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RIO Pardo em pauta cultura_ Shows são grandes atrações do mês com a Virada Cultural na capital e Almir Sater em Santa Cruz. Não perca! Paola visita a Choco- lataria Frei Chico, onde criações lindas de Páscoa rendem sus- tento para crianças exemplar grátis Nesta edição: ANO Vi abril|2011 agronegócio_ a FAPi 2011 deve atrair produtores de todo país. Páscoa do Bem foto: divulgação foto: Flavia Rocha | 360 62 Acompanhe o 360 na internet: www. caderno360 . com.br p.8 gastronomia_o outono pede uma sopinha. A canja, aparece aqui em versão simples e muito saborosa: a Canja indiana. Confira! p.4 p.7 foto: Flávia Rocha | 360 circulação mensal em 25 municípios: Avaré • Sta. Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi • Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César • Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botucatu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital • Cândido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar EXCLUSiVO_ Almir Sater conversa com o 360 sobre o show em Sta. Cruz Índice 2_ editorial _oração 3_ ponto de vista 4_ gastronomia 6_ gente 7_ cidadania 8_ agronegócio 10_ meio ambiente 13_ meninada 14_cultura 15_agenda cultural 18_ papo cabeça 19_ bem viver p.14 Agendamento de Audiências Públicas mobiliza população a discutir a instalação de três PCHs no Rio Pardo A cada ano, aVirada Cultural Paulista atrai multidões durante 24 horas, em São Paulo p.10 foto: Flavia Rocha | 360

Transcript of 0 6 3 a h c o a i v á l o t fo Acompanheo 360 RIO Pardo em...

RIO Pardo em pauta

cultura_ Shows são grandes atraçõesdo mês com a Virada Cultural na capital eAlmir Sater em Santa Cruz. Não perca!

Paola visita a Choco-lataria Frei Chico,onde criações lindas dePáscoa rendem sus-tento para crianças

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Índice2_ editorial _oração

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6_ gente7_ cidadania

8_ agronegócio10_ meio ambiente

13_ meninada14_cultura

15_agenda cultural18_ papo cabeça

19_ bem viver

••p.14

Agendamento de Audiências Públicas mobiliza população a discutir a instalação de três PCHs no Rio Pardo

A cada ano, aVirada Cultural Paulista atrai multidões durante 24 horas, em São Paulo

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Participação. Muitas ve-zes, a apatia do brasileiro diantedas questões que o cercam nos fazperder o bonde da história. Tal-vez, movidos pelas facilidade eventuras dessa linda terra, deixe-mos para depois e para os outrosuma tarefa que é urgente e intei-ramente nossa, de cada morador,cidadão, de uma cidade.

Há mais de cinco anos estou vivendo no que chamo “pa-raíso climático”. Afinal, aqui no sudoeste paulista a chuvacai na medida, o sol arde com vigor, mas sem torrar, osventos sopram a favor, e por aí vai. Nunca estivemos pertode situações dramáticas como as que acontecem não ape-nas em capitais impermeabilizadas pelo concreto, causade tantas enchentes, mas também em lindas terras do in-terior e do litoral de todo o país. Isso nos faz crer que con-seguimos ter aqui um verdadeiro equilíbrio ambiental.

Essa condição climática tão favorável já é motivo sufi-ciente para deixarmos nosso comodismo de lado e bus-carmos muita clareza e informação, antes de se pretendermexer na natureza que nos proporciona tanto conforto.Especialmente diante de ações que visam a uma mudançadefinitiva e drástica, como é o caso das hidrelétricas quequerem instalar nos rios Pardo e Paranapanema.

Cada um de nós deve participar. Representantes dos po-deres públicos, entidades civis, empresários, agricultores,professores, estudantes, institui-ções de ensino, comerciantes,trabalhadores… E isso significaque cada indivíduo procure sabera fundo do que se trata, de todosos prós e contras que essas obrasrepresentam. Temos o dever deponderar muito a questão, discu-tir em detalhes e no prazo quejulgarmos necessário, antes queisso aconteça. Afinal, é a terraonde vivemos, onde trabalha-mos, onde criamos nossos filhose onde as novas gerações irãoviver.

É por essas e outras questões,que, como cidadã, tenho tratadode ler tudo a respeito e participardas reuniões de esclarecimento que os empreendedoresque pretendem implantar as usinas têm feito na região.Assim como também estarei na Audiência Pública que vaidiscutir a instalação de três pequenas centrais hidrelétri-cas no Rio Pardo. O que não faltam são boas fontes de in-formação. Como editora, tenho trazido o assunto às

páginas do 360, com o objetivode alertar los leitores para o temae convidá-los a inteirar-se mais emais a respeito. Uma obrigaçãoque todo veículo de comunicaçãodeveria cumprir, afinal essa é anossa razão de ser.

Vale ressaltar que não se trata deser contra ou a favor. Isso é muitopouco. É preciso estar aberto a

todas as informações, todas as opiniões, tirar todas as dú-vidas, para, então, juntos decidirmos se apoiamos ou nãoessas obras. Afinal, quem vive aqui, quem faz essa terraprosperar, somos nós. Não empreendedores que mal sa-bemos a procedência. Nem políticos que nos visitam – eolhe lá – nas épocas de eleições.

Aliás, é notável a omissão dos prefeitos da região a res-peito do assunto. E mais que evidente, é lamentável. Ne-nhum deles se manifestou até o momento. Tão poucotratou de cumprir o seu papel de representante comuni-tário, motrando interesse e conhecimento sobre o assun-tou. Nem de Ourinhos, onde vemos tanta competêncianos campos da cultura, do esporte, dos eventos, veio qual-quer sinal de interesse pelo assunto.

O caso do rio Paranapanema evidencia ainda mais a faltade participação dos poderes públicos. E aí inclui-se tam-bém o poder judiciário. Não vemos também as organiza-ções da sociedade civil, nem as empresas participando dealgo que pode afetar a nossa realidade e o nosso cenário

ambiental. Todos se aquietam diante de ques-tões importantíssimas. É hora de por em prá-tica os conceitos da responsabilidade social.

Para que todos possam inteirar-se bem sobre oassunto, a organização Rio Pardo Vivo(www.riopardovivo.org) em parceria com o se-manário Debate, de Santa Cruz, produziu ummaterial detalhado (www2.uol.com.br/de-bate/1564/index.htm). E continua agindo, bus-cando mais e mais esclarecimentos e estudandoprofundamente a questão em parceria com téc-nicos e com a Apodesc, outra organizaçãosanta-cruzese pautada em agir em benefício dacidade (www.apodesc.org).

É preciso participar. E isso significa olhar se-riamente para a questão e ter clareza sobre o

que fazer, como mostra a entrevista que fizemos com oambientalista Fábio Feldmann, que aparece em MEIO AM-BIENTE. Para completar a abordagem do tema, a seçãoSINAL VERDE desta edição traz um artigo do biólogo e jor-nalista Fernando Franco a respeito dos nossos rios, nãodeixe de ler.

Al edição traz ainda as crônicas memoráveis de nossoscolunistas e notícias destacando a programação cultural –e gratuita – da região e da capital, que está ótima em abril,com direito a uma conversa exclusiva com músico AlmirSater. Aproveite para conferir em CIDADANIA a entrevistaque Paola, nossa pequena repórter, fez na ChocolatariaFrei Chico, um lugar que enche a boca d’água, tantas aslindas delícias de chocolates, e também os olhos, pois re-verte todo seu lucro para cuidar de centenas de crianças.

Para completar, divirta-se com as brincadeiras do Pingoem MENINADA e as novidades de outra iniciativa que hámais de 40 anos prospera e faz da FAPI uma das maiscompletas feiras agropecuárias do país, que aparecem emAGRONEGÓCIO. Boa Leitura!

