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  • Administrao de Recursos Materiais para o TRT/SC

    Teoria e exerccios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 00

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    AULA 00 Apresentao, Edital, Noes Iniciais da Matria. Noes de Administrao de Recursos Materiais:

    Introduo Administrao de Material e Patrimnio. Conceituao de Material e Patrimnio. Atividades bsicas

    da Administrao de Material e Patrimnio.

    SUMRIO PGINA

    Sumrio

    Apresentao: ................................................................................................. 2

    Meus Pezinhos .............................................................................................. 3

    Consideraes sobre o Curso (Edital na Praa).............................................. 4

    Introduo Administrao de Recursos Materiais e Patrimoniais ................. 7

    Conceituao de Material e Patrimnio ......................................................... 13

    Classificao de Materiais e Atributos para Classificao de Materiais ........ 19

    Classificao dos Estoques ........................................................................... 22

    Classificao quanto importncia operacional (XYZ) ................................. 23

    Classificao ABC ......................................................................................... 24

    Atividades Bsicas da Administrao de Materiais e Patrimnio .................. 26

    Codificao de Materiais ............................................................................... 27

    Questes Comentadas .................................................................................. 32

    Questes Apresentadas (Sem Comentrios) ................................................ 39

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    Apresentao:

    Ol a todos. Eu me chamo Felipe e serei o responsvel pelo curso de Noes

    de Administrao de Materiais e Arquivologia para este concurso.

    Tenho 23 anos e atualmente exero o cargo de Auditor Fiscal de Tributos do

    Municpio de So Paulo. Sou formado em Direito pela Universidade de So Paulo,

    mais conhecida como Largo So Francisco. E sim, isso significa que perdi horas de

    sono ao longo de meses a fio para fazer a FUVEST. Bons tempos aqueles... :P

    Ingressei no servio pblico em 2009, no cargo de Assistente Tcnico

    Administrativo do Ministrio da Fazenda. Fiquei mais de dois anos no cargo, onde

    aprendi desde furar papel at os meandros mais especficos da cincia do Direito

    Tributrio. De tanto choramingar, a partir de fevereiro comecei a supervisionar parte

    do setor onde trabalhava, ganhando um aumento singelo (sim, essas coisas existem

    no servio pblico se voc for ambicioso).

    Em abril de 2012 fui nomeado para o cargo de Tcnico Judicirio rea

    Administrativa do Tribunal Regional do Trabalho. Lembro at hoje que mesmo

    estando na posio 1237, e j passados mais de trs anos da prova, ainda assim

    chegou minha vez. Mas lgico, se tivesse ido melhor, teria sido chamado mais cedo

    :P.

    Passei em 16 lugar no concurso de AFTM de So Paulo, onde atualmente

    estou, ingressando na Prefeitura l para agosto de 2012.

    E, para terminar, com grande alegria que comunico que passei no concurso

    do ICMS-SP de 2013, dentro da lista (embora no fim da lista :P), para onde estou

    considerando ir!

    Fora isso, fui chamado para ser Oficial de Justia do Tribunal de Justia de

    So Paulo (no lembro a posio de cabea, mas demorou pacas pra chamar e eu

    j estava na Prefeitura quando isso aconteceu) e Escrevente Tcnico Judicirio na

    Circunscrio de Mau, que tambm longe pacas de onde eu moro. Fiquei na lista

    de excedentes de Tcnico do INSS (8 lugar em Atibaia) e da ANAC (que nem

    lembro que colocao eu fiquei, mas fui bem mal :P). Tambm fiquei em 4 lugar no

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    concurso de Assistente de Licitao para a FURP (Fundao do Remdio Popular),

    concurso este do qual tambm no pude assumir e, por fim, fui chamado para ser

    Tcnico da SPPREV, em um concurso bastante peculiar :P (se tiver a curiosidade,

    pegue a lista de aprovados e veja as notas do pessoal, coisa de louco :P), e, por

    fim, fui nomeado em 2010 (ou 11 :P) para exercer o cargo de Tcnico do Ministrio

    Pblico da Unio.

    Mas pra fazer tudo isso, no precisa ser gnio. Alias, boa parte dos meus

    conhecidos me tomam por algum bastante "desligado", de maneira que alguns

    ainda se espantam em saber que eu ainda no esqueci de respirar. O que eu sou,

    em verdade teimoso.

    E pra ser bem sincero, j levei fumo tambm em concurso :P. Fui to mal na

    prova do BACEN da poca que fiz que fiquei com vergonha. Mas foi s vergonha,

    no desisti por causa disso, nem voc deve se sua vez ainda no chegou.

    Se voc quiser essa vaga, no precisa ser nenhum assombro para peg-la.

    Eu tive a oportunidade de conhecer pessoas muito talentosas, e a maior parte delas

    no quer virar funcionrio pblico. Para o resto de ns, sobra a certeza de que a

    dedicao e o empenho so os nicos fatores que fazem a diferena entre passar

    ou no.

    Quer dizer, quase. Material tambm bom ter. No adianta nada estudar

    feito um condenado se voc no estiver estudando a matria certa. Voc confiou

    neste material para aplicar o seu esforo. Eu vou te dar uma dor de cabea que

    valha o gasto :P.

    Chega de conversa, mos a obra.

    Meus Pezinhos

    Atendendo a uma orientao do site, reproduzo abaixo o seguinte informe:

    ---------------

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    Observao importante: este curso protegido por direitos autorais

    (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao

    sobre direitos autorais e d outras providncias.

    Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os

    professores que elaboram o cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo

    os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)

    ---------------

    um tanto frio e sem vida, mas a mais pura verdade. Seu professor

    formado em Direito e atesta a ilicitude da conduta :P.

    Mas no s isso: o curso toma tempo do seu querido professor, e ele usa o

    suado dinheirinho de vocs para comprar duas coisas: livros novos e pezinhos.

    Livros novos pois sei que, ao mesmo tempo que eu me atualizo, as bancas

    tambm o fazem, e o nosso objetivo estar a frente da banca, e no ser engolido

    por ela (quando o predador mais rpido que a presa, j sabem o que acontece).

    Pezinhos pois tanto eu como aqueles que amo e prezo precisam comer. E

    pezinhos so a coisa mais barata que consigo pensar em comprar :P.

    Mas srio, prestigiem o curso!

    Consideraes sobre o Curso (Edital na Praa)

    com grande alegria que percebo o interesse nascente da Fundao Carlos

    Chagas por esta disciplina. Contudo, tal interesse ainda est se desenvolvendo.

    Digo isto porque parece ser a segunda vez apenas que a FCC cobra o edital que

    abordaremos abaixo (a primeira foi na prova de Analista Judicirio, rea

    Administrativa do TRT do Paran, depois de um longo hiato sem nem pensar em

    Administrao de Recursos Materiais)

    Vamos dar uma olhadinha no edital deste ano:

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    Noes de Administrao de Recursos Materiais: Introduo Administrao

    de Material e Patrimnio. Conceituao de Material e Patrimnio. O Patrimnio das

    empresas e rgos pblicos. O Patrimnio Imobilirio. O Patrimnio Mobilirio.

    Atividades bsicas da Administrao de Material e Patrimnio. O controle dos

    Materiais e do patrimnio. A movimentao do patrimnio. Sistema Patrimonial.

    Previso e Controle de Estoque. As compras nas Organizaes: Aquisio dos

    materiais e do patrimnio. Arquivamento, recebimento, proteo, conservao e

    distribuio, classificao, padronizao, codificao e inventrio. Anlise do valor e

    Alienao. Estoques: planejamento, processos e polticas de administrao de

    estoques; determinao de nveis de estoque, tempo de ressuprimento e estoques

    de segurana; avaliao de estoques - mtodos; inventrio de material.

