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Queridos amigos, amada Família Salvai Almas. Muitas pessoas estão perguntando como se prevenir ou curar das doenças transmitidas pelos mosquitos da Dengue, Zika e etc. Colocamos em oração e a resposta é muito simples e eficaz. Um copo de agua com uma fatia de inhame ou Taia(também conhecido por Taioba), batidos no liquidificador. Beber este liquido todos os dias. Pessoas infectadas ficarão curadas, e todos os que assim procederem ficarão imunes deste tipo de doença. Pedimos que divulguem no máximo a receita, Nossa Senhora já nos havia orientado que para todo tipo de doença existe a cura natural bem pertinho de nós. Marilene Heckert - Porto Belo – SC Salvai Almas BENEFÍCIOS DA TAIOBA OU TAIA E DO INHAME, DICAS, BENEFÍCIOS, FORMA DE CULTIVO, IMAGENS.(São dicas para outros usos, para a prevenção da Dengue, Zika, Malária, usar de acordo com a orientação repassada acima pela Marilene). Colocasia antiquorum Descrição : Planta da família das Arasceas , de folhas cordiforme e comestíveis, apresenta folhas grandes, peltadas, cordiformes, de cores que variam do verde ao roxo escuro, quase preto, de acordo com a cultivar. Ele é uma planta acaule, estolonífera e rizomatosa, com rizoma tuberoso que forma cormos espessos e de casca escamosa, fibrosa

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Queridos amigos, amada Família Salvai Almas.

Muitas pessoas estão perguntando como se prevenir ou curar das doenças transmitidas pelos mosquitos da Dengue, Zika e etc.

Colocamos em oração e a resposta é muito simples e eficaz.

Um copo de agua com uma fatia de inhame ou Taia(também conhecido por Taioba), batidos no liquidificador. Beber este liquido todos os dias. Pessoas infectadas ficarão curadas, e todos os que assim procederem ficarão imunes deste tipo de doença. Pedimos que divulguem no máximo a receita, Nossa Senhora já nos havia orientado que para todo tipo de doença existe a cura natural bem pertinho de nós. 

Marilene Heckert - Porto Belo – SC

Salvai Almas

BENEFÍCIOS DA TAIOBA OU TAIA E DO INHAME, DICAS, BENEFÍCIOS, FORMA DE CULTIVO, IMAGENS.(São dicas para outros usos, para a prevenção da Dengue, Zika, Malária, usar de acordo com a orientação repassada acima pela Marilene).

Colocasia antiquorum

Descrição : Planta da família das Arasceas, de folhas cordiforme e comestíveis, apresenta folhas grandes, peltadas, cordiformes, de cores que variam do verde ao roxo escuro, quase preto, de acordo com a cultivar. Ele é uma planta acaule, estolonífera e rizomatosa, com rizoma tuberoso que forma cormos espessos e de casca escamosa, fibrosa e de cor castanha, também conhecida como Taro, taioba-de-são-tomé, inhame coco, coco, inhame preto, inhame-branco, taioba, orelha-de-elefante, inhame selvagem.

Partes usadas: Folhas, flores, talos e rizomas, sempre cozidos para uso interno ou ralados crus para emplastros no edema reumático.

Origem: Ásia Tropical.

Plantio: Deve ser cultivado sob sol pleno ou meia sombra, em solo leve e fértil, enriquecido com matéria orgânica, mantido úmido. Por estes motivos é uma excelente planta palustre no paisagismo de lagos e riachos. Planta essencialmente tropical, o taro não tolera o frio, mas pode ser utilizada protegida, na decoração de ambientes internos bem iluminados e em estufas. Multiplica-se por divisão das touceiras ou rizomas.

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Propriedades : Depurativa, emoliente e cicatrizante.

Indicações : remove cicatrização de úlceras. Sua raiz é, conforme alguns autores e pesquisadores, serve para atenuar casos de lepra.

Princípios Ativos : Todas as partes da planta contém ráfides de oxalato de cálcio.

Contraindicações/cuidados: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

Efeitos colaterais: Tóxico se consumido cru, devido a ráfides de oxalato de cálcio contidas em seus órgãos. Pelo mesmo motivo, não é recomendado o consumo pessoas com gota, artrite ou cálculo renal.

Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.

Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva,  bochechos com hidróxido de alumínio), Analgésicos e antiespasmódicos. Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.

Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista

Benefícios da TaiobaPropriedades, vitaminas e nutrientes da TaiobaA taioba é um vegetal comum em muitas hortas caseiras, principalmente em Minas Gerais, mas curiosamente é pouco consumido pelos brasileiros, afinal não é tão vendido em feiras e supermercados. As folhas são parecidas com as de inhame – algo de certa forma perigoso, pois as de inhame não são comestíveis – com o diferencial que no caso da taioba o caule está próximo à folha. A planta desconhecida merece entrar no cardápio diário de todos, afinal ela é riquíssima em nutrientes que são indispensáveis a boa saúde.