Flávia Manfrin editora 360| [email protected]

A omissãopode tornar vocênegligente.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pelarenovação do vosso entendimento, paraque experimenteis qual seja a boa,agradável e perfeita vontade de Deus.

2 •editorial

360 é publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem destaedição: 13 mil exemplares Circulação:• Águas de Sta. Bárbara • Agudos • Areiópolis • Assis• Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César• Chavantes • Espírito Sto. do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo •Ourinhos • Palmital • Piraju • São Manuel • São Pedro do Turvo • Sta. Cruz do Rio Pardo• Tatuí • Timburi e postos das rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Eng. João Bap-tista Cabral Rennó e Orlando Quagliato. Redação e Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, Luiza Sanson Menon ‹re-visão›, Odette Rocha Manfrin ‹separação, receitas›, Paola Pegorer Manfrim ‹repórter espe-cial›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›, Dimitri Manfrin ‹designer de publicidade›,Bruno Henrique ‹assistente de produção› eComunicação ‹realização›. Colunistas: GucaDomenico, José Mario Rocha de Andrade, Fernanda Lira, André Rubio, Tiago Cachoni,Adriana Righetti e Fabio Feldmann Ilustradores: Franco Catalano Nardo, Clara Basseto eWellington Ciardulo Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessaria-mente a opinião desta publicação. •Endereço: Praça Deputado Leônidas Camarinha, 54 -CEP 18900-000 – Santa Cruz do Rio Pardo/SP • F: 14 3372.3548 _ 14 9653.6463 • Redaçãoe Cartas: [email protected] • Publicidade e Assinaturas: [email protected] . • 360 on Line: www.caderno360.com.br | abril_2011

xpedientee

Boa tarde Fernanda Lira, Acabei de ler a matéria que fala da novela(ed.61). Parabéns!!! Sua colocação foi su-pimpa… Não é possível a gente ver e concordar com tanta futilidade..... adorei. Um grande abraço. Sou leitora 360! Maria Paschoalina | Fartura

Olá Flávia!Parabéns pelo editorial do número 61 do 360.Justíssima a menção ao nosso presidente Acar(BCN) e bela a lição que você passou a seus leitores. O mundo precisa muito de mansidão.Um abraço,Celso Barbuto | São Paulo

nota da redação: o editorial da ed. 61 bombou! Foio mais comentado (e elogiado) dos últimos anos!Quem perdeu, pode conferir no site do 360.

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Ora,Ação!

Romanos 12Vs: 2

2 •ponto de vista

Cultura, vale repetir, nãoé somatória de artes, émodo de ver e viver. Independente da indi-vidualidade, estamosimersos na cultura donosso país, aos modose não às modas.

Mesmo que sejamosevangélicos, espíritas,pro-testantes, um-bandistas, agnós-ticos ou ateus, aformação cul-tural dominante doBrasil está fortementebaseada no catolicismo. Daí,vêm nossas culpas, nossas ONGshumani-tárias, a pretensão de ser “bom”para merecer o céu.

O esquerdismo maroto que se escuda noajudar o povo para chegar ao poder e aju-dar a si mesmo (e companheiros) está ar-raigado nessa ideologia. Mesmo que sejapreciso roubar, extirpar adversários, surru-piar suas obras. Os fins justificam os meios.Algo assim como Hitler, Stalin, Franco, CheGuevara pensavam.

O que tenho visto de pessoas “boas” queestão fazendo de tudo (tudo mesmo,heim!) para merecer o céu, me fazsupor que o inferno talvez seja mais in-teressante. Ou menos contaminado. O

Brasil é pobre porquepensa pobre.

O antigo axioma chinês “não dê o peixe, en-sine o homem a pescar” parece não ter vezentre nós. Desconfio que seja pela falta desuperfaturamento das varas. Ou talvezporque o sindicato dos pescadores esteja aserviço do partido da situação e está dis-tribuindo o vale-peixe.

A cultura brasileira é tacanha, fantasiosa,imagina-se que se pode ter sem merecer.

Apenas no dicionário o sucesso vem antesdo trabalho. Não lidamos bem com a ques-tão do dinheiro. Quem tem, faz de tudo paraesconder. Parece pecado, mas é o oposto.Sem falar nos ladrões e traficantes, quem éou está rico fez a diferença e merece cada

centavo. Deve ser exemplo, servir de estí-mulo e não de escárnio.

Nós, brasileiros, vivemos rebaixadospor idéias sem lógica, somos manipuladospor políticos espertalhões que sabem muitobem lidar com nossa culpa de formação. Ovoto é uma procuração que se dá para al-guém nos representar. No mínimo, deve seralguém mais ou menos parecido com agente. É o que supõe a lógica e a inteligên-cia. No entanto, muita gente de classemédia vota em políticos que dizem (presteatenção: dizem...) ajudar os pobres. Não faz

sentido. Os pobres podem votar nos políti-cos que os defenderão, está certo, é coer-ente. O que justifica isso senão a culpabasilar de nossa cultura?

A prosperidade não é acaso ou sorte, de-pende de trabalho, sacrifício, demandatempo. Não se constrói um castelo da noitepara o dia. É preciso ralar!

Precisamos de mais educação e escolas?Sem dúvida. É preciso ter ferramentas paracompreender os bens culturais que elevama mentalidade. Um país não vai para frenteouvindo pagode e sertanejo, me desculpevocê que gosta. Nem com duzentos progra-mas de televisão sobre futebol e meio pro-grama sobre literatura. Simplesmente, nãodá. A cada temporada de Big Brother em-burrecemos um pouco mais.

Enquanto não mudarmos a mentalidade(cultura), poderemos melhorar nossosíndices econômicos, mas a vida – que real-mente importa – será miserável e indigente.

*Músico e escritor santa-cruzense que vive em São Paulo

| [email protected] | www.gucadomenico.com.br

*Guca Domenico UM vale-cultura, por favor

arte: Franco Catalano Nardo

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BBaarr ee rreessttaauurraannttee iinnssttaallaaddoo nnoorreecciinnttoo ddaa FFeeccaappii,, eemm PPiirraajjuu,, tteemmppeettiissccooss IIMMPPEERRDD]]IIVVEEIISS.. CCoonnffiirraa!!

Porção de PiQuiRA_ Os peixinhos da foto parecem miniaturasde sardinhas ou de manjubas, pois medem cerca de 6 cm decomprimento e não passam de 2cm de largura. Chamadospiquira, eles são, na verdade, filhotes de lambari (chamados pi-abas em muitos Estados brasileiros). Esse tiragosto delicioso éservido frito e sequinho no Taças e Cachaças. Como o próprionome diz, destilados e fermentados são outra atração da casa,que serve também pratos a la carte. Aberto de 3ª a sábado a

partir das 18h e domingosdas 10h às 16h.

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O outono traz dias friozinhos, gostosos decurtir e bons para serem acalentados porcaldos quentes. A receita deste mês émuito simples e pede dias mais e maisfrios, pois tem como principal caracterís-tica o sabor picante, resultado da misturade molho de pimenta vermelha com es-peciarias típicas da cozinha indiana,como a páprica, a noz moscada e o curry.

Criada durante a fria (para meu ter-mômetro biológico) primavera inglesa,foi com essa receita que apresentei a mis-cigenação da cozinha brasileira para umamesa de italianos, ingleses e africanosradicados em Londres, que me pediampara que eu fizesse uma feijoada! E não éque o panelão ficou vazio?

