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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE ARTES � CEART
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO
DISCIPLINA � ESTÁGIO I
PROFESSOR � EDUARDO HECTOR FERRARO
ALUNO � HEITOR BITTENCOURT
PROJETO E RELATÓRIO
DE ESTÁGIO I
Florianópolis 2007/1.
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Sumário ____________________________________________
1 � INTRODUÇÃO ........................................................................ 03
2 � PROJETO DE ESTÁGIO............................................................ 04
2.1 - Introdução do projeto ...................................................... 04
2.2 - Referencial teórico........................................................... 05
2.3 - Justificativa .................................................................... 06
2.4 - Objetivo......................................................................... 07
2.5 - Conteúdos...................................................................... 07
2.6 - Metodologia.................................................................... 08
2.7 - Cronograma ................................................................... 09
2.8 - Referências bibliográficas ................................................. 10
3 - PRIMEIRA PARTE.................................................................... 11
3.1 - Relatório de observações .................................................. 11
3.2 � Participações na aula e relatórios.......................................16
4 - SEGUNDA PARTE......................................................................20
4.1 � Planos de aulas e relatórios...............................................20
5 � CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................30
6 � ANEXOS.....................................................................................31
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1 � INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresentarei meu projeto de estágio e relatórios das aulas
dentro do estágio supervisionado, que é parte integrante da disciplina de Pratica
Pedagógica I, do Curso de Licenciatura em Música, da UDESC. Para tanto, os
acadêmicos fazem observações no ambiente escolar e em sala de aula, em seguida
algumas inserções práticas nas aulas e, por fim, assumem a turma, ministrando aulas
durante quatro semanas como professores.
Deste modo, em abril de 2007, iniciei minhas observações na Escola de
Aplicação (Campos da Universidade Federal de Santa Catarina � UFSC), numa turma
de 5° série do ensino fundamental, sendo que esta possui duas horas/aula de música
por semana em seu currículo.
A escola conta com uma boa infra-estrutura, possuindo xérox, biblioteca, sala
de música, laboratório de informática, laboratório de ciências e amplo espaço
recreativo com arvores e muita vegetação. Além disso, há um bom material disponível
para as aulas de música, como: Teclado, flautas, vários instrumentos de percussão,
som.
A escolha dos assuntos das minhas aulas foi discutida com a professora Stela
Besen previamente. Procurei planejar as aulas, considerando o planejamento da
professora, para que minha participação como estagiário fosse a mais integrada
possível ao seu planejamento semestral.
Este documento irá apresentar detalhadamente a experiência de estágio que
realizo no período de Abril à julho de 2007. O tema escolhido para as minhas aulas é a
composição como fonte lógica de uma vivencia reflexiva. Na estrutura do trabalho
temos, inicialmente, o Projeto de Estágio. Depois, vem a Primeira Parte, contendo os
Relatórios de Observação e participação nas aulas, na Segunda Parte estão os Planos
de Aula e Relatório de observação, e concluindo, Considerações Finais, Bibliografia,
Discografia e Anexos.
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2.0 � PROJETO DE ESTÁGIO I
2.1 � INTRODUÇÃO
Na primeira fase deste projeto, que vai de abril a maio, o estágio consiste em
observações em sala (mínimo, quatro aulas), e intervenções em sala (mínimo, quatro
aulas), que serão efetuadas no horário de 5˚série, das 13:30 às 15:10 (aula faixa). A
partir de Junho, o estagiário assume a classe e passa a ministrar as aulas no mesmo
horário (mínimo, quatro aulas).
A escola escolhida para o estágio foi a Escola de Aplicação, que fica nas
dependências da Universidade Federal de Santa Catarina � UFSC, em Florianópolis,
onde há aulas de música curriculares.
A infra-estrutura da escola é muito boa, e conta com recursos de material
musical bem vasto, bem como uma sala de música e amplo espaço junto à natureza.
As aulas de música são ministradas por dois professores, onde a turma, com 24
alunos, é dividida em duas turmas de 12 alunos. Um grupo fica na sala, o outro grupo
vai para sala de música. As turmas se alternam todas as semanas.
A turma foi escolhida de acordo com as possibilidades de horários do estagiário.
Os alunos já tiveram musicalização na segunda série com a mesma professora, que é
efetiva na escola a 10 anos.
O presente projeto de estágio, tem como proposta central, fazer com que o
aluno entenda e se comunique de forma gradativa e dialética, através da linguagem
musical formal e suas regras, aplicada à composição, como expressão lógica, orgânica
e funcional. É um objetivo fundamental dessa proposta, levar o aluno a observar a
importância do universo dos limites ou regras, tão comuns em todas as atividades e
formas de manifestação de linguagem do nosso convívio diário, não de forma limitada,
mas tendo os limites como um vasto universo a ser explorado, fazendo sempre uma
analogia entre as linguagens usuais e freqüentes, com a linguagem musical. A
proposta também considera o nível cognitivo dos alunos, respeitando o seu
conhecimento musical adquirido.
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2.2 � FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tendo em vista que �a música é uma atividade humana significativa,
celebrada em todas as culturas, é uma forma de compreender o mundo e nossa
experiência nele� (Swanwick, 1979), podemos considerar que a música é uma
importante área do conhecimento, que a meu ver, deve ser encarada não só como
arte, mais também como ciência dos fenômenos vibratórios, tornando necessária sua
compreensão e sistematização, através da educação escolar formal, em todos os
níveis. As leis musicais são fragmentos das leis do universo, já que a música ninguém
inventou, ela foi observada e relatada por todas as culturas e épocas sob diferentes
pontos de vista sobre o mesmo fenômeno, a série Harmônica. (Lau�Tsu, +/- 4.000
a.c.)
