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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
TRAVESSA CUIABÁ, 199 – JARDIM PRIMAVERA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Marechal Cândido Rondon
2010
ÍndiceA Escola...........................................................................................................................01I - APRESENTAÇÃO...................................................................................................02
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: Identidade no Exercício da Autonomia.....02II - IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................................05
2.1.1 Denominação ....................................................................................................052.1.2 Endereço............................................................................................................052.2 Nossa Escola, Nossa História...............................................................................052.3 Por que Monteiro Lobato?....................................................................................062.4 A Escola e Seus Ambientes..................................................................................072.5 Laboratório de Informática...................................................................................102.6 Cursos, Níveis e Modalidades de Ensino – Turno e Aluno .................................102.7 Organograma Estrutural........................................................................................112.7.1 Composição do Conselho Escolar.....................................................................112.7.2 Composição da APMF.......................................................................................122.7.3 Quadro Administrativo......................................................................................122.7.4 Quadro de Funcionários/Serviços Gerais...........................................................122.7.5 Quadro de Professores.......................................................................................132.7.6 Equipe Pedagógica.............................................................................................132.7.7 Direção...............................................................................................................13
III – OBJETIVOS GERAIS........................................................................................14IV – Marco Situacional..................................................................................................16
4.1 Descrição da Sociedade Brasileira........................................................................164.2 Do Paraná..............................................................................................................184.3 Do Município........................................................................................................184.4 Analisando Nossa Escola......................................................................................194.5 Perfil da Comunidade Escolar .............................................................................214.5.1 Perfil dos Funcionários e Professores ...............................................................224.5.2 Perfil da Comunidade .......................................................................................23
V – MARCO CONCEITUAL.....................................................................................325.1 Sociedade .............................................................................................................325.1.1 Mundo ...............................................................................................................335.1.2 Mundo Familiar ................................................................................................335.1.3 Mundo Escolar ..................................................................................................355.1.4 Mundo do Trabalho ...........................................................................................375.1.5 Mundo Religioso ...............................................................................................385.1.6 Mundo Comunitário...........................................................................................405.1.7 O Mundo Político, Econômico e Globalizado...................................................415.2 O Homem..............................................................................................................425.3 Conhecimento.......................................................................................................455.4 Educação/Escola...................................................................................................465.5 Avaliação..............................................................................................................485.6 Ensino...................................................................................................................535.7 Aprendizagem.......................................................................................................545.8 Igualdade...............................................................................................................545.9 Qualidade..............................................................................................................575.10 Viva a Escola......................................................................................................595.11 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada...............................605.12 Conselho Escolar ...............................................................................................635.13 Conselho de Classe.............................................................................................645.14 Grêmio Estudantil...............................................................................................665.15 APMF..................................................................................................................665.16 Valorização Profissional Necessidade de Formação Continuada.......................67
5.17 Currículo.............................................................................................................685.18 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena ....................................................705.19 História do Parana ..............................................................................................715.20 Educação Ambiental...........................................................................................715.21 Estágio.................................................................................................................735.22 Educação Especial .............................................................................................745.23 Avaliação............................................................................................................75
VI – MARCO OPERACIONAL.................................................................................796.1 Plano de Ação.......................................................................................................796.1.1 Plano de Ação: Equipe Pedagógica ..................................................................866.1.2 Plano de Ação: Equipe Administrativa..............................................................886.1.3 Plano de Ação da Direção..................................................................................896.2 Linha de Ação: Gestão Democrática....................................................................906.2.1 Gestão Democrática: Conselho Escolar.............................................................906.2.2 Gestão Democrática: Conselho de Classe..........................................................916.2.3 Gestão Democrática: APMF..............................................................................926.2.4 Gestão Democrática: Representante de Turma..................................................926.2.5 Gestão Democrática: Grêmio Estudantil...........................................................936.2.6 Gestão Democrática: Participação dos pais.......................................................946.3 Proposta Pedagógica.............................................................................................956.3.1 Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta das Disciplinas – Ensino fundamental.................................................................................................956.3.2 Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta das Disciplinas – Ensino Médio...........................................................................................................966.4 Proposta Pedagógica – Prática Avaliativas..........................................................976.5 Proposta Pedagógica: Recuperação de Estudos/em processo/paralela.................986.6 Proposta Pedagógica: Reunião Pedagógicas.........................................................996.7 Proposta Pedagógica: Hora Atividade..................................................................996.8 Linha de Ação: Formação Continuada...............................................................1006.8.1 Formação Continuada: Participação em cursos/eventos/grupo de estudo.......1006.9 Formação Continuada: Formação de Grupos de Estudo: pais, alunos, funcionários...............................................................................................................1016.10 Linha de Ação: Qualificação dos Equipamentos e espaços .............................1026.10.1 Qualificação dos Equipamento e Espaços – Identificação dos recursos já existente....................................................................................................................1026.10.2 Qualificação dos Equipamentos e Espaços: Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços e ambientes.......................................................1036.11 Linha de Ação – Outras especificidades...........................................................1046.11.1 Outras Especificidades Participação em feiras, Exposições..........................1046.12 Outras Especifidades – Atividades esportivas/culturais, articulação da escola com outros eventos estaduais e locais.......................................................................1046.13 Outras Especificidades – Participação no Fera, Com ciências, Agenda 21, Jogos Escolares, Fórum do meio Ambiente, PPGA...........................................................105
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................106PPC Inglês.................................................................................................................108PPC Língua Portuguesa...........................................................................................124PPC Matemática........................................................................................................140PPC Ciências.............................................................................................................152PPC Geografia..........................................................................................................168PPC Artes..................................................................................................................196PPC Educação Física................................................................................................213PPC História..............................................................................................................229PPC Ensino Religioso...............................................................................................241
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A Escola
Escola é...
o lugar onde se faz amigos,
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém,
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz.
Paulo Freire
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I - APRESENTAÇÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: Identidade no Exercício da
Autonomia
O termo Projeto Político Pedagógico passou a ser amplamente utilizado
na educação brasileira no final do século XX para designar propostas de
planejamento educacional fundamentada em bases críticas e democráticas
voltadas para a melhoria da qualidade do ensino. Usado em sentido similar, o
termo pressupõe um projeto global para as instituições escolares, projeto esse
que abarca evidentemente o currículo-eixo vertebralizador do trabalho
educativo.
O PPP compreende um projeto coletivo, com o propósito de superar a
desarticulação e a fragmentação observadas constantemente na prática
educativa, orientando a organização, a gestão e o funcionamento da escola na
diversidade de suas estruturas e funções.
Segundo VASCONCELOS:
“O Projeto Educativo é o Plano Global da instituição. Pode ser
entendido como a sistematização, nunca definida, de um
processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e
se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de
ação educativa, que se quer realizar. É um instrumento
teórico metodológico para a transformação da realidade. É
um elemento de organização e integração da atividade
prática da instituição neste processo de transformação”.
(1995, p.145).
Isso significa dizer, que ele compreende um instrumento de reflexão
sobre os objetivos educacionais e as estratégias de ação, um plano elaborado
de forma refletida e principalmente, coletiva. O seu grau de legitimidade estará
ligado ao tipo de participação de todos os envolvidos com o processo educativo
da escola, o que requer continuidade de ações.
Vale chamar atenção para o que destaca a nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDBEN - nº 9.394/96, previsto no artigo 12, inciso I,
onde descreve que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
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comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e
executar sua proposta pedagógica”, tendo todos os envolvidos a
responsabilidade de refletir sobre sua intencionalidade educativa.
Portanto, a participação de todos os envolvidos (professores, gestores,
equipe pedagógica, funcionários, alunos e pais) é o princípio básico que
recupera, no plano das organizações, concepção e execução resgatando o
sentido humano e valorativo do planejamento.
O ato de planejar significa antecipar mentalmente uma ação a ser
realizada. Trata-se, pois de uma ação consciente pela qual o indivíduo concebe
uma coisa futura e motivado pelo desejo e a vontade de se esforçar pela sua
realização. Planejar implica definições claras sobre o que fazer, para quê, como
e para quem. O ato de planejar torna-se o momento de decisão sobre a
construção de um futuro, retratando uma necessidade humana.
Elaboração coletiva do PPP compreende, desta forma, um instrumento de
transformação da escola na medida em que expressa o compromisso do grupo
com uma caminhada definida em conjunto, que tem como principais
finalidades:
● Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;
● Ser um canal de participação efetiva de todos os segmentos da escola;
● Dar um referencial de conjunto para a caminhada escolar;
● Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola;
● Ser um instrumento de transformação da realidade;
● Colaborar e incentivar a formação continuada;
● Orientar um processo de gestão democrática.
Analisando o PPP, dentro de uma visão política, pode-se dizer que ele é
um instrumento real de transformação social, que viabiliza a construção de
uma escola que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania,
contrapondo-se a modelos geradores de desigualdades e exclusão social que
impera nas concepções educacionais neoliberalistas, não permitindo, desta
forma, ser visto como um agrupamento de planos de ensino e atividades
diversas, formuladas burocraticamente, com fim de documentar práticas que
não condizem com a realidade.
O PPP deve ser uma ação intencional e integrada, com sentido explícito,
com compromisso definido coletivamente, que vem possibilitar a efetivação
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desta intencionalidade, que é a formação do cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo. Portanto, o papel da escola é
bem mais amplo do que apenas passar conteúdos.
Para que realmente o PPP seja uma construção consciente, intencional e
coletiva é necessário que sejam compreendidos os marcos do seu processo de
elaboração: marco situacional, marco conceitual e o marco operacional.
O marco situacional está relacionado com a percepção global dos
problemas, desafios e esperanças; compreende os valores, as opções sobre a
formação e a sociedade que se pretende construir; posiciona-se em relação às
grandes linhas de ação.
O marco conceitual retrata os aspectos teóricos, as concepções
relacionadas à visão de sociedade, homem, educação, escola, currículo, ensino
e aprendizagem. O estudo destes aspectos em consonância com análise do
real e ideal (marco situacional) fundamenta as finalidades/objetivos que serão
reforçados, priorizados ou até relegados se necessário for.
Isso propiciará, sempre que preciso, a revisão do trabalho pedagógico
desenvolvido pela atividade de investigação e reflexos sobre a ação.
Já o marco operacional orienta a realização das ações. Retrata o aspecto
prático do PPP, as tomadas de decisões coletivas para atingir as
finalidades/objetivos e metas propostas.
Somente levando em consideração as reflexões, baseadas nos marcos já
descritos, é que poderemos dizer que o PPP e sua construção constitui-se no
resultado de um compromisso político e pedagógico planejado coletivamente.
“O ato planejar, como todos os outros atos humanos, implica
escolha e, por isso, está assentado numa opção axiológica. É
uma atividade-meio, que subsidia o ser humano no
encaminhamento de suas ações e na obtenção de resultados,
portanto, orientada por um fim. O ato de planejar se assenta
em opções filosófico-políticas; são elas que estabelecem os
fins de uma determinada ação. E esses fins podem ocupar um
lugar tanto no nível macro como no nível micro da sociedade.
Situe-se onde se situar, é um ato axiologicamente
comprometido”. Cipriano Luckesi
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II – IDENTIFICAÇÃO
2.1.1 - Denominação
Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental/séries finais.
2.1.2 - Endereço
Travessa Cuiabá, n. º 199,
Jardim Primavera,
Marechal Cândido Rondon, - Paraná.
85960-000
Fone/fax: (45) 3254-4970
E-mail: [email protected]
Site : <www.mrhmonteirolobato.seed.pr.gov.br>
2.2 - Nossa Escola, Nossa História.
A Escola Estadual Monteiro Lobato obteve sua autorização de
funcionamento no dia vinte e dois de dezembro de 1986, sob a Resolução n.º
5.293/86, sendo que a mesma iniciou suas atividades no ano de 1987.
O dia doze de novembro de 1990 foi uma data muito importante para
este estabelecimento de ensino, pois sob a Resolução n.º 3.460/90, ele foi
oficialmente reconhecido.
A primeira diretora foi à professora Roseli Pacheco em 1987, sendo que
em 1990 ocuparam o cargo de diretor o Professor Alceu Pedro Hansel e o
Professor Saturnino Vieira Vasconselos Neto. Em 27 de março de 1991
assumiu a direção o Professor Ário Pedro Martiny, reeleito em 1995, atuando
até 1997, com mais uma reeleição em 1997, este mandato foi até março de
2000, sendo prorrogado até dezembro de 2001. Em janeiro de 2002 assume a
direção a Professora Neusa Anklam Stiehl atuando até 2003, momento em que
foi eleita e deu prosseguimento nas atividades da direção da escola até 31 de
dezembro de 2005. Já em janeiro de 2006, assume a direção a professora
Clélia Regina da Silva em 2008 a professora Dirse Madalena Martiny , e no
ano de 2009, foi eleito o atual diretor Cloecir dos Santos Ribeiro.
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Após um período de cinco anos ofertando aulas no período matutino, no
ano de 2006 passou-se a ofertar o ensino fundamental regular noturno,
contando com duas turmas contabilizando 33 alunos, matriculados na 7ª e 8ª
séries. Em 2009, a escola ofertou três turmas no período noturno,atendendo
6ª, 7ª e 8ª séries, contemplando um total de 78 alunos. Atualmente, 2010,
atende um total de 64 alunos, abrangendo turmas de 6ª, 7ª e 8ª séries.
A escola funciona em dualidade com a Escola Municipal, sendo que o
espaço é cedido pela Prefeitura Municipal para o funcionamento da Escola
Estadual, enfrentando-se deficiência de espaço físico. Por outro lado, desde
abril de 2006 estão tramitando os papéis para a doação do terreno para a
construção de prédio próprio para o Estado, o que proporcionará um melhor
atendimento a toda a comunidade escolar.
No ano de 2009, o município fez o repasse dos terrenos, de acordo com
as medidas solicitadas pelo governo Estadual. Atualmente o processo
encontra-se no Setor de Planilhas e Orçamentos, para cálculos necessários
para encaminhamento do processo licitatório e concretização da estrutura
escolar.
2.3 – Por que Monteiro Lobato?
Foi escolhido o nome deste célebre escritor ”Monteiro Lobato” para
nominar nossa escola por ele ter sido um defensor insubordinável dos
interesses nacionais.
Lobato nasceu numa família de fazendeiros da cidade de Taubaté, São
Paulo. Dedicou-se a diferentes carreiras, negócios e campanhas. Quando
estudante já demonstrava seu talento como escritor. Em suas obras buscou
sempre valorizar um mundo caipira brasileiro, mesmo quando a literatura vivia
com os olhos voltados para a Europa.
Como Lobato, acredita-se numa escola que, analogamente, seja um
pouco do “sítio do Pica-pau amarelo”, que priorize a educação sobre o ensino,
que possua uma especificidade metodológica.
Uma escola menos “cimento” e mais natureza, que permita ao educando,
o convívio com o que lhe é, naturalmente, mais próximo.
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Uma escola que garanta a articulação saudável entre o antigo e o novo,
entre os valores do passado, a história, as convenções e a cultura,
questionados sem que sejam destruídos, à semelhança da convivência das
crianças do “Sítio do Pica-pau-amarelo” com Dona Benta, Visconde , Tia
Nastácia....
Uma escola que busque, como na utopia de Lobato, um modelo
democrático de sociedade, porquanto esse autor, ao substituir, no Sítio, a
figura dos pais pela da avó, quis, simbolicamente, substituir o próprio
autoritarismo sufocante do adulto, pela compreensão empática das
descobertas e invenções infantis.
Enfim, uma escola cheia de “Emílias” - a criança brasileira criada por
Lobato – ou, de “Emílios” – a criança idealizada por Rosseau, no seu ensaio
pedagógico, publicado no século XVII.
A distância temporal entre ambos não nos impede de aproximá-los, se
buscarmos no seu pensamento filosófico, político e literários os princípios de
liberdade e de democracia, como fundamento das relações educativas e
sociais.
“Emílias ou Emílios” ou alunos inteligentes, curiosos, questionadores,
criativos; alunos nos quais o princípio de prazer e o princípio da realidade
estejam harmonizados de forma a garantir o equilíbrio entre a razão e a
emoção, entre o real e o imaginário, entre o aprender e o ensinar.
Utópico? Sonhador? Quem Sabe!?
Mas com certeza, o sonho de todos os profissionais da educação.
2.4 – A Escola e Seus Ambientes
Sabe-se que ambientes físicos escolares de qualidade são espaços
educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados com
arborização, móveis e equipamentos e materiais didáticos adequados à
realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de
qualidade aos alunos, aos pais e à comunidade, além de boas condições de
trabalho aos professores, diretores e funcionários em geral.
A estrutura física da Escola Estadual Monteiro Lobato é compartilhada
com a realidade de uma Escola Municipal, ou seja, o prédio escolar sendo
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municipal e nossa escola funcionando em paralelo, com outra escola do
município. Infelizmente, o espaço físico existente atualmente não contempla
todos os aspectos, porém busca-se: o bom aproveitamento dos recursos
existentes; uma organização do espaço disponível que favoreça o convívio
entre as pessoas; que seja flexível e conte com as condições suficientes para o
desenvolvimento das atividades de ensino aprendizagem; qualidade dos
recursos (cuidado/organização/ manutenção).
Para a Escola Estadual foram cedidas cinco salas de aula, equipadas com
móveis suficientes para o atendimento aos alunos, sendo que elas são
razoavelmente adequadas em relação ao tamanho, ventilação e iluminação .
O espaço físico destinado ao funcionamento da secretaria é insuficiente
para comportar o material (computadores 3, arquivos, telefone(fax) telefone
sem fio, mesas, etc.) além de materiais de expediente necessários para o bom
andamento das atividades. Atualmente a secretaria possui dois computadores
(Paraná digital) ligados a internet.
A biblioteca está adaptada em um espaço não adequado. Este mesmo
espaço serve de sala da direção , sala da equipe pedagógica,e laboratório de
informática, dificultando desta forma, a qualidade de atendimento, pois quando
pais e/ou professores e alunos precisam conversar com a orientadora ou com a
direção , fica impossibilitada a troca de livros, assim como vice e versa, quando
está ocorrendo troca de livros é necessário buscar outro espaço para os
atendimentos necessários.
Em relação ao acervo bibliográfico, busca-se sempre a atualização com
novos títulos literários e faz-se presente o incentivo à prática de leitura através
de aulas de leitura e empréstimos das obras a alunos, professores, funcionários
e pais. Em 2010, com a inclusão da Escola no Programa de Superação, houve
investimento em novas obras literárias, melhorando a qualidade do acervo
bibliográfico da escola.
Este acervo bibliográfico está catalogado em livro próprio, organizados
pelos diferentes tipos de gêneros literários. O empréstimo é registrado em
livro próprio e realizado semanalmente. A partir de 2010, a escola vem
trabalhando em cima do processo de catalogação digital, o que facilitará o
controle e o acesso ao conhecimento das obras disponibilizadas na biblioteca
deste educandário.
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A biblioteca não é utilizada para a realização de pesquisas, no contra–
turno, por vários motivos, entre eles podemos destacar: instalações
inadequadas; pequeno acervo bibliográfico para pesquisas; o não
funcionamento da escola no período vespertino; falta de profissional para
atendimento em contra turno entre outros.
A coletânea de mapas existente na escola encontra-se desatualizada e
seu estado atual é bastante precário necessitando reformulação urgente. Em
2010, através da verba do Programa Superação, a escola investiu na compra
de 10 Atlas do IBGE, priorizando a atualização das pesquisas geográficas.
Em relação à aparelhos eletrônicos , áudio – visual, a escola possui uma
televisão 20’, uma 29’, dois vídeos cassete, um DVD, uma câmera fotográfica
digital, dois aparelhos de som com CD , um aparelho 2 em 1e 4 televisores
com pendrive. Em 2010 foi adquirido um aparelho data show, uma filmadora e
mais uma câmera digital, ampliando as possibilidades de registros e
entretenimento escolar.
Analisando-se o acervo da videoteca, a escola deixa a desejar, pois o
material disponível é desatualizado e defeituoso por razões técnicas e
ambientais, uma vez que não há local adequado para seu condicionamento.
Em contra partida, a escola recebeu do MEC, uma coletânea de DVD(s) da
TVESCOLA, material muito rico para utilização em sala de aula, o qual, por
vezes, fica esquecido por não ter local adequado para a sua acomodação e
visualização.
A sala dos professores está subdividida com a biblioteca, sala de
informática, sala da direção e da pedagoga, não sendo uma adaptação
coerente, pois deixa de atender as especificidades de cada área, além de
comprometer a qualidade do trabalho de ambos: professores e merendeiras.
Existe um banheiro único para professores e funcionários e dois
banheiros para os alunos, sendo um para os meninos e o outro para as
meninas, podendo ser destacado que o número de banheiros não está
compatível com o número de educandos.
O espaço para o ensino e a prática de esporte é inadequado, impróprio,
não respondendo as necessidades da escola. Existe uma quadra de esporte
áspera, sem pintura, sem cobertura e muito próxima das salas, o que prejudica
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o bom andamento das aulas, pois é preciso controlar o volume das vozes,
músicas etc.
Inexiste uma área coberta para realização de práticas esportivas e
culturais nos dias de muito frio ou chuva, tendo os alunos que permanecerem
em suas salas.
2.5-Laboratório de Informática
A tecnologia é uma necessidade que além de contribuir com a educação
prepara o jovem para um futuro competitivo. As escolas necessitam preparar
seus alunos para a vida cotidiana e para exercer atividades que propiciem o
uso da tecnologia nos dias atuais.
Segundo a opinião dos professores, a inserção de tecnologia na prática
pedagógica pode ser muito importante na formação dos alunos da rede. Neste
sentido, como se trata de um processo iniciado recentemente, acredita-se que
com assistência que vem ocorrendo e capacitações frequentes será possível
desenvolver boas atividades, dando condições a todos os profissionais, mesmo
aqueles que terão o primeiro contato com a informática , à atuarem de forma
dinâmica e vinculada a uma nova realidade da escola estadual que é a
informatização do seu processo de ensino aprendizagem, trazendo às aulas
metodologias avançadas e ilustrativa aos conteúdos a serem contemplados.
2.6 – Curso, Níveis e Modalidades de Ensino – Turno e Alunos.
A Escola Estadual Monteiro Lobato oferta curso a nível de ensino
fundamental, séries finais, 5ª a 8ª séries, no período matutino e 6ª, 7ª e 8ª
séries no período noturno.
A escola atende a:
– 5ª série “A” com 34 alunos
– 6ª série “A” com 20 alunos
– 6ª série “B” com 20 alunos
– 6ª série “C” com 12 alunos
– 7ª série “A”com 31 alunos
– 7ª série”B”com 22 alunos
- 8ª série “A” com 26 alunos
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– 8ª série “B” com 27 alunos
Perfazendo desta forma, atendimento em dois turnos (matutino e
noturno) as oito turmas acima citadas, contabilizando 192 alunos regularmente
matriculados.
2.7 - Organograma Estrutural
2.7.1 - Composição do Conselho Escolar
- Presidente - Cloecir dos Santos Ribeiro;
- Representante da Equipe Pedagógica - Mirna Zenker Johansson Wissmann
Suplente: Rosiglê Schneider ;
-Representante dos Professores - Heiderose Liessem Meyer
Suplente: Marlene Scherer;
- Representante do corpo discente: Juliane Tamara de Oliveira Gomes
Suplente: Natália Ferdinande Daniel;
Conselho Escolar
Diretor / gestor
APMF
Merendeiras
Zeladoras
Secretária
Bibliotecária
Equipe PedagógicaPais
Professores
Alunos
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-Representante dos Segmentos Organizados da Sociedade: Clélia Regina da
Silva, Rosane Aparecida Gonçalves, Aparecido Rigolin, Angélica Lizzoni
Schmitt, Osvanir Ferreira e Adailton Gonçalves Dias;
-Representante da Equipe Administrativa: -Janete Maria Heck Ross
Suplente: Jaqueline Valeska Targanski;
-Representante dos Funcionários e Agente de Apoio: -Catarina Shutz
Suplente: - Albertina Bertan Soares
-Representante da Associação dos Pais, Mestres e Funcionários: Alberto Wilsen
Suplente: Roque Dilkin
-Representante dos Pais: Nelson Martins
Suplente: Margareth Terezinha Bach da S. Rubenich.
2.7.2 - Composição da APMF
-Presidente: Roque Dikin
-Vice-Presidente: Alberto Wilsem
-Secretária: Mirna Zenker Johansson Wissmann
-Vice-secretária: Janete Maria Heck Ross
-Tesoureiro: Alcides Alves Lemos
-Vice-tesoureira - Juliana Alexandre Dilkin
-Diretora sócio – cultural - esportivo - Suzana Terezinha dos Santos Machado e
Marlene Scherer
-Conselho fiscal – Celso Antunes, Albertina Bertan Soares, Heiderose Liessen
Meyer, Nelson Martins, Ivete Leoni Allig, Jair Francisco Rodrigues Gomes,
Aurio Antonio Allig, Marlei Terezinha Valer.
2.7.3- Quadro Administrativo
- Janete Maria Heck
- Roberto Augusto Ludke
- Selônia Bade
2.7.4- Quadro de Funcionários/Serviços Gerais:
- Albertina Bertan Soares
- Rosa Clemilda Zimke
- Catarina Shutz
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- Edeltraud Brun
2. 7.5 – Quadro de Professores
professores GRADUAÇÃO HORAS VÍNCULO
Ana Maria Welter POS-GRADUAÇÃO 15 SCO2
Alceu Pedro Hansel POS-GRADUAÇÃO 05 SCO2
Carlos Luiz Harnisch POS-GRADUAÇÃO 40 QPM
Cheila Tatiane Behling POS-GRADUAÇÃO 05 REPR
Clélia Regina da Silva LICENCIATURA 13 REPR
Gilberto Guimarães Teixeira POS-GRADUAÇÃO 04 REPR
Gildair Artmann POS-GRADUAÇÃO 20 QPM
Guilherme Felipe Kotz LICENCIATURA 15 SCO2
Heiderose Liessem Meyer POS-GRADUAÇÃO 32 QPM/SCO2
Keli Adriana Vidarenko da Rosa POS-GRADUAÇÃO 05 REPR
Leandro Dalcin Castilha LICENCIATURA 12 REPR
Lucas Rafael B. Schaedler LICENCIATURA 17 REPR
Marco Junior Xavier Teles POS-GRADUAÇÃO 03 SCO2
Marlene Scherer POS-GRADUAÇÃO 20 QPM
Osório Inácio Seidel POS-GRADUAÇÃO 40 QPM/SCO2
Roberta Cantarela POS-GRADUAÇÃO 7 REPR
Rosane Zuse Patino Cruzatti POS-GRADUAÇÃO 20 REPR
SadiHardt POS-GRADUADO 07 REPR
Suzana T. dos S. Machado POS-GRADUAÇÃO 20 QPM
2.7.6 - Equipe Pedagógica
- Mirna Zenker Johansson Wissmann
- Rosiglê Schneider
2.7.7– Direção
– Cloecir dos Santos Ribeiro
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III - OBJETIVOS GERAIS
Nos termos do Art. 32 da LDB nº 9394/96 são os seguintes os objetivos
do Ensino Fundamental:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista
a aquisição de conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e
valores;
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Portanto é função da escola formar o cidadão, assegurando ao estudante
o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a
instauração de um ambiente propício às aprendizagens significativas e as
práticas de convivência democrática.
Para tanto a escola precisa construir / instruir de forma coletiva,
alternativas que possibilitem a concretização desta função, pois a própria Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dispõe que “educação básica tem
por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe meios para progredir
no trabalho e em estudos posteriores” (artigo 22).
A educação básica / fundamental deve preconizar a possibilidade de
acesso ao conhecimento científico, cultural e socialmente construído pela
humanidade, para todos, possibilitando ainda, diferentes formas, tempos e
espaços de aprendizagem. Deve garantir ao estudante a permanência na
escola e sua promoção escolar, com condições necessárias ao seu
desenvolvimento. Valorizar a individualidade, partindo da compreensão das
possibilidades de cada um, levando em consideração que a heterogeneidade
marca a espécie humana e entendendo que existem diferentes ritmos e
processos particularizados de aprendizagem e de convivência. Dessa forma
destacam-se os objetivos sociais da escola, baseando-se nos princípios
emanados na Constituição Federal, Estadual e na LDB, que constam:
15
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III – gratuidade do ensino, com isenção de taxas e contribuições de
qualquer natureza:
IV – valorização dos profissionais de ensino;
V – gestão democrática e colegiada da escola.
Partindo destes pressupostos, podemos dizer que os princípios
norteadores da educação como Política da Igualdade, Ética da Identidade,
Estética da Sensibilidade, Autonomia e Diversidade, uma vez instituídos
através de uma proposta oficial, devem se fazer presentes na escola pela
reflexão dos sujeitos envolvidos na ação educativa.
Para finalizar, aos professores cabe a consciência de sua ação - a
reflexão sobre a causa, a finalidade e os efeitos – a compreensão de que sua
prática não pode estar limitada à transmissão de um saber sistematizado,
sendo necessário que essa ação esteja contextualizada à realidade e
constantemente em processo de análise crítica. E aos alunos, a compreensão
de que se constituem como sujeitos ativos no processo educacional. Sujeitos
ativos porque é na ação e na decisão consciente do aluno que se dá à relação
ensino-aprendizagem.
16
IV - MARCO SITUACIONAL
4.1 - Descrição da Sociedade Brasileira
A Lei Federal nº 9394/06, de 20/12/96, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, conhecida como Lei Darcy Ribeiro, estabelece que a
“Educação dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e
nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
Estabelecendo-se um paralelo entre a análise da conjuntura mundial e a
conjuntura brasileira, pode-se dizer, em linhas gerais que: neste início de
milênio, a sociedade brasileira vive um momento de rápidas transformações
econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços na cultura e
na educação transcorrem de forma bastante lenta. Em função de uma
economia dependente, não se desenvolveu uma cultura e um sistema
educacional que pudessem fortalecer a economia, fazendo-a caminhar para a
auto-suficiência.
Ao lado de uma enorme ampliação dos recursos de comunicação e
informação especialmente nos grandes centros, a solidariedade é pouco vivida
nas comunidades, assim como são pouco cultivados os bens culturais locais.
Por outro lado, a degradação dos ambientes intensamente urbanizados, nos
quais se insere a maior parte da população brasileira e nos quais a fome, a
miséria, a injustiça social, a violência e a baixa qualidade de vida estão
facilmente presentes.
Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira
para que a educação se posicione na linha de frente da luta contra as
exclusões, contribuindo para a promoção e integração da cidadania, não como
meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva.
Estabeleceu-se como linha de ação prioritária da Secretaria de Estado da
Educação – SEED, a retomada da discussão coletiva sobre o que está sendo
vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas. Adotou-se algumas referências
para o processo de discussão: o compromisso com a redução das
desigualdades com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural da
17
sociedade, a defesa da educação básica e da escola pública, gratuita de
qualidade como direito fundamental do cidadão, a articulação de todos os
níveis e modalidades de ensino, e a compreensão dos profissionais da
educação como sujeitos epistêmicos.
De acordo com o MEC, mais de 53,2 milhões de matrículas foram feitas
em 2008, contra cerca de 53 milhões no ano anterior. A alta foi puxada pela
educação profissional -com um aumento de 14,7% no número de inscritos- e
pelas matrículas em creches, que cresceram 3,2%. A educação profissional
junto ao ensino médio teve aumento de 19,6%. Já a educação profissional
subsequente – oferecida aos estudantes que já concluíram o ensino médio –
experimentou aumento de 10,5% no número de matrículas. Segundo o ministro
da Educação, Fernando Haddad, o crescimento se deu especialmente por
causa da oferta maior de educação profissional feita pelas redes estaduais.
O número de matriculados ainda em 2008 não recuperou a queda de
5,2% do censo de 2007, quando dados do ano anterior foram comparados. Em
2006, 55,9 milhões de alunos estavam matriculados. Segundo o MEC, a queda
no período aconteceu, em parte, por causa da queda na natalidade e na
redução da população na faixa etária relativa, principalmente, ao ensino
fundamental.
Houve uma queda de 0,1% nas matrículas no ensino fundamental. O
índice do ensino médio se manteve praticamente estável. Atualmente, só o
ensino fundamental é obrigatório, para crianças entre sete e 14 anos.
O número de alunos que já fizeram a transição para o sistema de nove anos do
ensino fundamental também é maior que os ainda matriculados no modelo
antigo. Já são 16,6 milhões (51,83% do total) cursando até a 9ª série, contra
15,45% (48,17%) no esquema de oito anos. Segundo o MEC, a transição estará
completa em 2010, quando também a idade mínima para ingresso no ensino
fundamental cai para seis anos.<http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/ensino/
conteudo.phtml?tl=1&id=847392&tit=Parana-tem-o-maior-numero-de-
matriculados-em-2008-no-Sul-do-pais>Acesso em: 23 jun.2009.
Espera-se que a sociedade brasileira demanda uma educação de
qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de
cidadãos autônomos, críticos e participativos capazes de atuar com
competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na
18
qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e
econômicas.
4.2 – DO PARANÁ
No Paraná temos a taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos
na faixa de 9,5%. Taxa de distorção idade séries Ensino Fundamental séries
iniciais-8,5% , Ensino Fundamental séries finais 23,7% e no Ensino
médio-33,6%. A taxa de Evasão no ensino Fundamental- séries iniciais 2,95,
Ensino Fundamental –5ª a 8ª série-8,3% e no Ensino Médio 8,0%. A taxa de
reprovação no Ensino Fundamental séries iniciais 12,5% , Ensino Fundamental
5ª a 8ª séries, 17,9 % e no ensino Médio 23,4%. Total de alunos de 5ª a 8 ª
série do Ensino Fundamental no Estado 798.220, total de alunos de 5ªa 8ª
série na rede pública estadual 713.389. Total de alunos de Ensino Médio no
Estado 467.730; alunos da rede pública estadual 410.174.
Com princípios da política pública adotada e já amplamente divulgada
estão :a Educação como direito de todos/ cidadão, a valorização do professor e
de todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão
democrática em todos os níveis institucionais; e o atendimento ás diferenças e
a diversidade cultural.
4.3 – DO MUNICÍPIO
O município conta atualmente com 223 professores que atendem a 4160
educandos distribuídos a 19 escolas e 4 centros de e Educação Infantil ,
compreendendo, 448 alunos de 0 a 5 anos nas modalidades de creche e pré-
escola, 589 alunos na Educação Infantil (6 anos) , 2955 nos anos iniciais de 1ª
a 4ª série, 114 alunos na educação de jovens e adultos e 54 alunos na Classe
Especial.
As escolas são constituídas de Direção e Equipe Pedagógica que
respondem respectivamente pela parte administrativa e assessoramento
pedagógico interno da escola. A Equipe Pedagógica que acompanha o
desenvolvimento do aluno, auxiliando o professor no trabalho paralelo de
orientação, recuperação de conteúdos e atividades diversificadas. O município
19
oferece também aos professores formação continuada e aos alunos o projeto
viagem de Estudo, a Informática Educacional, a Classe de apoio e o trabalho da
Equipe Multidisciplinar que tem seu trabalho voltado à prevenção assumida
com prioridade e em algumas práticas de orientação com a finalidade de
auxiliar, diagnosticar e encaminhar para atendimentos específicos os discentes
da rede pública municipal.
4.4 - Analisando Nossa Escola:
Como todos vivemos num mesmo país, num mesmo tempo histórico, é
provável que compartilhemos muitas noções gerais sobre o que é uma escola
de qualidade. A maioria das pessoas concorda com o fato de que uma escola
boa é aquela em que os alunos aprendem coisas essenciais para sua vida,
como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os
colegas, respeitar regras, trabalhar em grupo. Mas quem pode definir bem e
dar vida às orientações gerais da qualidade na escola, de acordo com os
contextos socioculturais locais, é a própria comunidade escolar. Não existe um
padrão ou uma receita única para uma escola de qualidade. Cada escola deve
ter autonomia para refletir, propor e agir na busca da qualidade da educação.
Percebemos que os pais dos nossos alunos estão, na maioria, satisfeitos
com o atendimento educacional proporcionado a seus filhos. A convivência
cotidiana com os alunos indica o grau de satisfação com a identidade escolar
em relação aos gestores, professores, funcionários e encaminhamentos
metodológicos. Porém, nota-se o desagrado em relação ao espaço físico. Este
representa um indicador negativo em relação à qualidade da nossa escola.
O espaço físico não é o mais apropriado para o funcionamento de uma
escola estadual, pois além de estar inserida num prédio cedido pela Prefeitura
Municipal onde não se pode fazer alterações nas estruturas prediais, ainda
compartilha esse espaço com uma escola municipal.
Desta forma, existe uma constante preocupação em relação à estrutura
física, a fim de possibilitar um atendimento de melhor qualidade possível.
