuem aparelho bucal mastigador e alimentam-se de vegetais.

Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • B) Ordem Hemiptera: Sub-Ordem Heteroptera: São

conhecidos por percevejos e/ou maria-fedorenta. Possuem aparelho bucal picador-sugador. Ao se alimentar, injetam saliva – substância tóxica ao vegetal.

Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • C) Ordem Hemiptera: Sub-Ordem Homoptera: São

conhecidos como cigarras, cochonilhas, mosca branca e pulgões. Possuem aparelho bucal picador sugador. São vetores de viroses (pulgão e mosca branca).

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Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • D) Ordem Coleoptera: São conhecidos por besouros, serra-pau,

vaquinhas, caruncho, gorgulho, joaninhas, etc. Possuem aparelho bucal mastigador. Possui o maior número de espécies dentre todos os seres vivos, cerca de 350 mil.

Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • E) Ordem Lepidoptera: Conhecidos como borboletas e

mariposas. Possuem aparelho bucal sugador (adultos) e a forma jovem (lagarta) possui aparelho bucal mastigador (comem folhas, ramos e frutos).

Introdução a Entomologia

Vídeos Curiosidades sobre a Lagarta

BASF

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Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • F) Ordem Hymenoptera: São conhecidos como Abelhas,

vespas e formigas. Possuem aparelho bucal mastigador (Formigas e vespas) e lambedor (abelhas).

Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • G) Ordem Diptera: Conhecidos como moscas, mosquitos,

mutucas, etc. Possuem aparelho bucal sugador na fase adulta e mastigador na fase jovem.

Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • H) Ordem Isoptera: Conhecidos por cupins. Possuem

aparelho bucal mastigador e alimentam-se das raízes das plantas, casca de árvores ou madeira.

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Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • I) Ordem Thysanoptera: Conhecidos como trips. Possui

aparelho bucal picador-sugador, alimentam-se de seiva das plantas. São pequenos e tem asas franjadas.

Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • J) Ordem Dermaptera: Conhecidos como tesourinhas.

Possuem aparelho bucal mastigador. Destacam-se pela ação predadora de ovos de pragas.

Introdução a Entomologia • Classificação da Classe Insecta: • As principais ordens da classe insecta sob o ponto de vista

agrícola são: • K) Ordem Neuroptera: Conhecidos como lixeiros ou

formiga-leão. Possuem aparelho bucal mastigador, são insetos úteis, pois predam insetos e ácaros.

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Coleção Entomológica

Introdução ao controle de pragas

TERMOS E CONCEITOS: Pragas: São organismos que competem direta ou indiretamente com o homem por alimento, matéria prima ou prejudicam a saúde e o bem-estar do homem e animais. Conceito moderno de praga: Os sistemas de manejo de pragas modernos (Manejo Integrado de Pragas) têm desenvolvido outro tipo de conceito para definir as pragas. Nele não só é importante a presença do inseto na cultura como também seus níveis populacionais e os danos (perda econômica) que eles geram.

Introdução ao controle de pragas

TERMOS E CONCEITOS: Injúria: Efeito negativo na fisiologia da planta causada pelos insetos (Menor área foliar = Menor capacidade fotossintética). Dano: É a perda de utilidade da cultura (rendimento, qualidade do produto, etc.) em resposta à injúria. Dano econômico: Quantidade de perda causada por uma população de insetos que justifica o custo de uma medida artificial de controle, ou seja, o lucro perdido é igual ou maior que o custo do controle.

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Introdução ao controle de pragas

Nível de dano econômico (NDE): Menor densidade populacional de uma espécie de inseto que causa dano econômico. NDE = C C P . I . D Nível de ação ou controle (NC): É a densidade populacional da praga em que devemos adotar medidas de controle, para que ela não atinja o nível de dano econômico. “Ação preventiva”.

C= Custo da medida de controle D= Dano por unidade de injúria

P= Preço do produto no mercado I=Injúria por inseto

Introdução ao controle de pragas Figura 1: Nível de dano econômico (NDE) e nível de controle (NC)

em relação à população da praga e ao dano causado.

NC NDE População da praga

C = P

Perca de produção

Introdução ao controle de pragas ANÁLISE DA AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM

CONTROLAR

ATINGIU O NC?

SIM

NÃO

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Introdução ao controle de pragas Tipos de pragas

De acordo com a parte da planta que é atacada: (DIRETA e INDIRETA).

Introdução ao controle de pragas Tipos de pragas

De acordo com o seu lugar de origem: (INTRODUZIDAS ou ENDÊMICAS).

De acordo com sua importância: -Insetos não-praga; -Pragas secundárias; -Pragas-chave: (FREQUENTES e SEVERAS).

Introdução ao controle de pragas Tipos de pragas

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OBS. Esta praga (secundária) constitui o ponto chave no estabelecimento de sistema de manejo das

pragas, as quais são geralmente controladas quando se combate a praga-chave.

