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NAVEGANDO EM UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM COOPERATIVA
PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM UMA DIMENSÃO AMBIENTAL
Antônio Fernando Silveira Guerra (UNIVALI)
1. Introdução
Este trabalho é parte da pesquisa em nível de doutorado sobre o desenvolvimento
de um Ambiente de Aprendizagem Cooperativa1 (McConnell, 1994) para a Educação
Ambiental (EA) em áreas costeiras, usando a Web como suporte. Para este fim, foi
organizado um projeto-piloto, o Projeto EducAdo (2000) desenvolvido em parceria
entre o Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Educação da Universidade do Vale
do Itajaí –UNIVALI, e as Secretarias Estadual e Municipal de Educação, com a duração
inicial de um ano (setembro 2000 a agosto de 2001).
Nossa pesquisa tem como objetivo investigar os limites e possibilidades da
inserção da “dimensão ambiental na educação” (Guimarães, 1995, 2000; Guerra &
Taglieber, 2000) no currículo do Ensino Fundamental e Médio, usando as Tecnologias
de Informação e Comunicação (TIC) como ferramentas, uma vez que, como afirma
Belloni (1999) a interação entre tecnologias como a Internet e a Educação só têm
sentido se utilizadas, ao mesmo tempo, como ferramentas pedagógicas para
disseminação do saber e como objetos de estudo.
Inúmeros trabalhos de pesquisadores e documentos e tratados de ONGS e
instituições governamentais, congressos e conferências em nível nacional e
internacional, apostam na educação como elemento indispensável para a transformação
da consciência ambiental em relação à superação da crise ambiental e de nossa
civilização, “o que exigirá mudanças profundas na concepção de mundo, de natureza,
de poder de bem-estar, tendo por base novos valores individuais e sociais” (Brasil,
PCN, 1997, p. 22), o que pode levar a transformações sociais e culturais. A construção
dessa nova visão de mundo passa pela percepção de que o ser humano “não é o centro
do universo” (op. cit., 1997).
Além disso, a obrigatoriedade constitucional na legislação brasileira de
promover a EA “em todos os níveis de ensino” (Cap. VI, art. 225, parágrafo 1, inciso 1 Segundo McConnell (1994), trabalhos envolvendo a aprendizagem cooperativa, constituem.um campo de pesquisa interdisciplinar tanto na área de Informática como das Ciências Humanas, que tem crescido na Ásia, América e Europa, conhecido como Computer Supported Cooperative Learning (CSCL), ou Computer Supported Cooperative Work (CSCW)
VI, da Constituição Federal e Lei nº 9.7952, de 27 de abril de 1999), e a inclusão do
tema meio ambiente nos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC (Brasil, PCN -
Convívio Social, Ética e Meio Ambiente, 1998) como um dos “temas transversais”, e a
partir deles, a implementação do Programa Parâmetros em Ação (Brasil, SEF, 2000),
incluem novos elementos nesta discussão e nos levam a refletir sobre os desafios da
formação continuada e permanente de professores para o processo de incorporação
dessa dimensão nos currículos do Ensino Fundamental e Médio e sobre o papel das
Universidades nesta formação.
No entanto, como lembra Guimarães (2000), esta institucionalização da
dimensão ambiental nas políticas públicas não está sendo devidamente acompanhada
de uma discussão e reflexão crítica dos problemas ambientais por parte dos educadores
e também da sociedade como um todo.
Guerra & Taglieber (2000) crêem que é oportuno questionar como efetivamente
instrumentalizar os docentes e futuros docentes para atender à esta demanda dos PCN.
Como tratar o meio ambiente de maneira transversal num currículo essencialmente
disciplinar? Como trabalhar a transversalidade no currículo de modo efetivo? Quem
prepara os docentes em serviço e os futuros professores? E como prepará-los? Os
autores entendem que isso pode se efetivar com o desenvolvimento de conhecimentos,
habilidades e competências necessárias para a real implementação da EA como uma das
dimensões do processo educacional.
Também, segundo eles, seria necessário refletir sobre o papel da universidade e
da escola pública como instituições onde deverão produzir-se essa inserção da dimensão
ambiental no currículo, o que envolve as atividades de diferentes agentes sociais: tanto
professores, alunos, comunidade, como das organizações governamentais e não
governamentais que elaboram e fiscalizam a aplicação das políticas públicas
relacionadas à educação e as questões ambientais. Além disso, é preciso termos bem
claros quais são os princípios filosóficos e epistemológicos que fundamentam essas
propostas, aliás, uma discussão pertinente que vem preocupando aqueles que atuam na
EA.