Uma grande angústia é a falta de uma sala específica para a biblioteca.
Temos um acervo literário razoável, porém, deficiência em relação ao
atendimento ao público leitor, pois, a mesma funciona em um canto da sala
20
também ocupada pela direção e equipe pedagógica. Isso quer dizer que
quando a direção e/ou a orientação estão desenvolvendo suas atribuições, a
biblioteca deixa de funcionar e vice-versa.
Abordando ainda o aspecto físico a escola não está preparada para a
inclusão, pois não apresenta em sua estrutura vias de acesso para pessoas
com necessidades especiais, bem como banheiros adaptados e as salas de
aula com difícil acesso a pessoas com deficiência, especialmente física.
Conforme prevê a deliberação nº 02/03 – CEE, os alunos que apresentam
características diferenciadas (necessidades especiais) condições sócio culturais
e econômicas desfavoráveis, terão direito de receber apoio para sua integração
no contexto da escola regular. Este ponto de vista, sinaliza a necessidade da
revitalização dos PPP e das provisões de recursos materiais humanos, técnicos,
financeiros e tecnológicos ofertados pelo Sistema de Ensino.
Temos que lembrar também, que a qualidade da escola aumentará a
partir da aprovação de leis que reduzam efetivamente o número de alunos por
sala de aula, proporcionando um atendimento individualizado, a integração dos
iguais e a exploração da diversidade existente entre os mesmos.
Sabe-se que o planejamento e o plano de aula bem estruturados trarão
um melhor resultado pedagógico no processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, seria interessante a redução da carga horária do professor em sala
de aula e o aumento da carga horária da hora atividade, podendo, desta forma,
atender esta meta educacional.
Em relação ao acesso e permanência na escola, compreende-se que a
dificuldade encontra-se no primeiro item, pois teríamos condições de atender e
receber um número mais expressivo de alunos, já que o bairro conta com
novos loteamentos e outros em planejamento, porém, voltamos ao aspecto
físico: não há mais salas disponíveis.
Na nossa escola ocorrem muitas evasões, principalmente no período
noturno e sempre que acontecem, buscamos fazer levantamento dos motivos e
incentivamos o retorno, o que nem sempre acontece.
A gestão/direcionamento da Escola Monteiro Lobato dá-se de forma
democrática. Sempre que possível e necessário, busca-se o envolvimento de
toda comunidade escolar nas decisões, bem como, aceita-se e analisa-se as
21
opiniões, buscando um consenso que traga um resultado qualitativo e que
favoreça principalmente os alunos.
Na questão avaliativa, prioriza-se o acompanhamento da evolução do
aluno, incentivando-o e orientando-o durante todo o ano letivo, a fim de que
ele possa superar suas dificuldades e avançar no processo de ensino-
aprendizagem. Nesse aspecto, leva-se em conta a diversidade cultural, social e
econômica, não com a finalidade de distinção, mas o intuito de realizar uma
avaliação mais coerente.
Percebe-se que apesar dos esforços dos profissionais da educação há um
desinteresse por parte dos alunos e responsáveis em relação ao estudo. A
escola e os professores buscam constantemente práticas educativas
inovadoras e contato com os pais, informando-os acerca das dificuldades de
seus filhos (aprendizagem e disciplina), com objetivo de fortalecer o
acompanhamento do potencial do aluno.
4.5 - Perfil da Comunidade Escolar
“Primeiro de tudo, a educação não é uma propriedade individual, mas
pertence por essência à comunidade. O caráter da comunidade imprime-se em
cada um dos seus membros e é no homem... fonte de toda a ação e de todo o
comportamento. Em nenhuma parte o influxo da comunidade nos seus
membros tem maior força que no esforço constante de educar, em
conformidade com o seu próprio sentir, cada nova geração” (BRANDÃO, 1995).
Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação
são motivos de ampla discussão na sociedade atual. Urge empreender um
esforço coletivo para vencer as barreiras (que não estão exclusivamente
dentro da escola) e entraves que inviabilizam a construção de uma escola
pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja
instrumento real de transformação social, espaço em que se aprenda a
aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual
modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas
educacionais de inspiração neoliberal.
A sociedade contemporânea tem passado por expressivas
transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações
22
originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que
têm norteado as políticas governamentais.
Partindo do pressuposto de que o projeto político pedagógico é o fruto da
interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que
estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma
nova realidade, precisamos fazer um trabalho que exige comprometimento de
todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica,
alunos, seus pais e a comunidade como um todo.
4.5.1 - Perfil dos Funcionários e Professores
No trabalho escolar, embora os alunos constituam o centro da
aprendizagem é de destacada importância o papel exercido pelos professores
e todos os envolvidos com o processo ensino-aprendizagem.
As mudanças que surgiram no ensino a partir do desenvolvimento
tecnológico a da consequente globalização, vem produzindo uma visível
alteração na forma de educar, o que incentiva os professores à busca
constante de formação e aprimoramento.
Os dezenove professores da Escola Estadual Monteiro Lobato são
profissionais habilitados ao nível de graduação, de acordo com a área de
atuação, sendo que destes, dezenove são pós-graduados.
Quanto ao vínculo empregatício temos a seguinte organização: seis
professores do quadro próprio do magistério (QPM); seis com aulas
extraordinárias (SCO2); um PSS e nove contratados (REPR).
Em relação ao quadro administrativo e pedagógico a escola contempla
na direção um professor com formação superior, possuindo vínculo
empregatício QPM, atuando 40 horas semanais;
Na Equipe Pedagógica: uma professora com formação superior e pós-
graduada possuindo vínculo empregatício QPM, atuando 20 horas semanais no
período noturno e outra professora também com formação superior e pós-
graduada, com 20 horas semanais extraordinárias atuando no período
matutino ;
Na Secretaria: uma secretária com formação no Ensino Médio, com
vínculo empregatício QPPE, atuando 40 horas semanais. E dois técnicos
administrativos, QPPE;
23
Nos serviços gerais a Escola conta com uma funcionárias, vínculo
empregatício efetivo (QPPE) com 40 horas semanais, duas funcionárias com
vínculo PSS e uma funcionária com vínculo CLT, no estabelecimento
4.5.2 - Perfil da Comunidade.
A pesquisa realizada para a coleta de dados sobre a realidade vivenciada
por cada família dos alunos também pretende mostrar como a construção de
um projeto político-pedagógico pode contribuir para estabelecer novos
paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição
escolar a transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo de
inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos
anseios de todos os que participam do cotidiano escolar. Essa prática não só
levanta dados estatísticos da comunidade como um todo, como também
percebe cada indivíduo dentro do coletivo, respeitando a história de cada ser.
Dos cento e trinta e seis alunos devidamente matriculados no período
matutino da Escola, cinquenta e nove responderam ao questionário sócio-
econômico onde constatou-se que a maioria dos alunos da Escola mora na
área urbana e uma pequena parte na área rural.
Percebe-se pelo gráfico 1, que a maior distância percorrida por alunos é
de 2.000 a 2.500 metros até a escola, isso porque são alunos da área rural, e
portanto, somente 3 alunos utilizam o transporte escolar. O
georreferenciamento contribui para que os alunos estudem na escola próxima
a sua casa, evitando dessa forma, longos percursos, trazendo maior segurança
aos alunos e familiares.
Gráfico 1: Distância até a escola
em branco 100m a 300m 400m a 600m 800m a 1.500m 2.00m a 2.500m 5 m a 50m
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
9
1718
10
23
24
Quanto à habitação (gráfico 2) 44 possuem casa própria, e 11 pagam
aluguel, emprestada 2 e financiada 1.
Gráfico 2: Habitação
Questionados sobre com quem residem (gráfico 3), a maioria, 35 dos
entrevistados ,responderam morar com os pais, 9 com a mãe e o padrasto, e 7
com a mãe.
Gráfico 3: Família
Quanto ao número de pessoas que compõe cada família (gráfico 4)
constatou-se que dos 49 alunos que responderam a questão, os seguintes
índices: 19 das famílias são compostas por 4 integrantes, 14 das famílias são
compostas por 3 integrantes, 11 das famílias são compostas por 5 integrantes,
7 das famílias são compostas por 6 integrantes, 3 famílias são compostas por 7
integrantes, 2 famílias são compostas por 9 integrantes e 3 famílias são
compostas por 2 integrantes.
Gráfico 4: Composição familiar
PRÓPRIA ALUGADA EMPRESTADA FINANCIADA EM BRANCO
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
5044
11
2 1 1
2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas 5 pessoas 6 pessoas 7 pessoas 9 pessoas
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
3
14
19
11
7
32
25
Quanto ao número de filhos (gráfico 5) constatou-se que em 27 dos casos
há 2 filhos na família, em 14 há 1 filho na família, em 11 há 3 filhos na família,
e em 2 casos há 6 filhos na família. Percebendo-se que as famílias cada vez
estão menores, devido a fatores fatores: trabalho da mulher, questões
econômicas, etc.
Gráfico 5: Número de filhos
Com relação à religião das respectivas famílias (gráfico 6) constatou-se
que 31 das famílias são Católicas, 24 são Evangélicos (Lutheranos,
Congregacional, Adventistas e Testemunha de Jeová), sendo que 49 são
praticantes , 2 não, e 8 não responderam a questão.
Gráfico 6 – Religião
Referente a quantas pessoas trabalham em cada família (gráfico 7),
constatou-se que em 32 famílias pelo menos 2 pessoas trabalham, em 12
famílias uma pessoa trabalha e mantém a casa, e em 9 famílias 3 pessoas
trabalham, sendo que a maioria das mães trabalham como zeladora e
doméstica (25), e as outras nas mais variadas profissões ( lavadeira,
costureira, balconista, manicure, serviços gerais, embaladeira, professora,
1 fi lho 2 fi lhos 3 fi lhos 4 fi lhos 6 fi lhos EM BRANCO
0
5
10
15
20
25
30
14
27
11
32 2
CATÓLICA EVANGÉLICA EM BRANCO
0
5
10
15
20
25
30
35 31
24
4
26
auxiliar de inspeção, manicure, agente educacional, balconista, comerciante,
operadora de caixa), sendo que 7 permanecem em casa fazendo as atividades
domésticas. Quanto aos pais, 7 trabalham como motoristas, 5 em serviços
gerais, 4 como pedreiros, 6 não responderam, e os outros nas mais variadas
profissões (mecânico, eletricista, auxiliar de produção, encarregado, gráfico,
porteiro, operador de máquina, operador de caldeira, comerciante, autônomo,
bombeiro, frentista, servente, entregador de bebidas, marceneiro, operador de
equipamentos e auxiliar de lavanderia).
Gráfico 7: Emprego
Quanto à escolaridade do pai (gráfico 8), percebe-se que a maioria possui
Ensino Fundamental incompleto e completo, sendo que nem um é analfabeto.
Gráfico 8: Escolaridade do pai
Quanto a escolaridade da mãe (gráfico 9), 18 possuem o Ensino
Fundamental incompleto e 18 completaram o Ensino Médio enquanto que dos
pais somente 10 possuem o Ensino Médio completo.
1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 5 pessoas 4 pessoas em branco
0
5
10
15
20
25
30
35
12
32
9
2 2 2
EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. ALFABETIZADO
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
8
4
16
14
6
10
1
27
Gráfico 9: Escolaridade da Mãe
Com relação à renda familiar (gráfico 10) 19 famílias vivem com até 3
salários mínimos, 14 com até 4 salários mínimos, 11 com até 5 salários
mínimos, 9 com até 2 salários mínimos e 3 com 1 salário mínimo. Sendo que
dessas famílias 5 recebem Pensão Alimentícia, 3 recebem Bolsa Família, 2
Pensão do INSS, e uma ajuda do governo do Programa do Leite.
Gráfico 10: Renda familiar
Com relação aos bens (gráfico 11), constatou-se que 41 famílias
possuem imóveis, 33 tem carro e 19 tem moto.
EM BRANCO 1ª a 4ª FUND.INC. FUND.COMP. MÉD.IN. MED.COM. SUP.INC. SUP.COM.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
4 4
18
8
6
18
1 1
1 SAL. MIN. ATÉ 2 ATÉ 3 ATÉ 4 ATÉ 5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
3
9
19
14
11
28
Gráfico 11: Bens materiais
Quanto aos eletrodomésticos e eletroeletrônicos (gráfico 12) que as
famílias possuem, foi constatado que somente 1 respondeu não ter celular, e 3
deixaram em branco o restante possui celular, alguns até 3 ou 4; quanto a
televisão 4 não responderam, os outros 55 possuem tv em casa, alguns até 3.
Computador, 25 responderam ter em casa, mas somente 13 estão conectados
à internet.
Gráfico 12: Eletrônicos
Com relação às atividades praticadas pela família (gráfico 13) os pais
posicionaram-se da seguinte forma: 27 preferem passeios na casa de amigos e
familiares, 6 pescar e 5 irem em pizzaria.
IMÓVEIS CARRO MOTO
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45 41
33
19
COMP. REV. INT. TV PARAB. CEL.
0
10
20
30
40
50
60
25
2
13
55
34
55
29
Gráfico 13: Lazer
Quanto ao meio que a família mais utiliza para manter-se informado
sobre os acontecimentos atuais, em primeiro lugar destacou-se a televisão, em
segundo lugar ficou a opção do rádio, terceiro lugar jornais e quarto e último
lugar revistas.
As famílias foram questionadas sobre possíveis problemas que possam
ter e que estejam demandando gastos extras, sendo que 25 famílias
responderam que sim, 11 que não e 23 não responderam. Dessas 25 famílias,
11 citarem gastos extras com doenças na família, 4 com dívidas e o restante
com (pagamento de funeral , filho autista ( apresenta crises e necessita de
atendimento especializado e medicação não fornecido pela farmácia básica) e
mecânica do carro). Questionados se alguém da família apresenta problemas
com alcoolismo e drogadição, 5 responderam afirmativamente , 48 que não e 6
deixaram em branco. Quanto a medidas sócio educativas, 49 responderam que
não tiveram casos na família, 7 não responderam e 3 disseram ter familiares
que já pagaram medidas sócio educativas por infrações cometidas.
Nesse sentido, o projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre
os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece,
através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade.
O trabalho na escola exige necessariamente comprometimento de todos os
envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus
pais e a comunidade como um todo. Para isso, precisa-se saber qual é a
EM BRANCO PASSEIOS
CHURRASCOVIAJAR,PRAIA
FESTASASSOC.
PIZZARIAPESCAR
TVNENHUM
0
5
10
15
20
25
30
9
27
3 3
12
56
21
30
realidade vivida (determinações sócio/econômicas/histórico/culturais) de cada
grupo específico.
Foram enviados questionários para os pais dos alunos do noturno, sendo
que somente 5 retornaram.
Percebe-se a ausência dos pais na educação formal dos filhos no período
noturno. Muitos alunos dizem abertamente que somente estão estudando pois
são obrigados por lei, ou estão cumprindo ordem judicial.
Os problemas noturnos são muitos, partindo pela dificuldade que os
professores tem em dar andamento e continuidade ao processo ensino-
aprendizagem, uma vez que a maioria dos alunos são faltosos.
Por ser a única escola que oferta 6ª a 8ª série no período noturno, os
alunos se deslocam de grandes distâncias para chegarem à escola.
Devido a esses e vários outros fatores a escola apresenta um baixo
índice do Ideb, o que a coloca entre as escolas do Programa Superação.
31
V – MARCO CONCEITUAL
5.1 - Sociedade
Desde criança percebemos que as pessoas com as quais convivemos
todos os dias formam um grupo especial denominado família. Observando o
mundo ao redor, percebemos que as pessoas só vivem em grupos, estudando
a evolução da humanidade. Os pesquisadores concluíram que o homem
sempre viveu assim, desde que apareceu na Terra.
Por mais que consigamos recuar no tempo, veremos os homens vivendo
em grupos, reunidos à beira do fogo, abrigando-se em cavernas, caçando ou
vagando em bandos de um lugar para outro. Inúmeras pesquisas demonstram
que viver em sociedade faz parte da natureza humana.
Verificando em livros, rádio, televisão, Internet e outros meios de
comunicação, ficamos sabendo que em outras regiões do planeta Terra vivem
pessoas de aparência e costumes diferentes dos nossos. Mas, embora
diferentes em muitas coisas, também vivem em sociedades como nós.
A sociedade existe para que o homem possa:
– sobreviver e fazer adulto, pois é fraco e indefeso e morre facilmente, se não
for protegido e se não receber cuidado;
32
– satisfazer suas necessidades, pois, mesmo depois de adulto, depende dos
outros para alimentar-se, vestir-se, abrigar-se, para promover suas
necessidades espirituais, afetivas e tantas outras para viver
adequadamente, enfim;
– aprender a viver como gente, pois estudos e casos verídicos, como o do
menino lobo na Índia, comprovam que a vida em sociedade é fundamental
para que se adquiram certas características humanas, sem as quais não se
comportará como ser humano que é;
– compartilhar a evolução humana, pois todo progresso humano parece só ser
possível com a vida em sociedade. A história já mostrou que o convívio em
sociedade possibilitou num processo coletivo muitos avanços e
aperfeiçoamentos.
Porém, atualmente nossa sociedade está marcada por práticas sociais
excedentes e por uma educação dominante, que controla os indivíduos. Esta
sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de
caráter social, político e econômico, sendo originadas nos pressupostos
neoliberais e na globalização da economia que tem norteado as políticas
governamentais.
Busca-se, através da educação uma formação que leve em consideração
a capacidade do indivíduo tornar-se autônomo-intelectual e moral, e que seja
capaz de interpretar as condições históricas/culturais da sociedade em que
vive de forma crítica e reflexiva, impondo as suas próprias ações, deixando,
desta forma, de ser um indivíduo manipulado e controlado.
5.1.1– Mundo
Partir-se-a da concepção da existência de vários mundos. Dessa forma
citaremos os principais:
-mundo familiar;
-mundo escolar;
-mundo do trabalho;
-mundo religioso;
-mundo comunitário;
-mundo político/econômico /comunicações
33
Assim, tem-se esses exemplos citados, inclusos num mundo maior,
globalizado e integrado e é claro que “nunca” iremos poder citar todas as
formas de mundo, seria impossível. Mas procuraremos trabalhar com o
enunciado anterior que julgamos ser os mais importantes e próximos do que
vivenciamos.
5.1.2-Mundo familiar
Todo mundo tem família e ela é a mais velha instituição da sociedade.
Mas, se formos examinar nossa história, veremos que, diferentemente de uma
família ideal, congelada em padrões, tivemos, em nosso passado, famílias, no
plural. E que diferentes tipos se constituíram, ao sabor de conjunturas
econômicas ou culturais.
Inúmeras são as influências do ambiente social para a formação da
personalidade humana. Inegavelmente, a família é a mais importante de todas.
É ela que proporciona as recompensas e punições, por cujo intermédio são
adquiridas as principais respostas para os primeiros obstáculos da vida. É
instituto no qual a pessoa humana encontra amparo irrestrito, fonte da sua
própria felicidade.
Os membros integrantes da família (pais, irmãos, avós etc) moldam o ser
humano, contribuindo para a formação do futuro adulto. Não foi por acaso que
um dos maiores nomes da literatura brasileira, Machado de Assis, já afirmara
que "o menino é pai do homem".
O grupo familiar tem sua função social e é determinado por necessidades
sociais. Ele deve garantir o provimento das crianças, para que elas, na idade
adulta, exerçam atividades produtivas para a própria sociedade, e deve educá-
las, para que elas tenham uma moral e valores compatíveis com a cultura em
que vivem . Tanto assim que a organização familiar muda no decorrer da
história do homem, é alterada em função das mudanças sociais .
Nesse sentido, entende-se que a família não é apenas uma instituição de
origem biológica, mas, sobretudo, um organismo com nítidos caracteres
culturais e sociais.
34
Trata-se, em verdade, da celula mater da sociedade, do seu núcleo
inicial, básico e regular. É um microssistema social, onde os valores de uma
época são reproduzidos de modo a garantir a adequada formação do indivíduo.
O papel do pai (gênero) moderno não se limita apenas ao simples
pagamento dos gastos da sua prole ao final do mês. É inegável que o
pagamento das diversas despesas é indispensável à sobrevivência dos
menores, mas ele não é a única função dos pais, sequer a mais importante, até
porque poderia ser facilmente preenchida por um orfanato ou outra instituição
de caridade qualquer, talvez até com maior eficiência.
É o acompanhamento psicológico, educacional e mesmo espiritual, o
diálogo exercitado cotidianamente, a transferência de maturidade e de lições
de vida, a participação efetiva na escolha do colégio, do esporte, da academia
de balé, é estar sempre se renovando e se conhecendo para acompanhar as
gradativas mudanças dos filhos, enfim, é preparar um ser humano
intelectualmente equilibrado e certo dos seus valores para a vida em
sociedade que define o verdadeiro papel do pai contemporâneo.
Os filhos, de outro lado, ganharam o espaço necessário à participação no
processo educacional: saíram da condição de meros objetos deste processo
para alcançarem o status de sujeitos com direito à voz naquilo que lhes
interessava diretamente. Dessa forma, os filhos deixaram de ser simples
repetidores de ordens dos seus pais, o que aumentou em muito o contato
(verdadeiro) entre eles.
A família deixou de ser um instituto fechado e individualista para ser
definida modernamente como uma comunidade de afeto e entreajuda, local
propício à realização da dignidade da pessoa humana e, por isso mesmo,
caracterizada como um ente voltado para o próprio homem, plural como ele
mesmo é, democrática, aberta, multifacetária, não discriminatória, natural e
verdadeira.
É neste contexto que se inicia o mundo de todos nós, na falta deste,
poderá trazer consequências as quais limitarão ou deixará sequelas para a
inclusão nos mundos posteriores.
35
A presença e o apoio dos pais na educação de seus filhos é primordial
para a formação intelectual e social da criança. Esta por sua vez, sentindo –se
amada e valorizada, mas também aprendendo limites, terá grandes chances
de engajar –se com sucesso nos demais mundos.
5.1.3-Mundo escolar
Aqui inicia–se o lançamento da criança para a convivência e
aprendizagem. Descobrir um mundo novo para muitos é um desafio, o qual
deverá ser vencida com paciência, dedicação, vontade de aprender e por que
não dizer ‘crescer '. é claro que muitos alunos vão à escola com medo, fato
este que tem a consequência da superproteção dos pais, deixando–o inseguro.
O mundo escola é amplo, deve ser democrático, preparar o aluno não apenas
para o mercado de trabalho, mas também para a vida.
A assimilação de conceitos não-espontâneos torna-se predominante na
adolescência e em indivíduos que passam pelo processo de escolarização. Essa
assimilação permite relacionar os atributos do novo conceito em sua estrutura
cognitiva, de modo distanciado da percepção imediata do objeto ou fenômeno.
O papel do professor na facilitação da Aprendizagem Significativa de
conceitos é imprescindível, pois é ele o agente que deve atuar como
organizador prévio na criação de possibilidades de aprendizagem do aluno, e
que, segundo Moreira (1999, p. 162) envolve quatro tarefas fundamentais:
- Identificar os princípios unificadores, inclusivos, mais gerais, que possam
construir a ponte entre os conhecimentos prévios e o conhecimento escolar.-
- Identificar quais os subsunsores relevantes à aprendizagem do conteúdo a ser
ensinado, que o aluno deveria ter em sua estrutura cognitiva.
- Diagnosticar aquilo que o aluno já sabe.
- Auxiliar o aluno a assimilar a estrutura da matéria de ensino e organizar sua
própria estrutura cognitiva, nesta área do conhecimento, por meio da aquisição
de significados claros, estáveis e transferíveis. E sendo assim, é preciso
36
considerar a estrutura conceitual e estrutura cognitiva do aluno no início da
instrução e tomar as providências adequadas se a estrutura cognitiva do aluno
não for adequada.
Segundo Pozo (1998), a assimilação é o processo pelo qual o sujeito
interpreta as informações que provém do meio, em função de seus esquemas
ou estruturas conceituais disponíveis, possibilitando, desta forma, aquilo que
Piaget conceitua como " integração de elementos exteriores e estruturas em
evolução ou já acabadas no organismo" (Pozo, 1998 p. 178) e este processo
requer do aluno o enfrentamento de desafios e problemas.
Dessa forma, a acomodação pressupõe não somente uma modificação
dos esquemas prévios em função da informação assimilada, mas também uma
nova assimilação, ou reinterpretação dos dados ou conhecimentos anteriores
em função dos novos esquemas construídos. Os processos de assimilação e
acomodação são indissociáveis no processo de aquisição de conhecimento
(POZO, 1998).
5.1.4-Mundo do trabalho
Entre as grandes transformações resultantes do advento da sociedade
informacional, temos a re conceitualização do trabalho humano. Desde a
Grécia Antiga, passando pela Idade Média, na visão dos protestantes, dos
economistas clássicos ou no entendimento crítico de Hegel e Marx, o
conceito/entendimento de trabalho tem sofrido profundas alterações, as quais
expressam as mudanças econômicas e as formas de produção próprias de cada
contexto. Tomando-se como base a concepção fordista-taylorista responsável
pela organização científica do trabalho, temos a característica que mais
contrasta com a forma atual de conceber o trabalho, ou seja, a desvalorização
do conhecimento e do saber desenvolvido com a formação e a experiência. De
acordo com Gramsci, "a qualificação (aqui) é medida a partir do desinteresse
do trabalhador, da sua "mecanização"; esta concepção reduzia as operações
produtivas apenas ao aspecto físico maquinal, negando a participação ativa da
inteligência, da fantasia e da iniciativa do trabalhador.
37
Neste paradigma, o controle, a prescrição e a limitação dos movimentos,
praticamente anulavam a importância do "saber-fazer" dos trabalhadores,
ignorando com isso a capacidade que os mesmos possuíam no sentido de
aperfeiçoar os sistemas técnico-organizacionais. Sobre isto, o exemplo dos
amanuenses dado por Gramsci para ilustrar essa situação sobre o taylorismo e
a mecanização do trabalhador, é bastante interessante. Segundo ele, para os
amanuenses a adaptação à mecanização seria bem mais difícil do que para
outro trabalhador, pois os mesmos teriam que ignorar ou não refletir sobre o
conteúdo intelectual do texto que estavam reproduzindo para evitar que
interferissem e modificassem o texto.
Porém, a nova organização flexível do trabalho coloca em questão esses
pressupostos tradicionais. Na era das novas tecnologias de comunicação e
informação, o conteúdo qualitativo do trabalho passa a ser privilegiado,
transformando-se, assim, sua concepção. O trabalho passa a ser uma série de
aplicações de conhecimentos, onde os indivíduos voltam suas capacidades
para a programação e o controle, e isto traz como exigência se pensar a
formação dos indivíduos para o trabalho com base em pressupostos pós-
fordistas, sob os quais novas habilidades estão sendo demandadas. Temos
hoje um aumento das exigências de aptidões para o trabalho, considerando-se
uma base de conhecimentos mais amplos, exigência de capacidade para
resolução de problemas, exigência para tomada de decisões autônomas,
capacidade de abstração e comunicação escrita e verbal. Somando-se a isto, o
trabalhador deve ser polivalente, e com maior nível de escolaridade.
Polivalente no sentido de multi-qualificado, isto é, aquele que é capaz de
desenvolver e incorporar diferentes APRENDIZAGENS , CONHECIMONTOS e
repertórios profissionais. Desta forma, a partir dos conhecimentos
aprendidos na escola e na família, o indivíduo busca inserir-se no mercado de
trabalho.
Saber respeitar os colegas de trabalho e seus superiores, desenvolver as
atividades de forma criativa, com precisão e êxito, são consequência daquilo
que a pessoa aprende nos mundos “anteriores”.
Um fator primordial para o sucesso do trabalhador é o trabalho em
grupo. Sem ele nada funciona ou não funciona como deveria.
38
O mundo do trabalho busca funcionários criativos, de boa convivência
social, dinâmicos e polivalentes.
5.1.5-Mundo religioso
O direito de liberdade de consciência e de crença deve ser exercido
concomitantemente com o pleno exercício da cidadania.
Qualquer tentativa no sentido de pressionar o poder público na
elaboração de leis civis que tenham em conta o dever ou a obrigação de
santificar qualquer dia com o "Dia do Senhor", representa um retrocesso
histórico inaceitável e um atentado contra o direito de liberdade religiosa.
A lei a todos obriga, sejam cristãos, muçulmanos, judeus, católicos,
protestantes, hindus, budistas, etc., tenham eles religião ou não.
A utilização geral de uma lei pelo Poder Público para impor à todos os
cidadãos determinados valores religiosos e doutrinários, ligando a Religião ao
Estado, é a principal fonte de intolerância religiosa ao longo da história.
A Organização das Nações Unidas – ONU -, na sua célebre DECLARAÇÃO
UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, assim dispôs:
"ARTIGO 18. Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência
e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a
liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo
culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em
particular".
Para tornar esse dispositivo ainda mais claro, a mesma Organização das
Nações Unidas – ONU, fez editar a DECLARAÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE
TODAS AS FORMAS DE INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO BASEADAS EM
RELIGIÃO OU CRENÇA (Resolução n.º 36/55). Desse documento extraímos os
seguintes trechos:
"Art. 1º. Ninguém será sujeito à coerção por parte de qualquer Estado,
instituição, grupo de pessoas ou pessoas que debilitem sua liberdade de
religião ou crença de sua livre escolha".
Neste sentido também é a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), ingressa no sistema pátrio nos
39
termos do Decreto n.º 678, de 06 de novembro de 1992, cujo art. 12, alínea 2,
explicita:
"Artigo 12. Liberdade de Consciência e de Religião
Ninguém pode ser objeto de medidas restritivas que possam limitar sua
liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião
ou de crenças.".
Garante, ainda, o artigo 26 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos:
"Artigo 26. Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem
discriminação alguma, a igual proteção da lei. A este respeito, deverá proibir
qualquer forma de discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual e
eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua,
religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
situação econômica, nascimento ou qualquer opinião.".
Ajuda na reflexão e espiritualidade, ajuda na convivência da família, escola e
trabalho.
Acreditar num ser maior e poderoso ou em forças “extramundo” pode
fixar um diferencial numa situação difícil de resolver.
Muitas vezes recorremos às religiões para tomarmos decisões
importantes em nossas vidas.
5.1.6-Mundo Comunitário
Na literatura do desenvolvimento comunitário o conceito de comunidade
é ambíguo, muito pela quantidade de definições utilizadas para a definir. É
frequente ouvirmos ou lermos o termo aplicado para designar pequenos
agregados rurais (aldeias, freguesias) ou urbanos (quarteirões, bairros), mas
também a grupos profissionais (comunidade médica, comunidade cientifica), a
organizações (comunidade escolar), ou a sistemas mais complexos como
países (comunidade nacional), ou mesmo o mundo visto como um todo
(comunidade internacional ou mundial).
Nas ciências sociais estão identificados alguns tipos de comunidades.
Existe uma distinção entre duas formas de usar o termo comunidade. A
primeira, prende-se com a noção territorial ou geográfica. Neste sentido,
comunidade pode ser entendida como uma cidade, uma região, um pais, um
40
bairro, o prédio, ou a vizinhança. O Sentimento de Comunidade implica um
sentimento de pertença com uma área particular, ou com uma estrutura social
dentro dessa área. A segunda, tem um carácter relacional, que diz respeito à
rede social e à qualidade das relações humanas dentro da localização de
referência .
Para que exista uma comunidade é necessário que os seus membros
possuam um sentimento de consciência partilhada de uma forma de vida, com
referências comuns, um grupo de pessoas com os quais interage e que através
destas relações, proporciona uma sensação de estimulação e de acolhimento.
O sentimento de pertença ao tecido social, com fortes laços, supõe por um lado
a obtenção de apoio social e por outro a disposição de recursos com os quais
pode minimizar os efeitos de situações de stress ao longo das suas vidas.
A abordagem ideal a uma comunidade será o de realçar e incentivar as
capacidades e qualidades dos indivíduos em vez de sobre-enfatizar os défices
dos indivíduos ou da própria comunidade. Caso esta atitude não seja tomada,
os sistemas sociais que se criam retiram a possibilidade dos sistemas naturais,
como a vizinhança, as associações locais e os recursos já existentes na
comunidade desempenharem um papel relevante na resolução dos problemas
existentes.
O mundo comunitário consiste no envolvimento da sociedade como um
todo: escola, família, trabalho e lazer.
5.1.7 -O Mundo Político, Econômico e Globalizado.
Podemos comparar o mundo político globalizado com uma pequena
comunidade qualquer.
O contexto seria praticamente o mesmo: diferenças exorbitantes de
renda per capita, má distribuição da renda, pluralidade religiosa e étnica,
diferentes tipos de graus de instrução, competição, desemprego, luta das
pessoas para sobreviver.
O fator que diferencia o mundo de uma pequena comunidade é apenas a
“amplitude”.
É a interligação do mundo. No século XX, surgiram novas tecnologias,
como a internet que permite a troca rápida de informações entre pessoas de
todas as partes do planeta. O que acontece na globalização é a invasão de
41
mercadorias, serviços, tecnologias, pessoas, etc., de várias partes do mundo
em diversos lugares e vice e versa.
A expressão "globalização" tem sido utilizada mais recentemente num
sentido marcadamente ideológico, no qual assiste-se no mundo inteiro a um
processo de integração econômica sob a égide do neoliberalismo, caraterizado
pelo predomínio dos interesses financeiros, pela desregulamentação dos
mercados, pelas privatizações das empresas estatais, e pelo abandono do
estado de bem-estar social. Esta é uma das razões dos críticos acusarem-na, a
globalização, de ser responsável pela intensificação da exclusão social (com o
aumento do número de pobres e de desempregados) e de provocar crises
econômicas sucessivas, arruinando milhares de poupadores e de pequenos
empreendimentos.
Não é possível entender a sociedade humana sem as dimensões da
política. Pois, todas as ações dos indivíduos são orientadas por ela, consciente
ou inconsciente. O pensar a política está ligada a condição antropológica do
homem. Eles racionalmente dão configuração as idéias que vão servir de
referencial p-ara o processo histórico. E os que não se inserem ou se ocupam
de fazer isto, serão comandados por quem pensa e faz valer suas concepções e
princípios, através das relações de poder.
Viver politicamente é reconhecer-se como sujeito histórico, ter
consciência que a história é feita por homens e mulheres no processo de viver
em sociedade. São formas de perceber e sentir o mundo, formas de relações
com o tempo, proporcionar associação de ideias e recria-las de acordo com a
pertinência da época, para dar conta das demandas prementes. Ver o mundo
pelo viés político é fundamentar ideias que indicam procedimentos, solidificar
entendimentos complexos e melhorar a compreensão das pessoas sobre seu
lugar no contexto da globalização.
Neste sentido, o homem consciente de sua característica política
estabelece vínculos entre suas ideias e as que fazem parte da visão dominante
no seu tempo. Tem entendimento que há grupos que procuram manter as
estruturas e os processos sociais, culturais e econômicos e outros que desejam
e lutam para transformá-los.
42
5.2- O Homem
“O que é o Homem?”
A dificuldade ou mesmo a impossibilidade de se elaborarem respostas
definidas sobre a natureza humana, longe de ser um dado negativo, é o que
impulsiona os educadores a elucidarem as diversas questões acerca da
essência do homem.
Podemos conceituar o homem como um ser material. Significa dizer que
possui um corpo, ou seja, é matéria viva complemente organizada e, como tal,
sujeito às mesmas leis que governam outras matérias. Possui mobilidade e
possibilidade de se aperfeiçoar até certo ponto. É dotado de instintos e
impulsos relativos a sua vida não consciente. Como ser material e corpóreo é
determinado pelo meio físico e cultural em que vive.
Como todo o ser vivo, o homem age sobre a natureza com a finalidade de
sobreviver como espécie. No entanto, enquanto nos outros animais a atuação
sobre a natureza é resultado de um código genético, cronologicamente
determinado para cada espécie, no homem ela ocorre de forma intencional e
planejada, ou seja, o homem tem consciência de que está transformando a
natureza para adaptá-la as suas necessidades. Nesse sentido ele difere dos
demais seres vivos porque possui vida própria, consciente, auto determinada e
auto determinante.
Outra forma de ver o homem é com um ser racional. A posse e o uso da
razão caracterizam o homem distinguindo-se dos outros animais. É capaz de
refletir, emitir Juízos, dominar e modificar a natureza por meio de suas
conquistas tecnocientíficas bem como elaborar conceitos e ideias. É dotado de
um poder de conhecimento ilimitado: compreende a si mesmo e as coisas que
o cercam o que lhe permita alterar consciente e intencionalmente as
circunstâncias do meio em que vive.
Este homem racional se indaga acerca dos valores morais, sociais,
políticos, culturais que cultiva. Como ser racional busca seus fins a partir de
seus valores: torna-se efetivamente humano, isto é, torna-se pessoa.