Acredito no modelo de atividades musicais proposto por Swanwick, no qual o
autor defende que a música deve ser vivenciada diretamente através dos parâmetros
de composição, execução e apreciação musical, complementados pela técnica e pela
literatura (TECLA). A forma integral e integrada de olhar a vida, acredito, nos permite
uma maior possibilidade de visão, nos tornando mais justos e naturais com a vida,
conseqüentemente, mais felizes.
O livro �adolescente hoje� (Osório, 1991), aborda importantes temas da
adolescência, e me deu uma boa base da realidade dos adolescentes, todos nós
estagiários já fomos adolescentes ou ainda temos muito da adolescência na nossa
conduta. O artigo �A improvisação como instrumento da aprendizagem musical�
(Raimundo Martins, 1992), foi minha principal motivação literária, sobre a escolha do
tema desse projeto, Martins, aborda o assunto com muita simplicidade e objetividade,
como acredito que deve ser encarado. Tomei como base, para alguns dos fragmentos
de regras da composição que usarei nas aulas, minhas anotações das aulas de
contraponto que tive com a Doutora Maria Ignez Cruz Mello (Migui), e o livro,
Fundamentos da composição musical, de Arnold Schoenberg, estudioso, grade
referência no campo da composição.
Para concluir, acredito no aprendizado gradativo, simples, fundamentado,
argumentado, desmistificado, comparado, vivenciado e transmitido e assimilado por
todos os envolvidos no processo. O professor e o aluno são parte de uma engrenagem
que pode fluir com maior ou menor desenvoltura. Nesse dualismo, vejo o professor
como principal responsável pela conduta pedagógica, pois sua habilidade reflexiva,
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Planejamento, dinamismo, experiência e sensibilidade, são determinantes para um
resultado didático profundo, consciente e transformador em sua vida, e principalmente
na vida dos seus alunos.
2.3 JUSTIFICATIVA
O estágio curricular faz parte do programa da disciplina de prática pedagógica I
� estágio supervisionado do curso de Licenciatura em Música e justifica-se na medida
em que é um componente fundamental para a formação docente.
A musica, gradativamente, está ocupando seu lugar na escola. Historicamente
esse processo vem acontecendo de forma lenta com acertos e erros. Muitos estudos,
muitas discussões e muitos materiais têm sido produzidos a cada ano sobre Educação
Musical. Para tanto, há uma necessidade cada vez maior d formarem-se profissionais
capacitados, ciente de suas obrigações como responsáveis pela ampliação,
estruturação e permanência desta disciplina no currículo escolar. Sendo assim, esta
passagem do estagiário pela Escola, constituída de observações, intervenções e
regência de classe, é de fundamental importância, pois proporciona ao acadêmico a
vivência dos aspectos de sua futura profissão e dá a ele possibilidades para a reflexão,
para o diálogo com os colegas e com a orientação, na busca de soluções e
estabelecimento de metas que irão guiar a sua própria atuação pedagógica.
Quanto aos objetivos e conteúdos deste projeto, escolhi-os de acordo com
minhas habilidades adquiridas antes e durante a graduação. Minha atuação específica
é como produtor musical e pesquisador musical, onde trabalho com criação de
músicas, arranjos e idéias, por isso a ênfase na composição. Acredito que qualquer
aluno é capaz de compor música, bastando que ele tenha acesso as informações sobre
os elementos constitutivos do ato de compor, de forma gradativa e bem fundamentada
na pratica da vida, de onde os músicos que elaboraram esse conhecimento ao longo
dos séculos, extrairiam. Se o aluno sabe cinco notas na flauta, por exemplo, é com
cinco notas que iremos compor a nossa música, no momento. Composição como fonte
lógica de uma vivencia reflexiva.
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2.4 OBJETIVOS
2.3.1 � OBJETIVO GERAL
Proporcionar um maior contato com a linguagem musical através da
composição.
Oportunizar a aquisição de alguns fundamentos da composição formal.
2.3.2 � OBJETIVO ESPECÍFICO
Reconhecer os alguns fundamentos da linguagem musical;
Compreender as relações combinatórias das estruturas da linguagem
musical;
Fazer uso da linguagem musical nos processos de leitura, escrita, criação e
improvisação;
Socializar a produção musical própria, através de apresentações individuais
e em grupos.
2.5 � CONTEÚDOS
Motivos;
Pulso;
Linguagem oral e instrumental;
Os primeiros códigos da música;
O desenvolvimento da escrita musical ocidental;
Código dos números e a música;
Código das letras e a música;
Linguagem dos gestos e a música;
Regras combinatórias gerais. (A forma de montar o sentido da comunicação
musical, motivo, frases.);
Regras do jogo. (O jogo musical como meio de linguagem);
Elementos do som: altura, intensidade, timbre e duração;
Sinais de dinâmica: p, f, ;
Sinais de articulação: legatto, staccato e marcatto;
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Figuras rítmicas e pausas: semibreve, mínima, semínima e colcheia;
Fraseado;
Solfejo rítmico e melódico;
Regras básicas da composição e expressão musical.