2 A Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, instituiu a Política Nacional de EA, definindo-a como sendo: “Os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constróem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Lei 9.795, Art. 1º). O documento ainda define a abrangência da mesma como “um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal” (op.cit., Art. 2º) e, ainda, como integrante do processo educativo, uma vez que “todos têm direito à educação ambiental” (op. cit., Art. 3º).
2
A concepção de que a dimensão ambiental na educação só pode ser
compreendida e trabalhada interdisciplinarmente é assim quase um consenso, mas ainda
é pouco vivenciada. Já uma reflexão sobre o significado do conceito de
tranversalidade, precisa ser muito bem compreendido para que não se torne apenas
mais um “modismo” ou discurso vazio de sentido, e para que em seu nome não se
cometam “equívocos pedagógicos” (Custódio,1998, p. 244-5).
Por outro lado, não podemos deixar de considerar o impacto das TIC na
sociedade e na educação, gerando uma verdadeira revolução (Delors, 2000, p. 186) que
afeta tanto os setores ligados à produção e ao trabalho, quanto à educação e formação
continuada e permanente. Sob esse impacto, transformam-se nossas concepções sobre
os processos de ensinar e de aprender a aprender.
Da mesma, a introdução das TIC no processo educacional ainda está em fase de
experimentação (Passarelli, 2000), bem como pesquisas e projetos-piloto sobre o uso de
Ambientes de Aprendizagem Cooperativa ou Colaborativa, explorando a Web como
“ferramenta de aprendizagem” (Heide & Stilborne, 2000), ou seja, como suporte ao
trabalho pedagógico nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. Embora tenhamos
programas como os do ProInfo e experiências no âmbito de algumas Universidades3
(USP, UFRJ, UFSC, UFRGS, entre outras) são pouco difundidos fora do meio
acadêmico.
2. Projeto EducAdo: Navegando em busca da EA que queremos
Em nossa pesquisa investigamos as implicações do uso de recursos informatizados
na construção e implementação de um Ambiente de Aprendizagem Cooperativa
mediado pela Web, um espaço educacional presencial e virtual para experiências de
aprendizagem que favoreçam a interação e cooperação entre todos os aprendentes
(professoras(es) participantes docentes pesquisador). Este ambiente experimental,
designado pela sigla EducAdo - Educação Ambiental em Áreas Costeiras-, está
direcionado a transversalização do tema meio ambiente e da EA, ou seja, da inserção da
dimensão ambiental no currículo, utilizando a Web como suporte.
O nome do Projeto EducAdo também se deve ao entendimento que temos de que a
EA, antes de tudo, é uma das dimensões do processo educacional “voltada para a
3 Ver os trabalhos de Melgarejo (1991); Barros (1994); Ramos (1996); Lucena (1998); Lucena & Fuchs (1999); Tijiboy, Maçada, Santarosa & Fagundes (1999).
3
participação de seus atores, educandos e educadores, na construção de um novo
paradigma que contemple as aspirações populares de melhor qualidade de vida
socieconômica e um mundo ambientalmente sadio (Guimarães, 1995, p.14).
Assim, como trata fundamentalmente da mudança e reconstrução de atitudes e
valores, envolvidos com a ética e cidadania, é na verdade um processo de (re)educação,
ou seja, significa que precisamos reaprender a viver e a nos (re)integramos na e com a
natureza, sentindo, pensando e agindo como parte integrante da mesma. Um raciocínio
semelhante serve para a questão de assegurar nossa “alfabetização digital” (Levy, 1999)
em relação ao uso das TIC.
Sato (2000) comunga desse nosso entendimento, quando afirma que a EA é um
processo diferente onde, antes de tudo, é preciso “reeducar-se a si próprio”, significa
correr riscos, “uma vez que reaprender é mais difícil que aprender” (Morin, 2000, apud
Sato, op. cit.).
Seguimos na organização de nossa pesquisa, as tendências e os pressupostos
definidos pelos documentos que fundamentam as teorias e práticas em EA
(Conferências de Tibilisi (1987), Rio 92 – em que se discutiu a “Agenda 21”, e, paralelo
à mesma, o Fórum Global das ONGs de todo o mundo, em que se firmou o "Tratado de
Educação Ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global", e a
Conferência de Tessalonica (Grécia, 1997), além dos PCN – tema meio ambiente.
Tomamos também como base alguns aspectos da proposta de EA baseada nas idéias de
Paulo Freire (Dietz & Tamaio, 2000).
Com base nesses pressupostos, procuramos adotar no Projeto EducAdo uma
abordagem interdisciplinar. Assim, tivemos o cuidado inicial de sugerir as Secretarias
Estadual e Municipal de Educação a seleção de professores de diferentes áreas do
currículo de Ensino Fundamental e Médio - Ciências Naturais e Biologia, História,
Geografia, Artes, Língua Portuguesa, e ainda, de Informática Educativa.