  Geralmente a taioba é utilizada em preparos de bolinhos, vitaminas verdes especiais, recheios de pizzas e crepes, no tempero de sopas ou em refogados com alho. Há, portanto, uma gama de opções para colocar o vegetal no dia a dia de maneira natural e deliciosa.

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 Rica em Vitamina A, B e C e com ferro cálcio e potássio na composição nutricional, a taioba oferece vários benefícios à saúde, servindo como ótimo tratamento para algumas doenças – como a anemia, por exemplo – e para a prevenção de futuros problemas. Se o seu objetivo é avançar os anos com disposição, energia e qualidade de vida considere a taioba como um dos vegetais importantes nesse processo. Conheça alguns dos benefícios desta maravilha nutricional que merece

ser descoberta.

Eficaz contra a prisão de ventre – O vegetal é super importante para a boa digestão. Seus nutrientes promovem o transporte regular do alimento por todo o intestino e promove a regularidade na evacuação. Esse benefício é evidente em razão da boa quantidade de fibras da taioba.

Fortalece o sistema imunológico – A taioba concentra boa quantidade de vitamina C e por essa razão o sistema de defesas do corpo é fortalecido. Então, quem consome o alimento estará mais protegido contra diversas doenças.

Bom para a visão – Graças à Vitamina A o consumo da taioba favorece a melhora na visão e na saúde ocular, colaborando com a prevenção de algumas doenças, como a cegueira noturna, catarata e até dores de cabeça que ocorrem por problemas na região ocular.

Combate a anemia – A taioba contém ferro e por essa razão está no grupo de alimentos que combate a anemia com eficácia. Se você sente-se fraco, indisposto e eventualmente tem enjôos e tontura, procure o médico. Se for diagnosticado com anemia, alguns alimentos como feijão e beterraba certamente serão sugeridos pelo profissional, para complementar o cardápio nutritivo, não deixe de incluir um suquinho verde com taioba pela manha e uma sopa com o vegetal no jantar.

Saúde dos ossos – Geralmente os mais idosos sofrem de problemas nos ossos e a osteoporose é um flagrante comum nessa fase. Sendo o cálcio e o fósforo os minerais mais importantes para a manutenção da saúde óssea, a taioba deverá ser consumida por todos, principalmente quem está na terceira idade.

 

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Dicas para cultivar a taiobaSorte dos mineiros que têm mais chances de consumir este incrível vegetal que merece maior protagonismo. Mas vai uma boa notícia para quem tem a própria  horta e adora plantas: É fácil cultivar a taioba.

A planta desenvolve-se na sombra, longe do sol. Se a sua horta tiver um espaço na sombra, ótimo, se não, você poderá alocar a plantação de taioba sob um toldo durante os períodos mais fortes do sol, entre as 10h e 16 horas. Não se esqueça de manter a terra úmida.

Observe atentamente as folhas. Se estiverem amareladas é sinal de que o solo está seco e o contato com o sol foi excessivo.

Pronto, agora é só acompanhar de perto o desenvolvimento desse vegetal tão importante. Incorporá-lo a sua dieta e de sua família é uma excelente atitude para a saúde de todos.

Benefícios do InhameO inhame é um tubérculo tipicamente brasileiro, também conhecido por cará. Muito famoso na culinária do Norte e Nordeste, ele é consumido em todas as refeições, inclusive no café da manhã, no qual é apreciado com manteiga, mel ou melado e um bom café preto para acompanhar.

    Os benefícios do inhame para a saúde são incontáveis! Vamos ver alguns dos principais? Segue a lista de coisas boas que o inhame traz para a nossa saúde:

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1 – Rico em minerais e vitaminas, tais como o cálcio, ferro, fósforo, manganês, potássio, vitaminas do Complexo B e vitamina C. Cerca de 100 gramas de inhame fornece 30% das necessidades de vitamina C que o organismo precisa.

2 – Rico em energia. É uma excelente fonte de amido.

3 – Limpeza do sangue e do organismo como um todo. Um dos melhores depuradores do organismo, capaz de varrer as impurezas de órgãos como rins e intestino.

4 – Fortalecimento do sistema imunológico. O inhame é capaz de fortificar os gânglios linfáticos, responsáveis pela formação da defesa no sistema imunológico.

5 – Prevenção de doenças como a malária, dengue e febre amarela.

6 – É um excelente alimento para a saúde da mulher. Como ele possui fitoestrógenos e hormônios vegetais, ele melhora a fertilidade feminina, além de ajudar também a melhorar os efeitos colaterais da menopausa. Há estudos que mostram também que o inhame contribui para diminuição da TPM, tanto melhorando o humor da mulher, quanto aliviando as cólicas menstruais. O inhame também estimula a libido feminina.