2.6 � METODOLOGIA
Num primeiro momento abservarei as aulas, como forma de me ambientar à
turma e conhecer melhor o método da professora. Passando essa fase de observação,
irei fazer as inserções respeitando o planejamento da professora, buscando contribuir e
complementar o assunto trabalhado.
Na primeira aula, vou questionar os alunos sobre o termo Composição, em
seguida, iremos discutir o assunto e conceituar de forma expositiva e prática, onde os
alunos irão apreciar e vivenciar maneiras diferentes de usar os elementos da
composição, individualmente e em grupo. Vou exemplificar a composição de forma
mais abrangente, inicialmente, não só musical, fazendo uma composição com objetos
presentes na sala e propondo que eles façam também. Farei o mesmo exercício com
letras e números, limitando a quantidade de elementos, para estabelecer um limite
maior, fazendo com que os alunos tenham que raciocinar mais, evitando qualquer ato
passivo. Feito essa introdução, manipularemos os elementos musicais já estudados,
começando com as figuras da nota e o compasso simples na confecção de uma
composição rítmica de quatro compassos.
Na aula seguinte, farei uma revisão. corrigindo o exercício de casa, e logo
introduzirei algumas regras para a composição melódica, utilizando a composição
rítmica que cada aluno produziu na aula anterior.
Depois de formada a música, com ritmo e melodia, iremos analisar, solfejar
ritmicamente e melodicamente, com a voz e principalmente com a flauta, trabalhando
também a sonoridade, dinâmica, expressão e interpretação musical. Juntando todas
as partes compostas pelos alunos, faremos uma música de todos, onde exploraremos
dinâmicas de conjunto, adaptando as partes em virtude de um todo estético, faremos
acompanhamentos por instrumento de percussão, formação de um trio para tocar
acordes com as flautas, acompanhando a melodia através de um ostinato rítmico.
Alguns alunos farão a melodia na flauta, outros tocarão percussão e outro farão o
acompanhamento harmônico simples, todos com partitura e arranjos pré-definidos por
eles e por mim.
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A conclusão dessa prática na ultima aula será a apresentação em sala, onde
irei gravar para registro desse estágio.
2.6 � CRONOGRAMA
Aula Data Ação
01 05 � 04 � 2007 - OBSERVAÇÃO I
02 12 � 04 � 2007 - OBSERVAÇÃO II
03 19 - 04 � 2007 - OBSERVAÇÃO III
04 26 � 04 � 2007 - OBSERVAÇÃO IV
05 03 � 05 � 2007 - INTERAÇÃO I
06 10 � 05 � 2007 - INTERAÇÃO II
07 17 � 05 � 2007 - INTERAÇÃO III
08 24 - 05 � 2007 - INTERAÇÃO IV
09 31 � 05 � 2007 - FERIADO
10 14 � 06 � 2007 - AULA I - II
11 21 � 06 � 2007 - AULA III
12 28 � 06 � 2007 - AULA IV
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2.7 � BIBLIOGRAFIA OSÓRIO, Luiz Carlos - Adolescente hoje Porto Alegre � Artes
Médicas, 1989.
MARTINS, Raimundo - A improvisação como instrumento da
aprendizagem musical Em pauta, Porto Alegre, v4, n5, jun. 1992.
SHOENBERG, Arnold � Fundamentos da composição musical.
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3.0 � PRIMEIRA PARTE 3.1 � Relatório de Observação. OBSERVAÇÃO I Dia 05/04/07
Hora: 13h30 às 15h10
A aula iniciou com 20 alunos presentes. A professora Stella Besen, fez a
chamada e logo em seguida me apresentou como estagiário que trabalharia com eles
esse semestre. Percebi já de início, que a professora cobra pontualmente a disciplina,
não deixando margens para nenhum tipo de conversa que atrapalhe a aula. O
professor Luciano Py de Oliveira, que divide a disciplina com a professora Stela, faltou
aquele dia por motivo do seu casamento, naquele final de semana, em outra cidade.
Sendo assim, esta primeira aula, foi com a turma inteira. Primeiro assunto foi sobre o
material que os alunos teriam que trazer para a aula, caderno grande de música, flauta
doce, de preferência YAMAHA, por causa da sonoridade do instrumento. Pelo que eu
entendi, os alunos assumiram um compromisso perante o colégio na reunião dos
alunos, de cumprir com seus deveres e obrigações, principalmente o que se refere ao
comportamento, onde a professora relembrou a todos do compromisso, que em minha
opinião, está totalmente correta, é o que eu acredito, minha preocupação sempre é a
forma e o argumento dessa combinação, mas é necessárias, é uma questão
fundamental para que a aula tenha sucesso. Professora já propõe para casa uma
pesquisa sobre a Flauta Doce. Quase todos já tinham o caderno e a flauta, ela pediu
para que todos abricem o caderno de música e anotassem o nome dos professores e
estagiários. Professora continua falando sobre as notas, avaliações, recuperação e
participação na aula. Alunos bem comportados e muita clareza nas informações
passadas pela professora. São 13h52, professora Stela introduziu a técnica da flauta,
falando sobre o controle do sopro, articulação da língua e leitura, e fala porque
escolheu a flauta para a disciplina de música, seu argumento foi que a flauta é de fácil
transporte e aquisição, e destacou ainda, a importância do raciocino para os dedos
obedecerem no ato de tocar. Professora Stela salienta que a música é uma linguagem
universal. Em seguida fala sobre a família da flauta, sopranino, soprano, contralto,
tenor e baixo. Sugere colar uma gravura na primeira folha com algum motivo musical.