Ainda, para garantir a diversificação de áreas de conhecimento, convidamos para
docentes do Projeto pesquisadores e educadores que estão engajados em projetos e
atividades de ensino ligadas a questões ambientais das áreas costeiras, das áreas de
Ciências Biológicas, Oceanografia, Ciências da Educação, Ciências Humanas e
Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade.
Participam do Projeto 15 professoras/es de três escolas catarinenses: uma pública
do município de Bombinhas, uma escola municipal de Itajaí e o Colégio de Aplicação
da Univali, e mais três especialistas - da Gerência de Informática Educacional
4
(GEINE/SED); Núcleo de Tecnologias Educacionais (NTE/13ª Coordenadoria
Regional de Ensino) e Secretaria Municipal de Educação de Itajaí (SMED)- que prestam
assessoria ao Projeto. As atividades foram divididas em três etapas com encontros
presenciais e a distância.
Toda a fundamentação teórica e o registro das atividades presenciais e a distância
realizadas foram organizadas no site do EducAdo, disponível no endereço eletrônico:
http://www.cwhcom.univali.br/educado. Ver imagens em anexo.
3. Por que Educação Ambiental em áreas Costeiras?
Não é preciso lembrar que vivemos em um planeta em que cerca de 70% de sua
superfície é coberto por água. Conforme a AGENDA 21 (1992), na zona costeira vive
aproximadamente 60% da população mundial em uma faixa de 60 km de raio dos
oceanos, e que, cerca de dois terços da população mundial moram em cidades com
populações de 2,5 milhões de pessoas ou mais, as quais estão próximas a áreas costeiras
(Polette, 1999). As atividades exercidas pela população humana contribuem com
aproximadamente 70% da poluição ambiental que chega aos oceanos, principalmente
através da atmosfera e dos rios.
Além disso, o processo de aumento da ocupação urbana pela população que vive
nas áreas litorâneas no Brasil, especialmente no eixo Curitiba-Florianópolis, que vai
desde o litoral do Paraná, passando pelo litoral centro-norte de Santa Catarina (Piçarras,
Penha, Navegantes, Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo, Bombas e
Bombinhas) até atingir o litoral do Rio Grande do Sul, vem se tornando um grave
problema nos últimos dez anos4 (Toledo, 1997).
Já o Relatório do Planeta Vivo5 (WWF, 2000), revela o declínio dos
ecossistemas marinhos, que chega a 35% de perda, levando-se em conta as 102 espécies
analisadas. O índice do Planeta Vivo - IPV6 (1999), demonstra que os ecossistemas
aquáticos estão sendo destruídos a uma velocidade bem maior do que os terrestres, 4 O autor apresenta, no jornal Folha de São Paulo, dados do IBGE mostrando que no período de 5 anos 43 cidades no eixo Curitiba-Florianópolis, apresentaram crescimento muito maior do que a média dos Estados do Paraná (1,24%) e Santa Catarina (1,4%). Na área litorânea, o crescimento foi mais acentuado em Guaratuba (11,9%) e Matinhos (10,5%), no Paraná, e em Itapema (8,4%), Balneário Camboriú (7,6%) e Navegantes (6,5%), em Santa Catarina. A distância entre as sedes destes municípios é em média de 20 km em linha reta.
5 Pesquisa do WWF que desde 1970 realiza o diagnóstico, quantificação e análise do ambiente natural mundial em 151 países, sobre o estado dos ecossistemas, espécies, poluição e consumo de recursos. Além de apontar os problemas o WWF faz recomendações para reverter à situação. Ver http://www.wwf.org.br/wwfno28.htm.6 O WWF estabeleceu em 1998 o IPV – Índice do Planeta Vivo, indicador do estado de saúde ambiental do planeta em termos de biodiversidade (abundância de espécies florestais, marinhas e de água doce).
5
comprometendo assim a qualidade da água e os estoques de peixes. Cerca de 35% da
biodiversidade marinha desapareceu na década passada.
O IPV ainda mostra que no período de 26 anos analisados, desde 1970 até 1996
inclusive (últimos dados disponíveis), a qualidade ambiental dos ecossistemas de água
doce - rios, lagos e áreas inundáveis – decaiu quase pela metade, em 45%, um índice
bem acima da média geral de todos os ecossistemas (WWF, 2000). Como já mostramos,
essa deterioração do ambiente natural é ocasionada principalmente pelo aumento
populacional e atividade econômica.
