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PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

CADERNO PEDAGÓGICO

“De pai para filho – um resgate da cultura popular

através dos jogos e brincadeiras”

Vânia Aparecida Bernardino

Agosto / 2011

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“(...)Filho olhando filho quer ver pai. Pai olhando pai quer ver filho. Filho olhando pai quer ver o futuro; pai olhando filho quer recuperar o passado. Equações que, como a vida, têm muitas incógnitas. Mas a vida, diferente das equações, tem muitas alegrias. Como esta, que resulta do olhar de pais e filhos; mirando-se, descobrindo-se e, sobretudo, se amando.(...)” SCLIAR, Moacyr. Zero Hora. Porto Alegre, 14/ago/1988.

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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: “De pai para filho – um resgate da cultura popular através dos jogos e brincadeiras.”

Autor Vânia Aparecida Bernardino Escola de Atuação Colégio Estadual Souza Naves Município da escola Rolândia Núcleo Regional de Educação Londrina Orientador Catiana Leila Possamai Romanzini Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina Disciplina/Área (entrada no PDE) Educação Física Produção Didático-pedagógica Caderno Pedagógico Relação Interdisciplinar - Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Alunos de 6ª série

Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)

Colégio Estadual Souza Naves Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante Rua Monteiro Lobato, 421

Apresentação:

Este material didático pretende resgatar as brincadeiras e jogos, que antes faziam parte ativa da vida de crianças e que ao longo dos anos foram substituídos por outros meios de distração (vídeo game, computador, televisão), que mantém nossos alunos afastados de atividades físicas saudáveis. Desenvolve não somente as habilidades motoras, mas também a criatividade, a imaginação e a socialização da criança que participa da brincadeira. O objetivo deste trabalho é resgatar os jogos e brincadeiras da cultura popular, fazendo uma comparação na forma como os pais brincavam e como se brinca na atualidade, enfatizando a diversidade das regras que podem ser criadas e recriadas a todo o momento. A metodologia usada será a de pesquisa e investigação das diferentes culturas (no caso os jogos e brincadeiras), apresentar aos alunos como se dá a construção e a transmissão dos jogos de geração para geração e a diferença existente entre jogo, brincadeira e esporte. Tudo isto através de aulas expositivas, debates, apresentações práticas, sempre levando em conta o que o aluno já sabe a respeito do assunto.

Palavras-chave Resgate; jogos; brincadeiras.

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1. APRESENTAÇÃO

Este material pretende destacar a importância de se trabalhar com o resgate de

jogos e brincadeiras populares os alunos nas escolas. Mostrar possibilidades de não

apenas copiar o que já foi feito, mas sim levá-los a criar e modificar atividades que faziam

parte da nossa cultura e que estão sendo esquecidas ou deixadas de lado, por outros

atrativos que muitas vezes segregam nossas crianças a as fazem viver mais isoladas

dentro de suas casas.

Deste modo, torna-se necessário estimular os nossos alunos a buscarem outras

formas de diversão e entretenimento, que busquem retomar o prazer de brincar através

das aulas de Educação Física. Muitas crianças têm na escola o único espaço para brincar

então, por que não usar este espaço para resgatar aquelas brincadeiras e jogos

populares que faziam parte da nossa infância?

Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para

o desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de

representação do real através de situações imaginárias, cabendo,

por um lado aos pais e, por outro, à escola fomentar e criar as

condições apropriadas para as brincadeiras e jogos (D.C.E. – Ed.

Física, 2008, p.66)

Talvez com estas atitudes possamos resgatar não só apenas jogos e brincadeiras

populares, que antes eram passadas de pais para filhos, como também alguns valores

embutidos nestas atividades (cooperação, respeito, diálogo, etc), muito importantes e que

em nossa sociedade também já estão fazendo parte do passado.

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2. INTRODUÇÃO

O objeto deste caderno pedagógico é o resgate dos jogos e brincadeiras populares

através da transmissão dos mesmos pelos pais, tios, avós para seus filhos.

Para que isto se concretize, o recurso mais usado será a pesquisa: dos alunos com

sua própria realidade e com seus antepassados, no intuito de descobrir se as brincadeiras

novas e antigas têm algo em comum, diferenças, modo de jogar, regras, etc.

