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www.mundoceramico.com.br REVISTA MUNDO CERÂMICO - ANO XV - Nº 129 - R$ 8,00 A nova era do ouro DUBAI

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Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 �

Revista Mundo Cerâmico nº 129 - Dezembro - Fevereiro 2008

32

Acompanhe as novas tecnologias, máquinas, equipamentos, produtos, lançamentos e serviços para estar na vanguarda da indústria

SEÇÕES

34

ENTREVISTA

EDITORIAL 04

PELO MUNDO 06

EVENTOS 12

16

SUMÁRIO

Você é quem elege os melhores do ano na premiação que baliza o segmento cerâmico do Brasil. Preencha e envie a cédula

Se o ano de 2007 foi bom, 2008 deverá ser ainda melhor. O seg-mento da construção civil final-mente começa a se destravar com uma série de medidas abso-lutamente óbvias que estimulam todo o setor

Quem apostou neste pequeno paraíso encravado no Oriente Médio, região conturbada por guerras e incidentes que pare-cem não ter mais fim, mas nem por isso menos rica, não se ar-rependeu e pretende voltar com freqüência

O CCB, Centro Cerâmico do Brasil, promoveu uma jornada em Rio Claro, SP, para debater o atual estágio de qualidade no segmento cerâmico brasileiro.

A energia limpa sempre correu o risco de se transformar em pesadelo, até porque o país não tem um planejamento energéti-co para valer

Terceiro fabricante mundial de máquinas fora-de-estrada apre-senta soluções para a cerâmica brasileira que vão da argileira ao pátio de carga de caminhões

O aquecimento da economia global apresenta a fatura das desvantagens neste momento. A exemplo do reajuste do minério de ferro, os boratos passam a ser os vilões da vez ao impingirem aumentos de 70%

14PERSPECTIVAS

20

24

26 28

30DUBAI

QUALIDADE

ENERGIA

COLORIFÍCIOS

MOVIMENTAÇÃO

PRÊMIO

Geraldo Ricciardi, da Atlas, mostra que não existe nenhum caminho na acomodação e que o mundo está repleto de oportuni-dades para quem souber ousar

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� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico

Publisher: Lazzaro [email protected](jornalista responsável)

Conselho EditorialAdriano S. Lima.– pres. da ANFACER Luis Barbosa Lima – pres. da ANICER João O. Bergstron – pres. da ASPACERJosé O. A. Paschoal – pres. do CCBWalter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP

RedaçãoSelma Menasce [email protected] Cheganças [email protected] e DiagramaçãoOggi Estúdio Grá[email protected]

AdministraçãoCaroline Sperandio Florio [email protected]

PublicidadeBrasil – SP Marcel Israelfone +55 (11) 3822 [email protected]

Impressão: Prol Editora e GráficaDistribuição: Lobra Serv-PressPublicação mensal de

Alameda Olga, 422 cj. 108 – Barra Funda01155-040 – São Paulo – SPFone + 55 (11) 3822 4422 Fax +55 (11) 3663 5436e-mail: [email protected]: www.mundoceramico.com.br

Registro no INPI sob número 816494703As opiniões de Mundo Cerâmico não são necessariamente as de seus articulistas.Autorizada a reprodução de artigos desde que citada a fonte.Fotos de matérias editoriais: divulgação ge-ral, de empresas e LM. Foto capa:AnfacerImagens, textos e opiniões de mensagens publicitárias são de responsabilidade dos respectivos anunciantes.

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Para falar conosco:Al. Olga 422 cj. 108 – Barra Funda01155-040 – São Paulo – SP – BrasilTel: +55 (11) 3822 4422 Fax:+55 (11) 3663 [email protected]@[email protected]

EDITORIAL

circula até março 2008

Quem conhece o Sr. Geraldo Ricciardi não tem espaço para o pessimismo. Sua paixão e entusiasmo pelo trabalho parecem não ter limites. Enquanto a maioria das pessoas em sua idade está pensando em se aposentar ele constrói nova fábrica.

Lição de vida? Muito mais que isso. É o nosso exemplo vivo de alguém que simplesmente não pára. Há pouco perdeu a companheira, querida de todos nós, e ficou um certo período meio jururu. Mas não demorou e voltou a empreender e ousar.

Geraldo Ricciardi é um inspirador da indústria cerâmica brasileira. Não importa a dificuldade do gás, as armadilhas do governo, dos bancos. Nada irá deter a sua sede de empreender e fazer aquilo que faz melhor. Produzir sonhos em cerâmica.

LM

Oportunidades

VOTOS DE BOAS FESTAS

Agradecemos e retribuímos os votos de boas

festas a todos nossos amigos:

Cerâmica Portinari – Rogério G. A. Sampaio; Portobello Shop; Stone World, Contemporary Stone &Tile Design; CCB – Centro Cerâmico do Brasil; Nosso Studio Gráfico; SEW Eurodrive; Lourival J. Santos Advogados; ACIMAC – As-sociazione Costruttori Italiani Macchine Attre-zzature per Ceramica; Arbug; Lobra Serv-Press; Júlio Cézar Quintão Gomes; Schivartche Advo-gados; Edison Corrêa de Toledo; Cerâmica Gail; Gyotoku Cerâmica – Koiti Gyotoku; Cerâmica Inti; Rio Branco Comércio e Indústria de Papéis Ltda.; Associação Nacional da Indústria Cerâmi-ca – Luiz Carlos Barbosa Lima; Associação Pau-lista das Cerâmicas de Revestimento; Sindicato das Indústrias da Construção, do Imobiliário e de Cerâmicas de Santa Gertrudes; Copypress; Cerâmica Porto Ferreira S.A.; Odin Representa-ções S/C Ltda; Lais Cardoso; Roque Haraguchi; Digizap - Otacílio Oziel de Carvalho; Sérgio Cahen; Albert Pardo; Weber Quartzolit – William Norberto Aloise; Express Email; DCC Comuni-cação; Walter Denser; Interpsic - Paulo Barou-kh; Oscar Soares Junior; Amaradei Comunica-ção – Ane Maradei e Bruna Montavani; Elmon P. Teixeira; Portal Assessoria Moderna; Startrade; Flying System; Pocker Promoções – Monica Po-cker; Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Renato S. Maluf; B2BR – Esther Camara; In Fato Comunicação – Juliana Fratini; José Maria dos Santos; Cietec; Ananda Gráfi-ca & Editora; Somar Comércio Internacional; Câmara de Comércio Brasil-Canadá; Delta In-dústria Cerâmica S/A – Francisco Aparecido Braz; Chico Motta; Textofinal de Comunicação Integrada; J. Soares Corretora de Seguros; Via news; Silvia Araujo; Evandro Jorge Elias; Reed Expo – Gisele Bianchi; Canal Dana; AEC Web;

E-construmarket; Aratú Ambiental Ltda.; KSR Papéis e Produtos Gráficos; BR- Union Indústria e Comércio Ltda.; Oswaldo Wilhelm Martini; Corretora Souza Barros; Comcorp Comunicação Corporativa; Paulo Henrique Manzini; Sebrae – Helena Oliveto Greco; Sindicercon-sp; Agência Luz de Fotografia; DDM Advertising; Sanegás; Camêra1 Fotografia; IMS Marketing – Neide La-manna; Infocte; System Brasil – Fabio Ferraço; Rai Armazéns Integrados; Sociedade do Espetá-culo; Flávio Franco Júnior; Exclamação Design & Comunicação; R2mix; Júlia - Verte; Maxpress; Elittec Instrumentos e Serviços; System S.p.A. - Francesco Tilocca; Folha de S.Paulo; Brasil Tecnologia; Anfacer; Revestir Feira Internacio-nal de Revestimentos; Livre Revestimentos Ltda.; Euroteam; Grupo HCM – Cerâmica Seiral e Ely; Inovatec Consultores; Franco Júnior; Exclama-ção Design & Comunicação – Rogério L. Cavic-chioli; Antonio Carlos Gomes Pereira; Alltype Press Assessoria de Comunicação; Smartrack Technology Group; Líbero +; Livraria Cultura; Júlio Cézar Quintão Gomes; Delconca; Eurovil-le Cerâmicas; Speciallist; Associação Brasileira de Materiais Compósitos; Grupo Feira&Cia; Siti – B&T Group S.p.A.; Augustus Turismo; Cláudio Nespoli; Imam; Agility Marketing & Eventos; Cláudio Schleder; Hotel Gran Roca; Esmalglass Itaca Grupo – Luiz Claudio Faustini; Via Pública Comunicação; Porto Seguro; Maxxi Royal; Ne-gócios Gráficos; Terrastock; Mais Projetos Cor-porativos; Keraxport – Expocasa; Niro Indústria e Comércio Ltda.; Pólo Produções; Pro-M Mon-tagens Especiais Ltda.; Formstein Pisos e Reves-timentos; American Leak Detection – Maurício Bisioli; Marie-Ange Joarlette; Grupo Promofair – Carlos Soares e Colaboradores; Surfaces; Cesário Rogério; Lide Multimídia – Smolarek; Escola Senai Mario Amato; Ralcoh Agência de Comunicação; Acesso.

Promoção

• Impressão Digital em Cerâmica

• Tendências e Desafi os na Fabricação do Porcelanato

Transportadora Aérea Ofi cialApoio institucional Revistas parceiras

Visite também, integradas ao Fórum, as feiras REVESTIR e KITCHEN & BATH, de 11 a 14/03/08.

8h Início do Credenciamento

8h15 Welcome Coffee

9h00 Abertura do Fórum pela ANFACER, ACIMAC e ICE

9h15 Palestra: Impressão Digital em Cerâmica: uma Realidade Palestrante: Nuno Correia Gerente Geral da Torrecid (Brasil)

9h45 Palestra: Tendências e Desafi os na Fabricação do Porcelanato Palestrante internacional: Ivanno Ligabue Presidente Mundial da LB (Itália)

10h30 Palestra: O Uso do Tintômetro no Processo de Decoração de Placas Cerâmicas Debatedores: Smalticeram/Tema

11h00 Palestra: Cerâmicas que Geram Energia: Revestimentos com Placas Fotovoltaicas e Outras Soluções Palestrante internacional: Arturo Salomoni Centro Cerâmico de Bologna (Itália)

11h45 Palestra: Porcelanato: Normas no Brasil e no mundo defi nem os padrões do produto Debatedores: CCB e ANFACER

12h30 Encerramento pela ANFACER, ICE e ACIMAC

12h40 Recepção e Coquetel no Pavilhão de Máquinas Italianas na REVESTIR

Local: Transamérica Expo CenterSão Paulo - SP • Vagas limitadas!