7 – O inhame é um poderoso remédio anti-inflamatório natural. Com isso, ele ajuda o organismo na eliminação de toxinas e líquidos. Por isso, muita gente diz que o inhame emagrece. Na realidade, ele ajuda na eliminação das toxinas e por consequência auxilia nas dietas de redução de peso também. Além disso, o vegetal é rico em fibras, colaborando com o bom funcionamento do intestino.

8 – Poderoso agente anti-cancerígeno por ser rico em vitamina C e antioxidantes naturais. O inhame combate o desgaste celular, chamado também de estresse oxidativo, que leva a quadros de câncer, principalmente, de pulmão, cólon, esôfago e estômago.

9 – O inhame também colabora com a saúde do cérebro e do sistema nervoso por ser rico em potássio. Com isso, ele ajuda na regulação da atividade muscular e nervosa.

10 – O tubérculo também é um redutor de açúcar no sangue, já que os seus carboidratos complexos são liberados e absorvidos pelo sangue gradualmente. Dessa forma, ele contribui para manter os níveis de açúcar sob controle, inclusive ajudando a trazê-lo para baixo.

11 – Por ser rico em vitamina B6, o inhame é um protetor natural do coração. Pesquisas revelam que a ingestão adequada de vitamina B6 reduz sensivelmente o risco de doença cardíaca.

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Emplastro de inhameO inhame é usado na medicina popular e naturalista como um remédio. Algumas pessoas produzem emplastro de inhame para tratar de diversas doenças e com eficácia comprovada. A papa do inhame é capaz de retirar furúnculos, quistos sebáceos, verrugas, espinhas, farpas ou cacos de vidro da pele, unhas encravadas e outros problemas na pele.

O tubérculo também diminui a inflamação de cicatrizes e retira o sangue pisado de contusões. Ainda existem relatos que o inhame pode ser usado para o alívio de queimaduras e da dor após fraturas. Como é um poderoso anti-inflamatório, age em processos de hemorroidas, apendicites, artrites, reumatismo, neurite e sinusite. 

Inhame na dieta alimentarTodos que desejam ter uma ótima saúde devem incluir o inhame nas refeições. Ele é um alimento incrível, que realmente não tem nenhuma contra-indicação, e traz benefícios gigantes ao organismo. Extremamente versátil, pode ser consumido de diversas formas. Ele pode substituir, inclusive, a batata e a mandioca em alguns pratos. A sopa de inhame batido é deliciosa e é uma grande pedida para as noites frias. Basta cozinhar o inhame com sal, bater no liquidificador e acrescentar salsa e cebolinha para arrematar. Algumas gotas de azeite e/ou molho inglês dão o toque final.

Autor: Antônio Henrique dos Santos

Publicação: O trabalho compõe a parte II – Orientações específicas para o cultivo de hortaliças - do Boletim Didático nº 107 “Produção de hortaliças em Santa Catarina”, publicado pela Epagri. Interessados em adquirir a publicação completa e ilustrada com 156 páginas, devem entrar em contato através do site: www.epagri.sc.gov.br

Taiá e mangarito

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Essas plantas pertencem à família Araceae. e ao gênero Xanthosoma. Acredita-se que o cultivo de Xanthosoma seja muito antigo no novo mundo (Onwueme, 1978), e provavelmente este gênero originou-se na parte norte da América do Sul (Purseglove, 1972). Já eram cultivados pelos índios guaranis e outras tribos, desde antes do descobrimento.

Os principais representantes cultivados como alimento são o taiá e o mangarito. Em Santa Catarina são cultivados principalmente no Litoral Norte catarinense (Vale do Itajaí, Joinville), por agricultores de origem alemã, que procuraram substitutos para a batatinha.

Inhame do seco ou taiá-japão e Inhame de porco

Também fazendo parte da família Araceae, o gênero Colocasia é formado por dois grandes grupos principais: o grupo eddoes, que possui um túbera principal pequeno (soca) e os túberas secundários (dedos) grandes e pelo grupo dasheen, que possui uma soca grande e pequenos dedos. O taiá-japão pertence ao grupo eddoes e o inhame de porco ou da água, pertence ao grupo dasheen. São plantas originárias do sul da Ásia Central, provavelmente da Índia ou Malásia. Outra característica que distingue os dois gêneros é o formato das folhas, sendo que as Xanthosomas possuem uma fenda que vai até o pecíolo enquanto nas Colocasias a fenda é parcial. Foi introduzida no Brasil por escravos africanos (Figura 33).

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FIGURA 33. Folhas de Xanthosoma (esquerda) e Colocasia (direita).

Manejo Tradicional de Mangarito e Taiá e Classificação Popular e Botânica:Como essas espécies são nativas e não respondem à agricultura denominada “modernizada”, com utilização de insumos como calcário, adubos sintéticos, descrever-se-á o manejo que os produtores tradicionais do Vale do Itajaí e Joinville executam com essas plantas.