Com base em todas as informações e materiais coletados, fazer a comparação de

regras e consequentemente uma avaliação se ainda existe este tipo de transmissão da

cultura popular.

Serão utilizadas também, atividades práticas para que se perceba como se

constroem os jogos e brincadeiras como ao passar do tempo elas podem mudar algumas

das suas características, e debates onde os alunos poderão trocar idéias e confrontar as

semelhanças e diferenças encontradas na pesquisa.

O caderno está organizado em quatro unidades e dentro destas várias atividades, o

que pressupõe que este trabalho terá o tempo máximo de 20 aulas.

Ao final, como avaliação, espera-se que os alunos possam reconhecer as diferenças

entre jogo, esporte e brincadeira, perceber como se dá a transmissão dos jogos e

brincadeiras populares, serem capazes de construir e modificar as regras usando sua

criatividade e principalmente retomar o prazer de brincar.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Atualmente é muito difícil observar crianças brincando nas ruas, principalmente

envolvidas em jogos e brincadeiras populares. Brincadeiras e jogos que faziam parte da

nossa cultura, do nosso folclore, há pouco tempo atrás eram comuns no cotidiano de

qualquer criança. Assim, está se perdendo um legado cultural que nos foi transmitido

pelos nossos avôs, pais e irmãos mais velhos.

Segundo Rizzi e Haydt (1993, p. 8), “o ato de jogar é tão antigo quanto o próprio

homem, pois este sempre manifestou uma tendência lúdica, isto é, um impulso para o

jogo.”

Diante das novas tecnologias e modernidades, o medo da violência, a

necessidade dos pais trabalharem fora, entre outras, nossas crianças passam mais tempo

dentro de casa do que brincando ao ar livre com os irmãos, amigos ou vizinhos,

segregando-os aos jogos eletrônicos, a TV, internet, etc. Estes, sem querer, acabam

privando a criança do contato saudável com a natureza e demais pessoas do meio social

que o cercam.

Para nossos alunos existe uma grande confusão quando se trata de definir jogo,

brincadeira e esporte. Quando perguntados o que é esporte eles dizem que é “jogar bola”,

por exemplo, quando se referem ao futebol. No entanto são muitas as diferenças entre

jogo, esporte e brincadeira, mesmo quando um influencia o outro, ou quando a partir de

um surge o outro.

Muitos esportes começaram com uma brincadeira ou jogo, que a partir da

aceitação do público foram tomando grandes proporções e com regras mais elaboradas

acabaram por se institucionalizar, tornando-se assim “esporte” (KNIJNIK, KNIJNIK, 2004).

Mas como podemos, de fato, começar uma discussão a respeito do que é jogo,

brincadeira e esporte?

3.1 Definição de jogo, brincadeira e esporte

De acordo com Huizinga (2004, p.33), “o jogo é uma atividade voluntária, exercida

dentro de alguns padrões com regras previamente combinadas e consentidas entre todos

os participantes, dentro de certo tempo de limite e espaço, acompanhado de um sentido

de tensão e alegria e de ser diferente do cotidiano”. As regras no jogo são livres e podem

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ser mudadas de acordo com o ambiente; espaço para a sua realização; criatividade dos

participantes; números de pessoas envolvidas entre outras.

No jogo, as crianças aprendem normas de comportamento, hábitos de

convivência, sempre sujeito a certas regras que não lhe tiram o prazer ao participar das

atividades das atividades em que estão envolvidas. Mesmo porque se estas “regras” não

forem aceitas pelo grupo elas podem ser criadas e recriadas a todo o momento e só

brinca quem se tornar sujeito a elas (Gonçalves, 2006, p.135).

Todo jogo tem regras próprias a serem seguidas, e com elas as crianças

conseguem entender e vivenciá-las no seu dia a dia. Uma criança que brinca, participa e

compreende as regras de um jogo pode se tornar um adulto entendedor de regras durante

toda sua vida.

Quando se trata de definir brincadeira a confusão gira em torno das

características do jogo que são comuns a brincadeira, o que faz com que muitos autores

ainda que conceituem como sendo a “mesma atividade”.

O que diferencia a brincadeira do jogo é não ter tantas regras definidas para que

a mesma seja praticada. Muitas são executadas por apenas uma criança (faz-de-conta,

pipa, pião, etc), sem que seja necessário haver uma negociação para que a regra seja

aceita por todos.