Introdução ao controle de pragas Tipos de pragas

Fatores favoráveis à ocorrência de pragas

• Redução ou eliminação de inimigos naturais (predadores e parasitas);

• Monocultivo (uma só cultura); • Grande concentração de alimento para os insetos; • Espaçamento reduzido entre plantas; • Plantio de variedades susceptíveis; • Falta de rotação de culturas; • Adubação inadequada; • Uso inadequado de inseticidas.

Manejo integrado de pragas • O que é manejo integrado de pragas (MIP)?

MIP

MANEJO

HABILIDADE DE MANUSEAR DE

FORMA ADEQUADA E RACIONAL

INTEGRADO

COMPOSTO DE PARTES SEPARADAS

COLOCADAS UNIDAS PARA FORMAR UMA

UNIDADE COMPLETA

PRAGAS

ORGANISMO QUE REDUZ A DISPONIBILIDADE, A QUALIDADE, OU O

VALOR DE UM RECURSO HUMANO

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DEFINIÇÃO MAIS ABRANGENTE DO MIP:

“MIP É UM SISTEMA DE APOIO DE DECISÕES PARA A SELEÇÃO E

USO DE TÁTICAS DE CONTROLE DE PRAGAS, USADAS INDIVIDUALMENTE OU HARMONIOSAMENTE COORDENADAS EM UMA ESTRATÉGIA DE MANEJO BASEADA EM ANÁLISES DE CUSTO E BENEFÍCIO QUE LEVAM EM CONTA OS INTERESSES DOS PRODUTORES, E IMPACTOS NA SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE.”

W. KOGAN (1996) Ann. Rev. Entomol.

Principais benefícios do MIP • Benefícios econômicos:

Potencial para redução nos custos com agrotóxicos : 1. Aplicando apenas quando necessário; 2. Menores taxas e volumes de aplicação.

Potencial para agregar valor ao produto final

ofertado: 1. Consumidores estão cada vez mais tendenciosos a

adquirir produtor mais saudáveis; 2. Existe uma parcela significativa da população que esta

propensa a pagar por produtos “ mais saudáveis “ e “ ambientalmente corretos”.

Principais benefícios do MIP Benefícios ambientais: Redução nas chances de contaminação

ambiental bem como nos problemas causados por intoxicações crônicas e agudas do trabalhador rural;

Redução potencial no uso dos agrotóxicos; Utilização de técnicas e medidas de

controle ambientalmente racionais.

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Principais benefícios do MIP • Benefícios do MIP ao Conhecimento:

Permite ao Agricultor determinar de maneira racional e séria a extensão do seu problema bem como o nível de ação que seria realmente necessário;

Desenvolvimento de um melhor entendimento da praga, ciclo de vida, ambiente favorável para seu desenvolvimento e métodos de controle;

Permite ao agricultor modificar seu programa de manejo de acordo com suas necessidades especificas.

Princípios básicos do MIP

IDENTIFICAÇÃO DA PRAGA

MÉTODOS DE

MONITORAMENTO

LIMITES DE DANO E NÍVEIS DE INJURIAS

MÉTODOS DE CONTROLE

Porque é importante a identificação correta da Praga?

Para determinar se a praga é a praga-chave ou praga secundária;

Para determinar quais tipos e métodos de controle deveriam

ser utilizados; Porque uma incorreta identificação pode resultar em medidas

não efetivas de controle.

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Porque é importante conhecer o ciclo de vida da Praga?

Para determinar o momento em que a praga é mais vulnerável para determinada prática agrícola;

Para determinar se o nível de

infestação está próximo ao estágio de dano potencial a cultura.

EX. Utilizar inseticida de contato ou fisiológico.

Importância do monitoramento

• Determinar a situação da praga na cultura e avaliar que tipo de danos ou prejuízos estão ocorrendo;

• Para definição da tomada de decisão; • Para prever os problemas e possíveis danos

antes que eles ocorram.

• FREQUÊNCIA DO MONITORAMENTO: • Em intervalos regulares; • Determinado principalmente pela biologia da

praga; • Determinado pelo ciclo da cultura.

Importância do monitoramento

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Importância do monitoramento Tamanho da área a ser monitorada

• Depende da cultura, do tamanho da propriedade e da praga específica;

• Deve ser suficiente para prover uma boa representatividade no campo;

• Depende do grau de detalhamento ou acurácia requerido;

• Seguir um padrão único de observação cuidadosa.

Importância do monitoramento

Nº por semana Época de Ocorrência 1 Germinação até a primeira flor

2 Florescimento ao primeiro capulho

1 Capulho até a colheita

Área mínima = 10 hectares em cada 100 ha

Exemplo de caminhamento na área

1 2

1 2 3

3 4

4

Monitoramento da pragas.

Importância do monitoramento

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Importância do monitoramento

Importância do monitoramento

Importância do monitoramento

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Exemplo de caminhamento na área

1 2

1 2 3

3 4

4

Ex. 1º tiro: 3 pontos fenologia e pragas; 2 pontos só pragas; 2º tiro: 2 pontos fenologia e pragas; 3 pontos só pragas; 3º tiro: 3 pontos fenologia e pragas; 2 pontos só pragas; 4º tiro; 2 pontos fenologia e pragas; 3 pontos só pragas. Total: 10 pontos fenologia e stand; 20 pontos de pragas. OBS. As pragas encontradas são divididas pelo número de pontos da amostra (20). O resultado (ex. 0,05) é a porcentagem por ponto de amostragem.