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• Cerâmicas que Geram Energia - Placas Fotovoltaicas

• O Uso do Tintômetro no Processo de Decoração

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� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 �

Curitiba sedia a edição da Expocer 2008Seminário de estudantes em Santa Catarina

Aconteceu na sede do IMG, Instituto Maximiliano Gaidzinski, na cidade de Cocal do Sul, SC, o Seminário Regional de Tecnologia Cerâmica. O evento foi realizado pelo próprio instituto nos dias 20 e 21 de setembro. Com o objetivo de criar debates relacionados ao setor cerâmico, como também de estreitar vínculos entre fábricas

A cerâmica Batistela, apresen-ta dois novos modelos da linha Luxos Retificados, o Matrix White e o Matrix Preto. Ambos possuem a medida 40 x 40cm para pisos e 34 x 38 para revestimentos. O diferencial do produto está no fato deles receberem um corte de três a quatro milímetros em cada

No último mês de setembro, a Cerâmica Batistella, da cidade de Limeira, interior do estado de São Paulo, fabricante de pi-sos e revestimentos cerâmicos, completou 60 anos de existên-cia. Atualmente a empresa pos-sui unidade fabril de 200 mil /m2, em que produz mais de 550 mil /m2 de revestimentos por

Curitiba será sede da II edição da Expocer, Feira de Fornecedores para a Industria Cerâmica, que acontecerá entre os dias 29 de maio e 01 de junho de 2008 no Pavilhão de Eventos São Pedro, no bairro do Umbará. Entre os exposi-tores estarão máquinas e equipa-mentos de produção cerâmica e de extração mineral, veículos e mate-riais de transporte, equipamentos

Resumos Congresso

A ABC, Associação Bra-sileira de Cerâmica, já disponibilizou em seu site, o ht tp : / /www.abce -ram.org.br /asp / 52cbc, o formulário para sub-missão de resumo para o 52o Congresso Brasi -leiro de Cerâmica, que será realizado de 08 a 11 de junho de 2008. A data limite para aceite dos resumos é de 28 de fevereiro a 30 de março para o recebimentos dos trabalhos completos. O congresso acontecerá no centro de convenções do Hotel Resort Costão do Santinho, localizado em Florianópolis - SC.

Revestimento térmico

A cerâmica Bela Vista de Ituporanga em Santa Catarina é mais uma em-presa que utiliza material Nutec Ibar, como reves-timento térmico de seu forno tipo Túnel, concluí-do na 2a quinzena do mês de outubro de 2007. A empresa usará os Módu-los Jumbo Nutec Ibar que dispensam a colocação de juntas de vedação, proporcionando melhor performance e eficiên-cia de seu equipamento. São recomendados para revestimentos dos mais variados tipos de fornos, principalmente em forno tipo túnel de teto plano para cerâmica.

e estudantes, o seminário apre-sentou 13 trabalhos em forma de palestras e 23 em forma de pôsteres, todos realizados pelos alunos do Instituto. Os temas iam desde processo de obtenção e ca-racterização de tijolo solo-cimento até propriedades mecânicas de porcelanato com aplicação de fibras metálicas.

Batistella apresenta novidades

lado, o que retira a borda mais clara. Com isso é evitado a diferença de tamanhos, o que permite um rejuntamento me-nor, de aproximadamente dois milímetros. O Matrix White e o Matrix Black são recomenda-dos em salas de estar e jantar, quartos de casal, escritórios, cozinhas e banheiros.

laboratoriais, matérias-primas, como também seguradoras, consul-torias e instituições de ensino. Além de conhecer as novidades dos expositores, os visitantes poderão participar do curso de produção cerâmica e gestão empresarial, como também das visitações técni-cas nas cerâmicas da região. Para maiores informações visite o site www.montebelloeventos.com.br

Batistella comemora 60 anos

mês. Através de sua linha de porcelanato denominada Evo-lution, a Batistela foi a primeira cerâmica a receber o 1o certifi-cado de porcelanato do Brasil. A empresa ainda destaca o endomarketing, comunicação entre diretoria e funcionários, como sendo essencial para alcançar os seus objetivos.

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� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 �

Finep apóia micro e pequenas empresas

A FINEP, Financiadora de Estudos Projetos, agência de inovação do Ministério de Ciência e Tecnolo-giam vai investir R$ 150 milhões em cerca de 1.500 micro e pe-quenas empresas inovadoras. Os recursos são do programa Pappe/Subvenção, lançado dia 9 de outu-bro por Luis Fernandes, presidente da FINEP, no Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Ciên-cia e Tecnologia, no Pavilhão Expominas em Belo Horizonte. “Não podemos voltar a ser meros exportadores. Precisamos utilizar o conhecimento como arma contra as desigualdades sociais, através

A Anicer, Associação Nacional de Cerâmica, em parceria com os escritórios Pereira e Pereira Ad-vogados Associados e Werneck Consultoria e Assessoria, possi-bilita aos ceramistas a recupera-ção dos percentuais de reajuste que não foram corretamente calculados pela Eletrobrás. Isso porque entre janeiro de 1987 a janeiro de 1994, esteve em vigor uma lei que fez com que as indústrias brasileiras emprestas-sem à empresa valores propor-cionais ao consumo de energia elétrica. A lei garantia que o empréstimo seria ressarcido em 20 anos com juros de 6% e que o

A cerâmica Carmelo Fior, acaba de lançar a marca de pios e reves-timentos Idealle, que já começa a ser vendida nas principais redes de materiais de construção do país. A marca que foi inspirada no design europeu, é feita através do Roto-color Duall, maquina que permite

Loja em Diadema

A Dicico abriu no dia 22 de novembro, sua nova unida-de em Diadema. A nova loja que está localizada na Av. Piraporinha, número 50, tem cerca de 3 mil m2 e mais de 40 mil itens, com showroom dos principais fabricantes de revestimentos e cerâmicas, louças sanitárias, materiais básicos para construção, entre outros produtos. Essa é a 23a homecenter da rede, e a quinta a ser inaugurada este ano. A empresa espera inaugurar mais três unida-des, totalizando 26. A Dici-co pretende aumentar seu faturamento, de 40 milhões registrados em 2006 para aproximadamente R$ 500 milhões ainda em 2007.

Dicas para vender

Wilson Mileris, esse foi o apresentador da última Conferência Porto Ferreira que aconteceu de 12 a 14 de outubro. Atuante há 25 anos, como conferencista, treina-dor e consultor nas áreas de liderança, motivação e vendas, Mileris afirma que existem 7 dicas que toda a pessoa que for falar em pú-blico deve ter em conta. São elas: saber o que dizer; não sentir medo; predisposição para o sucesso, pois para ele a vontade de obter êxito deve ser parte vital no processo; agir confiantemente; utilizar auxiliares visuais; demons-trar respeito e afeição pelo público e falar com animação e energia. “O ato de vender está na rotina de todos, e não precisa ser um profissio-nal da área de vendas para fazer isso. Numa hora ou ou-tra você precisa vender uma idéia ou um conceito, e para que a sua opinião seja aceita é necessário saber argu-mentar e promover uma boa comunicação”, diz Mileris. O confenrencista avisa que um bom orador é capaz de mover multidões apenas por utlizar as palavras corretas nas situações certas.

Segundo pesquisa do estúdio Campionaria Visitatori NETS 2006, a última edição da Tecnargilla, Feira Internacional de Tecnologias e Insu-mos para a Indústria Cerâmica, que ocorreu em 2006, teve uma ótima aceitação por parte do público pre-sente. O questionário respondido por 1.017 entrevistados, 65,4% italianos e 34,6% estrangeiros, mostrou que a evolução da feira foi positiva para 98% das pessoas entrevistadas, em que 88% dos visitantes a definiram

Padrão europeu da Carmelo

trabalhar com desenhos grandes, possibilitando maior variedade de peças. “Além disso, a linha conta com revestimentos retificados, uma das poucas empresas do setor preocupadas com essa demanda”, afirma Vanderlei Caetano de Cas-tro, gerente comercial da empresa.

Tecnargilla 2006 agradou a visitantes

como “boa” ou “ótima”. Para 17% dos extrangeiros a feira foi “ótima”, 71% a consideraram “boa” e 9% “suficiente”. Já 8% dos italianos a consideraram “ótima”, 78% “boa”e 11% “suficien-te”. O estúdio confirmou também o profissionalismo dos visitantes, divididos da seguinte maneira: 17% titulares de empresa, 29% diretores e 45% técnicos. A próxima edição do evento, que é bianual, acontecerá de 30 de setembro até 4 de outubro de 2008, em Rimini.

do desenvolvimento de produtos de alto valor agregado e geradores de riquezas”, disse Aécio Neves, governador de Minas Gerais que esteve no evento. Em linhas gerais serão beneficiadas empresas que faturem até R$ 10,5 milhões ao ano, com financiamentos entre R$ 50 mil e R$ 500 mil. A FINEP terá ajuda das Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais, FAP’s, e dos Sebraes regionais, que juntos vão aportar R$ 95 milhões em recur-sos complementares. O objetivo é que essas instituições ajudem a identificar os projetos prioritários em cada estado.

empréstimo poderia ser converti-do em ações da Eletrobrás, que cometeu incorreções que geram redução dos créditos dos contri-buintes, o que diminui o número de ações recebidas e menor va-lor de juros e dividendos pagos. As empresas que pretendem ser atendidas não precisarão pagar nenhum valor inicial, somente ao final do processo, e com o retorno positivo será cobrado um percentual do valor recuperado. As empresas interessadas em participar da campanha devem entrar em contato com a Anicer pelo tel (21) 2524-0128 ou pelo e-mail: [email protected]

Recuperação de diferenças da Eletrobrás

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10 Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico

Quatro sentidos e cerâmica

A Ascer, Associação Espanho-la dos Fabricantes de Azulejos e Pavimentos Cerâmicos, lidera projeto de inovação sobre a per-cepção sensorial e emocional do usuário de cerâmica. O projeto chamado 4 senses (4 sentidos) tem como objetivo gerar conhecimento sobre a interação multisensorial do ser humano com a ambientação. Através do estudo a indústria ce-râmica poderá desenvolver novos produtos e serviços tecnológicos. O trabalho focará os quatro sentidos: visão, audição, tato e olfato, na qual

Após ter se unido ao Grupo Le-gris Indústrias em dezembro de 2006, o Grupo Ceric, empresa de soluções e serviços destinados à produção de materiais de cons-trução e cerâmica técnica, inicia uma nova organização, que leva o nome de Keyria, umas das divisões do Grupo Legris Industrias. Keyria agrupa hoje cinco sociedades de engenharia “Llave en mano”: Ceric, a empresa de referência, e Adler, ambas baseadas na França; além da Keller-HCW, Morando e Equip-ceramic, baseadas respectivamen-te na Alemanha, Itália e Espanha. Todas trabalham para a realização

Moda e Cerâmica

O 7º Encontro de Moda de Criciúma, promovido pelo Senai/Criciúma, aconteceu dia 28 de novembro, com a realização de três desfiles produzidos por alunos da instituição. O evento rea-lizado no Criciúma Shop-ping contou com parceria da Cerâmica Portinari, que desenvolveu coleções de re-vestimentos cerâmicos com conceitos associados aos da moda. A proposta inovadora do evento foi de apresentar através de um desfile promo-vido pela 4º fase do Curso Superior de Tecnologia em Moda e Estilo, que leva o título “Prazer”, uma releitura da coleção 2007 da Cerâmica Portinari.