A zona costeira7 de Santa Catarina possui uma das áreas mais belas e
privilegiadas da região Sul do Brasil. Ela é formada por praias, estuários, ilhas, lagunas
e lagoas, manguezais, costões e dunas. Além disto, conserva remanescentes da Mata
Atlântica em bom estado de conservação, e representa cerca de 39% da área total do
Estado concentrando 68% da população (COMITÊ DO LITORAL CENTRO-NORTE
DE SC, 1996).
Balneário Camboriú, situada no litoral Centro Norte de Santa Catarina recebeu
na época de verão 2000/2001 mais de 1,4 milhão de turistas8. Esta ocupação vem
preocupando os ambientalistas e as autoridades que constituem o Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Camboriú com relação à sua preservação, e dos ecossistemas
associados à mesma: manguezais, restinga, mata ciliar, entre outros. Dela depende a
maior parte da captação de água que abastece esta região turística do Estado.
A degradação ambiental desta Bacia vem se acelerando nos últimos anos pela
ação antrópica sobre os recursos hídricos, a erosão e ocupação irregular do solo, o
desmatamento e extrativismo vegetal e mineral. Além disto, o lançamento de esgotos
sem tratamento no vizinho município de Camboriú, chega pelo Rio a Balneário, o que
acaba comprometendo e contaminando as águas, problema este que se agravam na
época de verão, quando ao mais de 1 milhão de visitantes se unem os moradores fixos.
Tudo isso acaba atingindo o maior recurso que mantém o potencial turístico da região: a
beleza das paisagens naturais e a qualidade das mesmas.
Nessas praias e em outras do litoral Norte como Itapema e Bombinhas, o
processo de urbanização crescente, aliado à especulação imobiliária (Polette, 1997, 7 Zona Costeira é o espaço de transição onde o mar, a terra, a atmosfera e as águas continentais se encontram. A mesma comporta diferentes ecossistemas: manguezais, marismas, baías, lagoas, estuários, restingas, praias, dunas, costões e recifes de coral. A pressão das atividades humanas tem sido o principal fator de degradação desses ecossistemas, usando os seus recursos de diferentes formas, muitas vezes conflitantes. Fonte: Folder Zona Costeira: Ecossistemas, Usos Múltiplos e Conflitos (IBAMA, 1998).8 Dados da Secretaria Municipal de turismo de Balneário Camboriú, indicam um crescimento de 11,48% superior ao mesmo período da temporada passada (dezembro a fevereiro). Até março a previsão é de 1,6 milhão de turistas.
6
1999) vem gerando problemas ambientais, sociais e econômicos, muitas vezes
irreversíveis.
Cada um dos ecossistemas da zona costeira tem características próprias e
funções específicas na região litorânea. Todas as pessoas que aí vivem e atuam
necessitam do conhecimento destes ambientes e de suas interações, como ponto de
partida para o planejamento do uso sustentável dos mesmos sem sua degradação,
comprometimento ou destruição.
Em razão do que foi exposto, numa perspectiva educativa, torna-se fundamental
conhecer esses problemas, aprofundar estudos e pesquisas sobre a zona costeira para
fins de conservação e manejo adequados da mesma, além de se traçar políticas públicas
que regulamentem seu uso e ocupação, de forma que se possa alcançar os parâmetros de
qualidade necessários para alcançar os níveis de uma sociedade sustentável.
Entendemos assim, que às ações descritas de planejamento e gerenciamento
ambiental acima se somam práticas de EA como forma de alcançar este fim. É preciso
lembrar que o conhecimento dos ecossistemas costeiros é pouco explorado, ou mesmo
ignorado, nas atividades de ensino nas escolas da área litorânea, até por falta de
preparação ou atualização dos professores sobre como utilizá-los como conteúdos de
ensino e ferramenta para a EA (Guerra, 2000).
Dessa forma, o professor(a) do Ensino Fundamental e Médio que vive e atua
nessas regiões, e também os futuros(as) professores(as) em formação nas Universidades,
precisam reaprender a construir o conhecimento desses ambientes para poder explorá-
los de forma didática com seus alunos, utilizando-se para isso de conhecimentos
biológicos específicos sobre os ecossistemas e a diversidade de seres vivos que neles
habitam e interagem. Mas, também, refletir sobre a ação humana sobre os mesmos, e as
dimensões econômica, social, cultural e ética que envolvem as questões ambientais
nestas áreas.
4. Desenvolvimento do Projeto e análise de alguns elementos
Com o objetivo de discutir os limites e possibilidades de inserção da “dimensão
ambiental” no processo educacional, usando as TIC como suporte, os conteúdos dos
encontros da primeira e segunda etapa do EducAdo foram divididos em duas partes
complementares: a Fundamentação Teórica (FT) e a realização conjunta do que
chamamos de Atividades de Intervenção Pedagógica (AIP) - oficinas, atividades de
7
percepção e sensibilização ambiental, e saídas de campo para estudo do meio e de
problemas ambientais e conflitos nas áreas visitadas.
