2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e...

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SEÇÃO 1 Interpretação dos resultados gerais e análises pedagógicas SEÇÃO 2 A matriz de competências de produção de texto SEÇÃO 3 A produção de textos no Sadeam 2012 SEÇÃO 4 A avaliação das produções textuais dos alunos SEÇÃO 5 Resultados SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EDUCACIONAL DO AMAZONAS SADEAM 2012 ISSN 2238-0264 Secretaria de Estado de Educação REVISTA PEDAGÓGICA Produção de Texto

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SEÇÃO 1

Interpretação dos resultados gerais e análises pedagógicas

SEÇÃO 2

A matriz de competências de produção de texto

SEÇÃO 3

A produção de textos no Sadeam 2012

SEÇÃO 4

A avaliação das produções textuais dos alunos

SEÇÃO 5

Resultados

SIStEmA dE AvAlIAÇÃO dO dESEmpEnhO EducAcIOnAl dO AmAzOnAS

SAdEAm2012

ISSn 2238-0264

Secretaria de Estado de Educação

REvIStA pEdAGÓGIcA

produção de texto

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Sadeam

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ISSN 2238-0264

Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas

Revista PedagógicaProdução de Texto

Sadeam

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GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONASOMAR ABDEL AZIZ

VICE-GOVERNADORJOSÉ MELO DE OLIVEIRA

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINOROSSIELI SOARES SILVA

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE ESTADO DE EDUCAÇÃOCALINA MAFRA HAGGE

SECRETÁRIO EXECUTIVO ADJUNTO DE GESTÃOMARCELO HENRIQUE CAMPBELL FONSECA

SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICAMAGALY PORTELA RÉGIS

SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DA CAPITALMARIA DE NAZARÉ SALES VICENTIM

SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DO INTERIOROCEANIA RODRIGUES DUTRA

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DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA

DIRETORAMARIA NEBLINA MARÃES

GERÊNCIA DE AVALIAÇÃO E DESEMPENHO

GERENTEJANE BETE NUNES RODRIGUES

EQUIPE TÉCNICA

SHIRLENE NORONHA GUIMARÃES - ESTATÍSTICOANA PAULA GOMES TAVARES - MATEMÁTICACLAUDIA MARIA PEREIRA DA COSTA - PEDAGOGA / PSICÓLOGAJOABE ARAÚJO DA SILVA - CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃOJANDER FREITAS DA SILVA - MATEMÁTICA

ESTAGIÁRIOMARCOS AUGUSTO DE SOUZA PINTO - CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

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AMIGOS EDUCADORES,

Com grata satisfação podemos dizer que o Amazonas tem avançado a passos largos em direção

à qualidade do ensino. O retrospecto de nossa rede frente às crescentes demandas educacionais e

os resultados tangíveis obtidos por nossas escolas no cenário nacional indicam que nosso projeto de

educação é promissor e revela-se um modelo efi caz a ser seguido.

Somados ao comprometimento de nossos professores e demais educadores, são vários os projetos que

acreditamos estar impulsionando o Amazonas a patamares de referência no cenário nacional. Dentre

estes projetos estão, sem dúvida, os mecanismos institucionais de avaliação que permitem o diagnóstico

constante de nossas ações com vistas a melhorias.

O Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas (SADEAM), criado em 2008 pelo

Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), é um destes imprescindíveis

mecanismos que estão corroborando com a qualidade do ensino local e impulsionando nossa rede

pública a buscar resultados cada vez mais satisfatórios, favorecendo o desenvolvimento pleno do alunado

amazonense, razão de nossas ações.

Solidifi cando-se a cada ano, na última edição (2012) o SADEAM foi aplicado em todos os 62 municípios do

Amazonas, abrangendo um total de 201.258 estudantes do 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental, 1ª

e 3ª séries do Ensino médio, Anos iniciais, fi nais do Ensino fundamental EJA e Ensino médio EJA e ainda

uma amostra na rede municipal em todos os municípios. A amplitude da última edição é notada com mais

propriedade ao observarmos que, no primeiro ano de sua aplicação (2008), o SADEAM avaliou 81.469,

menos de 41% do atual contingente de participantes.

Além de ser, como já citamos, um instrumento de diagnóstico, os dados apontados pelo SADEAM revelam-

se também uma ferramenta efi caz e útil aos que, no cotidiano do ofício pedagógico e do magistério, estão

focados no aprimoramento diário de suas ações.

Parabenizando a vocês, educadores, pelos signifi cativos resultados nunca antes constatados em nossa

rede pública, aproveitamos a oportunidade em que divulgamos os dados atualizados de nossa avaliação

institucional para renovarmos o compromisso em prol do ensino de qualidade, pois somos capazes de,

juntos, alcançarmos resultados ainda maiores. E vamos alcançá-los!

Rossieli Soares da Silva, Secretário de Estado de Educação do Amazonas

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SumáRIo

2. A mATRIZ DE ComPETÊNCIAS DE

PRoDuÇÃo DE TEXTo PágINA 12

1. INTERPRETAÇÃo DoS RESuLTADoS gERAIS E ANáLISES PEDAgÓgICAS PágINA 10

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5. RESuLTADoS PágINA 24

4. A AVALIAÇÃo DAS PRoDuÇÕES TEXTuAIS DoS ALuNoS PágINA 19

3. A PRoDuÇÃo DE TEXToS No SADEAm 2012 PágINA 17

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10

A partir da década de 1990, o Brasil passa a

contar com avaliações nacionais, que permitem

acompanhar a qualidade da educação brasileira.

Atualmente, a avaliação educacional em larga

escala já está consolidada no país, tendo, inclusive,

expandido-se em âmbito nacional, estadual e em

diversas redes municipais.

No caso da Língua Portuguesa, o foco da avaliação

em larga escala tem sido a competência leitora,

mas, diante do quadro social e educacional que se

apresenta atualmente, é fundamental considerar a

importância da produção textual tanto no universo

escolar quanto fora dele.

A interação que ocorre no relacionamento social

desempenha um papel fundamental na construção

do ser humano, por meio da relação interpessoal

concreta com outros homens, e é pela linguagem

que o sujeito utiliza signos para auxiliar a tradução

de ideias, sentimentos, vontades, pensamentos,

emoções, abstenções e até conceitos.

Contudo, diferencia-se o conhecimento construído

na experiência pessoal e o que se desenvolve

no processo escolar, sendo instituído como um

conhecimento científico, sistematizado, nas

interações escolarizadas. Entretanto, esses dois

processos estão na realidade ligados, sendo que o

segundo complementa o primeiro, pois elabora e

desenvolve os conhecimentos já existentes.

É constante a presença e o uso da língua escrita

no ambiente escolar; dessa forma, é comum

qualificar a escola como representante da cultura

letrada. Por outro lado, a pesquisa social revela

a variedade histórica e social nas práticas que

envolvem leitura e escrita. Desse modo, a escrita

faz parte da sociedade não de forma abstrata, mas

relacionada a situações de interação social que lhe

dão sentido.

Diante desse cenário, a avaliação em Língua

Portuguesa do Sadeam tem o objetivo diagnóstico

de aferir as capacidades e habilidades em leitura

1

A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE TEXTOS NA AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA

INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS GERAIS E ANÁLISES PEDAGÓGICAS

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11Sadeam 2012

Revista Pedagógica

e escrita que os alunos da rede pública estadual

(que se encontram concluindo o Ensino médio

quando da aplicação da avaliação) desenvolveram

ao longo de seu processo de escolarização.

Assim, de maneira diferente e ao mesmo tempo

complementar ao teste em que responde a itens

de múltipla escolha, na produção de texto, o

aluno assume a autoria de um texto. Avaliam-se,

portanto, conjuntamente, as competências de

leitura e de escrita.

Avaliam-se habilidades de leitura, pois escrever

um texto pressupõe, primeiro, compreender a

proposta apresentada, para depois se passar à

elaboração de uma outra escrita que é a produção

textual do aluno.

Quando o aluno aprende a produzir textos,

percebe-se que ele chegou, realmente, a uma

conscientização de como funciona a língua e dos

recursos que deverão ser colocados em jogo para

a produção de uma sequência textual.

Portanto, a inclusão da produção de texto na

avaliação em larga escala deve-se à possibilidade

de realizar um diagnóstico mais preciso do domínio

linguístico e textual do sujeito-aluno, em situação

formal de produção de textos escritos.

Sendo assim, os resultados obtidos por meio da

avaliação podem ser o ponto de partida para

a transposição dos obstáculos envolvidos no

processo de desenvolvimento de uma escrita

coerente e coesa. Além disso, é essencial que, a

partir da análise dos resultados, sejam oferecidas

aos alunos as ferramentas que o auxiliem nessa

tarefa e permitam que eles se descubram capazes

de atingir o nível de letramento satisfatório para

sua faixa etária, como parte do processo de

desenvolvimento da competência escritora.

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12

2

Assim como ocorre para a implementação da

avaliação das habilidades de leitura, também para

avaliação da competência escritora é fundamental

a elaboração de uma matriz de Referência.

No caso específico da avaliação de Produção de

Texto, a matriz de Competências de Produção

de Texto apresenta o objeto da avaliação e é

constituída, assim como as avaliações nacionais,

de 5 (cinco) competências básicas: Registro, Tema/

Tipologia Textual, Coerência, Coesão e Elaboração

de Proposta de Intervenção.

A palavra competência associa-se à capacidade

de o aluno dominar a norma culta da Língua

Portuguesa, compreender fenômenos naturais,

enfrentar situações-problema, construir

argumentações consistentes e elaborar propostas

que visem solucionar questões sociais.

Na competência 1, Registro, avalia-se o domínio de

um conjunto de regras de utilização da língua, do

ponto de vista morfológico, sintático e semântico.

Na competência 2, Tema/Tipologia Textual,

avalia-se a adequada compreensão da proposta

de produção de texto, seu desenvolvimento

associado a conhecimentos de diversas áreas e a

conformidade com a tipologia prevista, no caso, a

expositivo-argumentativa.

Na competência 3, Coerência, avalia-se a

articulação de frases e parágrafos por meio de

recursos linguísticos de tal forma que haja uma

articulação lógica entre as ideias. Além disso, é

observada a argumentação consistente através de

fatos, exemplos e opiniões que possam sustentá-

la.

Na competência 4, Coesão, avalia-se a utilização

de elementos conectores e referentes de forma

a construir um texto com ideias entrelaçadas

e conectadas.

Na competência 5, Proposta de Intervenção, avalia-

se a habilidade de o aluno elaborar proposta de

solução para o problema abordado na proposta,

respeitando os direitos humanos e considerando

a diversidade sociocultural.

A seguir apresentamos a matriz de Competências

de Produção de Texto.

A MATRIZ DE COMPETÊNCIAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO

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MAT

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NÍVEL 0 (0 – zero)

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NÍVEL I (2,0)

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NÍVEL II (4,0)

O a

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.

O a

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om m

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do p

rono

me

rela

tivo

sem

a p

repo

siçã

o,

quan

do o

brig

atór

ia; r

epet

ição

des

nece

ssár

ia d

e pa

lavr

as o

u su

bstit

uiçã

o in

adeq

uada

sem

se

vale

r dos

re

curs

os d

e su

bstit

uiçã

o of

erec

idos

pel

a lín

gua.

Est

a po

ntua

ção

deve

ser

atr

ibuí

da a

o al

uno

que

dem

onst

rar

pouc

o do

mín

io d

os re

curs

os c

oesi

vos.

O a

luno

ela

bora

pro

post

a de

in

terv

ençã

o re

laci

onad

a ao

te

ma

de fo

rma

prec

ária

, não

ar

ticul

ada

com

a d

iscu

ssão

de

senv

olvi

da n

o te

xto,

ou

com

de

senv

olvi

men

to p

recá

rio d

os

mei

os p

ara

real

izá-

la.

13Sadeam 2012

Revista Pedagógica

Page 14: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

MAT

RIZ

DE C

OMPE

TÊN

CIAS

DE

PRO

DUÇÃ

O D

E TE

XTO

- S

ADEA

M

NÍVELCO

MPE

TÊN

CIAS

I – R

EGIS

TRO

II –

TEM

A /

TIPO

LOGI

A TE

XTUA

LIII

– C

OER

ÊNCI

AIV

– C

OES

ÃOV

– PR

OPO

STA

DE

INTE

RVEN

ÇÃO

Dem

onst

rar d

omín

io d

a no

rma

padr

ão d

a lín

gua

escr

ita: o

rtogr

afia,

pon

tuaç

ão, s

inta

xe,

adeq

uaçã

o vo

cabu

lar,

form

ação

de

pala

vras

, m

arge

ns re

gula

res,

par

agra

façã

o es

tétic

a,

dire

ção

da e

scrit

a et

c.

Com

pree

nder

a p

ropo

sta

de p

rodu

ção

text

ual

e ap

licar

con

ceito

s da

s vá

rias

área

s do

co

nhec

imen

to p

ara

dese

nvol

ver o

tem

a de

ntro

do

s lim

ites

estr

utur

ais

do te

xto

expo

sitiv

o-ar

gum

enta

tivo

Sele

cion

ar, r

elac

iona

r, or

gani

zar

e in

terp

reta

r inf

orm

açõe

s, fa

tos,

op

iniõ

es e

arg

umen

tos

em d

efes

a de

um

pon

to d

e vi

sta

Dem

onst

rar c

onhe

cim

ento

dos

mec

anis

mos

lin

guíst

icos

nece

ssár

ios

à co

nstr

ução

da

argu

men

taçã

o:

enca

deam

ento

text

ual

Elab

orar

pro

post

a de

in

terv

ençã

o pa

ra o

pro

blem

a ab

orda

do, r

espe

itand

o os

dire

itos

hum

anos

e

cons

ider

ando

a d

iver

sida

de

soci

ocul

tura

l

NÍVEL III (6,0)

O a

luno

dem

onst

ra d

omín

io a

dequ

ado

da

norm

a pa

drão

, apr

esen

tand

o al

guns

des

vios

gr

amat

icai

s gr

aves

e d

e co

nven

ções

da

escr

ita,

ou m

uito

s de

svio

s le

ves.