Frutos da Construir

Com um total de 184 mil visitantes, a Construir 2007, Feira Internacional da Cons-trução, que aconteceu no Rio de Janeiro, possibilitará segundo organizadores, que os 300 expositores de todo o país, o que inclui atacadistas e fabricantes de material, má-quinas e equipamentos para a construção civil, obtenham um faturamento no mínimo de R$ 550 milhões nos próxi-mos 12 meses. Um aumento de mais de 14% sobre 2006. Acerca da edição de 2008, Jerônimo Vargas, diretor da Escala Eventos, uma das organizadoras do evento, lembra também que houve uma renovação imediata de 70% dos espaços para esta edição. Ele acredita que a Construir 2008 conquistará 90% de renovação. 17% mais do que a de 2007, que teve 73%, incluindo os contratos pós-evento.

especialistas tentarão entender como eles são estímulados, com o intuito de conhecer quais efeitos eles provocam no usuário e para descobrir quais sensações os clien-tes querem experimentar. O projeto que terá duração de 3 anos, conta com apoio do Instituto de Valência, do Instituto de Tecnologia Cerâmi-ca, do Ministério da Educação e Ciência do governo espanhol, e de 28 sócios, dentre os quais a Univer-sidade de Barcelona e empresas como a Tau Cerámica.

Céric agora é grupo Keyria

de projetos, soluções de engenha-ria, fabricação de equipamentos e prestação de serviços. Essas cinco marcas constituem a Keyria Internacional, primeira rede mundial de suporte e serviços para o setor. Para isso, a Keyria funda os Keyria-labs, uma aposta em comum com os recursos técnicos, científicos e humanos das cinco marcas, que estarão situados em três centros: Limoges, França; Asti, Itália, e Laggenbeck na Alemanha. Keyria tem volume de negócios de 303 milhões de euros em 2006, possue 14 centros indústriais e emprega mais de 1.700 assalariados.

Construção ganha câmara especializada na Fiesc

A Federação das Indústrias oficia-lizou no último dia 25 de janeiro de 2008 a criação da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção na Fiesc, Federação das Indústrias de Santa Catarina. A portaria que criou o órgão foi aprovada pela manhã na reunião de diretoria da federação, e à tar-de foi realizada a primeira reunião da nova câmara especializada da Fiesc, presidida por Hélio Barros, que promete lutar pela melhoria da tecnologia e a qualificação da mão-de-obra. Já para o presiden-

te da Fiesc, Alcântara Corrêa, o novo fórum fortalecerá o setor. “A Câmara conta com a estrutura do sistema Fiesc e este é um grande ganho para um segmento impor-tante da economia”, disse. O setor da construção responde por 4,7% do PIB, Produto Interno Bruto, de Santa Catarina. O estado tem 5.430 empresas registradas e 49.907 trabalhadores atuando na construção civil, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais, RAIS, do Ministério do Trabalho.

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EVENTOS

SURFACES 2008de 29 de janeiro a 1 de fevereiro

Las Vegas, Estados Unidoswww.surfaces2008.com

O evento já virou referência para o mercado de distribuidores ameri-canos e a cada edição vem atraindo mais a indústria de cerâmica. No Sands Expo & Convention Center.

CEVISAMA 2008de 5 a 9 de fevereiroValencia, Espanha

http://cevisama.feriavalencia.comEsta é a segunda mais importante

feira para o grupo brasileiro visitar. Cobre todos os aspectos do revesti-mento cerâmico. Neste ano a Cevi-sama comemora 26 anos, anteceden-do a Qualicer 2008 que vai acontecer entre os dias 10 e 13 de Fevereiro na cidade de Castellón de La Plana.

QUALICER 2008De 10 a 13 de fevereiro

Castellón, Espanhawww.qualicer.org

O evento, realizado de dois em dois anos, é referência para os ceramistas que querem ficar a par das novidades de equipamentos e materiais.

REVESTIR 2008de 11 a 14 de Março

São Paulo, SPwww.exporevestir.com.br

A feira brasileira destinada à ce-râmica e rochas conquistou outros tipos de revestimentos como lami-nados e parte, em sua sexta edição, para a consolidação definitiva.

FEICON BATIMAT 2008de 8 a 12 de abril

São Paulo, SPwww.feicon.com.br

A Alcântara Machado e a Reed Exhibitions prometem um dos maio-res eventos do setor da construção da América Latina. Um dos destaques da Feicon é o setor de cerâmica ver-melha, que na edição passada atraiu setores governamentais para a cons-trução civil.

COVERINGS 2008de 29 de abril a 2 de maioOrlando, Estados Unidos

www.coverings.comUm ano depois, a Coverings,, volta

a ser realizada na cidade de Orlando, no Orange County Convention Cen-ter. São esperados 37.00 visitantes.

CONTAF 2008de 06 a 8 de maio

São Bernardo do Campo, SPwww.contaf.com.br

O Contaf, Congresso Nacional de Técnicas para as Artes do Fogo, é um evento de caráter técnico destinado a todos aqueles que se dedicam ou se in-teressam pelas artes do fogo, como ar-tistas, escultores, professores e alunos.

CONGRESSO ABC 2008de 9 a 11 de junhoFlorianópolis, SC

www.abceram.org.brO evento realizado anualmente pela

Associação Brasileira de Cerâmica, terá sua 52a edição no Hotel Resort Costão do Santinho. O congresso reunirá representantes de diversos setores, como instituições de ensino e pesquisa, indústrias fabricantes de produtos cerâmicos e fornecedores.

ANICER 2008de 17 a 20 de setembro

Salvador, BAwww.anicer.com.br

Depois da edição 2007, em Belo Horizonte, o 37º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha será realizado no Centro de Conven-ções da Bahia, em Salvador. O even-to traz painéis, seminários e cursos específicos para profissionais da in-dústria de cerâmica vermelha.

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1� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 15

Você é quem define quem vai ganhar o Prêmio Mundo Cerâmico. Você irá votar em três Personalidades da cadeia produtiva da indústria cerâmica e em três Fornecedores da indústria nas diferentes categorias (para os fornecedores valem somente os votos das indústrias cerâmicas).No sentido de ajudá-lo a avaliar as personalidades e empresas e balizar sua indicação, sugerimos analisar os aspectos de: inovação tecnológica, desempenho da empresa, gestão da qualidade, preservação do meio ambiente. No caso de fornecedores, além destes critérios, considere a qualidade de atendimento, pontualidade

Cédula de Votação – Critérios Geraise assistência técnica. Serão válidos apenas os votos assinalados nesta cédula. É indispensável identificar se sua empresa é indústria ou fornecedora e o estado-sede.Para fins de contagem de votos é indiferente o nome da pessoa escolhida aparecer em primeiro, segundo ou terceiro lugar. Envie a cédula para o fax (11) 3663 5436, por e-mail: [email protected] ou por correio para: Revista Mundo Cerâmico. a/c - Prêmio 2008 - Al . Olga 422 cj 108 - CEP 01155-040 - São Paulo - SP.

A data limite para envio é 31 de março de 2008.

Minha Empresa tem sede no Estado de _____ e é Indústria Cerâmica Fornecedora da Indústria Cerâmica

Indústria Cerâmica

Esmaltada Estrutural Refratários Louça Sanitária Louça de MesaLíderes empresariais (aqui todos votos são válidos para qualquer personalidade de qualquer empresa do setor, seja ela indústria cerâmica ou fornecedor da indústria)1º Nome ……………………................………………. (Empresa……………………………..)2º Nome……………………………………................. (Empresa……………………………..)3º Nome………………………………………............... (Empresa……………………………..)

Fornecedor da Indústria Cerâmica - Categorias

Aditivos Químicos Matérias-primas 1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Colorifícios Serviços de Consultoria1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Energia Serviços de Serigrafia e Design 1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Institutos de Ensino, Qualidade e Pesquisa Equipamentos – Linha Completa 1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Extrusão Equipamentos – Prensagem1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Prep. Massas e Porcelanatos Equipamentos – Estampos e Moldes 1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Decoração e Esmaltação Equipamentos – Automação e Escolha 1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Secagem e Queima Equipamentos – Peças de Reposição 1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Prêmio Mundo Cerâmico 2008Personalidades - Indústrias - Fornecedores

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Balanço e perspectivasSe o ano de 2007 foi bom, 2008 deverá ser ainda melhor. O segmento da

construção civil finalmente começa a se destravar com uma série de medidas absolutamente óbvias que estimulam todo o setor

O ano de 2007 foi um momento de crescimento para a indústria cerâmi-ca de revestimentos, como também para a estrutural, em que suas em-presas buscaram uma maior conso-lidação ao se adequarem às normas técnicas, às exigências ambientais e principalmente ao crescimento da construção civil em nosso país. Como parte deste processo, também tivemos as participações em feiras nacionais e internacionais, como a Revestir, Feicon, Cersaie e Big 5, oportunidades, essas, que os cera-mistas dispõem anualmente para exporem seus produtos, e ao mesmo tempo, consolidarem, ainda mais, a imagem brasileira perante o merca-do mundial. Além disso, congres-sos, encontros, premiações e cursos aconteceram quase que mensalmen-te em todo o país, em que os fabri-cantes puderam aumentar seus pers-pectivos conhecimentos, nas áreas comercial e técnica, que envolvem o setor. Ferramentas para o crescimen-to é o que não faltaram, tendo em vista uma maior profissionalização das empresas em todo o país, que engloba desde grandes exportadores, até aquelas cerâmicas afastadas dos

grandes centros produtivos, como Santa Gertrudes e Criciúma. 2008 está aí, e com a continuidade do crescimento da construção civil - que todos esperam - a necessidade de um acompanhamento eficaz farão com que cresçam as cerâmicas que seguirem este ritmo, aumentando, assim, a competitividade já presente na indústria.