    Almoxarifado: funes, princpios e objetivos; controle, registro, conservao e

    recuperao de material; tcnicas de armazenamento; utilizao de espao;

    segurana.

    Como voc pode ver, o edital arremessa palavras, sem nem lista-las de

    maneira coesa. Outros editais costumam enumerar os assuntos em captulos, o seu

    no :P. E o que isso significa? Que ser seu professor quem ir por ordem em tudo

    isto, a fim de que o assunto faa sentido! Veja como abordaremos as lies:

    Aula 00 Noes de Administrao de Recursos Materiais: Introduo

    Administrao de Material e Patrimnio. Conceituao de Material e Patrimnio.

    Atividades Bsicas da Administrao de Material e Patrimnio.

    Aula 01 Estoques: planejamento, processos e polticas de administrao de

    estoques; determinao de nveis de estoque, tempo de ressuprimento e estoques

    de segurana; avaliao de estoques - mtodos; Previso e Controle de Estoque.

    Aula 02 Almoxarifado: funes, princpios e objetivos; controle, registro,

    conservao e recuperao de material; tcnicas de armazenamento; utilizao de

    espao; segurana. A movimentao do patrimnio.

    Aula 03 O Patrimnio das empresas e rgos pblicos. O Patrimnio

    Imobilirio. O Patrimnio Mobilirio. As compras nas Organizaes: Aquisio dos

    materiais e do patrimnio. Inventrio de material. Anlise do valor e Alienao.

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    Arquivamento, recebimento, proteo, conservao e distribuio, classificao,

    padronizao, codificao e inventrio. O controle dos materiais e do patrimnio.

    Sistema Patrimonial.

    Parece melhor, no? Voc ver todo o assunto cobrado, mas no se assuste

    se algum tema parecer extra. A disciplina s faz sentido pelo todo, ento, leia tudo

    :P.

    No uma disciplina que costuma apresentar muitas questes, mas aquelas

    que vierem sero estraalhadas por vocs.

    Outra questo com a qual devo ser completamente transparente com voc:

    questes de prova para treino. A FCC no possui uma base de dados ampla o

    suficiente para eu abordar os tpicos de aula com as questes dela (espero que,

    com o passar do tempo, este cenrio mude).

    Por outro lado, existe uma nica banca que tem o hbito j sedimentado de

    exigir o contedo de Administrao de Recursos Materiais em suas provas: a

    CESPE. Como ela exige a disciplina h mais tempo, as suas questes so, de

    longe, as mais bem elaboradas entre todas as disponveis (mesmo que, s vezes,

    ela tropece).

    Assim sendo, a banca da qual eu fao mais uso no curso. Isso no quer

    dizer que eu no saiba responder as questes das demais bancas :P. Se voc tem

    em mos uma prova da FCC e quiser que eu te ajude, por favor, poste no site, e

    faa um favor adicional a seu professor: envie a prova por email para mim, assim,

    posso ajudar voc e ainda melhorar este curso, e todo mundo ganha :P! E lgico

    que teremos alguma aula extra de exerccios s da FCC. Mas, enquanto procuro, o

    curso segue, afinal, nosso tempo curto.

    Utilize o frum de questes tantas vezes julgar conveniente, e faa a mesma

    pergunta at que obtenha o total entendimento do assunto. O curso em PDF uma

    tentativa bastante exitosa para substituio das aulas presenciais, mas no frum

    que uma apostila massificada se torna um verdadeiro material de aprendizado.

    Ento, pergunte!

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    Chega de conversa, vamos ver o que nos aguarda.

    Introduo Administrao de Recursos Materiais e

    Patrimoniais

    No h como eu ministrar o curso de ARM sem ensinar este primeiro tpico a

    vocs. Este comeo de tudo. A Administrao de Recursos Materiais enquanto

    ideia e disciplina que serve a um propsito. E no s para engrossar editais de

    concurso pblico, a Administrao de Recursos Materiais possui objetivos bastante

    delimitados.

    Dito isto, comecemos a aula de hoje com uma pergunta:

    O que seria exatamente administrao de recursos materiais e qual seria a

    sua utilidade? Para encontrar a resposta desta questo preciso entender uma

    coisa:

    Dentro de um processo produtivo de qualquer empresa haver, em

    determinados momentos, materiais que sero empregados para a produo de

    mercadorias e servios. Estes materiais tero que ser armazenados, trabalhados

    (modificados), transportados, dentre uma infinidade de outras tarefas, sendo

    que, em todos estes momentos, a administrao de materiais dever estar presente.

    Segundo Chiavenato1: Por trs de cada produto h um rol enorme de

    materiais necessrios para constru-lo

    Os materiais de um processo produtivo obviamente precisaro ser

    administrados, pois se no tomarmos os devidos cuidados quanto sua

    administrao, estes podero perecer, se perder, tornar-se obsoletos ou inteis.

    E mesmo que nada disso acontea, pode ser que o seu mal uso reduza sua

    utilidade, provocando prejuzos para a empresa. Nesta cadeia produtiva que os

    1 Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 30.

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    conceitos de administrao de matrias (AM) se fazem presentes, sendo o

    planejamento do ciclo produtivo uma atividade indispensvel.

    E qual o significado prtico daquele emaranhado terico?

    O significado previsvel: no basta aos materiais simplesmente existir ou

    encontrarem-se disposio da empresa. Estes materiais precisam existir, mas no

    momento certo, na quantidade certa e no local certo, porque somente assim o

    processo produtivo se ver servido de maneira adequada.

    Essas caractersticas devem estar presentes simultaneamente. De nada

    adianta para uma empresa possuir materiais em quantidade adequada se no forem

    disponibilizados no tempo certo, o inverso tambm se aplica, de nada adianta a

    empresa possuir materiais no momento certo, se a quantidade disponibilizada for

    inadequada.

    E agora voc est pronto para o conceito de Administrao de Recurso

    Materiais (afinal, sabendo o que que descobrimos para que serve :P). E existem

    um monte delas dentro da doutrina. Mas acredito que ningum melhor que uma

    banca de concurso para dizer a voc o que voc deve achar :P.

    Veja o que o CESPE, em 2012, cobrou em uma questo:

    CESPE (2012 MPE-PI):

    A administrao de materiais pode ser conceituada como um sistema

    integrado que garante o suprimento da organizao, no tempo oportuno, na

    Dentro de um processo produtivo, a Administrao de Materias (AM) precisa controlar:

    A Quantidade (para que se evite a falta ou os excessos)

    O Tempo ( o momento em que os materias estaro

    disponveis)

    A Localizao (no basta o material estar disponvel ele

    tambm precisa estar disponvel no local certo)

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    quantidade necessria, na qualidade requerida e pelo menor custo. (grifos

    nossos)

    Note que h muitas palavras-chave que devem ser observadas na disciplina

    de administrao de materiais, e mais ainda, o conceito do CESPE j indicou

    tambm a funo e objetivo da disciplina. Incrvel o que se pode aprender fazendo

    provas :P.

    Do conceito que foi transcrito acima, surge um dos maiores problemas e um

    dos grandes desafios da administrao de materiais, qual seja, a manuteno de

    nveis adequados de estoques de determinado material. Esta problemtica surge

    porque um material parado investimento parado, um custo desnecessrio

    empresa. para isto que a Administrao de Recurso Materiais existe

    Chiavenato2 coloca como os dois principais desafios da administrao de

    materiais o armazenamento de materiais e a logstica de distribuio de

    materiais.

    Lgico que estes desafios no so os nicos, mas com certeza

    representam boa parte das preocupaes dos administradores.

    Marco Aurlio P Dias3 divide o sistema de materiais nas seguintes reas de

    concentrao: controle de estoques, compras, almoxarifado, planejamento e

    controle de produo, importao, transportes e distribuio.