Para que o trabalho pedagógico se concretizasse dentro das dimensões
cognitivas e afetivas do Ser, sentir, pensar e do “agir localmente, pensar
globalmente”, ou seja, procurando confrontar as/os participantes com situações e
conflitos de forma a perceberem a necessidade de superar a fragmentação ou a
intersecção das respectivas disciplinas ministradas, e perceber como as mesmas podem
ser um obstáculo à construção do conhecimento de uma forma sistêmica, no caso sobre
o meio ambiente e os problemas ambientais. Isso significa dar ênfase a abordagem
interdisciplinar e transversal da dimensão ambiental de que falamos.
As vivências dessa abordagem e da dimensão ambiental se deram mais
especificamente com as intervenções (AIP) dos docentes e interação com o grupo de
professoras/es quando da realização de atividades presenciais antes e durante as aulas
teóricas, e também nas saídas de campo e de barco realizadas nas praias de Penha, Porto
Belo e Bombinhas, onde atuam essas/es professoras/as das escolas participantes.
Na primeira etapa do Projeto foi ministrado um Curso de Atualização de 48
horas-aula de duração, desenvolvido por diferentes docentes na forma de 12 encontros
presenciais, divididos em duas partes complementares: o conteúdo de Fundamentos e
Práticas em Educação Ambiental, e de Fundamentação Teórica em Informática
Aplicada à Educação - ministrado através de aulas no Laboratório de Informática
(LabInfo) do CEHCOM/UNIVALI, em Itajaí. Iniciou-se também nesta etapa a
instrumentalização das/os professoras/es sobre a criação e uso de páginas Web
(homepages) para educação, utilizando-se para isso o programa Netscape Composer e
mais tarde o Dreamweaver 3.
Usando esses programas as/os professoras/es aprenderam a criar suas próprias
páginas Web pessoais para registro do conteúdo dos encontros e saídas de campo bem
como das reflexões sobre as experiências de aprendizagem vivenciadas.
Em cada encontro utilizou-se técnicas diversas de percepção ambiental e
sensibilização, além de instrumentos como questionários para levantamento das
representações dos participantes sobre conceitos básicos e práticas relacionadas ao meio
ambiente, educação ambiental e informática educativa. Foram também disponibilizados
momentos para avaliação e auto-avaliação ao final dos encontros. Ao final da segunda
etapa organizou-se uma sessão de avaliação com a participação conjunta dos
professores e dos assessores do GEINE e NTE, da SED e de uma técnica da SMED, na
8
qual foi aplicado um questionário e depois filmada a discussão, para posterior
transcrição e avaliação.
Na análise das respostas ao questionários sobre as representações de meio
ambiente das/os professoras/es estabelecemos três categorias de análise: naturalista,
antropocêntica e globalizante (Reigota,1995). Predominou no grupo a visão
“antropocêntrica” de meio ambiente, marcadamente utilitarista ( 9 respostas - 52,94%
do total), retratando mais direta e intensamente uma visão fragmentada da realidade
ambiental, possivelmente ligada à formação profissional de cada professor/a, embora
não possamos inferir se essa foi a principal razão de tal representação, ou se ocorreu
“uma distorção de natureza epistemológica na leitura da realidade, da visão de mundo
e da sociedade”, influência talvez do paradigma cartesiano-newtoniano e da visão
reducionista de conhecimento e aprendizagem na educação escolar – “desde o nível de
concepção e estrutura curriculares até as metodologias do processo educativo.”
(Carneiro, 1999, p.121).
Nas aulas teóricas presenciais, tanto na Fundamentação em EA quanto de
Informática Educativa e uso das TIC, utilizou-se como recursos às apresentações em
Word e Power Point, facilitando assim o acesso e familiarização das/os professoras/es
com os mesmos. Da mesma forma foi disponibilizado o acesso ao programa Banco de
Publicações em Educação Ambiental (1996).
O nível de aprofundamento dos conteúdos trabalhados nos encontros desta etapa
levou em consideração o diagnóstico inicial do grupo com relação às representações e
conhecimentos básicos sobre meio ambiente e os problemas ambientais e conflitos das
áreas costeiras, levantados nos questionários iniciais. Outros instrumentos foram
aplicados, antes e após algumas AIP.
A apresentação e aprofundamento desses conteúdos nas aulas realizou-se dentro
das possibilidades cognitivas e das necessidades do grupo, respeitando-se as diferenças
individuais, os níveis de aprendizagem específicos, e os conflitos cognitivos surgidos
diante das representações iniciais sobre os temas meio ambiente, educação ambiental, e
informática educativa, de formas a permitir a mudança conceitual e (re)elaboração do
conhecimento sobre estes temas.