Ingredientes:• 1 peito de frango cortado em pedaços ou restos de frango assadodo seu domingão. Vale tudo, só não valem pele e ossos. • 1 xícara de arroz• 1 cebola grande picada miudinho• 6 dentes de alho picados e amassados com sal• 2 cenouras fatiadas mais finas • 4 ou 5 mandioquinhas salsas fatiadas não muito finas• temperos: sal, molho de pimenta vermelha, curry, noz moscada epáprica picante, salsinha triturada miudinho• azeite e água aquecida com um pouco de sal grosso

TOMENOTA

Receita*do meu

caderno original

Preparo:Ferva água com sal grosso em panela e re-serve.Lave o arroz em um pouco de água fer-vendo para tirar aquele pó branco e reserve.Numa panela grande, coloque duas colheresde azeite e assim que aquecer adicione oalho amassado e em seguida um pouco dacebola. Quando estiver quase dourando, váacrescentando mais cebola e dourandotudo. Acrescente a esse refogado o frango emexa bem. Vá acrescentando os outros in-gredientes sempre mexendo bem: o arroz,depois a cenoura e a mandioquinha fatia-dos. Se ficar muito seco, adicione um poucomais de azeite para não grudar na panela.

Tempere com um pouco de sal (cuidadopara não salgar demais) e vá mexendo. Adi-cione agora as especiarias, uma a uma, sem-pre mexendo bem: o molho de pimentavermelha, a noz moscada, o curry, e apáprica. Se não tiver todos, não tem proble-ma. Importante: não exagere nos condi-mentos, coloque o suficiente para dar sabor.Você sentirá o aroma da mistura de especia-rias e então deverá acrescentar a águaquente. Tampe a panela. A canja indiana es-tará pronta quando o arroz estiver cozido eos legumes bem molinhos. Decore salpi-cando a salsinha em cada prato.

Canja Indiana

CANjA indiana4 •gastronomia

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•gente

Paola: Faz quanto tempo queexiste a fundação do Frei Chico?Cida: A creche existe faz 27 anos.

Paola: E a chocolataria?Cida: A chocolataria faz 25 anos.Depois de 2 anos começamoseste trabalho.

Paola: E como funciona?Cida: Temos dois funcionários e orestante são todos voluntários. Aprodução é toda artesanal.Paola: E você faz o que?

Cida: Eu sou a presidente. E vo-luntária também. Paola: Qual é o ovo que vocêsvendem mais?Cida: Tudo vende bem, de todosos tamanhos nós vendemos.Vende muito também os espe-ciais, os artesanais.

Paola: Como é que faz pra gentefazer a encomenda?Cida: Você vem faz o pedido, agente produz, separa e na quinta-feira santa você vem buscar.

Paola: Qual é o funcionário ou osvoluntários que ficam mais aqui?Cida: A Celeste, eu, a Rosangelaque é uma funcionária que faz asdecorações. Ela era umas das me-ninas da Casa do Menor e agoratrabalha com a gente na parte dasembalagens especiais.

Paola: Quantas crianças sãoatendidas?

Cida: Aqui no Centro Social, ondefunciona a creche, são 330 crian-ças. E na Casa do Menor, que é umabrigo, moram 47 crianças.

Paola: A chocolataria tem renda?Cida: A chocolataria tem rendaem prol das duas entidades quesão o Centro Social São josé e a

Casa do Menor. Ela reverte arenda para a manutenção dasduas entidades.

Paola: Quanto a chocolatariaajuda a creche e o abrigo? Cida: Ela reverte para a manuten-ção de quase dois terços das duasentidades.

Paola: Quantos ovos são produ-zidos a cada Páscoa? Cida: São muitos itens, então é di-fícil mensurar. Mas derretemoscinco toneladas a cada Páscoa.

Paola: E vocês aceitam enco-mendas depois da Páscoa? Cida: Sim. Fazemos chocolates oano todo. E também estamos pe-gando encomendas de docespara festas. No final do ano faze-mos também os chocotones.

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PÁSCOA do BemPáscoa em Santa Cruz do Rio Pardo é sinônimo

de caridade. E pode ser em qualquer outrolugar também. A CHoColAtARiA FREi CHiCo,

que produz os mais lindos ovos e outros confeitos de Páscoa, completa 25 anos mostrando

competência para atender aos padrões mais exigentes dequalidade e estrutura para atender encomendas o ano todo.

toda a renda é revertida para o sustento de quase 400 crianças.Para mostrar ao leitor esse grande exemplo, a repórter mirim

Paola entrevistou a presidente e voluntária Cida Figueira Gabriel

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Encomendas: 14 3373.2244

7 •cidadania _acontece

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Como acontece todos os anos, o Sindi-cato Rural de Ourinhos (SRO) preparauma farta programação para a FAPI2011, que acontece de 2 a 12 de junho. Osetor agropecuário, como acontecetodos os anos, é o grande destaque, comexposição de animais, implementosagrícolas, seminários e outras atividadese novidades do agronegíco. Segundo osorganizadores, o evento faz parte de di-versos ranquementos de raças, com jul-gamento e provas, e brindará o públicocom a tradicional cavalgada pelas ruasde Ourinhos.

Infra estrutura e público cativo –Com um público estimado em 800 milvisitantes que têm acesso gratuito ao re-cinto, a FAPI é reconhecida por apre-sentar uma boa infra estrutura paraacolher animais vindos de qualquerparte do país, entre bovinos, equinos,ovinos e animais exóticos. O local contacom tatersais, clubes de criadores, pis-tas de prova e julgamentos e baias de ex-posição seguindo os mais adequadospadrões de qualidade para os animais.

Com apenas um leilão programado, osorganizadores destacam que a feira traza oportunidade de comercialização dosanimais de maneira informal, além detroca de informações e promoção de di-versas raças.

Agricultura Familiar – Um dos des-taques da feira é a tradicional maquetede uma minifazenda, uma realização daCATI (Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral) da Regional de Ouri-nhos, onde aparecem diversas ativida-

des da agricultura familiar. Segundo Al-fredo Ferrari, assistente técnico da Casade Agricultura de Salto Grande, a enti-dade trabalha também na realização depalestras e na apresentação do trabalhodas 17 casas de agriculturas da regional.“Também está prevista a exposição deprodutos de pequenos agricultores”,adianta Ferrari.

Ovinos viram tradição –Um dos se-tores que tem aproveitado a FAPI e suacapacidade de gerar negócios é o de ovi-nos. Com área de trabalho que inclui umtatersal exclusivo, os criadores já torna-ram tradicional eventos como o Leilãode Ouro e a Queima do Cordeiro, umconcurso de degustação aberto ao pú-blico. Segundo Ferrari, que também épresidente do Núcleo de Criadores deOurinhos e Região, são aguardados ani-

mais das raças Dorper, White Dorper,Santa Inês, Ile de France e Suffolk. Eleestima que 200 animais irão a leilão.

Eventos equinos – Outro destaque

da feira é a diversificada exposição deequinos. Já está confirmada a 5a ProvaNacional de Marcha de Muares e Equi-nos, o 4º Encontro Nacional de Mula-deiros e pode ser confirmada ainda arealização do Congresso Panamericanodo Cavalo Appaloosa, como aconteceunos últimos anos. Estão confirmados apresença de Mini-Horses e da raçaCrioula.

Como participar – Criadores interes-sados em trazer seus animais para aFAPI devem integrar as associações dasraças a serem julgadas. Segundo o SRO,é preciso ter o certificado de registro ge-nealógico do animal e os exames exigi-dos pelo Escritório de Defesa Animal. Asprovas de animais serão programadaspara os finais de semana.