Ex. para estádio inicial das culturas. Com o decorrer do desenvolvimento da cultura, o monitoramento é realizado somente para “PRAGAS” e “DOENÇAS”.

Importância do monitoramento

Importância do monitoramento Registro das anotações de campo

• O Registro preciso das informações colhidas são importantes e devem ser mantidas para tomadas de decisão e avaliação das tendências;

• Um formulário padrão de monitoramento deve ser utilizado.

Métodos de monitoramento

MÉTODOS DE MONITORAMENTO:

CONTAGEM VISUAL

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Métodos de monitoramento

MÉTODOS DE MONITORAMENTO:

ARMADILHA DE FEROMÔNIO

Métodos de monitoramento

MÉTODOS DE MONITORAMENTO:

REDE DE CAPTURA

Métodos de monitoramento

MÉTODOS DE MONITORAMENTO:

HISTÓRICO DO CAMPO

Anotações de cada lote da propriedade, com seus respectivos anos e pragas que ocorreram.

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Métodos de monitoramento

MÉTODOS DE MONITORAMENTO:

CONTAGEM VISUAL

ARMADILHA DE FEROMÔNIO

REDE DE CAPTURA

HISTÓRICO DO CAMPO

Métodos de monitoramento

Quem faz o Monitoramento ? A pessoa responsável pela observação e monitoramento deve ter treinamento e conhecimento sobre as principais pragas da cultura.

O Técnico Agrícola

Principais pragas no Algodão

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Principais pragas no Algodão • Broca-da-raiz • Bicudo (principal praga) • Pulgão do algodoeiro • Curuquerê • Lagarta elasmo • Lagarta rosada • Lagarta-das-Maçãs • Lagarta rosca • Falsa Medideira/ lagarta-mede-

palmo • Mosca branca • Percevejo castanho

• Percevejo Manchador • Cigarrinha Parda • Percevejo Rajado • Ácaro Branco • Ácaro Rajado • Spodoptera Frugiperda • Percevejos Migrantes da soja • Percevejo Verde • Percevejo Verde pequeno • Percevejo Marrom • Percevejo Vermelho • Tripes

Principais pragas no Algodão • Pragas Iniciais = ocorrem até o florescimento Ex: Pulgões , percevejo castanho, Lagarta elasmo, Broca-da-

raiz • Pragas tardias = ocorrem entre o florescimento e a colheita Ex: Bicudo, Curuquerê, Mosca branca

Principais pragas no Algodão • Pragas do caule: Broca-da-raiz; Lagarta Rosca; Broca-da-haste. • Pragas das folhas: Pulgão; Tripes; Curuquerê; Vaquinha;

Ácaros. • Pragas dos botões florais: Lagarta rosada; Percevejo rajado;

Bicudo. • Pragas das Maçãs: Percevejo rajado; Percevejo manchador;

Lagartas-das-maçãs; Lagarta militar; lagarta rosada; Bicudo. • Pragas do capulho: Percevejo manchador.

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Pragas iniciais no Algodão Pulgão-do-algodoeiro Aphis gossypii (Glover,1877)

(Hemipetera: Aphidedae)

Pragas iniciais no Algodão Pulgão: Aphis gossypii CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Coloração desde o amarelo-claro até o verde-escuro

• Medem cerca de 1,3 mm de comprimento

• Presença de sifúnculos escuros na extremidade do abdômen

• Ocorrem formas aladas e ápteras

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão

Pragas iniciais no Algodão Pulgão: Aphis gossypii BIOLOGIA • Grande capacidade reprodutiva (Cerca de 100 ninfas em 10 dias). • Reprodução se da por partenogênese telítoca. • A partenogênese telítoca é um tipo de partenogênese em que fêmeas

são produzidas a partir de ovos não fertilizados. • Migram para o algodoeiro quando as lavouras se estabelecem. • Adubações com fórmulas nitrogenadas aumenta população. • Chuvas reduzem o nível populacional.

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão Pulgão: Aphis gossypii BIOLOGIA • Insetos sugadores e que formam suas colônias na parte inferior das

folhas • Presença de câmara-filtro • Simbiose com formigas • Transmissor de virose (vermelhão e mosaico das nervuras)

Pragas iniciais no Algodão Pulgão: Aphis gossypii Prejuízos diretos • Apresenta áreas avermelhadas entre as nervuras (vermelhão) • Provoca a curvatura do limbo foliar

• Paralisação temporária do crescimento das plantas • Encurtamento dos entrenós ( Mosaico das nervuras )

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão Pulgão: Aphis gossypii Prejuízos indiretos • Presença de excreções açucaradas após a alimentação • Aparecimento de fungos de coloração negra( Fumagina) • A presença do açúcar sobre a fibra : perda de qualidade na indústria