Ass

im, h

á ce

rtos

desv

ios

que

ocor

rem

em

vár

ias

parte

s do

te

xto,

reve

land

o qu

e um

ou

mai

s as

pect

os d

a no

rma

padr

ão a

inda

não

fora

m in

corp

orad

os

aos

seus

háb

itos

lingu

ístico

s. D

esvi

os m

ais

grav

es, c

omo

a au

sênc

ia d

e co

ncor

dânc

ia

verb

al o

u no

min

al, n

ão im

pede

m q

ue a

pr

oduç

ão te

xtua

l rec

eba

essa

pon

tuaç

ão, d

esde

qu

e nã

o co

nfigu

rem

falta

de

dom

ínio

abs

olut

o do

pad

rão

da li

ngua

gem

esc

rita

form

al. A

ssim

, o

alun

o qu

e re

aliz

ar a

lgun

s de

svio

s gr

aves

ou

grav

íssi

mos

, ou

mui

tos

desv

ios

leve

s, p

ode

rece

ber e

ssa

pont

uaçã

o.

O a

luno

des

envo

lve

de fo

rma

adeq

uada

o te

ma,

m

as a

pres

enta

um

a ab

orda

gem

sup

erfic

ial,

disc

utin

do o

utra

s qu

estõ

es re

laci

onad

as.

Dese

nvol

ve u

ma

argu

men

taçã

o pr

evis

ível

e

apre

sent

a do

mín

io a

dequ

ado

do ti

po te

xtua

l ex

posi

tivo-

argu

men

tativ

o, m

as n

ão a

pres

enta

ex

plic

itam

ente

um

a te

se, d

eten

do-s

e m

ais

no

cará

ter e

xpos

itivo

do

que

no a

rgum

enta

tivo.

Re

prod

uz id

eias

do

sens

o co

mum

no

dese

nvol

vim

ento

do

tem

a.

O a

luno

apr

esen

ta in

form

açõe

s,

fato

s, o

pini

ões

e ar

gum

ento

s pe

rtin

ente

s ao

tem

a pr

opos

to, p

orém

os

org

aniz

a e

rela

cion

a de

form

a po

uco

cons

iste

nte

em d

efes

a de

seu

po

nto

de v

ista.

As

info

rmaç

ões

são

alea

tória

s e

desc

onec

tada

s en

tre

si, e

mbo

ra re

laci

onad

as a

o te

ma.

O

text

o re

vela

pou

ca a

rtic

ulaç

ão

entre

os

argu

men

tos,

que

não

são

co

nvin

cent

es p

ara

defe

nder

a o

pini

ão

do a

utor

.

O a

luno

art

icul

a as

par

tes

do te

xto,

por

ém c

om

algu

mas

inad

equa

ções

na

utili

zaçã

o do

s re

curs

os

coes

ivos

. A p

rodu

ção

text

ual e

nqua

drad

a ne

ste

níve

l pod

erá

cont

er e

vent

uais

des

vios

, com

o: fr

ases

fr

agm

enta

das

que

com

prom

etam

a e

stru

tura

lógi

co-

gram

atic

al; s

equê

ncia

just

apos

ta d

e id

eias

sem

en

caix

amen

tos

sint

ático

s; a

usên

cia

de p

arag

rafa

ção;

fr

ase

com

ape

nas

oraç

ão s

ubor

dina

da, s

em o

raçã

o pr

inci

pal.

Pode

rá c

onte

r ain

da d

esvi

os d

e m

enor

gr

avid

ade:

em

preg

o eq

uivo

cado

do

cone

ctor

; em

preg

o do

pro

nom

e re

lativ

o se

m a

pre

posi

ção,

qua

ndo

obrig

atór

ia; r

epet

ição

des

nece

ssár

ia d

e pa

lavr

as o

u su

bstit

uiçã

o in

adeq

uada

sem

se

vale

r dos

recu

rsos

de

subs

titui

ção

ofer

ecid

os p

ela

língu

a. E

sta

pont

uaçã

o de

ve s

er a

trib

uída

ao

alun

o qu

e de

mon

stra

r dom

ínio

re

gula

r dos

recu

rsos

coe

sivo

s.

O a

luno

ela

bora

pro

post

a de

in

terv

ençã

o re

laci

onad

a ao

te

ma,

mas

pou

co a

rtic

ulad

a à

disc

ussã

o de

senv

olvi

da n

o te

xto,

ou

seja

, com

pou

ca

fund

amen

taçã

o ou

bas

eada

em

id

eias

do

sens

o co

mum

.

NÍVEL IV (8,0)

O a

luno

dem

onst

ra b

om d

omín

io d

a no

rma

padr

ão, a

pres

enta

ndo

pouc

os d

esvi

os

gram

atic

ais

leve

s e

de c

onve

nçõe

s da

es

crita

. Ass

im, o

mes

mo

desv

io n

ão o

corre

em

vár

ias

parte

s do

text

o, o

que

reve

la

que

as e

xigê

ncia

s da

nor

ma

padr

ão fo

ram

in

corp

orad

as a

os s

eus

hábi

tos

lingu

ístico

s e

os

desv

ios

fora

m e

vent

uais

. Des

vios

mai

s gr

aves

, co

mo

a au

sênc

ia d

e co

ncor

dânc

ia v

erba

l ou

nom

inal

, não

impe

dem

que

a p

rodu

ção

text

ual r

eceb

a es

sa p

ontu

ação

, des

de q

ue n

ão

se re

pita

m re

gula

rmen

te n

o te

xto.

Ass

im, o

al

uno

que

real

izar

pou

cos

desv

ios

leve

s ou

po

uquí

ssim

os d

esvi

os g

rave

s po

de re

cebe

r es

sa p

ontu

ação

.

O a

luno

des

envo

lve

bem

o te

ma,

mas

não

ex

plor

a os

seu

s as

pect

os p

rinci

pais

. Des

envo

lve

uma

argu

men

taçã

o co

nsist

ente

e a

pres

enta

bo

m d

omín

io d

o tip

o te

xtua

l exp

ositi

vo-

argu

men

tativ

o, m

as n

ão a

pres

enta

arg

umen

tos

bem

des

envo

lvid

os. O

s ar

gum

ento

s de

fend

idos

o fic

am re

strit

os à

repr

oduç

ão d

as id

eias

co

ntid

as n

os te

xtos

mot

ivad

ores

nem

a

ques

tões

do

sens

o co

mum

.

O a

luno

sel

ecio

na, o

rgan

iza

e re

laci

ona

info

rmaç

ões,

fato

s, o

pini

ões

e ar

gum

ento

s pe

rtin

ente

s ao

tem

a pr

opos

to d

e fo

rma

cons

iste

nte,

em

def

esa

de s

eu p

onto

de

vist

a.

Expl

icita

a te

se, s

elec

iona

arg

umen

tos

que

poss

am c

ompr

ová-

la e

ela

bora

co

nclu

são

ou p

ropo

sta

que

man

tenh

a co

erên

cia

com

a o

pini

ão d

efen

dida

na

pro

duçã

o te

xtua

l. En

treta

nto,

os

argu

men

tos

utili

zado

s sã

o pr

evis

ívei

s.

Não

cópi

a de

arg

umen

tos

dos

text

os m

otiv

ador

es.

O a

luno

art

icul

a as

par

tes

do te

xto,

com

pou

cas

inad

equa

ções

na

utili

zaçã

o de

recu

rsos

coe

sivo

s. A

pr

oduç

ão te

xtua

l enq

uadr

ada

nest

e ní

vel n

ão p

oder

á co

nter

: fra

ses

frag

men

tada

s qu

e co

mpr

omet

am a

es

trut

ura

lógi

co-g

ram

atic

al; s

equê

ncia

just

apos

ta d

e id

eias

sem

enc

aixa

men

tos

sint

ático

s; a

usên

cia

de

para

graf

ação

; fra

se c

om a

pena

s or

ação

sub

ordi

nada

, se

m o

raçã

o pr

inci

pal.

Pode

rá, n

o en

tant

to, c

onte

r al

guns

des

vios

de

men

or g

ravi

dade

: em

preg

o eq

uivo

cado

do

cone

ctor

; em

preg

o do

pro

nom

e re

lativ

o se

m a

pre

posi

ção,

qua

ndo

obrig

atór

ia; r

epet

ição

de

snec

essá

ria d

e pa

lavr

as o

u su

bstit

uiçã

o in

adeq

uada

se

m s

e va

ler d

os re

curs

os d

e su

bstit

uiçã

o of

erec

idos

pe

la lí

ngua

. Est

a po

ntua

ção

deve

ser

atr

ibuí

da a

o al

uno

que

dem

onst

rar d

omín

io d

os re

curs

os c

oesi

vos.

O a

luno

ela

bora

pro

post

a de

in

terv

ençã

o cl

ara,

rela

cion

ada

à te

se e

bem

art

icul

ada

com

a

disc

ussã

o de

senv

olvi

da n

o te

xto,

exp

licita

ndo

os m

eios

pa

ra re

aliz

á-la

.

NÍVEL V (10)

O a

luno

dem

onst

ra e

xcel

ente

dom

ínio

da

nor

ma

padr

ão, n

ão a

pres

enta

ndo

ou a

pres

enta

ndo

pouq

uíss

imos

des

vios

gr

amat

icai

s le

ves

e de

con

venç

ões

da e

scrit

a.

Assi

m, o

mes

mo

desv

io n

ão o

corre

em

vár

ias

parte

s do

text

o, o

que

reve

la q

ue a

s ex

igên

cias

da

nor

ma

padr

ão fo

ram

inco

rpor

adas

aos

se

us h

ábito

s lin

guíst

icos

e os

des

vios

fora

m

even

tuai

s. D

esvi

os m

ais

grav

es, c

omo

a au

sênc

ia d

e co

ncor

dânc

ia v

erba

l, ex

clue

m a

pr

oduç

ão te

xtua

l da

pont

uaçã

o m

ais

alta

.

O a

luno

des

envo

lve

mui

to b

em o

tem

a,

expl

oran

do o

s se

us p

rinci

pais

asp

ecto

s. A

pr

oduç

ão te

xtua

l con

tém

um

a ar

gum

enta

ção

cons

isten

te, r

evel

ando

exc

elen

te d

omín

io d

o tip

o te

xtua

l exp

ositi

vo-a

rgum

enta

tivo.

Isso

si

gnifi

ca q

ue o

text

o es

tá e

stru

tura

do, p

or

exem

plo,

com

: um

a in

trodu

ção,

em

que

a te

se

a se

r def

endi

da é

exp

licita

da; a

rgum

ento

s qu

e co

mpr

ovam

a te

se, d

istrib

uído

s em

di

fere

ntes

par

ágra

fos;

um

par

ágra

fo fi

nal c

om

a pr

opos

ta d

e in

terv

ençã

o fu

ncio

nand

o co

mo

uma

conc

lusã

o. A

lém

diss

o, o

s ar

gum

ento

s de

fend

idos

não

fica

m re

strit

os à

repr

oduç

ão d

as

idei

as c

ontid

as n

os te

xtos

mot

ivad

ores

nem

a

ques

tões

do

sens

o co

mum

.

O a

luno

sel

ecio

na, o

rgan

iza

e re

laci

ona

info

rmaç

ões,

fato

s, o

pini

ões

e ar

gum

ento

s pe

rtin

ente

s ao

tem

a pr

opos

to d

e fo

rma

cons

iste

nte,

co

nfigu

rand

o au

toria

, em

def

esa

de s

eu p

onto

de

vist

a. E

xplic

ita a

te

se, s

elec

iona

arg

umen

tos

que

poss

am c

ompr

ová-

la e

ela

bora

co

nclu

são

ou p

ropo

sta

que

man

tenh

a co

erên

cia

com

a o

pini

ão d

efen

dida

na

prod

ução

text

ual.

O a

luno

art

icul

a as

par

tes

do te

xto,

sem

inad

equa

ções

na

util

izaç

ão d

os re

curs

os c

oesi

vos.

A p

rodu

ção

text

ual e

nqua

drad

a ne

ste

níve

l não

pod

erá

cont

er:

fras

es fr

agm

enta

das

que

com

prom

etam

a e

stru

tura

gico

-gra

mat

ical

; seq

uênc

ia ju

stap

osta

de

idei

as s

em

enca

ixam

ento

s si

ntát

icos;

aus

ênci

a de

par

agra

façã

o;

fras

e co

m a

pena

s or

ação

sub

ordi

nada

, sem

ora

ção

prin

cipa

l. Po

derá

, por

ém, c

onte

r eve

ntua

is d

esvi

os d

e m

enor

gra

vida

de: e

mpr

ego

equi

voca

do d

o co

nect

or;

empr

ego

do p

rono

me

rela

tivo

sem

a p

repo

siçã

o,

quan

do o

brig

atór

ia; r

epet

ição

ou

subs

titui

ção

inad

equa

da d

e pa

lavr

as s

em s

e va

ler d

os re

curs

os

ofer

ecid

os p

ela

língu

a. E

ntre

tant

o, o

mes

mo

erro

não

po

derá

se

repe

tir, u

ma

vez

que

essa

pon

tuaç

ão d

eve

ser a

trib

uída

ao

alun

o qu

e de

mon

stra

r ple

no d

omín

io

dos

recu

rsos

coe

sivo

s.