Revestimentos

Segundo maior consumidor, ter-ceiro maior produtor, e quarto maior exportador mundial. Essas são as po-sições que representam as conquis-tas que os fabricantes brasileiros de cerâmica para revestimentos tiveram em 2007, reforçando o status do Bra-sil, que nesse setor é um dos grandes protagonistas no cenário mundial. Protagonista que exporta para 130 países, além dos Estados Unidos que de tudo aquilo que importa, 16% é proveniente de cá. A Anfacer, Asso-ciação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, enti-dade que representa 94 empresas de revestimentos cerâmicos, informa que este total de fabricantes produzi-

ram no último ano que passou 698 milhões de metros quadrados. 6,37% a mais no mercado externo, e 10% para o mercado interno, em relação a 2006. “Parte do sucesso do seg-mento deve-se a ações conjuntas entre os empresários nos mercados interno e externo”, explica Antonio Carlos Kieling, superintendente da associação, que espera para 2008, crescimento de 7%. Sobre feiras internacionais, que a Anfacer par-ticipa anualmente, Kieling destaca que a presença brasileira nelas aju-dou a consolidar a marca Brasil em países como Argentina, Chile, Es-tados Unidos, França, Itália, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos. Para 2008, a Anfacer irá focar mer-cados que consomem produtos de alto valor agregado e que priorizam a qualidade e o design dos produtos brasileiros, aliados aos competitivos preços praticados pelos fabricantes nacionais. Para isso, os exportadores brasileiros continuarão a contar com ajuda da Apex, Agência de Promoção de Exportadores e Investimento, que participa na elaboração de projetos de divulgação, locação de espaços e auxílio para estandes. Geraldo Eus-táquio, consultor da Apex, tendo em vista uma maior fortalecimento das exportações, sugere que as empre-sas cerâmicas agregem maior valor ao seus produtos, e que fortaleçam a marca “made in Brasil”. Em 2007, foram exportados 102 milhões de m², com fechamento de 393 milhões de dólares FOB, segundo a Anfacer. Já no mercado interno, o destaque fica por conta da Revestir, Feira Inter-nacional de Revestimentos, que em 2007, obteve 30 mil visitantes e U$ 120 milhões em negócios. Para 2008 a previsão é de 32.000 visitantes e negócios em torno de US$ 130 mi-lhões. Apesar do otimismo, Adriano Lima, presidente da Anfacer, lembra que a grande ameaça para os produ-tores de revestimentos, é um suposto apagão do gás. “A grande ameaça que vivemos é a falta de gás natural, uma vez que a indústria de cerâmica para revestimento é totalmente de-pendente desse componente como

PERSPECTIVAS

Se o ano de 2007 foi bom, 2008 deverá ser ainda melhor. O segmento da construção civil finalmente começa a se destravar com uma série de medidas

absolutamente óbvias que estimulam todo o setor

Revestimentos estimam crescimento de pelo menos 7% em 2008

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fonte de energia”, conclui. Além do problema relacionado ao gás natural, João Oscar Bergstron, presidente da Aspacer, Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento, destaca também outro entrave para um maior crescimento da indústria, que segun-do ele foi a falta de planejamento por parte dos governos, o que oca-sionou os altos juros praticados no país e a valorização da moeda bra-sileira frente ao dólar. Ainda sobre 2007, Bergstron lembra os avanços na área ambiental, e a construção do Centro de Convenções da Indústria Cerâmica, que ocupará área de mais de seis mil m2, ao lado da sede de sua associação, em Santa Gertrudes. Sobre 2008, ele reforça a importân-cia da união entre as empresas, como fator principal para o crescimento. “Unidas, as empresas têm força para poder exigir dos governos incentivos necessários ao crescimento do setor industrial, como por exemplo, o for-necimento do gás natural para nosso setor, do qual somos reféns”, finaliza

o presidente da Aspacer, associação que terá como foque a realização da 1a edição do Forn&Cer, Encon-tro Internacional de Fornecedores e Cerâmicas, marcado para o perí-odo de 24 a 27 de junho, em Santa Gertrudes; a inauguração da Escola Cerâmica, que funcionará no Se-nai “Manoel José Ferreira”, de Rio Claro em um prédio com 2.500m2; a continuação do TAC, Termo de Ajustamento de Conduta, do Proje-to Lagos; e o término das obras do Centro de Convenções da Indústria Cerâmica. Ainda para 2008, Fabio Nishi, diretor comercial da Recesa, lembra que as empresas devem criar e cumprir regras claras para venda direta, incentivar e investir nas lo-jas especializadas em acabamento, e também dividir o portfólio de produ-tos entre venda direta, home centers e lojas especializadas. Sobre 2007, o diretor avalia que este foi um ano de progressos, porém com falha nas vendas. “Os preços estão cada vez mais baixos, a venda direta limita o crescimento das revendas e o valor percebido pelo consumidor. Foram lançados excelentes produtos, mas que foram desperdiçados no merca-do, em lojas inadequadas”, conclui.

Cerâmica Vermelha

Espalhadas nos quatro cantos do país, as empresas fabricantes de ti-jolos, telhas e tubos, que constituem a cerâmica estrutural ou vermelha, também dispuseram de ferramentas que viabilizem um crescimento do setor em diversos aspectos. Temos como exemplo dessas oportunidades o 36o Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, que aconte-ceu entre os dias 21 e 24 de agos-to em Belo Horizonte, MG, evento realizado pela Anicer, Associação Nacional da Indústria Cerâmica, que representa os fabricantes de ce-râmica estrutural. O seu presidente, Luiz Carlos Barbosa Lima, lembra que 2007 foi um ano que propiciou uma maior integração nacional prin-cipalmente com a Região Norte, em que quatro estados assinaram adesão

ao PSQ, como também uma reafir-mação dos eventos de cerâmica ver-melha, como o Encontro Nacional e a Expoanicer. Lima destaca ainda o convênio do PSQ telhas com o Se-brae nacional, e a entrega do PSQ de telhas ao PBQPH, Programa Brasi-leiro de Qualidade e Produtividade do Habitat. “Tivemos crescimen-to importante nas regiões Norte e Centro-Oeste. O Nordeste também apresentou crescimento. Já nas regi-ões Sul e Sudeste, onde existe uma maior pressão pela qualidade dos produtos, esse crescimento foi gran-de para aqueles que estão envolvi-dos com programas de qualidade”, explica Lima, que destaca a busca das empresas pela certificação, na qual algumas foram atrás de parce-rias com o Sebrae, Senai e outros órgãos estaduais. Certificação essa, que para Lima, deve ser o caminho a ser seguido pelos fabricantes, que segundo ele, é acima de tudo, uma exigência do mercado que busca em-presas que obedeçam às normas e à portaria do INMETRO. “As cerâmi-cas que se preocupam em produzir conforme as normas estão tendo crescimento importante, incluindo aí uma recuperação nos preços dos pro-dutos. Para aquelas que insistem em produzir fora das normas, o cenário aponta para o fechamento”, finaliza. Sobre sua associação, Lima informa que os objetivos desta para 2008 é o fechamento das normas de cálculo e execução de alvenaria estrutural e a de tijolos maciços, juntamente com a portaria do INMETRO para telhas; o fortalecimento dos trabalhos do ser-viço “Anicer na sua Empresa”; e por fim a criação dos serviços técnico-comercial, de marketing e publicida-de e de desenvolvimento setorial, que vão trabalhar junto com os sindicatos e associações regionais. O presiden-te também relembra a importância da criação de laboratórios Senai de cerâmica vermelha nos estados que ainda não o possuem, e a resolução de problemas na área ambiental com a resolução do Conama 369 e a cria-ção do marco regulatório do CFEM, Compensação Financeira pela Ex-

ploração de Recursos Minerais, em que já estão discutindo estes temas com diversas instituições privadas, DNPM, Departamento Nacional de Produção Mineral, e Ministério das Minas e Energia.

Construção civil

Como dito anteriormente, a regu-larização perante normas e medidas fizeram com que muitas empresas cerâmicas buscassem uma maior consolidação e respaldo perante o mercado da construção civil. Merca-do esse que teve aumento de 7,9% até setembro na geração de empre-gos, que neste mesmo período teve elevação de 7,4%, e de 7% no co-mércio de insumos de construção, se-gundo o SindusCon/Sp, Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo. “O ano de 2007 foi marcado por uma positiva expansão da cadeia da construção civil, re-afirmando sua força e impor-tante papel multiplicador no desenvolvimento do país”, diz Juliana Castro Pastor, gerente executiva da Abramat, Asso-ciação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção. Juliana ainda diz que 2007 marcou a ampliação do volu-me de recursos, modalidades e prazos de financiamento para habitação. Para comprovar, dados registrados até outubro de 2007 demonstraram cres-cimento de 87% no valor de financiamentos pelo SBPE, Sociedade Brasileira de Pla-nejamento Energético, que foi de R$ 14,2 bilhões comparado ao mesmo período de 2006, R$ 7,6 bilhões, o que corres-ponde a um crescimento de 92 mil para 155,8 mil unidades. A associação mostra-se igual-mente otimista, pelas obras do PAC, Plano de Aceleração do Crescimento, que têm início neste ano, o que expandirá as atividades da construção civil. Segundo a Abramat, o PIB do setor deve crescer entre 10% e

O varejo continua sendo o principal canal de escoamento

14% em 2008. Ainda sobre o PAC, Cláudio Elias Conz, pre-sidente da Ana-maco, Associa-ção Nacional dos Comercian-tes de Material de Construção, espera que em 2008 as verbas destinadas a esse programa sejam e f e t iva m e n t e implementadas, em que critica o governo ao dizer que por enquanto muito se falou e pouco dinheiro foi visto. Segundo sua associação, o ano de 2007 foi muito produtivo, com o comércio crescendo 8,5% em relação a 2006. Ainda sobre o crescimento

da construção em nosso país, Adriano Lima, presidente da Anfacer, projeta

que em 2008, o setor de revestimen-tos cresça acima deste setor e do PIB, mostrando assim um otimismo que reforça a idéia de que a indústria ce-râmica pode acompanhar o ritmo das diversas obras em nosso país. Cabe agora torcermos para que as palavras de Adriano Lima se cumpram, e que toda a indústria cerâmica tenha um ótimo 2008.