A brincadeira faz parte da cultura corporal e nela a criança aprende a lidar com

questões importantes para a sua vida como a imaginação, a criatividade, seus medos e

anseios, fantasias que poderão formar sua personalidade ou mesmo sua identidade

(FARIA JÚNIOR apud GONÇALVES, 2006, p.143).

“Muitas brincadeiras podem se transformar em jogos desde o momento em que

sejam estabelecidas normas e regras previamente formuladas nos deixando o lúdico de

lado, como podem também ter caráter competitivo” (GONÇALVES, 2006, p.141).

Enfim, jogo e brincadeira são muito importantes na formação da criança,

independente das comparações, diferenças e semelhanças entre elas.

O valor dos jogos e das brincadeiras na vida das crianças é

imensurável, pois, além da alegria que elas demonstram na sua

execução, oferecem excelentes oportunidades para o

desenvolvimento não só físico, mas cognitivo, social e afetivo

(GONÇALVES, 2006, p.134).

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O esporte, como já foi dito antes, pode ter sido oriundo de alguma brincadeira ou

jogo. Entretanto, no esporte, as regras são institucionalizadas e seguidas regiamente em

qualquer lugar do planeta, sem a disponibilidade de variação ou alteração das mesmas.

Além da imposição de regras, modelos e buscas por rendimento e medalhas, o

esporte alcançou um patamar muito grande na mídia, transformando-o assim num

fenômeno global com um glamour inegável, pela gama de negócios e recursos que acaba

por lhe dar mais valor (KNIJNIK, KNIJK, 2004).

Barbanti (1994) define claramente que o esporte deve conter elementos físicos

vigorosos, e que aquisição deste, passa pelo treinamento árduo e intenso.

O esporte também é organizado, institucionalizado, regido por federações e

confederações, tudo para lhe conferir o status que possuem hoje em dia, pelos menos

alguns deles.

Apesar de tudo isto o esporte, como o jogo e a brincadeira, também nos

proporcionam prazer divertimento e alegria. Também através do esporte é possível a

adaptação para transformá-lo num jogo ou brincadeira. Um acaba sempre interferindo no

outro, assim uma relação com a cultura corporal onde não importa o que estamos

praticando desde que esteja repleta de prazer e satisfação. Se com um, temos toda

liberdade pra realizá-lo, em outro, precisamos obedecer a regras e normas que já estão

estabelecidas para que isso se concretize.

Percebe-se enfim que de fato, o que diferencia jogo, brincadeira e esporte são as

regras. E o ponto alto dos jogos e brincadeiras é justamente a possibilidade de criá-las,

desenvolver nos alunos a capacidade de poder pensar, debater, tomar decisões em

comum, resolver os problemas que se surgirão com a realização dos jogos para a melhor

participação nestas atividades.

3.2 Brincadeira de rua, passado e presente

Até bem pouco tempo atrás, era muito comum ver crianças nas ruas; soltando

pipa, pião, brincando de esconde-esconde, pega-pega, bet’s e outras brincadeiras mais.

Fazia parte do nosso cotidiano: o convívio com as outras crianças, a espontaneidade, o

contato ao ar livre, o jogo e as brincadeiras que estavam intimamente ligadas à infância.

A rua era um espaço democrático, onde crianças podiam brincar e mais do que

isto trocar experiências, criar novos jogos e brincadeiras, renovar o que já existia e havia

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também uma participação efetiva dos mais velhos em várias atividades, uma vez que eles

também traziam as suas experiências para enriquecer ainda mais as brincadeiras de rua.

Muitas brincadeiras de nossa infância foram ensinadas por avós, pais, tios, que

tinham o papel de nos transmitir informações importantes, regras sobre jogos que uma

vez passadas tornavam-se parte integrante de nosso cotidiano.

No passado, os jogos tradicionais eram transmitidos de forma oral e

pela palavra, e nesse mecanismo de transmissão era inevitável um

processo de mudança contínua que garantisse a flexibilidade e

adaptação das criações culturais, evolução que ocorre conforme a

realidade social e o ambiente (CERVANTES, 2005, p.116).