Ainda nos encontros no LabInfo, através da Internet o grupo iniciou o
aprendizado com o ambiente do EducAdo, através do site construído para o Projeto.
Navegando no ambiente acessaram os recursos das Bibliotecas Virtuais ligadas ao
ambiente; Banco de Dados da Base de Dados Tropical – BDT (http://www.bdt.org.br)-
9
que reúne os trabalhos e publicações de pesquisadores brasileiros na área - e a sites
como: Secretaria de Ensino Fundamental do MEC,
(http://www.mec.gov.br/sef/ambiental/); Ministério do Meio Ambiente
(http://www.mma.gov.br); IBAMA (http://www.ibama.gov.br), entre outros.
Nesta e na segunda etapa, nas aulas teórico-práticas os docentes e o grupo
utilizaram o próprio Ambiente de Aprendizagem do EducAdo, uma vez que o conteúdo
do Curso de Atualização foi sendo inserido no mesmo, à medida que os encontros
transcorriam. Assim, em cada encontro no LabInfo os/os professoras/es acessavam pela
Internet um arquivo específico na própria página Web do EducAdo, podendo assim
acompanhar a aula ou apresentação dos docentes no próprio monitor de seus
computadores.
Quanto a essa técnica, percebeu-se durante os encontros no LabInfo que foi
possível superar um dos grandes obstáculos apontados para as aulas utilizando estes
recursos, que é a dispersão dos alunos/professores durante a exposição oral do docente.
É comum nestes casos que as pessoas se distraiam abrindo outros programas no
computador ou, disfarçadamente, se conectem a Internet, ou mesmo se “percam” no
emaranhado de sites que encontram à sua disposição na Web.
Nossas observações e filmagens realizadas durante as exposições dos docentes
convidados, quando nos posicionávamos no fundo da sala do LabInfo, permitiram
perceber que a dispersão era mínima quando o docente circulava pelo laboratório
utilizando-se do conteúdo da aula visualizado nos próprios monitores dos computadores
dos professores, tornando assim sua exposição bem mais dialógica e interativa. Isso já
não ocorria com tanta freqüência quando apenas falava ou quando estava usando o
retroprojetor na frente da sala ou mesmo comentando alguma questão mostrada na TV
do laboratório. Também os professores demonstravam mais interesse na apresentação
visualizada em seu próprio computador, uma vez que podiam acompanhar o que o
docente apresentava, e mesmo se demorar um pouco mais em algum tópico que
chamava mais a sua atenção.
Da mesma forma, a estratégia de utilização de pelo menos dois docentes em cada
encontro, além do técnico de informática do laboratório se mostrou produtiva em termos
de aprendizagem. Nos encontros de Informática Educativa tínhamos sempre um docente
com formação em Informática atuando com o docente convidado ou conosco.
Com isso, queríamos colocar o grupo frente a inúmeras situações-problema que
podem surgir numa sala de aula informatizada, e também contribuir para a discussão
10
que vem ocorrendo no Estado em relação a quem seria a pessoa responsável pela sala
nas escolas: um educador ou um técnico. A experiência demonstrou que ambos são
indispensáveis, uma vez que cabe ao primeiro a ação educativa de informar e
desenvolver seu conteúdo usando as TIC como recurso, e ao segundo apoiar o educador
na resolução dos problemas técnicos que surgem nas salas informatizadas.
A estratégia anterior de diferentes docentes também foi repetida nas saídas de
campo e de barco. Nelas os pesquisadores confrontaram o grupo diretamente com
alguns dos problemas ambientais das áreas costeiras relacionados, por exemplo, com a
ocupação urbana desordenada, a poluição das praias e a destruição de ecossistemas
como as reservas de Mata Atlântica, as dunas e manguezais. Também dos conflitos
existentes entre o turismo, a pesca, a maricultura, a perda da identidade cultural das
populações de um lado, e a luta pela preservação do meio ambiente de outro.
Essas estratégias foram montada para que as/os mesmas/os pudessem perceber a
necessidade de trabalhar estas questões de uma forma transversal e interdisciplinar, que
transcende muitas vezes o conteúdo regular de cada disciplina trabalhada isoladamente,
isto é, a disciplina de cada área, isoladamente, não daria conta das inúmeras dimensões
possíveis para a abordagem dos problemas ambientais.