Lima: otimismo cauteloso com os problemas de infraestrutura

Barbosa Lima: a luta pela qualificação, qualidade e certificação da produção continua

PERSPECTIVAS

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Dubai, maior cidade dos Emira-dos Árabes Unidos. Este foi o des-tino de 10 cerâmicas brasileiras em novembro, por ocasião da The Big 5 Show, maior feira de construção do Oriente Médio, que aconteceu entre 25 e 29 daquele mês. Quem também esteve no evento foi a Anfacer, As-sociação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, que foi uma das organizadoras da missão brasileira até aquela região do planeta, junto com a Abi-rochas, Associação Brasileira da Indústria de Rochas Orna-mentais; Câmara de Comércio Árabe-brasileira; e a Apex, Agência de Promoção de Ex-portações e Investimentos. A Apex, em conjunto com as as-sociações levaram as seguin-tes empresas cerâmicas: Atlas, Batistella, Casagrande, Ceusa, Gail, Gyotoku, Inti, Itagres, Mosarte e Pamesa. Esta foi a 5a participação brasileira no evento, e a segunda com ajuda governamental. Junto com as cerâmicas, outros setores re-lacionados à construção civil, contabilizaram, através da Big 5, o total de U$ 28 milhões em negócios. Ao todo participa-ram 29 empresas nacionais, sendo 10 de cerâmica, em um espaço de 480 m2, situado bem na entrada do Dubai In-ternational Exhibition Centre, local onde o evento foi reali-zado. Esses números acerca da participação brasileira na Big 5 custaram aos órgãos públicos a quantia de R$ 3 milhões, incluindo merchandising.

Produtos

Com presença de 2.000 empresas de 67 países, o Oriente Médio rece-beu a maior concentração de empre-sas internacionais em um só lugar, ou seja, na Big 5. Feira, que acon-tece anualmente em uma das cida-des mais cosmopolitas do globo. Lá distribuidoras, imobiliárias, constru-toras, fabricantes, e claro o público,

tiveram a oportunidade de verificar a presença de diversas tendências e equipamentos dos quatro cantos do planeta nesta cidade árabe, que está a se transformar, cada dia mais, em uma “ponte” entre oriente e ociden-te. “Querem ocidentalizar ao levar outras culturas. Não querem padro-nizá-la, como sendo unicamente ára-be”, explica Geraldo Ricciardi, pre-sidente da Cerâmica Atlas, acerca da proposta do evento, e também dos

Emirados Árabes Unidos. Para Ric-ciardi, os árabes privilegiam produ-tos com ótima qualidade, com cores fortes e marcantes, que demonstrem status e poder econômico. No geral, os ceramistas brasileiros presentes destacaram os retificados e os reves-timentos brilhantes, como sendo os de maior procura na feira, além de granitos e mármores. No entanto, Cláudio Cetenareski, gerente da re-gião do Oriente Médio e Golfo Pér-sico da Cerâmica Casagrande, lem-bra que os produtos de cor bege, que fazem uma alusão à areia, também

A nova era do ouro

Quem apostou neste pequeno paraíso encravado no Oriente Médio, região conturbada por guerras e incidentes que parecem não ter mais fim, mas nem por

isso menos rica, não se arrependeu e pretende voltar com freqüência

tiveram uma boa procura por parte do público da região, que incluía vi-sitantes da Arábia Saudita, Irã, Omã e Qatar. “Eles buscam produtos de alto valor agregado, e são abertos a todas tipologias”, explica Alais Co-luchi, relações internacionais da An-facer. Tendo como base a Big 5, os ceramistas brasileiros são unânimes ao afirmar que os produtos nacionais não devem em nada aos de outras nações. “Os produtos internacionais

eram parecidos com os nossos, bem comparativos”, diz João Brito, gerente de exportação da Batistella que apresentou para este mercado a linha Por-cellanato e Suprema Rústica e Acetinada, além das coleções Retificados e Monoporosa. Por fim, o argentino Mariano Hajny, gerente de exportação da Pamesa, critica a Big 5, pois segundo ele, esta não lan-ça tendências mundiais, como acontece em outras feiras: “Os produtos mostrados na Big 5 são uma extensão daquilo que é lançado em outras feiras, como a Cersaie”, conclui.

Visitas

Maior consolidação dos produtos. Esse foi o principal motivo da ida das cerâmicas nacionais e da Anfacer até o Oriente Médio. Mercado esse que, segundo os ceramistas presentes no evento, é ainda dominado por empresas italia-

nas e espanholas. Sabendo-se disso, visitas até distribuidoras, câmaras de comércio e imobiliárias, não só dos Emirados Árabes Unidos, como tam-bém dos países vizinhos, marcaram a passagem dos brasileiros naquela região, em que a construção civil e o turismo são as principais atrações desta emergente nação. Tendo esse fato em mente, o Brasil foi até lá para mostrar a cara: “O que me espantou foi a oportunidade do Brasil de mos-trar-se para este mercado e para este “mundo imaginário”, que não é para valer”, explica Ricciardi da Atlas,

Apex e Anfacer: Pavilhão Brasileiro na Big 5

DUBAI

Quem apostou neste pequeno paraíso encravado no Oriente Médio, região conturbada por guerras e incidentes que parecem não ter mais fim, mas nem por

isso menos rica, não se arrependeu e pretende voltar com freqüência

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22 Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 2�

que destaca a grandiosidade de Du-bai, e o jogo de marketing lá existen-te. Para se ter uma idéia, está sendo construido na cidade um metrô com 70 km de linha, isso sem contar ou-tras obras “faraônicas” já existentes, como o Emirates Towers, e os hotéis Rose Tower, e Burj Al Arab, na qual a Cerâmica Inti vendeu cubas para investidores deste hotel. Por conta do ritmo alucinante de obras locais, a Anfacer e a maioria das 10 cerâmi-cas participantes da missão fizeram diversos contatos, não só com cons-trutoras dos Emirados, como também de diversos países do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Líbano, Omã e Irã, e até mesmo com empresas da Índia e Paquistão. “Visitamos algu-mas construtoras locais no porto de Dubai, como também centros de dis-tribuição”, informa Alais da Anfacer, associação que esteve presente em missão comercial ao Qatar e Kuwait, países que recebem apenas 1% das exportações brasileiras. “Visitamos muitos projetos concluídos e outros em andamento. Em todos há uma forte presença da cerâmica para re-vestimento. O mercado árabe ainda precisa ser conquistado, mas agora já tem a Anfacer como referência do setor cerâmico”, comenta Antonio Carlos Kieling, superintendente da

associação. Espera-se que os Emi-rados Árabes Unidos, utilize, ainda mais, em suas obras produtos brasi-leiros, tal como acontece no projeto “The Palms”, em Dubai, que usará revestimentos da Portobello. Em-presa essa que tem seu porcelanato revestindo o shopping Red Sea Mall, na Arábia Saudita.

Mercado

Mas o que é preciso ser realizado para se conquistar esse mercado? Para André Spiandorin, gerente da área de exportação para Europa, Oriente Médio e Ásia, da Itagres, as empresas nacionais devem cumprir com a palavra e apresentar boa qua-lidade operacional: “Acima de tudo, os árabes apreciam a qualidade ope-racional, como serviços e prazos de entrega. Para eles a palavra tem mui-to valor, e ela tem que ser cumprida”, alerta o gerente, na qual garante que grande parte das empresas nacionais não realizam estas tarefas com plena eficácia. Por sua vez, Hajny da Pa-mesa - Brasil, afirma que empresas devem investir em showrooms, pois segundo ele, as construtoras daque-la região fecham grande parte dos negócios nestes estabelecimentos,

Ceusa: tradição no desenvolvimento de produtos ao gosto do Oriente Médio

com a presença de arquitetos e enge-nheiros. Vale lembrar que a Pamesa - Espanha exporta para o Oriente Mé-dio há 35 anos. Já a Pamesa - Brasil levou para a Big 5, 30 contêineres só de revestimentos, na qual foram comercializados 20% do total. Ain-da acerca de arquitetos, Ricciardi da Atlas, lembra que muitas empresas da região contratam estes profissio-nais brasileiros, com a proposta de trazer outras culturas e estilos diver-sificados, para satisfazer a gama de gostos do mundo todo. O presidente da Atlas lembra que a concorrência e a cotação do dólar privaram a rea-lização de grandes negócios, mesmo com o grande interesse do púbico presente. Para comprovar o fato da existência de uma abertura por parte dos empresários dos Emirados Ára-bes Unidos, Cláudio Cetenareski, da Casagrande Revestimentos, informa que trocou mais de 200 cartões com lojas, distribuidoras e curiosos. Sua empresa comercializou 80 mil m2 de volume. Resta esperar pelos re-sultados desta ação que anualmente vem sendo feita no Oriente Médio, em que todos os ceramistas aprovam e confiam nos esforços feitos pela Anfacer, Apex e pela Câmara de Co-mércio Árabe - Brasileira.

Kieling e Andrade: aposta em mercados emergentes para compensar os EUA

O Brasil é um grande protago-nista do setor de cerâmica para re-vestimento no cenário mundial. No ranking internacional é o segundo maior consumidor, o terceiro maior produtor e o quarto maior expor-tador. O Brasil detém 16% de todo o volume importado pelos Estados Unidos (maior importador do mun-do) e exporta ainda para outros 130 países.

Apesar da desaceleração das ven-das no mercado externo, em função do câmbio desfavorável, as ven-das totais brasileiras registraram em 2007 um crescimento global de 6,37% alavancadas por um cresci-mento de 10% do mercado interno.