E nesta troca de informações e renovação, a criança participava ativamente dos

jogos e brincadeiras, desenvolvendo o seu potencial motor, cognitivo e principalmente o

social, pois através do convívio com outras crianças, a disponibilidade de debater e trocar

idéias, tudo era muito significativa para a construção de um ser humano melhor.

O que se verifica nos dias de hoje é justamente um convívio mais intenso entre

crianças, que na maioria das vezes estão quase sempre trancadas em seus

apartamentos, com seus jogos de videogame, assistindo TV, computador entre outros

aparelhos eletrônicos.

Quando muito, estão nas escolas ou em clubes em horário contrário ao do seu

estudo. Ou seja, nos dias de hoje, existe uma possibilidade de participação mais ativa das

crianças com a sociedade. Talvez o problema seja que a criança não pode ter uma vida

normal, apesar de toda a liberdade existente, e acaba motivada pelo que ela vê e joga

nos videogames e a democracia tenha se deturpado em violência: quem manda mais é

aquele que manipula as regras e o modo de jogar, e assim os outros devem ser apenas

participantes e obedecer e seguir as normas impostas.

Não se vêem mais crianças nas ruas, brincando, se confraternizando com seus

pares. As brincadeiras de rua são pouco vistas, não existe aquele momento do dia que

era dedicado ao brincar, ao jogo. O espaço que era democrático virou um lugar perigoso

onde o medo da violência, do trânsito e de tantos outros motivos, afastou nossas crianças

de um ambiente que era saudável e prazeroso onde reinava a alegria, a descontração e

principalmente a imaginação e a criatividade.

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Na sociedade contemporânea, grande parte dos jogos tradicionais

infantis – ciranda cirandinha, cabra-cega, barra manteiga, queimada,

jogo de pião, pedrinhas, amarelinha, entre outros – que encantam e

fazem parte do cotidiano de várias gerações de crianças, estão

desaparecendo devido à influência da televisão, dos jogos eletrônicos

e das transformações do ambiente urbano, ou seja, as ruas e as

calçadas deixaram de ser o espaço para a criança brincar

(BERNARDES, p. 543).

Aquela transmissão que pais e avós faziam a seus filhos e netos acabou por ser

deixada de lado. Um dos fatores já citados para que isso possa ter acontecido é o medo

da violência que está muito presente em nossa sociedade. O modelo de família também

mudou: as mães trabalham fora em períodos longos, os pais mantêm um ritmo de vida

que muitas vezes os impedem de ter mais contato com seus filhos.

Nos pequenos momentos de folga para os pais o essencial é descansar e não

brincar na rua ou em espaços livres com seus filhos. Por isso a importância dos

eletrônicos em nossa vida, com eles as crianças ficam quietos, em casa, os seus quartos

e estão bem longe de alguns males de nossa sociedade. Mas será que “guardando”

nossos filhos estamos lhes dando segurança? Será que não estamos apenas

transformando-os em pessoas egoístas, inseguras, preguiçosas, ociosas que

possivelmente irão apresentar “outros males” o decorrer de sua vida?

Nas grandes cidades, esta cada vez mais difícil encontrar espaços

para brincar. As ruas perderam seu atrativo, os quintais estão se

tornando raros. Brinquedos simples de lata, madeira, com recheio de

algodão deram vez a produtos sofisticados e, para quem não tem

acesso a eles, restam as armas de plásticos vendidas nos comércios

populares. Em vez de divertimentos como esconde-esconde, passa

anel, empinar pipas, tem-se filmes na televisão. Àqueles que podem,

incluem-se os jogos eletrônicos com uma variedade de ações que

reúnem dezenas de títulos, desde aventuras intergaláticas a tramas

envolvendo terroristas, assaltantes e outras querelas sociais (LEITE,

2010, p.130).

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Talvez seja quase impossível voltarmos às brincadeiras de rua, mas podemos

ainda resgatar aquelas manifestações culturais tão importantes para a formação do ser

humano.

3.3 Resgate dos Jogos e Brincadeiras Populares

Hoje em dia, observa-se que o contato das crianças com jogos e brincadeiras

populares está perdendo espaço para outras atividades, entre elas as tecnologias.

Nas escolas, jogos e brincadeiras fazem parte do currículo dentro das aulas de

Educação Física. Contudo, existe uma preferência, em massa, pelo esporte e os jogos

são muitas vezes usados como pré-desportivos ou apenas pela obrigação de seguir um

planejamento.