São 14h07, professora Stela desenha aflauta no quadro pegando a flauta e mostra a
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articulação com a língua, mostra soprando e depois articulando. Mostra também como
se limpa a flauta. 14:19 tocou o primeiro sinal. Quem trouxe a flauta vem na frente,
sem encostar no quadro, falou a professora, e ensina a nota si e a nota lá. Todos,
primeiro cantam a nota exercitando as posições da nota si e lá na flauta, logo em
seguida todos tocam. A professora Stela chama a atenção da importância de um sopro
suave e articulado e faz cada aluno tocar individualmente e depois em grupo. As
14h44, a professora Stela pede para guardar a flauta e organiza a turma para se
deslocar para a sala de musical. Chegando na sala a professora mostrou a família da
flauta e demonstrou com a introdução de Asa Branca para mostrar a diferença das
sonoridades das flauta. Logo depois a turma cantou o hino do colégio acompanhado
por violão. Cada aluno canta um trecho do hino. A aula terminou com cada aluno pode
experimentar as flautas.
OBSERVAÇÃO II Dia 12/04/07
Hora: 13h30 às 15h10
São 13h29min, a aula inicia com a presença dos dois professores, o professor
Luciano é homenageado por todos pelo casamento. Estrategicamente a professora
Stela troca alguns alunos de lugar por causa da conversa, faz a chamada e convida os
seus alunos para se deslocarem para a sala de música. As 13h48, chegando na sala, a
professora organiza as cadeiras, separa alguns alunos e inicia a aula com um breve
aquecimento físico e um exercício de percepção rítmica, batendo na perna, peito e
palma. A professora Stela pergunta qual o som mais grave, a perna, o peito ou a
palma. Alguns alunos respondem que é o peito, então a professora introduz os
elementos do som, falando do timbre, intensidade, duração e altura. Quando um aluno
esquece o material de aula, seu nome é escrito num caderno, não sei ainda qual o
critério dessa prática. À medida que o assunto é abordado, a professora Stella
exemplifica no quadro, pede para os alunos anotarem no caderno de música e passa
em cada carteira tirando a dúvida. A Professora fala sobre a música como linguagem
Universal que possui uma linguagem própria, que permite que um músico toque com
outro músico de um outro país, sem que necessariamente eles entendam, um a língua
do outro. Nesse momento os alunos aprendem as sete notas musicais, que
representarão à altura do som. Todos cantam com a professora, dó, ré, mi, fá, sol, lá,
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si, dó, duas vezes, e ela fala que essas notas são usadas para compor todas as
músicas no mundo, misturando-as e combinando-as. A professora mostra no quadro o
pentagrama, como são contadas as linhas e os espaços, onde escrevemos as notas
que vão representar a altura da nota e propõem decorar as notas na linha e nos
espaços. Passando pelas carteiras a professora orienta. Clave é o próximo assunto, a
professora introduz, �a clave é um sinal colocado no início do pentagrama que serve
para indicar à altura e dar nome às notas�, mostra as três claves, como são escritas no
pentagrama, onde um aluno comenta que a clave de sol �é tipo um S�. Professora
novamente olha em cada caderno, conferindo os desenhos das claves, e propõe que
um aluno vá ao quadro desenhar a clave de sol, onde em seguida mostra onde ficam
as notas musicais com a clave. Agora o assunto são as linhas suplementares como
continuação do pentagrama, a professora fala sobre a relação de grave e agudo na
pauta e já mostra a nota si e lá, desenhando no quadro a posição dos dedos na flauta,
como as primeiras notas que serão aprendidas no instrumento hoje, em seguida
escreve da música o gato comeu o pão que pertence ao folclore Argentino.
Professora Stela fala para que serve a barra dupla no final da música, liga o
teclado e coloca um acompanhamento rítmico harmônico, fazendo todos lerem no
quadro a letra, em seguida cantando o nome das notas, depois pede para que somente
a primeira fila cante, depois a segunda fila e a terceira fila. No final da aula, a tarefa
para os alunos é estudar essa música para a próxima semana. Todos gostaram muito,
eu também.
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OBSERVAÇÃO III Dia 19/04/07
Hora: 13h30 às 15h10
No início da aula, uma aluna vem me perguntar se poderia toma água, orientei
para que ela falasse com a professora. O dia estava quente e os alunos agitados.
Depois da chamada, um aluno no fundo comenta comigo que achou na sua pesquisa
uma flauta contrabaixo. Três alunos não trouxeram a flauta e nem justificativa, foram
anotados. As 13h40 a turma é dividida, ficamos na sala. Tudo calmo, a aula inicia
com alongamento individual e em duplas. A professora Stela faz uma revisão da aula
anterior. A nota sol na flauta é apresentada no quadro para os alunos. A professora sai
da sala rapidamente da sala, atendendo uma solicitação externa, e o assunto agora na
sala é Figueirense e Avai. Logo que a professora entra em sala o assunto encerra sem
que ela tome conhecimento, já propondo aos alunos que terminaram de copiar, treinar
as posições das notas na flauta, sem som, somente a digitação. A professora Stela
toca na flauta a música da aula anterior e pede para que todos toquem juntos e
individualmente. Alguns alunos têm dificuldade em acompanhar os exercícios, a
professora os incentiva dizendo com o tempo vai melhorando, à medida que eles vão
treinando. As variações de abordagem da música, por parte da professora, são bem
interessantes, dá um dinamismo importante pra aula. A professora Stela escreve no
quadro uma música nova, Dois por Dez, contendo as três notas aprendidas, ela
pergunta qual nota mais longa, bolinha fechada ou bolinha aberta, um aluno responde
que a nota mais longa é a bolinha aberta.