Para 2008 a projeção continua po-sitiva, apontando um crescimento de 7%, segundo o presidente da An-facer, Adriano Lima. “O setor deve crescer acima do PIB e da constru-ção civil em geral. A grande ameaça que vivemos é a falta de gás natural, uma vez que a indústria de cerâmica para revestimento é totalmente de-pendente desse componente como fonte de energia”, comenta.

Parte do sucesso do segmento “deve-se a ações conjuntas entre os empresários nos mercados interno e externo”, explica Antonio Carlos Kieling, superintendente da Anfacer.

No mercado internacional, mesmo com as perdas cambiais dos últimos dois anos, o setor tem participado ativamente em feiras e missões de negócios, para manter o destacado espaço conquistado em mais de dez anos de investimentos.

Para Kieling, a indústria brasileira encontra-se moderna e competiti-va. “Nossa participação em eventos internacionais consolidou a marca

Brasil no mercado externo”. Paí-ses como Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Itália, Reino Uni-do e Emirados Árabes estiveram na agenda de atividades dos ceramistas brasileiros em 2007.

Nos próximos anos, segundo Kie-ling, “as atividades de promoção in-ternacional do setor, sempre apoia-das pela Apex Brasil, estarão foca-das em mercados que consomem produtos de alto valor agregado e que priorizam a qualidade e o design dos produtos brasileiros, aliados aos competitivos preços praticados pelos fabricantes nacionais”.

No mercado interno destaque para a Revestir - Feira Internacional de Revestimentos, que a cada ano cres-ce em visitação e negócios, ultrapas-sando os 30 mil visitantes e US$ 120 milhões em 2007. Para 2008 a previ-são é de 32.000 visitantes e US$ 130 milhões em negócios.

O Fórum Internacional de Arqui-tetura e Construção, evento inte-grado à Revestir, é também respon-sável pelo grande avanço do setor nos últimos anos. Com conteúdos e dias temáticos para Designers de Interiores, Revendedores de Mate-riais de Construção, Construtores e Arquitetos, firmou-se como o maior encontro de debates sobre as tendências e tecnologias da cons-trução civil, com mais de 3.000 participantes.

Para Lauro Andrade, diretor da Re-vestir e do Fórum, “os eventos são a maior vitrine do segmento na Amé-rica Latina e, em função das tendên-cias e lançamentos apresentados, eles são considerados pelos profissionais como a Fashion Week da construção civil brasileira”, conclui Andrade.

Informações do Setor:• 94 empresas • 117 plantas industriais • 18 estados brasileiros • 25.000 empregos diretos • 250.000 na cadeia produtiva

(mineração, colorifícios, máquinas e equipamentos, transportes, cerâ-micas e assentadores)

• 2º. Maior Consumidor Mundial • 3º. Maior Produtor Mundial • 4º. Maior Exportador Mundial • Top 5 Import (m2): EUA, Ar-

gentina, Chile, Paraguai e África do Sul

• Top 5 Import (US$ FOB): EUA, Argentina, Chile, África do Sul e Canadá

• Detemos 16% das importações dos EUA (maior importador mun-dial)

Previsões do Setor:•Capacidade Produtiva: Em 2007: 698 milhões m2 -

2007/2006: +3,81% Em 2008: 726 milhões m2 –

2008/2007: +4,00% •Produção efetiva: Em 2007: 632 milhões de m2

– 2007/2006: +6,44% Em 2008: 664 milhões de m2

– 2008/2007: +5,00% •Vendas Totais: Em 2007: 636 milhões de m2

– 2007/2006: +6,37% Em 2008: 678 milhões de m2

– 2008/2007: +7,00% •Vendas Mercado Interno: Em 2007: 532 milhões de m2

– 2007/2006: +10,00% Em 2008: 575 milhões de m2

– 2008/2007: +8,00% •Vendas Mercado Externo (em

m2): Em 2007: 104 milhões de m2

– 2007/2006: -9,32% Em 2008: 104 milhões de m2

– 2008/2007: 0,00% •Vendas Mercado Externo (em

US$): Em 2007: US$ 397 milhões –

2007/2006: - 7,77% Em 2008: US$ 408 milhões –

2008/2007:+ 3,00 %

DUBAI

Revestimentos projetam 7% para 2008

Com um crescimento de 6,37% em 2007 o setor de revestimentos cerâmicos projeta um desempenho não

inferior a 7% para este ano de 2008

MERCADO

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2� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 25

No último dia 29 de novembro de 2007, aconteceu o “2º Dia da Qua-lidade CCB, Centro Cerâmico do Brasil” que englobou a 4a Reunião da Comissão de Estudos de Placas Cerâmicas da ABNT, CE-02:109.10, no Cretta Hotel, localizado na cidade de Santa Gertrudes, interior de São

Paulo. O evento contou com a par-ticipação de empresas cerâmicas da regiões Sudeste e Sul do país; indús-trias de argamassas; Procon; Anama-co, Associação Nacional dos Comer-ciantes de Material de Construção; consultores na área técnica; univer-sidades; e pelos seguintes labora-

tórios acreditados pelo INMETRO para realização de ensaios em placas cerâmicas: Falcão Bauer, Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais, Escola Senai Mário Amato e o Centro de Inovação Tec-nológica de Cerâmica, CITEC-CCB. As apresentações e discussões acon-

teceram durante todo o dia, cujo os presentes debateram os dados sobre destacamento em fachada e expan-são por umidade, EPU, da placa ce-râmica, e também, o levantamento das sugestões dos participantes para a atualização da norma ISO 10545 de ensaios laboratoriais para placas cerâmicas.

Normas de assentamento

“Ficamos muito honrados em fazer uma reunião da Comissão de Estudos da ABNT com a par-ticipação expressiva das empre-sas, juntamente com os diversos representantes e consumidores. Isto permitiu o enriquecimento das discussões dos assuntos tra-tados”, explica Ana Paula Mene-gazzo, gerente geral do CITEC-CCB e organizadora do evento. Por fim, a gerente lembra que a indústria deu um importante passo no “2o Dia de Qualidade CCB”, pois ficou acordado que irá agilizar a revisão das normas de assentamento de placas cerâ-micas através da criação de um sub-comitê provisório juntan-

Definindo os novos rumos

QUALIDADE

O CCB, Centro Cerâmico do Brasil, promoveu uma jornada em Rio Claro, SP, para debater o atual estágio de qualidade no segmento cerâmico brasileiro. Apesar da relevância desta atividade que visa

robustecer a presença brasileira em mercados competitivos a baixa adesão preocupou os organizadores do evento

do várias comitês da ABNT: CB18, Cimento, concreto e agregado, e CB02, Construção Civil. “A revisão das especificações e metodologias de testes será de grande valor tanto para a indústria cerâmica como para o consumidor, pois sabemos que as normas de cerâmica estão obsoletas

Ana Paula Menegazzo, diretora do CCB, apresentou as propostas na abertura do evento

Amanda Leme (microfone) e Roberto Gonçalves representaram a Gail no evento

e não acompanham as melhorias do produto brasileiro”, avalia a Eng. Liliane Congro, supervisora de qualidade da Cecrisa.

EPU e pouca participação

Apesar da importância dos as-suntos tratados, Roberto Gon-çalves, representante da Gail Guarulhos Indústria e Comércio Ltda., lembra que a participação dos presentes foi tímida, na qual não mostraram preocupação acer-ca do problema da expansão por umidade. “Muitos não atentaram para o tamanho do problema, que pode extrapolar de fachadas para o sistema de revestimento cerâmi-co como um todo, imputando uma pré-condição de réu para todos os fabricantes de cerâmica, caso ocorra algum tipo de sinistro nas

obras”, explica Gonçalves. Mesmo com participação abaixo do esperado por parte de alguns representantes, o CCB acredita que fortaleceu ainda mais seu papel de entidade tecno-lógica, que busca sempre aumentar a qualidade da cadeia produtiva da placa cerâmica brasileira.

Evento realizado na região de Santa Gertrudes tratou de temas importantes para o setor

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2� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 2�

Em 2007, o gás natural foi um dos assuntos presentes nos meios de co-municação, influenciou relações di-plomáticas, como também tomadas de decisão de produtores, empresá-rios e consumidores em todo o país. Tudo começou com o medo de um racionamento desta fonte de ener-gia, que preocupou e ainda preocupa muitos ceramistas, por conta da pos-se do presidente boliviano Evo Mo-rales, em janeiro de 2006, que nacio-nalizou o gás, maior riqueza natural da Bolívia. Isso atingiu os interesses da Petrobrás, que controla o gás na-tural no Brasil, e que traz esta fonte vinda de nossos vizinhos até as dis-tribuidoras nacionais. Petrobrás essa que ajudou na popularização do gás natural, principalmente na indústria automobilística através do GNV, gás natural veicular, que entre 2003 e 2005 teve um boom, por conta dos preços acessíveis. Isso aconteceu porque o preço do gás ficou está-vel para estimular o consumo, vis-to que nesta época havia sobras de gás natural devido à ociosidade das usinas térmicas, que geram energia elétrica a partir do gás natural, devi-

do às chuvas abundantes no período. Quando São Pedro resolveu parar de ajudar, o problema apareceu e a Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, decidiu colocar as térmi-cas em atividade para compensar os baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Mesmo com os jogos políticos e negócios em torno do gás natural estarem em andamento, grande parte das empresas de reves-timentos cerâmicos utilizam o gás natural como fonte principal de suas fábricas, e ainda por cima outras já estão em processo de implantação. Já as distribuidoras não acreditam em um racionamento, porém caso isso aconteça as indústrias encontra-riam sérios problemas, opinião esta, parecida com as das cerâmicas, que são dependentes desta fonte muito benéfica para o setor.