Pragas iniciais no Algodão

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão

Pragas iniciais no Algodão Pulgão: Aphis gossypii Prejuízos • Reduzem a produção em até 45%, levando-se em consideração perdas

qualitativas e quantitativas

• Podem inocular as viroses nas plantas devido ao tipo de aparelho bucal e ao hábito de sugar

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão Método de Controle e Caracterização

Pulgão – Aphis gossypii

Biológico Microvespa – Lysiphlebus sp

Pragas iniciais no Algodão Método de Controle e Caracterização

Pulgão – Aphis gossypii

Biológico Mosca Predadora – Syrphidae

Pragas iniciais no Algodão Método de Controle e Caracterização

Pulgão – Aphis gossypii

Químico Grupo e modo de ação

1A - Carbamatos (carbosulfan; carbofuran; benfuracarb): sistêmico

1B – Organofosforados (tiometon; dimetoato; terbufós) : sistêmico

2A - Ciclodieno (endosulfan): contato e ingestão

4A – Neonicotinóide (Acetamiprid; thiametoxan; Imidacloprid): sistêmico

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Pragas iniciais no Algodão Lagarta-elasmo Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera: Pyralidae)

Lagarta-elasmo: Elasmopalpus lignosellus CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Adultos – mariposas com coloração cinza, medindo entre 15 mm e 25

mm de envergadura • Lagartas -cor verde-azulada e a cabeça marrom-escura • Quando desenvolvidas medem cerca de 15 mm de comprimento

BIOLOGIA • Inicialmente alimentam-se das folhas, localizar-se na parte inferior do

colmo • Ovos colocados no solo, próximo ao coleto das plantas

Pragas iniciais no Algodão

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão Lagarta-elasmo : Elasmopalpus lignosellus Prejuízos • A lagarta abre galerias no coleto da planta • Causa o secamento e a morte da planta • Provoca redução no número de plantas, necessitando de replantio

Pragas iniciais no Algodão

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão Método de Controle e Caracterização

Elasmo – Elasmopalpus lignosellus

Químico Grupo e modo de ação

1A – Carbamato (carbofuran): sistêmico – Gr

1B – Organofosforado (terbufós, clorpirifós): contato e ingestão

4A – Neonicotinóide (thiametoxan): sistêmico

Pragas iniciais no Algodão Broca-da-raiz

Eutinobothrus brasiliensis (Hambleton, 1937) (Coleoptera: Curculionidae)

Broca-da-raiz: Eutinobothrus brasiliensis CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Adulto – mede cerca de 3,5 a 5,0 mm de comprimento e apresenta

coloração escura

• Larva – Cor branca e ápodas, podendo chegar a 7 mm de comprimento

• Pupa – Cor branca, permanecendo em uma cavidade oval

Pragas iniciais no Algodão

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Pragas iniciais no Algodão Broca-da-raiz: Eutinobothrus brasiliensis BIOLOGIA • Podem ocorrer até 4 gerações durante a safra

• A fêmea põe em média 167 ovos

• Os ovos são depositados em fendas na casca, na região do colo das

plantas • A eclosão ocorre 10 dias após a postura, as larvas começam a se

alimentar

Pragas iniciais no Algodão Broca-da-raiz: Eutinobothrus brasiliensis BIOLOGIA • Galerias são abertas, e irão interferir na circulação da seiva • No interior das galerias se transformam em pupas • No período de entressafra se reproduz em socas de algodão

• Retornam para a lavoura de algodão recém-emergidas, iniciando o

ataque pelas bordaduras

Pragas iniciais no Algodão Broca-da-raiz: Eutinobothrus brasiliensis Sintomas e Danos • Prejuízos são maiores quando o ataque ocorre até os 25 DAE

• O ataque em plantas novas provoca a morte da mesma

• Na plantas mais desenvolvidas afeta a produção. • Engrossamento do colo decorrentes das galerias feitas na parte basal

do caule

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Pragas iniciais no Algodão Broca-da-raiz: Eutinobothrus brasiliensis Sintomas e Danos • Plantas fortemente atacadas apresentam primeiramente folhas

bronzeadas

• A folhas murcham nas horas mais quentes do dia, posteriormente secam e até morrem

Pragas tardias no Algodão Bicudo

Anthonomus grandis (Boh., 1843) (Coleoptera: Curculionidae)

Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovo – Liso e branco e com 0,08 mm de comprimento. Eclodem

após 3 – 4 dias

• Larva – De cor branca, com cabeça cor pardo-clara, apresenta entre 5 e 7 mm de comprimento

• Passa a fase de pupa após 7 – 12 dias

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Pupa –cor branca, comprimento de 10 mm. Após 3 – 5 dias transformam-se em adultos • Adulto - De cor geralmente cinzenta ou castanha

• Com 7,0 mm de comprimento, e cerca de 2,3 mm de largura. • Aparência penugenta.

Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Os adultos recém-emergidos possuem cor avermelhada

• Olhos e o bico são escuros e as antenas apresentam 12 segmentos • Os fêmures das pernas dianteiras apresenta 2 aristas (espinhos), uma

maior que a outra. • Os fêmures das pernas medianas e posteriores só apresentam uma

arista

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis BIOLOGIA • Reprodução sexuada • As fêmeas colocam em média 150 ovos • Os ovos são colocados no interior dos botões florais • As brácteas dos botões florais atacados tornam-se amareladas e

abrem-se

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Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis BIOLOGIA • Os botões caem ao solo, contendo larvas que se empupam e se

transformam em novos adultos • O ciclo de vida de ovo a adulto é de 19 dias, vivendo ainda cerca de 30

dias • Pode ocorrer de 4 a 6 gerações por safra • Adultos migram para áreas permanentemente vegetais (matas e

bosques)

Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis BIOLOGIA • Reduzem suas atividades fisiológicas • Presença de“ soqueiras” de algodão frutificando, a reprodução vai

ocorrer na entressafra • Fato esse que irá determina em grandes densidades populacionais

que afetarão a próxima safra

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis Danos e Prejuízos • Penetram pelas bordaduras e em forma de reboleiras • Se alimentam de folhas cotiledonares, pecíolos das folhas e pontas de

hastes • Os botões florais e maçãs são utilizados para a reprodução e como

alimento. • Pode-se encontrar mais de uma larva por maçã

Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis Danos e Prejuízos • Excrementos amarelados são encontrados ao lado dos furos da

alimentação • Podem ser feitos vários orifícios de alimentação

• É produzida uma espécie de “rolha” pela fêmea

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Pragas tardias no Algodão Bicudo: Anthonomus grandis Danos e Prejuízos • Todos as estruturas do algodoeiro são atacadas ( botões florais) • Prejudicam a abertura normal das maçãs (Carimã) • Os botões florais atacados caem no solo e as maçãs com larvas

apodrecem

• Redução na produção em até 70%

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Bicudo – Anthonamus grandis

Compotamento Grandlure

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Pragas tardias no Algodão Amostragem - Bicudo

200m 200m

20

0m

60 dias antes do plantio

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Bicudo – Anthonamus grandis

Legislativo IN 49/2000 e P.E. 186/200 e 174/2004

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Bicudo – Anthonamus grandis

Cultural

• Cultura Armadilha

• Soqueira armadinha

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Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Bicudo – Anthonamus grandis

Químico Grupo e modo de ação

1B – Organofosforado (paration metilico): contato e ingestão

2A - Ciclodieno (endosulfan): contato e ingestão

3 – Piretróide (cipermetrina, deltametrina) : contato e ingestão

Pragas tardias no Algodão

Mosca-branca Bemisia tabaci (Genn., 1889) (Hemipetera : Aleyrodidae)

Pragas tardias no Algodão Mosca-branca: Bemisia tabaci CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovos – Brancos tornando-se marrons antes da eclosão • Ninfas – Cor branca, corpo elíptico, translúcido e achatado • Passa por uma fase denominada pupário, e transformam-se em

adulto • Adulto – De cor branca, olhos vermelhos, medindo aproximadamente

1 mm

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Mosca-branca: Bemisia tabaci BIOLOGIA • Elevada capacidade reprodutiva, em média 110 ovos • Ovos são colocados na face inferior das folhas • Ciclo de 15 dias aproximadamente • Quatro asas membranosas cobertas por uma pulverulência branca • Os machos são muito ativos e se deslocam entre plantas hospedeiras

Pragas tardias no Algodão Mosca-branca: Bemisia tabaci Prejuízos • São sugadoras de seiva, e grandes infestações depauperam as plantas • Causam a mela e posterior queda das folhas • Podem afetar seriamente a produção

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Pragas tardias no Algodão Mosca-branca: Bemisia tabaci Prejuízos • Presença de substância açucarada favorece o aparecimento de fungos

de coloração escura ( fumagina )

• Vetor da “virose do mosaico” comum para algodoeiro

• Hospedeiros infectados determinam maior ocorrência da enfermidade nas lavouras

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Mosca branca – Bemisia tabaci

Químico Grupo e modo de ação

3 – Piretróide (metomil) : contato e ingestão

4A – Neonicotinóide (Acetamiprid; thiametoxan; Imidacloprid): sistêmico

Pragas tardias no Algodão

Lagarta-rosada Pectinophora gossypiella (Saund., 1844)

(Lepedoptera : Gelechiidae)

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Pragas tardias no Algodão Lagarta-rosada: Pectinophora gossypiella CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovos – Brancos, postos isoladamente em fendas das brácteas • Larva – é de coloração branco-palha • Quando desenvolvidas toma a coloração rosada • Com 10 mm a 13 mm de comprimento e 2,5 mm de largura e no

abdômen aparecem 5 pares de pernas com unhas

Pragas tardias no Algodão Lagarta-rosada: Pectinophora gossypiella CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Pupa - coloração castanho amarelada • Adulto – Com 15 a 20 mm de envergadura e 8 a 9 mm de

comprimento • Asas anteriores de coloração pardo-escura com três manchas escuras

e franjadas • Asas posteriores são acinzentadas.