O pensamento e a inteligência permitem ao homem resgatar o passado
para melhor compreender o presente e planejar o futuro de forma mais
adequada e promissora. Como ser inventivo e criativo que é, essa apropriação
43
do passado não se faz de maneira predeterminada e repetitiva. Os
conhecimentos são constantemente renovados, o que permite e garante o
avanço e o progresso de cada geração em relação a seus antepassados.
O homem deve também ser visto como um ser psíquico. O ser humano,
dotado de uma personalidade exclusiva, necessita de afeto, compreensão,
aceitação, auto-estima e auto-respeito. Ao mesmo tempo, nutre diferentes
sentimentos pelos demais indivíduos e pelas coisas que fazem parte do seu
estar no mundo. O sentimento é um dos elementos integrantes da estrutura
humana e faz o homem ter aspirações, desejos e necessidades.
Este homem destaca-se como um ser social e político. O indivíduo não
existe como ser humano fora do convívio social. A coexistência e a cooperação
entre os indivíduos e grupos são necessárias para a constituição e
desenvolvimento das diferentes instituições sociais e políticas que, por sua vez,
garantem o bem-estar individual e coletivo.
A sociabilidade é inerente ao ser humano e garante a perpetuação de sua
história. A convivência social permite-lhe compartilhar experiências e vivências
passadas e presentes, bem como projetar realizações futuras mediadas pelo
uso contínuo que faz da linguagem.
A linguagem é um fenômeno eminentemente social, resultado da
convivência humana, que possibilita a comunicação escrita e oral entre os
homens. Por meio da linguagem é possível a transmissão da cultura, a
conservação do passado, o registro do presente e a construção do futuro. A
comunicação pessoal e social é intermediada pelo uso que os homens fazem
da linguagem nas suas mais variadas formas.
O homem intervém no curso da história, ele é um ser da praxis. Renova e
inova sua existência pessoal e coletiva, transformando o mundo e
transformando-se a si mesmo por meio de suas ações, que se fundamentam na
racionalidade, na liberdade e na intencionalidade da consciência, que lhe é
própria.
Este homem destaca-se como um ser ético e estético. Como ser moral, o
homem é atraído pelo bem, pela justiça, pela verdade, pela honestidade e é
compelido a repelir o mal, a injustiça, a falsidade e a desonestidade. Como ser
estético é permanentemente atraído pelo belo. O homem é o único ser vivo
capaz de experiências emoções estéticas e compreender o belo. Em virtude
44
dessas características peculiarmente humanas, ele se enfeita, cria a moda e
faz objetos sem qualquer finalidade utilitária, mas somente para se deleitar e
se contentar.
Por tudo isso, podemos dizer que o homem é um ser finito, perfectível e
inacabado. Ele é o único ser que tem consciência de sua finalidade. Sabe que
sua vida tem começo, meio e fim: “é um ser para mente”. Desta maneira, ele
não se satisfaz com o que é ou com aquilo que possui. Está continuamente
buscando algo mais. Aspira ao infinito e deseja alcançá-lo. Ao mesmo tempo
está consciente de seus limites: é um ser finito que procura a perfeição e o
absoluto.
5.3 - Conhecimento
O nome conhecimento é dado a relação estabelecida entre a consciência
(sujeito cognoscente) e um objeto. Nesse sentido, todo conhecimento
pressupõe dois elementos em relação:
- Ao sujeito que quer conhecer;
- Ao objeto a ser conhecido.
Assim, o conhecimento é o ato, o processo pelo qual o sujeito se coloca
no mundo e estabelece uma ligação com ele. O mundo torna possível o
conhecimento na medida em que se oferece a um sujeito apto a conhecê-la.
Esse mesmo sujeito pode tornar-se objeto de seu próprio conhecimento.
Também é dado o nome de conhecimento ao saber acumulado pela
humanidade através dos tempos. Nessa perspectiva o conhecimento é tratado
como produto, que tanto pode ser utilizado como transmitido.
O conhecimento pode ser concreto ou abstrato. O conhecimento que
temos de um amigo, por exemplo, é concreto. O conhecimento que temos de
um ser humano, num enfoque mais universal, é abstrato. Dessa forma, o
conceito de ser humano é muito mais extenso do que o do amigo.
O conhecimento abstrato nos ajuda a organizar e compreender mais
amplamente, mas nos afasta da realidade concreta. Desse modo, podemos
chamar de verdadeiro o conhecimento que se dá no processo dialético entre o
abstrato e o concreto. Esse é um processo infinito, que desvenda o mundo
humano na sua riqueza e diversidade.
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O conhecimento implica transformação, tanto do sujeito quanto do
objetivo. Isso porque o sujeito se transforma quando sabe; e o sujeito se
transforma porque o conhecimento lhe confere sentido.
Tradicionalmente, diz-se que várias são as formas de conhecer: o mito, o
senso comum, a ciência, a filosofia, a religião e a arte. Diz-se também que
essas formas diferem de acordo com a postura do sujeito frente ao objeto. Essa
postura distinta gera diferentes enfoques e metodologias. Por exemplo: a
ciência procura estruturar saber por meio do método científico, que tem por
eixo básico a experimentação e a formulação de hipóteses. A filosofia procura
conhecer através da reflexão rigorosa, sistemática e radical, numa abordagem
globalizante. A religião, através da fé, busca dar sentido transcendente ao
mundo e a vida humana. A arte, principalmente por meio da instituição e da
sensibilidade, propõe sua leitura de mundo, sua forma de conhecê-lo e
interpretar esse conhecimento. O senso comum é resultante das várias formas
de conhecimento amalgamadas na herança do grupo cultural ao qual
pertencemos e das experiências de cada um de nós.
Desta forma, a escola deve ser um espaço de produção, resistência e
transgressão de conhecimentos, possibilitando a formação de indivíduos não
conformados, construidores de um mundo de lutas, buscas, relações, diálogos,
práticas, confrontos e desafios.
Nesse processo de conhecer a escola deverá possibilitar a formação da
autonomia, da criatividade e da criticidade, respeitando as diversidades
existentes entre os seres, valorizando o cotidiano e construindo coletivamente
novos conhecimentos, conscientizando-os das contradições da sociedade.
5.4- Educação/Escola
A educação para o entendimento político nas relações pressupõe criar
condições para que o educando consiga buscar o sentido da existência humana
e da essência delas como resultado de intencionalidade sócio-culturais. Nossa
postura política se manifesta sempre que refletimos, discutimos formas de
sociabilidades, serviços públicos que não cumprem a efetiva função social,
argumentamos a respeito das relações dos homens com a natureza e
atribuímos e defendemos valores éticos para afirmar nosso propósito de
sociedade.
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O educador é fundamental neste processo de politização da educação,
como mediador entre os sujeitos do conhecimento e as formas de
interpretação e desvelamento das dimensões, às vezes, ocultas do contexto
social, cultural ou econômico.
A educação que tem como finalidade a emancipação do sujeito precisa
ter como objetivo o empoderamento político do sujeito do processo educativo.
A humanização constante permite a cada nova geração o conhecimento,
adaptação e a absorção do que a humanidade construir, possibilitando também
a transformação e a reconstrução dessa geração e, consequentemente, dessa
sociedade.
A educação deve possibilitar ao homem o conhecimento e os
instrumentos necessários para interpretar e decifrar a realidade, realizar
escolhas e agir sobre o seu destino. Na ação educativa, o que deve estar
implícito é o aperfeiçoamento do próprio homem, questão esta já formulada
por Kant “as relações de educação no seu sentido mais amplo, têm que ter em
mente o estado futuro da humanidade. O homem deve fazer a si mesmo
melhor do que já é”.
A ação educativa consiste em oferecer ao homem condição de
discernimento e superação dos problemas, a fim de estabelecer escolhas a
partir dos próprios interesses, valores e ideais.
A escola se configura como um espaço definido para o desenvolvimento
do ensino, ou seja, como um espaço organizado, planejado e instituído para
promover a apreensão do conhecimento sistematizado e universalizado. Mas,
ainda é importante considerar que a escola possibilita também, em função de
uma condição histórico-cultural, o desenvolvimento implícito e/ou explícito da
ação educativa numa abordagem mais ampla. Como esclarece Antônio
Cândido (1985, p.11): “existe um sistema de relações, de papéis, de valores,
determinado no ensino manifestando-se principalmente na escola, concebida
não apenas como agência de instrução, mas como um grupo social complexo,
num dado contexto social.”
A escola, compreendida como uma unidade social responsável pela
educação, definem atitudes, comportamentos, posições, papéis. Possui uma
dinâmica própria e sem desconsiderar as relações estabelecidas pela
47
sociedade, de onde recebe valores, normas e obrigações, não pode ser
entendida apenas como reflexo desta sociedade, devendo ter consciência da
sua responsabilidade singular de reflexão e criação. Assim, a escola se revela
também como um espaço onde os protagonistas da ação educativa, inspirados
por princípios fundamentais para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento
humano, podem sobrepujar as mazelas e contradições presentes nesta mesma
sociedade.
Ao desencanto da constatação de que na ação educativa ainda se
perpetuam princípios e práticas de submissão e controle é vital que se
contraponha o desejo por uma escola livre, criativa, autônoma, crítica,
sustentado na consciência de que para sua realização é preciso que se proceda
a redescoberta dos verdadeiros significados da Política, da Ética e da Estética.
Por outro lado, a escola tem potencializado o surgimento de um novo
papel, principalmente entre aqueles que vislumbram na sua existência um
campo de possibilidades para realização de um projeto de vida. A escola
adquire, então, a dimensão do encontro, é vista também como um espaço
social que permite o aprendizado da convivência em grupo, oportuniza a
relação com a diversidade e possibilita a experiência do “conflito”. Essa
dimensão ocorre, na maioria das vezes á revelia da própria escola.
Na trilha desta dinâmica socializadora da escola, tem surgido com uma
certa frequência à preocupação por parte dos educadores, de se investir no
potencial de criatividade, curiosidade e inquietação, presentes nos alunos.
Nestes casos, o espaço interessante, que oportuniza uma relação mais
prazerosa com o conhecimento. A escola, dessa forma, passa a provocar
significações que podem despertar no jovem o verdadeiro sentido de aprender.
5.5 – Avaliação
Na ação escolar, a avaliação incide sobre ações ou sobre objetos
específicos - no caso, o aproveitamento do aluno ou nosso plano de ação.
Avaliação, portanto, não pode ser confundida, como por vezes se faz, com o
momento exclusivo de atribuição de notas ou com momentos em que estamos
analisando e julgando o mérito do trabalho que os alunos desenvolveram. Vale
48
dizer que a avaliação recai sobre inúmeros objetos, não só sobre o rendimento
escolar.
A avaliação é responsável pelo acompanhamento do rendimento do
estudante, mediante instrumentos previstos no regimento escolar e
observadas as diretrizes da lei. Esse é um aspecto que constitui um
permanente desafio para os educadores. De acordo com a legislação vigente,
podem ser consideradas a avaliação contínua e a cumulativa, em que
prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem como os
resultados ao longo do ano sobre os de provas ou exames finais, quando
adotados.
A avaliação constitui um elemento central na organização da prática
pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do
conhecimento. De fato, pode-se por meio dos procedimentos e mecanismos de
avaliação, constatar, compreender e intervir nos processos de construção do
conhecimento. Processual, reflexiva e cumulativa, a avaliação concorre, entre
outros aspectos, para a definição do tempo e das formas de promoção do
estudante.
A avaliação faz parte do processo de ensino, aprendizagem não para
excluir o aluno, mas para verificar em que medidas o conhecimento
apreendido permite organizar, interpretar, compreender a realidade que o
cerca, e também para verificar em que medida as escolhas que o professor faz
estão adequadas a este processo. Compreender isto significa ir além da
avaliação formal, que se presta muito mais a satisfazer as necessidades
burocráticas da instituição escolar. É importante verificar como podemos
avançar e melhorar nos nossos instrumentos, mas não é esse o nó principal do
processo educacional. Isso precisa vir no conjunto das transformações das
ações que se dão em sala de aula e na Escola. Se não invertermos a pedagogia
da avaliação pela pedagogia do ensino-aprendizado, não vamos alterar o
processo educacional.
Na concepção de J. Gimeno Sacristán, avaliar é perceber através de
qualquer processo algumas características do aluno, analisando suas condições
de aprendizado e julgando o que seja relevante para a educação. Entendemos
que avaliar não é somente dar atenção e analisar as condições de aprendizado
do aluno, suas características e outros pontos, mas também é preciso avaliar
49
as práticas pedagógicas do professor e seu diálogo com o aluno. Desta forma,
a avaliação não deve ser feita apenas através de prova escrita ou trabalho,
mas, realizada no decorrer de debates em sala de aula, avaliando o
amadurecimento intelectual dos alunos e suas respostas aos estímulos dados
pelo professor.
Uma das primeiras formas do sistema avaliativo apareceu na China do
século II a.C., quando foi realizada uma prova oral para selecionar funcionários.
Mas a avaliação não era algo corrente. Mais tarde, nas universidades
medievais a avaliação cristalizou-se em forma da disputatio, exposição de um
aluno com seus professores. Através da pedagogia jesuítica e sua
competitividade, a avaliação foi posta como meio de medir o aprendizado de
forma escrita. Com a universalização deste sistema educativo a avaliação,
como prática de estímulo e controle, desenvolveu-se e perdeu a relação
individual entre professor e aluno e passou a ser coletiva. Para Sacristán, a
prática da avaliação evidencia a servidão e o controle de conduta.
A partir da reflexão de algumas trajetórias e concepções do processo de
avaliação o autor afirma ter ocorrido um afastamento da perspectiva da
avaliação enquanto sinônimo de mediação de estados do aluno para dar
ênfase ao diagnóstico da aprendizagem, à explicação das causas e ao
julgamento de valor do processo de aprendizagem.
As influências positivistas e as preocupações científicas fizeram a
didática passar a preocupar-se em registrar, no formato de testes, os
processos avaliativos. Nas décadas de 1960 e 1970, a teoria condutista de
Tyler passou a considerar como efeitos educativos somente os que causavam
mudanças de conduta observáveis por meio de técnicas objetivas de avaliação.
Esta proposta foi fortalecida pela contribuição da psicologia cognitiva que
postulava “...a necessidade de dispor de planos de sequências de instrução
muito estruturadas que explicitassem a concatenação de passos de
aprendizagem que é preciso seguir para o domínio de uma determinada
unidade de conteúdo, de modo que se possa ir comprovando o progresso e as
falhas concretas na cadeia.” (SACRISTÀN, 1998, p. 301). A pretensão de se
fazer uma pedagogia mais científica “tecnificou” os procedimentos de
avaliação.
50
Foi a partir da incorporação do enfoque ambientalista em psicologia e na
educação, no entanto, que a necessidade de se considerar as circunstâncias
sociais e psicológicas do aluno no processo de aprendizagem foi vista. A partir
desta ampla perspectiva, Sacristán argumenta que a avaliação serve para se
ter consciência sobre o curso dos processos e dos resultados educativos,
levando em conta questões técnicas, éticas. É necessário, dessa forma,
dialogar sobre os métodos com os alunos, pais e a sociedade, bem como
expressar os resultados para os alunos.
Sacristán define alguns passos fundamentais do processo de avaliação.
Primeiro, analisar o mundo em que os alunos vivem; depois, selecionar uma
condição social mais geral, sem ignorar as outras; terceiro, elaborar um
julgamento padronizado a partir destas observações, recolhendo informações
pertinentes e apreciando o valor a ser dado para a realidade analisada; por
último, expressar o valor atribuído a esta avaliação.
Três pontos nos parecem centrais à avaliação:
● A avaliação deve contar com a formação adequada, para que as
categorias postas nela sejam significativas e cheias de conteúdo.
Este item é interessante por que, na prática pedagógica, o professor
deve estar atento para os diferentes níveis de aprendizado dos alunos e
preparar a avaliação de acordo com o geral, ou seja, sendo acessível a
todos e não somente para poucos.
● A seleção de aspectos da personalidade e rendimentos do aluno na área
tratada deve ser relevante.
Observar as aptidões dos alunos é fundamental para o processo de
avaliação. Muitas vezes, uma prova escrita não dá conta de medir o
aprendizado de determinado aluno, enquanto uma exposição oral daria conta
devido à aptidão do aluno. Por isso, o professor deve estar atento ao grupo e
às especificidades de cada indivíduo.
● Por fim, a informação coletada deve ser útil para orientar os métodos
educativos, a dinâmica da aprendizagem etc.
No processo avaliativo não devem ser eleitos conteúdos que não tenham
nada de relevante ou útil para o amadurecimento e vida prática do aluno, ou
seja, dar sentido e significado à matéria é algo fundamental para o bom
desempenho das funções do professor enquanto educador.
51
De acordo com o pensamento de Michel Foucault, quando o aluno
aprende a ver-se, expressar-se, confessar-se, julgar-se e dominar-se, ele
cresce enquanto indivíduo. Sendo assim, a auto-avaliação nos parece algo
positivo, mesmo quando os alunos não são honestos, por que os leva a
conhecerem-se e a julgarem o que estão fazendo. Além disso, o processo de
auto-avaliação deve ser continuamente realizado pelo próprio professor, pois
avaliar sua prática pedagógica é algo fundamental para a análise e
reformulação de muitas questões centrais para sua atuação enquanto
educador.
As funções da avaliação, para Sacristán, estão divididas em alguns itens,
enumerados a seguir:
• Definição dos significados pedagógicos e sociais: a avaliação é a base
para manifestar as desigualdades que são construídas entre os
sujeitos. É a própria instituição que dota de significado a realidade
educativa e seus procedimentos.
• Funções sociais: as funções sociais que a avaliação cumpre são as
bases de sua existência como prática escolar, fornecem títulos,
selecionam para o ingresso em cursos de graduação, selecionam e
hierarquizam os níveis escolares, democratizam o acesso à
escolaridade. “Esta mentalidade se projeta no uso da avaliação como
recurso para obter-se o controle sobre o aluno/a nas instituições
educativas. A função seletiva e de graduação passa a ser um
instrumento de poder da instituição sobre os indivíduos que regula as
relações interpessoais”. (SACRISTÀN, 1998, p. 326).
• Funções pedagógicas: a legitimação da avaliação e de sua realização.
Ela atua como criadora do ambiente escolar determinando a relação
entre alunos e professores; a avaliação é vista como um diagnóstico
do processo de aprendizagem dos alunos, seu conhecimento,
conscientização, estado final como aluno e suas qualidades de aluno.
Sua finalidade é formativa e vista como aquela que se realiza com o
propósito de melhorar algo.
• Recurso para a individualização: a avaliação oferece o meio pelo qual
o professor vai diagnosticar o ritmo de aprendizado de determinado
aluno e como deve ser seu tratamento.
52
• Garantia de aprendizagem: oferece a forma do professor analisar a
prática pedagógica desenvolvida até aquele momento e modificá-la,
se necessário.
• Função orientadora: muito semelhante a anterior, detecta as
qualidades do aluno e direciona o professor de como deve ser o
trabalho escolar.
• Base de prognósticos: serve com um guia para uma análise individual
dos alunos, que conduta deve ser desenvolvida e o que esperamos
dela.
• Ponderação do currículo e socialização profissional: é a avaliação dos
conteúdos e aprendizagens selecionadas, uma forma de filtro que
define os possíveis significados que os conteúdos possam ter para os
alunos.
• Funções de organização escolar: a avaliação organiza os níveis
escolares, com currículos organizados, possibilita a previsão de
espaços escolares para níveis secundários e superiores.
• Projeção psicológica: é a avaliação das formas de repercussão
psicológica que o processo avaliativo tem sobre o aluno,
determinando o que ele irá gostar mais ou menos, diante das suas
dificuldades ou facilidades.
• Apoio da investigação: avaliar qualitativamente o ensino, as escolhas
das técnicas, os procedimentos, as condições de trabalho, e outros.
A avaliação deve ser mais humanizada, globalizada, para abranger toda
a personalidade do aluno, mas, certos cuidados devem ser tomados diante do
contexto em que será praticada, uma vez que a avaliação compreensiva e
globalizadora exige uma mudança ideológica nas posturas seletivas do
processo educativo.
5.6 - Ensino
Para podermos conceituar o que vem a ser ENSINO precisamos relacioná-
lo com o termo educação. A educação está intimamente ligada a valores e o
ensino, a conteúdos.
53
Embora se saiba que, nas relações de ensino, não se deve perder de
vista a educação e, por outro lado, ao se educar, se utilize, muitas vezes, os
conteúdos de ensino como meios, uma confusão conceitual dessa natureza
pode implicar, no âmbito escolar, uma confusão metodológica, motivo pelo
qual devemos insistir na importância dessa discussão.
Assim, se priorizarmos essencialmente o ENSINO, iremos predeterminar
uma programação para as diferentes áreas do conhecimento, buscar livros
didáticos que tragam esses conteúdos, procurar ensina-los ao longo do ano
letivo e criar momentos de avaliação, nos quais serão verificadas as
aprendizagens do aluno.
Por outro lado, se acreditarmos que o objetivo básico da escola é a
educação, toda nossa metodologia estará atenta aos valores e ao
desenvolvimento do aluno, caso em que o conteúdo programático passaria à
categoria de meio, subordinado a um fim maior.
5.7 - Aprendizagem
Ao se tratar da aprendizagem na escola verifica-se que, numa concepção
de educação em que a transmissão de conhecimentos é o único objetivo e a
manutenção da realidade é a finalidade, nessa ótica, o professor é
simplesmente aquele que detém o conhecimento e, portanto, o transmite para
os estudantes. A capacidade de ver o outro, de captar a aprendizagem já
existente no estudante, tende a não ser considerada pelo professor. De outro
lado, numa educação emancipadora, que busca a transformação da realidade,
o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva e, assim, o
professor é mais do que o mero “ensinante” e o processo de ensino-
aprendizagem adquire movimento de troca e de crescimento mútuo. Nessa
percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo de ensino-
aprendizagem é uma seta de mão dupla; de um lado, o professor ensina e
aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético,
isto é permeado de contradições e mediações.
O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, como um movimento
próprio de idas e vindas, de construções sobre construções. São inúmeras as
variáveis que interferem nesse processo, tais como as condições materiais e as
54
relações simbólicas. É toda essa complexidade que deve ser compreendida e
trabalhada por aqueles que constroem o cotidiano escolar.
5.8- Igualdade
A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu título II, art. 2
estabelece que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Sob este prisma são
estabelecidos alguns princípios que norteiam o ensino. Dentre esses princípios
destaca-se, inicialmente, o da igualdade, que deve primar pelo acesso e a
permanência do aluno na escola.
Historicamente são conhecidos diversos fatores que dificultavam o
acesso do indivíduo à educação como: falta de escolas; professores;
dificuldades de locomoção; situação sócio-econômica das famílias que
retiravam os filhos da escola para com seu trabalho contribuir para o sustento
da casa; ignorância a respeito da importância da educação, etc.
Atualmente, frente ao avanço tecnológico e cultural, a função da escola
torna-se imprescindível para a formação do indivíduo a fim de que ele se torne
sujeito de sua história inserindo-se no seu tempo e espaço históricos.
Nesse panorama o acesso ao ensino deve ser facilitado para todos os
sujeitos, cabendo à escola conhecer as necessidades educativas da
comunidade em que está inserida. Para tanto algumas atitudes são indicadas
para facilitar o acesso do maior número possível de pessoas destacando-se:
• Campanhas junto à comunidade visando a matrícula de todos que
estejam fora da escola;
• Atendimento aos jovens e adultos analfabetos ou que não têm o
ensino fundamental completo;
• Encaminhamento para outros estabelecimentos de ensino a
demanda que a escola não consegue atender;
• Oferecimento de outras oportunidades educativas para a
comunidade;
55
• Possuir e utilizar o livro de demanda escolar.
Contudo não é suficiente garantir o acesso à escola. Torna-se necessário
à permanência dos indivíduos na mesma. Fazer com que adolescentes e jovens
permaneçam na escola e consigam concluir os níveis de ensino em idade
adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos
atendidos é um dos principais desafios atuais enfrentados.
Para a escola obter êxito em manter os alunos e oferecer boas
oportunidades de aprendizagem para todos precisa, necessariamente,
conhecer alguns dados importantes como:
• O número total e a causa das faltas dos alunos e a busca de solução
para esse problema;
• Saber se todas as crianças em idade escolar da comunidade
frequentam a escola regularmente;
• Conhecer o número e compreender as causas do abandono e evasão
escolar;
• Adotar medidas para trazer de volta alunos que se evadiram;
• Oferecer atenção especial aos alunos com defasagem de
aprendizagem.
Neste último item torna-se necessária à ação direta dos professores que
devem dar atenção individual aos alunos com dificuldades em aprender. A
escola deve oferecer oportunidades especiais aos alunos que têm dificuldades
como: lições extras, grupos de apoio, aulas extras, entre outros. Também é
importante que a comunidade escolar conheça a quantidade de alunos que são
reprovados a cada ano e quais são as disciplinas que mais reprovam para
nortear a tomada segura e eficiente de decisões que revertam esse quadro e
garantam a permanência do aluno na escola.
Ainda inserida no princípio da igualdade é notório destacar a questão da
inclusão escolar que assegura a oferta de atendimento educacional
especializado aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais
decorrentes de:
a) Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
b) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos e
psiquiátricos e
56
c) Superdotação/altas habilidades.
Convém destacar que “especiais” devem ser considerados os
procedimentos que a prática pedagógica precisa assumir para garantir a
aprendizagem e participação de todos os alunos. Desta forma não só os alunos
que apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de
deficiências, mas, também, de condições socioculturais diversas e econômicas
desfavoráveis terão direito a receber apoios diferenciados daqueles
normalmente oferecidos no contexto da escola regular.
Isso implica na necessidade de provisão de recursos humanos, materiais
e técnicos nas escolas. É preciso criar mecanismos que permitam a integração
educacional, social e emocional do aluno com seus colegas e professores e
com os objetos de conhecimento e da cultura. O processo de inclusão
educacional deve ser efetivo garantindo os apoios e serviços especializados
para que cada aluno aprenda respeitando-se suas singularidades.
Outro aspecto relevante no tocante à igualdade no ambiente escolar é o
respeito à diversidade cultural, econômica e política dos sujeitos pessoais e
sociais participantes do processo educacional.
Esse é outro desafio a ser enfrentado pela comunidade escolar: aprender
a construir uma forma de lidar com as diferenças que marcam os sujeitos que
estão envolvidos no processo educativo, garantindo não somente o respeito a
esses diferenças, mas abrindo espaço para que cada um possa demonstrar e
ser atendido nas suas necessidades e potencialidades.
Neste âmbito são enquadradas as diferentes etnias, origens, preferências
culturais e grupos sociais.
O respeito à diversidade de opiniões , posturas, aspirações e outras
demandas dos sujeitos deve ser o eixo central das relações na escola.
Respeitar a pluralidade é garantia de um ambiente escolar efetivamente
democrático.
5.9-Qualidade
Uma das premissas básicas da educação é a qualidade do ensino. Alguns
entendem a qualidade na educação apenas como um repasse eficiente de
conteúdos. No entanto, o conceito de qualidade não é estático. É dinâmico e
57
deve buscar adequação ao ambiente escolar. Essa adequação não reside
apenas na figura do professor. Precisa transpor os limites da sala de aula e
alcançar toda comunidade escolar.
O senso comum conceitua a qualidade da escola com base no
aprendizado dos alunos sobre as coisas essenciais para sua vida, como ler e
escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os colegas, respeitar
regras, trabalhar em grupo. Mas, como já mencionado, quem pode definir bem
e dar vida às orientações gerais sobre a qualidade na escola, de acordo com os
contextos socioculturais locais é a própria comunidade escolar. Como
qualidade é um conceito para ser reconstruído constantemente, cada escola
tem autonomia para refletir , propor e agir na sua busca.
No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a
solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos
e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência,
desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos.
Para orientar a comunidade escolar a avaliar e melhorar a qualidade da
educação são apresentados alguns indicadores que revelam aspectos da
realidade e podem qualificar algo.
Entre esses indicadores qualitativos destacam-se a amizade e a
solidariedade entre todos, a alegria, o respeito, o combate à discriminação e a
disciplina.
Um ambiente escolar de qualidade deve propiciar ao indivíduo com
problemas pessoais (alunos ou funcionários) a ajuda necessária na escola. Os
funcionários e alunos precisam gostar de trabalhar e frequentar suas
dependências. Os pais devem Ter envolvimento no cotidiano escolar auxiliando
a direção a transformar o ambiente escolar em um local tranquilo e motivador.
O respeito mútuo na escola e o combate a qualquer forma de
discriminação bem como a disciplina com regras de convivência bem definidas
também são indicadores de qualidade na educação.
Todos esses fatores aliados a uma prática pedagógica responsável e
consciente agregam qualidade à educação. Desenvolver no aluno a concepção
de mundo, sociedade, educação e do seu papel como cidadão contribui para o
desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes com que o
indivíduo vai se relacionar com o ambiente em que vive e consigo mesmo.
58
Desse modo a educação qualitativa é aquela que contribui com a formação dos
estudantes nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos e políticos, para
o desempenho de seu papel de cidadão no mundo.
Diante disso são identificados alguns atributos de uma escola de
qualidade:
● Ser pluralista, admitindo correntes de pensamento divergentes com
respeito à diversidade, ao diferente;
● Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo
educativo;
● Ter consciência de seu papel político como instrumento para a
emancipação, combate às desigualdades social e a desalienação dos
trabalhadores.
Uma escola de qualidade precisa desenvolver o indivíduo em todas as
suas dimensões: na econômica (inserção no mundo do trabalho e da produção
de bens e serviços); na cultural (apropriação, desenvolvimento e
sistematização da cultural popular e cultura universal); na política
(emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e partícipe ativo
na construção do destino do grupo social ao qual pertence).
5.10-Viva a Escola
O programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas
realizadas na escola como complementação curricular vinculadas ao PPP, a fim
de atender às especificidades da formação do aluno e sua realidade.
Este programa tem como objetivo oportunizar diferentes atividades
pedagógicas envolvendo os alunos da escola no contra turno; promover o
envolvimento e a integração na comunidade escolar; viabilizar soluções para
as necessidades educacionais a partir da valorização de habilidades, buscando
a complementação curricular.
O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento:
*Expressivo-Corporal
*Científico-Cultural
*Apoio à Aprendizagem
*Integração Comunidade e Escola
59
5.11-Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada
A gestão da educação, hoje, ultrapassou formas estritamente racionais e
mecânicas que a caracterizaram durante muitos anos, sem contudo prescindir
de alguns destes mecanismos, enquanto instrumentos necessários ao seu bom
desenvolvimento e ao “bom funcionamento da escola”, mas, apenas enquanto
instrumentais, a serviço dos propósitos decididos coletivamente e expressos no
projeto político pedagógico da escola que cumpre, desta forma, sua função
social e seu papel político-institucional.
Gestão democrática, participação dos profissionais e da comunidade
escolar, elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, autonomia
pedagógica e administrativa são, portanto, os elementos fundamentais na
construção da gestão da escola.
Os artigos 12, 13 e 14 da Lei 9.394/96 de “ estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional” apontam, de maneira enfática , a importância da
gestão democrática para a educação, tornando parceiros, nesta empreitada,
estabelecimentos de ensino (art. 12), docentes (art, 13) e sistemas de ensino
(art. 14). É, portanto, uma determinação política da Carta Magna da Educação
que foi resultado de uma longa construção política dos segmentos da
sociedade civil que reivindicaram e lutaram por tornar a nova LDB uma Lei
comprometida com a democracia e com a cidadania.
A gestão democrática vem garantir a política educacional e a qualidade
de ensino. Nesse sentido, esta gestão é, ao mesmo tempo, transparência e
impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo,
representatividade e competência, podendo ser vista/compreendida como uma
gestão de autoridade compartilhada.
A Constituição Federal de 1988 expressa a escolha por um regime
normativo e político, plural e descentralizado onde se cruzam novos
mecanismos de participação social com um modelo institucional corporativo
que amplia o número de sujeitos políticos capazes de tomar decisões.
Cooperação que exige entendimento mútuo e participação que supõe a
abertura de novas discussões, de deliberações e de novas decisões. E, assim, o
60
campo educacional propugnou a inclusão do princípio da gestão democrática
na constituição.
É esta gestão compartilhada que será responsável por garantir a
qualidade da educação, entendida como “processo de mediação no seio da
prática social global”, por se constituir no único mecanismo de hominização do
ser humano e a formação humana do cidadão. Seus princípios são princípios da
educação que a gestão assegura serem cumpridos: uma educação
comprometida com os conteúdos que habilitem ao mundo do trabalho,
comprometida com a sabedoria de viver juntos respeitando as diferenças,
comprometida com a construção de um mundo mais justo e humano para
todos os que nele habitam, independentemente de raça, cor, credo ou opção
de vida.
A organização da escola, indispensável para promover o desenvolver e a
aprendizagem dos alunos, implica um compromisso dos membros da equipe
escolar com a clientela que frequenta a escola.
“É preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinados em torno
de uma partitura e regidos pela batuta de um maestro que aponta como
cada um entra para obter um resultado harmônico. Esse maestro é o
gestor. E a partitura, o PPP da escola, um arranjo sob medida para os
alunos e que é referência para todos (VIEIRA, 2002, p.88)”.
Trata-se de um trabalho compartilhado pela equipe escolar, uma
construção coletiva. Assim concebido, o projeto pedagógico traduz valores do
grupo, suas intenções, seus objetivos compartilhados. Estabelece prioridades,
define caminhos. E, será um eixo condutor do trabalho da escola, esculpindo-
lhe a feição própria.
A construção do PP é gradativa: passo a passo ele vai se estruturando e
ampliando, ganhando corpo e consistência. É um processo que, coordenado
pelo gestor, deve contar com a colaboração de todos os segmentos envolvidos
na vida da escola, passando por conflitos e divergências, até que consensos
sejam alcançados. Sua formulação é um momento oportuno para a equipe
identificar os diferentes aspectos da vida escolar que requerem reflexão para
serem modificados. Cada escola deve pensar e implementar o que é melhor
para assegurar o sucesso de seu projeto, de acordo com suas possibilidades e
61
limites. Portanto, é importante estabelecer prioridades e atacar os problemas
mais graves em primeiro lugar.
O sucesso do trabalho do gestor depende do empenho e do “saber fazer”
pedagógico dos demais participantes da orquestra. Mas só ele pode conduzir o
grupo. É tarefa do líder propor atividades instigantes, provocadoras e ao
mesmo tempo, viáveis, para transmitir confiança e imprimir uma perspectiva
de sucesso, é preciso acionar todos os conhecimentos e habilidades, além de
manter a persistência para despertar o interesse e a vontade de todos.
Algumas dessas responsabilidades podem ser compartilhadas com o
conselho escolar, como auxiliar de direção, com o coordenador pedagógico ou
até mesmo com os professores. Para receber ajuda e realizar um trabalho
compartilhado, é importante desencadear um processo de mobilização que
faça as coisas acontecerem. A atuação do gestor é fundamental na
transformação da escola em um espaço vivo e atuante, no qual o foco central
seja o aluno.
Nesta perspectiva, a compreensão democrática vai conquistando seu
lugar e mostrando as vantagens do trabalho coletivo e co-participativo na
construção de todas as formas grupais e societárias.
A gestão democrática deve, portanto, se assentar no conceito de
participação: participação é conquista, um processo no sentido legítimo do
termo, infindável e constante vir a ser, sempre se fazendo, sempre se
construindo. Assim, a participação é em essência autopromoção e existe
enquanto conquista processual.
A comunidade escolar, portanto, pode e deve participar de todas as
instâncias colegiadas da escola e as modalidades de participação serão
definidas as partir dos princípios e formas de trabalho especificadas no PPP. O
Projeto Político Pedagógico articula as dimensões da intencionalidade com as
de efetividade e possibilidade para ser viável, exequível e poder ser assumido
coletivamente pelo grupo, ou seja, pelos vários segmentos da comunidade
escolar. Todavia, nem todos os elementos podem participar de todas as
decisões. A concretização do PPP no âmbito da gestão democrática da escola
não significa reunir todas as pessoas envolvidas de maneira permanente para
tomar decisões. É necessário buscar formas representativas e, às vezes,
operativas, que permitam oportunamente a tomada de decisões.
62
Por isso, é necessário criar órgãos de gestão que garantam, por um lado,
a representatividade e, por outro, a continuidade e consequentemente a
legitimidade. O Conselho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de Pais,
Mestres e Funcionários, o Grêmio Estudantil são formas colegiadas de
participação que devem ser organizadas pelo coletivo da escola com a
representatividade necessária à tomada de decisões democráticas, porém
assegurando a direção estabelecida no PPP que foi construído coletivamente e
que será o “instrumento” condutor da política educacional em ação na escola.