Taiá (Xanthosoma sagittifolium Schott)

Os produtores classificam popularmente em cinco variedades, que são: taiá vermelho, taiá branco, taiá cachorro e taiá louco. Botanicamente todas são Xanthosoma sagittifolium. O taiá vermelho e o branco são os preferidos para o consumo e a preferência varia conforme a região. Por exemplo, em Joinville, o preferido do mercado é o branco, enquanto que em Itajaí, o vermelho. Do taiá, podem ser consumidas as folhas, sendo o preferido para esta finalidade, o taiá branco. O taiá cachorro e louco são impróprios para o consumo, com relatos de intoxicação de suínos que consumiram o taiá louco.

Épocas de plantio

Os meses de agosto, setembro e outubro são os melhores meses, sendo colhido em média nove meses após o plantio, nos meses de maio, junho e julho.

Solos

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Os solos preferenciais para seu cultivo são áreas novas, de coivara, de encosta, com menor teor de umidade.

Consórcios

O taiá pode ser cultivado à sombra. É comum seu consórcio com bananeiras, cafezais, cará tutorado e outras plantas altas.

Espaçamento

Quando em monocultivo, o espaçamento utilizado é de 1,00 X 0,80 m.

Adubação e correção do solo

Não há recomendação para adubação na ROLAS.

Em experimento de avaliação de nutrição em inhame realizado pela Emepa, chegou-se à seguinte conclusão:

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A cultura do inhame respondeu positivamente às adubações de nitrogênio e fósforo, mas não apresentou resposta significativa à adubação com potássio e micronutrientes;

2 - A dose de nitrogênio de 62 kg/ha fracionada em duas parcelas iguais e aplicadas, em cobertura, aos 60 e 90 dias após o plantio, proporciona elevada produtividade, sendo indicada para fertilização nitrogenada da cultura do inhame;

3 - O emprego de 120 kg/ha de P O aplicado totalmente no plantio é indicado para fertilização da cultura do inhame, em solo de textura arenosa a média e de baixa fertilidade.

Assim, pode-se recomendar para as culturas Taiá, mangarito, inhame e cará a seguinte recomendação de adubação: 62 kg/ha de N, 80 kg/ha de P2O5 e 80 kg/ha de K2O.

Produtores entrevistados relatam que em locais onde foi aplicado o calcário, não conseguiram mais colher o taiá, que passou a ser atacado por podridões de solo.

Preparo para o comércio

Para esta finalidade, retiram-se as raízes e lavam-se os túberas em água corrente.

Mangaritos

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No Vale do Itajaí e Joinville são cultivados dois tipos de mangaritos: o mangarito branco, classificado como Xanthosoma riedelianum Schott e o mangarito roxo, erroneamente classificado como Caladium Poecile Schott, sendo que o envio de plantas para classificação em recente estudo do autor, irá resultar em nova classificação que será Xanthosoma poecile Schott.

Mangarito Branco (Xanthosoma riedelianum Schott)

Este mangarito é cultivado principalmente em Joinville, sendo encontrado também no Vale do Itajaí, em algumas propriedades.

Épocas de Plantio

As épocas de plantio variam de agosto a outubro e a colheita de maio a julho.

Solos

Os solos cultivados em Joinville são os mesmos utilizados para hortaliças introduzidas, porém, a utilização de calcário tem causado podridões. Em Itajaí, em solos turfosos sem correção alguma com calcário, as plantas desenvolvem-se muito bem.

Consórcios

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Na maioria das propriedades onde este mangarito é cultivado, é feito o monocultivo, porém como é uma planta adaptada a sombreamento, possui potencial para ser cultivada em consórcio.

Espaçamento

Os espaçamentos utilizados podem ser: 0,30 m entre plantas e 0,75 m entre linhas e também 0,40m entre plantas e 0,60m entre linhas.

Correção do solo

Calcário não é recomendado para esta cultura.

Preparo para o comércio

As touceiras são colhidas, debulhadas na roça e é feita uma pré-limpeza, com a remoção de raízes e barro aderido. Os túberas são colocados em sacos de ráfia e batidos contra uma tábua para soltar a casca, sendo após lavados em um riacho (Figura 34). Em seguida, são colocados em caixas plásticas ou de madeira e lavados com bombas elétricas ou tratorizadas, com 300 libras de pressão (Figura 35). Este processo remove a casca e o barro e o produto deve em seguida ser refrigerado (Figura 36).

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FIGURA 36. Túberas de mangarito branco descascadas por meio de jato de água.

Mangarito roxo (Xanthosoma poecile Schott):

O mangarito roxo é encontrado na região de Blumenau, predominantemente. Em municípios como Ilhota, Luis Alves, Guabiruba, este mangarito predomina.

Épocas de Plantio

Os meses mais indicados para o plantio são agosto e setembro, e a colheita é realizada de maio a junho.

Solos

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Os melhores solos para seu plantio são os solos ricos em matéria orgânica, de coivara (Figura 37), que não devem ser expostos ao sol durante o período da tarde. Estas áreas geralmente são de encostas.