A memória destas saídas foi sendo registrada em fotos e filmagens e
transportada para as páginas Web pessoais, e transformadas assim em relatos, na forma
de hipertexto9, que foram sendo socializados com o grande grupo. A partir dos
hipertextos de cada página, pequenos grupos começaram a construir cooperativamente
as páginas Web de cada uma das atividades e saídas de campo inserindo fotos e imagens
das saídas e links e hiperlinks10 para outras páginas Web. Estas páginas eram
apresentadas e discutidas na lista de discussão do Projeto e revisadas pelos docentes do
curso e pelo pesquisador, antes de serem disponibilizadas para acesso no ambiente do
EducAdo.
Para aprofundamento dos aspectos teórico-metodológicos trabalhados nas
diferentes etapas, foi disponibilizada também, para cada escola, uma bibliografia
específica indicada pelos docentes, e distribuída ao longo do Projeto, na forma de
textos, artigos científicas ou de revistas de divulgação, capítulos de livros e cópias das
9 Definimos hipertexto como sendo um texto não linear, não seqüencial e interativo e que tem como suporte um meio eletrônico, nesse caso, as páginas Web. 10 Os links de um hipertexto levam a mais informações sobre um determinado assunto. Os hiperlinks podem apontar para outras referências no mesmo documento ou para arquivos e/ou páginas na Internet (Hilde & Stilborne, 2000).
11
atividades realizadas. Ainda, publicações sobre EA do WWF Brasil (Tamaio & Dietz,
2000) e os Cadernos do IV Fórum de Educação Ambiental (1997).
Na terceira etapa os professores estão desempenhando o papel de
multiplicadores junto a alunos e professores de cada escola, a partir de Projetos
Cooperativos planejados ainda ao final da segunda etapa. Para discussão destes Projetos
estão sendo realizados Encontros Virtuais de forma assíncrona utilizando-se o correio
eletrônico e a lista de discussão do EducAdo, acessada nas respectivas salas
informatizadas das escolas, ou nas próprias casas daqueles que possuem o acesso
doméstico disponibilizado pela UNIVALI. Desta forma os Projetos Cooperativos estão
sendo assessorados presencialmente e virtualmente pelo pesquisador.
Além disso, está prevista a realização de pelo menos três encontros presenciais
na UNIVALI, ainda este ano, para discussão e avaliação do material produzido e para
sanar as dúvidas ou dificuldades encontradas na execução dos Projetos, bem como para
que os participantes possam avaliar o conteúdo dos materiais produzidos nas escolas e
disponibilizá-los no ambiente do EducAdo, nas páginas Web de cada uma das escolas.
5. Considerações finais
Em nossa avaliação, como conseqüência das intervenções realizadas ao longo do
Projeto, ou seja, da ação conjunta do conteúdo da FT e da ação e reflexão dos
professores sobre os problemas ambientais da região pelas AIP, mediadas pelo
ambiente de aprendizagem do EducAdo, constatamos determinadas mudanças
conceituais nas concepções ou representações iniciais dos professores.
Os grupos de professores de Itajaí e Bombinhas, por exemplo, elaboraram um
conhecimento próprio sobre os problemas ambientais das suas cidades produzido de
forma individual e cooperativa, capaz de fazê-los refletir sobre os conflitos de poder
que ficam escamoteados no discurso oficial utilizado para atrair o turismo para a região.
Do conhecimento de senso comum e do discurso oficial, passaram a utilizar esse
conteúdo como ferramenta pedagógica. Também os relatos registram mudanças de
atitudes e valores pessoais em relação ao ambiente natural e construído, um indicativo
do nível de conscientização e da responsabilidade alcançado pelos mesmos como
educadores e cidadãos11, na construção de uma sociedade sustentável e eticamente justa.
11 Esta responsabilidade e cidadania foram demonstradas na mobilização do grupo de Bombinhas feita pela lista de discussão do EducAdo. As/os professoras/es da escola se uniram à comunidade e ONGs e conseguiram deter a aprovação do “Projeto Cota 100” que alterava o zoneamento urbano do município permitindo assim a construção em
12
Nas discussões realizadas durante e após as saídas de campo chegou-se a
conclusões como de que as inúmeras atividades realizadas “vêm contribuir para o
desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes, além de conhecimentos
específicos em relação às questões ambientais” (M.B & M.D, 2000).
Além disso, aprenderam a conviver com os desafios cognitivos e novas situações
de aprendizagem realcionadas a EA e as TIC; ao diagnóstico, planejamento e trabalho
cooperativo em grupos interdisciplinares visando a resolução ou minimização de
problemas locais de suas escolas e comunidades.