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta-rosada: Pectinophora gossypiella BIOLOGIA • Grande capacidade reprodutiva 200 ovos de forma isolada • A eclosão ocorre após 4 a 5 dias • Após 12 dias alimentando-se no interior dos frutos, as lagartas

passam para a fase de crisálida no solo • Transforma-se em adultos depois de 8 dias

Pragas tardias no Algodão Lagarta-rosada: Pectinophora gossypiella BIOLOGIA • Algumas lagartas não empupam, mas permanecem no interior das

maçãs - Diapausa • As lagartas passam a diapausa no interior das maçãs junto a

sementes e outros detritos • O ciclo de vida em torno de 30 dias, podendo ocorrer até 5 gerações

por safra

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Pragas tardias no Algodão Lagarta-rosada: Pectinophora gossypiella Danos e Prejuízos • A praga ataca botões florais e maçãs, nestas se alimentam das

sementes • Os botões florais atacados determinam o aparecimento de flores com

aspecto conhecido como “rosetas” • Servi de indicador de grande potencial de ataque no período de

frutificação da cultura

Pragas tardias no Algodão Lagarta-rosada: Pectinophora gossypiella Danos e Prejuízos • As maçãs são preferidas para a postura das mariposas, as lagartas

destroem as sementes, fazendo galerias • O ataque afeta a produção pela destruição das sementes e fibras

• As maçãs atacadas e que não abrem normalmente são chamadas de

carimãs

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

L. rosada – Pectinophora gossypiella

Comportamento Gossyplure

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

L. rosada – Pectinophora gossypiella

Químico Grupo e modo de ação

1A – Carbamato (carbaril) : contato e ingestão

3 – Piretróide (cipermetrina; deltametrina) : contato e ingestão

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Pragas tardias no Algodão

Curuquerê Alabama argillacea (Hüber, 1818)

(Lepidoptera : Noctuidae)

Pragas tardias no Algodão Curuquerê: Alabama argillacea CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovos – de cor verde-azuladas, circulares, achatados e estriados.

• São depositados isoladamente na parte inferior das folhas

• Lagarta – coloração geral verde-amarelada, mas inicialmente é quase

incolor

Pragas tardias no Algodão Curuquerê: Alabama argillacea CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Em grandes infestações predomina a cor verde-escura

• Apresentam 3 pares de pernas e movimentam-se de maneira

mede-palmo

• Pupa – tem forma cilíndrica e afilada na parte posterior, de cor castanho escuro

• Presente nas folhas, presa por fios de seda e medindo entre 16 mm e 18 mm de comprimento

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Curuquerê: Alabama argillacea CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Adulto - é uma mariposa de cor pardo-argiloso-clara

• Com envergadura ao redor de 30 mm BIOLOGIA • Grande capacidade reprodutiva em média 500 ovos

• Após 3 a 5 dias, as lagartas eclodem e começam a se alimentar

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Curuquerê: Alabama argillacea Danos e Prejuízos • Os ataques estão ocorrendo mais cedo

• Permanecem em outras lavouras se alimentando e favorecendo a

reprodução continuada da praga

• Considerada praga importante já no estabelecimento da cultura, atacando plantas jovens

Curuquerê: Alabama argillacea Danos e Prejuízos • A lagarta se movimenta desfolhando no sentido descendente das

plantas

• A maior parte do consumo da lagarta ocorre a partir do quarto instar, alimentando-se entre as nervuras das folhas

• Podem causar o desfolhamento total das plantas

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão Curuquerê: Alabama argillacea Danos e Prejuízos • Reduz o potencial fotossintético e pode ocasionar sérios prejuízos a

produção

• Provoca a maturação forçada de maçãs imaturas afetando a qualidade e o peso

• A deposição de fezes sobre as fibras deprecia-as

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Curuquerê – Alabama argillacea

Biológico Percevejo Predador - Podisus sp

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Curuquerê – Alabama argillacea

Biológico Percevejo Predador - Podisus sp

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Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Curuquerê – Alabama argillacea

Biológico Fungo - Nomuraea releyi

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Curuquerê – Alabama argillacea

Químico Grupo e modo de ação

1A – Carbamato (carbaril) : contato e ingestão 2A - Ciclodieno (endosulfan): contato e ingestão

3 – Piretróides (permetrina; deltametrina) : contato e ingestão 4C – Cartap (Cartap) : contato e ingestão

6 – Avermectina (Abamectin) : contato e ingestão

Pragas tardias no Algodão

Lagarta-das-MaçãS Heliothis virescens ( Fabrícius, 1781 )

(Lepidoptera : Noctuidae)

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Pragas tardias no Algodão Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovos – De cor branca, passando a alaranjado-marrom próximo da

eclosão

• Lagarta –São de coloração geral verde

• Ao crescer tomam tonalidades que vão desde verde-claro ao marrom

• Podem atingir cerca de 25 mm de comprimento

Pragas tardias no Algodão Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS

• As lagartas possuem cerdas(pêlos) na região dorsal

• Ao longo do corpo aparecem faixas longitudinais escuras e claras, alternadas

• A presença de microcerdas sobre os tubérculos do 2º e 8º segmentos identificam a H. virescens