    Diante do que explicamos at aqui, temos esta parte de uma afirmao da

    CESPE relacionada ao assunto: A administrao de materiais visa colocar os

    materiais necessrios na quantidade certa, no local certo e no tempo certo

    disposio dos rgos que compe o processo produtivo da empresa.

    2 Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus.

    3 Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e

    gesto, ed. Atlas, 6 ed.

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    importante que voc saiba que, independentemente do tipo de atividade,

    conforme bem leciona Marco Aurlio P. Dias4, o objetivo principal de uma

    empresa , sem dvida, maximizar o retorno sobre o capital investido (grifos

    nossos)

    Esta maximizao do retorno sobre o capital investido feita atravs das

    atividades da empresa. A empresa, ao explorar seu objeto social, busca adicionar

    valor a um bem atravs do emprego de seu esforo sobre um conjunto de

    materiais, os quais, em decorrncia deste esforo, so mais valiosos do que a

    soma dos materiais que os compe. Essa definio, embora d ateno s

    empresas fornecedoras de mercadorias, tambm pode ser estendida s empresas

    de servio, com as devidas ressalvas.

    Mas como estamos falando de Recursos Materiais, nos voltaremos

    essencialmente s empresas produtoras de mercadorias.

    Pois bem, eu disse que a empresa agrega valor aos materiais por meio de

    seu esforo. Este esforo, por sua vez, estruturado e organizado, atravs de

    algo que chamamos de processo produtivo.

    Veja uma representao:

    4 Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e

    gesto, ed. Atlas, 6 ed., pg. 01.

    entradas processo produtivo sadas

    insumos processo produtivo produtos

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    O processo produtivo transforma. E assim que a empresa maximiza o seu

    retorno.

    Passa esta parte, vamos voltar um pouquinho para citar uma conceituao

    apresentada por Chiavenato5 para a administrao materiais: A AM envolve a

    totalidade dos fluxos de materiais da empresa, desde a programao de

    materiais, compras, recepo, armazenamento no almoxarifado, movimentao de

    matrias, transporte interno e armazenamento no depsito de produtos acabados.

    Voc j deve ter percebido que o os objetivos da administrao de materiais

    so bastante amplos e envolvem todo o processo produtivo.

    Ok, j falamos que pelo processo produtivo que a empresa transforma

    materiais. Neste sentido, algo muito importante na administrao de materiais o

    dimensionamento de estoques.

    Por exemplo: deve se ter conhecimento do volume de estoque necessrio de

    matrias-primas, de quanto tempo os materiais devem permanecer no estoque e, no

    sentido contrrio, quando os estoques devem ser repostos.

    S que efetuar este dimensionamento bastante complicado. Esta

    complicao fruto de uma eterna guerra entre os departamentos da empresa.

    Veja s: o setor de compras no vai querer ser responsabilizado pela falta de

    matrias-primas, ento a tendncia que o setor de compras recomende a

    estocagem de matrias-primas e insumos em excesso6. Assim, quando o dono

    5 Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 38.

    6 O setor de compras deve tambm buscar preos favorveis, pois, obviamente, o

    preo das matrias-primas tambm ir compor o custo dos produtos.

    Almoxarifado de matrias-primas

    processo produtivo Depsito de mercadorias

    prontas

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    da empresa chamar os chefes, ver que em nenhum momento houve falta de

    materiais para produo, e o chefe do setor de compras vai ganhar um bnus.

    Por outro lado, o chefe do setor financeiro vai ganhar um sermo. A

    estocagem de insumos em excesso faz com que grande parte do dinheiro da

    empresa fique parado, sem poder ser investido para gerar mais dinheiro. E isso

    pssimo.

    Para evitar esse sermo, o chefe do setor financeiro, por sua vez, no vai

    querer que ocorram gastos desnecessrios e procurar no liberar compras de

    insumos que julgar prescindveis (dispensveis). Dependendo da sua dedicao,

    s sero comprados novos lpis de escrever quando o toquinho dos que j existem

    desaparecer. O setor financeiro, se pudesse, no permitiria nem mesmo a

    existncia de um estoque.

    Neste momento ser muito importante o papel da gesto de recursos

    materiais, ela que servir de meio de campo entre estas reas distintas da

    organizao, sendo que o desempenho deste papel depende da relao direta com

    os altos escales da organizao.

    O setor financeiro, para otimizar os custos, tende a

    querer reduzir estoques O setor de estoques, para evitar falta de matrias-primas, tende a

    querer acumular estoques

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    Para a gerncia financeira, a minimizao dos estoques uma das metas

    prioritrias. 7

    muito importante no planejamento e controle de materiais que se busque

    um equilbrio entre o processo produtivo e os custos financeiros. Isto porque o

    objetivo da administrao de materiais a maximizao da utilizao dos

    recursos da empresa, em um nvel de servios requerido pelos clientes.

    Materiais ociosos e parados em estoques geram custos no desejados.

    Conceituao de Material e Patrimnio

    Muito legal tudo isso, mas professor: do que exatamente estamos falando?

    No fao ideia do que seja material ou patrimnio!

    Caro aluno, fique tranquilo :P. O pnico deve ser reservado a obstculos

    intransponveis, e este, definitivamente, no o caso.

    Comecemos pelo patrimnio. O patrimnio objeto de estudos de uma

    disciplina muito cara pelos concurseiros da rea fiscal: a contabilidade. Por outro

    lado, como as alteraes patrimoniais normalmente se do por negcios jurdicos,

    tambm abordada pelo Direito, em especial, o Direito Civil, que cuida de classificar

    algumas espcies de bens que compem o patrimnio.

    Como voc pode ver, de ARM mesmo, s na parte de gesto, porque na

    conceituao, esta disciplina empresta os conceitos daquelas que j mencionei (e

    isso normal, j que nenhuma cincia consegue se isolar das demais).

    Depois desta breve divagao de cunho filosfico, vamos ao que interessa:

    - Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma pessoa

    que possam ser avaliados em pecnia (moeda, dinheiro).

    7 Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e

    gesto, ed. Atlas, 6 ed., pag. 07.

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    O que est destacado a chave do conceito: o que compe o conjunto e o

    que est excludo dele.

    Primeira pegadinha clssica: obrigaes so parte de nosso patrimnio.

    Aquela dvida monstro no cheque especial, que voc jamais conseguir pagar

    parte inexorvel de seu patrimnio, pois pode ser avaliada em moeda (ainda que

    negativamente :P). Vou te explicar o que so obrigaes de acordo com a doutrina,

    mas voc j ganhou a dica do que seria.

    Por outro lado, o amor de me, posto que no tem preo, no compe sua

    esfera patrimonial, justamente por no ser passvel de avaliao em pecnia (o que

    no quer dizer que no seja importante :P).

    Disto isto, caminhamos para o prximo passo: o que so bens, direitos e

    obrigaes?

    Vejamos:

    Bens: inicio este tpico com uma frase de sabedoria milenar de meu

    professor de Direito Civil do primeiro ano da faculdade: Coisa qualquer coisa :P

    (sensacional!). O termo Coisa, at mesmo em Direito, costuma designa

    absolutamente qualquer objeto dotado de existncia (ainda que meramente

    abstrata). E dentro deste conjunto, temos um tipo particular de coisa, que objeto

    de nossos estudos: os bens.

    Bens so elementos materiais e imateriais que integram o patrimnio

    (lembre-se de no perder de vista o fato de serem avaliados em moeda). J diria o

    economista que bens so coisas que servem para satisfazer uma necessidade

    humana. Mais ou menos assim:

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    Conhea o primeiro de muitos modelos do Microsoft Paint que me

    acompanham desde os tempos das apresentaes do ginsio.

    Mas o jurista ainda no falou sobre bens :P. E lgico que considero esta

    definio bem mais legal.