Como acontece todos os anos, o SROmanterá o evento aberto à participaçãode empresas e criadores até o início dasatividades. Info: 14 3322.5523

AAAAVVVVAAAARRRRÉÉÉÉ____ I Dia de Campo de Milho.Direcionado a produtores rurais, téc-nicos, estudantes de ciências agráriase biológicas. Haverá palestras sobre ocultivo do milho, lançamento denovas variedades e híbridos comerci-ais, exposição de máquinas, imple-mentos e insumos.Organizado pelo Departamento de

Agronomia da Faculdade Eduvale deAvaré, com apoio da CATI Sementese Mudas e do Núcleo de Produção deSementes de Avaré e CATI RegionalAvaré e empresas do setor agro.14/04 _ Fazenda Araguaia (Avaré)INFO: Casa da Agricultura de Avaré14_3733-1977 ramal 34

8 •agronegócio

CRIADORES da regiãose preparam para a FAPI

A maior e mais tradicional feira agropecuária da região reúne o setor agro acada ano, com presença de criadores e empresas em busca de bons negócios

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Prova de cavalos Manga Larga. Qualidade de animais é avaliada e ranqueada

360: Qual é o grande problema da energia hoje em dia?Feldmann: Teremos que trabalhar em duas linhas muitoclaras. A mais importante, na minha opinião, é a de-manda. Eu acho que a gente ainda vive em uma socie-dade perdulária (gastadora em excesso) em relação aenergia. Acho que devemos ter uma rede inteligente, te-remos que conservar energia radicalmente e acho queisso vai acontecer em dez ou quinze anos, até no nossocotidiano, porque além dos equipamentos mais eficien-tes, teremos também, por exemplo, a construção civilmais eficiente. Enfim, estamos vivendo uma revoluçãonessa área. Mas independentemente de se trabalhar nademanda, na questão da oferta de energia a gente estádentro de um grande dilema, que, inclusive, depois doacidente nuclear no japão, vai se agravar. Eu tenho umasensação clara de que acabou a indústria nuclear, ela nãose recupera do acidente no japão. E temos a questão docombustível fóssil como a principal causa do aqueci-mento global. Eu acho que as hidrelétricas voltam comtodo peso agora. E as pequenas centrais hidrelétricas sãoboas alternativas diante do problema de energia e do

aquecimento global. O problema certamente é o impactodessas Pequenas Centrais Hidrelétricas é o impacto locale regional. Muitas vezes pode ter um impacto cumulativoporque você tem num mesmo rio muitas Centrais Hidre-létricas, tem que analisar.

360: E como analisar?Feldmann: A primeira coisa é ler o EIA/RIMA* (documen-to onde o projeto é apresentado, incluindo análise téc-nica de impacto ambiental e compensações). É preciso lercom cuidado e com várias preocupações: primeiro, temque ver se há de fato prioridade ambiental no empreen-dimento. Segundo, em havendo a prioridade ambiental,saber que medidas de mitigação ou compensação vocêvai ter. A PCH tem um certo sentido porque é melhor vocêeventualmente ter um número maior de PCHs do queuma grande hidrelétrica ou uma média hidrelétrica.Agora, tem que ler e analisar o EIA/RIMA e participar daaudiência pública para entender do que se trata.

O EIA/RIMA deve estar disponível, inclusive na secretariado meio ambiente. Hoje, com cópia digital é fácil, achoque é bom discutir com a comunidade, é bom pegar umaassessoria de universidades para ler, saber exatamente osimpactos e negociar. São duas categorias de medidas:uma “mitigatoria”, onde se vê como podemos diminuiros impactos. E outra “compensatória”, onde o conceito éque se você não vai conseguir mitigar você tem que com-pensar. A sociedade tem que acompanhar tudo para ga-rantir as melhores medidas mitigatórias e compensató-rias, principalmente em relação aos prefeitos.

360: As audiências públicas foram marcadas muito pró-ximas das reuniões prévias, sem tempo hábil para quea comunidade estude e entenda o EiA/RiMA. Qual é areal possibilidade da comunidade ter influência sobreprazos e sobre os projetos?

Em entrevista exclusiva, o ambientalistaFábio Feldmann* fala a repeito dos projetos

de instalação de PCHs (Pequenas CentraisHidrelétricas) no Rio Pardo.

Profundo conhecedor desse tipo de questão,Feldmann nos esclarece que esse tipo de

geração de energia é menos impactante aoaquecimento global, mas deve ser avaliadado ponto de vista dos impactos ambientais,econômicos e culturais que podem causar àregião. Nosso entrevistado também destaca

que esses empreendimentos devem sercuidadosamente discutidos pela comunidade

e alerta para a importância de uma atitudecondizente com o assunto por parte dos

prefeitos das cidades envolvidas

PROjETOS de usinas no rio Pardo precisamser conhecidos antes de

serem aprovados

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trecho do Rio Pardo entre Águas de Santa Bárbara e Santa Cruz: alto potencial turístico, porém, pouco explorado

Feldmann: Eu acho que conversa sempre tem jogo coma Secretaria do Meio Ambiente em termos de dilatar osprazos, de conversar. Eu avalio que obras que têm umavida útil de 100 a 200 anos requerem prazo para que a so-ciedade possa se organizar e debater. Fala-se muito maldo licenciamento ambiental, de que atrasa a implantaçãode infra-estrutura, mas não existe instrumento mais de-mocrático que esse. Antes do EIA/RIMA você fazia em-preendimentos sem consultar a sociedade, sem discutir.E acho que os empreendimentos que tem uma vida útilmuito longa merecem efetivamente o mínimo de prazode discussão para a sociedade, até porque acho que issomelhora o empreendimento. Pela minha experiência,quando há discussão com a sociedade há melhoria doempreendimento, do projeto. Agora, o que eu acho queé importante a sociedade estar atenta é que os prefeitosnormalmente fazem negociações com uma visão demuito curto prazo ao invés de pensar em um médio elongo prazo. A minha experiência nisso é que os prefeitosgeralmente têm uma visão quase eleitoral na negociaçãocom os empreendedores, pedem obras muitas vezes decaráter eleitoral: ginásio de esportes, pequenas estradas,

asfaltamento, obras que real-mente no médio prazo perdemabsolutamente seu significado.

Se o prefeito pedir um percen-tual de faturamento da usina ou

compensações adequadas, defato você esta gerando um benefí-

cio mais permanente para a socie-dade e para a comunidade afetada.

Acho que a comunidade tem que co-brar para que os prefeitos saibam exi-

gir medidas compensatórias adequa-das e com visão de médio e longo prazo.

360: E que medidas seriam essas, por exemplo?Feldmann: Pode ser a criação de unidades de conserva-ção em torno, pode ser o reflorestamento para diminuir oproblema do assoreamento, pode ser, associado ao re-florestamento, a criação de viveiro de plantas, você tem aíuma série de ações que você pode usar.

360: Nas áreas de alagamento, os projetos prevêemcem metros de reflorestamento para formação de APP(Área de Preservação Permanente).Feldmann: Precisa ver se isso é uma exigência colocada,se esses cem metros serão recuperados ou não. Eu tenhominhas dúvidas porque eu conheço muitos poucos em-preendimentos em que o empreendedor de fato faz a re-cuperação dessa área de preservação permanente que écriada com os reservatórios. Mas se isso acontecer achomuito positivo, inclusive acho que é do interesse do em-preendedor porque garante o aproveitamento do reser-vatório, caso contrário causa o assoreamento.

360: No trecho que o rio não será afetado não há pro-jeto de reflorestamento, mas essa necessidade existe

porque o Pardo tem muitas falhas em sua mataciliar. Deveria ser uma compensação?

Feldmann: Uma compensação até porque nessa recupe-ração eventualmente ele pode gerar crédito de carbonoe com valor de crédito de carbono ele pode financiarparte dessa recuperação. Isso tudo tem que ser nego-ciado no período de licenciamento ambiental e se tornaruma obrigação do empreendedor.

360: o turismo é usado por ambientalistas da regiãocomo uma justificativa para descartar os projetos, en-quanto defensores das obras dele acreditam que as usi-nas podem promovê-lo. Como avalia isso?Feldmann: Essa pergunta esta condicionada ao contextodo empreendimento, o que ele pode afetar no turismoou gerar um outro tipo de turismo, tudo depende. Sevocê fizer um projeto bem feito, em tese, amanhã vocêpode pensar em certas vocações de geração de econo-mia, inclusive novas economias. Você pode pensar emfazer atividades náuticas, tudo isso depende do contexto.Se nós estamos falando de um rio que tem corredeirasnaturais e que já são utilizadas para essas atividades étudo uma avaliação do peso.