Já foi citada anteriormente a importância dos jogos e brincadeiras no

desenvolvimento das crianças. Todo professor de Educação Física deveria estar ciente da

relevância em desenvolver o conteúdo de forma original, resgatando assim a cultura e

valores essenciais na formação do seu aluno.

Trabalhar com jogos e brincadeiras deve ser algo prazeroso e motivante, que

proporcione alegria e aprendizagem ao mesmo tempo, pode-se até dizer que o jogo é um

excelente meio de preparação para a vivência em sociedade (Gonçalves, 2006, p.138).

Se pais, avós ou responsáveis não estão dando conta da transmissão destes

jogos e brincadeiras para seus filhos ou netos, talvez seja agora tarefa dos professores o

resgate e propagação destas atividades, além de estimular, quem sabe, que isto volte a

ser encargo da família como era há anos atrás.

Muitos profissionais acreditam que falar sobre cultura popular, folclore, resgate é

uma atitude retrógada já que estamos na era da tecnologia. Cervantes (2005, p. 118)

destaca que o uso de jogos tradicionais como conteúdo escolar deve ser de forma

programada com dois objetivos: aproximar os alunos das tradições do seu ambiente e

potencializar as atividades lúdicas numa perspectiva recreativa e social, ou seja, o jogo

pelo prazer de jogar.

Nossos alunos já nem sabem o que quer dizer “cultura popular”, envolvidos como

estão em atividades muito além do que seria previsto para a idade deles. Não conseguem

perceber quão importante é preservar uma identidade cultural. Kishimoto (2001, p.38)

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destaca que a cultura não oficial desenvolvida de modo oral, não fica cristalizada, está

sempre em transformação, incorporando criações anônimas das futuras gerações.

É por este motivo que voltamos a destacar a importância e os ganhos ao se

trabalhar com o resgate dos jogos e brincadeiras. Existe a possibilidade de não apenas

transmitir ou copiar o que já foi feito, e sim de levar nossos alunos a criarem e

modificarem os mesmos com suas experiências e de acordo com o ambiente em que

vivem.

Fadeli (2003) complementa este pensamento citando que as brincadeiras e

brinquedos populares são considerados como parte da cultura popular, sendo

transmitidos de geração em geração, principalmente através da oralidade, sendo que

alguns preservam sua estrutura inicial, enquanto outros se modificam e recebem novos

conteúdos.

Mesmo que hoje não seja viável brincar nas ruas, que pais não tenham tempo

para passar sua vivência a seus filhos e inúmeras outras dificuldades que venham a

atrapalhar o desenvolvimento e propagação desta cultura, a escola pode e deve

preencher esta lacuna através das aulas de Educação Física, motivando os alunos a

buscarem por suas raízes e retomarem o prazer pelo brincar, que deveria fazer parte da

sua infância.

Possivelmente a escola, para muitas crianças, seja o único espaço para brincar e

extravasar toda energia acumulada. Brincando elas podem aprender e resgatar não

apenas brincadeiras e jogos populares, mas também valores que na nossa sociedade

atual já fazem parte do passado.

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4. CONTEÚDOS DE ESTUDO

Os conteúdos de estudo para este caderno serão os seguintes: 1) Fundamentação:

Jogo, Esporte e Brincadeira; 2) Brincadeiras de rua, passado e presente; 3) Resgate dos

Jogos e Brincadeiras Populares e; 4) Transmissão oral e prática dos jogos e brincadeiras

populares.

Todos estes conteúdos visam explorar o tema de estudo que é a transmissão dos

jogos e brincadeiras de pais para os filhos, mantendo viva a cultura popular em nossa

sociedade, tendo a escola como intermediadora desta tradição.

Obs.: As anotações em vermelho e parênteses são sugestões de como deve ser

encaminhado o assunto pelos professores em cada atividade.

UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO: JOGO, ESPORTE E BRINCADEIRA

Atividade 1:

1- O que vocês sabem sobre jogos, esporte e brincadeiras?

2- Existe alguma diferença ou semelhança entre eles? Quais são estas diferenças?