O a

luno

ela

bora

pro

post

a de

in

terv

ençã

o cl

ara

e in

ovad

ora,

re

laci

onad

a à

tese

e b

em

artic

ulad

a co

m a

dis

cuss

ão

dese

nvol

vida

no

text

o,

expl

icita

ndo

os m

eios

par

a re

aliz

á-la

.

14

Page 15: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

As matrizes de Competências para Produção de Texto do Sadeam seguem os

parâmetros nacionais de avaliação da escrita, conjugados com as Diretrizes Estaduais

de Língua Portuguesa, tendo como base a matriz do Enem – Exame Nacional do

Ensino médio.

Para manter a análise comparativa dos resultados da avaliação estadual, o ciclo

avaliativo de 2012, assim como o de 2011, avaliou cinco competências de Produção de

Texto (Registro, Tema/Tipologia Textual, Coerência, Coesão e Elaboração de Proposta

de Intervenção).

Após o processo avaliativo de 2011, identificou-se que a análise do desenvolvimento da

TIPoLogIA TEXTuAL nos textos dos alunos avaliados estava diluída na competência

II da matriz, com alguns elementos na competência III. Dessa forma, convencionou-se

chamar a competência III de TIPoLogIA TEXTuAL, sendo que a mesma avaliava esse

aspecto dentro da coerência argumentativa das ideias de seu autor. o mesmo fato

foi encontrado na observação da competência IV, então denominada CoERÊNCIA/

CoESÃo, sendo que a mesma avaliava, essencialmente o encadeamento textual, ou

seja, sua coesão.

No entanto, a descrição dos níveis por competência na matriz de 2011 apresentava

alguns entroncamentos de ideias que precisaram ser revistas para a avaliação de

2012, pois colaboraram para uma nomeação diferente das competências em relação

aos aspectos avaliados em cada nível. Excetuando-se a competência I, as demais

competências foram revistas, sofrendo pequenas alterações para melhor se ajustar à

população avaliada e às novas perspectivas incorporadas pelo próprio Enem de um

ciclo avaliativo para outro. Foi observado que a competência III ia além da tipologia

textual, pois avaliou a coerência do texto que, indiretamente, passa pela constituição

do texto expositivo-argumentativo, mas essa não era a essência dos níveis da matriz.

Da mesma forma foi observado que os níveis da competência II não conseguiam

dicotomizar o TEmA da TIPoLogIA TEXTuAL e que essa não poderia ser avaliada, em

sua totalidade, separada da unidade temática da produção textual, como a descrição

da matriz apresentava.

Em 2012, visando atualizar as nomenclaturas e o entrecruzamento de perspectivas

analíticas, a matriz de Competências de Produção de Texto do Sadeam foi revista,

sofrendo pequenos ajustes. Dessa avaliação, surgiu a nova descrição dos níveis e

sua consequente nomeação. As observações pontuais acerca da tipologia textual que

15Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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ocorriam na competência III foram integradas à competência II, deixando CoERÊNCIA

como uma dimensão independente da CoESÃo, o que já havia ocorrido na análise dos

textos dos alunos por causa da descrição da matriz de 2011, mesmo com a diferença

na nomeação das dimensões avaliativas, não comprometidas pela exatidão das

descrições da matriz.

Para não se perder os dados da avaliação de 2011, indispensáveis para o estudo

longitudinal dos alunos amazonenses, foi realizada uma análise amostral dos textos

de 2011 em contraposição com a nova descrição da matriz empregada em 2012. Esse

estudo revelou que, devido à detalhada descrição dos níveis já presente na matriz de

2011, os textos produzidos pelos alunos foram avaliados sob a mesma ótica de 2012,

pois era impossível observar o desenvolvimento temático sem traçar o desenvolvimento

da tipologia textual, da mesma forma como que a competência III sempre apontou, em

quase sua totalidade, para os elementos de CoERÊNCIA, limitando a competência IV

à CoESÃo.

Comparando as matrizes e os textos produzidos em ambas as edições da avaliação

do Sadeam, chegou-se à realidade de que os alunos avaliados em 2011 não foram

apenados indevidamente e que os dados produzidos pelos textos deles poderiam

ser elencados em um estudo da progressão estudantil em produção de texto com os

dados coletados em 2012.

Em suma, a alteração na nomenclatura não interferiu negativamente na avaliação dos

textos, pelo contrário, delimitou melhor cada competência, alinhando cada dimensão

ao seu devido par, permitindo, assim, uma melhor e mais adequada interpretação

pedagógica. Nesse sentido, a matriz de Competências de Produção de Texto de 2012

é o parâmetro a ser utilizado para a interpretação pedagógica dos resultados das

produções textuais realizadas no Sadeam, uma vez que ela já foi atualizada ao cenário

contemporâneo da avaliação da escrita no país.

16

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A PRODUÇÃO DE TEXTOS NO SADEAM 2012

Acompanhando a tendência nacional de a avaliação

em larga escala contemplar, além da avaliação da

competência leitora, também a produção de textos,

o Sadeam, desde 2011, avalia a comunicação escrita

formal, aferindo o desempenho em produção de

textos de alunos da 3ª série do Ensino médio e EJA

Ensino médio, a partir de 2012, da 1ª série.

Seguindo o padrão das avaliações nacionais,

associadas às diretrizes curriculares estaduais,

solicitou-se aos alunos a elaboração de um

texto em prosa, dentro da tipologia expositivo-

argumentativa, estrutura textual a partir da qual os

alunos poderiam explorar, por exemplo, gêneros

como artigo de opinião ou ensaio. A escolha

por uma produção textual por tipologia confere-

lhes liberdade para definirem as propriedades

sociocomunicativas necessárias para a transmissão

da mensagem pretendida por cada um.

Sabemos que as avaliações nacionais adotam, em

suas propostas de redação (como denominam a

produção textual), a nomenclatura dissertativo-

argumentativa para estabelecer a estrutura textual

à qual o seu participante deve atender.

Dissertar é o mesmo que discorrer, oralmente ou

por escrito, sobre um assunto de forma metódica

e abrangente. Por sua vez, um texto dissertativo-

argumentativo é uma produção textual que

tem como objetivo comunicativo explicar um

tema, assumindo um posicionamento acerca da

análise e/ou discussão de um problema social

controverso. É justamente essa a finalidade da

avaliação de Produção de Texto proposta pelo

Sadeam. Isto é, a partir da situação apresentada

para debate, os alunos produziram um texto no

qual precisaram lançar mão de diferentes formas

de saberes, sustentando, refutando ou negociando

uma tomada de posição, por meio da transmissão

e construção de saberes intrínsecos a eles e ao

contexto no qual estão inseridos.

Além disso, todas as formas de discurso verbal,

por mais ligadas que sejam a uma estrutura

tipológica textual (uma espécie de sequência

teoricamente definida pela natureza linguística

de sua composição – aspectos lexicais, sintáticos,

tempos verbais, relações lógicas etc.), possuem

sequências discursivas de outras tipologias. No

caso dos textos de opinião, por exemplo, é quase

inexistente a possibilidade de o autor defender

uma tese, ou seja, posicionar-se, sem antes realizar

uma apresentação do tema sobre o qual tratará, o

senso comum ligado ao assunto e suas impressões

pessoais. Essa apresentação de ideias vem sendo

denominada pela linguística textual de exposição,

já empregada como tipologia textual e, como

3

17Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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essas sequências expositivas estão intrínsecas aos

textos argumentativos, as propostas de produção

de textos do Sadeam adotaram a terminologia

expositivo-argumentativo.

o Sadeam, assim como as avaliações em nível

nacional, quer ir além da observação das estruturas

de funcionamento da língua escrita, ele pretende

avaliar se os alunos conseguem se posicionar

perante a sociedade e as discussões do dia a dia,

fazendo uso de uma modalidade da escrita em

conformidade com a norma padrão.

A partir dessas considerações, optou-se por

solicitar a elaboração de um texto pertencente à

ordem do argumentar (em uma estrutura híbrida

com a ordem do expor), pois a mesma tem papel

fundamental em uma proposta de ensino que

busque a formação cidadã dos alunos.

Entendemos, assim, que argumentar é uma

forma de ação pela linguagem, através da qual o

falante sustenta uma posição sobre determinada

questão polêmica, utilizando meios de convencer

o leitor ou ouvinte sobre determinado ponto

de vista, mediante a apresentação de razões.

usam-se, portanto, argumentos para negociar

direitos e deveres, para defender posições, para

divulgar ideias sobre os mais variados assuntos.

Ainda assim, as estratégias comunicativas podem

variar de acordo com o ouvinte ou leitor que se

pretende atingir.

Para produzir um discurso argumentativo, o

indivíduo pode dispor, como forma de justificativa,

na defesa de sua tese ou posição, de exemplos,

comparações, causas, entre outros, lançando mão

de diferentes ações de linguagem quando optam

por gêneros da ordem do argumentar (sustentação,

refutação, negociação de tomadas de posição,

persuasão, convencimento) e, considerando as

ações que envolvem o argumentar, trabalhar com

esse discurso é afirmar que a argumentação é uma

atividade discursiva que possibilita a defesa de

pontos de vista, independente da faixa etária ou da

etapa escolar. o exercício da argumentação está

presente no cotidiano de todas as pessoas.

Para elaborar um discurso argumentativo, os

alunos precisam refletir sobre as finalidades e

as esferas sociais em que os diversos textos

argumentativos circulam. A produção deve partir

de um tema passível de debate e o contexto de

produção deve favorecer a defesa do ponto de

vista do aluno, entendendo que todo texto resulta

de um comportamento verbal concreto e no qual

estariam implícitos aspectos relacionados ao

lugar de produção, ao momento de produção e às

características relativas ao emissor e ao receptor.

Partindo dessa perspectiva avaliativa, com base

em textos motivadores, cada proposta exigiu do

aluno a produção de um texto em prosa, do tipo

expositivo-argumentativo, sobre um tema de

ordem social, científica, cultural ou política. os

aspectos avaliados relacionam-se às competências

que ele precisa desenvolver durante a etapa de

escolaridade, as quais foram apresentadas na

matriz de Competências de Produção de Texto.

Nessas produções textuais, os alunos deveriam

defender uma tese, uma opinião a respeito do tema

proposto, apoiada em argumentos consistentes

estruturados de forma coerente e coesa, de

modo a formar uma unidade textual. os textos

precisavam, ainda, estar de acordo com a norma

padrão da Língua Portuguesa e apresentar uma

solução para o problema elencado na proposta de

produção textual.

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A AVALIAÇÃO DAS PRODUÇÕES TEXTUAIS DOS ALUNOS

Cada texto foi avaliado por, pelo menos, 2 (dois) especialistas, de forma independente,

sem que um conhecesse a nota atribuída pelo outro. Cada avaliador atribuiu uma

nota entre 0 (zero) e 10 (dez) pontos para cada uma das 5 (cinco) competências, e

a soma desses pontos compôs a nota total de cada avaliador, que pode chegar a

50 (cinquenta) pontos. A nota final do aluno é a média aritmética das notas totais

atribuídas pelos dois avaliadores, alocada em uma escala que varia entre 0 (zero) e 10

(dez) pontos.

No entanto, quando as notas finais da primeira e da segunda correções diferiram

em mais de 2 (dois) pontos ou apresentaram situações de correção diferentes

(Insuficiente X Desconsiderado, por exemplo), a produção de texto foi avaliada, de

forma independente, por um terceiro especialista, responsável pela supervisão da

equipe que realizou as duas correções anteriores. Assim, a nota final foi aquela

atribuída por ele, que pôde optar por uma das correções anteriores ou realizar uma

nova atribuição de nota para o texto.

4

As propostas de produção textual para o ano de 2012

Cada etapa de escolaridade do Ensino médio avaliada no Sadeam 2012 teve como mote uma proposta

de produção textual específica, constituída por 3 (três) textos motivadores e uma situação de produção

que delimita o tema e o objetivo que se espera do texto elaborado pelo aluno.

19Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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20

Proposta da 1ª série - Ensino Médio:

solicitou-se aos alunos avaliados a produção de um texto expositivo-argumentativo sobre o tema

RESPEITo AoS IDoSoS.

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21Sadeam 2012

Revista Pedagógica

Para que os alunos tivessem subsídios para iniciarem suas reflexões

acerca do tema delimitado por essa proposta, foram apresentados

3 (três) textos motivadores, com gêneros e finalidades discursivas

distintas e de curta extensão, padrão adotado também nos demais

anos avaliados.

o Texto 1, fragmento de uma reportagem, apresenta uma visão geral

da população de idosos no Brasil, explicando quais pessoas podem

pertencer a esse grupo, tendo como base os dados do Censo 2000.

Na mesma perspectiva, o Texto 2, o Artigo 4 da Lei nº 10.741, conhecida

popularmente como Estatuto do Idoso, expõe que nenhuma pessoa

idosa pode ser alvo de qualquer tipo desrespeito.