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS

• Pupa – tem forma cilíndrica afilada na parte posterior • De cor castanho-escuro • Atravessam esta fase entre 3 cm e 5 cm abaixo da superfície

do solo • Adulto – Asas anteriores são de coloração verde-oliva-

pardacenta, com 3 linhas oblíquas claras margeadas de preto • Tem envergadura 32 mm

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens • Asas posteriores de cor esbranquiçada, semi-hialinas BIOLOGIA • As mariposas apresentam hábitos noturnos

• Grande capacidade reprodutiva em média 600 ovos

• Depositados de forma isolada nas brotações, folhas novas

• Após 3 dias as lagartas eclodem

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens BIOLOGIA • Se alimentam inicialmente de folhas, depois botões florais jovens

• As lagartas passam por 6 instares, passando a seguir a fase de pupa

• A condição de umidade favorece o crescimento populacional do

inseto

• Podem ocorrer 2 a 3 gerações por safra

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Pragas tardias no Algodão Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens Danos e Prejuízos • Danificam botões florais a partir do ponteiro

• Posteriormente atingindo maçãs pequenas e grandes existentes nos

estratos inferiores

• Um lagarta poderá destruir 6 botões florais e uma maçã, alimentando-se através de orifícios

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens Danos e Prejuízos • Os botões florais apresentam as brácteas abertas, caindo

posteriormente ao solo

• Nos últimos instáres as lagartas atacam maçãs, devorando o conteúdo destas.

• Os orifícios expostos favorecem a penetração de microrganismos, causando o apodrecimento das maçãs

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Amostragem – Mariposa

Pragas tardias no Algodão Lagarta-do-cartucho ou Lagarta-militar

Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera : Noctuidae)

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Pragas tardias no Algodão Lagarta Spodoptera frugiperda CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovos -Cor rosada-clara, tornam-se cinzas antes da eclosão.

• São depositados em grupos (massas), cobertos e protegidos por pêlos

e uma película

• Lagarta – Inicialmente é verde-clara, com cabeça preta e pêlos negros

• Quando desenvolvida atinge 40 mm de comprimento, com coloração variando de esverdeada a pardo-escura

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta Spodoptera frugiperda CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS

• A cabeça da lagarta é mais escura com sutura em forma de “Y” invertido

• Pupa – De cor marrom-escura, presente no solo • Adulto – As mariposas apresentam coloração geral cinza-

escura, com 35 mm de envergadura • As asas anteriores mosqueadas e as posteriores

esbranquiçadas com borda cinza

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta Spodoptera frugiperda CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Na metade das asas anteriores dos machos aparece uma mancha

clara ovalada BIOLOGIA • Os ovos são colocados sob as folhas, com eclosão aproximada em 4

dias. • Grande capacidade reprodutiva cerca de 1.000 ovos

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Pragas tardias no Algodão Lagarta Spodoptera frugiperda BIOLOGIA • As lagartas raspam o parênquima das folhas, deixando-as necrosadas

e translúcidas

• As pequenas lagartas presas a fios de seda iniciam um processo de migração

• Lagartas pequenas e médias geralmente raspam a epiderme das brácteas dos botões florais, flores e maçãs

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta Spodoptera frugiperda BIOLOGIA • Ciclo larval entre 15 e 30 dias

• Podem atacar desde a emergência até a maturação do algodão

(principalmente no cerrado)

• Diversas são as espécies das quais a praga se alimenta e que se reproduz

• As mariposas presentes na lavoura de milho migram e depositam ovos

nas plantas do algodoeiro.

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Lagarta Spodoptera frugiperda Danos e Prejuízos • Ocasionam desfolhamento, mas também perfuram os botões florais,

flores e maçãs macias ao se alimentarem • A utilização do milheto, como cobertura de solo, vai ocasionar na

transferência sucessiva da população do inseto entre os hospedeiros • Pode ocorrer corte rente ao solo da planta pela praga, levando-as a

morte

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Pragas tardias no Algodão Lagarta Spodoptera frugiperda Danos e Prejuízos • As lagartas ataca toda a planta (menos a raiz)

• Lagartas de tamanho médio são geralmente encontradas no interior

das flores

• Lagartas maiores raspam a base das maças antes de perfurá-las, ocasionando, de um modo geral, grandes orifícios

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Spodoptera spp.

Biológico Fungo - Nomuraea releyi

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Pragas tardias no Algodão Método de Controle e Caracterização

Spodoptera spp.

Biológico Mosca Parasitóide - Tachinedae

Método de Controle e Caracterização Spodoptera spp.