360: Há quem afirme que a energia hidrelétrica deixoude ser “energia limpa” e que daqui a 20 ou 30 anos es-tará obsoleta. o que você diz a respeito?Feldmann: Há polêmicas grandes como a de Belo Monte,onde o projeto é péssimo, mas do ponto de vista doaquecimento global a alternativa hidráulica de produçãode energia ainda é no Brasil, até diria no mundo, uma dasmelhores alternativas. Só que é para combater o fenô-meno global, por isso que eu digo que o que interessaaqui é balanço entre o global e o impacto local e regional.

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Feldmann recebe o 360 em seu escritório, em São Paulo:as PCHs são boas alternativas, mas devem ser analisadas

*iEA/ RiMA: disponível no site da APODESChttp://www.apodesc.org/?s=hidroheletricaAudiências Públicas: (locais a serem divulgados)13/4: Águas de Santa Barbara14/4: Santa Cruz do Rio Pardo:19/4: Ourinhos

Mais uma vez o rio Paranapanema se vêameaçado pela possível construção deuma usina hidrelétrica no que resta deseu leito natural na Estância Turística dePiraju. É lamentável e inadmissível queapós a população pirajuense ter deci-dido, em audiência pública, pela preser-vação do rio, tenhamos que enfrentar,novamente, a ganância de gruposeconômicos inescrupulosos e espurcosque querem, a todo custo, destruir nossomaior patrimônio ambiental, paisagísticoe histórico-cultural.

A população deixou claro que não quermais usinas ou empreendimentos nefas-tos ao “Panema”. Em 12 de junho de2003, a Companhia Brasileira de Alumí-nio (CBA), pertencente ao Grupo Vo-torantim, teve seu projeto de construçãoda PCH Piraju II indeferido pela Secretariade Meio Ambiente do Estado de SãoPaulo (SMA) justamente por conta da in-compatibilidade ambiental da obra e dasleis municipais em vigor que impedem aconstrução de usinas em Piraju.

A mobilização dos pirajuenses e das or-ganizações locais de defesa do meio am-biente resultaram na aprovação de leiseficazes na proteção do rio. É preciso quea população faça valer sua decisão ecobre dos vereadores e do prefeito ChicoPipoca uma posição clara e definitiva emdefesa da integridade das corredeiras dorio Paranapanema.

AS lEiS_ Para preservar é preciso co-nhecer. Destacamos a Resolução CMAPC1, de 02 de agosto de 2002, que tombouo último trecho de calha original do rioParanapanema (7 Km) entre a foz doribeirão Hungria e a foz do ribeirão dasAraras, preservando o Salto do Piraju(Garganta do Diabo), o Parque Naturaldo Dourado e importantes sítios arque-ológicos existentes na região. A Lei do In-terregno, do ex-vereador Augusto Pia-cenço, a chamada Lei dos 20 anos, cujoobjetivo é possibilitar correta análise doimpacto da obra no meio ambiente egarantir às gerações futuras meios de de-cidir sobre a forma de sua preservação. ALei 2.634 (2002) que criou a Unidade deConservação de Proteção Integral (Par-

que Natural do Dourado), localizada emuma área de 48,40 hectares às margensdo rio, reconhecida pela paisagem exu-berante e remanescente de mata atlân-tica. E, finalmente, o Lei do Plano Diretor,que fixa as diretrizes para a preservaçãodos recursos naturais existentes no ter-ritório de Piraju, com especial atençãopara o rio Paranapanema e as coleçõeshídricas locais.

CHEGA DE uSiNA_ É deplorável e ina-ceitável que tanto o rio Paranapanema

(em Piraju e Ourinhos) quanto o rioPardo (em Santa Cruz do Rio Pardo eÁguas de Santa Bárbara) sofram estasameaças de barramentos. É preciso queas comunidades afetadas por estes pro-jetos inconcebíveis compreendam queestes rios são a razão da nossa existência,da nossa história e cultura. É preciso rea-gir às agressões, evitando-as. O povo temde ser respeitado. Não há dinheiro ou ne-cessidade de energia que justifiquetamanho descaso das autoridades comnossos rios. E, que não se esqueça: Pe-quenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) sãopequenas apenas no nome, mas os es-tragos causados ao meio ambiente e àvida das populações, plantas e animaissão gigantescos. Por isso, CHEGA DEUSINA em Piraju, em Santa Cruz do RioPardo, em Ourinhos e em Águas deSanta Bárbara!!!

*Fernando Franco UM rIO EM MINHA vIDA

*Biólogo e jornalista pirajuense, membro fun-dador da organização Ambiental teyque-pe(oAt) | [email protected]

iiNNFFoo:: http://slalompiraju.ning.com

S i N A l V E R D E _ a s s u n t o s q u e v i s a m a m e l h o r i a d a r e l a ç ã o h o m e m - m e i o a m b i e n t e

Coisa rara: um dos trechos rio Paranapanema ainda preservados em Piraju

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PINGOsubiu na mesa

Adivinha…

DDiissppoonníívveell eemm SSttaa.. CCrruuzz,, OOuurriinnhhooss,,IIppaauussssuu,, CChhaavvaanntteess,, BBeerrnnaarrddiinnoo ddee

CCaammppooss,, CCaanniittaarr ee EEssppíírriittoo SSttoo.. ddoo TTuurrvvoo

…o que é quequanto mais se tira

mais se tem?…o que é que

anda mesmo sem sair do lugar?

Quem disse?“ Quem pensa pouco, erra muito.”

PASSAtEMPo_Domingo de Páscoa é a maior alegria. Ajude o Pingo a encontrar os 9 ovinhos que os coelhinhos levaram para ele.

Chuva, trovão, brummmmm, crrééccsshhh a chuva

que não para, um pulo na cadeira, outro, um salto a

cada estrondo do raio barulhento. Alvinho apagou a

luz, desligou a TV e Pingo, que estava na varanda ala-

gada, subiu na mesa. Subiu, aprendeu e gostou.

Desce da mesa, Pingo!!! Alvinho sai de perto, volta e lá

está o Pingo, no alto, na cobertura, espichado sobre a

mesa. Desce já, Pingo!!! Obediente e teimoso, pensou

Alvinho: “esse Pingo ainda vai me ensinar muita coisa.”

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13 •meninada

Respostas_ Adivinha: Fotografia. O relógio. Frase: Leonardo da Vinci

PINGO

*matemático, engenheiro, inventor, arquiteto, pintor,escultor, poeta e músico italiano. (15/04/1452_ 12/05/1519)

360: o que o público deve espe-rar do show?Almir Sater: Honestidade musical.Chegamos com nossos instru-mentos de madeira e aço e vamostocando, com vontade de tocar ede se emocionar. Porque eu tocopara mim, primeiro. Quero fazerum show bonito, que me faça feliz,me emocione. Porque se a genteconseguir se emocionar comtanto tempo fazendo esse show ésinal que está muito bom.

360: Como será o show?Almir Sater: O show vai de uma1h5 a 1h50, depende do que estáacontecendo. Faço o show emcima dos meus discos, das minhasmúsicas, algumas que não estãoem disco e pensamos em colocar

num próximo. Não é umshow de surpresas, é umshow de emoção.

360: Como você classifica seu es-tilo? Quais suas influências?Almir Sater: Eu sou da geração de70, né? Anos 80. Então acompa-nho minha geração. Sempre gos-tei muito do Eric Clapton, do BobDylan, do james Taylor, de TiãoCarreiro e Pardinho, Vieira e Vieiri-nha. Sempre gostei da música la-tino americana, andina, do som dofolclore irlandês. Sempre gostei demúsica primitiva. A viola caipira éum instrumento primitivo, limi-tado, mas emociona.