Já o Texto 3, um pensamento atribuído ao poeta brasileiro mário

Quintana, reflete que a nomenclatura velho, pejorativamente

atribuída às pessoas idosas é apenas uma questão de visão, pois são

as experiências vividas ao longo do tempo que tornam as pessoas

mais sábias.

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Proposta da 3ª série - Ensino Médio e EJA Ensino Médio:

solicitou-se a produção de um texto expositivo-argumentativo, cujo tema foi A RELAÇÃo DoS SERES

HumANoS Com o PLANETA.

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23Sadeam 2012

Revista Pedagógica

Essa proposta de produção textual também apresenta 3 (três) textos

motivadores, com gêneros e finalidades discursivas distintas, mas

dentro do mesmo padrão adotado na proposta da primeira aplicação.

o Texto 1 é um cartum, publicado em meio digital, o qual faz uma

crítica ao problema da poluição e do aumento da produção de lixo.

Compondo essa proposta, o Texto 2 reproduz um trecho de uma

canção composta pela famosa dupla de amigos Roberto Carlos e

Erasmo na qual se levanta um questionamento acerca da influência

dos seres humanos nas alterações ocorridas no meio ambiente.

Assim como na proposta anterior, o Texto 3 apresenta uma reflexão

do psicólogo americano John Broadus Watson, que revela, segundo

sua concepção, que a relação dos homens com o ambiente ocorre

em uma espécie de ciclo cujo ambiente nos motiva a fazer algo, seja

positivo ou não.

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RESULTADOS

RESULTADO GERAL POR SITUAÇÃO DE CORREÇÃO

Não possuindo nenhuma situação de correção que impedisse a verificação das competências elencadas

pela matriz, um texto só recebeu a nota 0 (zero) se a escrita apresentada pelo aluno tivesse sido

classificada no primeiro nível da matriz ou se teve sua correção finalizada no momento da verificação da

SITuAÇÃo DE CoRREÇÃo, quando apresentou uma das seguintes características:

5

24

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Texto 1 – Desconsiderado por fuga ao tema – 1ª série EM

Nesse texto, o aluno da 1ª série EM foge ao tema RESPEITO AOS

IDOSOS, apresentando texto que fala sobre o conhecimento humano.

• FUGA TOTAL AO TEMA OU NÃO OBEDIÊNCIA À ESTRUTURA EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVA:

quando o aluno não abordou de modo algum o tema proposto ou

se o aluno escreveu um texto que não possuía nenhuma marca

de sequência expositivo-argumentativa. Nesses casos, o texto foi

classificado como DESCoNSIDERADo. Veja exemplo a seguir.

25Sadeam 2012

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Texto 2 – Desconsiderado por fuga ao tema – 3ª série EM

Esse texto, produzido por um aluno da 3ª série

EM, a princípio parece falar do tema A RELAÇÃO DOS SERES HUMANOS COM O PLANETA, ao se realizar uma leitura isolada do título. No entanto, o aluno foge ao tema, pois aborda a questão das relações humanas, isoladamente,

direcionando o texto para uma exposição acerca do

comportamento dos jovens na atualidade.

26

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Observação:

a situação de correção DESCoNSIDERADo também foi aplicada

quando o texto do aluno apresentou apenas trechos transcritos dos

textos utilizados como motivadores ou de qualquer outro suporte

textual presente no teste com questões de múltipla escolha.

Texto 3 – Desconsiderado por cópia – 1ª série EM

Excetuando-se a linha 9, que apresenta

uma paráfrase dos textos motivadores, o restante do texto desse aluno da

1ª série EM apresenta uma reprodução literal do Texto 1,

utilizado como motivador para a elaboração da

produção de texto.

27Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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• TEXTO COM ATÉ 7 (SETE) LINHAS ESCRITAS:

segundo os critérios de verificação da situação de correção, o

texto que apresentou essa característica foi classificado como

INSuFICIENTE, critério esse aplicado quando o aluno escreveu

um texto com até 7 (sete) linhas. Assim, só foram considerados

para correção, efetivamente, os textos com 8 (oito) linhas escritas

ou mais, para isso, o título contava como uma linha. A seguir, um

exemplo de texto que se enquadra nessa classificação.

Esse aluno da 3ª série EM não fez a produção de texto

conforme solicitado. No lugar de seu texto autoral, ele fez

uma cópia literal de trechos do Texto 2 e da própria proposta

de produção textual.

Texto 4 – Desconsiderado por cópia – 3ª série EM

28

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Texto 6 – Insuficiente – 1ª série EM

Texto 5 – Insuficiente – 1ª série EM

Somando os dois parágrafos e o título, esse texto apresenta

apenas 7 (sete) linhas escritas.

O texto do aluno apresenta apenas 5 (cinco) linhas escritas.

29Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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• IMPROPÉRIOS, DESENHOS OU OUTRAS FORMAS PROPOSITAIS DE ANULAÇÃO:

Enquadraram-se nessa situação de correção ANuLADo os textos que trouxeram

palavras de baixo calão, rasura e/ou desenho no Cartão de Produção de Texto,

conforme exemplos a seguir.

Texto 8 – Anulado – 1ª série EM Texto 9 – Anulado – 3ª série EM

Esse aluno da 1ª série

EM demonstra desconhecimento

acerca da atividade solicitada.

Esse aluno da 3ª

série EM anulou sua produção de texto ao substituí-

la por uma ilustração.

O aluno interrompeu

seu texto ainda no título.

Texto 7 – Insuficiente – 3ª série EM

30

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• FOLHA DE PRODUÇÃO DE TEXTO EM BRANCO:

foi classificado Em BRANCo todo Cartão de Produção de Texto entregue, literalmente,

sem nada escrito, mas o aluno respondeu às questões do teste de múltipla escolha. A

seguir, um exemplo dessa situação.

Texto 10 – Em Branco – 1ª série EM

• TEXTO COM ESCRITA ILEGÍVEL:

foi considerada ILEgÍVEL toda produção cuja escrita do aluno não era totalmente

legível ou se ele redigiu um texto em outro idioma que não o Português. os exemplos

a seguir ilustram essa situação.

Texto 11 – Ilegível – 1ª série EM

O aluno optou por não realizar a

avaliação de Produção de Texto. É muito

importante destacar que os alunos ausentes não recebem nenhum tipo

de nota, apenas o conceito AUSENTE.

A escrita desses alunos é ilegível,

tornando mais de 50% de suas

produções textuais incompreensíveis.

31Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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Texto 12 – Ilegível – 3ª série EM

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Vale ressaltar que, para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas, a cópia parcial dos textos

motivadores ou de questões objetivas do Caderno de Teste implicou a desconsideração do número de

linhas copiadas.

Veja, no Quadro 1, o percentual total de produções textuais em cada SITuAÇÃo DE CoRREÇÃo na

avaliação de 2012.

SITUAÇÃO DE CORREÇÃO% DE ALUNOS

1ª série EM 3ª série EM EJA EM

Normal 88,15 89,17 82,18

Em Branco 6,82 8,00 10,89

Insuficiente 1,27 0,57 1,51

Desconsiderado 3,56 2,17 5,28

Anulado 0,09 0,07 0,12

Ilegível 0,11 0,02 0,02

Total 100,0 100,0 100,00

Quadro 1 – Percentual total de alunos por situação de correção

A obtenção de um resultado mais amplo da realidade educacional de uma rede de ensino por meio da

avaliação externa está ligada diretamente a um processo avaliativo cuja participação dos alunos atinja

índices elevados, panorama positivo visto no Sadeam 2012. A partir dos dados apresentados no Quadro

1, no que concerne aos textos com situação de correção NoRmAL, ou seja, sem nenhuma questão

técnica ou textual que impedisse a verificação das competências linguístico-discursivas desenvolvidas

por eles. Constatamos que 88,15% dos alunos da 1ª série Em e 89,17% dos avaliados na 3ª série Em

participaram da avaliação de Língua Portuguesa na modalidade de Produção de Texto. Esse índice deve-

se, em grande parte, à ampliação do acesso ao Ensino Superior, promovido nos últimos anos, cujos

exames de seleção exigem que os candidatos sejam escritores hábeis.

No entanto, cabe ressaltar que a abstenção dos alunos ainda é significativa, especialmente na 3ª série

Em, 8%. Esse percentual sugere que diversos alunos optaram por realizar apenas a parte de múltipla

escolha do teste, ou por desconhecimento dos mecanismos formais de escrita ou como forma de

protesto. Essa informação é dada na situação Em BRANCo.

Em contrapartida, outros alunos conseguiram desenvolver sequências textuais, mas as estruturaram de

forma INSuFICIENTE, ou seja, desenvolveram textos com, no máximo, 7 (sete) linhas, sendo que as

propostas de produção textual pediam textos com aproximadamente 20 (vinte) linhas e a equipe de

correção foi orientada a corrigir qualquer produção NoRmAL com 8 (oito) linhas ou mais. Esses alunos

representam 1,27% dos avaliados na 1ª série Em e 0,57% na 3ª série Em.

os percentuais de textos anulados, com escrita ilegível ou em idioma que não o Português são baixos e

pouco interferem no resultado global da rede. Contudo, a situação de FugA Ao TEmA, principal critério de

33Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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enquadramento para se classificar um texto como DESCoNSIDERADo, ainda é recorrente, mesmo que de

maneira discreta. Destacam-se, principalmente, os 3,56% de textos desconsiderados na 1ª série Em.

Esse quadro apresenta, também, a realidade da aplicação do teste de Produção de Texto para os alunos

concluintes do Ensino médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA Em. Esse público

possui a menor participação dentre as etapas avaliadas, mas com um índice considerado satisfatório.

Todavia, os textos Em BRANCo somam 10,89% e os desconsiderados, em sua maioria por fuga ao

tema ou cópia, 5,28%, quase a soma dos percentuais as outras duas etapas de escolaridade. os textos

ilegíveis aparecem em igual proporção aos da 3ª série do ensino regular e as demais situações de

correção apresentam dados próximos aos das outras etapas.

Em suma, esse quadro apresentou informações relativas a todas as produções textuais, ou seja, tanto

os textos válidos (corrigidos) quanto os invalidados (avaliados somente na fase verificação da situação

de correção). Cabe ressaltar que todos os textos assinalados como Em BRANCo, INSuFICIENTE,

DESCoNSIDERADo, ANuLADo ou ILEgÍVEL receberam a nota 0 (zero) como pontuação em Produção

de Texto.

Comparativo 2012 e 2011 por situação de correção

Em 2012 os alunos da 1ª série do Ensino médio foram avaliados pela primeira vez na modalidade

Produção de Texto. Contudo, os alunos da 3ª série do Ensino médio da rede pública foram avaliados

em 2011, sendo possível, agora, comparar o percentual da 3ª série de 2012 com o de 2011, quanto às

situações de correção, como expresso no gráfico 1, apresentado a seguir.

gráfico 1 – Comparativo por situação de correção entre as avaliações da 3ª série Em de 2011 e 2012

34

Page 35: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

Analisando-se esse gráfico, percebe-se que a participação no teste de Produção de Texto sofreu um

decréscimo entre a avaliação de 2011 e a de 2012, que corresponde a uma queda de 7,03 pontos

percentuais: 96,20%, em 2011, e 89,17%, na avaliação de 2012. Essa queda na participação pode justificar-

se, em parte, pelo elevado índice de textos Em BRANCo, pois 8% dos alunos optaram por não realizar

a produção textual, limitando-se, apenas, a responder às questões de múltipla escolha da modalidade

de Leitura.

As fugas ao tema e à tipologia textual, assim como as cópias dos textos motivadores, indicados pela

situação DESCoNSIDERADo caíram de 2,9%, em 2011, para 2,17%, no último ciclo avaliativo. Também

se observa uma queda acentuada de textos ilegíveis, mas o mesmo não se observa com os textos

anulados: em 2011, não houve ocorrência dessa situação de correção, mas, em 2012, foram encontrados

0,07% de textos com esse perfil. Acrescente-se, ainda, o aumento de 0,04% para 0,057% de textos

considerados insuficientes.

Resultado geral por competência

o resultado geral por competência considera apenas as notas obtidas pelos textos válidos, ou seja,

aqueles que não receberam a pontuação 0 (zero) por se enquadrarem em uma situação de correção que

impedisse a aferição do desempenho do aluno por meio dos quesitos pedagógicos previstos pela matriz

de Competências de Produção de Texto. No entanto, conforme mostra a matriz, o aluno cujo texto foi

classificado como NoRmAL, ainda pôde obter a pontuação mínima, 0 (zero), caso sua escrita tenha sido

avaliada como INADEQuADA em todas as competências.

os resultados a serem apresentados e comentados nessa seção apresentam a concentração de alunos

por nível de desempenho, em cada competência avaliada, a partir da nota atribuída ao seu texto, em

cada quesito avaliado.

A seguir, apresentamos no Quadro 2 os resultados por competência da 1ª série do Ensino médio. Para

isso, foram considerados apenas os textos válidos, ou seja, com situação de correção NoRmAL.

35Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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1ª série EM

Percentual de alunos por Nível de DesempenhoC

ompe

tênc

ias

Habilidades

Inad

equa

do

Abai

xo d

o Bá

sico

Bási

co

Inte

rmed

iário

Adeq

uado

Avan

çado

Total

Nível 0 Nível I Nível II Nível III Nível IV Nível V

I Registro 0,11 3,84 21,07 48,45 24,64 1,88 100,0

II Tema/Tipologia Textual 0,26 4,84 22,23 48,09 22,81 1,78 100,0

III Coerência 0,35 7,33 26,60 46,79 17,67 1,26 100,0

IV Coesão 0,56 9,56 33,61 42,60 12,80 0,87 100,0

V Proposta de Intervenção 10,65 29,29 33,68 21,53 4,57 0,29 100,0

Quadro 2 – Resultado geral da 1ª série do Ensino Médio: percentual de alunos por nível de desempenho e competência

Expostos a uma situação de produção textual na qual precisavam discorrer acerca da situação dos idosos

na sociedade contemporânea, os alunos da 1ª série Em apresentaram desempenho INTERmEDIáRIo da

competência II, Tema/Tipologia Textual, com 48,09% dos alunos concentrados no Nível III. Analisando-

se os percentuais apresentados nos demais níveis dessa competência, em especial no Nível II, 22,23%,

vê-se que uma parcela significativa dos alunos ainda chega ao Ensino médio com um repertório

sociocultural limitado, o que aponta para a possibilidade de uma baixa exposição a eventos de letramento

nas esferas intra e extraescolares. Além disso, o hábito de argumentar ainda não é sistematizado nas

aulas de Língua Portuguesa, questão histórica no processo educacional brasileiro, em que a maioria

dos gêneros textuais trabalhados, em especial pelos livros didáticos, até a metade do terceiro ciclo

do Ensino Fundamental, ainda pertencem, predominantemente, ao agrupamento do narrar. Entretanto,

esses próprios resultados apontam que algo já vem sendo feito para rever esse tangenciamento das

atividades textuais que envolvem os gêneros argumentativos, pois a segunda maior concentração de

alunos no Nível IV, ADEQuADo, está nessa competência (22,81%) que avaliou a congruência das ideias

pertinentes ao tema em conjugação com a tipologia textual expositivo-argumentativa solicitada pela

proposta de produção textual.

Retomando a matriz de Competências para analisar os resultados dos alunos no que compete à

competência III, Coerência, nota-se que, na maioria dos textos avaliados, 46,79%, o autor apresentou

informações, fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema, porém os organizou de forma pouco

consistente para defender o ponto de vista elencado por ele. Em geral, as informações apresentaram-se

de forma aleatória e desconectadas entre si, embora relacionadas ao assunto delimitado pela proposta,

mas com argumentação pouco convincente. Nesse sentido, ainda falta a esses alunos um maior repertório

de leitura. Esses resultados sugerem que falta a esses alunos mais experiências sociointeracionais nas

quais a língua oral e a escrita se conjuguem para a construção de sentidos. Isso se reflete nos 26,60% dos

alunos chegaram ao Ensino médio com desempenho BáSICo em coerência textual, apresentando textos

36

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com ideias contraditórias, pouco articuladas ou restritas às colocações feitas pelos textos motivadores

da proposta.

observando as produções textuais dessa etapa de escolaridade pelo ponto de vista linguístico-

estrutural, a avaliação de produção de texto apontou que 48,45% dos alunos avaliados apresentaram

em suas produções alguns desvios gramaticais graves e de convenções da escrita, ou muitos desvios

leves. Assim, há certos desvios que ocorreram em várias partes do texto, revelando que um ou mais

aspectos da norma padrão ainda não foram incorporados aos seus hábitos linguísticos, como, por

exemplo, incorreções de concordância verbal ou nominal, aspecto que já deveria ter sido apropriado

pelos alunos dessa etapa de escolaridade. Em contrapartida a esses alunos em nível INTERmEDIáRIo,

somente 12,80% dos alunos já apresentam um registro ADEQuADo, a menor concentração percentual

no Nível IV dentre todas as competências.

A aferição da competência IV na 1ª série Em apontou que 42,6% dos alunos avaliados ainda apresentam

domínio INTERmEDIáRIo, uma vez que, em suas produções, eles, apesar de articularem as partes do

texto, ainda apresentam algumas eventuais inadequações na utilização dos recursos coesivos, tais

como: frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico-gramatical; sequências justapostas de

ideias sem encaixamentos sintáticos; ausência de paragrafação; frase com apenas oração subordinada,

sem oração principal, entre outras de menor gravidade.

Considerando-se apenas os textos válidos, é possível, ainda, representar graficamente (vide gráfico 2

a seguir) a concentração de alunos por nível de desempenho, a partir da nota final atribuída ao texto de

cada aluno.

Gráfico 2 – Concentração geral de alunos por nível de desempenho – 1ª série do Ensino Médio

37Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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Em continuação às análises dos resultados de Produção de Texto, apresentamos, a seguir, o Quadro 3

com os resultados por competência da 3ª série do Ensino médio, na qual também se considerou apenas

os textos válidos, ou seja, com situação de correção NoRmAL.

3ª série EM

Percentual de alunos por Nível de Desempenho

Com

petê

ncia

s

Habilidades

Inad

equa

do

Abai

xo d

o Bá

sico

Bási

co

Inte

rmed

iário

Adeq

uado

Avan

çado

Total

Nível 0 Nível I Nível II Nível III Nível IV Nível V

I Registro 0,22 2,51 15,03 52,96 27,58 1,69 100,0

II Tema/Tipologia Textual 0,37 3,97 14,18 56,05 22,70 2,72 100,0

III Coerência 0,48 4,30 21,02 53,61 18,81 1,79 100,0

IV Coesão 1,65 5,76 30,63 47,93 12,90 1,13 100,0

V Proposta de Intervenção 11,00 23,47 33,63 24,93 6,43 0,54 100,0

Quadro 2 – Resultado geral da 3ª série do Ensino Médio: percentual de alunos por nível de desempenho e competência

os dados apresentados no Quadro 3 mostram que 56,05% dos alunos do Amazonas avaliados apresentam

domínio INTERmEDIáRIo, pois o tema foi abordado com adequação, mas com uma abordagem ainda

superficial, discutindo outras questões relacionadas, configurando uma argumentação previsível.

Contudo, esses alunos apresentam domínio adequado do tipo textual expositivo-argumentativo,

mesmo não apresentando, explicitamente, uma tese, e detendo-se mais no caráter expositivo do que

no argumentativo, porque ainda reproduzem ideias do senso comum no desenvolvimento da temática.

A competência II possui, ainda, a maior concentração de alunos no nível AVANÇADo, 2,72%. Esses

percentuais sugerem que os alunos já foram expostos a mais atividades de letramento, ampliando o

repertório sociocultural deles.

Para construir textos que expressem de forma clara o seu ponto de vista, com argumentos bem

desenvolvidos, estabelecendo comunicação entre dois sujeitos, o autor deve demonstrar domínio da

norma padrão da língua escrita (ortografia, pontuação, sintaxe, adequação vocabular, formação de

palavras, uso adequado da página, entre outros), sendo capaz de selecionar, relacionar, organizar e

interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista, encadeando suas

ideias de forma lógica e progressiva. Em suma, o texto deve estar redigido de forma que o mesmo não

apresente falta de domínio absoluto do padrão da linguagem escrita formal, ou seja, esteja em um nível

38

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considerado INTERmEDIáRIo, assim como se encontra a maior parte dos textos produzidos pelos alunos

dessa etapa de escolaridade, 52,96%, como mostram os dados da competência I – Registro.

A adequação do registro à normatização da língua escrita tem impacto sobre a coesão e a coerência

textual. Dizer que um texto é coeso e coerente é afirmar que ele não é um mero aglomerado de frases,

mas sim uma unidade repleta de sentido. Isso só é possível se o autor do texto conseguir unir suas ideias

às estruturas linguísticas elencadas por ele. As competências III (Coerência) e IV (Coesão) apresentam

53,61% e 47,93%, respectivamente, dos textos alocados no Nível III nesses critérios de análise discursiva.

No ciclo avaliativo de 2012, a concentração dos resultados gerais dos alunos por nível de desempenho

está elencado no gráfico 3 a seguir.

Gráfico 3 – Concentração geral de alunos por nível de desempenho – 3ª série do Ensino Médio

Veja, a seguir, o gráfico 4 que compara a concentração geral de alunos por nível de desempenho na 3ª

série do Ensino médio da última avaliação com a anterior, realizada em 2011.

39Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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Gráfico 4 – Comparativo do resultado geral por nível de desempenho entre as avaliações da 3ª série EM regular de 2011 e 2012

A seguir, serão apresentados os resultados por nível de desempenho em cada uma das competências

para as avaliações de 2012 e 2011. os gráficos de 5 a 9 apresentam e comparam a concentração de

alunos em cada nível de desempenho, por competência, entre os resultados da avaliação de 2011 e da

atual, apresentada nessa Revista Pedagógica.

Gráfico 5 – Comparativo da Competência I (Registro) entre as avaliações da 3ª série EM regular de 2011 e 2012

40

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Gráfico 6 – Comparativo da Competência II (Tema/Tipologia Textual) entre as avaliações da 3ª série EM regular de 2011 e 2012

Gráfico 7 – Comparativo da Competência III (Coerência) entre as avaliações da 3ª série EM regular de 2011 e 2012

41Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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Gráfico 8 – Comparativo da Competência IV (Coesão) entre as avaliações da 3ª série EM regular de 2011 e 2012

Gráfico 9 – Comparativo da Competência V (Proposta de Intervenção) entre as avaliações da 3ª série EM regular de 2011 e 2012

42

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Analisando esses gráficos, nota-se que o percentual de alunos alocados no nível 0 (INADEQuADo)

sofreu um decréscimo significativo entre as duas avaliações, em especial na competência I – Registro

– em 2012. No entanto, na competência V essa concentração se elevou de 7,5% em 2011 para 11% na

última avaliação.

A competência V, Proposta de Intervenção, requer do aluno uma solução possível para o tema

problematizado na proposta de produção textual. o baixo desempenho nessa competência é observado

pela alocação da população no Básico, o que interfere diretamente na média individual do estado, das

regionais de ensino, dos municípios, das escolas e, principalmente, nos resultados dos alunos.

Constata-se, ainda, a queda do percentual de alunos no nível ADEQuADo e, especialmente, no

AVANÇADo em todas as competências, com destaque, principalmente, para Registro (queda de 4,71

pontos) e Tema/Tipologia Textual (caiu 5,72 pontos).

Entretanto, elevaram-se os índices de alunos no nível INTERmEDIáRIo em todas as competências, exceto

na V (Proposta de Intervenção), cuja concentração de alunos passou do INTERmEDIáRIo para o BáSICo.

Pode-se depreender dos gráficos de 4 a 8 que os alunos compreenderam bem a proposta de produção

de texto que problematiza uma temática atual (A RELAÇÃo DoS SERES HumANoS Com o PLANETA).

Contudo, os alunos não conseguiram unir aos seus argumentos uma ideia autoral, mesmo que em alguns

momentos tenham apresentado sugestões para solucionar esse problema.

Prosseguindo, apresenta-se no Quadro 3, a seguir, com os resultados por competência dos textos válidos

da 3ª série da EJA para EJA Em.

EJA EM

Percentual de alunos por Nível de Desempenho

Com

petê

ncia

s

Habilidades

Inad

equa

do

Abai

xo d

o Bá

sico

Bási

co

Inte

rmed

iário

Adeq

uado

Avan

çado

Total

Nível 0 Nível I Nível II Nível III Nível IV Nível V

I Registro 0,72 6,60 33,39 49,86 9,29 0,14 100,0

II Tema/Tipologia Textual 0,69 9,70 28,23 53,30 7,95 0,14 100,0

III Coerência 1,46 11,85 38,27 42,94 5,34 0,14 100,0

IV Coesão 4,76 14,92 47,19 30,46 2,61 0,06 100,0

V Proposta de Intervenção 18,07 32,62 31,76 16,41 1,12 0,03 100,0

Quadro 3 – Resultado geral da EJA Ensino Médio: percentual de alunos por nível de desempenho e competência

43Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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os alunos avaliados na EJA Em, assim como os da educação regular, estão em vias de conclusão da

Educação Básica e muitos deles serão confrontados, em uma realidade próxima, com exames de seleção

para acesso ao Ensino Superior ou inserção no mercado de trabalho formal (concursos ou seleções

públicas). No entanto, o que tem se visto, muitas vezes, dentre aqueles que ingressam em cursos de

graduação é um domínio da língua pouco apropriado para alunos que passaram pela educação básica.

os resultados por competência do teste de Produção de Texto do Sadeam EJA Em mostram que uma

nova visão do papel social da escrita tem sido incorporado ao cotidiano das práticas escolares, mas

ainda não se configuram de forma equânime, uma vez que os alunos ainda se encontram entre os níveis

BáSICo e INTERmEDIáRIo. Isso só não ocorre com a competência V (Proposta de Intervenção), cuja

concentração transita entre os níveis ABAIXo Do BáSICo e BáSICo.

observa-se que 53,3% dos textos produzidos pelos alunos apresentaram adequação argumentativa,

contudo os seus textos ainda apresentam ideias previsíveis, ou seja, argumentação pertinente ao tema

proposto, porém pouco organizadas e relacionadas de forma pouco consistente em defesa de seu ponto

de vista, pois a progressão textual ainda se revela deficiente.

o uso da norma padrão da língua escrita ainda é pouco consistente, porque 49,86% dos alunos encontram-

se em estágio INTERmEDIáRIo, algo que merece atenção, pois esses alunos estão deixando o Ensino

médio apresentando alguns desvios graves ou gravíssimos, ou muitos desvios leves, principalmente de

ortografia, pontuação e morfossintaxe. Esses desvios de Registro devem ser atentamente avaliados, uma

vez que eles podem influenciar na Coesão. Nesse caso, a penalização ocorreu de acordo com o tipo de

interferência provocado pelo desvio no texto, ou seja, se ele prejudicou apenas a estruturação linguística,

mas não interferiu no encadeamento das ideias, foi penalizado na competência I, caso contrário, foi

considerado na competência IV, porque atrapalhou a sequência de ideias do autor, afetando ainda a

coerência do texto. Com 42,94% de alunos no Nível III, a concentração de alunos no quesito Coerência

aponta que os problemas com a coesão textual, com 47,19% dos alunos no nível II, podem interferir na

progressão da argumentação desenvolvida na produção textual.