A música foi cantada, solfejada, tocada em grupo e em dupla, foi tocada de trás
para frente.
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A professora pede que cada aluno limpe sua flauta e propondo que todos
estudem as duas músicas para apresentar na próxima aula. Depois de guardada a
flauta inicia-se a apresentação da pesquisa sobre a flauta doce. Antes do termino da
aula a turma se desloca para a sala de música para cantar com o restante da turma. Já
na sala, o professor Luciano ao teclado inicia a música de Tom Jobim, Samba de uma
nota só, acompanhando a professora Stela, fazendo a melodia da música na flauta
doce. Todos observam, em seguida lêem a letra e cantam juntos. Professor Luciano
chama a atenção para a postura, para que a voz saia bonita. Cantando, a professora
Stela, vai liberando a turma para ir para a sala.
OBSERVAÇÃO IV Dia 26/04/07
Hora: 13h30 às 15h10 Saindo da sala de aula em direção a sala de música, a professora Stela combina
comigo os próximos passos para as quatro aulas de interação, já que a aula de hoje, é
a ultima das quatro aulas de observação. Enquanto eu e a professora Stela abríamos
as janelas, alguns alunos exercitavam na flauta as musicas das aulas anteriores, bem
tranqüilamente. A aula foi iniciada com alongamento e em seguida foi feito um
exercício rítmico corporal.
Depois do exercício corporal, a professora fala sobre as figuras do ritmo,
lembrando os alunos do que foi aprendido na segunda série. A professora explica a
relação do tempo das figuras e escreve no quadro as figuras da nota. Ela utiliza uma
palavra para identificar cada figura; (semibreve � vagaroso, mínima � mole, semínima
� vou, colcheia � corre, semicolcheia � rapidinho). A professora faz uma dinâmica com
os alunos utilizando esse recurso. O exercício começou bem e terminou confuso na
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medida em que cada aluno ia entrando no sistema rítmico que consistia em dois alunos
andando na frente da sala e batendo palma no tempo da sua figura, no caso a
semibreve, outra dupla interagia com a mínima e assim por diante, até chegar a fusa.
As 14h13, a professora pede para todos sentarem e passa uma nova nota, o dó agudo,
demonstrando na flauta e escrevendo de sol a dó no pentagrama do quadro, em
seguida pediu que os alunos tocassem na flauta à medida que apontava de forma
aleatória para as notas, primeiro foi a fila da frente, depois as outras filas, só os
meninos, só as meninas. Houve uma avaliação individual das musicas aprendidas na
flauta. Todos foram muito bem. No final a professora Stela falou para mim que era a
primeira vez que aplicava a técnica de assoar as palavras com as figuras da nota, e
perguntou para mim o que eu achei do resultado. Falei a ela que, em minha opinião,
usar uma palavra com várias flexões para uma figura da nota, como no caso da
semibreve � va-ga-ro-so, era confuso, ela concordou.
3.2 � Relatório de Interação.
Interação I Dia 03/05/07
Hora: 13h30 às 15h10
Foi feita a chamada. A turma foi convidada para participar do lançamento de
uma exposição na galeria de arte do centro de convivência � campus da UFSC. No
caminho para a galeria fomos conversando e brincando normalmente, e foi muito bom
por estar com eles em outro lugar que não no colégio. No início tinha dúvida de se eu
iria contar essa aula como primeira interação, pensei até de ir embora, mas resolvi ir
junto com a turma para a exposição. Chegando lá, a exposição era de interação com o
artista onde havia obras que os visitantes podiam reorganizar os elementos artísticos
proposto pela expositora, no caso, a artista Cristina Bastos. Os trabalhos eram feitos
de tampinhas de garrafas pet, onde algumas obras o publico não tinha acesso para
interferência. Foi uma bela oportunidade de trabalhar uma introdução do tema que eu
vou trabalhar nas aulas que vou ministrar. Trabalhei com os alunos dando alguns
motivos para suas confecções artísticas que os alunos acabavam desenvolvendo dentro
da sua ótica de organização. Estava presente a exposição, Clovis Werner do DAC �
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Departamento Artístico Cultural da universidade e o Cineasta Zéca Pires, que estava
documentando o evento. Fui chamado para participar do documentário. Na entrevista
falei da importância da composição e improvisação e o dialogo entre o artista, a arte e
o público como participante ativo. A vivência com os alunos foi positiva e introdutória,
foi uma boa ambientação para os assuntos que vou tratar na frente e que certamente
usarei como exemplo analógico para a composição musical.
Interação II Dia 10/05/07
Hora: 13h30 às 15h10
Uma nova música foi apresentada para a turma.
O procedimento de aprendizagem da música nova se assemelha aos
procedimentos das outras músicas aprendidas em aulas anteriores.
Aos poucos fui participando e auxiliando a professora Stela na fundamentação e
argumentação sobre os elementos da musica, como posição da haste no pentagrama,
articulação, ritornello, sinais de dinâmica, forma da música. Ao ensaiarmos as músicas
aprendidas, regi a turma trabalhando o andamento, expressão e dinâmica, através dos
gestos da regência. O resultado foi imediato. A sonoridade melhorou bastante. Eles
gostaram da brincadeira de ser regido.