A gestão da escola se desenvolverá no sentido de “obedecer” o PPP a fim de
assegura a qualidade do ensino e da educação e a formação da cidadania,
“passaporte” indispensável à participação na ampla sociedade e que todos os
alunos e alunas buscam adquirir na escola.
Da escola, espera-se que ela promova a capacidade de discernir, de
distinguir, de pensar que supõe assumir o mundo, a realidade histórica como
uma matéria perceptível e com objetividade que nos permita sua maior
compreensão e intervenções deliberadas. Da escola, se espera o
fortalecimento dos sujeitos que, capazes de elaborar conhecimentos,
contingências e estruturas, possam imaginar outros mundos ainda não
concretizados e neles investir com paixão para construir tempos e lugares que
ampliem as alternativas de realização humana e social.
Este é o compromisso da gestão democrática da educação que necessita
expressar e construir políticas públicas educacionais comprometidas com a
formação da cidadania e a felicidade de todos os cidadãos.
5.12-Conselho Escolar
O Conselho Escolar constitui uma forma colegiada da gestão
democrática, onde os segmentos escolares e a comunidade local se
congregam, para juntos construírem uma educação de qualidade .
Sua função básica e primordial é o de conhecer a realidade e indicar
caminhos que levem à realidade desejada. O papel do Conselho Escolar é o de
ser o órgão consultivo, deliberativo, fiscal e mobilizador sobre questões
político-pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
63
DELIBERATIVAS - Quando decidem sobre o projeto político-pedagógico e
outro assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas ,
garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas do
sistema de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral das
escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.
CONSULTIVAS - Tem um caráter de assessoramento , analisando as
questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando
sugestões e soluções que poderão ser acatadas pela direção da escola.
FISCAL - (acompanhamento e avaliação) Quando acompanham a
execução das ações pedagógicas , administrativas e financeiras avaliando e
garantindo o cumprimento das normas da escola e a qualidade social do
cotidiano escolar.
MOBILIZADORAS - Quando promovem a participação de forma integrada
dos segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas
atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e
para melhoria da qualidade social da educação, sendo parceira em todas as
atividades que se desenvolvem no interior da escola.
Portanto, um bom gestor deve ser um líder e agregar as seguintes
atitudes:
- estar sempre preocupado com os resultados da aprendizagem;
- participar do planejamento e fazer o acompanhamento do trabalho docente;
- conversar com os alunos/funcionários/professores/pais para detectar
problemas e níveis de satisfação e ouvir sugestões;
- ser um condutor de consensos, mas estar sempre aberto às novas idéias e à
diversidade, aceitando opiniões e novas propostas;
- ser audacioso o suficiente para fazer as mudanças necessárias visando
sempre melhorar a qualidade do ensino;
- manter as questões administrativas em dia.
5.13-Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva em
assuntos didático- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe deste
Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-
64
aprendizagem na relação professor aluno e os procedimentos adequados a
cada caso.
Segundo o regimento escolar o Conselho de Classe tem por finalidade:
Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo
plano curricular; Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos e de ensino dos professores bem como diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valor ou conceito; Analisar os resultados da aprendizagem na
relação com o desempenho da turma, com a organização de conteúdos e o
encaminhamento metodológico; Utilizar procedimentos que assegurem a
comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,
evitando a comparação dos alunos entre si.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe Pedagógica
e por todos os professores que atuam na escola, podendo ser convidados à
participar representantes dos alunos e pais.
A Presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em sua
falta ou impedimento, será substituído pelo professor pedagogo.
O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente em cada bimestre, em
datas previstas no Calendário Escolar e, extraordinariamente, sempre que um
fato relevante assim o exigir. Destaca-se que os resultados observados e os
procedimentos enumerados, por este conselho de classe, são registrados
através de atas, elaborada em momento presencial, pela secretária da escola
e assinada por todos os participantes.
O Conselho de Classe tem as seguintes atribuições: Emitir parecer sobre
assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem, respondendo a
consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica; Analisar as informações
sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e processo de
avaliação que afetem o rendimento escolar; Propor medidas para melhoria do
aproveitamento escolar, integração e relacionamento dos alunos; Estabelecer
planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o plano
curricular deste Estabelecimento de Ensino.
Outra atribuição do Conselho de Classe é colaborar com a Equipe
Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos
transferidos, quando se fizer necessário.
65
Poderá ser aprovado, por decisão do Conselho de Classe o aluno que
tenha demostrado melhoria de aproveitamento após estudos de recuperação
paralela e capacidade de avanço no processo de ensino-aprendizagem,
demonstrado em aptidões pessoais e interdisciplinares, tendo o mímimo de
presença exigido legalmente no ano letivo. Todos os conselheiros assinarão a
ata do Conselho de Classe, não havendo mais possibilidade de reconsideração
dos resultados.
Nesse sentido, o Conselho de Classe – enquanto grupo capacitado para
avaliação - faz a análise regular da atuação do aluno e professor na escola.
Partindo desses pressupostos, o Conselho de Classe está inserido no plano do
educandário, permitindo reavaliação e reestruturações, quando necessárias, do
processo avaliativo como um todo (aluno, educandário, professores, gestores,
metodologias, etc.).
5.14 -Grêmio Estudantil
É agremiação civil, representando o corpo discente do Colégio, de
duração indeterminada, com objetivos culturais, esportivos, sociais e de classe.
Defende os interesses e direitos do corpo discente e de cada estudante
em particular, nos diversos setores da vida estudantil, auxiliando na formação
cívica, moral e intelectual do educando.
Promove a união da classe, fortalece os sadios princípios de coordenação
e disciplina, de iniciativa e liderança, colaborando intimamente com a Direção
do Estabelecimento e com os poderes constituídos, em todas as iniciativas que
visem a melhoria e a expansão do Ensino, em particular, o enriquecimento das
oportunidades de Educação em geral.
Realiza intercâmbios de caráter cultural, educacional, cívico, desportivo e
social, com entidades congêneres, sem quebra do estatuto.
5.15-APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é o órgão destinado
a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores, funcionários
e a Direção do Estabelecimento e propor medidas que visem o aprimoramento
do ensino ministrado e assistência, de modo geral, ao corpo discente. A APMF
66
visa discutir ações buscando a integração dos segmentos da comunidade
escolar.
Dirigida por diretoria própria, a Associação de Pais, Mestres e
Funcionários está vinculada a Direção do Estabelecimento, a quem cabe
homologar, os atos ordinários da entidade.
A organização e o funcionamento da Associação de Pais, Mestres e
Funcionários estão definidas em estatutos próprios elaborados pela primeira
diretoria, aprovados em Assembleia e homologados pelo Diretor.
De conformidade com a legislação em vigor, Lei n. 10.406/2002, os
Estatutos da Associação de Pais, Mestres e Funcionários estão registrados, no
Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas, sob n. 2050, a folha 162 v. do
livro “A-12”, homologado em 30 de junho de 2005.
5.16 -Valorização Profissional – Necessidade de Formação Continuada
A modificação das condições de ensino é urgente. Precisamos de
professores que tenham certeza do que querem, estabeleçam metas com
segurança e saibam como atingi-las. Isto só poderá acontecer quando houver a
conscientização da necessidade de estudar mais, de sermos mais esclarecidos,
de construir e aprofundar nossos conhecimentos científicos, participando
ativamente de todas as oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Apoiado pelas exigências das novas tecnologias o novo século exige um
redimensionamento da função do professor. A nova dimensão é mais nobre e
muito mais complexa. Ele não é o mestre distante e autoritário. Não é o mero
técnico que domina conteúdos específicos e imutáveis.
O professor deve ser um profundo conhecedor de uma área do
conhecimento e das áreas correlatas. Deve ter uma visão de conjunto do que é
sociedade, marcando seu trabalho com forte dimensão política, estética e
ética.
Conhecer os processos mentais pelos qual o aluno passa é a condição
básica para ser um professor competente. O professor que ensina a trabalhar
em conjunto é também alguém que trabalha com os demais professores na
construção de projetos em parceria com diferentes áreas e com diferentes
agentes sociais.
67
Se há décadas bastava ser competente em uma habilidade descrita,
agora a complexidade da tarefa é muito maior. Por isso, o domínio de técnicas
inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos fazem parte de sua
rotina de trabalho. Nesse sentido, o professor é mais importante do que nunca
no processo de aprendizagem. Imaginar que o computador é algo que
dispensará o professor pela quantidade e qualidade dos softwares que virão a
existir é uma ideia superada que veio à luz num momento da história da
educação em que não se conheciam exatamente as possibilidades da máquina.
Muito menos se sabia qual era a mais nobre função do professor educador: um
criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do educando.
Por isso, a necessidade e a importância de uma formação continuada,
que envolva a realização de cursos, seminários, simpósios e encontros
pedagógicos/educacionais, não é passível de discussão.
5.17– Currículo
Há algumas décadas o tema currículo tem sido alvo de inúmeras
reflexões e debates revelando um variado conjunto de ideias e pensamentos
acerca da educação.
A ideia mais generalizada de currículo vincula plano de estudo em dois
sentidos:
1º) Currículo entendido como estudo a realizar: é o conhecimento tratado
pedagogicamente pela escola que deve ser aprendido pelo aluno. Esta
concepção suscita algumas reflexões:
Quais conhecimentos devem conter um currículo?
Como organizar um currículo?
2º) Currículo entendido como estudos já realizados: são as experiências
já vividas proporcionadas pelas instituições escolares; conjunto de matérias ou
disciplinas que consiste nas etapas de aprendizagens que os alunos devem
percorrer ou já percorreram no seu processo formativo. Essa concepção é
etimologicamente fiel ao termo (verbo latino) currículo como itinerário, como
caminho a percorrer ou já percorrido.
Ao analisar as duas concepções percebemos que as principais diferenças
residem no enfoque dado aos elementos que constituem o currículo. No
68
entanto, tanto uma como a outra abordam o currículo como centro da relação
educativa, sendo a expressão das relações que se dão na escola.
Analisando-o como formal constitui-se num documento oficial prescritivo
ou guia orientador do trabalho escolar que pode estar centrado nos conteúdos
ou nos objetivos de ensino.
Desta forma seria apenas visto como um plano para a aprendizagem, um
plano geral dos conteúdos ou matérias específicas de ensino que a escola
oferecerá aos alunos com objetivo de prepará-los para a sua graduação e
ingresso no mundo profissional ou vocacional.
Porém, analisando-o como real ele corresponderá às experiências a
serem desenvolvidas na escola. É uma concepção ainda propositiva, ou seja,
dirigida por um documento que diz o que deve fazer. Está centrada,
prioritariamente, nos processos e não nos produtos/resultados.
A partir dos anos 70, o currículo passou a ser visto como instrumento de
compreensão do trabalho pedagógico. Começou a ser entendido como
instrumento de descrição e melhoria das classes como as turmas de alunos.
Deixou de ser uma concepção propositiva (documento diz o que se deve fazer)
e converteu-se num filtro analítico do que realmente ocorre nos processos de
ensino. Enfim, o currículo sob esta forma representa um instrumento que
permite revisar as práticas específicas de cada turma de alunos. O importante
nesta concepção não é aquilo que o currículo, enquanto documento, preconiza,
mas como é implementado em situações concretas.
O chamado currículo oculto passa a ser mencionado, e é visto como
valores implícitos nos programas, aqueles que não estão literalmente descritos
e, muitas vezes, nem fazem parte das intenções conscientes, mas são
efetivamente transmitidos. O conceito de currículo oculto aponta para o fato de
que o aprendizado incidental, durante o curso, pode contribuir mais para a
socialização do estudante que o conteúdo ensinado no curso.
O currículo deve ser concebido como um processo que culmina numa
prática pedagógica (ensino) que ocorre num sistema escolar concreto, dirigido
a determinados professores e alunos. Para ser um projeto coerente deve
considerar, no seu planejamento e implantação, decisões oriundas de
determinantes culturais, econômicos, políticos e pedagógicos.
69
Para um currículo ser valorizado precisa atender as necessidades, as
condições reais e específicas da escola e da clientela, somente desta forma
dar-se-á a operacionalização do mesmo.
5.18- HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
A lei nº 11.645 de 10 de março de 2008 que altera a Lei nº 9.394 de 20
de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003,
institui como obrigatoriedade o estudo da história e cultura afro-brasileira e
indígena nos conteúdos programáticos em todo o currículo escolar, em especial
nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.
Segundo a Agência Folha, depois de cinco anos e mais de R$ 10 milhões
gastos com capacitação de professores, a lei federal que obriga escolas
públicas e particulares de todo o país a ensinar história e cultura afro-brasileira
-uma das primeiras medidas do governo Lula- não saiu do papel.
"Não houve um planejamento. Só algumas escolas públicas, em razão de
professores interessados, adotaram a lei. As particulares nem sequer
discutiram a temática",
O objetivo é combater a discriminação e dar à escola "uma nova
identidade na área didático-pedagógica". "Alunos negros não conseguem se
ver na escola, já que não existe nada que os identifique." diz Leonor Araújo,
coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão do MEC.< Fonte: Presidência da
República http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html> Acesso em:
24 jun.2009.
A Lei 10.639, de 2003 estabelece a inclusão no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira",
coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, bem como a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica
e política pertinentes à história do Brasil.
A Lei nº 11.645, de 2008 mantém todos os dispositivos anteriores, mas
inclui também a obrigatoriedade da temática indígena no currículo.<Fonte:
Presidência da República
70
http://cenbrasil.blogspot.com/2008_10_01_archive.html> Acesso em: 24
jun.2009.
“Somente o conhecimento da História da África e do negro poderá
contribuir para se desfazer os preconceitos e estereótipos ligados ao segmento
afro-brasileira, além de contribuir para o resgate da auto-estima de milhares de
crianças e jovens que se vêem marginalizados por uma escola de padrões
eurocêntricos, que nega a pluralidade étnico-cultura de nossa formação”
(Oriá,2004:101).< http://74.125.47.132/search?
q=cache:9IwoiJwUpS4J:www.proex.ufu.br/formacaocontinuada/New/eixo1/E1_ar
quivos/apresentacao/Lei%252010.639.pps+10.639+hist
%C3%B3ria+e+cultura+afro+brasileira&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br>Acesso em: 24 jun.2009.
5.19- HISTÓRIA DO PARANÁ
A Lei 13381 de 18/12/2001 Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do
Paraná, incluídos os conteúdos sobre a Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná,
sendo que o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino do Paraná
se constituirão atividades semanais regulares e, também, nas comemorações
festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.
5.20– EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O surgimento e desenvolvimento da Educação Ambiental está
relacionado ao movimento ambientalista, pois é fruto da conscientização da
problemática ambiental. A ecologia como ciência global trouxe a preocupação
com os problemas ambientais, surgindo á necessidade de se educar no sentido
de preservar o meio ambiente.
Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente realizada em 5 a 16 de
junho de 1972 em Estocolmo, Suécia, que surgiu em âmbito mundial a
preocupação com os problemas ambientais , recomendando-se a necessidade
do desenvolvimento de uma educação ambiental, recomendando-se o
estabelecimento de programas neste sentido. Dessa forma, surgiu a EA como
71
uma nova ciência preocupada principalmente em apresentar soluções aos
problemas ambientais mundiais.
A Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental de Tbilisi,
Rússia, 1977, apresentou 41 recomendações com as diretrizes necessárias, as
quais mostram a importância de se conhecer a interdependência dos fatores
econômicos, sociais, políticos e ecológicos e necessidade se conscientizar
todos os segmentos da sociedade, para que agindo em conjunto possam
elaborar planos de ação em busca de soluções globais para a problemática
ambiental.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, a Rio 92, por sua vez , em sua Agenda 21, capítulo 36,
reforçou as recomendações de Tbilisi, propondo entre outras medidas a
promoção do ensino, da conscientização e do treinamento. Nesta conferência
foi proposta a reorganização do ensino e a Educação Ambiental foi
incorporada definitivamente como processo indispensável no caminho do
desenvolvimento sustentável preconizado pela Agenda 21, uma agenda de
diretrizes para o século 21. Porém, as soluções esperadas só poderão ser
conseguidas em havendo programas ambientais desenvolvidos com toda a
seriedade e técnicas exigidas ao fim que se pretende.
Apesar de não ser um documento jurídico na sua maior expressão, a
Agenda 21 é sem sombra de dúvida o mais importante documento a dar base
às legislações dos países ligados à ONU, pois ali estão as recomendações e os
princípios necessários à implantação de leis que refletem os anseio mundiais
sobre a matéria.
Em termos jurídicos, vimos que no Brasil A Constituição Brasileira de
1988 expôs, de maneira clara, sobre o meio ambiente. O artigo 225, diz com
clareza,” Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações."
Deste modo, o direito ao meio ambiente sadio é norma
constitucionalmente prevista, sendo que, o dispositivo supracitado impõe o
dever, tanto ao Poder Público, como a coletividade de preservá-lo.
72
Mas, apesar desta previsão constitucional, pouco era feito no Brasil para
a sua implantação concreta no ensino. O que existia era fruto dos esforços de
alguns professores e educadores, sendo necessário a publicação da Lei 9.795,
de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
A lei 9.795 define a Educação ambiental como “os processos por meio
dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade (art.1º).
No Capítulo II art. 6ª é instituída a Política Nacional de Educação
Ambiental.
A Lei também dispõe sobre a obrigatoriedade do Poder Público em seu
artigo 16 “ Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua
competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e
critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da
Política Nacional de Educação Ambiental.
Portanto, a Educação Ambiental é um processo educacional criado ao
longo de muitos anos através de estudos de especialistas, que tem uma visão
global das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um objetivo
comum que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres do
planeta. Em vista da existência de problemas ambientais em quase todas as
regiões do país, torna-se importantíssimo o desenvolvimento e implantação de
programas educacionais ambientais, os quais são de suma importância na
tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais.
Somente assim poderemos tentar melhorar a qualidade de vida de todos
e, conseqüentemente, cumprirmos o disposto no art.225 de nossa Constituição
Federal, onde diz, em poucas palavras, que o meio ambiente sadio é um direito
de todos.
<http://www.aultimaarcadenoe.com/podereduca.htm>Acesso em: 26 jun.2009.
5.21- ESTÁGIO
73
Cabe a escola também de acordo com a lei 11.788 de 25 de setembro de
2008 e Decreto nº 3207 de 12 de agosto de 2008, formar para o mundo do
trabalho, cumprindo sua função social de dar acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de proporcionar
ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual
e operacional, relacionando e operacionalizando a teoria e prática para além
da forma técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se
compreender o processo de produção em sua totalidade, permitindo ao
estudante, futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma mais
autônoma, consciente e crítica.
A referida Lei em seu art. 1º define estágio como sendo um ato educativo
escolar, supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando
o ensino regular em instituições de educação superior, de educação
profissional , de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos. E em seu & 1º e 2º classifica o estágio obrigatório e não obrigatório.
No Capítulo II a lei se refere as obrigações das instituições de ensino; no
Capítulo III dispõe sobre a parte Concedente; no Capítulo IV sobre o estagiário;
Capítulo V da Fiscalização e no Capítulo VI sobre as Disposições Gerais.
5.22– EDUCAÇÃO ESPECIAL
A LDB 9.394/96 em seu capítulo V coloca que a educação dos portadores
de necessidades especiais deve se dar de preferência na rede regular de
ensino, o que traz uma nova concepção na forma de entender a educação e
integração das pessoas com necessidades especiais, o Art. 58 da referida Lei
diz que entende-se por educação especial, a modalidade de educação escolar,
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais, e em seu § 1º - que haverá, quando
necessário, serviços de apoio, especializado, na escola regular, para atender às
peculiaridades da clientela da educação especial – e § 2º que o atendimento
educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre
que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua
74
integração nas classes comuns de ensino regular. E em seu § 3º que a oferta
de educação especial é dever constitucional do Estado e tem início na faixa
etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Através da Portaria nº 1.679 de dezembro de 1999 o Ministro de Estado
da Educação dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas
portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de
reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições.
A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, Institui as
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, de
conformidade com o disposto no Art. 9o, § 1o, alínea “c”, da Lei 4.024, de 20 de
dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei 9.131, de 25 de novembro de
1995, nos Capítulos I, II e III do Título V e nos Artigos 58 a 60 da Lei 9.394, de
20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer CNE/CEB 17/2001,
homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educação em 15 de agosto de
2001.
A Deliberação nº 730/03 aprovada em 02 de junho de 2003 pelo
Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná, Delibera sobre as
Normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos
com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do
Paraná.
5.23– Avaliação
Ao longo da história da educação e da prática educativa, a avaliação
escolar vem sendo realizada por meio de provas e exames, apenas com os
objetivos de classificação, aprovação ou reprovação. Isso ocorre até
naturalmente, já que o próprio sistema de ensino tem interesse nos
percentuais de aprovação; os pais desejam que os filhos avancem para as
séries seguintes; os alunos estão sempre na expectativa da aprovação e os
professores necessitam utilizar-se de um instrumento específico para medir a
aprendizagem, até por uma exigência social.
É necessária uma reflexão sobre este tipo de avaliação. Não é correto
que os profissionais da educação tenham uma atitude de acomodação diante
desse quadro e, muito menos, uma atitude de acusação. Como responsáveis,
75
também, pela qualidade de ensino, é importante que se busque alternativas
para a mudança gradativa desta situação. Sabe-se que falta esclarecimentos
para que uma nova prática de avaliação se efetive: falta clareza do que fazer
para saber se o aluno se apropriou ou não dos conhecimentos necessários. O
que se propõe nesta instituição de ensino vem de encontro ao que estabelece
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, em seu
artigo 24, inciso V, que trata de um dos critérios da verificação do rendimento
escolar: a) “Avaliação e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais”. Dessa forma sugere-se que os
professores não abandonem o que vêm praticando até agora, mas que reflitam
sobre as suas práticas avaliativas, no sentido de concluir se não estão sendo
meramente classificatórias ou até punitivas.
A partir de trabalhos de pesquisadores na área de avaliação escolar,
pode-se afirmar que a avaliação precisa ser algo que possa subsidiar o
educador, visando atender as necessidades de seus alunos. A avaliação não
pode estar limitada a um período determinado, e sim num processo que
acompanha o ato de aprender e ensinar. Enfim, deve ser uma prática contínua
e mediadora.
Se esse processo for uma mudança é preciso que seja gradativo e
assumido coletivamente na escola. Não é possível mudar um sistema de
avaliação numa atitude isolada.
Desta forma, a avaliação mediadora é aquela que leva o professor a
analisar teoricamente as várias manifestações dos alunos em situação de
aprendizagem, para acompanhar as hipóteses que vêm formulando a respeito
de determinados assuntos, em diferentes áreas do conhecimento, de forma a
exercer uma ação educativa que lhes ofereça a descoberta das melhores
soluções ou a confirmação de hipóteses preliminarmente formuladas. Esse
acompanhamento visa o acesso gradativo do aluno a um saber competente na
escola e, portanto, a outras séries e graus de ensino.
Para uma avaliação eficaz, o professor deverá se inteirar do que o aluno
já sabe e determinar seus objetivos. É necessário que o acompanhamento seja
sistemático, possibilitando ajustes constantes. A avaliação deve contemplar a
76
observação de avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada em relação
aos objetivos previamente definidos.
Por outro lado, as avaliações deverão ser somativas, considerando-se um
total de 10,0 (cem) pontos no bimestre, subdivididos em várias partes como:
provas, trabalhos, pesquisas, participações em aula, testes, discussões,
debates e outros.
A Escola Estadual Monteiro Lobato, através do projeto de recuperação
paralela, oferece oportunidades aos seus alunos para aprender melhor,
oferecendo vários tipos de atividades, para auxiliar na compreensão de
conteúdos, nas quais não obtiveram rendimento satisfatório.
O processo de recuperação paralela acontecerá de forma contínua e
priorizará o atendimento a alunos que não alcançaram rendimento suficiente,
buscando uma metodologia que valorize todas as suas individualidades,
oportunizando uma avaliação que analisará sua capacidade de progressão no
processo de aprendizagem.
Cada professor buscará, em sua área e de acordo com as necessidades
individuais dos educandos, formas de efetivar esse processo, estimulando,
motivando e conscientizando os alunos de suas potencialidades.
O Ato Administrativo nº 88/03, de 28 de abril de 2003, trata da
aprovação do Regimento Escolar da nossa Escola, destaca no capítulo III o
processo de verificação do rendimento escolar. Cabe citar que houve alteração
quanto à seção III, no item que abordará a promoção, referente à média
escolar para aprovação, segundo parecer nº 038/05 de 01 de fevereiro de
2005, que será apresentado na versão atual:
A partir do ano letivo de 2005, a Escola Estadual Monteiro Lobato altera
em seu Regimento Escolar, a média de aprovação, de acordo com a Resolução
nº 3794/04 de 23 de dezembro de 2004:
Ao final do ano letivo será calculada a média final do aluno, através da
seguinte fórmula:
MF = 1º B + 2 B + 3º B + 4º B = 6,0
4
Será considerado aprovado o aluno que:
● Apresentar frequência igual ou superior a 75% do total das horas letivas,
e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).
77
Ao aluno que não atingir o limite mínimo de 6,0 (seis vírgula zero) de
frequência igual ou superior a 75% do total das horas letivas, será considerado
reprovado.
VI – MARCO OPERACIONAL
78
6.1 - Plano de Ação
PLANO DE AÇÃO: ESCOLA
PLANO DE AÇÃO ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
Tópicos Discutidos
Problemas Levantados
Ações da Escola em 2010
Período Responsável
Projeto Político-Pedagógico
Necessidade de revisão do marco situacional
Avaliação do documento e revisão e alteração do mesmo em momentos oportunos
2010 Reuniões pedagógicas e Jornadas pedagógicas
Direção e Equipe Pedagógica e professores
Regimento Escolar
Falta de uso no cotidiano escolar, conhecimento e leitura, fazer atualizações
Revisar, atualizar e grupos de estudo e leitura na hora-atividade
2010 Direção, Equipe e toda a comunidade escolar
Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil/ APMF/ Conselho Escolar
A não existência do Grêmio Estudantil na escola
O incentivo para a criação deste segmento e auxílio para sua efetivação
2010 Direção, equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade escolar como um todo.
Entidades Externas
Desconhecem a escola
Fazer parcerias com empresas da comunidade para a melhoria do ambiente escolar nos aspectos físicos, sociais, pessoais, culturais entre outros
2010 Direção e toda a Comunidade escolar
Planejamento Participativo
Dificuldade para reunir os professores, pois a maioria está fixado em outros estabelecimentos de ensino e a dificuldade da
Permitir a participação dos professores em outros estabelecimento, oportunizando a troca com os colegas da sua disciplina, tendo
2009 Todo o corpo Docente, administrativo e agentes educacionais
79
incorporação dos combinados no dia a dia.
eles o compromisso de apresentar declaração de frequencia para a escola e adaptar os conhecimentos adquiridos as necessidades locais. Seguir o planejamento a risca e conscientizar-se da necessidade do trabalho em equipe, principalmente no comprometimento das decisões coletivas.
Cumprimento do Calendário Escolar em dias letivos e horas-aula
Faltas sem justificativas comprovadas por documentos (atestados/declarações/outros), professores pss
Plano de reposição das aulas, projetos, evitar as faltas e avisar com antecedência caso precisar faltar ao seu compromisso de sala de aula.
2010 Direção,Equipe Pedagógica e Professores
Relação Escola-Comunidade
Desinteresse, pouca participação dos pais na escola
Reuniões mais atrativas, palestras e orientações para os pais através de ações específicas com profissionais autonômos, conforme a necessidade.
2010 Equipe , Direção e profissinais na área da saúde física e emocional, advogados, psicólogos, médicos, assistentes sociais, entre outros
Programa Paraná Alfabetizado
Demora para repasse das bolsas aos profissionais que trabalham no projeto.Falta de empenho dos
Mais atenção e acompanhamento pedagógico para os profissionais que atuam no projeto. Pontualidade e seriedade no
2010 Responsáveis pelo Projeto; Profissionais envolvidos, sociedade civil e instâncias
80
próprios, para em conjunto com a escola, na divulgação do projeto, resultando em pouca participação.Falta de autorização para a oferta do projeto em locais alternativos.Falta de empenho da sociedade civil organizada no incentivo aos alfabetizandos através de simples “recompensa” pelo esforço.
repasse das bolsas aos profissionais, incentivando um atendimento de qualidade aos alfabetizandos.Seminários de atualização e capacitação.Possibilidade de utilização de espaços alternativos.Divulgação do projeto para a sociedade civil, objetivando a formação de parcerias.
superiores.
Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho Docente
Falta de Trabalho em conjunto por disciplina, pois como nossa escola possui um ou no máximo dois professor de cada disciplina, não tem como promover um espaço de discussão específico por área de atuação/disci-plina. Descomprometimento com a entrega dos PTD nas datas fixadas pelo educandário.
Hora Atividade Concentrada e união das escolas que as realidades se aproximam. Comprometimento dos professores com a organização do PTD e entrega nos prazos previstos
2010 Equipe pedagógica, direção, professores.
Avaliação Escolar Trabalhos e tarefas não
Proporcionar, na medida do
2010 Equipe e Professores
81
entregues, falta de interesse na realização das atividades propostas
possível a realização dos trabalhos avaliativos em sala em sala,registrando em livro próprio a não entrega. Buscar estratégias coletivas de motivação para realização dos mesmos.
Conselho de Classe
Dificuldade em reunir os professores, pois no calendário escolar a data do conselho é igual para todas as escolas da rede estadual
Novas estratégias visando a busca de soluções pedagógicas para o enfrentamento das dificuldades apresentadas pelos alunos e adequação do dia e horário com o objetivo de atingir a maioria dos professores
bimestral Equipe pedagógica, direção, professores
Hora- atividade Local impróprio e falta de oportunidade para troca de experiências
Hora atividade concentrada e adequação do espaço (realizar esporadicamente em outra escola possibilitando a troca com seus pares)
Anual Equipe pedagógica, direção e professores das disciplinas
Recuperação de estudos
Visão distorcida por parte dos alunos, explicando : o aluno deixa de fazer ou faz de qualquer jeito porque sabe que terá uma segunda “chance”
Esclarecimento do processo de recuperação paralela e elaboração de critérios para a sua aplicabilidade. Conscientização e seriedade no processo de recuperação
Anual Equipe pedagógica e professores
Registro e acompanhamento de alunos
Falta de espaço para abrir demanda para
Uma escola com estrutura para atendimento
2011 Instâncias Superiores
82
incluídos profissionais/ educação especial atenderem na escola
Reuniões Pedagógicas/ Semanas Pedagógicas
Calendário escolar com datas iguais par todas as escolas, impossibilidade de dispensar aula para realização das mesmas
Reuniões utilizando momentos de convocação para tratar assuntos específicos da escola quando se fizer necessário, revisão e adaptação do calendário escolar, chamamento do concurso público para fixação de padrão e dobra de padrão para a formação de uma equipe de profissionais efetivados e fixados na escola.
2010 Equipe pedagógica, direção e professores , instâncias convidadas e políticas públicas adequadas.
Enfrentamento à Evasão
Endereços e telefones desatualizados, fichas e cadastros preenchidos pela metade,desorganização e falta de atualização da pasta de documentação dos alunos. Os pais mudam de endereço e de telefone e não comunicam à escola,ficando impossível a comunicação
Além do endereço e telefone oficial registrado no ato da matrícula, pelo menos acrescentar mais dois números para recados e contato. Revisão e atualização anual, no ato de matrícula ou rematrícula, da documentação necessária na pasta do aluno. Atualização bimestral de telefones.
2010 Agentes educacionais 2
Jornadas Pedagógicas
Indisponibilidade, devido ao
Negociação para liberação
2010 Equipe e Direção
83
trabalho em outras entidades
Grupo de Estudos Horários e dias impróprios,sábados, único dia de acesso ao comércio para os professores
À distância, com poucos encontros presenciais e envio do material pela internet
anual Professores das áreas afins
NRE Itinerante Falta de tempo para para rever e adaptar a realidade da escola, dificuldade em organizar a hora atividade coletiva ( escola pequena, professores PSS)
Tentativa de organização do horário, seguindo a orientação do quadro de horas atividades coletivas, organizado pelo NRE
2010 Professores, equipe pedagógica, direção
Simpósios/ Seminários/ Encontros/ Cursos
Participação, comprometi-mento com os eventos ofertados
Proposta da Hora-Atividade do professor, troca de experiência nos encontros promovidos.
2010 SEED
PDE/ GTR Informações desencontra-das, falta de motivação para a participação
Reuniões específicas de esclarecimento e procedimentos necessários para participar do PDE/GTR
Antes do processo
professores capacitados à participação e NRE
Produção de Material(Folhas/OAC)
Sobrecarga de horário e escolas de atuação
Hora atividade concentrada como incentivo ao desenvolvimento deste material, conciliando-o com seu planejamento; a dobra de padrão fixando os professores em menos escolas; sugestão de um período curto( 1
anual NRE e instâncias superiores; equipe pedagógica e professores
84
semana) de afastamento remunerado, estilo PDE
Projeto Viva a Escola
Falta de Espaço físico e de profissionais na escola para acompanhar o período de realização, dando suporte administrativo ao profissional contratado para a efetivação do projeto
Luta continua para a efetivação da construção da nova escola, já que estamos em prédio cedido pelo município, onde divide-se espaço com o ensino municipal e suprimento da falta de funcionários estaduais. Aplicabilidade dos Projetos Viva Escola, aprovados: Coral; Teatro e Jornal Virtual
2009 Direção, Equipe e Professores
Semana cultural e esportiva
Profissionais em quantidade limitada para organização, dificuldade em relação a espaço físico, escola em dualidade
Planejamento coletivo , busca de parcerias. Repensar e promover outros momentos
2010 Direção, Equipe e Professores
Programas institucionais da SEED: FERA/ ComCiência/ JOCOPS/ CELEM
Organizar no início do ano as atividades.
2009 Direção Equipe e Professores
Educação do Campo
Não existe esta demanda em nossa escola
Grupos de estudo, aproximando o planejamento da realidade
2010 Direção Equipe e Professores
Desafios educacionais contemporâneos: educação ambiental,sexualidade, enfrentamento à
Acúmulo de função
Priorizar o currículo e incorporar estes desafios ao dia a dia escolar
2010 Direção, Equipe e Professores
85
violência nas escolas, prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, História e cultura Afro-brasileira e Africana
Materiais e ambientes didático-pedagógicos: Laboratório de Ciências e de Informática/ TV Paulo Freire, TV Pendrive, acervo da biblioteca, Livro Didático Público
Espaço físico Continuar lutando pela nova escola
2010 Comunidade escolar
Recursos Financeiros: Fundo Rotativo/ PDDE
Falta de autonomia para investimento destes recursos conforme necessidade da escola
Maior autonomia, via argumentação da necessidade
2009 Comunidade escolar e políticas públicas
6.1.1 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE PEDAGÓGICA.
● Atualização do Projeto Político Pedagógico;
● Implementação do trabalho pedagógico no coletivo da escola;
● Organização do espaço e do tempo escolar. Organizar turmas,
calendários letivos, distribuição de aulas, horário semanal de aulas, horas
atividades e recreio;
● Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de
recuperação dos estudos;
● Acompanhar a hora atividade do professor, sugerindo possíveis ações e
práticas pedagógicas; trocando ideias e sugestões; assessorando no
planejamento, seleção de conteúdos e metodologias;
● Auxiliar na organização de atividades culturais;
● Organizar jornadas pedagógicas e conselhos de classe
86
● Atendimento a pais, alunos, professores, funcionários e comunidade em
geral;
● Acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos
professores; implementando a proposta curricular da escola;
● Implementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas
educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais do
CNE;
● Elaborar projetos de intervenção da atualidade da escola para melhorias
do processo educativo;
● Assessorar o professor (a), no planejamento, quanto à seleção de
conteúdos, e transposição didática em consonância com os objetivos
expressos no PPP;
● Formação continuada do coletivo de profissionais da escola;
● Relação entre escola e a comunidade;
● Avaliação do trabalho pedagógico;
● Colaborar com as relações interpessoais (pais, professores, alunos e
funcionários);
● Ter conhecimento dos principais documentos da escola (Organograma,
Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico, Proposta Curricular...)
para atualizá–los as novas exigências e necessidades emergentes da
comunidade;
● Seleção de referencial teórico, para reflexão, estudo, sensibilização,
relatos de experiências para intercâmbio e atividades pedagógicas para
os professores;
● Acompanhamento de alunos com desempenho insatisfatório ou
dificuldades de aprendizagem observando junto ao professor a realização
da recuperação paralela;
● Observar se os projetos propostos pela escola estão sendo desenvolvidos
de acordo com os seus objetivos;
● Coordenar junto com a Direção os conselhos de classe e planejar formas
de intervenção no processo ensino-aprendizagem;
● Verificar os livros de chamada, acompanhando os conteúdos trabalhados,
os avanços das turmas, observando a organização do professor, os
registros realizados e a clareza da avaliação;
87
● Proporcionar as relações interpessoais entre os segmentos da escola,
através de reuniões, desenvolvimento de projetos, encontros, etc;
● Acompanhar o desempenho dos alunos, realizando análise de resultados,
conversa individuais com alunos, professores e pais sempre que
necessário;
● Divulgar o regimento interno, com o objetivo de destacar os direitos e
deveres de cada um, bem como o acompanhamento de sua efetivação
no cotidiano escolar;
● Mediar as relações conflituosas decorrentes de problemas disciplinares e
educacionais, fazendo o levantamento e registro do fato acontecido,
intervindo como mediadora a fim de solucionar a problemática.