Outra experiência de aprendizagem cooperativa vivenciada pelo grupo, diz
respeito às relações de poder, no sentido de não se sentirem excluídos ou incapazes
diante da apropriação das ferramentas que as TIC disponibilizam como recurso ao
trabalho pedagógico, superando assim a concepção inicial revelada no questionário
inicial, e em algumas situações de aula, as quais mostravam que alguns deles se sentiam
incapazes diante dessas tecnologias. Esse processo dialógico de
diagnóstico/reflexão/ação/resolução de problemas ambientais e de apropriação das TIC,
se constituíram em momentos de enfrentamento das próprias incertezas, um dos sete
saberes necessários à educação do futuro (Morin, 2000).
No entanto, a construção cooperativa mais importante sem dúvida foi a
construção pelo grupo das inúmeras páginas Web do Educado. Nos links das páginas
Web (Atividades, e Etapas - fundamentação teórica) foram disponibilizados conteúdos,
informações e experiências de aprendizagem para serem realizadas, de forma que os
professores pudessem vivenciar, registrar e trocar informações presenciais com o
próprio grupo ou, virtualmente. Além disso, esse conteúdo está disponibilizado para
outros grupos ou pessoas que realizam trabalhos e pesquisas que envolvam a
aprendizagem cooperativa ou colaborativa, suportada pela Web ou todo aquele/a
navegador/a da Web que queira conhecer ou mesmo interagir com o grupo do EducAdo.
A produção dos hipertextos das páginas Web com os relatos de saída de campo e
outras atividades conseguiu quebrar com a linearidade da organização tradicional de um
texto e de sua comunicação, uma vez que possibilitou aos professores, individualmente
ou em grupos, a autonomia e liberdade de criação de um novo espaço para o texto, não
mais no papel convencional. A forma de comunicação também alterou a linguagem
escrita e falada, tornando-a virtual. Trata-se de uma experiência nova, uma vez que
trechos de áreas naturais protegidas pelas leis ambientais.
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cada hipertexto abre vínculos (links) com outras “janelas” virtuais (sites) que podem
estar fisicamente a milhares de quilômetros.
É claro que os níveis das páginas Web construídas ao longo do Projeto ainda não
atingiram a complexidade que seria desejada, ou seja, pela análise, seleção e
organização das informações e conhecimentos ali contidos e pela utilização de recursos
informatizados mais sofisticados. Algumas das páginas foram refeitas diversas vezes,
pois apresentavam muitas informações em textos longos e impessoais, ou muitas
imagens.
Entretanto, à medida que desenvolveram habilidades e competências no uso das
ferramentas disponibilizadas, escolhendo textos e imagens resultantes das fotos tiradas e
digitalizadas por eles, percebeu-se que alguns dos hipertextos, imagens e textos
selecionados foram se tornando mais criativos e interativos.
Sendo assim, a análise dos questionários (antes e depois), os relatos escritos e
filmados; as páginas Web pessoais produzidas para registro e reflexão da caminhada
realizada ao longo do Projeto, como as páginas Web construídas cooperativamente pelos
próprios professores, nos permitem demonstrar que a maioria construiu uma nova
relação com o conhecimento sobre EA e do uso da Informática Educativa, o que deve se
refletir no seu conhecimento e prática pedagógica.
Concluindo, podemos indicar nossa pesquisa como um dos caminhos para
viabilizar o objetivo de inserção da dimensão ambiental no currículo, usando as TIC
como suporte. Através de tudo o que foi vivenciado, foi construído com o Projeto
EducAdo um espaço educativo de convivência onde o prazer de aprender e ensinar, a
cooperação, a autonomia e a solidariedade foram construídas na interação que se
estabeleceu com o grupo. Juntamente com os professores e docente pudemos vivenciar
no ambiente presencial e virtual do EducAdo uma forma totalmente diferenciada de
aprendizagem, mas com o uso integrado de técnicas, normalmente utilizadas
separadamente. Aprendendo de forma individualizada e/ou cooperativamente
construíram-se e reconstruíram-se conhecimentos, atitudes e valores sobre EA, de forma
interativa, se apropriando e utilizando para isso das TIC como suporte.
Tudo isso só fez sentido porque se estabeleceu um processo dialógico de
aprender e ensinar que envolveu todos os participantes, sem hierarquias. No entanto, é
bom lembrar o poeta de que não existe “o” caminho, mas que ele se constrói no
caminhar.
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Registramos ainda uma mensagem final para reflexão sobre o por quê da
necessidade da dimensão ambiental na educação, retirada dos slogans do WWF
inseridos nos intervalos dos programas infantis do Discovery kids: “Porque a Terra é
seu planeta, cuide bem dela”.
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ANEXOS
Figura 1: Página Web de abertura do Ambiente do EducAdo (Disponível em:
http://www.cehcom.univali.br/educado
Figura 2: Página Web Atividades do projeto (clique no link para visualizar)
Figura 3: Página Web construída pelo grupo de professoras/es de Bombinhas
(Clique no link para visualizar)
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