    Bem tudo aquilo que suscetvel de se tornar objeto de direito e que est

    sujeito a utilizao e apropriao. Assim sendo, se dissermos que uma coisa um

    bem patrimonial, estamos dizendo que aquilo pode ser avaliado em dinheiro e que

    propriedade de algum.

    Note que esta definio um pouco mais restrita que a econmica, e est

    mais prxima do conceito de bens quando utilizado para nossa disciplina.

    Veja como fica:

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    No vejo diferena professor! Pense no ar. coisa? Sim, afinal, coisa

    qualquer coisa! Existe para satisfazer uma necessidade humana? Sim, respirar

    tambm uma necessidade humana. suscetvel de apropriao? No! Ningum

    pode ser dono do ar (ainda!). Desta forma, juridicamente falando, o ar no bem,

    embora exista para satisfazer uma necessidade humana.

    Estudaremos os bens na Aula 03, em suas especificidades, mas j adianto: o

    conceito de bem, quando o assunto patrimnio, costuma ser abordado pelo

    conceito jurdico de bem (coisa suscetvel de apropriao), ento, na dvida,

    trabalhe com este.

    Direitos: Tome cuidado aqui, meu caro. No confunda Direitos com bens

    incorpreos (ainda a serem vistos).

    Contabilmente falando, direitos so valores a receber ou a recuperar nas

    transaes com terceiros.

    Em nossa disciplina, este conceito reduzido demais, razo pela qual

    precisaremos estend-lo um pouco.

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    Direitos so prerrogativas que determinada pessoa possui (credor) em exigir

    que outra pessoa (devedor) d (entregue-lhe um objeto), faa (pratique uma ao)

    ou deixe de fazer algo (abstenha-se de determinado ato) em favor do prprio credor,

    ou de terceiros.

    A definio um tanto vaga, mas os exemplos so bem melhores. Se voc

    for em uma loja e comprar um objeto de grande porte parceladamente (digamos

    aqui, um armrio que no cabe em seu fusquinha), ter feito um contrato de compra

    e venda. Entretanto, nem voc sair da loja com o mvel (pois no tem como

    transport-lo, nem a loja ficar com seu dinheiro, pois voc parcelou a compra. a

    que nascem dois direitos:

    - Voc tem o direito de receber o armrio, na data e forma aprazadas,

    possuindo a prerrogativa de exigir que o objeto lhe seja entregue;

    - A loja tem o direito de receber o valor combinado, em tantas parcelas

    vencidas em determinado dia do ms.

    Ningum saiu daquela loja com qualquer coisa que fosse, entretanto, ambas

    as partes incorporaram ao seu patrimnio direitos, que so suscetveis de avaliao

    monetria.

    Obrigaes: Pode pensar no exemplo anterior que ele tambm serve.

    Obrigaes so deveres que determinada pessoa possui, no sentido de realizar

    uma prestao de dar, fazer ou no fazer algo em favor de outrem.

    Do mesmo modo que no exemplo anterior, cada uma das partes tem uma

    obrigao naquele contrato:

    - A loja tem a obrigao de entregar o mvel adquirido;

    - Voc tem a obrigao de pagar o valor das parcelas conforme elas forem

    vencendo.

    Simples assim. E voc j sabe o que o patrimnio

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    E o patrimnio pblico, muda alguma coisa? No conceito intrnseco de

    patrimnio, no, mas quanto ao dono do patrimnio, devemos nos atentar para as

    peculiaridades do conceito.

    Veja s:

    Patrimnio Pblico o conjunto de direitos e bens, tangveis ou

    intangveis, onerados ou no, adquiridos, formados, produzidos, recebidos,

    mantidos ou utilizados pelas entidades do setor pblico, que seja portador ou

    represente um fluxo de benefcios, presente ou futuro, inerente prestao de

    servios pblicos ou explorao econmica por entidades do setor pblico e

    suas obrigaes.

    A Csar o que de Csar: o conceito acima saiu do livro dos Srs. Deusvaldo

    Carvalho e Marcio Ceccato, de seu Manual de Contabilidade Pblica.

    As cores so pra te ajudar a memorizar. Coloquei em vermelho diversas

    classificaes de bens, e em azul tudo aquilo que diferencia o patrimnio pblico do

    patrimnio normal. Mas se quer realmente uma dica, fique com a primeira

    definio, do comeo da aula, pois a definio de patrimnio pblico simples

    desdobramento daquela.

    O conceito de material j tem um qu de mais interessante: todos os livros de

    doutrina sobre o assunto no se ocupam de definir com preciso o que um

    material. J iniciam seus estudos na parte em como os materiais so classificados.

    E isto tem uma razo: o conceito de material por demais vago. Veja s:

    Material qualquer poro ou quantidade de matria, em qualquer estado

    fsico. Basicamente, quase qualquer coisa :P.

    Mas, para nossa disciplina, bom que voc j tenha em mente, antes mesmo

    de ver a classificao dos materiais, que os materiais so objetos vocacionados a

    uma finalidade. A mais comum dentro de nossa disciplina compor o produto final

    (que nada mais do que um longo conjunto de materiais concatenados, prontos

    para venda).

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    O resto voc vai sacar logo mais!

    Classificao de Materiais e Atributos para

    Classificao de Materiais

    Dentro da dinmica do processo produtivo que ilustrarmos anteriormente, h

    um fluxo de materiais, que comea no momento em que a matria-prima

    comprada dos fornecedores e termina no instante em que temos um produto

    acabado, pronto para consumo do cliente final.

    Entender este fluxo fundamental para tambm entender esta classificao

    dos materiais.

    Primeiramente gostaria que voc fizesse uma reflexo, voc j se perguntou

    qual o motivo de uma classificao?

    Segundo definio j utilizada em um concurso pblico, embora por outra

    banca (CESGRANRIO 2011): A classificao de materiais o processo de

    aglutinao por caractersticas semelhantes, e determina grande parte do

    sucesso no gerenciamento de estoques. (grifos nossos).

    Disto que acabamos de ver, voc j pode tirar uma concluso: no h uma

    forma nica de classificar, bem pelo contrrio, haver infinitos modos de

    classificao tendo em vista os critrios que forem estabelecidos.

    Por exemplo, quanto demanda: se um material for necessrio em

    estoque, sendo necessria a sua reposio, estamos diante de um material de

    estoque; j se o mesmo material no for imprescindvel, receber o nome de

    material de no estoque.

    Classificao dos materiais quanto ao tipo de demanda:

    Materiais de estoque.

    Materiais no de estoque.

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    Dentre atributos (ou fatores) que podem ser levados em considerao na

    hora de classificar um material, podemos citar: a demanda (conforme visto

    acima); a perecibilidade; a periculosidade; a dificuldade de aquisio; o

    mercado fornecedor; como este material estocado; o valor econmico; a

    importncia operacional; dentre outros. Alm disso, dependendo dos atributos

    informados os materiais sero classificados como crticos ou no crticos.

    Resumindo: como diriam meus professores da faculdade, no existem

    classificaes certas ou erradas, mas existem classificaes teis ou inteis. Desde

    que determinada classificao sirva ao propsito a que se destina, ela merece

    estudo.

    Uma classificao bastante cobrada em concursos aquela que divide os

    materiais segundo seu estgio de processamento.

    Segundo o estgio de processamento, os materiais se apresentaro da

    seguinte maneira8:

    1. Matrias-primas

    2. Materiais em processamento

    3. Materiais semiacabados

    4. Materiais acabados ou componentes

    5. Produtos acabados.

    8 Alm dos cinco tipos de estoques citados, temos tambm os Materiais

    auxiliares e de manuteno.