6.1.2 -PLANO DE AÇÃO: EQUIPE ADMINISTRATIVA
AÇÃO: Organização de arquivos ativos.
OBJETIVOS: Organizar as pastas e arquivos separados por série e em ordem
alfabética.
DETALHAMENTO: Organizar as pastas individuais dos alunos, separando-os por
série e ordem alfabética.
CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos; pastas individuais dos alunos.
RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.
CRONOGRAMA: Todo ano letivo.
AÇÃO: Organização do arquivo inativo.
OBJETIVOS: Organizar a pasta individual dos alunos inativos.
DETALAMENTO: Organizar o arquivo morto, com pasta dos alunos concluintes,
transferidos, desistentes ou falecidos, em ordem alfabética.
CONDIÇÕES/RECURSOS: Arquivos e pastas individuais.
RESPONSÁVEL: Todos os funcionários administrativos.
CRONOGRAMA: Todo o ano letivo.
6.1.3 -PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO
PRINCÍPIOS ORIENTADORES
88
Os princípios orientadores do Plano de Ação de Direção do
Estabelecimento de Ensino são:
● Qualidade – A qualidade, aqui pretendida é a de possibilitar ao educando
escolher um caminho de vida próprio, de poder ser respeitado nessas
escolhas e de poder viver de modo digno e satisfatório em qualquer
alternativa, de acordo com as próprias aptidões, desejos e valores;
● Igualdade – A identidade se constrói com a valorização das qualidades de
cada um dos estudantes; através de uma prática inclusiva educacional,
social e racial;
● Democracia – O desafio de transformar a escola num espaço de vivência
compartilhada implica na prática permanente do planejamento
participativo, na adoção de estratégias para atendimento aos alunos com
deficiências na aprendizagem, zelando para que não haja fragmentação
nas ações desenvolvidas no contexto escolar.
OBJETIVOS
● Compartilhar com todos os segmentos da Escola a Execução do Projeto
Político Pedagógico;
● Propiciar a integração entre os estudantes, os professores, os
funcionários, a família e a equipe pedagógica visando a melhoria de
qualidade de ensino, baseado na qualidade de vida no ambiente escolar;
● Possibilitar ações conjuntas entre a Direção do Estabelecimento de
Ensino Estadual e a Direção da Escola Municipal, a APMF, o Conselho
Escolar, o Grêmio Estudantil, os Formandos e a Comunidade em Geral,
para o sucesso de todos os projetos e/ou promoções.
6.2.- LINHAS DE AÇÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA
Para que haja uma gestão democrática na escola, é fundamental garantir
a participação da Comunidade interna e externa para juntos construirmos uma
educação de qualidade.
89
6.2.1- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO ESCOLAR
AÇÃO
Apresentação do P.P.P. e o Plano de Ação aos membros do Conselho
Escolar e sua especificidade;
Estudo, análise e reflexão do papel do Conselho de Escolar;
Reuniões ordinárias.
OBJETIVO
Instrumentalizar os membros do Conselho Escolar afim de que exerçam sua
função pedagógica e possa deliberar de acordo com a realidade da
comunidade escolar;
Conhecer a concepção teórica que fundamentam as funções do Conselho
Escolar;
Dinamizar ações para que o Conselho de Escolar possa atuar como
instrumento de gestão democrática colegiada.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Participação na Semana Pedagógica;
Reuniões ordinárias para definir metas com agenda de ações a serem
desenvolvidas;
Estudo de textos sobre as funções, atribuições e o papel do Conselho
Escolar no contexto de atuação pedagógica.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P. Plano de Ação da Escola;
Sala para reuniões;
Cópias dos documentos e textos;
Retroprojetor;
Agenda do espaço a ser utilizado para as reuniões.
RESPONSÁVEL
Diretor, Equipe pedagógica;
Membros do Conselho escolar.
CRONOGRAMA
Fevereiro à dezembro; sendo uma reunião mensal ordinária e se
necessário, extraordinárias.
90
6.2.2- GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO DE CLASSE
AÇÃO
Processo do Conselho de Classe conforme Projeto Político Pedagógico.
OBJETIVO
Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do processo do
Conselho de Classe em vista da qualidade do ensino-aprendizagem de
todos os alunos;
Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de organização
do Conselho de Classe.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Organização do Conselho de Classe: estudos,, agenda, instrumentos de
registros;
Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os e
respectivos registros das informações;
Análise dos problemas e tomada de decisões;
Planejar as ações a ser encaminhadas após o Conselho de Classe para as
turmas;
Organizar a comunicação dos resultados aos alunos e famílias;
Seleção e estudo de textos que propõe experiências e formas de
encaminhamentos contemplando a busca de soluções coletivas de
encaminhamentos com ênfase a melhoria do processo de ensino-
aprendizagem.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Disponibilidade do horário no calendário;
Textos e relatos de experiências de pesquisas publicadas, regulamento
interno, papeis, regimento, legislações.
RESPONSÁVEL
Diretor e equipe pedagógica
CRONOGRAMA
Nos bimestres do ano letivo;
Datas do Conselho de Classe previstas no calendário escolar.
6.2.3- GESTÃO DEMOCRÁTICA – APMF
91
AÇÃO
Mobilização dos membros da APMF a fim de estudar os estatutos da
mesma e conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola;
OBJETIVO
Integrar a comunidade – escola - pais com o intuito e efetivar as ações
propostas no PPP.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Reuniões (assembleias) debates; leituras; grupo de estudos;
explanações.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Estatuto da APMF, palestrante; salas, transparências, cópias de
documentos.
RESPONSÁVEL
Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF
CRONOGRAMA
Fevereiro/ Março
6.2.4 GESTÃO DEMOCRÁTICA – REPRESENTANTE DE TURMA
AÇÃO
Formação de liderança – perfil de um líder;
Escolha dos representantes de turma;
Preparo e acompanhamento dos alunos para o exercício de liderança;
Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre os conceitos
de representação, democracia, cidadania, liderança e outros que contemplam
gestão democrática;
Envolvimento e participação direta com os integrantes do Grêmio
estudantil.
OBJETIVO
Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;
Vivenciar a prática da democracia de seu exercício através de
representante
92
de turma, visando desenvolver a participação, iniciativa, representatividade,
mobilização, criatividade e outros componentes da prática da gestão
democrática.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Além do conselheiro e vice líder sugere-se a contribuição de dois
conselheiros que discutirão com o (a) líder as ações a serem desenvolvidas
pela turma.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Previsão de horário e dias para realização das atividades;
Preparo do professor pedagogo;
Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.
RESPONSÁVEL
Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros professores
das disciplinas.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo de 2006 a 2010
6.2.5- GESTÃO DEMOCRÁTICA - GRÊMIO ESTUDANTIL
AÇÃO
Mobilização do Grêmio estudantil para pequenas reformas na escola;
Formação continuada sobre Liderança e processo da instituição;
Elaboração da proposta de trabalho do Grêmio Estudantil Gestão 2006 a
2010;
Mobilização para elaboração do Jornal da Escola com produções dos alunos.
OBJETIVO
Melhorar a estrutura física da escola, visando um ambiente acolhedor e
propício à aprendizagem;
Desenvolver o senso de responsabilidade nos alunos, fazendo com que
percebem a importância de suas ações para a escola;
Mobilizar a comunidade escolar para a elaboração do Jornal da Escola
visando divulgar produções dos alunos;
93
Orientar os alunos integrantes do Grêmio Estudantil para que realizem um
diagnóstico sobre as necessidades de formação continuada dos estudantes,
entre outras.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Divulgação da proposta pelos integrantes do grêmio juntamente com a
comunidade escolar;
Arrecadação de recursos junto a comunidade e os diferentes segmentos da
sociedade;
Envolvimento dos discentes da escola: divulgação nas salas de aula,
trabalho de conscientização, fiscalização e conservação;
Envolvimento dos pais, APMF e CE para efetivação dos trabalhos.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Arrecadação de materiais junto a comunidade escolar e demais segmentos
da sociedade;
Promoções;
RESPONSÁVEL
Integrantes do Grêmio estudantil (diretoria);
Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo e no horário de contra-turno e em alguns horário de
aulas pré-agendados.
6.2.6- GESTÃO DEMOCRÁTICA - PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
AÇÃO
Mobilização e participação dos pais no cotidiano escolar e no processo
educativo;
OBJETIVO
Assegurar melhorias no processo ensino-aprendizagem, na conservação do
prédio e do espaço físico e na viabilização de eventos culturais
complementares ao processo educativo.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Fevereiro – Análise do regimento interno e comprometimento das partes,
(pais, alunos, professores e funcionários);
94
Março – Definir com o grupo os encontros periódicos para debates, estudos,
atividades esportivas, confraternização, etc.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Pesquisar e propor horário para encontros e estabelecer parcerias;
Espaço físico, espaços da comunidade.
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica;
Conselho Escolar;
Representantes de pais e dos alunos.
CRONOGRAMA
Em fevereiro e Março de cada ano letivo.
6.3 - PROPOSTA PEDAGÓGICA
6.3.1 - PROPOSTA PEDAGÓGICA – Organização e Implantação da
Proposta das Disciplinas – Ensino Fundamental
Ação
Tomar conhecimento através de leitura do documento: Orientações
Curriculares do ensino Fundamental para discussões, proposição e
elaboração da proposta pedagógica, junto ao corpo docente;
Elaboração e implantação da proposta pedagógica das disciplinas do Ensino
Fundamental.
Objetivo
Ouvir o corpo docente sobre a proposição dos conteúdos curriculares
contidos na proposta;
Selecionar os conteúdos de acordo com o diagnóstico existente para o
atendimento das necessidades da clientela escolar;
Elaborar a proposta pedagógica das disciplinas que compõem a matriz
curricular do Ensino Fundamental a partir das orientações curriculares do
Estado do Paraná, considerando os aspectos estruturantes: objeto de estudo,
pressupostos teóricos, critérios de seleção dos conteúdos e práticas
avaliativas;
95
Implantar a proposta pedagógica considerando a especificidade de cada
disciplina, série e turmas.
Detalhamento da Ação
Estudo, análise e reflexão para a proposição de uma ação voltada para a
realidade;
Estudo e análise das orientações curriculares das disciplinas;
Sistematização da proposta a partir da apresentação de um roteiro
organizador.
Condições/Recursos
Cadernos das Orientações Curriculares do Estado do Paraná e experiências
do corpo docente, tendo como apoio livro.
Responsável
Direção, equipe pedagógica e professores.
Cronograma
1ª Parada Pedagógica.
6.3.2-Proposta Pedagógica – Organização e Implantação da Proposta
das Disciplinas – Ensino Médio
Ação
Organização e implantação da proposta das disciplinas do Ensino Médio.
Objetivo
Elaborar a proposta pedagógica a partir das diretrizes curriculares da
SEED, adequado-as a realidade do estabelecimento de ensino.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura e análise do P.P.P, orientações curriculares e planejamento do
ano anterior;
Adequar, selecionar e priorizar os conteúdos considerados significativos
para a realidade do estabelecimento de ensino e série.
CONDIÇÕES/RECURSOS
PPP;
Cadernos das Diretrizes Curriculares;
Planejamento dos anos anteriores;
Livros Didáticos.
96
RESPONSÁVEL
Direção, equipe pedagógica e professores.
CRONOGRAMA
1a Parada Pedagógica.
6.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA – PRÁTICAS AVALIATIVAS
AÇÃO
Estudo, análise e reflexão do processo (sistema) de avaliação;
Estudo de textos que fundamentam a proposta de avaliação previstas no
PPP e as práticas de avaliar;
Relato de experiências bem sucedidas entre os professores nas
diferentes disciplinas.
OBJETIVO
Repensar o processo avaliativo inserida na prática pedagógica;
Estudar a proposta de avaliação do PPP e textos teóricos que auxiliam a
compreensão da concepção de avaliação e possíveis alternativas para a
prática;
Oportunizar momentos para relato de experiências de práticas
avaliativas entre os professores e as respectivas disciplinas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura e reflexão do sistema de avaliação;
Estudo do texto de avaliação presente no PPP respondendo: para que
serve? Como avaliar?
Intervenção se necessária para buscar soluções ao processo de ensino-
aprendizagem.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Textos do PPP e sobre avaliação;
Dados expressos em gráficos a partir dos dados do SERE.
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
97
Reunião Pedagógica inicial em fevereiro 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010
a cada Conselho de Classe e prever outras datas no decorrer do ano conforme
necessidade.
6.5- PROPOSTA PEDAGÓGICA: RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS/EM
PROCESSO/ PARALELA
AÇÃO
Leitura do PPP no início do ano letivo, referente a recuperação de
estudos, após a leitura combinar coletivamente a sistematização.
OBJETIVO
Desenvolver o plano de recuperação;
Proporcionar aos alunos uma aprendizagem significativa aos alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem, em vista da melhoria de seu
rendimento escolar.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Retomada de conteúdos utilizando metodologias diferenciadas,
contando com ajuda do Pedagogo se for necessário.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Sala de aula;
Estagiários;
Sistema de monitoria;
Contra-turno.
RESPONSÁVEL
Professores de cada disciplina conforme necessidade.
CRONOGRAMA
Durante todo o ano letivo.
6.6- PROPOSTA PEDAGÓGICA – REUNIÕES PEDAGÓGICAS
AÇÃO
Socialização de conhecimentos e informações.
OBJETIVO
98
Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação, promovendo aos
professores novas possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar
experiências afim de melhorar suas ações educativas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura de texto, análise e discussão dos mesmos;
Relatos e depoimentos;
Registro das informações.
CONDIÇÕES / RECURSOS
Textos, papel, caneta, retroprojetor. Giz, quadro (lousa), TV, Vídeos,
DVDs, CDs.
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica;
CRONOGRAMA
Conforme datas previstas no calendário.
6.7- PROPOSTA PEDAGÓGICA – HORA ATIVIDADE
AÇÃO
Socialização de conhecimentos e informações;
OBJETIVO
Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação;
Promover possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar
experiências afim de melhorar as ações pedagógicas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Leitura, análise e discussão dos textos.
Relatos e depoimentos;
Registros das informações.
CONDIÇÕES / RECURSOS
Textos, papel, caneta, retroprojetor, giz, quadro (lousa).
RESPONSÁVEL:
Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
99
Conforme as datas previstas no calendário escolar. (Conforme
distribuição de aulas no período escolar.)
6.8-LINHA DE AÇÃO: FORMAÇÃO CONTINUADA
6.8.1- FORMAÇÃO CONTINUADA – PARTICIPAÇÃO EM
CURSOS/EVENTOS E GRUPOS DE ESTUDOS
AÇÃO
Grupo de Estudos.
OBJETIVO
Oportunizar aos docentes o aperfeiçoamento e atualização dos seus
conhecimentos, levando a uma reflexão da prática educativa, buscando mais
qualidade
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Levantamento de dados da escola quanto ao rendimento escolar e
resultados finais;
Selecionar material de estudos, relacionados ao processo de avaliação da
aprendizagem na escola;
Formação de grupo de estudos
Organização do período estudo
CONDIÇÕES/RECURSOS
Salas do Colégio e reprodução do material
RESPONSÁVEL
Direção e equipe pedagógica
CRONOGRAMA
Os docentes em suas Horas Atividades estudarão e discutirão o texto em
pequenos grupos e haverá reuniões para apresentação do estudo.
6.9 FORMAÇÃO CONTINUADA - FORMAÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO:
PAIS, ALUNOS, FUNCIONÁRIOS.
100
AÇÃO
Viabilizar o processo ensino-aprendizagem de qualidade envolvendo cada
comunidade escolar.
Escolha dos temas a serem discutidos/estudados segundo as
necessidades da realidade escolar e do grupo a se reunir.
OBJETIVO
Buscar soluções para problemas do cotidiano escolar
Proporcionar formação pessoal e profissional dos participantes
Trocar experiências entre os segmentos reunidos (pais, alunos,
funcionários)
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Formação de grupos para estudo por segmento
Escolha de temas segundo a necessidade da escola
Discussão troca de experiências e busca de soluções para os mesmos
Motivação pessoal para melhor resultado, visando a auto-estima dos
participantes
CONDIÇÕES/RECURSOS
Textos diversificados para leituras e estudos
Recursos audiovisuais
Profissionais especializados na área de interesse
RESPONSÁVEL
Direção, Equipe Pedagógica e profissionais convidados
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo ou em datas pré-determinadas pelo Calendário
Escolar.
6.10- LINHA DE AÇÃO: QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E
ESPAÇOS
6.10.1 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –
IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS JÁ EXISTENTES: QUALIFICAÇÃO
AÇÃO
101
Levantamento dos equipamentos e espaços verificando suas condições de
uso
OBJETIVO
Verificar e analisar os equipamentos e espaços disponíveis no
estabelecimento para enriquecer as aulas
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Levantamento dos equipamentos e espaços disponíveis, analisando suas
reais condições de uso
Viabilizar o uso ou adquirir equipamentos
Adequar os espaços
Incentivar o uso dos equipamentos disponíveis
CONDIÇÕES/RECURSOS
Verificar a planilha dos recursos e equipamentos existentes visitando os
espaços e avaliando os recursos;
Verificar as possibilidades de consertos e novas aquisições.
RESPONSÁVEL
Direção, equipe pedagógica e professores das áreas afins
CRONOGRAMA
No mês de Março (levantamento)
Durante o ano todo fazer o uso e manutenção dos materiais.
6.10.2 QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS –
Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços e
ambientes....
AÇÃO
Disponibilizar materiais de pesquisa para professores
OBJETIVO
Estimular o professor a trabalhar de maneira diferenciada
Desenvolver o senso de leitura e pesquisa do corpo docente e discente da
escola
Oferecer subsídios teóricos para a realização da prática pedagógica
102
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Pesquisa com o corpo docente para saber quais as áreas do
conhecimento que precisam de materiais didáticos pedagógicos.
Análise e seleção do acervo bibliográfico
Amostra dos materiais coletados para análise coletiva e escolha dos
mesmos.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Levantamento sobre os recursos reais disponibilizados pela escola
Análise desses recursos
Solicitação de novos recursos ao departamento financeiro da instituição
mantenedora e outros departamentos como a Secretaria Estadual de
Educação e aos órgãos competentes a esta função.
RESPONSÁVEL
Equipe Pedagógica e Direção
CRONOGRAMA
As atividades, citadas especificados nos objetivos, serão realizados
durante o ano letivo, com enfoque maior nos inícios dos semestres.
6.11. LINHA DE AÇÃO – OUTRAS ESPECIFICIDADES
6.11.1 OUTRAS ESPECIFICIDADES – Participação em Feiras, Exposições.
AÇÃO
Exposição: Mostra de Trabalhos
OBJETIVO
Demonstrar na prática os conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas
do conhecimento
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Envolvimento do professor e aluno desde a pesquisa, elaboração,
apresentação e na avaliação dos resultados
CONDIÇÕES/RECURSOS
Possibilita o uso dos materiais disponíveis como: espaço físico, biblioteca,
materiais didáticos, pedagógicos e de expediente, buscar parcerias na
comunidade e entidades
RESPONSÁVEL
103
Toda a comunidade escolar
CRONOGRAMA
1º Bimestre – Apresentação, discussão e pesquisa.
2º Bimestre – Definição elaboração dos trabalhos
3º Bimestre – Apresentação para averiguação e aprofundamento dos
trabalhos
4º Bimestre – Apresentação para a comunidade escolar
6.12- OUTRAS ESPECIFICIDADES – ATIVIDADES
ESPORTIVAS/CULTURAIS, ARTICULAÇÃO DA ESCOLA COM OUTROS
EVENTOS ESTADUAIS E LOCAIS
AÇÃO
Gincana Cultural Esportiva.
OBJETIVO
Promover atividades esportivas, recreativas e culturais, para propiciar a
integração.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Em conjunto com os professores, grêmio, representantes de turmas,
elaborar as atividades referentes a gincana, procurando garantir a
heterogeneidade nas equipes.
CONDIÇÕES/RECURSOS
Espaço físico (quadra esportiva);
Materiais didático - pedagógicos;
Materiais recicláveis.
RESPONSÁVEL
Equipe Pedagógica – Grêmio – Professores e Funcionários.
CRONOGRAMA
Em datas pré-determinadas em Reuniões.
6.13 - OUTRAS ESPECIFICIDADES – Participação no FERA, COM
CIÊNCIA, Agenda 2l, Jogos Escolares, Fórum do Meio Ambiente, PPGA
AÇÃO
104
Reunião com palestra para a comunidade escolar informando sobre a
agenda 2l
OBJETIVO
Sensibilizar a Comunidade Escolar para os problemas ambientais, sociais
e humanos, valorizando a qualidade de vida.
Mobilizar os envolvidos buscando soluções através de planos de ação
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Reunião por segmentos da escola: pais, professores, alunos, APMF,
funcionários, Conselho Escolar.
Pesquisa de campo. Questionários, fotografia, entrevistas.
Tabulação de dados
Apresentação dos dados e elaboração dos projetos
CONDIÇÕES/RECURSOS
Papel, textos, vídeos.
RESPONSÁVEL
Equipe Pedagógica, Direção e Professores.
CRONOGRAMA
No decorrer do ano letivo.
7 - Referências Bibliográficas.
POZO, Juan Ignacio (Org.) A solução de problemas: aprender a resolver,
resolver para
aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 33 ed. – São Paulo: Brasiliense,
1995.
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106
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
INGLÊS
107
Marechal Cândido Rondon
-2010-
JUSTIFICATIVA
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código linguístico: é heterogênea, ideológica e
opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a
língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e
estabelece entendimentos possíveis.
É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que
dizemos e ao que somos. Daí a língua estrangeira apresentar-se como espaço
para ampliar o contato com outras formas de conhecer procedimentos
interpretativos de construção da realidade.
De modo geral, os objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna
– INGLÊS estão alicerçados em uma proficiência linguístico-comunicativa
voltada para situações diversas, tais como viagens, negócios, situações reais
de comunicação, dentre outras. Assim, ao final do ensino Fundamental, espera-
se que o aluno:
108
– seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e
escrita;
– vivencie, na aula de Língua Inglesa, formas de participação que lhe
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
– compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
– tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
– reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem
como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, “toda língua é uma
construção histórica e cultural em constante transformação”, o Ensino de
Línguas é justificado pela necessidade de saber lidar com ideologias e culturas
diferentes.
Ao ensinar uma língua, sempre deve-se perceber, como Bakthin (1988)
ressalta, que qualquer enunciação envolve a presença de no mínimo duas
pessoas que são ativas no processo ilocutório. Isso indica que a significação de
uma enunciação se dá no processo da comunicação e não somente pela frase/
estrutura em si.
Como o ambiente escolar não é propício para o ensino de todas as
habilidades escrita, estrutura, fala e leitura, objetivar-se-á enfatizar a
habilidade de leitura, possibilitando ao aluno ler e compreender um texto com
sua respectiva carga ideológica e cultural de diversos gêneros textuais, a
saber, texto narrativo, jornalístico, linguagem de cinema, carta, etc.
O uso da gramática não será dispensado pois como Dolz bem analisa que:
Trata-se, portanto, de desenvolver nos alunos capacidade de análise que lhes permitam melhorar esses conhecimentos. Para tanto, é essencial reservar tempo para um ensino específico de gramática, no qual o objeto principal das tarefas de observação e manipulação é o funcionamento da língua. (DOLZ et al, 2004, p. 116)
109
Portanto, no ensino de língua será abordado a gramática, mas com o
intuito de análise e compreensão dos textos, pois entendendo as estruturas
básicas, de sintaxe, semântica ou morfologia, acabam se tornando uma útil
ferramenta na compreensão dos textos.
2. CONTEÚDOS
2.1 Conteúdos estruturantes
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o
Discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos:
os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim
como os conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e
escrita. De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais para Línguas
Estrangeiras Modernas (2006, p. 38), os conteúdos básicos são formados pelos
gêneros discursivos e pelos conteúdos pertencentes às práticas da leitura,
oralidade, escrita e da análise linguística. Tais conteúdos devem ser abordados
a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana,
científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo,
publicitária, midiática e jurídica. Caberá ao professor selecionar um texto
significativo pertencente a um gênero, que deve ser compreendido em sua
esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros trabalhados e
mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo
professor. Os gêneros precisam ser retomados em diferentes séries,
respeitando-se o princípio da complexidade crescente. Vale ressaltar que os
gêneros indicados não se esgotam nesse quadro, assim como a escolha dos
gêneros não deve se ater exclusivamente a uma esfera. Para selecionar os
conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo de ensino e o
gênero escolhido. Como exemplo: ora a história em quadrinhos será levada
para sala de aula a fim de discutir o conteúdo temático, a sua composição e
suas marcas lingüísticas; ora aparecerá em outra série para um trabalho de
intertextualidade; ora para fruição, ou seja, dependerá da intenção, do objetivo
que se tem com esse gênero.
Destaca-se, ainda, que ao escolher um gênero nem sempre todas as práticas
serão abordadas, por exemplo: no Ensino Médio é possível levar a fábula
110
contemporânea para trabalhar a prática de leitura, não sendo necessário que o
aluno produza uma fábula. É necessário considerar que a abordagem teórico-
metodológica e a avaliação estão inseridas na tabela para compreensão da
proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, a
disciplina de Língua Estrangeira Moderna deve propiciar ao aluno:
➔ Entender o Discurso como interação verbal, espaço de produção de sentidos
e relação de poder;
➔ Compreender a organização linguística (fonético-fonológico, léxico-
semântico e de sintaxe);
➔ Perceber como se dá a construção de significados por meio do engajamento
discursivo e não somente pela estrutura linguística.
2.2 Conteúdos Básicos
Nos conteúdos básicos tem-se os elementos que fazem parte de um
Discurso, a saber, as condições de produção de discurso, o texto em si, o
interdiscurso relacionado a esse texto, como também o intradiscurso,
percebendo a cultura e ideologia envolvida, e tudo isso por meio da leitura,
oralidade e escrita, lembrando a enfase na leitura da presente proposta.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS – 5ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
LEITURA
111
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica da Língua Inglesa;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
112
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS – 6ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o
nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
documento
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem).
ESCRITA
113
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Acentuação gráfica da Língua Inglesa;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias,
repetição, semântica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS – 7ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
114
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o
nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
documento
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito,
figuras de linguagem.
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no
texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
Léxico.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
115
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Concordância verbal e nominal;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
– expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral
e o escrito
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS – 8ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS
116
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o
nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
ema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no
texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e
humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de
linguagem);
Léxico.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
117
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no
texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e
humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica da Língua Inglesa;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,repetição;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de
118
conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral
e escrito.
METODOLOGIA
Liberali (2004), no texto intitulado As linguagens das reflexões , reflete
sobre as várias abordagens reflexivas que o professor pode adotar em sala de
aula, a saber: a reflexão técnica, que consiste em descrever, explicar e
argumentar sobre um tema em que o interlocutor se demonstre autônomo em
relação ao professor, isto é, o conteúdo é exposto ao aluno; a reflexão prática
que procura interagir com o interlocutor descrevendo ações e explicando o seu
uso e, por fim, temos a reflexão crítica, que preza tanto pela exposição como a
narração, isto é, nessa reflexão há uma argumentação a partir da descrição,
explicação e descrição das ações. Esse tipo de reflexão busca interagir tanto
nas questões da própria estrutura gramatical como nas suas devidas situações
de uso.
Na presente proposta, buscar-se-á a reflexão crítica, pois ela abrange o
que é proposto pelas DCE, concebendo o discurso como uma forma de
interação e onde estão imbricados, por todo o seu processo de produção, as
questões ideológicas e culturais.
Sob esse ponto de vista a gramática não se constitui um problema, pois
Trata-se, portanto, de desenvolver nos alunos capacidade de análise que lhes permitam melhorar esses conhecimentos. Para tanto, é essencial reservar tempo para um ensino específico de gramática, no qual o objeto principal das tarefas de observação e manipulação é o funcionamento da língua. (DOLZ et al, 2004, p. 116)
Com isso percebe-se que o ensino da gramática é essencial, mas não
deve ser a única forma de abordagem. Faz-se necessário outros meio de
aproximação que levem em conta não somente a reflexão técnica, mas
também a reflexão crítica, de forma que “relacionam teoria e prática, numa
crítica da forma de agir frente às necessidades de aprendizagem dos alunos”
(LIBERALI,2004, p. 102).
119
Adotar-se-á, também, sob essa perspectiva, a abordagem
sociointerativa. Parte-se, portanto, do pressuposto de que a natureza humana
só pode ser entendida a partir da perspectiva do desenvolvimento
sociocultural. Isso significa que o ensino não é o simples passar conhecimento,
mas trabalhar levando em conta a cultura individual, o meio social que o aluno
vive, e de como os conteúdos aprendidos em sala de aula o auxiliarão, de uma
forma ou de outra, a compreender melhor o mundo.
Ao dissertar sobre a importância do contexto escolar no ensino de
língua, Magalhães (2004, p. 60) afirma que se deve compreender a escola
“como um espaço cultural, social e político e não apenas como um local de
transmissão de conhecimentos neutros e desvinculados do contexto particular
de ação e da sociedade mais ampla”, isto é, compreender que a linguagem é
um espaço “para reflexão e negociação” (MAGALHÃES, 2004, p. 60). Portanto,
os planejamentos das aulas devem levar em conta não somente o conteúdo a
ser trabalhado, mas verificar o contexto escolar com as suas diversidades de
indivíduos, de forma que o conhecimento aprendido seja relevante para a
compreensão do mundo e não se torne algo neutro e sem utilidade para o
aluno.
Portanto, busca-se perceber como funciona o contexto escolar para
que, como afirma Liberali (2004, p.109), “o ensino das capacidades de
linguagens das ações da reflexão crítica como um instrumento [...] orientado
para atividade interna, para a organização do comportamento humano e
criação de novas relações com o ambiente”. Assumir essa postura não pode
ser erroneamente compreendido de forma que não se deva ensinar a
estrutura/gramática aos alunos, priorizando a simples e pura reflexão crítica do
meio social. Mas, isso significa que a linguagem, não somente no seu sentido
imediato, é um reflexo de uma visão de mundo, de forma que ela revele uma
maneira de pensar e compreender a realidade. Com esse entendimento, o
aluno passa a ampliar os seus horizontes culturais, possibilitando um
pensamento crítico mais profundo sobre as diversas realidades.
É relevante, pois, a constatação de que o “domínio de uma sintaxe
mais elaborada não está ligado a um gênero preciso. Ele passa pela
120
compreensão e apropriação de regras gerais que dizem respeito à organização
da frase” (DOLZ et al, 2004, p 116) e, por outro lado, não contradizendo, mas
complementando, “não se pode isolar a comunicação verbal da comunicação
global” (BAKHTIN, 1997, p. 124), isto é, de sua situação concreta. Em
conseqüência disso, conclui-se que a estrutura organizacional sintática de uma
frase é essencial para o aprendizado, como também a sua situação de
comunicação numa realidade concreta. A junção desses dois aspectos faz com
que o aprendizado se dê de forma mais integral e completa.
Sob a perspectiva dessa concepção, o planejamento das aulas se dá
enfatizando tanto a situação concreta de uso, isto é, uma situação
comunicativa coerente com a realidade do aluno, e, também, abordando a
questão estrutural, de forma a explicar metalingüisticamente o que já foi feito
no uso, ou seja, refletindo sobre a própria prática em sala de aula.
AVALIAÇÃO
A avaliação antes de “dar nota”, é um processo utilizado para nortear o
trabalho do professor, dando ferramentas a ele para identificar até que ponto o
aluno o aluno avançou dentro da proposta pedagógica como também ajuda ao
aluno compreender se próprio processo de aprendizagem.
As DCE citam Luckesi (1995, p. 166), em que esse afirma que “a
avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-
sucedida”.
Isso significa que a avaliação não pode e não deve ser um elemento
“traumatizante” para o aluno, mas um instrumento a mais para ser utilizado na
consolidação do conhecimento. Portanto, a avaliação nessa proposta, buscará
atender esse objetivo: perceber como o aluno está se desenvolvendo em sala
121
de aula como também será mais uma ferramenta para a consolidação do
conteúdo apresentado.
Os critérios e instrumentos de avaliação elencados no PPP englobam
diversas atividades bimestrais (mínimo de três), organizadas e executadas a
critério do professor, todas com nota de 0 a 100, sendo feita, ao final do
bimestre, a média aritmética das notas conquistadas pelo aluno. Do mesmo
modo, uma das notas poderá ser atribuída à participação do aluno em sala
e/ou fora dela, caso sejam direcionadas atividades extra-classe.
Com relação à recuperação, caso seja necessária, será feita
paralelamente ao ensino da disciplina, de modo que os conteúdos sejam
constantemente recuperados, entretanto a recuperação da nota será uma
consequência direta da compreensão dos conteúdos recuperados, sendo
aplicadas formas substitutivas de avaliação ao longo do bimestre.
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1997.
DOLZ, Joaquim et al. “Sequências didáticas para o oral e a escrita:
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tradução e organização de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP:
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reflexão. São Paulo: Mercado Letras, 2004
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profissionais reflexivos e críticos In MAGALHÃES, M.C.C. (org). A formação do
professor como profissional crítico: linguagem e reflexão. São Paulo: Mercado
Letras, 2004
122
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
Marechal Cândido Rondon
-2010-
123
Justificativa
Como disciplina escolar a Língua Portuguesa passou a integrar os
currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XlX,
depois de já há muito tempo organizado o sistema de ensino. Contudo, a
preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve inicio apenas
nos anos 30 do século XX.
No início tratava-se de um ensino retórico, imitativo, elitista e ornamental
visando à construção de uma civilização de aparências com base em uma
educação claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma
ordem patriarcal.
O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até
meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir de 1967, “um
processo de democratização” do ensino, com a ampliação de vagas eliminação
dos chamados exames de eliminação entre outros fatores. Como consequência
desse processo de damocratizaç5o, a multiplicação de alunos, as condições
escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a
ser outras bem diferentes. Nesse contexto o ensina de Língua Portuguesa não
poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas
necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, ou seja, a
presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então
admitidos na escola.
Os estudos linguísticos centrado no texto e na interação social das
pr5ticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisiç5o da língua
materna chegaram ao Brasil em meados da década de 70 a contribuíram para
fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de um ensino baseada na
memorização. A dimens5o tradicional de ensino da língua cedeu o espaço a
novos paradigmas envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o
texto como unidade fundamental de análise.
No Brasil, esses idéias tornaram corpo, efetivamente, a partir dos anos
80, com as contribuições teóricas dos pensadores que integraram o Circulo de
Sakhtin. Deve-se a asses te6ricos, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos
estudos em tomo da natureza sociológica da linguagem, ou seja, configura um
124
espaço de interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa
interação. Ela mesma, a língua, constitui-se, sobretudo, pelo uso, ou seja, pelos
sujeitos que interagem.
No processo de ensino aprendizagem da língua (as práticas discursivas),
assumem-se o texto verbal-oral ou escrito – e também as outras linguagens,
tendo em vista o multiletramento, como unidade básica, que se manifesta em
enunciações concretas, cujas formas se estabelecem de modo dinâmico com
experiências reais de uso da língua. Quanto maior o contato com a linguagem,
na diversidade textual, mais possibilidades se tem de entender o texto como
material verbal carregado de intenções e das visões de mundo. Quanto à
prática da oralidade, tradicionalmente, a escola tem agido como se a escrita
fosse A língua, ou como se todos os que nela ingressam falassem da mesma
forma. No ambiente escolar, a racionalidade se exercita com a escrita, de
modo que a oralidade não é muito valorizada; entretanto, é rica e permite
muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso
da fala a na produção de discursos nos quais os alunos se constituem como
sujeito do processo interativo.