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Interação III Dia 17/05/07
Hora: 13h30 às 15h10
Professora Stela propõe que eu faça o aquecimento inicial. Comecei trabalhando
o aquecimento de baixo para cima, utilizando uma série de exercício de aquecimento
da prática das artes marciais. Os alunos são chamados para frente da sala, a
professora toca uma vez e a turma repete em seguida. Foram tocadas as três músicas
aprendidas. Eu continuei a aula falando sobre pulso, formula de compasso e compasso
simples. Por um instante a professora Stela foi chamada fora da aula e uma aluno em
especial, não contou tempo, começou a tocar a flauta, e eu pedi para que ele pagasse
de tocar informando-o que na falta da professora eu era a autoridade dentro da sala e
tinha autonomia, o aluno que eu já vinha observando o seu comportamento rebelde
nas aulas, resmungou um pouquinho e depois participou numa boa. Esse aluno
aprende tudo com extrema facilidade, mais do que os outros, mas faz questão de
exercitar sua liderança negativa para chamar a atenção para si. A aula transcorreu
tranqüilamente até o fim.
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Interação IV Dia 24/05/07
Hora: 13h30 às 15h10 A aula inicia com uma chamada de atenção por causa dos alunos que não
trazem os materiais de aula. A professora anota no caderno os alunos que não
trouxeram material. Indo para a sala de música, professora Stela propõe que se
trabalhe a nota ré e orienta sobre o assunto da aula falando sobre a avaliação que ela
terá que realizar com os alunos. Inicio a aula com o aquecimento físico. A professora
passa no quadro nova música; �Divertimento Sobre uma Melodia Antiga�.
Falei na aula da importância do foco na pulsação para que a leitura seja bem
compreendida, assim como no futebol, a bola é o foco. Toquei para os alunos, reforcei
o nome das figuras da nota. O grupo ainda tem dificuldade de associar a figura com o
nome. Professora Stela passa um exercício para eles colocarem algumas figuras da
nota no pentagrama utilizando as notas si, sol, dó, lá, e ré, e fazendo o desenho da
posição dessas notas na flauta. Os alunos foram no quadro responder o exercício.
Ajudei a corrigir o caderno. A outra turma chegou para cantar junto. Eu toque
percussão junto com uma outra estagiária acompanhando o professor Luciano ao
teclado executando Samba de uma nota só, de Tom Jobim.
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4.0 � SEGUNDA PARTE 4.1 � Planos de Aula e Relatórios Plano de Aula 1
Data: 31/05/07
Série: 5ª B
Horário: 13h30min às 15h10min
Escola: Escola de Aplicação
Local: Nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Professora responsável: Stela Besen
Orientador de estágio: Eduardo Hector Ferraro
Aluno: Heitor Bittencourt
1 - OBJETIVOS
1.1 - Objetivo Geral
Aprender e dominar rudimentos da Linguagem musical.
1.2 - Objetivos Específicos
Perceber a importância de se comunicar através das várias formas de linguagens
presentes em nosso dia a dia;
Vivenciar as formas da linguagem cotidiana, comparando com a linguagem
musical;
Aprender alguns princípios da linguagem musical através da história;
Perceber, comparar e relacionar varias formas de Linguagens, com a linguagem
musical;
Reconhecer as regras da linguagem musical.
2 � CONTEÚDOS
2.1 � Conteúdos Lingüísticos do Cotidiano
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Disposição das formas (objetos, coisas);
Alfabeto;
Números;
Convenções. (Porque os códigos existem);
Códigos. (Forma e regras da comunicação);
Contraste das linguagens. (O que faz o código atraente).
Numero de elementos de um código. (Mostrar que toda a linguagem tem seus
elementos particulares);
Sinais, gestos.
2.2 � Conteúdos Musicais
Motivos;
Linguagem oral e instrumental;
Os primeiros códigos da música;
O desenvolvimento da escrita musical ocidental.
Código dos números e a música;
Código das letras e a música;
Linguagem dos gestos e a música.
Regras combinatórias gerais. (A forma de montar o sentido da comunicação
musical, motivo, frases.);
Regras do jogo. (O jogo musical como meio de linguagem).
Elementos do som: altura, intensidade, timbre e duração;
Sinais de dinâmica: p, f,
Sinais de articulação: legatto, staccato e marcatto;
Figuras rítmicas e pausas: semibreve, mínima, semínima e colcheia;
Pulso;
Fraseado;
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3 - METODOLOGIA
O aluno, primeiramente, vai estabelecer as relações entre a linguagem das
formas visuais, literais e numéricas, com a linguagem musical, através da
exposição introdutória que farei sobre as relações entre essas linguagens;
Depois da exposição e interação, iremos exercitar, individualmente e em
grupos, uma composição para apresentar na sala, utilizando alguns códigos
conhecidos;
Compor uma comunicação através de uma frase pequena.
Improvisar utilizando motivos rítmicos.
4 - RECURSOS
Caderno;
Quadro;
Corpo. (gesto, palmas, voz).
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RELATÓRIO � Aula ministrada I
Data: 14/06/2007
Horário: 13h30 às 15h10
Descrição:
Professora Stela me deu a chamada para iniciar a aula. Fiz a chamada
tranqüilamente, em seguida a turma foi dividida. Estava presente na sala, meu
professor e orientador de estágio, Eduardo Ferraro. Iniciei a aula falando do
planejamento das aulas, de como eu gostaria que tudo funcionasse, comportamento e
conteúdo. Comecei perguntando para os alunos o que era, pra eles, composição.