(Tempo para discussão. Pedir que os alunos anotem as suas observações)

Pois bem, existem diferenças sim entre estas atividades, embora muitas vezes por

meio de uma brincadeira cria-se um jogo, um jogo pode tornar-se um esporte e até

mesmo um esporte pode ser usado como jogo ou brincadeira.

A brincadeira é a mais livre das três citadas, muitas vezes não depende de regras,

pode ser executada por apenas uma criança, não sendo necessária, neste caso, a

negociação de regras, espaço, para ser realizada. Desenvolvem a imaginação, a

criatividade, fantasias da criança que brinca.

Algumas brincadeiras podem se transformar em jogos, a partir do momento em que

sejam estabelecidas regras previamente formuladas para a sua execução. Exemplo:

brincar de boneca.

O jogo é uma atividade voluntária, dentro de certos padrões ou regras, que se

desenvolve dentro de, um limite de tempo e espaço. (Huizinga, 2004,p.33)

No jogo, os participantes podem mudar as regras de acordo com o espaço, número

de participantes, material, tempo disponível, entre outras, para desenvolvê-lo. Pode

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também ser transferido, interrompido e modificado a qualquer momento, desde que em

comum acordo com os participantes da atividade. Exemplo: Bola Queimada.

Muitos esportes começaram com um jogo, que com a aceitação das pessoas foram

tomando grandes proporções e com regras mais elaboradas e institucionalizadas, são

praticadas e obedecidas em qualquer parte do planeta. As regras no esporte não podem

ser mudadas, a não ser que a organização responsável pelo esporte chegue à conclusão

que seja necessária alguma mudança

Para que grandes competições como: Olimpíadas, Copas do Mundo, Pan-

americanos aconteçam, todos os competidores devem estar cientes das regras universais

de cada esporte, não sendo possível que um país modifique uma regra para favorecer a

sua equipe. Exemplo: futebol.

Enfim, o que diferencia estas três atividades é o uso ou não regras e como elas são

estabelecidas para que sejam praticadas. No caso dos jogos e brincadeiras elas são mais

flexíveis, pois existe a possibilidade de criá-las e desenvolve na criança o poder de

pensar, debater, tomar decisões e resolver os problemas que surgirão no decorrer da sua

participação.

Atividade 2:

Objetivo: Verificar se os alunos conseguiram compreender as diferenças entre jogo,

esporte e brincadeira.

Preencha a ficha abaixo, escrevendo o que você entendeu sobre jogo, esporte e

brincadeira.

Atividade Características Exemplos Uso de regras

Brincadeira

Jogo

Esporte

(Os exemplos citados pelos alunos, nesta ficha, poderão ser usados na próxima unidade.

O professor deve corrigi-los caso haja ainda alguma confusão ao selecionar as atividades)

Atividade 3:

Vamos fazer uma experiência prática de como se constroem as regras num jogo,

usando uma brincadeira muito comum para todos nós: o pega-pega. Para que ela se

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realize as regras serão as seguintes: o pegador será escolhido pelo professor, haverá

apenas um pique e quem for pego será o próximo pegador.Vamos lá?

(Deixar que os alunos brinquem e após determinado tempo, parar o jogo para que eles

formem pequenos grupos para a próxima etapa, a criação de novas regras.)

Agora que vocês já experimentaram esta forma de brincar o pega-pega, vamos

formar grupos de 4 pessoas e em conjunto criar uma nova regra para a mesma

brincadeira. Pode ser até uma que vocês já conhecem, mas procurem inventar outras

diferentes para que o jogo fique mais interessante.

(Cada grupo após pensar vai expor a sua regra para a turma e esta deverá ser

experimentada durante a brincadeira. No final da apresentação de todos os grupos, o

professor deverá chamar os alunos para uma avaliação da atividade.)

É assim que se constrói um jogo ou brincadeira, com a cooperação e a criatividade

de cada pessoa envolvida na atividade. Como foi participar na criação das regras do

jogo? Vocês já participaram de outras situações onde puderam ajudar na construção ou

modificação das regras de um jogo?

(Deixar que os alunos falem sobre a experiência vivida na aula)

UNIDADE 2: BRINCADEIRA DE RUA, PASSADO E PRESENTE

Atividade 1:

Depois de descobrir as diferenças entre brincadeira, jogo e esporte, que tal

relembrar aqueles jogos e brincadeiras que faziam ou ainda fazem parte das suas vidas?