Nas Diretrizes Curriculares de Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná, entende-se a leitura como um processo de produção de
sentido que se dá a partir de interações sociais ou retaç5ea dialógicas que
acontecem entre o texto que se dá a partir de interações ou relações dialógicas
que acontecem entra o texto e leitor. Kleiman (2000) destaca a importância, na
leitura, das experiências, dos conhecimentos prévios do leitor, que lhe
permitem fazer previsões e inferências sobre o texto. O leitor constrói e não
apenas recebe um significado global para o texto: ele procura pistas formais,
formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias
baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua vivência sociocultural, seu
conhecimento do mundo. Em relação à escrita, ressalta-se que as condições
em que a produção acontece determinam o texto: quem escreve o que, pra
quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve. Além disso, cada
gênero textual tem suas peculiaridades: a composiç5o, a estrutura e o estilo
variam conforme se produza uma historia, um poema, um bilhete, uma receita,
um texto de opinião ou cientifico, filosófico. Essas e outras composições da
diferentes modelos de textos.
125
As aulas de Língua Portuguesa e Literatura, nessa perspectiva,
possibilitam aos alunos a ampliação do uso das linguagens verbais a não-
verbais peio contato direto com textos de mais variados gêneros, engendrados
pelas necessidades humanas. A inclusão da diversidade textual deve relacionar
os gêneros com as atividades sociais onde eles se constituem.
Acrescente-se a isso que o fato de a Língua ser o meio e o suporte de
outros conhecimentos toma o professor de Língua Portuguesa um agente
eficaz, propiciador das relações inter e multidisciplinares.
OBJETIVOS GERAIS DA DISClPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
No processo de ensino-aprendizagem das diferentes séries do ensino
fundamental, espera-se que o aluno amplia o domínio ativo do discurso nas
diversas situações comunicativas, de modo a possibilitar sua inserção efetiva
no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no
exercício da cidadania.Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de
atividades que, progressivamente, possibilite ao aluno:
Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais, na leitura e
produção de textos escritos, de modo a entender a múltiplas demandas
sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos e
considerar as diferentes condições de produção do discurso;
Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade,
operando sobre representações construídas em várias áreas do
conhecimento;
Saber como proceder para ter acesso, compreender e fazer o uso de
informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se
organizam em sistemas coerentes e coesivos;
Ser capaz de operar sobre o conteúdo represantacional dos textos,
identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando
roteiros, resumos, índices, esquemas, etc.;
Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,
desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos;
Contrapor sua interpretação da realidade a diferentes opiniões;
126
Identificar referências intertextuais presentes no texto;
Inferir as possíveis intenções do autor marcadas no texto;
Perceber os processos de convencimento utilizados para atuar sobre o
interlocutor – leitor;
Conhecer a valorizar as diferentes variedades da língua portuguesa,
procurando combater o preconceito linguístico;
Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social;
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da pratica de análise
linguística para expandir sua capacidade de monitoração das
possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade de análise
crítica.
OBJETIVOS ESPEClFICOS DA DISCIPLlNA DE LÍNGUA PORTUGUESA
No trabalho com os conteúdos previstos nas diferentes práticas, a escola
organizará um conjunto da atividades que possibilitem ao aluno desenvolver o
domínio da expressão oral e escrita em situações de uso publico da linguagem,
levando em conta a situação de produç5o social e material do texto (lugar
social do locutor em relação ao(s) destinatário(s) a seu lugar social; finalidade
ou intenção do autor, tempo e lugar material da produção e do suporte} e
selecionar, a partir disso, os gêneros adequados para o produção de texto,
operando sobre as dimensões pragmáticas, semântica e gramatical.
No processo de escuta de textos orais, espera-se que o aluno:
Amplie, progressivamente, o conjunto de conhecimentos discursivos,
semânticas e gramaticais envolvidos na construção dos sentidos do
texto;
Reconheça a contribuição complementar dos elementos não-verbais
(gestos, expressões faciais, postura corporal);
Utilize a linguagem escrita, quando for necessário, como apoio para
registro, documentação e análise;
127
Amplie a capacidade de reconhecer as intenções do enunciador, sendo
capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu
discurso.
No processo de leitura de textos escritos, espera-se que o aluno:
Saiba selecionar textos segundo seu interessa e necessidade;
Leia, de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais
tenha construído familiaridade;
Selecionando procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos
e interesses, e a características do gênero e suporte;
Desenvolvendo sua capacidade de construir um conjunto de expectativas
(pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função do
texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre o gênero,
suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais –
recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio, etc.);
Confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a
leitura;
Articulando o maior numero possível da índices textuais e contextuais na
construção do sentido do texto, de modo a:
a) Utilizar inferências pragmáticas, para dar sentido a expressões que não
pertençam a seu repertório linguístico ou estejam empregadas de forma
não usual em sua linguagem;
b) Extrair informações não explicitadas, apoiando-se em deduções;
c) Estabelecer a progressão temática;
d) Integrar e sintetizar informações, expressando-as em linguagem própria,
oralmente ou por escrito;
e) interpretar recursos figurativos tais como: metáforas, metonímias,
eufemismos, hipérboles, etc.:
Delimite um problema levantando durante a leitura e localizando as
fontes da informações pertinentes para resolvê-lo;
Seja receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas,
por meio de leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se
128
em marcas formais do próprio texto ou em orientações oferecidas pelo
professor;
Troque impressões com outros leitores a respeito dos textos )idos,
posicionado-se diante a critica, tanto a partir do próprio texto como da
sua prática enquanto leitor;
Compreenda a leitura em suas diferentes dimensões – o dever de ler, a
necessidade de ler e o prazer de ler;
Seja capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas que reconheça
nos textos que lê.
No processo de produção de textos orais espera-se que o aluno:
➔ Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências
da situação e dos objetivos estabelecidos;
➔ Considere os papeis assumidos pelos participantes, ajustando o texto à
variedade linguística adequada;
➔ Saiba utilizar o repertório linguístico de sua comunidade na produção de
textos;
➔ Monitora seu desempenho oral, levando em conta a intenção comunicativa
e a reação dos interlocutores, reformulando o planejamento prévio quando
necessário;
➔ Considere possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de
elementos de argumentação
No processo de produção de textos escritos, espera-se que o aluno:
• Redija diferentes tipos de textos, estruturando-os de maneira a
garantir:
a- A relevância das partes e dos tópicos em relação ao tema e propósitos do
texto;
b- A continuidade temática;
c- A explicitação de informações contextuais ou de premissas indispensáveis à
interpretação;
d- A explicitação da relações entra expressões mediante recursos linguísticos
apropriados (retomadas, anáforas, conectivos), que possibilitem a recuperação
da referência por parte do destinatário;
129
• Realize escolhas de elementos lexicais, sintéticos, figurativos e
ilustrativos, ajustando-os as circunstâncias, formalidade e
propósitos de integração;
• Utilize com propriedade e desenvoltura padres da escrita em
função das exigências do gênero e das condições de produção;
• Analise e revise o próprio texto em função dos objetivos
estabelecidos, da intenção comunicativa do leitor a que se destina,
redigindo tantas quantas forem às versões necessárias para
considerar o texto produzido bem escrito.
No processo de análise linguística, espera-se que o aluno:
➔ Constitua um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem
e sobre o sistema linguístico relevantes para as práticas de escuta, leitura e
produções de textos;
➔ Aproprie-se dos instrumentos de natureza procedimental e conceituai
necessários para a análise e reftex5o linguistica (delimitação s identificação de
unidades, compreensão das relações estabelecidas entre as unidades e das
funções discursivas associadas a elas no contexto);
➔ Seja capaz de verificar as regularidades das diferentes variedades do
Português, reconhecendo os valores sociais nelas implicados e,
consequentemente, o preconceito contra as formas populares em oposiç5o às
formas dos grupos socialmente favorecidos.
Para atingir os objetivos propostos trabalhar-se-a em Língua Portuguesa
os conteúdos programáticos distribuídos por séries e bimestre conforme
proposta a Colegio PORTUGUÊS IDEIAS 4 LlMGUAGEMS de Dileta Delmanto e
Maria da Conceição Castro, Editora Saraiva.
02) CONTEÚDOS
Conteúdos estruturantes são os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para
a formação conceituai do educando. Eles se constituem através da história e
são legitimados socialmente, por assumir, como espaço de produção de
130
sentidos marcado por relações contextuais de poder, o conteúdo estruturante
como Prática Social a tratar de forma dinâmica, por meio da leitura, da
oralidade e da escuta.
Nas teorias do Circulo de Bakhtin, as quais concebem a língua como
discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos, cada palavra
transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda
anunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz
do outro. È no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que
dizemos e ao que somos. Sendo assim a Língua Portuguesa apresenta-se como
espaço para ampliar o contato com outras formas da conhecer, com outros
procedimentos interpretativos da construção da realidade. A ênfase do ensino
recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamante pelo discurso,
sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas, materializadas em
diferentes tipos de texto, considerando a imensa quantidade de informações
que circulam na sociedade. isso significa participar dos processos sociais de
construção de linguagem e da seus sentidos legitimados, e desenvolver uma
criticidade, de modo a atribuir o pr6prio sentido aos textos.
O trabalho em sala de aula deve partir de um texto de linguagem num
contexto em uso, sob a proposta de construção dos significados por maio do
engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas. E
importante que os textos selecionados abordem diversos gêneros discursivos e
que apresentem diferentes graus de complexidade adequados a cada faixa
etária.
Conteúdos da Educação Básica:
_______________________________________________________________________________
Leitura
Tema do texto
Conteúdo temático
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Escrita
Tema do texto
Conteúdo temático
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Oralidade
Tema do texto
Conteúdo temático
Finalidade
Aceitabilidade do
texto Informatividada
Papel do locutor e
131
Situacionalidade
Temporalidade
Referência textual
Intertextualidade Vozes
sociais presentes no
texto
informações explícitas
Discurso direto e indireto
Situacionalidade
lntertextualidade
Temporalidade
Referência
textual Vozes
sociais
presentes no
texto
Discurso direto e
indireto Elementos
composicionais do
gênero
interlocutor
Elementos
extralinguisticos:
entonação,
expressões facial,
corporal
e gestual, pausas...
Adequação do
discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição.
Elementos semânticos
diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral
e escrito
Elementos
composicionais do
gênero
Repetição proposital de
palavras
Léxico
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito),
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das c)asses
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos {como aspas,
travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Concordância verbal e
nominal
Semântica:
operadores
argumentativos,
132
figuras de linguagem
Semântica: operadores
argumentativos,
ambiguidade,
sentido conotativo de
denotativo das palavras
no texto, expressões que
denotam ironia
e humor no texto
Polissemia
ambiguidade,
significado das
palavras, figuras de
linguagem, sentido
conotativo e
denotativo das
palavras no texto,
expressões que
denotam ironia s
humor no texto.
Relação de causa e
Consequência entre as
partes e elementos do
texto Po1issemia
Processo de formação
das palavras
Ortografia
Concordância
verbal/nominal
03) Metodologia:
A pedagogia critica é o referencial teórico que sustenta este documento
a partir das diretrizes curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem
que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela
apropriação critica e histórica do conhecimento como instrumento de
compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade.
Ancorada nos pressupostos da pedagogia critica, entende-se que a
escolarização tem o compromisso de prover aos alunos mais necessários para
que não apenas assimilem o saber como resultado, mas aprendam o processo
de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem
o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que
sejam seguidas, mas principalmente pare que possam ser modificadas.
133
A partir do conteúdo estruturante discurso como Práticas sociais serão
trabalhadas questões linguísticas, sócio pragmático cultural e decisivo, bem
como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita,
As diretrizes assumam uma concepção de linguagem que não se fecha
“na sua condição de sistema da formas”. A linguagem á vista como fenômeno
social que a palavra significa. Ensinar a língua materna requer que se
considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido.
Sob essa perspectiva o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa visa
aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos para que eles
possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de
interagir com esses discursos. Faz-se necessário propiciar ao educando a
prática, a discussão, a leitura de diferentes esferas sociais serão abordados os
vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do
gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência
e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Dessa maneira, o ensino
deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto,
abandoná-la. O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e
a busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos pare que
desenvolvam uma prática analítica e critica, ampliem seus conhecimentos
linguísticos culturais
e percebam as ampliações sociais, históricas e ideológicas presentes num
discurso, no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valoras.
Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas
linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo
significado, mas são flexíveis e variam conforma o contexto e a situação em
que a prática social de uso da língua ocorre.
As estratégias especificas da oralidade têm coma objetivo expor os
alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na
abordagem discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da
língua, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira embora haja
limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma diversidade de
gêneros que qualquer uso de linguagem implica a que existe a necessidade de
adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como
134
ocorra na escrita e em Iíngua Materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.
Com a relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista
como. Uma atividade socio-internacional, ou soja, significativa. É preciso Que o
docente direcione as atividades de produção textual, definindo em seu
encaminhamento qual a objetivo da produção e para quem se escreve em
situações reais de uso. É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja
definido como um sujeito sócio – histórico – ideológico, com quem o aluno vai
produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do seu texto e
de sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo
claro. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e (ou não-verbal, o
professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:
a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades.
Cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
b)Aspecto Cultura/Interdiscurso: influência de outras culturas
percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo
e quais outras leituras poderão se feitas a partir do texto apresentado;
c) Variedade Linguística: formal ou informal;
d)Análise Linguística: será realizada de acordo com a serie. Vale ressaltar
a diferença entre o ensino de gramática e a prática linguística.
ENSlNO DE GRAMATICA PRATICA DE ANALISE LINGUISTICA
Concepção de língua como
sistema, estrutura inflexível e
invariával.
Concepção de língua como ação
interlocutora situada, sujeita às
interferências dos falantes.
Unidade privilegiada: a palavra, a
frase e o período.
Unidade privilegiada: o texto
Preferência pelos exercícios
estruturais, de identificação e
classificação de unidades/funções
morfossintáticas.
Preferência por questões abertas
e atividades de pesquisa, que
exigem comparação e reflexão
sobre adequação e efeitos de
sentidos.
135
_________________________________________________________________________
04) Avaliação
A avaliação deverá ser continua acumulativa, diagnosticada,
democrática e que prioriza a qualidade e o processo de aprendizagem. Deve-
se fazer presente tanto como meio de diagnostico quanto como instrumento
da investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão
formadora.
É importante que a mesma aprimore a competência a competência do
aluno na leitura, na fala e na escrita: além disso, deve contribuir para a
compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos com o objetivo
maior de levar o aluno à formação para a cidadania, ao mesmo tempo em que
o domínio de conhecimento do mundo do trabalho vai inseri-la na sociedade
em que vive.
No dia-a-dia, isso significa que:
➔ Diagnosticar o progresso de aprendizagem do aluno, ofertando a ele
recuperação paralela do conteúdo logo que necessário, havendo
retomada dos mesmos em avaliações posteriores.
➔ Estabelecer critérios avaliativos com o conhecimento a aprovação do
aprendiz, no exercício da pr6tica democrática;
➔ Dar oportunidade de auto avaliação ao educando, levando-o a maior
responsabilidade;
➔ Auto-avaliar o trabalho docente, para que haja retomado de atitudes e
atividades, sanando assim as falhas que ocorrerem no ensino-
aprendizagem.
Haverá pelo menos uma avaliação bimestral sem consulta. Tendo os
seguintes passos: fazer revisão do conteúdo antes da prove e aplica – l .
Retomar os conteúdos não apreendidos onda se fizer necessário.
Todas as atividades propostas, de classe e extra-classe, serão avaliadas
quanto a participação, interesse e assimilação dos conteúdos através da:
oralidade, leituras e interpretações textuais, pesquisas, trabalhos individuais
136
e de grupos, tarefas, jogos, atividades recreativas, dramatizações, testes,
murais, certezas, cartões, dentre outras atividades.
O aluno saberá constantemente de seu progresso na aprendizagem, ter-
se-á nota (média) bimestral que será divulgada ao educando. Esta será
comentada em diálogo franco entre professor e aluno. Momento este (pré-
conselho) que terá também, o intuito de melhorar o ensino-aprendizagem.
Referências Bibliográficas:
DELMANTO,Dileta8 CASTRO, Miaria da Conceição -Português, Ideias8
Linguagens, São Paulo, Saraiva,2007.
FERRElRA,Mauro- Entre Palavras- São Paulo, FTD, 2002.
FIORIN, José L. e Savioli, Francisco Platão- Para Entender o Texto, S o Pauto,
Atica, 1991.
GERALDl, João Vanderley (org)- O Texto na Sala de Aula, Cascavel,
Assoeste,1984.
POSSENTl, Sírio- Por que (não) Ensinar Gramática na Escola?, Campinas,
Mercado de Letras, 1997.
Língua Portuguesa- PEC- Projeto Escola e Cidadania- Editora da Brasil.
Ministério da Educação- O perecer do Conselho Nacional da Educação e as
Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico Raciais e para
História e Cultura Afro- Brasileira e Africana.
Paraná- Secretaria de Educação- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Paraná- Curitiba- SEED, 2008.
137
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
138
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
Marechal Cândido Rondon
-2010-
JUSTIFICATIVA
A matemática é a ciência que tem por objetivo o estudo das grandezas,
formas, números e álgebra e sua relação, definidas como abstratas
logicamente; geometria e medidas; funções e o tratamento da informação,
incluídas nos currículos escolares pela sua utilidade na resolução de problemas
práticos, de linguagem natural para a prospecção quantitativa e qualitativa da
realidade, bem como, pelo seu efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico
em todos os seus momentos: de análise, abstração, sintese e generalização.
A matemática deve ser entendida como instrumento de compreenção ,
investigação, inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de
modificação do indivíduo, deve proporcionar a contrução do conhecimento de
forma crítica, relacionada com a prática e o uso na vida do ser humano.
139
No ensino dos conteúdos escolares, as relações interdisciplinares
evidenciam, por um lado, as limitações e as insuficiências as disciplinas em
suas abordagens isoladas e individuais e, por outro lado as especificidades
próprias de cada disciplina para compreensão de um projeto qualquer.
As disciplinas escolares, a partir de suas especialidades, chamam umas
às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que
se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prática pedagógica que leve em
conta as dimensões científicas, filosóficas e artísticas do conhecimento .
Tal pressuposto descarta uma interdisciplinaridade radical. A matemática
como saber escolar, e o conhecimento matemático, se explicitam nos
conteúdos entre as disciplinas de tradição cirrucular. Destaca-se a importância
dos conteúdos disciplinares e do professor como autor de seu plano de ensino.
A Matemática baseada nas Diretrizes Curriculares tem o papel de
facilitadora para a estruturação e o desenvolvimento do aluno e para a
formação básica de sua cidadania, voltada tanto para a cognição do educando
como para a relevância social do ensino da Matemática, tendo como conteúdos
estruturantes: os números, operações e álgebra; medidas; geometria e
tratamento da informação, os quais ao serem abordados na prática docente
evocam outros conteúdos, priorizando relações e interdependências que,
consequentemente, enriquecem os processos pelos quais acontecem a
aprendizagem em Matemática.
Objetivos Gerais da Disciplina
A proposta para a Matemática defendida nas diretrizes visa:
➔ Transpor para a prática docente, o objeto matemático construído
historicamente e possibilitar ao aluno ser um conhecedor desse objeto;
➔ Desenvolver a matemática como campo de investigação e de produção
de conhecimento;
➔ Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e
intervenção do real;
➔ Selecionar estratégias de resolução de problemas;
➔ Formular hipóteses e prever resultados;
140
➔ Interpretar e criticar resultados no contexto do problema;
➔ Resolver problemas nos domínios de outras ciências;
➔ Desenvolver o raciocínio e o pensamento cientifico;
➔ Descobrir relações entre conceitos da Matemática;
➔ Formular generalizações a partir de experiências;
➔ Comunicar, oralmente e por escrito, com precisão e lógica, os
pensamentos e raciocínios que efetuam na resolução de problemas;
➔ Visar o desenvolvimento intelectual do aluno;
➔ Fazer com que o aluno construa, por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação
integral do ser humano.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os Conteúdos Estruturantes propostos nestas Diretrizes Curriculares,
para a educação básica da rede pública estadual são:
Números e Álgebra;
Grandezas e Medidas;
Geometria;
Funções;
Tratamento da Informação;
Conteúdos
5º Série
1º Bimestre
Sistema de numeração decimal
➔ Um pouco da história dos números
➔ Criando símbolos e regras
➔ O sistema de numeração decimal e os algarismos indos-arábicos
➔ Leitura e escrita de números no sistema de numeração decimal
➔ Matemática – Uma grande criação da humanidade
Números naturais
• Os números naturais e os processos de contagem
• A reta numérica e os números naturais
141
Adição e subtração de números naturais
➔ As ideias de adição e subtração
➔ O cálculo mental nas adições e subtrações
➔ Estimando por arredondamento
2º Bimestre
Multiplicação e divisão de números naturais
➔ As idéias de multiplicação
➔ A divisão
➔ Expressões numéricas
➔ Propriedade distributiva da multiplicação
➔ Resolução de problemas
Potenciação e raiz quadrada de números naturais
➔ Potenciação
➔ Quadrados, cubos e potenciações.
➔ O expoente 0 e o expoente 1
➔ Raiz quadrada
Múltiplos e divisores
➔ Sequencia dos múltiplos de um número
➔ Critérios de divisibilidade – economizando cálculos
➔ Os fatores de um número natural
➔ Quando os múltiplos se encontram
➔ Divisores comuns e o MDC
➔ Jogando com os múltiplos
3º Bimestre
Frações
➔ Inteiro e partes do inteiro
➔ Frações de uma quantidade
➔ Números mistos e frações impróprias
➔ Frações equivalentes
➔ Comparação de frações
➔ Operações com frações
➔ Inverso de uma fração
➔ Potenciação e raiz quadrada de frações
4º Bimestre
142
Números decimais
➔ A notação decimal
➔ Numerais decimais e o registro de medidas
➔ Números decimais na forma de fração
➔ Comparando números decimais
➔ Adição e subtração de números decimais
➔ Multiplicando e dividindo por 10, 100, 1000.
➔ Multiplicação de números decimais
➔ Divisão de números naturais com quociente decimal
➔ Divisão de números decimais
Porcentagens
➔ O que é porcentagem?
➔ Calculando porcentagens
➔ A forma decimal das porcentagens
6º Série
1º Bimestre
Aprendendo mais sobre frações e números decimais
➔ Fração e divisão
➔ Frações equivalentes
➔ Frações e números decimais na reta numérica
➔ Expressões numéricas
➔ Potenciação e raiz quadrada de números decimais
2º Bimestre
Proporcionalidade
➔ O que é grandeza?
➔ Comparando grandezas
➔ Grandezas diretamente proporcionais
➔ Escalas, plantas e mapas.
Razão e porcentagem
➔ Porcentagem
➔ Da parte para o todo
➔ Cálculo direto de descontos e acréscimos
143
3º Bimestre
Números negativos
➔ Onde encontramos números negativos?
➔ Comparando números
➔ Reta numérica
➔ Distâncias na reta numérica
➔ Adição e subtração com números negativos
➔ Multiplicação e divisão com números negativos
➔ Potenciação com base negativa
➔ Raiz quadrada
➔ Expressões numéricas
4º Bimestre
Equações
➔ Letras e padrões
➔ Letras e números desconhecidos
➔ Algumas operações com letras
➔ Balanças em equilíbrio e equações
➔ Aplicando o que aprendemos na resolução de problemas
Inequações
➔ Desigualdades – símbolos e propriedades
➔ Inequações
➔ Exercitando a resolução de inequações
7° Série
1º Bimestre
Conjuntos numéricos
➔ Números naturais
➔ Números inteiros
➔ Números racionais
➔ Representação dos números racionais
➔ Números irracionais
➔ Pi – um número irracional
➔ Números reais
➔ Os números reais e as operações
144
2º Bimestre
Potenciação e notação científica
➔ Expoentes inteiros
➔ Propriedades das potências
➔ Potências de base 10
➔ Notação científica
Radiciação
➔ Aprendendo mais sobre raízes
➔ Raízes exatas
➔ Raízes não-exatas
3º Bimestre
Cálculo algébrico
➔ Variáveis
➔ Expressões algébricas
➔ Monômios e polinômios
➔ Operações e expressões algébricas
➔ Multiplicação de polinômios
Produtos notáveis e fatoração
➔ Produtos notáveis
➔ Fatoração
4º Bimestre
Frações algébricas
➔ Letras no denominador
➔ Resolvendo problemas
➔ Simplificando frações algébricas
➔ Adição e subtração com frações algébricas
➔ Novos problemas e equações
Sistemas de equações
➔ Descobrindo o método de substituição
➔ O método de adição
➔ Dízimas periódicas na forma de fração
Possibilidades e estatísticas
➔ Contando possibilidades
➔ Gráficos de segmentos
145
8º Série
1º Bimestre
Potenciação e radiciação
➔ Revendo a potenciação
➔ Propriedades das potências
➔ Revendo a radiciação
➔ Expoentes racionais
➔ Propriedades dos radicais
➔ Simplificação de radicais
➔ Adição e subtração de radicais
➔ Cálculos de radicais
➔ Racionalização
2º Bimestre
Equações do 2º grau
➔ Equações
➔ Resolvendo equações do 2º grau
➔ Forma geral de uma equação do 2º grau
➔ Trinômios quadrados perfeitos e equações do 2º grau
➔ Fórmula geral de resolução da equação do 2º grau
➔ Resolvendo problemas
➔ Soma e produto das raízes de uma equação do 2º grau
➔ Equações irracionais
➔ Equações biquadradas
3º Bimestre
Função
➔ Conceito de função
➔ As funções e suas aplicações
➔ Da tabela para a lei de formação de função
➔ Interpretando gráficos
➔ Construindo gráficos de funções
Noções de probabilidade
Qual é a chance?
146
As probabilidades e a estatística
População e amostra
4º bimestre
Relações métricas nos triângulos retângulos
➔ O teorema de Pitágoras
➔ Teorema de Pitágoras, quadrados e triângulos.
➔ Relações métricas nos triângulos retângulos
Trigonometria no triângulo retângulo
As razões trigonométricas
As razões trigonométricas e os ângulos de 30°, 45° e 60°.
Porcentagem e juro
➔ Revendo porcentagens, descontos e acréscimos.
➔ Juro
Metodologia da Disciplina
É necessário que o processo de ensino e aprendizagem em matemática
contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos ligados á matemática e a outras áreas do
conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o
aluno analisar e transformar questões sociais, políticas, econômicas e
históricas.
Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica. O papel
da teoria científica é oferecer condições para a apropriação dos aspectos que
vão além daqueles observados pela aparência da realidade.
Pretende-se utilizar estratégias diversificadas, para incentivar a
aprendizagem do aluno, com materiais ou referências do cotidiano dos alunos.
Os jogos, os meios visuais e a abordagem histórica sobre a matemática
ou os seus matemáticos, isto tudo deve ser utilizado de forma adequada e no
momento adequado.
147
Expor e programar atividades que levem a um aperfeiçoamento dos
métodos e técnicas de estudo.
No Ensino Fundamental o aluno será frequentemente solicitado a
justificar processos de resolução, a encadear raciocínios, a confirmar
conjecturas, demonstrar fórmulas e alguns teoremas, também, o aluno será
instigado a encontrar soluções através de estimativas e cálculo mental.
Possibilitar aos alunos o trabalho em grupo, trabalhos exteriores à sala
de aula e projetos.
O professor deverá buscar sempre uma metodologia que valorize todas
as suas individualidades, estimulando, motivando e conscientizando os alunos
de suas potencialidades. Formando-se assim um ambiente de trabalho
agradável, onde a estrutura cognitiva do aluno tenha subsídios para um bom
desenvolvimento. Alcançando assim todos os objetivos.
Critérios de Avaliação
É importante que se busquem alternativas para a mudança gradativa do
tipo de avaliação tradicional, onde apenas o objetivo é classificatório.
Na disciplina de Matemática, procuramos ir de encontro com o que esta
instituição de ensino busca de modo a agir de maneira como pede a Lei de
Diretrizes e Bases de Educação Nacional, Lei nº 9394/96, em seu artigo 24,
inciso V, que trata de um dos critérios da verificação do rendimento escolar:
“Avaliação cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais”.
O professor não pode abandonar o que vem praticando até agora, mas
deve refletir sobre as suas práticas avaliativas, no sentido de concluir se não
estão sendo meramente classificatórias ou até punitivas.
148
A avaliação deve atender as necessidades de seus alunos, sendo uma
prática contínua e mediadora. Para que seja eficaz, o professor deverá se
inteirar do que o aluno já sabe e determinar seus objetivos.
Há a necessidade de ajustes constantes, e que a avaliação contemple a
observação de avanços e da qualidade de aprendizagem alcançada em relação
aos objetivos previamente definidos.
Por outro lado, as avaliações devem ser somativas, considerando um
total de cem pontos no bimestre, subdividido em: provas, trabalhos, pesquisas,
participações em aula, testes e outros.
O processo de recuperação paralela acontecerá de forma a priorizar o
atendimento a alunos que não alcançaram rendimento suficiente,
oportunizando uma avaliação que analisará sua capacidade de progressão no
processo de aprendizagem.
Ao final do ano letivo será calculada a média final: somando-se as médias
de cada bimestre. De modo que, será considerado aprovado o aluno que
apresentar rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), e frequência
igual ou superior a 75 % do total das horas letivas.
O aluno que não atingir a frequência citada anteriormente será
reprovado e se não atingir o rendimento mínimo (média anual igual ou superior
a 60) passará por avaliação do conselho de classe, onde serão analisadas as
condições de avanços e a progressão dos estudos, para então ser tomada a
decisão, coletiva, da aprovação ou reprovação do educando.
149
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
CIÊNCIAS
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
150
Marechal Cândido Rondon
2010
1. JUSTIFICATIVA
O objeto de estudo da disciplina de Ciências é o conhecimento científico,
ele resulta da investigação da natureza. A Natureza é entendida no ponto de
vista científico como, o conjunto de elementos integrados que constitui o
Universo em toda sua complexidade.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e
coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões
sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas. No entanto ela não
revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir
da aplicabilidade de método (s) científico (s). Mas diante da
complexidade dos fenômenos naturais, os modelos são incapazes de
uma descrição de sua universalidade, tendo em vista “que é impossível,
mesmo ao mais completo cientista, dominar todo o conhecimento no
âmbito de uma única especialidade”
Portanto, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma
construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições
num determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico,
tecnológico, cultural, religioso, ético e político, evitando creditar seus
resultados a supostos “cientistas geniais”.
Diante disto, a responsabilidade maior ao ensinar ciências está
intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica,
com um conjunto de conhecimentos que facilitariam aos homens e
mulheres uma leitura crítica do mundo em que vive como também o
entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no
âmbito da ciência.
2. OBJETIVO
151
Proporcionar ao aluno a capacidade de entender a realidade em sua volta,
de situar-se no mundo participando de forma ativa na sociedade, sendo capaz
de compreender criticamente uma notícia, de ler um texto científico, de
entender e avaliar questões de ordem social e política, constituindo
conhecimentos e habilidades mínimas necessárias para que o aluno se sinta
alfabetizado cientificamente e tecnologicamente, proporcionando o
desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva frente às descobertas e os
fatos científicos do mundo real. Mas para isso se faz necessário, no ensino de
Ciências ampliarem os conhecimentos metodológicos para abordar os
conteúdos escolares de modo que os estudantes superem os obstáculos
conceituais oriundos de sua vida cotidiana. Pois no processo de ensino-
aprendizagem a construção de conceitos pelo estudante não difere, em
nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos não sistematizados que
traz de sua vida cotidiana.
Para que os alunos possam compreender a natureza como um todo
dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do
mundo em que vivem em relação essencial com os demais seres vivos e outros
componentes do ambiente; saber utilizar conceitos como energia, espaço,
sistema, equilíbrio e vida.
Ter uma visão real do mundo isento de preconceito com uma postura
adequada em relação à natureza, como integrante de uma sociedade que
interage no ambiente que o cerca.
Despertar nos alunos a consciência de uma responsabilidade e capacidade
de alterar os ecossistemas, entender e apropriar-se de tecnologias que o
ajudarão a viver melhor, preservando a sua saúde e o meio ambiente,
fundamental a sobrevivência do ser humano e da biodiversidade.
Proporcionar aos alunos uma visão sobre o corpo humano como um sistema
integrado, que interage com o ambiente e reflete a história de vida de cada
sujeito.
Estando o conhecimento do corpo humano associado a um melhor
conhecimento do seu próprio corpo, por ser exclusivo de cada um e por ser
único, e com o qual o aluno tem a intimidade e uma percepção subjetiva que
152
ninguém mais pode ter, fica mais fácil e interessante trabalhar e apreender
atitudes de respeito com seu corpo e as diferenças individuais.
Proporcionar aos alunos a capacidade de utilizar conceitos científico
básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço, tempo,
sistema, equilíbrio e vida. Tornando este estudo mais interessante através de
experimentos que relacione o conhecimento adquirido com a sua realidade,
tornando assim o conteúdo mais fácil de ser assimilado.
3- CONTEÚDO
5ª Série
1° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
➔ Astronomia
➔ Matéria
➔ Energia
Conteúdos Básicos
➔ A Terra: um planeta do Sistema Solar
➔ A estrutura da Terra
Conteúdos Específicos
2 A terra no espaço
3 As estações do ano
4 A Lua
5 A origem do sistema Solar
6 Os planetas do sistema Solar
7 Formação da Terra
8 O interior da Terra
9 A composição da Crosta terrestre;
10 Tipos de Rocha
11 Os fósseis
12 As placas da litosfera e sua movimentação
13 A teoria da Deriva dos Continentes.
153
2° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
2 Matéria
3 Sistemas Biológicos
4 Energia
Conteúdos Básicos
➔ Conhecendo o solo
➔ A água na Terra
Conteúdos Específicos
➔ O solo
➔ O solo sustenta a vida
➔ Propriedades dos solos
➔ Os solos brasileiros
➔ Desgastes do solo
➔ Manejo adequado do solo
➔ O solo e a saúde
➔ A água nos seres vivos e na Terra
➔ Estados físicos da água
➔ O ciclo da água
➔ Propriedades da água
➔ Tratamento da água
➔ A água e a saúde
3° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
2 Matéria
3 Energia
Conteúdos Básicos
2 O ar na Terra
3 Os materiais se transformam
Conteúdos Específicos
154
4 A atmosfera
5 Gases da atmosfera
6 Os fenômenos atmosféricos
7 Propriedades do ar
8 O ar em movimento
9 Transformações químicas
10 Transformações físicas
11 Características dos materiais
12 Os estados físicos dos materiais.
4° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
➔ Sistemas Biológicos
➔ Energia
➔ Biodiversidade
Conteúdos Básicos
A vida e o ambiente
Variedade de ecossistemas
Conteúdos Específicos
➔ Componentes e Organização do ecossistema
➔ Relações alimentares nos ecossistemas (I) e (II)
➔ Estratégias de vida nos Ecossistemas
➔ Tipos de ecossistemas
➔ As florestas e matas brasileiras (I) e (II)
➔ O cerrado, a caatinga e os pampas
➔ Os ecossistemas aquáticos
➔ O pantanal Mato - Grossense e os manguezais
6ª Série
1° Bimestre
Conteúdos Estruturantes
Astronomia
155
Matéria
Energia
Biodiversidade
Conteúdos Básicos
1. As interações entre os seres vivos
2. A energia luminosa e os seres vivos
Conteúdos Específicos
➔ As populações
➔ A s relações ecológicas (I) e (II)
➔ Ação humana nos ecossistemas
➔ Formação e renovação dos ecossistemas
➔ O sol e a energia
➔ O calor e os seres vivos
➔ As estratégias dos seres vivos no ambiente.