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    Ora de conceituar:

    Matrias-primas so aqueles materiais que normalmente so obtidos dos

    chamados fornecedores, so aqueles materiais bsicos e necessrios para o

    processo produtivo, seu volume est diretamente ligado quantidade de

    produtos acabados.

    Materiais em processamento So aqueles que j no so mais

    matrias-primas, mas que ainda no so um produto acabado, so materiais que

    ainda esto sendo utilizados na confeco de produtos, esto em uma fase

    intermediria, e desta forma, j no se encontram no almoxarifado.

    Materiais semiacabados So aqueles que esto em um estgio um

    pouco mais avanado do que os materiais em processamento, esto

    parcialmente acabados, faltam poucas etapas do processo produtivo para

    tornarem-se produtos acabados.

    Materiais acabados (ou componentes) So peas isoladas que sero

    componentes do produto final.

    Produtos acabados So aqueles que j passaram por todo processo

    produtivo, esto prontos e acabados. So os produtos que so oferecidos aos

    clientes.

    Durante o fluxo de materiais, haver itens que no sero utilizados para

    compor o produto final acabado, mas que sero utilizados durante o processo

    de produo, por isto a sua importncia. Estes materiais recebem o nome de

    materiais auxiliares e de manuteno.

    Materias- primas Materiais em

    processamento Materiais

    semiacabados

    Materiais acabados ou

    componentes

    Produtos acabados

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    Materiais auxiliares e de manuteno - Como o prprio nome diz, estes

    materiais so aqueles auxiliares, que do apoio produo, so as tambm

    chamadas peas de manuteno ou de reposio. De nada adianta uma empresa

    dispor de matrias-primas se, por exemplo, as mquinas no podem funcionar por

    problemas de manuteno, o mesmo risco incorrido com a falta de matria-prima

    pode ocorrer com as peas de reposio. 9

    Como voc pde perceber, cada um destes materiais em estoque ter seu

    tempo oportuno de utilizao, e at l ficar aguardando sua vez no processo

    produtivo.

    Professor, e os materiais sobressalentes? Material sobressalente so peas

    a mais, normalmente de reserva. Elas seguem a mesma natureza das peas

    "originais" (as efetivamente utilizadas no processo produtivo), afinal de contas, so a

    mesma coisa e servem ao mesmo propsito, e apenas "sobraram" ao longo do

    processo produtivo.

    bem possvel que, inclusive, sejam aproveitadas em um novo ciclo

    produtivo. Entretanto, sua pergunta bastante interessante quando cogitamos a

    finalidade destas peas: se elas se prestarem justamente manuteno dos bens

    existentes na empresa, constituem materiais auxiliares. Aqui, meu caro,

    importante ler o enunciado com toda a calma do mundo, e descobrir o propsito do

    material. Para ter certeza mesmo, s olhando para a questo (se tiver alguma

    contigo, pode postar e te aponto onde prestar ateno).

    Classificao dos Estoques

    Para conseguir gerenciar o estoque adequadamente, extremamente

    recomendvel que eu classifique os itens que compem o estoque de acordo com

    sua importncia e nvel de cuidado necessrio com o material.

    9 Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e

    gesto, ed. Atlas, 6 ed., pg. 15.

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    Alguns materiais, como veremos, no demandam tanto cuidado no sua

    guarda, de maneira que se a empresa prestar muita ateno neles, terminar

    incorrendo em gastos desnecessrios.

    Por outro lado, ao deixar de dar ateno a um material importante, tambm

    acabar tendo prejuzos.

    Para evitar isto, as classificaes so teis. Existem duas principais, mas eu

    peo que preste bem mais ateno na classificao ABC. Esta ser aprofundada ao

    longo do curso, ento, aqui vai s uma introduo.

    Classificao quanto importncia operacional (XYZ)

    Os materiais quanto importncia operacional (quanto importncia que

    possuem nos processos da empresa) so classificados em materiais X, materiais Y,

    materiais Z.

    Nesta classificao o que se avalia a imprescindibilidade do material, por

    isso a ideia de relacionar tal classificao ao grau de criticidade de determinado

    material.

    Os fatores que devemos levar em considerao para analisar a eficincia

    operacional e determinar o grau de criticidade so os seguintes:

    - Essencialidade para alguma atividade vital da organizao.

    - Facilidade de aquisio

    - Possibilidade de substituio por outro equivalente.

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    E os examinadores adoram cobrar isto em prova. Veja alguns exemplos:

    3. CESPE 2011 CNPQ ANALISTA NVEL SUPERIOR Uma desvantagem

    de se utilizar a classificao de materiais do tipo importncia operacional que ela

    no fornece anlise econmica dos estoques.

    Comentrio - A Classificao XYZ voltada para analise de

    imprescindibilidade dos materiais, verifica a importncia operacional do material e

    no tem relao com os custos envolvidos no processo. Logo, item correto.

    Classificao ABC

    A classificao dos materiais utilizando a chamada curva ABC , tambm,

    uma ferramenta administrativa, sendo uma maneira muito til para se conhecer e

    controlar estoques sem aumentar custos. Esta classificao leva em considerao

    a importncia de relativa dos itens.

    Tambm denominada curva de Pareto, baseia-se no princpio de que a

    maior parte do investimento em materiais est concentrada em um pequeno nmero

    Z

    um material sem similares.

    Sua aquisio no simples.

    Tem uma importancia operacional elevada, tido como material essencial e, portanto imprenscindvel.

    Veja que o material Z pelas suas caractersticas tambm um material crtico para a empresa.

    Y Tem importncia operacional mediana.

    X

    um material que possui similares.

    um material de baixa necessidade e que portanto NO imprenscindivel

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    de itens 10. Por esta classificao demonstra-se que poucos itens, algo em torno

    de 10% a 20% do total de itens, respondem por mais ou menos 80% do capital

    empregado em estoques.

    Segundo Marco Aurlio P. Dias11: A curva ABC um importante instrumento

    para o administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam ateno e

    tratamento adequados quanto sua administrao.

    As classes da chamada curva ABC so definidas da seguinte forma:

    Classe A: Itens mais importantes e em menor nmero

    (Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).

    Classe B: Itens em situao intermediria (30% dos itens).

    Classe C: Itens menos importantes e em maior nmero

    (Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).

    Afirmao CESPE (2010 AGU): Na classificao ABC para planejamento e

    controle de estoque, os itens classificados como C so aqueles que correspondem

    faixa de 40% a 50% do total de itens de estoque, mas cujo valor financeiro de

    pouca importncia quando se considera o estoque total.

    Para estabelecer a importncia relativa dos materiais, a curva ABC leva em

    considerao o seu valor e a sua quantidade, ou seja, qual o investimento feito em

    determinado material e qual a sua quantidade.

    10 Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 79.

    11 Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e

    gesto, ed. Atlas, 6 ed., pg. 73.

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    A ateno da empresa dever ser concentrada nos itens da Classe A,

    porque, embora em menor quantidade, neles que estar a maior parte do capital

    investido em estoques. Isto muito importante, lembre-se ento que o controle de

    estoques pela chamada curva ABC considera os produtos de forma desigual, os

    itens do grupo A que representam entre 10% e 20% da quantidade do estoque,

    respondem por 80% do capital empregado em estoques.

    J adianto que a classificao ABC vai receber ateno especial na nossa

    aula 01, isto s a introduo.

    Atividades Bsicas da Administrao de Materiais e

    Patrimnio

    Ok, aqui voc vai querer me bater! :P. S coloquei este tpico nesta aula

    para manter a estrutura do curso. Todo nosso curso este tpico :P. Ns veremos,

    ao longo de todas as aulas, cada uma das atividades bsicas de Administrao de

    Materiais e Patrimnio, de maneira que este captulo seria uma reproduo do curso

    Maior Grau de importncia CLASSE A

    Maior Quantidade de itens CLASSE C

    Classe A. Representam poucos itens em estoque, mas so mais importantes, porque repondem pelo maior custo monetrio.