360: Quem segue o estilo AlmirSater entre os novos talentos?Almir Sater: Acho que ninguém.Cada um tem um estilo de tocar.Não tenho um estilo, mas um jeitode tocar. Minhas músicas são

muito simples. Me preocupa apoesia, o que vou dizer. já que amúsica é cantada, o que eu voudizer, se tenho algo a dizer. Porquese não há nada a dizer então é me-lhor ela ser instrumental. E a mú-sica instrumental é perfeita, nãoprecisa de nada. Quando ela nãoestá muito boa, a gente pega umapoesia e conserta a música.

360: todo mundo gosta do seushow. Como é ser unanimidade?Almir Sater: Ah não, recebo mui-tas reclamações também. Não souuma unanimidade não. Mas soude uma geração que ouvi de Bea-tles a Tião Carreiro, então tem ro-queiro que vai no show e gosta,tenho muitas baladas, influências,sou meio roqueiro violeiro. Nuncatoquei guitarra, rock and roll, masbrincava com meus amigos emcasa. Todos eram bluseiros. Eu erao único que tocava viola da minhaturma, o resto era tudo rock, pop,blues. Nunca deixei de gostardisso. E quem vai ao show vai paracurtir, né? A gente procura semprefazer o melhor show, nas melho-res condições técnicas, sem inco-modar. Não gosto de som muito

alto, se a pessoa não gostar, pelomenos não se incomoda.

360: Que música ouve em casa?Almir Sater: Tenho escutadomuito pouca coisa. Tenho escu-tado meus discos de antigamentee acho que continuam ótimos.Continuam novos, modernos e deponta. Quanto mais escuto a mú-sica atual, mais acho que antiga-mente se fazia música de ponta.

60: Como você se prepara parachegar numa cidade?Almir Sater: Como a gente viajamuito, passa a conhecer a região,como ela é. Vou aprendendo mui-to de geografia, de história nas mi-nhas viagens. Gosto de viajar deônibus, vou lá na frente vendo apaisagem, o cenário. Dá pra veracima das cercas, então dá pra veras culturas. Mas acontece de che-gar sem saber nada e aí vamosaprendendo sobre ela. Agora, agente aprende muito sobre a cida-de durante o show, especialmentese for um show em praça pública.Ali você passa a saber se a cidade écivilizada, se o povo é educado. Éalgo espontâneo. Não vamos para

ver isso, mas acabamos perceben-do. Ali a cidade se mostra.

60: Você canta bastante a natu-reza, qual seu envolvimento comquestões ambientais?Almir Sater: Eu sou um dos guar-diões do mato. Eu tenho os matospara cuidar e me preocupo comisso. Eu sou um produtor também,uso a terra para plantar meus ali-mentos também, para manter olugar, mas tudo com bom senso.Procuro ter o maior cuidado comas terras que eu lido.

360: Sta. Cruz vive o dilema de tera construção de pequenas cen-trais hidrelétricas no rio Pardo. oque você diria à população?Almir Sater: Não sei como é a si-tuação da cidade, mas não temnada 100% perfeito. As PCHs sãoas opções de geração de energiaque provocam menos impactoambiental. Se você puder prepararessa área para ser inundada, reti-rando as madeiras, retirando aspessoas, compensando emocio-nal e financeiramente, acho queessa é a melhor alternativa.

14 •cultura

ALMIR Sater emSta. Cruz: prepare

o seu coraçãoleia a entrevista exclusiva concedida para Flávia Manfrin, editora 360

O cantor e compositor Igor Ribeiro, residente emBernardino de Campos, está lançando um CD pro-fissional. Estudante de música na USC – Universi-dade Sagrado Coração – de Bauru, Igor se detacapela versatilidade de repertório quando se apre-senta em shows, como acontece no bar Quintal doRomão, onde aconteceu o lançamento de “Eu e aBanda”, CD com nove canções de seus compa-nheiros de Bauru, Pedro Ivo (guitarra) e DaniloAndrade (piano). Além de Igor, a região é contem-plada com a presença de Yuri Gugii, também deBernardino, que assume o baixo em todas as faixasA banda de Igor conta ainda com Bruno Wernerna bateria.

Caminho do som – Natural de Minas Gerais,Igor mudou-se para Bernardino em 2000, ondepouco ficou, segundo conta. “Desde então moreiem Campinas, onde me formei em Telecomuni-

cação, em Londrina, SãoJoão Del Rei e em Bau-ru”, diz o músico que atualmente tam-bém circula em Santa Cruz do Rio Pardo, ondeleciona violão e voz no Conservatório Musical Os-waldo Lacerda. Quem quiser conhecer o trabalhodesse mineiro radicado na região, pode comprar odisco de Pop/MBP, como ele mesmo define, pro-duzido “com muita dedicação e suor”. Apenas R$15,00 info: 14 8141-0336, 9775-2461, www.euea-banda.com.br e [email protected].

IGOR Ribeiro lança CD

SSSSÃÃÃÃOOOO PPPPAAAAUUUULLLLOOOO____ 7ª VIRADA CULTURAL_ 24 horas ininter-ruptas de programação, com mais de mil atrações espalhadaspor palcos na cidade. A programação musical continua sendo ocarro-chefe do evento, contemplando diferentes ritmos, estilos,artistas nacionais e internacionais. Um vasto programa de artescênicas e visuais se soma a uma concorrida agenda de paradase desfiles e maratonas. Grande parte do centro velho é fechadopara o trânsito de veículos (exceto local), e boa parte das linhasde ônibus serão circularizadas.O Metrô funcionará ininterrupta-mente durante as 24 horas. Sobem ao palco artistas brasileirosjá consagrados, como Rita Lee, Marina, Paulinho da Viola,Erasmo Carlos, Dominguinhos, Eumir Deodato e tambémnovos talentos, comoDuani, Cibelle, Thaís Gullin e RumpilezzEntre os internacionais,particpam Armando Manzanero, Skatal-ites, Fred Wesley and the New JB’s, Steel Pulse e Edgar Win-ter, entre outros. O Sepultura se apresenta com a OrquestraExperimental de Repertório. A São Paulo Companhia deDança dançará ao som da Osesp (Orquestra Sinfônica do Es-tado de São Paulo). A ópera Pagliacci será encenada em praçapública. Uma produção da casa, com a Orquestra SinfónicaMunicipal e o Coral Lírico, as cias Visualfarm, Fratelli e Pia Fraus, técnicos e criadores do corpo municipal.A música eletrônica também estará bem representada em pistas espalhadas entre o Largo São Francisco, Praçada Sé e Memória, e uma radiola maranhense ocupará a Praça Princesa Isabel. Um palco dedicado à stand-up com-edy e um ringue de luta livre com lutadores mexicanos e brasileiros, e a apresentação durante 24 horas da bandaBeatles 4Ever, o formado em 1976, tocará todos os discos da banda inglesa, na íntegra, em sequência.Info: www.viradacultural.org _ (fonte deste box) Dias 16 e 17/4 _ GGrrááttiiss

VIRADA CULTURAL acontece em São Paulo

AAAAGGGGUUUUDDDDOOOOSSSS____ 16/04_20h_(dança)_ Pra Todo Mundo Dançar. Espetáculodesfila pelo universo das manifestações populares do Brasil e convida opúblico a tomar parte da brincadeira interagindo com o elenco. 50 min. | Livre.ONDE: Seminário Seráfico Santo Antonio (Acesso Frei Gregório Jonscher ,s/nº - Zona Rural)

AAAASSSSSSSSIIIISSSS____08/04_ 20h30_ (música)_ Versão Brasileira - a Música Eruditacom Sabor Brasileiro. Criado pelo cantor e pianista Cláudio Goldman parao Festival de Campos do Jordão, propõe diálogo entre a música erudita e amúsica popular. 75 min. | Livre. ONDE: Teatro Municipal Padre Enzo Ticinell