➔ A luz e os seres vivos
2° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
➔ Matéria
➔ Biodiversidade
➔ Energia
Conteúdos Básicos
A organização e a origem dos seres vivos
O registro da diversidade da vida
Conteúdos Específicos
a) A organização dos seres vivos
b) A célula
c) As principais estruturas celulares
d) As células procariontes e eucariontes
e) A terra antes do surgimento da vida
f) A origem e a evolução dos primeiros seres vivos
g) Outras teorias sobre a origem da vida
h) A classificação dos seres vivos
156
i) Os cinco reinos dos seres vivos
j) Os vírus
k) O reino Monera
l) O ambiente, a saúde e os seres microscópicos
m)O reino Plantae
n) O reino Protoctista
o) O reino Fungo
p) O reino Animal
3° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
➔ Sistemas Biológicos
➔ Biodiversidade
Conteúdos Básicos
d) O reino Planta (I)
e) O reino Planta (II)
Conteúdos Específicos
Características das plantas
As células e os tecidos vegetais
A nutrição das plantas
Classificação das plantas
Plantas sem sementes
Plantas com sementes
A raiz
O caule
A folha
O fruto
A semente
4° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
Sistemas Biológicos
157
Energia
Matéria
Conteúdos Básicos
➔ O reino Animal: os invertebrados
➔ O reino Animal: os vertebrados
Conteúdos Específicos
• O reino Animal
• Poríferos e acnidários
• Platelmintos
• Nematódeos
• Moluscos
• Anelídeos
• Artrópodes
• Equinodermos
• Parasitoses
• Os vertebrados
• Os peixes
• Os anfíbios
• Os répteis
• As aves
• Os mamíferos
7ª Série
1° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Conteúdos Básicos
O ser humano: evolução e estrutura
A nutrição: alimentos, nutrientes e digestão
Conteúdos Específicos
158
• O ser humano: Evolução e estrutura
• O desenvolvimento do cérebro
• A comunicação humana
• Os movimentos humanos
• O comportamento humano
• A célula
• O núcleo e a informação hereditária
• O núcleo e a divisão celular
• Os tecidos animais
• A nutrição: alimentos
• As vitaminas e os sais minerais
• Os carboidratos
• Os lipídios e as proteínas
• A energia nos alimentos
• A dieta adequada
• A nutrição: O sistema digestório
• As etapas da digestão (I) e (II)
• Algumas doenças do sistema digestório
2° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
➔ Sistemas Biológicos
➔ Energia
Conteúdos Básicos
➔ A nutrição: transporte e circulação do sangue
➔ A nutrição: respiração e excreção
Conteúdos Específicos
➔ Sistema cardiovascular
➔ Sangue e seus componentes
➔ O coração e suas cavidades
➔ A circulação
➔ O sistema linfático
➔ O sistema imunitário
159
➔ A saúde do sistema cardiovascular
➔ A saúde do sistema linfático
➔ A respiração: o sistema respiratório
➔ Os movimentos respiratórios
➔ A respiração celular
➔ A saúde e a sociedade
➔ A excreção
➔ A formação da urina
➔ As doenças do sistema urinário
3° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
➔ Sistemas Biológicos
➔ Energia
Conteúdos Básicos
➔ A coordenação nervosa e hormonal
➔ Os sentidos e a locomoção
Conteúdos Específicos
➔ O sistema nervoso
➔ O sistema nervoso central
➔ O sistema nervoso periférico
➔ O sistema endócrino
➔ Distúrbios neurológicos e desequilíbrios hormonais
➔ As drogas
➔ Os sentidos e a locomoção
➔ Visão; audição
➔ O sistema esquelético
➔ O sistema muscular
➔ As articulações
➔ Lesão nos ossos e músculos
4° BIMESTRE
160
Conteúdos Estruturantes
• Sistemas Biológicos
• Biodiversidade
Conteúdos Básicos
A reprodução humana
O gene: Herança e evolução
Conteúdos Específicos
Crescimento e mudança no corpo humano
O sistema genital masculino
O sistema genital feminino
O ciclo mestrual
A fecundação
A gravidez, a gestação e o parto
Os métodos anticoncepcionais
Os genes
Genoma e genômica
Os cromossomos e o cariótipo;
Mendel e a origem da Ciência Genética
Hereditariedade humana
Darwin e Wallace
Evolução biológica
Evidências da Evolução
Seleção e adaptação
8ª Série
1° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Conteúdos Básicos
➔ As propriedades dos materiais
➔ As transformações dos materiais
161
Conteúdos Básicos
➔ A matéria e suas propriedades
➔ Os estados físicos da matéria
➔ Mudanças de estado físico da matéria
➔ Substâncias puras e misturas
➔ Soluções
➔ A separação de misturas
➔ Átomo e elementos
➔ As ligações químicas
➔ As reações químicas
➔ Energia nas relações químicas
➔ A velocidade das reações químicas
➔ Diversidade das substâncias
2° BIMESTRE
Conteúdos estruturantes
Matéria
Energia
Conteúdos Básicos
1) Ciclos dos materiais
2) Energia, calor e temperatura
Conteúdos Específicos
- O ciclo do carbono
- O ciclo do oxigênio
- O ciclo do nitrogênio
- Os compostos orgânicos
- Energia
- Transformações de energia
- Temperatura e calor
- A medida da temperatura
- Transmissão do calor
- Dilatação e contração térmicas
3° BIMESTRE
162
Conteúdos Estruturantes
➔ Energia
Conteúdos Básicos
➔ Ondas, som e luz
1. A eletricidade o magnetismo
Conteúdos Específicos
➔ As ondas: tipos e características
➔ O som
➔ A propagação do som
➔ A reflexão do som
➔ A luz
➔ Reflexão e refração da luz
➔ As cargas elétricas
➔ A corrente elétrica
➔ O circuito elétrico
➔ O magnetismo
➔ O electromagnetismo
4° BIMESTRE
Conteúdos Estruturantes
➔ Energia
Conteúdos Básicos
➔ Movimentos e forças
➔ Tecnologias de Informação e Comunicação
Conteúdos Específicos
➔ Os movimentos
➔ Forças
➔ Trabalho e máquinas
➔ Princípios da Dinâmica
➔ A inclusão Digital
➔ O computador
➔ A internet
163
4. METODOLOGIA
Os conteúdos de ciências serão desenvolvidos e expostos para os
educando, através dos seguintes recursos: (textos complementares, livros
didáticos, revistas científicas, jornais, cartazes, mapas, Tv Paulo Freire,
aparelho de DVD, computadores), Esses recursos serão utilizados através de
exposição verbal, aulas no laboratório de informática, atividades de fixação,
aulas audiovisuais, palestras, trabalhos individuais e grupais, visitas de estudos
e observações a locais adequados para o enriquecimento dos conteúdos
trabalhados. E também relacionar a cultura e a história Afro Brasileira ( Lei
10.639/03), e a história e cultura dos povos Indígenas ( Lei 11.645/08) com os
assuntos discutidos no decorrer das aulas de ciências, para que os alunos
possam ter conhecimento da história, da cultura, da religião e da arte de cada
grupo.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação será feita através de observações dos diversos processos
cognitivos dos alunos, como: memorização, observação, percepção, descrição,
argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de
hipóteses, entre outros.
Esses processos serão avaliados de forma Individual e coletiva por meio
dos seguintes instrumentos avaliativos: prova oral, prova objetiva, prova
escrita, seminários, exposições de cartazes, maquetes, relatórios e outros
critérios adotados pelo professor, onde 70% da nota serão em avaliações
como: prova escrita, oral, objetiva, testes e trabalhos de pesquisa com
apresentação e 30% de atividades extras, totalizando 10,0%. A recuperação
será feita logo após à avaliação, mas antes será feita a retomada de conteúdo
para que o aluno possa ter a oportunidade de compreender e absorver o
conteúdo não assimilado na avaliação.
6. Referências
Barros, Carlos. Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Série 62 ed. São Paulo
164
Secretária do Estado de Educação; Diretrizes Curriculares da Educação
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008.
Projeto Araribá, Ciências. 5º, 6º, 7º e 8º Série – Manual do Professor, Editora
Moderna. 2008.
Valle, Cecília. Terra e Universo - 5ª Série- Editora Positivo, 2004.
Valle, Cecília. Vida e Ambiente - 6ª Série- Editora Positivo, 2004.
Valle, Cecília. Ser Humano - 7ª Série- Editora Positivo, 2004.
Valle, Cecília. Tecnologia e Sociedade – 8ª Série Editora Positivo, 2004.
Site:www.youtube.com
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
165
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2010
JUSTIFICATIVA
A disciplina de Geografia trabalha com quatro eixos de conteúdo: a
dimensão econômica da produção do/no espaço; a dimensão sócio-ambiental;
a dimensão cultural demográfica e a questão geopolítica.
166
Esses conteúdos subsidiam os alunos a pensar e agir criticamente,
buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo,
preparando-o para uma leitura critica da produção social do espaço.
A leitura e a compreensão do espaço geográfico ocorrem através da
exploração de formas de pesquisa, da linguagem cartográfica, de conceitos
que embasam o estudo do espaço e da análise da realidade e da linguagem
gráfica como meios para compreender o espaço geográfico e seu processo de
construção.
A exploração de conteúdos leva o aluno a analisar e comparar as
relações entre preservação e degradação da vida no planeta, a partir do
conhecimento de sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais,
econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza nas
diferentes escalas: local, regional, nacional e global. Sendo assim oportuniza a
compreensão de que o espaço geográfico resulta da interação entre a
sociedade e a natureza, numa construção que ocorre historicamente, e que
exige uma atitude responsável de cuidado com os meios natural e social,
resgatando com isso, a dignidade humana e possibilitando uma análise critica
da sociedade e uma atitude cidadã.
A cidadania é tratada como participação social e política, bem como, o
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, para o qual é necessário
adotar no cotidiano, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as
injustiças, respeitando o outro e conquistando respeito para si.
Os conteúdos permitem ainda perceber que os homens constroem, se
apropriam e interagem com o espaço geográfico de diferentes formas,
propiciando a busca de uma postura critica diante da realidade, de forma a
contribuir pra a formação de uma sociedade justa e verdadeira. Dessa forma
instrumentalizando o desenvolvimento da capacidade de observar, interpretar,
analisar e avaliar para pensar criticamente a realidade, através da busca dos
determinantes históricos das transformações naturais, sociais, econômicas,
culturais e políticas no seu lugar, comparando, analisando e sintetizando a
167
densidade das relações e transformações que tornam concreta a realidade
para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de mudanças e
melhorias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª série
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico.
- As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.
- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª série
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores
estatísticos.
168
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico.
- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7ª série
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- O comércio em suas implicações socioespaciais.
- A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
8ª série
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
169
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
5º SÉRIE
1º Bimestre 2009
A Geografia e a compreensão do mundo.
Paisagem, espaço e lugar.
. As paisagens e seus elementos. O espaço geográfico. O lugar.
O trabalho e a transformação do espaço geográfico.
. O trabalho humano. As relações entre trabalho e paisagem.
O parque nacional das Nascentes do Rio Parnaíba.
Orientação no espaço geográfico
. A orientação. A orientação pelo Sol. A orientação pela bússola. Os modernos
instrumentos de orientação. A orientação pela lua.
Localização no espaço geográfico.
. Os paralelos e os meridianos. A latitude e a longitude.
O marco Zero.
O planeta terra.
Apresentando o planeta terra.
.A Terra: características gerais. Os movimentos da terra. Os fusos horários. A
linha internacional de mudança de data. Os fusos horários no Brasil.
A origem da terra
. O tempo geológico. A terra por dentro e por fora.
Exploradores batem recordes nas profundezas da Terra.
Como se formaram os continentes da Terra.
. A deriva continental.
170
Aterra em movimento: placas tectônicas, vulcões e terremotos.
.A teoria das placas tectônicas. Os vulcões. Os terremotos. Dobramentos e
falhamentos.
2º Bimestre 2009
Os continentes, as ilhas e os oceanos.
Os continentes.
.A divisão física e a divisão política das terras emersas. A América. A África. A
Antártida. A Ásia. A Europa. A Oceania.
- Peculiaridades da Cultura Afro descendente – lei 10.639/03
Ilhas oceânicas e ilhas continentais.
. As ilhas e os arquipélagos.
Atol das roscas.
Os oceanos e os mares.
. Os oceanos. Os mares.
A água nos continentes.
.A distribuição da água doce nos continentes. O ciclo da água. Onde esta a
água doce dos continentes?
O aqüífero Guarani.
Relevo e hidrografia.
-As principais formas do relevo terrestre.
. As formas do relevo.
Os processos de formação e transformação do relevo.
. Agentes internos. Agentes externos. Os seres humanos.
O magma endurecido.
- O relevo brasileiro.
. As principais formas de relevo no Brasil.
- A importância dos rios e as hidrografias do Brasil.
. A importância dos rios. As bacias hidrográficas do Brasil.
O Mar Morto.
3º Bimestre 2009
Clima e vegetação
O clima.
. Tempo e o clima. Elementos e fatores climáticos.
171
Os climas da terra e do Brasil.
. Os climas do Brasil.
Alterações climáticas.
As grandes paisagens vegetais da Terra.
. Tipos de paisagens vegetais.
A vegetação brasileira.
. Tipos de vegetação do Brasil.
Trilha ecológica da Chapada dos Veadeiros.
O campo e a cidade.
O espaço rural e suas paisagens.
. Paisagem rural.
Problemas ambientais no campo.
. A degradação do solo. Impactos ambientais resultantes da irrigação.
Os danos causados pelos inseticidas.
O espaço urbano e suas paisagens.
. Os diferentes tipos de paisagens urbanas.
Os principais problemas urbanos no Brasil.
. Moradias precárias. Transporte urbano. Lixo urbano. Água e esgoto. Ilhas de
calor.
Cidade sufocada.
4º Bimestre 2009
Atividades econômicas I: extrativismo e agropecuária.
Atividades econômicas e recursos naturais.
. O trabalho humano e a exploração dos recursos naturais. Recursos naturais e
fontes de energia. Os recursos naturais no Brasil. Recursos naturais e
atividades econômicas.
O extrativismo.
. A mais antiga das atividades.
O petróleo sai de cena.
A Agricultura.
.As diferenças na produção agrícola mundial. Condições naturais necessárias
para o desenvolvimento da agricultura. Os principais produtos agrícolas.
172
Sistemas de produção agrícola. Tipos de agricultura. Empresas agrícolas e
agroindústrias. Produtos agrícolas no Brasil.
A pecuária.
. A relação entre a pecuária e a agricultura. Animais criados pela pecuária e
sistema de produção. A pecuária no Brasil.
O sucesso do agro negócio brasileiro.
Da máquina a vapor ao robô.
. Da produção manual às máquinas.
Tipos de indústrias.
. Classificação dos tipos de indústrias.
Japão, o campeão da produção industrial.
O comércio.
.Tipos de comércio.
A prestação de serviços.
. A expansão do setor de serviços. O rápido crescimento do turismo.
A memória da indústria.
.
6ª SÉRIE
1º BIMESTRE:
FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
➔ Extensão do território
➔ Os limites territoriais
➔ Expansão territorial
LOCALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
➔ Onde está o Brasil?
➔ Extensão latitudinal e as paisagens do Brasil
➔ As longitudes e os horários no mundo
➔ Extensão longitudinal e horários no Brasil
REGIONALIZAÇÃO DO TERRITORIO
➔ O que é regionalizar
➔ Por que regionalizar
173
BRASIL: REGIÕES E POLITICAS REGIONAIS
➔ Regionalização do IBGE
➔ Os complexos regionais
➔ Políticas regionais no Brasil
POPULAÇÃO / QUANTOS SOMOS E ONDE VIVEMOS
➔ Pesquisas sobre população
➔ Distribuição da população brasileira pelo território
➔ Mudanças sociais, mudanças no numero da população
➔ Pirâmide etária
➔ População Afro descendente no Brasil – lei 10.639/03
DIVERSIDADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
➔ Os povos indígenas
➔ Os povos africanos
➔ A imigração para o Brasil
➔ Brasil: uma democracia racial.
OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS NO BRASIL
* O que é migração e por que as pessoas migram
* Migração externas e internas
A POPULAÇÃO E O TRABALHO NO BRASIL
➔ População Economicamente ativa (PEA) no Brasil
➔ A PEA e a distribuição da renda
➔ O desemprego e seus fatores
➔ Novas profissões
➔ Os trabalhadores na economia informal
➔ Mapa do trabalho infantil no Brasil
2º BIMESTRE
BRASIL CAMPO E CIDADE
174
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL
➔ População urbana no Brasil e no mundo
➔ A urbanização e a industrialização brasileira
➔ O inicio da industrialização do Brasil
➔ Concentração e descentralização industrial
REDE URBANA, PROBLEMAS SOCIAIS E AMBIENTAIS URBANOS
➔ Rede urbana e centralidade
➔ As regiões metropolitanas
➔ Problemas sociais nas cidades
➔ Problemas ambientais nas cidades.
O USO DA TERRA NO MEIO RURAL BRASILEIRO
➔ Modernização do campo e o uso da terra
A CONCENTRAÇÃO DE TERRAS E OS CONFLITOS NO CAMPO
➔ A concentração de terras
➔ Os conflitos no campo
REGIAO NORTE
APRESENTAÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS
➔ Amazônia e Região Norte são sinônimos?
➔ A presença da Floresta Amazônica
➔ A região das águas
➔ O clima da Região Norte
➔ Aspectos do Relevo
EXPLORAÇÃO E OCUPAÇÃO D REGIAO NORTE
➔ Exploração econômica e ocupação do território
➔ A integração da Amazônia
➔ Extrativismo mineral
OCUPAÇÃO E DEVASTAÇÃO NA AMAZÔNIA LEGAL
Expansão urbana
175
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL E AS COMUNIDADES
TRADICIONAIS
Produzir, consumir, produzir, consumir...,
Desenvolvimento sustentável
As comunidades tradicionais
As reservas Extrativas
3º BIMESTRE
REGIÃO NORDESTE
NORDESTE: ASPECTOS FÍSICOS
O clima e a vegetação do Nordeste
A hidrografia e o relevo do nordeste
A indústria da seca
A transposição das águas do São Francisco
NORDESTE: OCUPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
O espaço colonial o Nordeste
A decadência econômica do Nordeste
AS SUB-REGIÕES DO NORDESTE
O Nordeste e suas sub-regiões
NORDESTE: ESPAÇO GEOGRAFICO ATUAL
O crescimento econômico
Atividades econômicas
Os serviços
Indicadores sociais do Nordeste
REGIÃO SUDESTE
ASPECTOS FÍSICOS
A vegetação original e sua devastação
176
O clima do sudeste
Relevo e hidrografia da região sudeste
A OCUPAÇÃO DO SUDESTE
A mineração e a ocupação do sudeste
A cafeicultura e a organização do espaço no Sudeste
SUDESTE: ORGANIZAÇÃO ATUAL DO ESPAÇO
Concentração econômica
Concentração populacional
ECONOMIA DO SUDESTE
As atividades industriais
O setor terciário
O espaço agrário do Sudeste
O extrativismo.
4º BIMESTRE
REGIÃO SUL
ASPECTOS FISICOS
O clima da região sul
A vegetação da região sul
A OCUPAÇÃO DO ESPAÇO SULISTA
A expansão da ocupação na Região Sul
A criação do gado e o caminho dos tropeiros
A imigração consolidou a ocupação
ASPECTOS DA POPULAÇÃO DA RGIAO SUL
Aspectos da população do Sul
Traços europeus na população sulista
Indicadores sociais da região sul
A ECONOMIA DO SUL
Características gerais da economia sulista
177
A pecuária
A agricultura
O extrativismo
A industrialização da região Sul
As atividades terciárias
REGIÃO CENTO-OESTE
ASPECTOS FÍSICOS
A vegetação original e remanescente
O cerrado
O pantanal
Relevo e hidrografia
Aproveitamento econômico dos rios
IMPACTOS AMBIENTAIS NO CERRADO E NO PANTANAL
Impactos ambientais no cerrado
Impactos ambientais no Pantanal
CENTRO-OESTE: EXPANSÃO DO POVOAMENTO
A ocupação da região
Projetos de colonização, abertura de estradas e expansão da fronteira
agrícola
Brasília: uma estratégia de inteiração
CENTRO-OESTE: CRESCIMENTO ECONOMICO
A atividade pecuária
A produção agrícola
O extrativismo
O turismo
As atividades industriais
7ª SÉRIE
178
1º BIMESTRE
GEOGRAFIA E REGIONALISAÇÃO DO ESPAÇO
O MUNDO DIVIDIDO: PAISES CAPITAISTAS E SOCIAISTAS
O sistema capitalista
As características do capitalismo
O sistema socialista
A regionalização do mundo em bloco capitalista e socialista
REGIONALIZAÇÃO PELO NIVEL DE DESENVOLVIMENTO
Os países desenvolvidos
Os países subdesenvolvidos
PAISES DO NORTE E DO SUL
Uma nova regionalização
REGIONALIZAÇÃO DE ACORDO COM O IDH, 30
O índice de desenvolvimento humano
ECONOMIA GLOBAL
A ECONOMIA MUDIAL ATUAL
Características da economia global
A economia e a transformação do espaço geográfico
A economia e o aumento do desemprego
AS TRANSNACIONAIS
A importância das transnacionais na economia global
Transformacionais
concorrência e parceria
Petrobras uma transnacional brasileira
OS FINANCIADORES DA ECONOMIA MUNDIAL
Fundo monetário internacional e o banco mundial
A organização mundial do comércio
179
OS BLOCOS ECONOMICOS
2º BIMESTRE
O CONTINENTE AMERICANO
A LOCALIZAÇÃO E A REGIONALIZAÇÃO
Características gerais
Regionalização pelo critério físico
A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO CONTINENTE AMERICANO
A América pré-colombiana
Conquista do continente
A influência da população Africana escravizada na formação histórica do
continente Americano. Lei 10.639/03.
CONTINENTE AMERICANO: RELEVO E HIDROGRAFIA
O relevo
A hidrografia
CLIMA E VEGETAÇÃO
Os fatores do clima
Tipos climáticos
Vegetação
A POPULAÇÃO E A ECONOMIA DA AMÉRICA
POPULAÇÃO DA AMÉRICA
Características demográficas
ATIVIDADES DO SETOR PRIMARIO NA AMÉRICA
Recursos naturais
Agropecuária
O DESENVOLVIMENTO DO SETOR SECUNDÁRIO
Indústria
180
O CRESCIMENTO DO SETOR TERCEARIO
As transformações do setor terciário
3º BIMESTRE
A AMÉRICA DO NORTE
ESTADOS UNIDOS: POPULAÇÃO E TERRITÓRIO
Formação de território
Expansão para o oeste
O imperialismo
Os aspectos naturais do território
EUA POTENCIA ECONOMICA E MILITAR
A força econômica
Potência militar
Terrorismo contra EUA
CANADÁ, MAIOR PAÍS DA AMÉRICA.
Território e população
Economia
MÉXICO: ENTRE OS PAÍSES RICOS E POBRES
Território e população
Economia
AMÉRICA CENTRAL, AMERICA ANDINA E GUIANAS
AMÉRICA CENTRAL: ISTMICA E INSULAR
América Central ístmica:população e território
América Central insular: território e população
AMÉRICA ANDINA, CHILE BOLIVIA E PERU
América Andina: território, população e economia
AMÉRICA ANDINA, VENEZUELA EQUADOR E COLOMBIA
181
A Venezuela
O Equador
A Colômbia
GUIANA SURINAMI E GUIANA FRANCESA
Características gerais
4º BIMESTRE
AMÉRICA PLATINA
AMÉRICA PLATINA
Características gerais
O PARAGUAI
Território, população e economia
URUGUAI
Território população e economia
ARGENTINA
História e organização do território
O BRASIL
POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
O que é geopolítica
BRASIL POTENCIA REGIONAL
Relações políticas e econômicas com países visinhos
BRASIL E AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
MERCOSUL
ALCA
O Brasil e a ONU
O Brasil G3 e G20
182
O BRASIL NO MUNDO GLOBALIZADO
A globalização da economia brasileira
8ª SÉRIE
1º BIMESTRE:
PAÍSES E CONFITOS MUNDIAIS:
ESTADO, TERRITÓRIO E NAÇÃO.
O mapa do mundo.
O Estado.
A Nação.
O Território.
AS GRANDES GUERRAS E GUERRA- FRIA
O imperialismo europeu.
A primeira guerra.
O expansionismo territorial alemão.
Segunda Guerra Mundial.
Guerra-Fria
OS CONFLITOS ATUAIS: AS RAZOES E OS PRINCIPAIS FOCOS
As razões dos conflitos regionais.
Os conflitos geram refugiados.
TERRORISMO
O que é terrorismo.
Terrorismo na história.
Os movimentos separatistas na Europa.
Os conflitos no Oriente Médio.
Terrorismo no Brasil.
Conflitos entre grupos afro descendentes – lei 10.639/03
A GLOBALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÕES MUNDIAIS
A GLOBALIZAÇÃO E SEUS EFEITOS
O que significa globalização.
Globalização e movimento dos fluxos.
Globalização e desemprego.
As transnacionais na globalização.
183
Cultura e sociedade de consumo.
GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE
Problemas ambientais do século XXI.
Modelo econômico/meio ambiente.
ORGANIZAÇÃO POLITICA INTERNACIONAIS E REGIONAIS
ONU
Direitos humanos
Organizações multilaterais.
ORGANIZAÇÕES ECONÔMICAS
Tipos de organização econômica e regionalização.
2º BIMESTRE:
AFRICA
QUADRO NATURAL E REGIONALIZAÇAÕ DA AFRICA
Relevo e hidrografia
Um continente com rica biodiversidade
Regionalização
Distribuição populacional e condições de vida.
A ECONOMIA AFRICANA
O desenvolvimento agropecuário
A economia da mineração
Industrialização tardia e incompleta.
AS FRONTEIRA DA AFRICA
O imperialismo europeu e a fragmentação territorial.
O redesenho do continente.
O apartheid social
A África na nova DIT.
As dificuldades ao acesso as novas tecnologias.
África à margem da globalização.
FOME E DOENÇAS NA AFRICA
Fome doenças: subproduto da pobreza.
A AIDS dá seu alerta.
OCEANIA E REGIOES POLARES
184
OCEANIA: QUADRO SOCIOAMBIENTAL
Composição do continente
Aspectos naturais
População embranquecida
AUSTRALIA E NOVA ZELANDIA
Formação espacial e modelo econômico
AS REGIOES ARTICA E ANTARTICA: OS EXTREMOS DA TERRA
Territórios hostis e a ocupação humana.
Região ártica
Antártida e o vazio continental
OS DESAFIOS DA CIENCIA NAS REGIÕES POLARES
A atividade científica na Antártida.
3º BIMESTRE
ASIA
UM CONTINENTE DE CONTRASTES
As diversidades asiáticas
Regionalização da Ásia.
A POPULAÇÃO DA ASIA
A distribuição da população
Políticas de controle demográfico.
Crescimento demográfico e as desigualdades sociais.
Urbanização e meio ambiente.
População diversidade, cultura e religião.
A ECONOMIA DO CONTINENTE ASIATICO
A Ásia agrícola
Os recursos minerais
O setor industrial.
AS CIVILIZAÇÃOES ASIATICAS E SUAS RELIGIOES.
A civilização hindu.
O islamismo
A civilização chinesa
185
RÚSSIA: UM PAÍS EM TRANSIÇÃO
Um país grandioso
População e crise social
Transição econômica
Os desafios do CEI e do G8.
JAPÃO E OS TIGRES ASIÁTICOS
Japão: o império do sol nascente
Os tigres asiáticos.
A CHINA: UM UNIVERSO DENTRO DO MUNDO
Processo de modernização
O desenvolvimento econômico
Recursos minerais e energia
População
Desenvolvimento social
INDIA: TRADIÇAÕ E MODERNIDADE
Imperialismo britânico e independência
A economia indiana
Desigualdades sociais e conflitos étnicos.
4º BIMESTRE
EUROPA:
QUADRO NATURAL E PROBLEMAS AMBIENTAIS DA EUROPA.
Relevo plano
Clima e as paisagens
Rios, eixos do território
Problemas ambientais
Desastre de Chernobyl
POPULAÇÃO EUROPÉIA
Variedade lingüística.
Cristianismo na Europa.
Características demográficas
ECONOMIA EUROPEIA
Tecnologia e produtividade
OS PAISES DA EUROPA
186
A indústria do Reino Unido
A economia da França
A Alemanha: tradição e modernidade.
Países Mediterrâneos
Portugal, Espanha e turismo da Itália.
EUROPA ORIENTAL E A CRISE DO SOCIALISMO
Leste europeu.
O Histórico.
EUROPA ORIENTAL E A ECONOMIA
A Rússia
As economias do leste europeu.
UNIAO EUROPEIA
A construção da União Européia
As instituições da União Européia
Euro
Políticas comuns da União Européia.
A possível entrada da Turquia na União Européia.
Políticas sociais da União Européia.
CEI ( COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES)
O fim da União Soviética e a formação do CEI.
O socialismo e a reforma agrária.
A burocratizarão e a falta de competitividade.
Comércio entre os países da CEI.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Ensinar Geografia é preparar os alunos para fazerem leitura crítica e
interpretação do espaço geográfico e conseqüentemente da sociedade e do
mundo contemporâneo. O aluno precisa perceber o espaço em que está
inserido e se ver como um ser ativo, com poder de modificar e transformar o
mundo que vive.
Em sala de aula, o aluno vai compreender o espaço geográfico, formular
questões e dar respostas, discutir com professores e colegas as suas idéias,
187
suas experiências e suas reflexões, compartilhadas e filtradas em forma de
debates.
Ter acesso à tecnologia na escola proporciona conhecimento sobre os
avançados meios de comunicação para se integrar na atual globalização e
saber lidar com essas informações no seu dia-a-dia, tendo noções do poder que
esse meio tem na formação de opinião, no desejo de consumo e de criar
necessidades.
A partir destas metas, os métodos a serem utilizados em sala são:
- Conduzir uma aprendizagem significativa, que só é possível quando os alunos
se defrontam com situações que exijam investigações e trabalho;
- Tornar a apropriação do conhecimento um processo dinâmico, a ser
construído na interação entre sujeitos e entre estes e o objeto de estudo;
- Tornar os alunos agentes do seu processo de aprendizagem, e o professor, o
mediador/articulador entre o conhecimento e os alunos;
- Trabalhar com base na observação e na caracterização dos elementos da
paisagem;
- Sistematizar os conteúdos com base na observação, comparação, análise e
interpretação dos alunos,
- Priorizar o desenvolvimento de habilidades, tais como: leitura e interpretação
de textos, gráficos, mapas e fotografias, estabelecimento de ralações entre
informações, análise e síntese, criticidade, representação do espaço, produção
de gráficos, orientação e localização de fatos e fenômenos.
- Utilizar recursos de multimídia e quadro.
- Aulas expositivas;
- Aulas de multimídia;
Essas habilidades vão facilitar a compreensão e a explicação do espaço
geográfico.
‘’Para se trabalhar bem a Geografia, é fundamental lembrar que ela é
importante na formação intelectual e ética dos jovens, na construção de sua
cidadania e na consciência de sua dignidade humana’’ (Pontuschka, 1998).
AVALIAÇÃO:
188
A avaliação deve ser considerada como parte integrante do trabalho
realizado em sala de aula, e tem como objetivo principal ajudar os alunos a
aprenderem.
A avaliação formativa deve ser diagnosticada e continuada, pois, dá
ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem ritmos e processo de
aprendizagens diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as
dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a
todo o tempo. Informa, possibilitando assim, que a intervenção pedagógica
aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos),
ajuda-os a refletir. Faz com que o professor procure caminhos para que todos
os alunos aprendam e participem mais das aulas envolvendo-se realmente no
processo de ensino e de aprendizagem.
Não se trata, porém de excluir a avaliação formal, mas sim de
desenvolver as duas formas de avaliação, formativa e somativa, registradas de
maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades.
Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor
deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de
expressão dos alunos, como leitura e interpretação de textos, produção de
textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de campo, apresentação de
seminários, construção e análise de maquetes, entre outros. Esses
instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo
de ensino.
Toda e qualquer avaliação realizada no bimestre terá peso 100, tendo no
mínimo três bimestrais, onde uma será realizada obrigatoriamente sem
consulta.
TRABALHOS:
Científicos:
189
- método científico;
- manuscrito conforme solicitado.
- tamanho 12, títulos destacados.
- texto justificado;
- capa, índice, introdução, fundamentação teórica, resultados obtidos e
bibliografia.
Obs.: Plágios devem ser trabalhados para que o aluno tome conhecimento.
Seminários:
Texto deve ser analisado de forma contextualizada, procurando obter uma
compreensão além do obvio. Para isso o aluno deve ser estimulado a elaborar
uma análise do mesmo para possibilitar clareza no ato da explanação oral.
Trabalho de sala:
- Atividades em grupo; enquetes, pesquisa bibliográfica, questões.
Essas atividades podem ser agrupadas e ter um peso final de 100.
Maquetes:
O uso de maquetes na geografia é muito importante, pois possibilitam uma
visão tridimensional da área representada.
SUGESTÕES DE FILMES:
O JARDINEIRO FIEL;
DUELO DE TITÃS (RACISMO);
FARENHEIT;
O DIÁRIO DE MOTOCICLETA;
AMOR SEM FRONTEIRAS.
DOCUMENTÁRIOS
GRAVAÇAO DE MATÉRIAS DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO E INTENET: ÁGUA,
FONTES DE ENERGIA, IMPACTOS AMBIENTAIS, VULCANISMO,
190
TERREMOTOS,TSUNAMI, BIOMAS, CLIMAS, URBANIZAÇÃO, MIGRAÇÕES ENTRE
OUTROS.
HOTEL RUANDA
REFERÊNCIAS:
ADAS, M. Geografia: noções básicas de geografia. São Paulo:Moderna,
1994.
ARCHELA, R.S. e GOMES, M.F.V.B. – Geografia para o ensino médio –
Manual de Aulas Práticas. Londrina: Ed. UEL, 1999.
CALLAI, H. C. A geografia e a escola: muda a geografia? Muda o ensino?
Revista Terra Livre, n. 16. São Paulo, 2001.
CASTELLAR, Sonia. MAESTRO, Valter. Geografia. 2ªed. São Paulo: Quinteto
Editorial, 2002. Coleção Geografia.
CASTROGIOVANNI, A.C.(org.) – Geografia em sala de Aula, Práticas e
Reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.
GOMES, P.C. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
1997.
GONÇALVES C.W.P. Os (des)Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo:
Contexto, 1999.
LACOSTE, Y. A Geografia – Isso Serve, em Primeiro Lugar para Fazer a
Guerra. Campinas: Papirus, 1998.
LUCCI, E. A. Geografia: homem e espaço. São Paulo:Saraiva, 2002.
MENDES, Ivan L. TAMDJIAN, James O. Geografia Geral e do Brasil: Estudos
para a compreensão do espaço. São Paulo: FTDA, 2004. Coleção Delta.
191
PONTUSCHKA, N.N. Geografia, representações sociais e escola pública.
São Paulo: AGB, 1998.
Projeto Araribá: geografia/obra coletiva – 1 edição – São Paulo: Moderna, 2006
ROSS, Jurandyr L.S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005.
Rua, J; WASZKIAVICUS, F.A; TANNURI, M.R.P; PÓVOA NETO, H. Para ensinar
Geografia: contribuição para o trabalho com 1° e 2° graus. Rio de
Janeiro: Access, 1993.
SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino
Fundamental. Curitiba, 2006.
192
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
193
Marechal Cândido Rondon
2010
Justificativa (e objetivos)
A Arte como educação favorece o desenvolvimento da produção
artística e da percepção estética que são construídas de forma reflexiva com a
experiência humana: o educando, através da apropriação de conteúdos,
estimula a sua reflexão, percepção e imaginação, tanto ao criar formas
artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele
e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes sociedades culturais.
O conhecimento da arte propicia aos estudantes, além dos aspectos
históricos, vários indícios da relatividade dos valores que estão enraizados nos
seus modos de pensar e agir, que pode criar um campo de sentido para a
valorização do que lhe é próprio e favorecer abertura à riqueza e à diversidade
da imaginação humana. A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, é aliada no
sentido do “próprio”, já que, por estabelecer no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”, torna pedagógico o conhecimento que está associado ao modo de
vida da sociedade brasileira.
A obtenção de conhecimento baseia-se principalmente em três pilares,
que de forma orgânica, organiza a relação das quatro áreas – Música, Dança,
Artes Visual e Teatro -, são eles: elementos formais, composição e movimentos
e períodos
Arte é cultura, resgate histórico, alfabetizadora, por meio da qual se
revela os símbolos presentes nas obras, e, principalmente na transformação da
sociedade. Ela estabelece um diálogo musical, visual e teatral entre o
educando e estes objetos. Possibilita um leitor de mundo mais crítico e
eficiente nos seu posicionamento e tomada de atitude, bem como um novo
agente da produção cultural.
194
O aluno reflete sobre o universo cultural conhecido, experimentando,
conhecendo mais e apreciando produções artísticas: são ações que integram a
fruição. A realização de trabalhos pessoais, assim com a apreciação de seus
trabalhos, dos colegas e a produção de artistas, se dá mediante elaboração de
idéias, sensações, hipóteses e esquemas pessoais que o aluno vai estruturando
e transformando ao interagir com os diversos conteúdos de arte manifestados
nesse processo dialogal.
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o educando tenha
um aumento cultural do mundo na qual a dimensão artística esteja presente: a
arte ensina que nossas experiências geram um movimento de transformação
permanente, que é preciso reordenar referências a cada momento, ser flexível.
Isso significa que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é
condição fundamental para aprender.
Ao fazer arte na escola, o jovem poderá integrar os múltiplos sentidos
presentes na dimensão do concreto e do virtual, do sonho e da realidade. Tal
integração é fundamental na construção da sua identidade e consciência, que
poderá compreender melhor sua inserção e participação no cotidiano.
O ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e
passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma
sociedade construída historicamente e em constante transformação
Conteúdos
5ª SÉRIE/ 6º ANO 5ª SÉRIE/ 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
195
MÚSICAAltura DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônica, cromáticaImprovisação
Greco-romanaOrientalOcidentalAfricana
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da Música.Produção e execução de instrumentos rítmicos.Prática coral e cânone rítmico e melódico.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
ARTES VISUAISPontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCor
BidimensionalFigurativaGeométricaSimetriaTécnicas: Pintura,
Arte Greco-Romana Arte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento
196
Luz escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia..
outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.Teoria das Artes Visuais.Produção de trabalhos de artes visuais.
artístico no qual se originaram.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
TEATRO
PersonagemExpressões corporais, vocais, gestuais e faciais.Ação Espaço
Enredo, roteiroEspaço Cênico, adereços.Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscaras...Gênero:Tragédia, comédia e Circo.
Greco-romanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Estudo das
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos no qual se originaram.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
197
estruturas teatrais:personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos das artes onde se originaram.Teoria do teatro.Produção de trabalhos com teatro.
DANÇAMovimento corporalTempoEspaço
KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormaçãoNíveis: (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões(pequeno e grande)Técnica: ImprovisaçãoGênero:circular
Pré-HistoriaGreco-RomanaRenascimentoDança clássica
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos.Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com os movimentos artísticos no qual se originaram.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
198
de composição em movimentos e períodos da dança.Teoria do teatro.Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
6ª SÉRIE/ 7º ANO6ª SÉRIE/ 7º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
MUSICAAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalasGênero: folclórico, indígena,popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Nesta série é importante Relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Perecepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.Teorias da música.Produção de trabalhos musicais
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
199
com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
ARTES VISUAIS
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...
Arte IndígenaArte PopularBrasileira e ParanaenseRenascimento e Barroco
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.Teorias das artes visuais.Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
TEATROPersonagemExpressões corporais,
Representação. Leitura dramática, cenografia.Técnicas:
Comédia dell’arteTeatro popularBrasileiro e
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no
200
vocais, gestuais e faciais.Ação Espaço
jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: rua e arena.Caracterização
ParanaenseTeatro Africano
formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.Teorias do teatro.Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição ´teatrais, presentes no cotidiano.
DANÇAMovimento corporalTempo Espaço
Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso(leve e pesado)Fluxo( livre, interrompido e conduzido).Lento, rápido e moderado.Níveis ( alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: folclórica, popular e étnica.
Dança popularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena
Nesta série,é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.Teorias da dança.Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
201
7ª SÉRIE/ 8º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES
ABORDAGEM PEDAGÓGIC
A
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
MÚSICAAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTonal. Modal e a fusão de ambos.Técnicas:Vocal, instrumental e mista
Indústria culturalEletrônicaMinimalistaRapRockTecno
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias,( cinema, vídeo, Tv e computador).Teorias sobre música e indústria cultural.Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
202
ARTES VISUAIS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia,áudio-visual, mista...
Indústria culturalArte no séc XXArte contemporânea
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.Teorias das artes visuais e mídias.Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das artes visuais em diversos no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
TEATROPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço
Representação no cinema e Mídias.Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria culturalRealismoExpressionismoCinema novo
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção
Compreensão das diferentes formas de representação no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
203
dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.Teorias da representação no teatro e mídias.Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
DANÇAMovimento corporalTempoEspaço
GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções:( frente, atrás, direita e esquerda).ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria cultural e espetáculo.
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria culturalDança moderna
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.Teorias da dança de palco em diferentes mídias.Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos
Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
204
tecnológicos.
8ª SÉRIE/ 9º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES
ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
MÚSICAAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mista.Gêneros: Popular, folclórico e étnico
Música engajadaMúsica popular brasileiraMúsica contemporânea.
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer música e sua função social.Teorias da música.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música engajada.
Compreensão da música como fator de transformação social.Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
ARTES VISUAIS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
Bi e tridimensionalFigura-fundoRitmo visualTécnica: Pintura, grafitte, performance
RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-americana
Hip Hop
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e
Compreensão da dimensão das artes visuais enquanto fator de transformação social.Produção de
205
...Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano...
fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.Teorias das artes visuais.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
TEATROPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço
Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro- fórum...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino
Teatro engajadoTeatro do oprimidoTeatro pobreTeatro do absurdoVanguardas
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.Teorias do teatro.Produção de trabalhos com os modos de organização e
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro enquanto fator de transformação social.Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
206
composição teatral como fator de transformação social.
DANÇAMovimento corporalTempoEspaço
KinesferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedaSaltosGirosRolamentosExtensão( perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: performance e moderna
VanguardasDança modernaDança Contemporânea
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social.Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.Teorias da dança.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Metodologia
O pensamento artístico e pedagógico do ensino da arte baseia-se na
consequencia de uma realidade política e social. Além desse aspecto, também,
fortalecendo a afirmação, tem uma função primordial na valorização dos
sentidos e da estética, assim como na emoção. É por esse ângulo que existe a
necessidade da junção da realidade política e do universo cultural, que é
realizada trabalhando-se com uma metodologia orgânica, que una as áreas
207
sem distingui-las no contexto, tendo em vista que na disciplina de Arte há
quatro áreas fundamentais (música, artes visual, teatro e dança).
Conforme o DCE (2008), deve-se fazer parte do ensino, tanto juntos
como em ordens diferenciadas, os três momentos da organização pedagógica:
Teorizar, Sentir e Perceber e o Trabalho Artístico.
No ato de Teorizar, o professor poderá repassar aos alunos conceitos
sobre determinado período ou também movimento artístico – Música Barroca,
por exemplo – e analisar aspectos formais que têm semelhanças entre outras
áreas afins. Ele tem a possibilidade e é fundamental levantar, ou até partir, do
conhecimento ou cultura do aluno para fazer a diferenciação de valores, o que
torna a atividade pedagógica mais democrática, pois o educando, além de
entender a sua realidade, também procura compreender o porque da criação
alheia a sua realidade social ou cultural. O mesmo ato serve quando se parte
de conteúdos da cultura mais local, como a Afro-Brasileira, para culturais mais
propagadas na área de ensino.
No ato de Sentir e Perceber é, principalmente, posto a disposição,
experiências concretas com a mediação pedagógica. Quando se trabalha
Indústria Cultural, por exemplo, pode-se pedir para que os alunos tragam, para
apreciação, produtos midiáticos de massa dando preferência ao que ele gosta,
e, dentro de uma forma de aprendizagem, lançar questionamentos sobre o
gosto determinada música. O aluno pode refletir seu gosto e até mesmo
compara-lo, partindo dos conceitos aprendidos, como um gosto da industrial
cultural. É a partir daí que o professor pode passar um histórico das
experiências concretas que venham a afirmar a hipótese do tema.
No ato do Trabalho Artístico, apesar de ser um processo de criação
individual, nada impede que seja trabalhado com critérios pré-estabelecidos,
como exemplo, quando se trabalha o movimento impressionista, pode ser
criada uma representação gráfica baseada no que há de mais comum nas
obras de Monet, fazendo o aluno imaginar espaços conhecidos por ele e passar
a tratá-lo como um espaço impressionista, quando introuzidos à produção
artística.
As diversas práticas explicitadas no Teorizar, no Sentir e Perceber e no
Trabalho Artístico, devem avançar com recursos que viabilizem a metodologia,
sejam eles físicos ou teóricos. A TV Multimídia que aparece como um agente
208
virtual, que não deixa de ser foco dos conteúdos, mostra-se um instrumento
em que a maioria dos alunos tem intimidade e é útil pela sua força de
armazenamento tanto de imagens, como de sons e vídeos. Com ela, pode-se
passar desde vídeos educativos, como sobre a história do cinema, também
imagens de famosas obras de pintores, assim como clipes musicais em que o
professor possa estar apontando os elementos formais ( altura, timbre,
duração, intensidade, entre outros) para serem reconhecidos. Ela dá a
possibilidade para que professor demonstre cópias de produções que muitas
vezes são difíceis de se adquirir da forma mais concreta. Todas as explicações
em sala devem estar pautadas, principalmente, em bibliografias especializadas
na área de Arte, ou adquirida por meio de intermediários em instituições do
gênero.
Avaliação
Toda forma de ação do professor em sala de aula é automaticamente
uma avaliação. O trabalho do aluno na disciplina de arte é evidenciado como
um todo: é processual. Entretanto, faz-se necessário a valorização de
determinadas formas de apropriação de conteúdos definidos pelo professor e
pautados nos objetivos conforme o Plano de Trabalho Docente que deve dar
ênfase ao contexto social e histórico e não as práticas técnicas e de expressão
que, muitas vezes, interferem na prática criativa e na contextualização de
conhecimento. Quanto aos instrumentos de avaliação, é de fundamental
importância adequá-los aos critérios de objetivos, como quando aplica-se uma
avaliação escrita em que o aluno deve elaborar um texto sobre as pinturas
rupestres passadas em um curta metragem, será avaliado a sua compreensão
histórica acerca do sentido da pintura e a relação que ele consegue fazer com
o a realidade atual, se assim escolhido pelo professor. O estudante necessita
defender de forma clara a sua idéia, enfatizando as razões de suas afirmativas.
Além de diversificar as avaliações que incluem a apropriação de
conteúdos usando os vários sentidos e formas de conhecer e aprender,
também as diferentes habilidades artísticas do diferentes estudantes, a
participação das atividades realizadas é fundamental já que também avalia o
interesse do educando em aprimorar seu conhecimento sistematizado de modo
209
criativo no sentido de buscar novas afinidades além das de gostos de pessoais;
e sua relação com os colegas.
A recuperação de estudos fica a critério do professor. Ela acontece
constantemente em diversas formas de revisão de conteúdos.
Referências
PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o Ensino da Arte no Estado
do Paraná. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação, 2008.
WISNIK, José Miguel. O Som e o sentido. São Paulo: Companhia das
Letras, 1989.
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL
210
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Marechal Cândido Rondon
-2010-
EDUCAÇÃO FÍSICA
A disciplina de educação física, como parte integrante do processo
educacional, tem o compromisso de estar articulada com o projeto político
211
pedagógico da escola e comprometida com uma transformação social que
ultrapasse os limites da mesma.
Partindo do pressuposto de que o nosso corpo é ao mesmo tempo, modo
e meio de integração do indivíduo na realidade do mundo, ele é
necessariamente carregado de significado.
Sempre soubemos que as posturas, as atitudes, os gestos, sobretudo o
olhar, exprimem melhor do que as palavras, as tendências e pulsões, bem
como as emoções e os sentimentos da pessoa que vive numa determinada
situação, num determinado contexto.
A Educação Física enquanto ciência tem no corpo em movimento as
suas diferentes formas de manifestações. Entendemos que o movimento
humano é a expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo
conjunto das relações que compõem uma determinada sociedade e dos
saberes sistematizados pela classe dominante sobre esta consciência corporal.
Portanto, é necessário como ponto de partida a concepção do corpo que
a sociedade tem produzido historicamente, levando os seus alunos a se
situarem na contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o
conhecimento de seu corpo (consciência corporal). Deverá ser considerado o
tipo de sociedade onde este saber produzido, proporcionando-lhes condições
de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e consequentemente
reelaboração da consciência e cultura corporal.
A Educação Física , tem como objeto de estudo e de ensino, a cultura
corporal, que nesta perspectiva, de acordo com Paraná (2008, p. 17) “[...]
representa as formas culturais do movimentar-se humano historicamente
produzidas pela humanidade [...]” apontando a ginástica, esporte a dança, a
luta, os jogos e brincadeiras como conteúdos estruturantes, que devem ser
abordados com os alunos de forma contextualizada na sua dimensão histórica,
cultural e social.
Esta tem como objetivos:
➔ Integrar a Educação Física no processo pedagógico como elemento
fundamental para o processo de formação humana do aluno,
➔ Propiciar através dos conteúdos da Educação Física, o maior número de
informações, experiências corporais, a fim de auxiliar o aluno a expressar-se
criticamente através das diferentes culturas corporais de movimento.
212
➔ Superar o caráter da Educação Física, como mera atividade de prática pela
prática, incorporando as noções básicas relacionadas à disciplina; sua
importância, seus conteúdos, cuidados na prática da atividade física,
mudanças fisiológicas que ocorrem em nosso organismo, benefícios desta
prática.
➔ Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência por
meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE / 6º ANO
Conteúdos
Estruturant
es
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Teórico-
Metodológica
Avaliação
ESPORTES COLETIVOS–
Voleibol,
Handebol,
Futsal,
Basquete
INDIVIDUAIS
Atletismo
Tênis de mesa
Pesquisar e discutir
questões históricas
dos esportes como:
sua origem,
evolução, seu
contexto atual.
Propor vivência de
atividades pré-
desportivas no
intuito de possibilitar
o aprendizado dos
fundamentos básicos
dos esportes e
possíveis adaptações
as regras.
Espera-se que os
alunos conheçam:
* O surgimento de
cada esporte, suas
primeiras regras;
* Sua relação com
jogos populares;
* Seus
movimentos
básicos
(fundamentos
específicos de
cada esporte )
JOGOS E
BRINCADEIR
A
Jogos e
brincadeiras
populares
Possibilitar a
vivência de
brinquedos jogos e
brincadeiras com e
Apropriar-se
efetivamente das
diferentes formas
de jogar;
213
Brincadeiras e
cantigas de
roda
Jogos de
Tabuleiro
Jogos
cooperativos
sem materiais
alternativos.
Ensinar a disposição
e movimentação
básica dos jogos de
tabuleiro.
Reconhecer as
possibilidades de
vivenciar o lúdico a
partir da
construção de
brinquedos com
materiais
alternativos.
DANÇA Danças
folclóricas
Danças
Criativas
Contextualizar a
dança
Vivenciar
movimentos em que
envolvam a
expressão corporal e
o ritmo
Conhecimento das
diferentes danças
Criação e
adaptação tanto
das cantigas de
roda quanto de
diferentes
sequencias de
movimento.GINÁSTICA
Ginástica
Ritmica
Ginástica
Geral
Diferentes
manifestações da
ginástica.
Vivenciar os
movimentos básicos
da ginástica.
Estimular a
ampliação da
consciencia corporal.
Aprendizado de
alguns
fundamentos
básicos da
ginástica.
LUTAS
Lutas de
aproximação
Capoeira
Vivenciar jogos de
oposição
Vivenciar
movimentos
característicos da
luta como: ginga,
Conhecer as
características das
diferentes
manifestações das
lutas assim como
alguns de seus
214
esquiva. movimentos
característicos.
ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE / 7º ANO
Conteúdos
Estruturant
es
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Teórico-
Metodológica
Avaliação
ESPORTE
COLETIVOS
Voleibol,
Handebol,
Futsal,
Basquete
INDIVIDUAIS
Atletismo
Tênis de
mesa
Origem dos
diferentes esportes,
mudanças ocorridas
com os mesmos, no
decorrer da história.
Regras básicas dos
esportes.
Vivencia dos
fundamentos das
diferentes
modalidades
esportivas.
Discutir o sentido da
competição
esportiva
Conhecer a difusão
e diferença de
cada esporte,
relacionando-as
com as mudanças
do contexto
histórico.
Reconhecer e se
apropriar dos
fundamentos
básicos dos
diferentes
esportes.
Noções básicas
das regras das
diferentes
manifestações
esportivas.
JOGOS E
BRINCADEIR
AS
Jogos e
brincadeiras
populares
Brincadeiras e
cantigas de
roda
Reflexão e discussão
acerca da diferença
entre brincadeira,
jogo e esporte.
Construção coletiva
de jogos, brinquedos
e brincadeiras.
Conhecer jogos e
brincadeiras
populares.
Construir
individualmente ou
coletivamente
215
Jogos de
Tabuleiro
Jogos
cooperativos
diferentes jogos
DANÇA
Danças
Criativas
Experimentação de
movimentos
corporais rítmicos e
expressivos.
Criação e adaptação
de coreografias
Criação e
adaptação de
coreografia rítmica
expressiva.
GINÁSTICA
Ginástica
circense
Ginástica
geral
Pesquisar a cultura
do circo
Conhecer alguns
elementos do
malabares através
de vídeosLUTAS
Lutas de
aproximação
Capoeira
Pesquisar a origem
da
Capoeira assim
como suas
mudanças no
decorrer da história.
Vivenciar jogos
adaptados no intuito
de aprender alguns
movimentos
característicos da
capoeira.
Apropriação dos
aspectos históricos
e as características
das diferentes
manifestações da
capoeira.
ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE / 8º ANO
216
Conteúdos
Estruturant
es
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Teórico-
Metodológica
Avaliação
ESPORTE
COLETIVOS
Voleibol,
Handebol,
Futsal,
Basquete
RADICAIS
Recorte histórico
delimitando tempos
e espaços, no
esporte.
Estudar as diversas
possibilidades do
esporte enquanto
uma atividade
corporal, como:
Lazer, esporte de
rendimento,
condicionamento
físico, assim como os
benefícios e os
malefícios do mesmo
a saúde.
Analisar o contexto
do esporte e a
interferência da
mídia sobre o
mesmo.
Vivencia prática dos
fundamentos das
diferentes
modalidades
esportivas.
Discutir e refletir
sobre as noções de
ética nas
competições
Entender que as
práticas esportivas
podem ser
vivenciadas no
tempo / espaço de
lazer, como
esporte de
rendimento ou
como meio para
melhorar a aptidão
física e saúde.
Compreender a
influência da mídia
no
desenvolvimento
dos diferentes
esportes.
Reconhecer os
aspectos positivos
e negativos das
práticas
esportivas.
Identificar alguns
esportes radicais
praticados em
nossa região.
217
esportivas.
Pesquisar alguns dos
esportes radicais.
JOGOS E
BRINCADEIR
AS
Jogos e
brincadeiras
populares
Jogos de
Tabuleiro
Jogos
cooperativos
Pesquisar ,
resgatando
jogos,brinquedos e
brincadeira
populares
Desenvolver
atividades
coletivas a partir
de diferentes jogos
conhecidos,
adaptados ou
criados, sejam eles
cooperativos,
competitivos, de
tabuleiro ou
populares.
DANÇA
Danças
circulares
Danças
Criativas
Recorte histórico
delimitando tempo e
espaço na dança.
Vivenciar algumas
danças circulares
Criação de pequenas
sequências
coreográficas.
Conhecer
diferentes ritmos
de diferentes
culturas.
Criar e vivenciar
atividades de
dança, nas quais
sejam
apresentadas
diferentes criações
coreográficas
realizadas pelos
alunos.
Ginástica
rítmica
Pesquisar sobre a
ginástica e a cultura
de rua (circo,
Conhecer (através
de vídeos), os
elementos da
ginástica ritmica.
218
GINÁSTICA Ginástica
circense
Ginástica
geral
malabares e
acrobacias).
Vivenciar alguns
movimentos da
cultura de rua.
Reconhecer as
possibilidades de
vivenciar o lúdico
a partir das
atividades
circenses
LUTAS
Lutas de
aproximação
Capoeira
Vivenciar na prática
a roda de capoeira.
Conhecer os
aspectos
históricos,
filosóficos e as
características das
diferentes formas
de lutas.
Visualizar os
elementos da
capoeira,
procurando
compreender a
constituição, ritos
e os significados
da roda.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE / 9º ANO
Conteúdos
Estruturant
es
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Teórico-
Metodológica
Avaliação
COLETIVOS
Recorte histórico
delimitando tempo e
Apropriação acerca
das regras de
219
ESPORTE Voleibol,
Handebol,
Futsal,
Basquete
RADICAIS
espaço.
Análise dos
diferentes esportes
no contexto social e
econômico.
Pesquisar e estudar
as regras oficiais.
Noções básicas de
arbitragem
Vivencia prática Da
diversas
modalidades
esportivas.
Pesquisar sobre
alguns dos esportes
radicais praticados
em nossa região.
arbitragem.
Identificar alguns
esportes radicais
praticados em
nossa região.
JOGOS E
BRINCADEIR
AS
Jogos de
Tabuleiro
Jogos
cooperativos
Diferenciação entre
jogos cooperativos e
jogos competitivos
Identificar jogos
cooperativos e
jogos
competitivos.
DANÇA
Danças
circulares
Danças
Criativas
Recorte histórico
delimitando tempo e
espaço na dança.
Vivenciar algumas
danças circulares
Criação coreográfica.
Participação no Eron
Arte e Movimento
Reconhecer a
importância das
diferentes
manifestações
presentes nas
danças.
Conhecer
diferentes ritmos
de diferentes
220
culturas.
Criar e vivenciar
atividades de
dança, nas quais
sejam
apresentadas
diferentes criações
coreográficas
realizadas pelos
alunos.
GINÁSTICA
Ginástica
rítmica
Ginástica
geral
Estudar a origem da
ginástica até o
surgimento da
educação física.
Pesquisar sobre a
ginástica e a cultura
de rua ( circo,
malabares e
acrobacias ).
Análise sobre o
modismo
relacionado a
ginástica.
Analisar a
interferência de
recurso ergogênicos
( doping)
Conhecer as
técnicas de
ginásticas.
Compreender a
relação existente
entre a ginástica
artística e os
elementos
presentes no circo,
assim como a
influência da
ginástica na busca
do corpo perfeito.
LUTAS
Lutas de
aproximação
Capoeira
Pesquisar a origem e
os aspectos
históricos das lutas
Conhecer os
aspectos
históricos,
filosóficos e as
características das
221
diferentes formas
de lutas
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
.
A Educação Física é a área que contribui para desenvolver no educando o
conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas
capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e
de inserção social, para agir com perseverança na busca do conhecimento e no
exercício de cidadania. Deve dar oportunidade a todos para que desenvolvam
suas potencialidades de forma democrática e não seletiva,
A perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que se propõe é o
desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da
afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, busca garantir
a todos a possibilidade de usufruir dos esportes, danças, ginásticas jogos e
brincadeiras e lutas, apontados como conteúdos estruturantes da disciplina de
educação física.
Cabe ao profissional desta disciplina, organizar e sistematizar o
conhecimento a ser vivenciado pelos alunos.
,Os conteúdos nas aulas de Educação Física devem ser organizados em 5
momentos distintos:
➔ Leitura da realidade trazida pelos alunos;
➔ Problematização dos conteúdos apresentados aos alunos, buscando as
melhores formas de organização para a execução das atividades a serem
trabalhadas;
➔ Apreensão do conhecimento, fase do desenvolvimento das atividades dos
conteúdos sistematizados;
➔ Fase de assimilação do conhecimento dos conteúdos propostos, através das
práticas corporais vivenciadas nas aulas.
222
➔ Momento de pensar e repensar os conteúdos propostos a partir da
assimilação dos conhecimentos das diferentes práticas vivenciadas pelos
alunos no decorrer das aulas, possibilitando aos mesmos uma nova leitura
da realidade e conteúdos propostos.
Os conteúdos estruturantes desenvolvidos nas 7 séries e 8 séries terão maior
amplitude, complexidade e aprofundamento.
O encaminhamento metodológico dos conteúdos será flexível, isto é,
podendo ser alterado de acordo com as necessidades e desenvolvimento dos
educandos.
O professor através da observação, trabalhos em grupos, palestras,
pesquisas, apresentações, gincanas, confecção e exposição de painéis, e
cartazes estará atento as práticas por ele proporcionado, o que favorecerá na
intervenção quando os objetivos não forem satisfatórios.
Buscar-se-á meios para garantir a vivência prática da experiência
corporal, incluindo o aluno na elaboração das propostas de ensino e
aprendizagem, considerando sua realidade social e pessoal, a percepção de si
e do outro, suas dúvidas e necessidades de compreensão dessa mesma
realidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador
entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de
construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de
atuações que tenha função de diagnosticar, de perceber o domínio dos
conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos
e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento
de tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades
para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os
alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à
necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes
instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como
forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta
de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,
223
revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento
estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação,( trabalhos, pesquisas
realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e
teóricas, seminários e debates ), que serão empregados, poderão ser
levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e
subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos
de aplicação e o significado que esses trarão para a construção do
conhecimento pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de
conhecimento e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação
Constante Do Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e
conseqüência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses
individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas
possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades,
desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais,
considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto é, da concepção
de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e aluno
assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa
conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
De acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola, a todos os
instrumentos de avaliação será atribuído 100 pontos observando se o
mesmo:
➔ Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando
formas de expressão que favoreçam a integração do grupo, adotando
atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade;
➔ Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento,
demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de
todos;
➔ Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal
de movimento;
224
➔ Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder
controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com
autonomia e, a valorizá-las como recurso para melhoria de sua
aptidão física.
REFERÊNCIAS
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225
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATOENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
226
Marechal Cândido Rondon -2010-
JUSTIFICATIVA
A história tem como objeto de estudos os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas
ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas
como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou
de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se
relacionar social, cultural e politicamente.
Deve-se considerar também como objeto de estudos, as relações
dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições
geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os quais
também se conformam a partir das ações humanas.
227
Segundo o historiador Christopher Lloyd (1995), os processos
históricos estão articulados em determinadas relações causais. Os
acontecimentos históricos construídos pelas ações e sentidos humanos em
determinado local e tempo produzem as relações humanas, estas permitem
um espaço de atividade em relação aos acontecimentos históricos, isso
acontece de modo não linear, ou seja, as ações humanas produzem relações e
são as novas relações produzidas que constroem novas ações humanas. Sendo
assim. Os processos históricos são marcados pela complexidade causal, isto é
vários acontecimentos distintos produzem uma nova relação enquanto
diversas relações distintas convergem para um novo acontecimento histórico.
O ensino de História na Educação Básica pode se beneficiar dessas
correntes historiográficas, (História social, cultural, a nova História, História
mentalidades), na medida em que estas valorizam a diversificação dos
documentos (imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na
construção do conhecimento histórico, permitindo também relações
interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.
Da mesma forma, a abordagem local, assim como só conceitos de
representação, prática cultural, apropriação, por um lado, e circularidade
cultural e polifonia, por outro lado, possibilitam aos alunos e aos professores,
tratarem esses documentos através de problematizações mais complexas em
relação à História tradicional, desenvolvendo uma consciência histórica que
leve em conta a diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandono
do rigor do conhecimento histórico.
Diversos historiadores passaram a utilizar novos métodos e a fazer
uma releitura das fontes históricas, o que possibilita novos questionamentos
sobre o passado, a partir dos quais têm surgido novos métodos de pesquisa
histórica.
Essa concepção de História, enquanto experiência de homens e
mulheres e sua relação dialética com a produção material, valorizam a
possibilidade de luta e transformação social. Justifica-se assim a concepção de
228
História que se pretende, a qual não se vincula às teorias deterministas da
estrutura, nem às teorias voluntaristas da consciência que reproduzem a
produção historiográfica à categoria de ficção.
A proposta curricular delineada neste documento de diretrizes
propõe-se a estabelecer articulações entre abordagens teóric0-metodológicas
distintas, resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender
que esse é um caminho possível para o ensino de História, uma vez que
possibilita aos alunos compreender as experiências e os sentidos que os
sujeitos dão às mesmas. Por exemplo, a macro-história e a micro-história são
abordagens que podem se combinadas: uma História das experiências ligadas
ao sofrimento e à miséria, sempre injustos, de uma localidade, de uma família,
de um indivíduo mostra pontos de vista e ações de um determinado passado
que permitem uma reavaliação dialética das explicações macro-históricas, as
quais analisam e propõem ações que visam à superação das condições de vida
dos sujeitos do presente, apontando para expectativas futuras.
Para que esta articulação esteja presente na abordagem curricular
de História, estas diretrizes elegem como síntese dessa proposição, a idéia de
consciência histórica. Entende-se que a consciência histórica é uma condição
da existência do pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se
constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do
processo histórico, ou seja, a consciência histórica é inerente à condição
humana em toda a sua diversidade.
Toda essa discussão se justifica importante ao educando, pois
através desta perspectiva, a disciplina auxiliará o aluno no desenvolvimento de
estruturas cognitivas e relacionais que possibilitarão uma atuação pessoal e
social consciente, ativa e transformadora.
OBJETIVOS GERAIS
- Propiciar a formação de cidadãos conscientes com capacidade de
analisar, compreender, sintetizar, extrapolar e comparar e outros.
229
- Despertar no aluno condições subsídios para que possa assumir o
direito de exercer com plenitude a cidadania.
- Entender a sociedade a partir de decisões individuais, coletivas ou
centralizadas amparadas por leis e instituições governamentais ou não, e que
neste contexto de normas e leis ou instituições, o educando possa situar-se
interagir.
- Identificar os diversos sentidos da palavra História e suas aplicações em
situações que, apesar de específicas estão permanentemente relacionadas
_ficção, memória ou conhecimento.
- Compreender os motivos que levaram a ser humano a se interessar
pelo estudo de seu passado e as diferentes formas pelas quais isso foi feito ao
longo do tempo.
METODOLOGIA
Ao planejar as aulas cabe ao professor trabalhar com o acervo de
material oferecido pela Escola, à disposição dos alunos e a proposta político
pedagógico da Escola, na área que envolverá trabalhos em grupos, pesquisas
leitura, trabalho individual, utilização de aparelhos audiovisuais, enfim todas as
maneiras que venham ao encontro no sentido de ajudar o aluno.
Desenvolver no aluno a capacidade de observar, de extrair
algumas características da realidade a sua volta, de estabelecer algumas
ações e as de outras pessoas no tempo e no espaço e, em certa medida, poder
relativizar questões específicas de sua época.
Crias situações de trocas, de estímulo na construção de relações
entre o estudado e o vivido de integrações com outras áreas de conhecimento,
de possibilidades de acesso dos alunos a novas informações, de confronto de
opiniões, de apoio ao estudante na recriação de suas explicações e de
transformações de suas concepções histórica.
É certo que para adotar este encaminhamento metodológico, o
professor terá que ir muito além do livro didático, uma vez que as explicações
230
ali apresentadas são limitadas, seja pelo número de páginas do livro, pela
vinculação do autor a uma determinada concepção historiográfica, seja pela
tentativa de abarcar uma grande quantidade de conteúdos, atendendo às
demandas do mercado editorial. Isso não significa que o livro didático deva ser
abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos,
identificando-se os seus limites e possibilidades para se aprender História.
Implica também na busca de outros referenciais que possam complementar o
conteúdo tratado em sala de aula. Este encaminhamento exige que, o
professor esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido publicadas
em livros, revistas especializadas e também voltadas ao público em geral,
muitas das quais disponíveis também nos meios eletrônicos.
Para que os alunos possam ampliar o conteúdo apresentado pelos
livros didáticos o uso da biblioteca é fundamental, para tanto é necessário que
sejam orientados pelo professor de História a conhecer o acervo específico, as
obras que poderão ser consultadas ao longo de cada ano letivo, bem como os
procedimentos para se apropriar dos conhecimentos que estão nos livros,
compreendendo os diferentes conteúdos da disciplina. Este procedimento
metodológico deverá se retomado pelo professor de modo que os alunos
possam ir adquirindo autonomia na busca do conhecimento. Nesta perspectiva,
não cabe o modelo de trabalho em História restrito a cópia do que os livros
trazem, tal procedimento exigirá que o professor problematize o que pretende
que os alunos investiguem, com vistas a ampliar, refutar ou validar a análise
de determinado conteúdo trazido no livro didático de História.
Dentro deste processo educacional todos os valores e
conhecimentos trazidos pelo aluno devem ser respeitados e aperfeiçoados
evitando a fragmentação e permitindo articulações ente às várias disciplinas
AVALIAÇÃO
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas
diretrizes objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de
História e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino de
231
aprendizagem. Nesta perspectiva, avaliação deve estar colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.
De acordo com este entendimento, refutam-se as práticas
avaliativas que priorizam o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam
a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu
tratamento conforme as concepções pedagógicas definidas no projeto político
pedagógico da escola, e que acabam materializar, por meio da avaliação, um
modelo excludente de escolarização e de sociedade que a escola pública tem o
compromisso de superar, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e
com a luta por uma sociedade justa e mais humana.
Assim a concepção de ensino e de aprendizagem explicada nestas
Diretrizes Curriculares, compartilha a ideia de Luckesi a respeito da avaliação
diagnostica, isto é:
(...) para que avaliação sirva à democratização do ensino, é [preciso]
modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a
avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do
estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar
decisões suficientes e satisfatória para que possa avançar no seu processo de
aprendizagem(2002, p.81).
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os
alunos poderão revistar as práticas desenvolvidas até então para identificar
lacunas no processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor
outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constadas.
Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica,
sejam melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e
aprendizagem.
232
Faz-se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e
professores, envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da
avaliação e na necessidade de tomada de decisões a partir do que foi
constatado, seja de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a
avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que
se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise
crítica das práticas que podem se constantemente retomadas e reorganizadas
pelo professor e pelos alunos.
Retomar a avaliação com os alunos permite ainda situa-los como
parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e com grupo seja assumida
com vistas à aprendizagem de todos. Segundo Giroux “através do diálogo em
grupo, as normas de cooperação e sociabilidade compensam a ênfase do
currículo oculto tradicional na competição e individualismo excessivos” (1997,
p.71).
As propor uma maior participação dos alunos no processo
avaliativo, não se pretende esvaziar o papel do professor, mas ampliar o
significado das práticas avaliativas para todos os envolvidos. No entanto, é
necessário destacar que cabe ao professor planejar situações diferenciadas de
avaliação.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente
foram tratados em sal de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da
consciência histórica, apresenta-se a seguir alguns apontamentos a serem
observados pelo professor que permitem analisar se:
- os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos
alunos;
- o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das
diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível de
ensino;
- os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes
contextos históricos do seu tempo;
- analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões
econômico-social, política e cultural;
233
- compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em
um método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das
quais o pesquisador produz a narrativa histórica;
- explica o respeito à diversidade ético-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os
constituíram.
- compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar,
refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.
Estes apontamentos não esgotam todos os aspectos a serem
analisados pelo professor de Historia no processo de ensino e aprendizagem,
são indicativos que poderão ser enriquecidos para orientar em consonância
com estas diretrizes.
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237
COLÉGIO ESTADUAL MONTEIRO LOBATO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA
DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL
238
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2010
EMENTA
A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o respeito à
diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do sagrado na sociedade,
em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na
diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de
ver o sagrado que enfoca: paisagem religiosa, símbolo e texto sagrado.
OBJETIVOS GERAIS
• Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões
religiosas construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.
• Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental,
para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos
específicos de cada cultura, de modo a colaborar com a formação da
pessoa.
• Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em
consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira,
239
permitindo desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre
a constituição cultural dos grupos sociais e seu relacionamento com o
sagrado.
• Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o
direito constitucional de liberdade de crença e expressão.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
O Ensino Religioso na Escola Pública.
- Orientações legais
- Objetivos
- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como
disciplina Escolar.
I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:
respeito à liberdade religiosa
- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado
II - LUGARES SAGRADOS
240
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do
sagrado nestes locais.
- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
III – TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá’ís – Fé Bahá’l, Tradições
Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.
IV – ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas
principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos
sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de
relações com o sagrado.
- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.
- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo
(Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),
Taoísmo (Lao Tsé), etc.
6ª SÉRIE
I – UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
- Nos Ritos
- Nos Mitos
- No cotidiano
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc.
241
II – RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas
por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de
um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à
preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e
também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações
presentes.
- Ritos de passagem
- Mortuários
- Propiciatórios
- Outros
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via
sacra, Festejo indígena de colheita, etc.
III – FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetos
diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup
(Indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
IV – VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
- Reencarnação
- Ressurreição – ação de voltar à vida
- Além Morte
- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se
tornam presentes
- Outras interpretações.
242
METODOLOGIA
A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das
ações que subsidiarão este trabalho onde poderão fomentar o respeito às
diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural
dos alunos.
Tendo como base o estudo do sagrado os conteúdos devem ser tratados
interdisciplinarmente pois constituem partes de outras disciplinas, envolvendo
espaços e culturas diferentes. Poderão ser enriquecidos pelo professor para
contribuir na construção, reflexão e socialização do conhecimento religioso
proporcionando assim conhecimentos que favoreçam a formação integral do
educando. Portanto a linguagem a ser usada é pedagógica e não religiosa.
Oportunizar reflexão e análises através de conteúdos, destacando-se os
aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-
cultural, conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das
diferentes culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.
Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se necessário
o processo de pesquisa para que a diversidade de produções seja realmente
oportunizada.
AVALIAÇÃO
A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, não se
constitui como objeto de reprovação pois a disciplina é facultativa para o
aluno. Porém, faz-se necessário a prática de avaliações que permitam ao
professor acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo
aluno, identificando em que medida os conteúdos passam a ser referenciais
para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno
expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que possuem
opções religiosas diferentes da sua; aceitar as diferenças, reconhecer o
fenômeno religioso como um dado da cultura e da identidade de cada grupo
social; emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações
religiosas.
243
Através desta avaliação o professor terá elementos para planejar
as intervenções no processo ensino aprendizagem retomando lacunas
identificadas e dimensionando os níveis de aprofundamento.
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