Para uma melhor elucidação, observe a seguir o gráfico 10 com a concentração geral de alunos por nível

de desempenho, a partir da média geral dos resultados dos alunos.

44

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Gráfico 10 – Concentração geral de alunos por nível de desempenho – EJA Ensino Médio

45Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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ENTENDENDO OS NÍVEIS DE ESCRITA E O PERFIL DE CADA ESCRITOR COMPREENDIDO POR ELES

A partir das propostas de produção textual aplicadas em cada etapa da avaliação do Ensino médio,

mediu-se o nível de desenvolvimento dos alunos em relação às competências atreladas ao domínio da

comunicação escrita, estabelecidas pela matriz de Competências de Produção de Texto.

Cada aluno recebeu uma nota, variável entre 0 (zero) e 10 (dez) pontos, para cada competência, conforme

a divisão por nível estabelecida na matriz. A média aritmética das notas das 5 (cinco) competências

constitui a nota final do aluno, que também pode ser interpretada com base nas descrições dos níveis da

matriz. mesmo apresentando notas alocadas em níveis diferentes da matriz, o resultado final mostra que

o desempenho do aluno está ligado ou pende para as habilidades descritas no nível em que a nota final

pode ser alocada, definindo o perfil de escritor atrelado a esse intervalo de pontuação.

Para um melhor entendimento, veja a simulação a seguir.

O aluno, após ter seu texto sinalizado como NORMAL, recebeu as seguintes notas nas

competências avaliadas:

COMPETÊNCIA HABILIDADE NOTA NÍVEL CLASSIFICAÇÃO

I Registro 6,0 III Intermediário

IITema/Tipologia Textual

8,0 IV Adequado

III Coerência 6,0 III Intermediário

IV Coesão 6,0 III Intermediário

VProposta de Intervenção

4,0 II Básico

Total (média aritmética) 6,0 III Intermediário

Mesmo com um resultado posicionado no nível IV na Competência II, a nota final desse aluno, 6,0 (seis)

pontos, situa sua nota no nível III, INTERMEDIÁRIO, pois o desenvolvimento das Competências I, III e IV,

respectivamente, ainda se encontram em fase de desenvolvimento e ele não conseguiu elaborar de

forma adequada uma proposta de intervenção, como mostra sua posição no nível II na competência V.

46

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Os níveis de escrita e o perfil de escritor compreendido por eles

A partir da nota final obtida pelo aluno, pode-se definir o seu perfil de escritor de acordo com a descrição

do nível no qual sua nota está alocada.

os níveis de desempenho e suas denominações qualificam o perfil de escritor enquadrado em cada um.

Esses níveis compreendem intervalos específicos de pontuação, sendo que, no ato da correção, a nota

atribuída à competência é o valor máximo do nível que, após o cálculo da média entre as duas correções,

pode apresentar variações dentro do nível ou transferir a pontuação do aluno na competência para

outra classificação.

A PARTE VARIáVEL dessa Revista Pedagógica com os resultados, ou seja, o encarte com os dados

da Coordenadoria, do município e/ou da Escola apresentarão a mÉDIA gERAL PoR ComPETÊNCIA.

Porém, ao fim da apresentação desses dados, serão listados os percentuais de textos por SITuAÇÃo DE

CoRREÇÃo, mostrando o quantitativo de produções não avaliadas por competência.

A partir da nota final obtida pelo aluno, pode-se definir o seu perfil de escritor de acordo com a descrição

do nível no qual sua nota está alocada.

Inadequado aBaIXo do BÁSICo BÁSICo IntermedIÁrIo adequado avançado

0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0

Vamos compreender cada nível de desempenho, individualmente.

Inadequado

0

Nesse nível, o aluno demonstra total desconhecimento da norma padrão, de escolha de registro e de

convenções da escrita, que tornam seu texto ininteligível. Além disso, ele desenvolve texto que não

contempla a proposta de produção textual, elaborando outra estrutura textual que não a expositivo-

argumentativa, mas com traços de opinião e referências ao tema. Por sua vez, o texto apresenta

informações, fatos, opiniões e argumentos incoerentes ou não apresenta um ponto de vista, tendo,

na maioria das vezes, seu entendimento prejudicado ou quase anulado e sem a presença de uma

proposta de intervenção. Em suma, as informações estão desconexas e não se configuram como uma

sequência textual.

47Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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Veja a análise de uma produção textual da 1ª série e outra da 3ª série cujas notas finais enquadram-se

nesse nível.

1ª série do Ensino Médio

Texto 13 – INADEQUADO – 1ª série EM

48

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

A nota final atribuída a esse texto demonstra que o desempenho de seu autor está no nível 0 –

INADEQuADo. Percebe-se com clareza que o aluno desconhece na norma padrão a escolha de registro

e convenções da escrita, o que torna o texto ininteligível. o aluno tangenciou o tema e não apresentou

dados e informações que comprovem a estrutura de um texto expositivo-argumentativo, enfatizando

apenas a situação do idoso, sem clareza e precisão. Por isso, sua interpretação foi superficial e não

conseguiu defender seu ponto de vista a respeito do tema proposto, sendo assim, as informações

são incoerentes.

As partes do texto estão desconexas e o encadeamento das ideias deveria levar a uma conclusão, mas

isso não ocorre, o que acaba por desconfigurar o texto.

Cabe ressaltar ainda, que o domínio da norma padrão é baixo e, por isso, interferiu na Competência I

(Registro). Como exemplo temos:

• acréscimo de letras: “sintuação” (ℓ. 03); “preoculpar” (ℓ. 05);

• ausência de acentuação gráfica, o que causa alteração no sentido das palavras, acompanhada de

outros desvios ortográficos: “excluilos” (ℓ. 05); “ajuda-los” (ℓ. 06); “pratica” (ℓ. 07); “inumeras” (ℓ. 09);

“publico” (ℓ. 10); “veses” (ℓ. 12); “emergencia” (ℓ. 20);

• “[...] mais em todo o mundo” (ℓ. 24); uso do mais no lugar domas, alterou a compreensão da frase,

pois um tem sentido aditivo e o outro, adversativo;

• pontuação inadequada: quase não há vírgulas no texto.

o aluno não conseguiu apresentar uma proposta de intervenção para o problema abordado.

49Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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3ª série do Ensino Médio

Texto 14 – INADEQUADO – 3ª série EM

50

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

0,0Inadequado

A nota final atribuída a esse texto demonstra que o desempenho de seu autor está no nível 0 –

INADEQuADo. o aluno desconhece a norma padrão da escolha de registro e convenções da

escrita. utiliza períodos incompletos e truncados, tornando o texto ininteligível. o aluno tangenciou

completamente o tema, não apresentando dados e informações que comprovem a estrutura de um texto

expositivo-argumentativo. Por isso, sua interpretação foi superficial e não conseguiu defender seu ponto

de vista a respeito do tema proposto, sendo assim, as informações são incoerentes.

o texto está desconfigurado porque suas partes estão desconexas e o encadeamento das ideias não

leva a uma conclusão.

Cabe ressaltar ainda, que o domínio da norma padrão é baixíssimo e os desvios de ortografia, concordância,

pontuação, grafia das palavras, emprego de maiúsculas é muito grave. Como exemplo, temos:

• concordância: “os seres humanos e muito importantes” (ℓ. 01);

• período truncado e incompleto: “como pessoa que ela e tem argunta coisa como o negócio os

devidos” (ℓ. 04)

• ausência de acentuação gráfica e outros desvios ortográficos: “negocio” (ℓ. 08,) nesse caso muda

o sentido da palavra; “agente” (ℓ. 11); “piza” (ℓ. 18) no lugar de pisar; “orgunho” (ℓ. 25) no lugar de

orgulho; “zontro” (ℓ. 26) no lugar de outro;

• emprego de maiúscula no início de parágrafo: “negocio contrai muita coisa boa” (ℓ. 08);

• pontuação totalmente inadequada: “[...] isso é um seres humanos eu acho que não.” Faz uma pergunta

e não utiliza o ponto de interrogação (ℓ. 18).

o aluno não consegue apresentar uma proposta de intervenção para o problema abordado, pois seu

texto é muito confuso e ele acaba tratando de outros assuntos no texto.

51Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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aBaIXo do BÁSICo

0,1 2,0

o aluno que se encontra nesse nível de escrita demonstra domínio insuficiente da norma padrão,

apresentando graves e frequentes desvios gramaticais e de convenções da escrita, além de presença

de gírias e marcas de oralidade. Assim, há certos desvios graves que ocorrem de forma sistemática no

texto e são acompanhados de desestruturação sintática em excesso, revelando que muitos aspectos

importantes da norma padrão ainda não foram incorporados aos seus hábitos linguísticos. No que tange

à competência II – Tema/Tipologia textual, ele desenvolve de maneira tangencial o tema, detendo-se em

tema vinculado ao mesmo assunto, o que revela má interpretação da proposta. Ele, ainda, elabora proposta

de intervenção tangencial ao tema ou a deixa subentendida no desenvolvimento da argumentação.

Seu texto apresenta inadequação ao tipo textual expositivo-argumentativo, com repetição de ideias e

ausência de argumentação, podendo elaborar um texto de base narrativa, com apenas um resquício

argumentativo. Em geral, as informações, fatos, opiniões e argumentos apresentados pelo aluno são

pouco relacionados ao tema e também são pouco arrolados entre si, até mesmo porque o aluno não

articula as partes do texto ou as articula de forma precária e/ou inadequada, apresentando graves e

frequentes desvios de coesão textual. Na produção textual enquadrada neste nível, há sérios problemas

na articulação das ideias e na utilização de recursos coesivos.

Veja a análise de duas produções textuais que estão ABAIXo Do BáSICo.

1ª série do Ensino Médio

Texto 15 – ABAIXO DO BÁSICO – 1ª série EM

52

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

2,0Abaixo do Básico

2,0Abaixo do Básico

2,0Abaixo do Básico

1,0Abaixo do Básico

3,0Básico

1,6Abaixo do Básico

o desenvolvimento desse texto indica que o aluno apresenta desempenho que o aloca no Nível I –

ABAIXo Do BáSICo, para essa etapa da escolaridade. o aluno demonstra domínio insuficiente da

norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais e de convenções de escrita.

Assim, há certos desvios graves que ocorrem de forma sistemática no texto, revelando que muitos

aspectos importantes da norma padrão ainda não foram incorporados aos seus hábitos linguísticos. o

aluno desenvolve o tema de maneira tangencial e mistura assuntos diferentes do proposto, isso revela a

sua má interpretação. Não possui argumentação para defender seu ponto de vista e, por isso, não atinge

o objetivo de escrever um texto expositivo-argumentativo. Também, não consegue dar informações,

apresentar fatos e opiniões, o que torna o texto bastante incoerente.

o aluno articula as partes do texto de forma precária, apresentando frequentes desvios de coesão

textual. As ideias são confusas, pois há frases fragmentadas, faltam os conectores adequados, repetição

desnecessária de palavras e não utilização de elementos que se refiram a termos que apareceram

anteriormente no texto. Não há um encadeamento de ideias que leve a uma conclusão.

Além dos desvios supracitados, temos ainda:

• supressão da inicial maiúscula: “tem que ter [...]” (ℓ. 03);

• supressão de letras em final de palavras: “cuida” (ℓ. 03); “leva” (ℓ. 04); “ fica” (ℓ. 08); “que” (ℓ. 09);

“pega” (ℓ. 10);

• troca das consoantes surdas e sonoras: “doma” (ℓ. 05); “verturas” (ℓ. 16);

• vários desvios ortográficos: hiposegmentação de palavra “mal trata” (ℓ. 06) a intenção era escrever

“maltrata”; “coida” (ℓ. 07); “posentadoria” (ℓ. 08); “agus” (ℓ. 11) no lugar de “algum”; “exircio” (ℓ. 13) no

lugar de “exercício”;

• concordância: [...] “8 ano ou 6 ano” (ℓ. 10); “As pessoas só pode” (ℓ.17);

• não há pontuação.

o aluno elabora proposta de intervenção tangencial ao tema no desenvolvimento da argumentação.

53Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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3ª série do Ensino Médio

Texto 16 – ABAIXO DO BÁSICO – 3ª série EM

PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

2,0Abaixo do Básico

3,0Básico

3,0Básico

2,0Abaixo do Básico

0,0Inadequado

2,0Abaixo do Básico

o desenvolvimento desse texto indica que o aluno apresenta desempenho que o aloca no Nível I –

ABAIXo Do BáSICo. o aluno demonstra pouco domínio da norma padrão e apresenta muitos desvios

gramaticais e de convenções de escrita. Isso revela que muitos aspectos importantes da norma padrão

ainda não foram incorporados aos seus hábitos linguísticos. o aluno desenvolve o tema de maneira

tangencial e mistura assuntos diferentes do proposto, percebendo assim, a sua má interpretação. Não

possui argumentação para defender seu ponto de vista e por isso, não atinge o objetivo de escrever um

texto expositivo-argumentativo. Também, não consegue dar informações, apresentar fatos e opiniões, o

que torna o texto bastante incoerente.