Aquelas que gostavam de praticar principalmente com vizinhos e amigos na rua, em casa

nos clubes, etc.

Faça uma lista de todas aquelas atividades preferidas da sua infância e, se

possível, lembrar algumas regras de cada uma.

(Orientar os alunos a listarem suas preferências e não deixar de escrever as regras,

lembrando-lhes que o esporte não se enquadra nesta relação).

Atividade Regras

Jogos

Brincadeiras

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Atividade 2:

Agora que vocês já listaram as suas preferências em jogos e brincadeiras, vamos

formar grupos por afinidade, ou seja, com outros colegas que escolheram as mesmas

atividades que você.

Depois verifiquem se as regras usadas são iguais ou não. Se não, destaquem as

diferenças e escolham um jogo ou uma brincadeira para ser apresentada, na prática,

para toda a turma.

(Neste momento é importante direcionar o trabalho de forma que não se repitam os jogos

ou brincadeiras, para que sejam exploradas outras atividades e com isso o resultado será

mais rico em exemplos da nossa cultura.)

Atividade 3:

Apresentação prática das atividades escolhidas e discutidas pelos grupos na aula

anterior. Em cada brincadeira apresentada, será dado espaço para que outros alunos

possam dar sugestões sobre alguma regra diferente sobre o jogo em questão.

Atividade 4:

Muitas brincadeiras e jogos da nossa infância foram ensinados e transmitidos por

avós, pais, tios, que tinham o papel de nos passar informações importantes sobre os

mesmos como: regras, modo de jogar, material, etc, e que acabaram se tornando parte

integrante do nosso dia a dia.

Nossos antepassados também foram crianças, brincavam nas ruas e com certeza

os mesmos jogos que brincamos hoje.

Você já conversou com seus pais, tios, avós, sobre este assunto?

Alguma vez eles já ensinaram algum jogo ou brincadeira para vocês?

(Tempo para debate e troca de informações. Instigá-los a lembrar se houve esta

transmissão da cultura popular dos seus antepassados para eles.)

Que tal conversar com seus pais, tios, avós e pesquisar o que eles brincavam

quando eram crianças? E melhor, se eles se lembram de algumas regras importantes

para o desenvolvimento dos jogos que praticavam.

Não se esqueça de lhes explicar a diferença entre jogo, esporte e brincadeira.

Cada aluno vai pesquisar com alguém da sua família, as seguintes questões:

1- Qual era a sua brincadeira ou jogo favorito?

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2- Você se lembra das regras usadas neste jogo?

3- Como eram as brincadeiras com seus vizinhos ou amigos? Em que lugar

brincavam?

(Nesta etapa os alunos vão fazer um levantamento com seus pais, avós ou tios,sobre

quais jogos ou brincadeiras eles praticavam quando crianças. Estimulá-los à pesquisa,

uma vez que será muito importante para a comparação de regras e da compreensão de

como se dá da transmissão da cultura popular)

UNIDADE 3: RESGATE DOS JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES

Atividade 1:

1- O que vocês descobriram na pesquisa feita com os pais, avós ou tios?

2- Perceberam se há diferenças ou semelhanças nas regras e nos jogos que eles

praticavam?

(Tempo para debate. Ressaltar e anotar no quadro alguns jogos e brincadeiras, ou regras

diferentes encontradas na pesquisa. Se necessário, dar alguns exemplos de atividades

que mudaram com o passar do tempo).

A transmissão da cultura popular, neste caso através dos jogos e brincadeiras, é

rica justamente porque quando se aprende um jogo novo se mantém vivo e presente, uma

atividade que foi praticada por várias pessoas antes de você, mas que continua

agradável e divertida de se reviver.

Se vocês perceberam que algumas regras foram mudadas e são diferentes das

usadas hoje, quer dizer que as pessoas, ao logo dos anos usaram de sua criatividade

para modificá-las ou adaptaram novas situações para melhor praticar a atividade em

questão.

Com certeza, seus filhos e netos, irão continuar esta tradição usando as mesmas

brincadeiras, mas com novas maneiras para desenvolvê-las.

(Neste momento o professor pode falar também sobre folclore e outras manifestações da

cultura popular.)