Químico Grupo e modo de ação

1A – Carbamato (tiodicab) : contato e ingestão

3 – Piretróide (metomil) : contato e ingestão

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Percevejo-manchador

Dysdercus spp (Hemiptera : Pyrrhocoridae)

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Pragas tardias no Algodão Percevejo-manchador : Dysdercus spp CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovos – inicialmente brancos, tornando-se alaranjados antes da

eclosão • Ninfas – Ápteras e de coloração geral avermelhada

• Adulto – Corpo elíptico, alado

• Asas com tonalidade amarela, laranja e vermelha

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão

Percevejo-manchador : Dysdercus spp CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Os insetos mostram 3 linhas brancas sob o tórax (colar branco)

BIOLOGIA • Os ovos são depositados em fendas no solo, entre gravetos, ou ao

lado dos coleto das plantas

• Se reproduz o ano todo em hospedeiros alternativos

• Grande capacidade reprodutiva

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Percevejo-manchador : Dysdercus spp BIOLOGIA • Acasalamento é prolongado

• Condições de freqüente umidade e nebulosidade favorecem o

desenvolvimento do inseto

• Se alimentam pela sucção de seiva em botões florais, flores, maçãs,partes tenras do caule e sementes

• Ciclo do inseto varia entre 25 e 69 dias (45 em média)

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão Percevejo-manchador : Dysdercus spp Danos e Prejuízos • Os botões e maçãs pequenas , quando picados, caem ao solo

• As maçãs maiores crescem defeituosas, as fibras ficam manchadas e

geralmente apodrecem

• No final do ciclo da cultura, os adultos e as ninfas picam as sementes nos capulhos, e mancham as fibras com suas dejeções

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Ácaro rajado

Tetranychus urticae (Koch,1836) ( Acari : Tetranychidae )

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Pragas tardias no Algodão Ácaro-rajado : Tetranychus urticae CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EXTERNAS • Ovos –esféricos e amarelados, depositados entre os fios que as

fêmeas tecem

• Larvas – Incolores e amareladas, passando por 3 mudanças de pele até a fase adulta

• Adultos – as fêmeas medem cerca de 0,46 mm de comprimento por 0,24 mm de largura

• Possuem formas arredondadas e achatas, 4 pares de pernas, cor amarelada

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão

Ácaro-rajado : Tetranychus urticae BIOLOGIA • Cada fêmea poderá colocar cerca de 60 ovos • Após a eclosão as larvas são quase transparentes, apresentando 6

pernas • Em seguida mudam de pele , transformando-se em ninfas com 8

pernas • O ciclo de vida dura em média 14 dias em condições de campo

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Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Ácaro-rajado : Tetranychus urticae BIOLOGIA • Clima quente e seco favorecem o desenvolvimento da praga

• É uma espécie polífaga, ocorrendo em diversas plantas silvestres e

cultivadas

Pragas tardias no Algodão

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Pragas tardias no Algodão Ácaro-rajado : Tetranychus urticae Danos e Prejuízos • Raspam as folhas na face inferior causando o rompimento das células

epidermais e a destruição da clorofila

• Aparecem lesões descoradas, podendo-se notar um leve emaranhado de fios em forma de teia

• Na face superior as folhas atacadas aparecem manchas avermelhadas

Ácaro-rajado : Tetranychus urticae Danos e Prejuízos • Em ataques elevados, as manchas chegam a ocupar quase toda a

extensão foliar • Distúrbios provocados nas folhas refletem em outros órgãos da planta

• As maçãs do terço superior não apresentam desenvolvimento normal

e abrem precocemente

Pragas tardias no Algodão

Pragas tardias no Algodão Ácaro-rajado : Tetranychus urticae Danos e Prejuízos • Gerando capulhos de pouco peso e baixa qualidade de fibra • Isso irá causar prejuízos quantitativos e qualitativos

• A princípio as infestações surgem em forma de reboleiras localizadas

• A disseminação é de forma progressiva para toda a lavoura

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Pragas tardias no Algodão

Praga Época de

Ocorrência Parte Amostrada Nível de Controle

Pulgão até 60 dias ponteiro ponteiro

70% plantas atacadas 1 a 5% plantas atacadas

Bicudo até a 1ª flor 50 dias até colheita

Planta botões florais armadilha

5% plantas atacadas 10% botões atacados 1 adulto/armadilha

Curuquerê 90 - 140 dias plantas (parte superior) 2 lagartas / planta ou 25% de desfolha

Lagarta-rosada

80 - 120 dias Maçã armadilha

5% maçãs atacadas 10 adultos/armadilha

Spodoptera emergência até maturação

folhas e brácteas botões florais

10% plantas atacadas 5% plantas atacadas

Níveis Populacionais

Ficha de monitoramento

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Plano de Aplicação

• 20 - 30 dae: Cartap ou Paration – Curuquerê e bicudo (preventivo);

• 30 - 40 dae: Larvin / Semevin– Lag. da maça e resto de curuquerê;

• 60 dae: Larvin / Semevin – spodoptera;

• 80 dae: uso de piretróide / Polo – pulgão, bicudo, spodoptera, mosca-branca;

• 80 dae: se tiver surto de mosca-branca – actara na bordadura;

• 90 dae: pragas chaves – bicudo e mosca-branca –

• 100 dae: pulgão - marshal

MUITO OBRIGADO!!!

Marcio Claro de Oliveira, Eng. Agr. CREA/BA 60323

[email protected] [email protected] (77) 9800-8883 / 8126-6198