Timidamente os alunos foram dando suas opiniões. Juntei alguns objetos na sala, e
organizei na frente da classe, pedindo para que eles fizessem outra composições com
aqueles elementos. No início eles ficaram desconfiados de mim, mas logo entenderam
o jogo, e foram na frente organizar, do seu jeito, aqueles objetos. Depois de um
tempo, grande parte dos alunos queriam exercitar. Fiz o mesmo exercício com letras e
números, limitando os elementos, para trabalhar o raciocínio. A prática foi igualmente
interessante, e logo a turma estava bem participante. Na seqüência entrei na
composição musical, utilizando as figuras do ritmo, determinando a formula do
compasso, as figuras que participariam do exercício e o número de compasso. Ouve
um pouco de resistência inicial, pelo fato do conteúdo não estar bem assimilado ainda,
considerando que eles vinham de um feriado. Então eu fiz uma breve revisão do
assunto dado pela professora Stela e eu. Aos poucos, eles foram voltando para o
clima inicial da aula. Fizemos exemplos no quadro, cada aluno fez a sua composição
no caderno também, sugestão do meu orientador em sala, também previsto no plano
de aula. Em seguida eles foram no quadro. Lemos individualmente e em grupo, as
composições. Tive um pouco de dificuldade de que eles lesem algo novo, pelo costume
de imitar, onde tive que reforçar a leitura. Um tempo depois, deu pra perceber que
eles estavam entendendo melhor, a lógica da leitura rítmica, as figuras escritas com
relação a figura do pulso, foi muito legal. O aluno mais disperso da sala, por ser mais
velho talvez, inicialmente tampou os ouvidos, botou o capuz, e fez aquela cara de
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quem comeu e não gostou, mas no exercício dos objetos no início da aula, quando dei
o ultimo exemplo, ao virar a carteira com os pés para cima colocando a cadeira virada
por cima e subindo no alto da pirâmide, virando elemento da composição, ele comprou
a idéia e começou, aos poucos, a participar. No final da aula constatei que esse aluno,
foi quem mais se interessou pelo assunto, foi o que mais participou, ele terminava um
exercício, logo me mostrava outro feito por conta própria. Como primeira experiência
foi muito gratificante, os alunos ficaram empolgados.
PLANO DE AULA 2.
Data: 07/06/07
Série: 5ª B
Horário: 13h30min às 15h10min
Escola: Escola de Aplicação
Local: Nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Professora responsável: Stela Besen
Orientador de estágio: Eduardo Hector Ferraro
Aluno: Heitor Bittencourt
1 � OBJETIVOS
1.1 � Objetivo Geral
Elaborar uma composição musical.
1.2 - Objetivos Específicos Aprender a elaborar uma composição rítmica de quatro compassos, no caderno
de música, com o conteúdo já estudado.
Aprender a elaborar uma melodia com as notas já aprendidas na flauta, através
de algumas regras, utilizando o ritmo já composto.
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2 - CONTEÚDOS
Figuras da nota (semibreve, mínima e semínima);
Compasso Binário, Ternário e Quaternário;
Pulso;
Notas musicais na flauta (sol, lá, si, do, ré);
Tempo forte e fraco do compasso;
Introdução a escalas musical e seus graus.
Melodia.
Notas concordantes (I, III e V), e notas discordantes (II e IV).
Notas concordantes (poderão ser escritas no tempo forte e no tempo fraco do
compasso);
Notas discordantes (só poderão ser escritas no tempo fraco e como nota de
passagem entre uma nota concordante e outra ou retornando para a mesma nota
concordante);
Saltos (evitar saltos, o tempo todo, de concordante para concordante);
Salto de discordantes para discordantes ou para concordante (não pode);
Iniciar e terminar a composição no grau I.
3 - METODOLOGIA
Apresentaremos as composições rítmicas no quadro, para que todos os alunos
exercitem e revisem o conteúdo reforçando o aprendizado.
Em seguida passamos para a atividade de confecção da melodia, utilizando o
fragmento de escala e as regras do jogo de composição (farei um modelo no quadro e
juntamente com os alunos vou tirando as dúvidas);
Apresentação dessa segunda atividade no quadro individualmente, finalizando
com junção das partes para formar um todo, ou seja, uma nova composição onde
todos participaram.
4 - RECURSOS
- Flauta, caderno de música, quadro.
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RELATÓRIO � Aula ministrada II
Data: 14/06/2007
Horário: 13h30 às 15h10
Descrição:
A aula de hoje foi realizada na sala de música. Dei bom dia para todos e
perguntei se haviam feito à tarefa de casa, grande parte dos alunos levantou a mão.
Convidei-os então para escrever a composição no quadro. Um aluno foi ao quadro e
escreveu corretamente, lemos o exercício, e em seguida fiz a revisão da aula passada.
Reforcei a importância da atenção no pulso para uma leitura mais fluente.