Administração da Petrobrás

Como detentora e responsável pela distribuição de gás natural em nosso país, a Petrobrás recebeu ao longo dos últimos meses criticas e até ameaças de processos, vindas de

representantes de indústrias brasilei-ras e, principalmente, de associações ligadas à distribuição e ao consumo de gás. Entre estes a Abegás, Asso-ciação Brasileira das Empresas Dis-tribuidoras de Gás Canalizado, e a Abrace, Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Li-vres. Estas associações acusam a empresa estatal de vender gás natu-ral sem estoque para atender todos os clientes. Porém, ao contrário des-tas duas entidades de classe, empre-sas cerâmicas e, até mesmo, alguns distribuidores, não têm feito recla-mações, pois segundo eles, o gás na-tural não tem faltado em suas fábri-cas. Eles alegam que enquanto vier gás da Bolívia, as indústrias estarão abastecidas, o problema é quando isso acabar, situação que as distribui-doras temem. “Somos dependentes da Bolívia. Enquanto enviarem gás natural vai estar bom, o problema é se eles pararem de o fazer, algo que não acredito, pois eles dependem disso”, afirma Ivan Ranzolin, presi-dente da SCgás, Companhia de Gás de Santa Catarina. Companhia que

possui rede de distribuição de 679 km que atende 36 municípios deste estado, incluindo Criciúma, uma das principais cidades cerâmicas do Bra-sil. Opinião parecida com a de Ran-zolin, é a de Antonio Carlos Kieling, superintendente da Anfacer, Asso-ciação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, que afirma ter confiança nas autoridades do setor de energia, mas que faz um aviso: “A Petrobrás não pode indu-zir a indústria a investir em algo que pode ser retirado”. O superintenden-te também espera que não aconteçam reajustes no preço, por serem preju-diciais ao setor pois geram inflação e uma maior competitividade. Já Ro-berto Infiesta, presidente da Carbo-gás, empresa que produz plantas de gaseificação para fábricas, critica a Petrobrás e o governo brasileiro, por pensarem que a Bolívia iria nos ven-der para sempre as mesmas quanti-dades de gás natural do que aquelas enviadas 15 anos atrás. “Estava na cara que os bolivianos não iriam nos vender todo o gás deles para sempre, e de outro lado, a carência mundial de energia irá aumentar muito com o advento da China, como grande consumidor, provocando um aumen-to substancial no preço do petróleo, que já se aproxima de US$ 100,00/barril”, explica Infiesta, que admite que a Petrobrás ajudou as empresas ao popularizar o gás natural, o que fez com que muitas cerâmicas alte-rassem sua matriz energética ao op-tarem por usar um combustível que apenas necessita que um registro seja aberto para ser usado.

Escolhas

Como vimos, uma das vantagens que as empresas têm ao resolverem implantar o gás natural, é o fato des-te combustível ser de fácil aplicação, em que é preciso descomprimí-lo e aquecê-lo. Porém existem outros be-nefícios, que segundo o site www.gasnet.com.br, são:

• Densidade relativa ao ar atmosfé-rico inferior à 1, o que significa que o gás natural é mais leve que o ar,

impedindo assim problemas como a asfixia;

• Não toxidade, pois se inalado não provoca danos à saúde;

• Limite de inflamabilidade é alto, ou seja, para atingir condições de auto-sustentação da combustão se faz necessária uma quantidade sig-nificativa de gás natural em rela-ção à quantidade total de ar em um ambiente. Assim, na ocorrência de um escapamento de gás natural em ambiente interno, as probabilidades de manutenção da combustão após o início por uma fonte externa são muito reduzidas;

• Faixa entre os limites de inflama-bilidade inferior e superior é estreita, o que significa dizer que a condição de diluição da mistura ar-gás natural que permite a auto-sustentação da combustão após uma incitação ini-cial é rapidamente perdida, pois logo se atinge o limite superior de infla-mabilidade, e o gás natural torna-se diluente do ar;

• Não explosividade, visto que o gás natural não se acumula em ambien-tes internos, em que as condições de inflamabilidade são facilmente atin-gidas e que nestas condições a velo-cidade de propagação da combustão do gás natural é a menor entre os gases combustíveis, por conta disso a ocorrência de explosões por esca-pamento do gás é praticamente nula.

Esses benefícios motivaram os in-dustriais da cidade de Tambaú, no interior de São Paulo, a reivindicar o acesso ao gás natural, visto que al-guns municípios vizinhos como Por-to Ferreira já o possuem há 4 anos, por pertencerem à região de atua-ção da distribuidora Gás Brasiliano. Tambaú, pertencente à Comgás, rei-vindicou que esta companhia fizesse o mesmo, o que realmente aconte-ceu, com ajuda do então governador Geraldo Alckmin. “O Alckmin foi o “arquiteto” ao obrigar a Comgás a aceitar um custo financeiro alto, para poder pagar toda a despesa da transferência da Gás Brasiliano até Tambaú”, explica Geraldo Ricciardi, presidente da Cerâmica Atlas, umas das principais cerâmicas da região,

que ainda informa que a Petrobrás deu uma cota de 1 milhão de m3 para sua cidade. Segundo Ricciardi, a implantação do gás natural era uma questão de vida ou morte, isso por conta do preço do GLP, Gás Lique-feito de Petróleo, que subiu muito há 4 anos. O presidente da Atlas espera que a instalação esteja concluída já em fevereiro deste ano. Por sua vez, empresas que utilizam o gás natural desde o começo da década estão sa-tisfeitas, como a Cecrisa, que obte-ve uma maior estabilidade em seu processo produtivo. No entanto, o seu diretor de operações, José Zim-mermann Jr., garante que nem tudo é maravilha: “O gás natural foi esco-lhido pela promessa de custo baixo, o que não ocorreu. Quando o dólar subiu, em 2002, o preço do gás su-biu, e quando o dólar baixou o preço do gás não abaixou”. Mesmo assim, Zimmermann diz que caso aconteça um apagão do gás natural a produção dos fornos cessaria imediatamente, e a única escolha seria a substituição por GLP. Esse fato mostra um dos pontos negativos da implantação do gás natural: a total dependên-cia perante o governo brasileiro, e até mesmo perante o boliviano. Por causa disso, o uso de gaseificadores é uma opção para algumas empre-sas que queiram gerar seu próprio gás. “Não é cômodo ter que gerar seu próprio gás. É muito mais fácil abrir um registro e riscar um fósfo-ro. Porém quando esta comodidade representa o risco de ter a empresa parada, por falta de combustível ou, gastar até 20% do faturamento dela a mais todo o mês, já deixa de ser comodidade para ser comodismo”, informa Roberto Infiesta da Carbo-gás, que também garante o menor custo dos gaseificadores. Isso porque segundo ele, o gás do carvão custa R$30,00/Gcal, já o GLP custa aproxi-madamente R$ 180,00/Gcal, e o GN, aproximadamente R$ 100,00/Gcal, valores esses que variam conforme o local. Tendo em vista este cenário, cabe ao ceramista verificar qual o me-lhor caminho, principalmente neste período de tensões diplomáticas.

ENERGIA

O eterno fantasma do gás

A energia limpa que tanto empolgou a indústria cerâmica brasileira, sempre correu o risco de se transformar em pesadelo, até porque o

país não tem um planejamento energético para valer

A energia limpa que tanto empolgou a indústria cerâmica brasileira, sempre correu o risco de se transformar em pesadelo, até porque o

país não tem um planejamento energético para valer

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2� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 2�

Com o objetivo de conquistar o mercado cerâmico, a JCB lançou recentemente no Brasil alguns ma-quinários que visam proporcionar maior praticidade e comodidade ao ceramista. Com isso, a empresa es-pera aumentar suas vendas, e criar vínculos com a indústria cerâmica. Por conta deste objetivo em mente, a JCB apostou na fabricação de ma-quinas que possibilitam a realização de diferentes tarefas. São elas: em-pilhadeira todo terreno RTFL 940, empilhadeira telescópica Teletruk modelo 35D, e o manipulador teles-cópico Loadall modelo 535-125. A empilhadeira RTFL 940 possui ca-pacidade de carga de 4000 kg, com torre dupla e tração 4x2. Sua grande vantagem reside no fato de poder ser usada em qualquer terreno, tanto no pátio como em áreas externas. Já a

empilhadeira telescópica Teletruk modelo 35D tem capacidade de car-ga de 3500 kg, e possui lança teles-cópica de 4,30 m de altura e tração 4X4. Seu diferencial está em sua dupla função, na qual pode trabalhar como carregador e também como caçamba. Por fim, o manipulador te-lescópico Loadall modelo 535-125, tem capacidade de carga de 3500 kg, possui lança telescópica de 12,30m de altura e tração 4X4. Este equipa-mento trabalha tanto no transporte e no empilhamento com garfo e ca-çamba, Como vimos, as semelhan-ças são indênticas, o que denota a tendência da empresa em privilegiar o multi-funcionalismo em suas esca-vadeiras e manipuladores, que pode ser útil no dia-a-dia de uma empresa cerâmica, que trabalha em diferentes formas de terreno. “Todas estas má-

quinas são importantes para o carre-gamento e movimentação dos pro-dutos da indústria até o forno, como também pelas diferentes funções que exercem”, explica Nei Hamilton Martins, gerente nacional de vendas da JCB do Brasil, que garante que estas maquinas não necessitam de grandes cuidados, além da verifica-ção do óleo do motor e da transmis-são, como também da checabilidade do filtro de ar.

Intercâmbio com ceramistas

A JCB já é hoje um dos três maio-res produtores mundiais de equipa-mentos para construção e agricultu-ra no mundo, e espera para os próxi-mos anos se tornar a maior referên-cia deste setor. Para isso, Martins espera um maior intercâmbio com

MOVIMENTAÇÃO

Tração nas quatro rodas

os ceramistas para que haja troca de informações entre sua empresa e os consumidores destes maquinários, algo que, segundo ele, infelizmen-te ainda não aconteceu. O gerente também garante que o empresário que adquirir os produtos da JCB, encontrará, além da qualidade e durabilidade das máquinas, ótimos serviços em pós-venda e atendi-mento, que segundo ele, devem ser os diferenciais para obtenção do su-cesso em qualquer área. No mínimo resta aos ceramistas verificarem de perto esses equipamentos, e quem sabe ajudar no fortalecimento da relação entre os usuários e fabrican-tes de máquinas para a indústria da construção, como a JCB.

Terceiro fabricante mundial de máquinas fora-de-estrada a inglesa JCB apresenta soluções versáteis para a indústria cerâmica brasileira que vão

da argileira ao pátio de carga de caminhões

Terceiro fabricante mundial de máquinas fora-de-estrada a inglesa JCB apresenta soluções versáteis para a indústria cerâmica brasileira que vão

da argileira ao pátio de carga de caminhões

Paulo Oliveira e Nei Hamilton Martins, na sede brasileira da JBC em Sorocaba, SP, com o lançamento JS200

Escavadeira hidráulica JS200: 21 ton.