    Classe B. Quantidade mdia de itens, grau mdio de importncia.

    Classe C. Maior nmero de itens, mas de pouca significncia financeira.

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    todo, inclusive de si mesmo, que tambm conteria a si dentro de si, criando um

    enorme buraco negro que engoliria o universo inteiro :P.

    Fique tranquilo e siga em frente.

    Codificao de Materiais

    Este tpico mais como um presente. Ele o exemplo do meu jeito de

    explicar um assunto relativamente complexo. Elegi este tpico em particular pois ele

    pode ser destacado de seu local natural e ainda ser compreendido. Mas s porque

    amostra, no quer dizer que no precisa ser compreendido. Vamos l.

    Pensemos em uma fbrica de bicicletas. O almoxarifado possui quinze tipos

    de correias dentadas, que se diferenciam pelo seu tamanho, material, e marca, e

    vrios pneus de diferentes aros.

    perfeitamente aceitvel que o almoxarifado comece a se confundir quando

    o setor produtivo pede uma correia em sua requisio de materiais e acabe

    entregando uma correia diferente daquela que o setor produtivo esperava receber.

    Mas embora isso seja aceitvel, vai atrasar toda a produo das bicicletas, o que vai

    deixar o dono da empresa bastante frustrado.

    Por conta desta diversidade incontvel de itens, fica invivel identificar todos

    eles usando apenas o seu nome, voc j viu a zona que seria.

    Mas, se ao invs disto, eu agrupasse todos os itens correia e inventasse,

    sei l, um nmero ou trs letras, um cdigo, que representasse todo o grupo, e na

    segunda parte deste cdigo eu distinguisse todas as correias que esto no estoque

    tambm por outro nmero, isso tornaria as coisas mais fceis, no acha?

    A cada item especfico corresponde um cdigo, mas os cdigos so

    montados de maneira que todo item semelhante possua parte do cdigo igual aos

    seus pares.

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    E o setor produtivo, ao invs de pedir a correia dentada x, vai pedir o item AC

    1275, que corresponde exatamente ao tipo da correia dentada que deseja, em

    tamanho, marca e material.

    isto que representa a codificao de materiais.

    Mas, o cdigo s ser eficiente se for capaz de agrupar itens semelhantes,

    do contrrio, ao invs de uma infinidade de nomes, eu terei uma infinidade de

    cdigos sem sentido, que no serviro para muita coisa.

    Assim o sendo, conforme Marco Aurlio P. Dias faz questo de deixar claro:

    "O objetivo da classificao definir uma catalogao, simplificao,

    especificao, normalizao, padronizao e codificao de todos os materiais

    Codificao voc j sabe o que , aqui vai a descrio dos demais temas.

    - Catalogao: a empresa ir arrolar (registrar) todos os itens existentes,

    de maneira a no esquecer nenhum deles. Isto permitir ter uma ideia geral.

    - Simplificao: consiste em reduzir a grande variedade de itens

    existentes quando eles tem a mesma finalidade. Por exemplo, se a empresa tem

    dois materiais que fazem exatamente a mesma coisa, seria bom escolher a penas

    um deles. Isso facilitar a normalizao.

    - Especificao: chegou a hora de descrever detalhadamente cada item,

    com todas as informaes referentes a formato, tamanho, peso, etc. Desta forma,

    ganha-se duas vezes: no haver dvida sobre o material que ser solicitado, e isto

    facilitar a inspeo de qualidade do material.

    - Normalizao: todo material tem um propsito. Sero descritas todas as

    suas diversas aplicaes nesta etapa.

    - Padronizao: no adianta nada a empresa executar todos os passos

    anteriores se ainda tiver de estocar uma infinidade de itens. Na padronizao, se

    estabelece uma especificao para determinado material, que ser sempre

    deste ou daquele tipo, evitando que uma infinidade de materiais fique estocada

    desnecessariamente. Acredito que o exemplo do parafuso ilustrativo: na

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    padronizao, a empresa especfica que s ir utilizar parafusos com este peso e

    dimetro, e assim, s aquele parafuso comprado e estocado.

    Ok, feito tudo isto, estamos prontos para utilizar um sistema de codificao.

    Os dois mais cobrados em prova so os seguintes:

    - Sistema alfabtico: os materiais so codificados utilizando letras, e cada

    letra especificando um conjunto de caractersticas e especificaes. Como s

    possumos 26 letras no alfabeto, este sistema de codificao pouco utilizado.

    Exemplo: A- Pedal, B- Correia, C- pneu.

    - Sistema alfanumrico: este sistema utiliza uma combinao de letras e

    nmeros, nas quais as letras representaro a classe do material e o seu grupo

    dentro da classe, enquanto os nmeros representam o cdigo indicador do item.

    Exemplo:

    AD 2568

    A Grupo

    D- Classe

    2568 Cdigo Indicador

    Vou explicar o significado de grupo, classe e cdigo indicador no item do

    sistema decimal.

    Sistema Decimal: este o sistema mais utilizado, inclusive por reparties

    pblicas na codificao no s de matrias, mas de quase qualquer coisa que

    precise de uma codificao (por exemplo, contas pblicas em direito financeiro).

    Sua popularidade decorre da facilidade de seu uso e da possibilidade de

    classificar milhes de itens atravs das combinaes dos nmeros. Voc j vai ver

    porque.

    Funciona assim:

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    Os dois primeiros dgitos especificaro o grupo do item. Esta classificao

    mais abrangente e constitui o primeiro agrupamento de itens. Exemplo:

    01 matria prima

    02 produtos em processamento

    03 produtos acabados

    04 material de escritrio

    Como voc pode ver, estes agrupamentos so bastante gerais, e essa a

    ideia do Grupo.

    Cada grupo sofrer uma nova diviso, agora em classes, que nada mais so

    do que detalhamentos da informao do grupo. Exemplo:

    04 material de escritrio

    01 canetas

    02 lpis

    03 papel

    Ok, est muito mais especfico, mas ainda no suficiente. Canetas existem

    de diversos tipos tambm. Mas falta uma definio destes diversos tipos de

    materiais, o que feito atravs do cdigo de identificao. Vamos brincar com as

    canetas:

    04 material de escritrio

    01 canetas

    01 caneta marca qualidade, ponta fina, cor preta

    02 caneta marca estilo, ponta grossa, cor azul

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    A questo que quando chegamos neste ponto, podemos ter uma infinidade

    de itens. Ento normalmente, quando se chega neste ponto, utiliza-se quatro, cinco

    ou seis dgitos ao invs de apenas dois.

    E o melhor desta classificao que ainda poderamos especificar o cdigo

    em subclasses, subgrupos e o que mais imaginarmos.

    E antes de finalizar, um dos sistemas numricos mais famosos o sistema

    americano Federal Supply Classification, que segue o mesmo esquema do que eu

    j expliquei:

    XX XX XXXXXX X

    Tem tudo que ns j aprendemos (explico o ltimo digito logo mais). Os dois

    primeiros dgitos so o grupo, os dois seguintes a classe, a terceira sequencia o

    cdigo de identificao e o ltimo o dgito verificador.

    No que diz respeito ao dgito verificador, concorda que existe a

    possibilidade de o encarregado do processo produtivo digitar o cdigo errado. Isso

    tambm traria atrasos. Para evitar isto, acrescentamos o ltimo algarismo (ou par

    de algarismos), que um dgito verificador.

    Ele gerado atravs de uma frmula que leva em conta os dgitos

    anteriores. Pode ser qualquer frmula. Desta maneira, se o encarregado errar um

    dos dgitos do cdigo, o nmero verificador no vai bater, gerando uma

    mensagem de erro. Tudo que ele precisar fazer ver onde errou e reinserir a

    informao.