FIGURA 37. Mangarito roxo plantado em coivara.

Consórcios

O cultivo pode ser em monocultivo ou consorciado com milho ou aipim.

Espaçamento

O espaçamento utilizado em monocultivo, é de 1 X 1m, e em cultivo consorciado utiliza-se o mesmo espaçamento, porém a cada 4 linhas de mangarito roxo, é inserida uma linha de milho ou aipim.

Correção do solo

A aplicação de calcário não é realizada.

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Preparo para o comércio

O preparo para o comércio é realizado, inicialmente na roça, logo após a colheita, quando são separados os túberas secundários. Em seguida é feita uma pré-limpeza de raízes e a remoção do barro, e por fim são separadas as mudas. Na propriedade, as raízes são lavadas em água corrente sem pressão, para a limpeza de pêlos radiculares e barro (Figura 38).

FIGURA 38. Lavação de mangarito roxo com água sem pressão.

Taiá-japão (Colocasia esculenta Schott “Eddoes”)

O taiá-japão é encontrado na região de Joinville e no Vale do Itajaí existindo duas variedades locais de taiá-japão: uma de pecíolo verde-claro (conhecido como “branco”) e outra de pecíolo arroxeado (Figura 58). A variedade de pecíolo arroxeado produz túberas arroxeados e a de pecíolo verde, túberas brancos.

Épocas de Plantio

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As épocas de plantio são: julho, agosto, e setembro, preferencialmente agosto. O taiá-japão apresenta um ciclo de vida mais curto que as outras raízes tuberosas, de aproximadamente 6 meses. A colheita estende-se de janeiro a março.

Solos

Os melhores solos para seu cultivo são os argilosos, não-encharcados, em áreas que recebam sombra.

Consórcios

Como é resistente ao sombreamento, pode ser encontrado em quintais agroflorestais, disperso com outras plantas como, por exemplo: batata-doce, tagetes (cravo de defunto), plantas medicinais, árvores frutíferas e ornamentais e também em monocultivo. Em Pirabeiraba é cultivado consorciado com cará.

Espaçamento

O espaçamento no plantio pode variar sendo plantado em monocultivo, com espaçamentos de 1,5 X 0,70m ou de 1 X 0,50m.

Correção do solo

A correção do solo com calcário não é realizada diretamente para esta planta e sim para as plantas que antecederam esta cultura.

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Preparo para o comércio

O preparo dos túberas secundários para o comércio é feito através da lavação, remoção das raízes e dos pêlos radiculares. A manipulação destas plantas causa irritação na pele (coceiras), provocada pelo oxalato de cálcio e outros compostos presentes na planta. Para eliminar o oxalato de cálcio, os produtores colhem as plantas e deixam-nas secar por dois dias para após recolherem os túberas.

Cará (Dioscorea sp)

O gênero Dioscorea estava distribuído em eras geológicas primevas nos hemisférios ocidental e oriental, onde se desenvolveu independentemente em cada região (Purseglove, 1972). Pertence à família Dioscoreaceae.

Carás plantados em Santa Catarina

Existem três tipos de carás mais comumente encontrados em Santa Catarina, conforme figuras 40, 41 e 42.

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FIGURA 42. Túberas e folhas de cará-do-ar (Dioscorea bulbifera L.).

Manejo da Cultura

A seguir será descrito o manejo com a cultura do cará-mimoso, o qual recebe maior esmero no manejo, principalmente na região de Joinville, onde seu cultivo é mais expressivo.

Épocas de Plantio

Os melhores meses para o plantio são agosto e setembro, colhendo-se em maio e junho.

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Solos

Segundo os agricultores, os melhores solos para seu cultivo são os solos novos, soltos.

Consórcios

O cará mimoso é produzido em monocultivo ou consorciado com o taiá-japão ou com milho. Quando consorciado com o milho, o qual é plantado no espaçamento de 1 X 1m, são colocadas duas plantas de cará entre duas plantas de milho. Assim, cada planta de milho escora duas plantas de cará. O cará é plantado um mês após a semeadura do milho, para que não haja concorrência. Antes da introdução do milho híbrido, o consórcio era realizado com o milho comum, o qual possuía uma estrutura mais robusta, com colmos de maior diâmetro, os quais suportavam o peso das plantas de cará. Com a introdução do milho híbrido, menos resistente, esta prática foi aos poucos abandonada. Quando em monocultivo, este é tutorado em sistema piramidal (Figura 43).

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FIGURA 43. Diferentes tipos de tutoramento do cará

Espaçamento

Em monocultivo, as plantas são espaçadas de 0,90 X 0,90m e são tutoradas por três varas de bambu, que escoram uma planta de cada fila (tutoramento piramidal). Estas estruturas são amarradas entre si com arame a uma altura de 2,20m. Neste espaçamento, o número de plantas por hectare é de aproximadamente 12.300.