54

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o aluno articula as partes do texto de forma precária, apresentando frequentes desvios de coesão textual.

As ideias são confusas, pois há frases fragmentadas, faltam os conectores adequados, observando-

se repetição desnecessária de palavras, além de os parágrafos serem muito extensos. Não há um

encadeamento de ideias que leve a uma conclusão.

Além dos desvios supracitados, temos ainda:

• inicial maiúscula no meio da frase: “[...]a maior parte das Problema” (ℓ. 04);

• divisão silábica na mudança de linha (translineação): “igualme-nte” (ℓ. 01); “performa-ance” (ℓ. 06);

• concordância: “Os seres humanos não somos igualmente[...] (ℓ. 01); “[...] os seres humano [...]” (ℓ. 04);

• acentuação gráfica e desvios ortográficos: “tambem” (ℓ. 05); “agente” (ℓ. 05); “possivel” (ℓ. 08);

• ao longo do texto, os sinais de pontuação utilizados são uma vírgula (ℓ. 08) e um ponto final (ℓ. 21).

o aluno elabora proposta de intervenção tangencial ao tema no desenvolvimento da argumentação.

BÁSICo

2,1 4,0

Nesse nível, o aluno demonstra domínio mediano da norma padrão, apresentando grande quantidade de

desvios gramaticais e de convenções da escrita graves ou gravíssimos, além de presença de marcas de

oralidade. Assim, há certos desvios graves que ocorrem em várias partes do texto, revelando que muitos

aspectos importantes da norma padrão ainda não foram incorporados aos seus hábitos linguísticos. No

entanto, ele já não apresenta desestruturação sintática em excesso, desenvolvendo, também, de forma

mediana o tema, com tendência ao tangenciamento, uma vez que sua argumentação é previsível e baseia-

se em argumentos do senso comum, de recorrentes cópias (citações diretas) dos textos motivadores

ou com domínio precário do tipo textual expositivo-argumentativo, devido à argumentação falha ou

texto apenas expositivo. No geral, esse aluno elabora proposta de intervenção relacionada ao tema de

forma precária, ou seja, não articulada com a discussão desenvolvida no texto ou com desenvolvimento

precário dos meios para realizá-la. Diante disso, a coerência textual ainda é significativamente afetada,

porque as informações, fatos e opiniões são pouco articulados ou contraditórios, embora pertinentes ao

tema proposto, e o autor, geralmente, limita-se a reproduzir os argumentos constantes na proposta de

produção textual, em defesa de seu ponto de vista. Quanto à competência IV – Coesão, o aluno articula

as partes do texto, porém com muitas inadequações na utilização dos recursos coesivos, demonstrando,

assim, pouco domínio dos recursos coesivos.

55Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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1ª série do Ensino Médio

Texto 17 – BÁSICO – 1ª série EM

56

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

4,0Básico

5,0Intermediário

4,0Básico

3,0Básico

4,0Básico

4,0Básico

A partir da análise dessa produção e do resultado obtido, identifica-se que o aluno encontra-se no Nível

II – BáSICo, em relação ao desempenho de suas habilidades de escrita. o escritor tem um pouco de

dificuldade para expressar suas ideias de forma organizada. os desvios de registro prejudicam o sentido

global, indicando que aspectos importantes da norma culta ainda não fazem parte de seu repertório

linguístico, tais como:

• concordância: “[...] acontece muito, muito violência [...]” (ℓ. 02-03); “[...] muitos ainda não sabe

valorizar[...]”(ℓ. 11); “[...] para muito [...]”; “[...] de todos o que ver[...]” (ℓ. 20); “[...] essa pessoas que fazes

[...]” (ℓ. 23); “[...] são eles que passa, sofre e pede ajuda.” (ℓ. 25); “todossabe mas não se importa (ℓ.

30);

• supressão de letras: “[...] não sabe valoriza [...]”(ℓ. 11); “[...] não entede [...]”; “[...] camiando[...] (ℓ. 13);

“Para denuncia[...]” (ℓ. 23);

• substituição de letras (palavras homófonas): “comprimentos” (ℓ. 16) no lugar de cumprimentos;

“descriminação” (ℓ. 22) no lugar de discriminação;

• grafia incorreta de palavras: “[...] ãos [...]” (ℓ. 03);

• “[...] e porisso [...]” (ℓ. 12); “[...] idosos conseteza [...]” (ℓ. 17); hipersegmentação de palavras (a intenção

era escrever por isso e com certeza);

• Desvios ortográficos e acentuação gráfica: “[...] ele esta [...]” (ℓ. 06) (a falta do acento compromete

a compreensão do texto); “alguem” (ℓ. 08); “tambem” (ℓ. 14); “[...] acite, cituações [...] (ℓ. 21); “[...]

procimda [...]” (ℓ. 28) no lugar de próxima;

• a falta de pontuação atrapalha a leitura, fazendo com que os parágrafos fiquem extensos.

Em relação à competência II – TEmA/TIPoLogIA TEXTuAL, ele consegue desenvolver de forma mediana

o tema, já que sua argumentação é previsível e baseia-se em argumentos do senso comum, com domínio

precário do tipo textual expositivo-argumentativo.

o aluno elabora proposta de intervenção relacionada ao tema de maneira precária, não articulada com a

discussão desenvolvida no texto, ou com desenvolvimento precário dos meios para realizá-la.

57Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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3ª série do Ensino Médio

Texto 18 – BÁSICO – 3ª série EM

PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

4,0Básico

5,0Intermediário

4,0Básico

4,0Básico

3,0Básico

4,0Básico

A partir da análise feita, identifica-se que o aluno encontra-se no Nível II – BÁSICO. O escritor tem um pouco de dificuldade para organizar suas ideias. Os desvios prejudicam o sentido global e nos indica que a norma culta ainda não faz parte de seu repertório linguístico. Observaremos alguns pontos a seguir:

• concordância: “Nós seres humanos somos culpado [...]” (ℓ. 1); “As consequencias da nossas

transformações”(ℓ. 03);”Podemos ser mais coidadoso” (ℓ. 09);”[...] nossos futuro filhos [...]” (ℓ. 13);

“Destruir o nosso planeta, é destruir a nós mesmo” (ℓ. 19)

• uso do advérbio de intensidade no lugar da conjunção adversativa maS: “Não pensamos só em nós

mais tambem [...]”(ℓ.12);

58

Page 59: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

• “[...] a pessar de ser o único [...]” (ℓ.10); “[...] diz frutar a nossa felicidade” (ℓ.18); hiposegmentação de

palavras (a intenção era escrever apesar e desfrutrar);

• Desvios ortográficos e acentuação gráfica: “consequencias” (ℓ. 03); “nosas” (ℓ.03); “coidadoso” (ℓ. 09);

“trais” (ℓ.11); “também” (ℓ.12);

• pontuação: separação de sujeito e verbo por vírgula: “Nós seres humanos, somos culpado [...] (ℓ. 01).

Em relação ao tema, ele consegue desenvolver de forma mediana, já que sua argumentação é previsível

e o domínio do tipo textual expositivo-argumentativo é precário.

o aluno elabora proposta de intervenção relacionada ao tema de maneira precária, com desenvolvimento

precário dos meios para realizá-la.

IntermedIÁrIo

4,1 6,0

o aluno alocado nesse nível apresenta domínio adequado da norma padrão, apresentando alguns

desvios gramaticais graves e de convenções da escrita, ou muitos desvios leves. Desvios mais graves,

como a ausência de concordância verbal ou nominal, não impedem que a produção textual receba essa

pontuação, desde que não configurem falta de domínio absoluto do padrão da linguagem escrita formal.

Assim, o aluno que realizar alguns desvios graves ou gravíssimos, ou muitos desvios leves, recebe essa

pontuação. o tema é tratado adequadamente, mas com uma abordagem superficial, discutindo outras

questões relacionadas por meio de uma argumentação previsível, mas que mostra que ele apresenta

domínio adequado do tipo textual expositivo-argumentativo, mesmo não apresentando, explicitamente,

uma tese, e detendo-se mais no caráter expositivo do que no argumentativo, porque ainda reproduz

ideias do senso comum no desenvolvimento da temática. Isso se reflete na proposta de intervenção,

uma vez que mesmo desenvolvendo uma proposta de intervenção relacionada ao tema, ela ainda é

pouco articulada à discussão desenvolvida no texto, ou seja, com pouca fundamentação ou baseada em

ideias do senso comum. o aluno com escrita em nível intermediário apresenta em seu texto informações,

fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto, porém os organiza e relaciona de forma

pouco consistente em defesa de seu ponto de vista. As informações são aleatórias e desconectadas

entre si, embora relacionadas ao tema, revelando pouca articulação entre os argumentos, que não são

convincentes para defender a opinião do autor. Já em relação à competência de Coesão, o aluno articula

as partes do texto, porém com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos, demonstrando

que esse escritor possui domínio regular desses recursos.

Veja produções textuais situadas nesse perfil.

59Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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1ª série do Ensino Médio

Texto 19 – INTERMEDIÁRIO – 1ª série EM

60

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

6,0Intermediário

6,0Intermediário

6,0Intermediário

6,0Intermediário

4,0Básico

5,6Intermediário

o autor desse texto demonstra domínio adequado da norma padrão, apresentando desvios gramaticais

leves. Ele mostra que está situado no Nível III – INTERmEDIáRIo. Isso revela que um ou mais aspectos

da norma padrão ainda não foram incorporados aos seus hábitos linguísticos. o tema é desenvolvido de

forma adequada, mas ainda apresenta uma abordagem superficial. o aluno consegue desenvolver uma

argumentação previsível e apresenta certo domínio do tipo textual – expositivo-argumentativo, só não

consegue explicitar uma tese, detendo-se mais no caráter expositivo.

A apresentação das informações, fatos e opiniões são adequadas ao tema proposto, porém a

organização é pouco consistente em defesa de seu ponto de vista. o texto revela pouca articulação

entre os argumentos e não são convincentes para defender a opinião do autor.

o aluno articula partes do texto, mas com algumas inadequações na utilização de recursos coesivos

como, por exemplo, frases fragmentadas que dão a impressão de que o pensamento foi interrompido e

a repetição de palavras.

Percebe-se, ainda, incorreções ortográficas e de acentuação. Como exemplo, vemos:

• neologismo: ‘[...] inrespeito” (ℓ. 02);

• concordância: “[...] tem pessoas que não gosta [...]” (ℓ. 03); “Temos que tratar os idosos respeitando-o,

chamando-o [...]” (ℓ. 05); “[...] pessoas que se sentem ameaçados [...]” (ℓ. 19); “[...] eles são muito

importante [...]” (ℓ. 25);

• ausência da acentuação gráfica: acento indicativo de crase – “as vezes [...]” (ℓ. 01) “[...] nos tratamos

[...]” (ℓ. 01); “[...] ajuda-los [...]” (ℓ. 06); “[...] nos estivermos [...]” (ℓ. 13);

• uso do porque: “Ame os idosos por que eles [...]” (ℓ. 25) sentido de causa ou explicação o porque

deve ser junto.

o aluno consegue elaborar uma proposta de intervenção relacionada ao tema, mas pouco articula à

discussão desenvolvida no texto.

61Sadeam 2012

Revista Pedagógica

Page 62: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

3ª série do Ensino Médio

Texto 20 – INTERMEDIÁRIO – 3ª série EM

62

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

6,0Intermediário

7,0Adequado

5,0Intermediário

5,0Intermediário

4,0Básico

5,4Intermediário

o aluno demonstra um bom domínio da norma padrão e apresenta desvios gramaticais leves. mostra

estar situado no Nível III – INTERmEDIáRIo, revelando que um ou mais aspectos da norma padrão

ainda não foram incorporados aos seus hábitos linguísticos. Consegue desenvolver o tema de maneira

adequada, mas ainda é um pouco superficial em sua abordagem. Sua argumentação é previsível e

apresenta domínio do tipo textual – expositivo-argumentativo.

Consegue apresentar informações adequadas ao tema proposto, mas não consegue defender seu ponto

de vista com consistência. os argumentos são pouco convincentes e não defendem a opinião do autor.

os recursos coesivos são articulados de maneira inadequada como, por exemplo, frases truncadas que

dificultam a compreensão do parágrafo.

Percebe-se, ainda, incorreções ortográficas e de acentuação. Como exemplo, vemos:

• neologismo: ‘[...] inrespeito” (ℓ. 02);

• concordância: “[...] grandes queimadas polui exageradamente [...]” (ℓ. 12); “[...] sem poluir e agredi-lo”

(ℓ. 30) o artigo grifado deveria estar no feminino, já que está se referindo à natureza;

• acentuação gráfica: “vem” (ℓ. 10) o verbo deveria vir acentuado, pois acompanha o substantivo

mudanças que está no plural; “[...] à acabar [...]” (ℓ. 18) acento indicativo de crase antes de verbo no

infinitivo; “necessario” (l.20); “tragicas” (ℓ. 25);

• desvio ortográfico: “harmoniozamente” (ℓ. 28).

o aluno consegue elaborar uma proposta de intervenção relacionada ao tema, mas pouco articula à

discussão desenvolvida no texto.