AAAAVVVVAAAARRRRÉÉÉÉ____ 15/04_ 20h_ (dança)_ Urbanóides 2.0 - Cia Discípulos doRitmo. O espetáculo parte de um rap que leva o mesmo título, escrito porFrank Ejara e a banda Operação Diamante. 54 min. | Livre. ONDE:Teatro Mu-nicipal Dr. Octávio Moralles Moreno

OOOOUUUURRRRIIIINNNNHHHHOOOOSSSS____ 09/04_20h30_ (música)_ Fazendo e tocando viola – Lu-ciano Queiroz (Assis). Espetáculo de viola instrumental com ritmos comoo cururu, pagode caipira, rasqueado e chamamé, entre outros. 60 min.| Livre.ONDE: Teatro Municipal Miguel Cury

SSSSCCCCRRRRUUUUZZZZ RRRRIIIIOOOO PPPPAAAARRRRDDDDOOOO____ 09/04_ 20h30_ (teatro)_A Farsa do monumento.Inspirado em episódio verídico, procura recriar o fato histórico a partir de umregistro cômico, levando o episódio para qualquer lugar e para qualquerépoca. 60 min. | Livre. ONDE: Palácio da Cultura Umberto Magnani Neto

CIRCUITO CULTURAL

traz ótimas atrações

APROVEITE oseventos da região

AAAAVVVVAAAARRRRÉÉÉÉ____ Oficinas Culturais “José Reis Filho” : Até 17 de abrilestão bertas as inscrições pra cursos de violão, teclado para defi-cientes visuais, teatro, tai-chi-chuan, coral e orquestra pra todasas idades e níveis de conhecimento. Até 28 de abril: inscriçõespara workshop de linguagem cinematográfica programado para 13a 21 de maio.Grátis! Info: 14 3711-2556.

OOOOUUUURRRRIIIINNNNHHHHOOOOSSSS____ Rainha da FAPI: Até 8 de abril, estão abertas asinscrições para o concurso Rainha da Fapi. Categorias: MiniRainha (5 a 8 anos), Rainha Infantil (9 a 12 anos), Rainha Teen (13a 16 anos), Rainha (17 a 23 anos) e Melhor Idade, a partir de 55anos Confurso: Em 14 de maio no Tattersal Orlando Quagliato, noRecinto da Fapi.gramado para 13 a 21 de maio.Grátis! Info: 14 3322-6411 com Ednéia Silvério.

BBBBEEEERRRRNNNNAAAARRRRDDDDIIIINNNNOOOO DDDDEEEE CCCCAAAAMMMMPPPPOOOOSSSS____Esquentarte: apresentaçõesTeatrais - 29/4 de manhã e apresentações do Festival de GruposMusicais - 30/4 à tarde. Info:

TTTTAAAATTTTUUUUÍÍÍÍ ____ Camerata de Violões apresenta concerto“Do Barroco aoSéculo XXI”. Coordenado pelo violonista premiado Edson Lopes,com estilos como ciranda, ragtime, tango, choro, entreoutros. 24/4_20h30. Teatro Procópio FerreiraRua São Bento, 415. Ingressos:R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados). Info_ 15 32058444

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15 •agenda

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Sempre fui daqueles que defendem que um bom técnico écapaz de ganhar um jogo que parecia perdido. Um bomtreinador consegue fazer uma equipe mediana jogar deigual para igual com um grande time e até mesmo vencê-lo.Por isso esses profissionais merecem todo reconhecimentopossível, inclusive o financeiro.

Mas de uns tempos pra cá confesso estar um pouco pre-ocupado com o que tenho visto. Claro que a figura do téc-nico é muito importante para qualquer equipe seja lá qualfor o esporte; Mas será que não estamos dando mais valordo que merecem?? Hoje em dia o salário de algunstreinadores seria capaz de cobrir sozinho a folha de paga-mento de diversos times inteiros. E times bons, diga-se depassagem.

Os técnicos estão aos poucos se tornando as estrelas princi-pais de um esporte em que historicamente os jogadoressempre foram os astros. É claro que isso não esta certo. Pormais importante que seja sua função, que é a de comandar,dirigir, e se responsabilizar pela maneira de uma equipe secomportar no campo de jogo, o técnico não pode ser o cen-tro das atenções no futebol, esse papel é sempre deverá sercativo do jogador. É o jogador quem entra em campo e re-solve as partidas. O técnico só o auxilia.

Uma das culpadas por essa supervalorização é a própria im-prensa esportiva. Afinal, é muito mais fácil pegar a opiniãodo treinador que na maioria das vezes é bem mais articu-lado na hora de uma entrevista, do que falar com o jogadorque marcou o gol que deu a vitória a seu time.

São poucos os jogadores capazes de responder as perguntadizendo algo que acrescente alguma coisa. Por isso todospreferem a palavra do “professor”. Nunca em toda a históriao futebol foi um negócio tão rentável como hoje em dia.

É claro que todos aqueles que fazem parte desse circo mere-cem uma fatia desse bolo; mas não devemos exagerar e su-pervalorizar profissionais por melhores que eles sejam.Diferente de um jogador, onde se recupera um valor in-vestido vendendo seu “passe”, o treinador não dá lucro di-reto ao clube que o paga, a não ser que ele erga troféus emonte equipes vencedoras.

O técnico deve ser visto como uma peça numa engrenagem,que é tão importante quanto qualquer outra; Jamais comoprotagonista do esporte. Enquanto enchemos os bolsos dostécnicos, os professores de verdade, aqueles que ensinamnossas crianças a ler e escrever, vivem esquecidos e desva-lorizados no nosso país

SEU professor vale tudo isso?

* André Rubio

*músico apaixonado por esporte | w.andrerubio.com.br

MODA • SAÚDE • BELEZA

Para este ano estão previstos lançamentos de bandas-chave do cenário musical mundial, tais como U2, PearlJam, Coldplay, r.E.M., Strokes, radiohead, entre outros.A coisa, contudo, não começou bem. Não sei se estou fi-cando velho, ranzinza, ou mais exigente, mas está difícilse surpreender com alguns dos medalhões do rock.vamos às primeiras duas decepções.

rADIOHEAD. Certamente minha formação musicalpassa por estes ingleses, uma das mais geniais bandasde todos os tempos. O radiohead não só foi revolu-cionário como conseguiu manter um altíssimo nível du-rante muitos anos, lançando álbuns diferentes entre si,experimentais, provocadores, e por vezes clássicos. De-pois de 7 discos (pelo menos 3 deles sublimes), a bandaentrega em 2011 “King of The Limbs”, o único ponto

baixo da carreira, que não chega a ser ruim, mas nãohonra o (ótimo) passado. A impressão que tenho é que afama de gênios subiu à cabeça de Thom Yorke e cia., eeles passaram a acreditar que qualquer barulho seráaceito e tomado como primoroso pelos fãs. Não, nãosomos como os fãs do Iron Maiden...

STrOKES. Não sou desses que adoram endeusar umanova “salvação do rock” para malhá-la logo em seguida.Mas o caso do Strokes, contudo, é emblemático. Depoisdo marco que foi “Is This It” (2001), houve o ótimo “roomOn Fire” (2003), seguido do médio “First Impressions ofEarth” (2006), e desembocando no lançamento “Angles”.As guitarrinhas costuradas, o vocal blasé e a bateria mi-nimalista continuam, agora com a companhia maciçade teclados e sintetizadores, emulando (e muito) asonoridade dos anos 80. A atitude de buscar novas refe-rências e promover mudanças é louvável. Pena que aquinão funcionou. O disco não chega a ser ruim, mas carecede inspiração. Esperemos pelo próximo.

*Músico que anda escutando muita velharia, mas de-posita a salvação da lavoura no novo disco do R.E.M.