Quando das capinas entre linhas com microtrator, o espaçamento pode variar, de 1,20m entre linhas e 0,50m entre plantas, com aproximadamente 16.600 plantas por hectare.

Correção do Solo

O calcário não é aplicado visando a correção do solo para a cultura do cará, e sim para outras hortaliças que são cultivadas anteriormente na mesma área.

O inhame (Dioscorea cayenensis Lam) é uma importante hortaliça-rizoma, cultivado especialmente nas regiões Centro-Sul e Nordeste brasileiro. No Brasil, diferentes denominações vulgares para a cultura ocorrem por regionalização. Por exemplo, a palavra inhame, no Sul e Centro-Sul do Brasil, é aplicada à espécie comestível, de valor econômico apreciável, Colocasia esculenta (L.) Schott, pertencente à família Araceae, também referida por taro. Em São Paulo, particularmente, cultiva-se muito Dioscorea alata L, que é conhecida por cará, palavra de origem Tupi. No Nordeste, a palavra inhame também é muitas vezes substituída por cará, especialmente quando em referência às túberas de D. alata (cará São Tomé e cará Nambu). Para ser evitada duplicidade de termos, ficou estabelecido por ocasião do I Simpósio Nacional sobre as Culturas do Inhame e do Cará, realizado em 2001, em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, que no

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meio técnico-científico nacional, a partir daquela data, o termo cará seria substituído definitivamente por inhame e o inhame (C. esculenta) denominado definitivamente de taro.

O inhame também conhecido como cará-da-costa, é uma planta de origem africana, sendo cultivado no mundo inteiro por se tratar de um alimento energético e de alto valor nutritivo. O inhame é uma planta herbácea, com caules volúveis que produz rizomas isolados ou em feixes, com coloração escura na casca e polpa de cor branca, amarelada ou avermelhada (Figuras 1 e 2). Pertence à mesma família do mangarito e da taioba. No Brasil existem cinco gêneros e 625 espécies. A maioria das espécies não serve para alimentação. O ciclo do inhame é anual, mas uma planta pode produzir dois tipos de túberas: as comerciais, colhidas entre sete a nove meses, ou precocemente, cinco a sete meses após o plantio, o que proporciona, neste caso, a produção de túberas-sementes, três meses após às túberas comerciais. As túberas comerciais, também denominadas de rizóforos, constituem-se em produto agrícola de apreciável valor comercial no mercado interno e externo.

      Figura 1. Hortaliça-rizoma: Inhame

Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: O inhame pode substituir a batata em qualquer receita: purê, salada, fritura, para engrossar sopas e pastas de legumes. Pode-se fazer massas com inhame ralado e, assim, dispensar a utilização de farinha. O ideal é cozinhar o rizoma com a casca para preservar os nutrientes. Além disso, é mais fácil descascar depois de cozido. O inhame

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descascado é branco e tem uma consistência muito firme, mas após ser cozido fica com um tom levemente azulado e torna-se macio. Para quem tem intolerância ao glúten, o inhame é ótima opção. A folha da trepadeira também pode ser aproveitada. Cozida ou refogada, pode ser consumida em diferentes pratos.     No nordeste brasileiro, costuma-se comer o inhame cozido  com um pouco de mel ou melado no café da manhã. Forma de preparar:cozinhe com ou sem casca; mantendo a casca na cocção, nutrientes como vitaminas e minerais hidrossolúveis não se perdem. Após descascar, deixe-o imerso em água com vinagre para não escurecer. Ao cozinhar, apenas cubra com água fervente salgada. Cortado em cubos de 2 por 2cm, cozinha em 6 minutos; portanto, em sopas não misture com cenoura, por exemplo, que demora mais para cozinhar. Ao cozinhar inteiro, verifique com o garfo se já está macio. Após esfriar, puxe a casca com  a faca. Cozido, pode ser fritado, refogado ou passado em manteiga ou azeite e servido polvilhado com ervas. São recomendados para pessoas com alto gasto energético, porque é um alimento calórico, com a vantagem de ser de digestão fácil e rápida. O inhame é rico em amido e em beta caroteno (vitamina A), boas fontes de vitaminas C e do complexo B, além de conterem cálcio, fósforo e ferro. No entanto, deve-se ter atenção especial com as espécies de inhame de procedência duvidosa, pois algumas delas são venenosas, podendo causar graves danos à saúde e até a morte. O inhame é fonte de carboidratos complexos, proteínas, minerais e vitaminas. Estimula a depuração do sangue, facilitando a saída das impurezas através da pele, rins e intestinos. Além disso, reduz o colesterol ruim e ajuda a controlar os níveis de ácido úrico no organismo. No começo do século passado já se usava elixir de inhame para tratar sífilis. Fortalece o sistema imunológico. Os médicos orientais recomendam comer inhame para fortificar os gânglios linfáticos, que são os postos avançados de defesa do sistema imunológico. A medicina oriental utiliza o rizoma também como anti-inflamatório, em tratamentos contra reumatismo, artrite e outras inflamações. Para as mulheres, o inhame é um aliado: aumenta a fertilidade, alivia sintomas da tensão pré-menstrual e da menopausa por conter fitoestrógenos, que ajudam a regular os níveis hormonais.