Loadall 535-125: manipulador telescópico e caçamba

Empilhadeira todo terreno RTFL 940

Teletruck 35 D: empilhadeira todo terreno com lança telescópica

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�0 Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 �1

O preço dos boratos no mercado brasileiro aumentou 70% de outubro de 2007 a fevereiro de 2008. A previ-são é de novos aumentos em março.

Esse aumento, que se soma ao de vários outros insumos (energia, oxigênio, carbonatos, mão-de-obra, transporte, etc.), tem um profundo impacto sobre os custos de fabrica-ção das fritas e esmaltes produzidos pelos colorifícios brasileiros, que

tem visto suas margens de lucro di-minuírem consideravelmente nos últimos anos e não têm outra opção a não ser repassarem esse aumento para os custos dos seus produtos, fri-tas e esmaltes.

Indústria e colorifícios

Muito embora os dados oficiais ainda não tenham sido divulgados, o

Brasil, com uma produção de 630 e um consumo interno de 530 milhões de metros quadrados, em 2007 (esti-mados), é hoje, provavelmente, o se-gundo maior produtor e consumidor mundial de revestimentos cerâmicos, à frente da Itália e Espanha e depois da China. Dentre os principais insu-mos essenciais para esse setor estão as fritas e esmaltes, fornecidos pelos Colorifícios.

Conceitos fundamentais

Esmaltes são vidros utilizados para recobrir as superfícies de ob-jetos cerâmicos conferindo a estas, além da impermeabilização, várias características técnicas e estéticas essenciais para que tais produtos possam desempenhar devidamente as funções a que se destinam.

Os esmaltes são uma mistura de vários materiais que se fundem du-rante a queima e no resfriamento se transformam em um vidro.

As fritas são um dos principais componentes dos esmaltes utiliza-dos em revestimentos cerâmicos e são fabricadas pelos colorifícios.

Colorifícios

Os colorifícios produzem fritas, esmaltes e corantes para as indus-trias cerâmicas.

A indústria brasileira de revesti-mentos cerâmicos é o principal con-sumidor dos produtos produzidos pelos colorifícios brasileiros.

Portanto, se a indústria brasileira de revestimentos cerâmicos está en-tre as maiores do mundo, a indústria de colorifícios também ocupa papel de destaque no cenário mundial.

Importância dos boratos

Das complexas composições dos esmaltes, utilizados industrialmen-te hoje em dia, somente o óxido de boro (B2O3) e o óxido de silício (SiO2) têm a capacidade de formar vidros sozinhos e, por isso, são clas-sificados como formadores de vidro.

Os demais constituintes, geral-mente expressos na forma de óxidos (Na2O, K2O, CaO, ZnO, Al2O3, etc), são classificados em 2 grupos os modificadores e os estabilizado-res da rede vítrea, formada pelos for-madores de vidro. A presença desses elementos modifica as propriedades das redes formadas pelos formado-res de vidro e dá origem a diversida-de de vidros encontrada atualmente.

Os vidros de sílica e boro apresen-

tam propriedades significativamente distintas e o mais comum é utilizar misturas desses elementos para se obter vidros com as características desejadas.

Nesse sentido, a adição de boro a um vidro de sílica, além de reduzir a temperatura de amolecimento do vi-dro, influencia varias características tecnologicamente importantes, tais como o índice de refração (respon-sável, em parte, pelo brilho), tensão superficial e viscosidade do material fundido, expansão térmica, resistên-cia ao ataque químico, dureza super-ficial, módulo elástico, etc.

No Brasil praticamente todos os revestimentos cerâmicos são fabri-cados pelo processo denominado monoqueima.

Nesse processo as matérias-primas, que vão formar as três camadas que constituirão o produto final (esmalte, engobe e suporte) são “montadas” e queimadas juntas. Assim sendo, as composições das três camadas de-vem ser ajustadas para que possam desenvolver suas propriedades fi-nais durante o mesmo ciclo térmico (mesma temperatura).

Os vidros de sílica apresentam temperatura de amolecimento e vis-cosidade após fusão consideravel-mente elevadas e jamais poderiam ser utilizados sozinhos na fabricação de revestimentos cerâmicos por mo-noqueima.

Como mencionado anteriormente, a adição de boratos, além de con-tribuir para o desenvolvimento de várias propriedades tecnológicas importantes, permite a redução da temperatura de amolecimento e da viscosidade do fundido, permitindo assim a adequação do esmalte para sua utilização no processo de mono-queima.

A adição de alguns modificadores de rede também pode levar à redu-ção da temperatura de amolecimento e viscosidade do fundido, entretanto, a presença desses elementos prejudi-ca consideravelmente o desempenho dos esmaltes durante a fabricação e o uso dos revestimentos cerâmicos.

Assim, pode-se afirmar que, à

luz do conhecimento vigente, não é possível eliminar ou substituir os boratos por outras matérias-primas, na formulação de esmaltes sem o comprometimento da qualidade dos revestimentos cerâmicos.

Razões para o Aumento

Além da indústria cerâmica os boratos são fundamentais para uma vasta gama de produtos em setores como agricultura, detergentes, fi-bras de vidro, vidros, retardadores de chama, tratamento de madeira, celulose, plástico (polímeros), têxtil, papel, metalurgia, etc. (mais deta-lhes no site http://www.ferro.com/our+products/tile+coating+systems/p r o d u c t s + g a l l e r i e s /pba+borate+products/borate+uses.htm).

Vários desses setores da economia apresentaram crescimento significa-tivo nos últimos anos aumentando assim o consumo mundial dos bora-tos.

Dentre esses setores a agricultu-ra tem se destacado pela utilização cada vez maior do boro como mi-cronutriente em muitos adubos para assegurar o crescimento saudável de muitas plantas.

Praticamente todos os boratos uti-lizados no Brasil são importados da Argentina e provenientes da região de Salta onde as chuvas provocaram muitos estragos recentemente.

A produção de alguns dos boratos, muito empregados nas formulações de fritas e esmaltes, utiliza ácido sul-fúrico.

A escassez de enxofre no mundo juntamente com o significativo au-mento do consumo desse elemento nos últimos anos, tem sido motivo de muita preocupação para o eleva-do número de setores para os quais esse elemento e seus derivados (den-tre eles o ácido sulfúrico) são essen-ciais.

Eduardo FalaschiPresidente da Abracolor, Associa-

ção Brasileira dos Colorifícios

COLORIFÍCIOS

Aumento nos boratos

O aquecimento da economia global apresenta a fatura das desvantagens neste momento. A exemplo do reajuste do minério de ferro, os boratos

passam a ser os vilões da vez ao impingirem aumentos de 70%

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�2 Dezembro - Fevereiro 2008 - Mercado Cerâmico Mercado Cerâmico - Dezembro - Fevereiro 2008 ��

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Geraldo Ricciardi, este é o ho-mem que está por trás da Cerâ-mica Atlas, uma das grandes fa-bricantes de pastilhas cerâmicas no país. Há mais de 40 anos no mercado, a Cerâmica Atlas, esta-belecida em Tambaú, São Paulo, é hoje referência no segmento de pastilhas, tendo introduzido no mercado o tamanho 15 x 15 mm. Em entrevista à revista Mundo Cerâmi-co, Geraldo Ricciardi fala a respeito de gás natural, bem como do mundo que viu em Dubai.

MC - Qual sua opinião sobre a feira Big 5 e também sobre Dubai?

Ricciardi - A Big 5 é uma feira muito ampla, com pessoas de todas as partes do mundo. Por sua vez, Du-bai é um “mundo imaginário”. Para se ter uma idéia estão construindo um metrô de 70 km. Tudo lá é gran-dioso, pois existe um forte “jogo” de marketing. Aquela cidade está se preparando para ser um pólo de liga-ção entre o ocidente e o oriente.

MC - Qual é o gosto dos árabes, em um revestimento cerâmico?

Ricciardi - Os árabes gostam mui-to de cores fortes e vivas. Também apreciam produtos caros que repre-sentem valor, bom gosto, status e poder econômico. Os árabes anali-sam o PEI da superfície e textura.

Também notei que eles valorizam muito o granito e o mármore. Exis-tem ótimas chances para o granito, especialmente para o azul Bahia.

MC - Quais são os grandes concor-rentes do Brasil no Oriente Médio?

Ricciardi - Os principais concor-rentes são os turcos, pois têm ótima qualidade e pouco volume. Também não se pode esquecer da China, que tomou o nosso espaço na África do Sul, por conta do preço. Porém, é preciso ressaltar que há espaço para o produto nacional, visto que eles que-rem trazer outras culturas para levar estilos diversificados, que possam atender a gama de gostos do mundo todo. Para isso estão até contratando arquitetos brasileiros.

MC – Qual sua avaliação do tra-balho da Câmara de Comércio Ára-be Brasileira e da Apex?

Ricciardi - Gostei do apoio dado por estas entidades, bem como da Anfacer, Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Re-

vestimento, que sempre estavam prontos para nos atender. O custo foi baixo, e fizemos muitos con-tatos. Pena que a concorrência e a cotação do dólar privaram a rea-lização de bons negócios. Eu per-cebi que as empresas brasileiras eram visitadas, mas não acredito que tenham se realizado grandes

volumes em negócios.

MC - Como começou a implanta-ção do gás natural em Tambaú?

Ricciardi - Pensamos na implan-tação há 6 anos atrás. O preço do GLP subiu muito, e então Tambaú decidiu que o gás natural deveria chegar na cidade. A idéia de trazer o gás natural partiu de iniciativa dos tambauenses. A nossa cidade é muito agradecida ao Geraldo Alckmin que fez com que a Comgás, que abaste-ce a região de Tambaú, aceitasse um custo financeiro alto para poder pa-gar toda a despesa da transferência da Gás Brasiliano até a cidade.

MC - Quais desafios a indústria cerâmica terá em 2008?

Ricciardi – O grande desafio da cerâmica para 2008 é referente à área residêncial. Espera-se um cres-cimento muito significativo no setor da construção civil. Não pode haver falta de produtos. As empresas não podem ficar “presas no casulo”.

�� Dezembro - Fevereiro 2008 - Mundo Cerâmico

ENTREVISTA

Saindo do casuloUm dos ceramistas mais experientes e dinâmicos deste país, respeitado por

todos, mostra que não existe nenhum caminho na acomodação e que o mundo está repleto de oportunidades para quem souber ousar

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