63Sadeam 2012

Revista Pedagógica

Page 64: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

adequado

6,1 8,0

o aluno cuja nota está no intervalo de pontuação compreendido por esse nível demonstra bom domínio

da norma padrão, apresentando poucos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita. Assim,

o mesmo desvio não ocorre em várias partes do texto, o que revela que as exigências da norma padrão

foram incorporadas aos seus hábitos linguísticos e os desvios foram eventuais. Desvios mais graves,

como a ausência de concordância verbal ou nominal, não impedem que a produção textual receba

essa pontuação, desde que não se repitam regularmente no texto. Assim, o aluno que realizou poucos

desvios leves ou pouquíssimos desvios graves recebe essa pontuação. Além disso, ele desenvolve bem

o tema, mas não explora os seus aspectos principais. Desenvolve uma argumentação consistente e

apresenta bom domínio do tipo textual expositivo-argumentativo, mas não apresenta argumentos bem

desenvolvidos. Contudo, seus argumentos não ficam restritos à reprodução das ideias contidas nos

textos motivadores nem a questões do senso comum, pois seleciona, organiza e relaciona informações,

fatos, opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, em defesa de seu

ponto de vista. Explicita a tese, seleciona argumentos que possam comprová-la e elabora conclusão que

mantenha coerência com a opinião defendida na produção textual. Em geral, os argumentos utilizados

são previsíveis, mas não há cópia de argumentos defendidos pelos textos motivadores. No que tange à

Proposta de Intervenção, ela é clara, relacionada à tese e bem articulada com a discussão desenvolvida

no texto, explicitando os meios para realizá-la.No campo da Coesão, o autor articula as partes do texto

com poucas inadequações na utilização de recursos coesivos, não apresentando: frases fragmentadas

que comprometam a estrutura lógico-gramatical; sequência justaposta de ideias sem encaixamentos

sintáticos; ausência de paragrafação; frase com apenas oração subordinada, sem oração principal.

Poderá, no entanto, conter alguns desvios de menor gravidade: emprego equivocado do conector;

emprego do pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória; repetição desnecessária de

palavras ou substituição inadequada, sem se valer dos recursos de substituição oferecidos pela língua.

Essa pontuação foi atribuída ao aluno que demonstrou domínio dos recursos coesivos.

Veja a análise de textos com escrita ADEQuADA.

64

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1ª série do Ensino Médio

Texto 21 – ADEQUADO – 1ª série EM

PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

8,0Adequado

8,0Adequado

8,0Adequado

8,0Adequado

8,0Adequado

8,0Adequado

65Sadeam 2012

Revista Pedagógica

Page 66: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

o aluno revela estar situado no Nível IV – ADEQuADo, o que pode ser evidenciado pela argumentação

segura, feita no primeiro parágrafo em relação à estatística do número da população de idosos no país.

Essa referência indica que o autor está bem informado e é hábil no sentido de articular essas informações

e capaz de produzir um texto coeso e coerente.

o aluno foi capaz de desenvolver bem o tema proposto e apresenta bom domínio da norma padrão. os

desvios gramaticais são leves e limitam-se a pequenas incorreções de pontuação como, por exemplo:

“Existem leis que amparam os idosos mas [...]” (ℓ. 13); a vírgula deveria vir antes da conjunção adversativa

mas; “[...] problemas sofrido por eles, e para assegurar [...]” (ℓ. 19-20) quando o e tem função de adição,

não se deve colocar vírgula antes dele.

o aluno elabora proposta de intervenção clara, relacionada à tese e bem articulada com a discussão

desenvolvida no texto, explicitando os meios para realizá-la.

3ª série do Ensino Médio

Texto 22 – ADEQUADO – 3ª série EM

66

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

8,0Adequado

8,0Adequado

8,0Adequado

9,0Avançado

6,0Intermediário

7,8Adequado

o aluno revela estar situado no Nível IV – ADEQuADo. Fez uma argumentação segura, quando usou

corretamente o conectivo que indica a exposição de seu argumento (ℓ. 15) “Com isso [...]”. Essa referência

indica que o autor é capaz de produzir um texto coeso e coerente.

o aluno desenvolve bem o tema proposto e apresenta bom domínio da norma padrão. os desvios

gramaticais são leves como, por exemplo: uso do mais no lugar de mas “[...] ocorrendo atualmente, mais

qual será [...]”(ℓ. 04); ausência da crase: “[...] respondendo a ação humana [...]” (ℓ. 06); desvio ortográfico:

“[...] não hage [...]” verbo agir não tem inicial com h; acentuação gráfica: especies” (ℓ. 12); propria (ℓ. 13) e

tambem (ℓ. 25);

o aluno consegue elaborar sua proposta de intervenção claramente e articula bem a discussão

desenvolvida no texto, explicitando os meios para realizá-la.

avançado

8,1 10,0

um escritor avançado é aquele que demonstra excelente domínio da norma padrão, não apresentando

ou apresentando pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita que não

interferem na compreensão textual, pois o mesmo desvio não ocorre em várias partes do texto, o que

revela que as exigências da norma padrão foram incorporadas aos seus hábitos linguísticos e os desvios

foram eventuais. Desvios mais graves, como a ausência de concordância verbal, excluem a produção

textual da pontuação mais alta. Em relação ao tema, ele foi muito bem desenvolvido, explorando os

seus principais aspectos. A produção textual contém, ainda, uma argumentação consistente, revelando

excelente domínio do tipo textual expositivo-argumentativo, indicando que o texto está estruturado, por

exemplo, com: uma introdução, em que a tese a ser defendida é explicitada; argumentos que comprovam

a tese, distribuídos em diferentes parágrafos; um parágrafo final com uma conclusão. Além disso, os

argumentos defendidos não ficam restritos à reprodução das ideias contidas nos textos motivadores

nem a questões do senso comum, porque o aluno seleciona, organiza e relaciona informações, fatos,

opiniões e argumentos pertinentes ao tema proposto de forma consistente, configurando autoria, em

defesa de seu ponto de vista. Explicita a tese, seleciona argumentos que possam comprová-la e elabora

conclusão ou proposta que mantenha coerência com a opinião defendida na produção textual. o texto,

ainda, é complementado por uma proposta de intervenção clara e inovadora, relacionada à tese e

bem articulada com a discussão desenvolvida no texto, explicitando os meios para realizá-la. Quanto à

Coesão, o aluno articula as partes do texto, sem inadequações na utilização dos recursos coesivos ou

com eventuais desvios de menor gravidade, desde que o mesmo erro não se repita, uma vez que essa

pontuação é atribuída ao aluno que demonstra pleno domínio dos recursos coesivos.

67Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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1ª série do Ensino Médio

Texto 23 – AVANÇADO – 1ª série EM

PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

8,0Adequado

10,0Avançado

9,0Avançado

10,0Avançado

9,0Avançado

9,2Avançado

o aluno demonstra excelente domínio da norma padrão, apresentando poucos desvios gramaticais, de

acentuação e de convenção da escrita que não interferem na compreensão do texto, o que revela que

as exigências da norma padrão foram incorporadas aos seus hábitos linguísticos e os desvios foram

eventuais. Como exemplo de desvios temos: “idiguinação” (ℓ. 04); “minimo” (ℓ. 05); “noticiarios” (ℓ. 08);

“descriminadas” (l.10); “coidado” (ℓ. 17); “concientização” (ℓ. 21).

68

Page 69: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

o tema foi bem desenvolvido, explorando seus principais aspectos. A argumentação é consistente,

com excelente domínio do tipo textual – expositivo-argumentativo, pois o texto está estruturado com

introdução, tese a ser defendida, argumentos que comprovem a tese e parágrafo final de conclusão. o

aluno manteve coerência com a opinião defendida na produção textual.

o texto possui uma proposta de intervenção clara e inovadora e quanto à coesão, o aluno articula as

partes do texto sem inadequações na utilização dos recursos coesivos.

1ª série do Ensino Médio

Texto 24 – AVANÇADO – 1ª série EM

PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

69Sadeam 2012

Revista Pedagógica

Page 70: 2012...Texto, a matriz de Competências de Produção de Texto apresenta o objeto da avaliação e é constituída, assim como as avaliações nacionais, de 5 (cinco) competências

Essa produção textual mostra que seu autor tem excelente domínio da norma padrão, com pouquíssimos

e leves desvios gramaticais e de convenção da escrita que não interferem na compreensão do texto.

Como exemplo, temos apenas: “têm” (ℓ. 03) recebeu acento, mas toda a frase está no singular; “à um [...]”

(ℓ. 05) uso da crase antes de palavra masculina (no caso um artigo indefinido); “tem” (ℓ. 08) sem acento,

quando deveria estar acentuado por acompanhar palavras no plural “muitas pessoas”; “azilo” (ℓ. 15)

quando deveria ser escrito com S.

As exigências da norma padrão foram totalmente incorporadas aos seus hábitos linguísticos e os

desvios supracitados foram eventuais. o aluno foi convincente em sua argumentação e o tema muito

bem desenvolvido. utilizou o tipo textual adequado e seu texto está estruturado em introdução, com

apresentação da tese, argumentação comprovando a tese e um parágrafo final de conclusão. o aluno

consegue selecionar, organizar e relacionar fatos, informações, opiniões e argumentos pertinentes ao

tema proposto.

A proposta de intervenção é clara e inovadora e o aluno ainda articula as partes do texto sem

inadequações dos recursos coesivos. A pontuação feita no texto é de um aluno que tem pleno domínio

dos recursos coesivos.

3ª série do Ensino Médio

Texto 25 – AVANÇADO – 3ª série EM

70

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

9,0Avançado

9,0Avançado

9,0Avançado

9,0Avançado

9,0Avançado

9,0Avançado

o aluno tem pleno domínio da norma padrão e apresenta poucos desvios gramaticais e de convenção da

escrita que não interferem na compreensão do texto, o que revela que a norma padrão foi incorporada

aos seus hábitos linguísticos. Como exemplo de desvio temos apenas “poderiamos” (ℓ. 21).

o tema foi bem desenvolvido e os aspectos bem explorados. A argumentação é consistente, com

excelente domínio do tipo textual – expositivo-argumentativo o que confere ao aluno fazer introdução,

argumentos, defender esses argumentos e concluir de maneira correta sua posição em relação ao tema.

o aluno manteve coerência com o que ele defende na produção textual.

o texto possui uma proposta de intervenção clara e inovadora. Quanto à coesão, o aluno articula as

partes do texto sem inadequações.

3ª série do Ensino Médio

Texto 26 – AVANÇADO – 3ª série EM

71Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA A ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO

Competência IREGISTRO

Competência IITEMA/

TIPOLOGIA TEXTUAL

Competência IIICOERÊNCIA

Competência IVCOESÃO

Competência VPROPOSTA DE INTERVENÇÃO

TOTAL

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

10,0Avançado

Esse texto mostra que seu autor tem excelente domínio da norma padrão e seus desvios gramaticais

não interferem na compreensão do texto. Como exemplo, temos apenas: “riquesas” (ℓ. 08); “à uma [...]”

(ℓ. 11) não se usa crase antes de artigo indefinido; “[...] nós jovens devemos dá exemplo” (ℓ. 21) dá no

lugar de dar.

A norma padrão foi incorporada aos seus hábitos linguísticos e os desvios supracitados foram eventuais,

não atrapalhando a compreensão textual. o aluno foi convincente em sua argumentação e o tema

muito bem desenvolvido. utilizou o tipo textual adequado e seu texto está bem estruturado. o aluno

consegue selecionar, organizar e relacionar fatos, informações, opiniões e argumentos pertinentes ao

tema proposto.

o aluno tem pleno domínio dos recursos coesivos e sua proposta de intervenção é clara e inovadora.

Não há inadequações coesivas. Esse aluno pontua com coerência.

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Os resultados desta escola na avaliação de Produção de Texto do Sadeam

2012 são apresentados sob quatro aspectos. Você poderá consultar a

nota média do estado, a participação, o percentual de alunos por nível de

desempenho e o percentual de alunos por nível de desempenho em cada

competência.

OS RESULTADOS DESTA ESCOLA

73Sadeam 2012

Revista Pedagógica

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• Nota média

Apresenta a nota média desta escola. Você pode comparar essa nota com aquelas obtidas pela sua

DIREC e pelo seu município. o objetivo é proporcionar uma visão das notas médias e posicionar sua

escola em relação a elas.

• Participação

Informa o número estimado de alunos para a realização do teste e quantos, efetivamente, participaram

da avaliação na sua DIREC, no seu município e na sua escola.

• Percentual de alunos por nível de desempenho

Permite que você acompanhe o percentual de alunos distribuídos por níveis de desempenho na avaliação

realizada pelo estado.

• Percentual de alunos por nível de desempenho em cada competência

Apresenta a distribuição dos alunos ao longo dos níveis de proficiência na sua DIREC e na sua escola.

os gráficos permitem que você identifique o percentual de alunos para cada nível de desempenho em

cada uma das competências. Isso será fundamental para planejar intervenções pedagógicas voltadas à

melhoria do processo de ensino e promoção da equidade escolar.

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REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃOJULIANA DIAS SOUZA DAMASCENO

RESPONSÁVEL PELO PROJETO GRÁFICOEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

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AmAZoNAS. Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino.

Sadeam – 2012/ universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 ( jan/dez. 2012), Juiz de Fora, 2012 – Anual.

ARAÚJo, Carolina Pires; mELo, manuel Fernando Palácios da Cunha e; oLIVEIRA, Lina Kátia mesquita de; REZENDE, Wagner Silveira.

Conteúdo: Revista Pedagógica – Produção de Texto - Ensino médio Regular e EJA.

ISSN 2238-0264

CDu 373.3+373.5:371.26(05)

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