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Figura 2. Inhame: Fase vegetativa

Inhame combate a dengue: Mito ou verdade? A ciência não descarta supostos benefícios para amenizar os sintomas da doença (Fonte: http://deodefreitas.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html) 

     A dengue é uma infecção virótica que faz doer o corpo inteiro, especialmente as juntas, e provoca muita febre; deixa a pessoa fora de combate por algum tempo e pode matar. Comer inhame, alho ou ingerir complexo B previnem a dengue. O que atrai a fêmea do mosquito para o corpo humano é o cheiro. Por isso, qualquer produto que ingerimos, quando eliminado do organismo, confunde a fêmea, já que modifica nosso cheiro. Mas cuidado! Essas substâncias precisam ser consumidas em grandes quantidades para que a eliminação chegue a confundir o mosquito. Inhame em grande quantidade não faz tão bem ao organismo, complexo B em excesso causa toxidez e o alho, traz aquele mau hálito. O Inhame é muito usado na fitoterapia. No caso da dengue, o doente tem que tomar cuidado com a forma desta ingestão. Como as pessoas afetadas pela doença, geralmente, ficam sem apetite, muitas se esforçam e comem somente o tubérculo achando que serão curadas, o

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que pode gerar outros problemas. A chave para se recuperar está na hidratação, seja em forma de água, suco ou o soro que pode ser retirado gratuitamente nos postos de saúde. A suposta cura da dengue está relacionada às propriedades depurativas e a presença de vitamina B que compõem o tubérculo. A crença popular julga que estas propriedades são capazes de expulsar o vírus do organismo e a vitamina B, afastaria o mosquito através de substancias exaladas pelo suor. Hoje em dia sabe-se que, uma alimentação rica em potássio, sais minerais e carboidratos que são encontrados na banana, melão, beterraba, batata e o famoso inhame, agiliza a cura. Vale destacar que quem estiver bem debilitado o melhor remédio é a hidratação venosa. Mas, o melhor tratamento é acabar com as larva e os focos dos mosquitos e para aqueles que estão doentes a indicação é repouso, nutrição e hidratação. Mas isso não significa que se você ficar quietinho, comendo sopa com suco de inhame, irá se recuperar mais rápido.

Cultivo: O inhame é uma planta tipicamente tropical, de clima quente e úmido. Para um bom desenvolvimento da cultura, a temperatura média deve ser de 23 a 25ºC; não tolera frio e, especialmente geadas.  Cultivares:  Existe uma grande variedade de inhames, entre as quais o inhame-branco, o inhame-bravo, o inhame-cigarra, o inhame-da-china (também chamado de inhame-cará) e o inhame-taioba. Há diversas cultivares de inhame que são comestíveis: São Tomé e o Sorocaba, além do Cará-da-Costa e do Cará-Mandioca, que, apesar dos nomes, referem-se mesmo ao inhame. Dentro de cada espécie, existe ainda uma variação entre os clones, principalmente no aspecto dos tubérculos, na cor da polpa e na adaptação. Entre os principais podem ser citados a variedade São Tomé, bastante difundida na região Centro-Sul e no Nordeste, o Cará-da-Costa, é o mais cultivado. Propagação: propaga-se exclusivamente através de material vegetativo. Podem ser usados rizomas pequenos, inteiros, que não atingem o padrão comercial, mas com peso mínimo de 100g; os rizomas maiores podem ser cortados em pedaços, contendo de duas a três gemas cada um, com peso na faixa de 250 a 350g. Todas as partes podem ser usadas no plantio, embora a parte de cima apresenta melhor pegamento que as partes do meio e da ponta, pois tem maior quantidade de gemas. É preciso deixar os rizomas em repouso, após cortados, em local ventilado para que cicatrize a parte cortada, impedindo a entrada de patógenos. As túberas-sementes, conhecidas pelos agricultores nordestinos por mamas, são produzidas por meio de técnica denominada capação, que consiste na retirada da túbera comercial, deixando-se suficiente quantidade de tecidos no local da extirpação, para possibilitar a formação de um aglomerado de pequenas