Iniciei novo assunto, falei do tempo forte e tempo fraco do compasso, em
seguida exemplifiquei tocando o pulso sem distinção de intensidade, alguns alunos
falaram que o pulso era binário, outros falaram que era quaternário, outros falaram
que era ternário. Fiz o exercício novamente, agora com distinção de intensidade, todos
acertam instantaneamente. Escrevi no quadro, �o que define um compasso é a
disposição do tempo forte e o(s) tempo(s) fraco(s)�. Falei sobre escala musical e que
as notas que eles haviam aprendido é uma semi-escala de sol. Defini com eles a
função de cada nota de uma escala, sendo o primeiro grau o chefe onde todas outras
notas da escala concordariam ou desacordariam com ele numa relação de vibratória.
Falei que cada nota tinha um numero de vibração por segundo, que a nota lá vibrava
440 vibrações por segundo e que as outras notas tinham seu numero de vibração,
sendo essa combinação de vibrações que tornavam as notas mais combinadas ou
menos combinadas com relação a uma nota principal. Introduzi os graus e as notas
consonantes (concordantes) e as notas dissonantes (discordantes) exemplificando no
teclado. Separei a turma em três grupos, onde o primeiro grupo tocou a nota
fundamental da semi-escala de sol, o segundo grupo tocou a terça, a nota si, e o
terceiro grupo tocou a nota ré, quinto grau, lendo um exemplo que fiz no quadro
ritmicamente. Na primeira tentativa, alguns alunos tocaram outra nota, então pedi
que cada grupo tocasse o exercício rítmico escrito no quadro com a sua nota, em
seguida tocamos juntos, funcionou muito bem. Para concluir, eu escrevi a regras de
elaboração melódica contida no plano de aula. Professora Stela pediu os instantes
finais da aula para fazer a avaliação final.
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PLANO DE AULA 3.
Data: 14/06/07
Série: 5ª B
Horário: 13h30min às 15h10min
Escola: Escola de Aplicação
Local: Nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Professora responsável: Stela Besen
Orientador de estágio: Eduardo Hector Ferraro
Aluno: Heitor Bittencourt
1 � OBJETIVOS
1.1 � Objetivo Geral
Elaborar uma composição musical.
1.2 � Objetivos específica
Tocar na flauta as composições individualmente;
Praticar, em grupo, o solfejo melódico e rítmico das composições dos alunos.
2 - CONTEÚDO
O mesmo da aula anterior
3 - METODOLOGIA
Apresentação individual das composições no quadro, onde todos os alunos participarão
corrigindo, tocando na flauta e dando sugestões;
Escrever as composições dos alunos no quadro para que a sala organize as
partes para formar uma única música;
O grupo tocará a composição escrita no quadro acompanhado por mim no
teclado.
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Recursos
Flauta, teclado, caderno de música e quadro.
PLANO DE AULA 4.
Data: 21/06/07
Série: 5ª B
Horário: 13h30min às 15h10min
Escola: Escola de Aplicação
Local: Nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Professora responsável: Stela Besen
Orientador de estágio: Eduardo Hector Ferraro
Aluno: Heitor Bittencourt
1 � OBJETIVOS
1.1 � Objetivo Geral
Aprender a improvisar.
1.2 � Objetivo Específico
Improvisar uma música com quatro compassos na flauta, utilizando as
regras aprendidas.
Improvisar uma música na flauta, de forma livre com acompanhamento
da turma.
2 � CONTEÚDOS
Composição;
Improvisação.
3 � METODOLOGIA
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Iremos revisar as notas concordantes e notas discordantes.
Apresentação individual com acompanhamento harmônico de um grupo de flautas.
Apresentação em grupo utilizando uma célula rítmica com percussão corporal
e instrumental, e acompanhamento harmônico de um grupo de flautas e do teclado.
4 - RECURSOS
- Flauta, instrumentos de percussão e teclado.
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5.0 - CONSIDERAÇÔES FINAIS
O estágio tem sido uma experiência muito importante para minha formação,
estou muito contente com a vivência na sala de aula. O convívio com as crianças tem
sido um desafio constante e muito dinâmico, nos coloca na fronteira de nós mesmos
onde a verdade aparece nua e crua. Nossa capacidade prática e intelectual é posta a
prova todos os instantes, nos forçando a refletir muito sobre o nosso papel diante
daquelas pessoas que ali estão, os alunos. Já estivemos na situação dos nossos
alunos. Como gostaríamos, se fossemos alunos, que os nossos professores agissem?
Podemos ser diferença na vida dos nossos alunos? Como? A resposta que me vem é o
estudo, a pesquisa e, principalmente, procurarmos ser mais sensíveis para nós
mesmos e para o outro, na busca da satisfação em ensinar e aprender, nunca
importando o lado de onde vem, mais sempre estando aberto e humildes para
reconhecer suas sutilezas.
Agradeço de coração, ao meu orientador, Eduardo Hector Ferraro, sempre
presente e disposto a ajudar, agradeço também a professora Stella Besen por me
acolher carinhosamente e me ajudar nas aulas, e a minha professora de contraponto,
Doutora Maria Ignez Cruz Mello (Migui), que introduziu em minha vida o mundo da
composição formal. Obrigado a natureza justa, que me propícia novos desafios a cada
dia, que eu vejo como meio de pesquisa na busca de ser uma pessoa melhor.
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6.0 � ANEXOS
Primeira aula na sala de música
Os alunos fazendo exercício de colocar as notas no pentagrama
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A música dois por um no quadro
Professora Stela Besen orientando os alunos.
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Leitura das notas
A turma exercitando acompanhados pelo teclado.
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O exercício de associar palavras com figuras da duração da nota.
Minha primeira interação com a turma numa exposição na UFSC
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