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Atividade 2:

Agora que você tem a pesquisa nas mãos, verifique se o jogo ou brincadeira que

vocês escolheram antes para apresentar na prática, foi citada por alguém da família e

observem se as regras são as mesmas ou não.

Discutam entre si os seguintes itens da brincadeira (selecionada por vocês e citada

na pesquisa): material, regras, número de jogadores, local e outras características para

que a atividade seja desenvolvida e preencha o quadro abaixo.

Brincadeira Regras atuais Regras do passado

Atividade 3:

Depois de pesquisado, discutido, analisado, verificado mudanças ou não, enfim,

todos os detalhes do trabalho, chegou a hora de apresentar na prática o jogo ou

brincadeira escolhida.

Antes o grupo irá explicar como será o desenvolvimento da atividade, regras novas

e antigas e jogar usando tudo o que foi resgatado na pesquisa. Neste momento vocês

estão fazendo o papel dos seus antepassados, isto é, transmitindo o que foi ensinado

para seus colegas.

(Os grupos, por sorteio, irão apresentar os seus trabalhos. O professor deve estimular os

alunos a citarem todos os detalhes da atividade. É a ocasião, também, para que os alunos

participantes possam dar opiniões ou citar regras diferentes do mesmo jogo, com base na

pesquisa que realizaram, uma vez que este pode ter sido mencionado em várias

pesquisas.)

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UNIDADE 4: TRANSMISSÃO ORAL E PRÁTICA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS

PARA A COMUNIDADE ESCOLAR

Atividade: Festival dos Jogos e Brincadeiras Populares

(Ao final de todas as pesquisas, apresentações, práticas, os alunos da 6ª série envolvidas

no projeto, irão apresentar para os alunos da 5ª série os jogos e brincadeiras que eles

desenvolveram no decorrer da Produção Didático-pedagógica, com todas as variações de

regras. Pretende-se também, que, se possível, os pais possam participar deste evento,

para dar mais uma vez a sua contribuição ao projeto, confirmando a importância da

transmissão oral dos jogos para que a cultura popular não desapareça.)

Agora que vocês já realizaram todas as etapas (pesquisa, comparação de regras,

apresentação prática, etc.), só nos resta transmitir, passar para outras pessoas o que

aprendemos sobre os jogos e brincadeiras populares. É assim, como já foi dito antes, que

se passava de pai para filho, informações sobre a cultura popular, neste caso o ato de

brincar.

No Festival de Jogos e Brincadeiras, vocês irão apresentar a atividade que vocês

pesquisaram para um grupo de alunos da 5ª série, enfatizando para eles como se

brincava e como se brinca hoje, de preferência deixando que eles participem dando suas

opiniões ou acrescentando regras diferentes sobre o jogo que estarão participando.

Este festival será em forma de circuito, quer dizer, a cada momento uma turma

nova estará participando com vocês da apresentação.

(Reunir os alunos e organizar juntos o Festival, deixando que eles participem ativamente

do evento.)

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBANTI, V. Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo, Manole, 1994.

BERNARDES, Elizabeth L. Jogos e brincadeiras tradicionais: Um passeio pela história.

Cadernos da Educação, SP, n 06, jan/dez 2006.

CERVANTES, Carmem T. O jogo tradicional na socialização das crianças. IN: MURCIA,

J.A.M. et al. Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Ed Artmed, 2005.

FADELI, Thiago Tozetti; FERRI, Marco Antonio Parente; SILVA, Roseli Sandra E;

GONÇALVES JUNIOR, Luiz. Arco da velha: resgate e vivência de brinquedos e

brincadeiras populares. IN XV ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAZER –

LAZER E TRABALHO: NOVOS SIGNIFICADOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA,

2003, Santo André.

GONÇALVES, Nezilda L.G. Metodologia do ensino da Educação Física. Curitiba: Ipbex,

2006.

HUIZINGA, J. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva,

2004.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida, (Org) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Ed.

Cortez, 2001, São Paulo, 5ª Edição.

KNIJNIK, Jorge Dorfman; KNIJNIK, Selma Felippe, Sob o signo de Ludens: interface entre

brincadeira, jogo e os significados do esporte de competição. R. bras. Ci e Mov. 2004,

Brasília.

LEITE, Zeca Corrêa. Brincadeiras de infância, Revista Sem Fronteiras, edição 3, páginas

128 a 131, 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

– Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.