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túberas, que são colhidas três meses após. Tais túberas são produzidas por um número limitado de agricultores que comandam esse tipo de mercado, com apreciáveis lucros econômicos. Solo e adubação: O inhame prefere solos areno-argilosos ou mesmo arenosos, leves e bem profundos, com pH na faixa de 5,5 a 6,0. A planta responde bem ao fósforo; por isso, se o teor no solo for baixo, conforme a análise do solo, feita com antecedência, recomenda-se adicionar fosfato natural ao adubo orgânico ou aplicá-lo diretamente no solo, antes do plantio. Preparo do solo,

plantio e espaçamento: O inhame pode ser plantado em sulcos abertos no solo, ou em leiras. Os sulcos só serão indicados para solos bem soltos e, devem ser abertos numa profundidade de 15 a 20cm. Em terrenos mais pesados, recomenda-se utilizar leiras para o plantio. A altura das leiras deve ser de, pelo menos, 30 cm. Deve ser feito um sulco no topo das leiras, com cerca de 15 cm de profundidade. Neste sulco é distribuído o adubo orgânico, de acordo com a análise do solo e do adubo. No Nordeste, o plantio irrigado é feito de setembro a outubro e, sem irrigação, de janeiro a março. No Centro-Sul, o plantio é feito de setembro a dezembro, quando começa o período das chuvas. Em regiões de baixa altitude, com temperaturas médias anuais mais elevadas, planta-se de junho a setembro. No plantio, as mudas devem ser distribuídas ao longo da leira ou do sulco, colocando a parte cortada virada para baixo. Após a distribuição, as mudas devem ser cobertas com uma camada de 5cm de terra. Para a cultura conduzida no sistema rasteiro, o espaçamento pode ser de 80 a 90 cm entre linhas por 20 a 30 cm entre plantas. No caso do tutoramento, recomenda-se o espaçamento de 1,20m entre linhas e 40 a 60cm entre plantas. Se o solo for fértil e a umidade alta, recomenda-se utilizar espaçamentos mais apertados, para evitar que os rizomas cresçam muito, o que dificulta sua aceitação em mercados mais exigentes. Capinas: até os 100 primeiros dias após o plantio, a linha de plantio deve estar livre de plantas espontâneas. As capinas, na fase inicial devem ser feitas em faixas, limpando-se junto às plantas e mantendo uma faixa de plantas espontâneas ou de adubos verdes, de cerca de 20 cm entre as linhas de cultivo. Consorciação de culturas: O plantio consorciado de espécies vegetais traz benefícios para as culturas de interesse econômico, segundo pesquisadores da Embrapa Agrobiologia. O cultivo orgânico de inhame entre faixas de guandu confere sombreamento e protege as folhas dessa hortaliça contra queimaduras do sol, durante o seu crescimento, além de promover controle do crescimento de ervas espontâneas. O guandu participa do consórcio como adubo verde e fornece quantidades significativas de nitrogênio para o inhame. É plantado em faixas distanciadas de 4 a 6m, sendo as mesmas formadas por fileiras duplas espaçadas de 0,50m. É podado cerca de 100 dias após o plantio do inhame e sua palhada é mantida sobre o solo, disponibilizando, assim, ao se decompor, nitrogênio

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oriundo da fixação biológica do ar. O cultivo consorciado com a leguminosa Crotalária juncea promoveu maior altura nas plantas do inhame, assim como reduziu a queima de folhas pelos raios solares. A população infestante de ervas espontâneas foi mais efetivamente controlada com a combinação entre consórcio e plantio direto em cobertura morta de aveia preta.  Irrigação:  Durante o período chuvoso, a cultura não precisa de irrigação, pois é bastante resistente à seca. Na falta de chuvas, o uso de irrigação após o plantio apressa a brotação e favorece o desenvolvimento inicial das plantas, obtendo-se colheitas precoces e melhores preços na comercialização. Quando atinge o ponto de colheita, o excesso de umidade no solo pode provocar apodrecimento e brotação dos rizomas. Em média, as chuvas por ano devem superar os 1.500mm, devendo ter disponíveis 400 mm entre os 3,5 e 5 meses de vegetação. Tutoramento: É feito com varas com 2m de comprimento. Pode-se utilizar uma vara por planta ou uma para cada duas plantas. Também pode-se fazer o tutoramento na forma de cerca cruzada, semelhante ao utilizado na cultura do tomate. O tutor é fincado na leira, bem firme. A planta se desenvolve sobre este apoio, enroscando-se sozinha. Doenças e

pragas: Apesar de existir referência de ataque de doenças e pragas, o inhame é uma planta bastante rústica, principalmente se o sistema estiver equilibrado através do uso de prática adequadas, tais como adubação equilibrada, uso de sementes não contaminadas, rotação de culturas e adubação verde.

Colheita: O ciclo do inhame, do plantio à colheita, dura de 8 a 10 meses. O ponto de colheita é quando as folhas ficam amarelas e os ramos secam. A colheita manual é feita com auxílio de enxada ou enxadão, tomando-se cuidado para não ferir os rizomas. Depois, eles são recolhidos e colocados em caixas. Para comercializá-los é preciso limpar e retirar as raízes. Pode-se lavar os rizomas, deixando secar, em seguida, para uma adequada embalagem. Para estocar, o inhame deve ser colocado em galpão arejado e fresco, sendo os rizomas espalhados em uma camada fina. É possível estocá-los por até dois meses.