    Bom, essa aqui foi s uma pitadinha para voc sentir o curso. Se gostou da

    didtica, ser muito bem vindo na aulas seguintes. Tambm parabenizo voc por

    comear a estudar antes da abertura do edital, largando na frente da concorrncia,

    que sejamos sinceros, bem grande. No se assustando com nmeros que voc

    conseguir sua vaga, mas fazendo por merec-la atravs de empenho, dedicao e

    disciplina, e tambm, lgico, comeando j a sua caminhada.

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    Vamos ver algumas questes, para voc ter ideia do que est enfrentando.

    Mas j me despeo agora, te esperando na Aula 01. Forte abrao.

    Questes Comentadas

    Sua banca a FCC. Lembro bem disto :P. Entretanto, notar que a maior

    parte das questes da CESPE. Ela tem uma longa lista de questes de

    Administrao de Recursos Materiais, sendo a nica banca que conheo que

    explora o tema com regularidade. Desta forma, a base de dados farta. Entretanto,

    caso voc tenha com voc alguma questo que gostaria de ver comentada nas

    aulas, por favor, sinta-se livre para postar no frum, que terei o mximo prazem em

    resolv-la. Ademais, minha preocupao inicial que voc absorva todo o contedo

    terico o mais rpido possvel, e estas so questes que permitiro isto,

    independentemente da banca.

    Mas estou levantando as poucas questes atuais da FCC sobre o tema, e

    teremos uma aula de exerccios comentados no final do curso (no sei quanto

    ainda, mas teremos :P). Quem quiser colaborar com a misso, pode mandar as

    provas ou questes para [email protected]

    Mos a obra.

    2011 CNPQ ANALISTA SUPERIOR. Acerca de administrao de materiais,

    julgue os itens a seguir

    1. O profissional que atua na administrao de materiais deve dedicar

    especial ateno ao controle dos materiais crticos, os quais devem ser submetidos

    ao controle de obsolescncia de forma contnua e peridica.

    Comentrio - A questo faz com que o candidato perca o foco do assunto. O

    que deve ser analisado o controle de materiais e como este deve ser feito. Os

    controles e o dimensionamento de estoques dentro da administrao de materiais

    no devem ser peridicos, mas sim permanentes. As caractersticas de um estoque

    podem representar um capital investido desnecessariamente, por isso o controle de

    obsolescncia deve ser feito de forma contnua e permanente.

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    Item errado.

    2. Uma desvantagem de se utilizar a classificao de materiais do tipo

    importncia operacional que ela no fornece anlise econmica dos estoques.

    Comentrio - No que se baseia a classificao por importncia operacional

    mesmo? Ah ela aquela classificao das letrinhas XYZ. Esta classificao baseia-

    se no grau de imprescindibilidade de um bem. Ela no tem relao e no fornece a

    anlise econmica do bem, isto pode ser visto como uma desvantagem.

    Item correto.

    2010 DETRAN-ES ASSISTENTE TCNICO NVEL MDIO. Acerca de

    administrao de materiais, julgue os itens a seguir

    3. No estoque de matria-prima, armazenam-se os itens produzidos que

    ainda no foram vendidos.

    Comentrio - Matrias-primas so os insumos, esto no incio do processo

    de produo e ficam estocadas no almoxarifado.

    Itens produzidos devem ser entendidos como um produto, no mais matria

    prima. Se for um produto acabado ser armazenado no depsito ou estoque de

    produtos acabados.

    Item errado.

    4. Emprega-se o mtodo de classificao ABC para organizar os itens de

    estoque em ordem alfabtica.

    Comentrio - O mtodo ABC aquele que se baseia na curva de Pareto, e

    que atribui importncia relativa para os materiais, de acordo com o valor investido e

    a quantidade de itens.

    Item errado.

    5. O almoxarifado destina-se guarda fsica dos produtos em processo e dos

    entregues pelos fornecedores.

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    Comentrio - Os produtos entregues pelos fornecedores (matrias-primas)

    esto no almoxarifado. No entanto os produtos em processo esto nas sees

    produtivas da empresa.

    Item errado.

    6. 2010 TRE-MT ANALISTA. Caso venha a adquirir produtos com uma

    empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o

    material classificado como classe C representa aquele tipo de material que

    responde pela maior parte do faturamento.

    Comentrio - Segundo a classificao ABC, o material da classe C aquele

    que representa grandes quantidades de material, mas um baixo valor investido em

    estoque.

    Classificao ABC (classes A e C):

    Item errado.

    7. 2010 TRE-MT ANALISTA. Caso venha a adquirir produtos com uma

    empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o

    material classificado como classe A representar o tipo de material com maior

    quantidade de itens.

    Comentrio - Acabamos de comentar isto na questo acima o material da

    classe A representa a menor quantidade de itens.

    Item errado.

    2010 AGU ADMINISTRADOR. Com relao administrao de materiais,

    julgue o item a seguir.

    8. Na classificao ABC para planejamento e controle de estoque, os itens

    classificados como C so aqueles que correspondem faixa de 40% a 50% do total

    Maior Grau de importncia CLASSE A

    Maior Quantidade de itens CLASSE C

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    de itens de estoque, mas cujo valor financeiro de pouca importncia quando se

    considera o estoque total.

    Comentrio: Vamos ver o quadro de novo:

    Classe A: Itens mais importantes e em menor nmero

    (Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).

    Classe B: Itens em situao intermediria (30% dos itens).

    Classe C: Itens menos importantes e em maior nmero

    (Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).

    Esses valores so gerais, e no caso da Classe C, a oscilao entre 40% a

    50% perfeitamente aceitvel, sem descaracterizar o raciocnio que fundamenta a

    curva.

    Item correto.

    9. 2009 ANTAC A administrao de materiais efetiva visa minimizar o conflito

    existente entre a rea-fim e a rea-meio de uma organizao, como a rea de

    compras e a rea financeira.

    Comentrio - Lembre-se do desenho feito na parte terica:

    A Administrao de Recursos Materiais visa balancear a eterna guerra entre

    o Departamento Financeiro e o Departamento de Compras da organizao

    O setor financeiro, para otimizar os custos, tende a

    querer reduzir estoques O setor de compras, para evitar falta de matrias-primas, tende

    a querer acumular estoques

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    Item correto.

    10. 2009 MCT/FINEP ADMINISTRAO. A curva ABC considera igualmente

    todos os produtos, para fins de controle de estoque.

    Comentrio - A curva ABC considera os bens de forma diferente e os

    classifica em trs classes (A, B, C) de acordo com a sua importncia relativa.

    Item errado.

    11. CESPE 2009 FHS. objetivo da administrao de materiais maximizar a

    utilizao dos recursos da empresa, em um nvel de servios requerido pelos

    clientes.

    Comentrio Quando a questo fala em recursos, est se referindo a

    recursos materiais. exatamente o que busca a ARM, otimizar recursos (maximizar

    a sua utilizao) para atender o nvel de servio requerido pelos clientes.

    Item correto.

    12. 2008 TJ-DFT ANALISTA ADMINISTRATIVA correto utilizar a curva

    ABC para classificar materiais em funo do valor e da quantidade de consumo.

    Comentrio - Para estabelecer a importncia relativa dos materiais, a curva

    ABC leva em considerao o valor investido e a sua quantidade.

    Item correto.

    13. 2007 SEBRAE-AC CONSULTOR. A classificao e a codificao dos

    bens patrimoniais da empresa contribuem para facilitar seu registro e controle.

    Comentrio - A classificao e a codificao tem como funes facilitar a

    organizao dos recursos materiais. Contribuem para registrar, controlar, facilitar a

    localizao e identificao de bens. (falarei um pouco mais sobre controle

    patrimonial em outra oportunidade).