*tiago Cachoni

© Bluevision | Dreamstime.com

O frustrante início de 2011

Tudo começou com a Marê que, numa festa, na Laje, per-guntou: “Por quê?” A mesma pergunta Deus fez a Adão eEva no Paraíso. “Foi a Mulher que você colocou para vivercomigo que me deu o fruto proibido e eu comi”. “Foi a Ser-pente que me seduziu e eu comi”. Durante toda a seduçãoAdão ficou ao lado de Eva sem interferir e acatou a se-dução sem vacilar. Nesse momento de empurra-empurra,de quem é a culpa, começa a história dos porquês. A mu-lher e o homem optaram pela Ciência, o fruto proibido daÁrvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Eles ab-dicaram do prazer gratuito, da alegria sem explicação, doriso original sempre presente nos que moram no Paraíso,em favor da busca pelas explicações.

As crianças mal aprendem a falar e já perguntam: “Pai,por que essa Lua tão grande e brilhante?” “Ela está cheiae em seu perigeu, meu filho, quer dizer, em seu ponto maispróximo da Terra, fenômeno que acontece a cada 18

anos.” “Mãe, por que esse melão é tão suculento e docede escorrer pela boca a cada mordida?” “É melão plan-tado na terra roxa e rica de Santa Cruz, minha filha.”

As crianças crescem, estudam, fazem invenções para asFeiras de Ciências das Escolas, tornam-se adolescentes e,um dia, de tantos porquês, passam da linha. “Por que vocême ama?” Ainda bem que o eminente Dr. Sigmund Freud,de tanto estudar, de tanto que pensou e inventou, um diateve uma iluminação e aconselhou: “Ame sem razão,como todos os que amam.” O porquê perdeu um poucode seus assentos, levou um cartão vermelho do tio Chico,colocou o rabo entre as pernas, só não perdeu, ainda, oacento.

POR QUEsem acento e com assento

*José Mário Rocha de Andrade

*médico santa-cruzense que vive em Campinas | [email protected]

18 •papo cabeça

Parece mentira, mas o amor intolerante existe. Para começara desenhar esse conceito, valho-me de um provérbio chinêsque diz assim: “Me ame quando eu menos merecer, pois équando eu mais preciso.” Está aí algo impossível para oamor intolerante. Afinal, ele simplesmente não tolera maustratos, maus modos ou qualquer outra coisa que o contrarie.Percebo uma certa infantilidade nesse tipo de amor. Afinal,é como se quem ama dessa forma não pudesse suportar quea pessoa amada é humana e, por isso, fadada a errar.

Às vezes nem se trata de tolerar erros, mas de não aceitar ooutro em seus momentos que consideramos chatos, frus-trantes, decepcionantes. O incrível é que o amor intoleran-te teima se denominar “amor”, algo que, por sua essência,implica generosidade e doação em relação ao outro e, con-sequentemente, aceitação, comiseração, tolerância. Senti-mentos que fazem a pessoa amada sentir-se feliz.

E o que é a felicidade? É estar bem, de bem com a vida, acon-teça o que acontecer. Isso é ser feliz. Meu marido pode terfeito algo que eu detesto, mas posso continuar me sentindofeliz, porque sei que daqui a pouco o que nele mais meagrada vai aparecer e prevalecer, afinal, temos razões desobra para estarmos juntos. Enfim, se há um “mico” a pagar,paciência. A mesma paciência, aceitação e tolerância quetenho em minhas relações sociais (pai, mãe, filhos, amigos,parentes, colegas de trabalho, chefes....). Por que negar umadose à pessoa amada?

Quando não consigo ter boa vontade comquem amo, aparece o amor intolerante,deixando o outro triste, abandonado e so-zinho, mesmo estando numa relação afe-tiva, que pode ser de casal, de namorados,de irmãos, de pais e filhos... O amor intole-rante aparece em todos esses vínculos comos quais nascemos ou escolhemos na vida.

É esquisito, mas o amor intolerante cos-tuma ter sempre um “Cristo”. Ou é um filho, ouum pai, uma mãe, o marido, a namorada. Ele parecesesentir-se tão à vontade com essa pessoa, que descarreganela toda a intolerância contida que possa ter.

O amor intolerante, demonstrando ainda mais seu traço in-fanto-juvenil, parece viver num mundo idealizado, onde acontrariedade provoca reações passionais, ou seja, pau-tadas no sentir e não na racionalidade. Assim é comum vermaridos humilhando suas esposas publicamente, impu-

tando-lhes a pena de engolir grosseriascom delicadezas e silêncios abnegadosou então encarar o barraco, o transtor-no, a porrada, o rompimento, a traição,

o abandono ou seja lá qual for o cas-tigo por reagirem.

Fico imaginando-as fazendo ooposto (situação rara). Comoseriam as famílias? Haveriamais respeito? Porque, conve-nhamos: Que ensinamento sedá a um filho ao humilhar uma

pessoa publicamente? Atitude errada. Esentimento confuso: porque para quem

ama (filho) dói ver alguém que se ama(mãe) sendo humilhado. Ainda mais se quem

humilha (pai) também diz amar aquela pessoa (mãe)e é alguém que você ama! Haja psicologia e maturidade!

Esse conceito, como disse, aplica-se a todo amor fraterno. Éfilho abandonando o pai que não tem mais saúde física oumental. É pai ignorando filho que não corresponde ao queele esperava. E por aí vai. E você, ama generosamente ou demodo intolerante? Sempre há tempo e caminhos de libertar-se desse mal. E fazer bem para você e para quem você ama.

O Sol ficará emÁries até o dia 20de abril trazendo

iniciativa e energia,além de estimularnossa capacidadede liderar e de em-

preender. Bompara iniciar novascoisas e planejar

com mais destrezaos projetos em an-

damento.

Ainda devemos dar atenção ao desejo de concre-tizar tudo rapidamente, já que Marte e Mercúrioainda em Áries continuam trazendo essa urgên-cia. Entretanto, o que irá se destacar será o fato

de nos sentirmos mais bem dispostos a fazer tudode forma enérgica, seja no lar, no trabalho, nos

projetos pessoais e sociais.

Além disso, neste mês, acontece algo muito inte-ressante: no dia 04 de abril Netuno entra em seupróprio signo, Peixes, fato que ocorre a cada 165anos aproximadamente. O curioso, é que tam-bém faz 165 anos que este planeta foi desco-

berto. recebeu este nome devido a sua coresverdeada que lembra a cor do oceano, pois

Netuno era o deus dos mares.

No meio de tanta agitação mundial devido aUrano e Júpiter em Áries e a Plutão em Capricór-

nio, agora Netuno em Peixes chega com umaproposta mais pacificadora. Claro que não será

imediatamente queessa consciência de

união e respeito glo-balizado irá se esta-

belecer, já queNetuno ficará neste

signo até 2026. Entretanto, já

poderemos sentir aenergia desse

planeta em nosso íntimo, que desen-cadeará em todosnós o desejo de de-

senvolver formas elevadas de música e arte, deenfrentar nossas ilusões a respeito da espirituali-

dade, dos valores, da natureza e de tudo que émisterioso e místico. Será um período de muita

inspiração, além de trazer também grandes progressos nas curas, sejam através da

medicina tradicional ou nas alternativas.

Enquanto isso, devemos nos concentrar em valores mais sutis, em levar a vida cotidiana demodo mais simples e puro, preparando nosso

interior para as mudanças que estão chegando.

Atividades ao ar livre e pequenas viagens estãofavorecidas. Devemos nos conectar mais com anatureza e sua beleza, além de ser muito impor-

tante termos como missão resgatar culturas locais, preservar espaços históricos, cuidar do que

há de bonito no nosso entorno. Os astros sugerem que depositemos mais beleza e amor

em nosso dia a dia a partir de agora.

*astróloga paulistana que vive em São tomé das letras | [email protected]

Os astros em ABRIL*Adriana Righetti

arte: Clara Basseto | 360

19 •bem viver *Fernanda lira

*Jornalista de São Paulo que adora ointerior | [email protected]

AMOR intolerante

© Amaviael | Dream

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