    Item correto.

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    14. CESPE 2006 TSE. Materiais que requerem cuidados especiais na

    armazenagem e no transporte so classificados como materiais crticos.

    Comentrio - Um material tido como crtico em decorrncia de riscos

    inerentes s suas caractersticas (aos seus atributos). Materiais que demandem

    cuidados especiais na armazenagem e no transporte so classificados como

    materiais crticos (como exemplos, temos os materiais perecveis e de alta

    periculosidade).

    Item correto.

    CESPE 2006 DETRAN-PR ASSISTENTE ADMINISTRATIVO ADAPTADA.

    Considerando que determinado rgo da administrao direta possui uma unidade

    responsvel pela manuteno de carros oficiais encarregada de fazer desde a

    reforma esttica e mecnica at a limpeza desses carros, julgue os itens abaixo.

    15. Tintas pretas para fazer retoques na pintura de um automvel, ao serem

    estocadas, so consideradas matrias-primas.

    Comentrio - Levando em conta que, no exemplo da questo adaptada, a

    tinta estava l para que fizemos pequenos retoques na pintura, de fato, estamos

    diante de um item de manuteno.

    Item Errado.

    16. Se um carro, em fase final do processo de restaurao, sai da referida

    unidade passa a ser considerado pea de manuteno.

    Comentrio Se estamos na fase final do processo estamos diante de um

    produto acabado. O Carro um produto acabado. As peas de manuteno (ou

    de reposio) so itens que no sero utilizados para compor o produto final

    acabado, mas que, no entanto, sero utilizados durante o processo de produo.

    Tambm recebem o nome de materiais auxiliares do apoio produo.

    Item errado.

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    17. Os vidros prova de bala utilizados no processo de blindagem de um

    carro oficial so considerados matria-prima.

    Comentrio Os vidros prova de bala so matrias-primas utilizadas no

    incio do processo produtivo para obteno de um produto final acabado, neste caso

    o carro blindado. Mas antes de tentar tirar qualquer concluso, leia a prxima

    questo.

    Item correto.

    18. Considere que um carro blindado em duas etapas distintas, uma para

    colocao de vidro blindado, outra para blindagem da lataria. Nesse caso, correto

    considerar os vidros utilizados produto acabado.

    Comentrio Apenas aps a sua colocao no veculo e enquanto no

    colocada a lataria blindada, os vidros analisados em conjunto com o veculo se

    classificariam como materiais semiacabados. Produto acabado produto final. Voc

    pode estar se perguntando: o vidro prova de bala no carro blindado no poderia

    ser considerado um material acabado (ou componente) j que e uma pea que faz

    parte do produto final, que no caso o carro blindado?

    Interessante a sua abordagem! Para ter feito sua colocao, acredito que

    voc tenha pensado que o vidro blindado como algo j pronto, a ser adicionado ao

    carro. E se pensou assim, seu raciocnio est correto. Quando eu expliquei esta

    questo, tomei o veculo todo como material semiacabado (j com estes vidros

    blindados, mas sem outras peas). Por isto, que, quando olho para este veculo

    ainda capenga, digo que tudo aquilo uma coisa s, e um material semiacabado

    (veculo "semi pronto"). Mas, quando voc olha o vidro blindado sozinho, sim, voc

    pode dizer que ele um componente, j que est pronto. Questo de enfoque, por

    isto necessrio tomar cuidado redobrado, para descobrirmos ao que exatamente o

    enunciado est fazendo referncia. Mas, meus parabns pela percepo! :D

    Resumindo: os dois enfoques so defensveis, razo pela qual devemos

    olhar cada enunciado em especfico, para ter certeza absoluta da resposta!

    Entretanto, de qualquer forma, a questo acima est errada.

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    Item errado.

    Questes Apresentadas (Sem Comentrios)

    2011 CNPQ ANALISTA SUPERIOR. Acerca de administrao de materiais,

    julgue os itens a seguir

    1. O profissional que atua na administrao de materiais deve dedicar

    especial ateno ao controle dos materiais crticos, os quais devem ser submetidos

    ao controle de obsolescncia de forma contnua e peridica.

    2. Uma desvantagem de se utilizar a classificao de materiais do tipo

    importncia operacional que ela no fornece anlise econmica dos estoques.

    2010 DETRAN-ES ASSISTENTE TCNICO NVEL MDIO. Acerca de

    administrao de materiais, julgue os itens a seguir

    3. No estoque de matria-prima, armazenam-se os itens produzidos que

    ainda no foram vendidos.

    4. Emprega-se o mtodo de classificao ABC para organizar os itens de

    estoque em ordem alfabtica.

    5. O almoxarifado destina-se guarda fsica dos produtos em processo e dos

    entregues pelos fornecedores.

    6. 2010 TRE-MT ANALISTA. Caso venha a adquirir produtos com uma

    empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o

    material classificado como classe C representa aquele tipo de material que

    responde pela maior parte do faturamento.

    7. 2010 TRE-MT ANALISTA. Caso venha a adquirir produtos com uma

    empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o

    material classificado como classe A representar o tipo de material com maior

    quantidade de itens.

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    2010 AGU ADMINISTRADOR. Com relao administrao de materiais,

    julgue o item a seguir.

    8. Na classificao ABC para planejamento e controle de estoque, os itens

    classificados como C so aqueles que correspondem faixa de 40% a 50% do total

    de itens de estoque, mas cujo valor financeiro de pouca importncia quando se

    considera o estoque total.

    9. 2009 ANTAC A administrao de materiais efetiva visa minimizar o conflito

    existente entre a rea-fim e a rea-meio de uma organizao, como a rea de

    compras e a rea financeira.

    10. 2009 MCT/FINEP ADMINISTRAO. A curva ABC considera igualmente

    todos os produtos, para fins de controle de estoque.

    11. CESPE 2009 FHS. objetivo da administrao de materiais maximizar a

    utilizao dos recursos da empresa, em um nvel de servios requerido pelos

    clientes.

    12. 2008 TJ-DFT ANALISTA ADMINISTRATIVA correto utilizar a curva

    ABC para classificar materiais em funo do valor e da quantidade de consumo.

    13. 2007 SEBRAE-AC CONSULTOR. A classificao e a codificao dos

    bens patrimoniais da empresa contribuem para facilitar seu registro e controle.

    14. CESPE 2006 TSE. Materiais que requerem cuidados especiais na

    armazenagem e no transporte so classificados como materiais crticos.

    CESPE 2006 DETRAN-PR ASSISTENTE ADMINISTRATIVO ADAPTADA.

    Considerando que determinado rgo da administrao direta possui uma unidade

    responsvel pela manuteno de carros oficiais encarregada de fazer desde a

    reforma esttica e mecnica at a limpeza desses carros, julgue os itens abaixo.

    15. Tintas pretas para fazer retoques na pintura de um automvel, ao serem

    estocadas, so consideradas matrias-primas.

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    16. Se um carro, em fase final do processo de restaurao, sai da referida

    unidade passa a ser considerado pea de manuteno.

    17. Os vidros prova de bala utilizados no processo de blindagem de um

    carro oficial so considerados matria-prima.

    18. Considere que um carro blindado em duas etapas distintas, uma para

    colocao de vidro blindado, outra para blindagem da lataria. Nesse caso, correto

    considerar os vidros utilizados produto acabado.

    Gabarito

    3 E 13 C

    4 E 14 C

    5 E 15 C

    6 E 16 E

    7 E 17 C

    8 C 18 E

    9 C

    10 E

    Essa foi s uma amostra do restante do curso. Espero que tenha gostado.

    Procurarei aumentar o nmero de questes comentadas nas prximas aulas, e

    mesmo ao longo do curso, medida que pesquiso novas questes. Grande abrao.