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O TICO-TICO

LICOES DE VOVÔMeus netinhos.

UMA

bonita cerimônia teve lugar recente-mente no Palácio Tiradentes, nesta Capi-tal, promovida pela Cruzada Nacional deEducação: a Declaração de Guerra ao

Analfabetismo na América.Foi uma bela solenidade, a que comparece-

ram Ministros do nosso Governo, representantes di-plomáticos das Nações Americanas, altas personali-dades e inúmeras pessoas convidadas.

Essa festa, de finalidades tão nobres, foi reali-zada por iniciativa de um homem cujo nome vocêsjá conhecem — porque já apareceu n'0 TICO-TICO,assinando uma linda "Mensagem à Juventude: —o Dr. Gustavo Armbrust, presidente da Cruzada Na-cional da Educação.

O Dr. Gustavo Armbrust é um homem silen-cioso, simples, calmo, mas dotado de admiráveisqualidades, entre as quais a tenacidade e a paciên-cia, e um inigualável desejo de servir a» Brasil.

Há longos anos que êle vem trabalhando comaiinco, com entusiasmo e sem desânimo, no com-bate ao analfabetismo no Brasil.

Fundando a Cruzada Nacional de Educação,promove n-do campanhas,idealiza n-do meios e mo-dos de fundarescolas, facili-tar o estudo aomaior númeropossivel de me-ninos brasilei-ros, seu únicoideal, sua cons-t a n t e preo-c u p a ç ã oé, como êle diz,

____!— ^IÍS___

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__\ *_H-t—lüitmw 1 r"^ ,' a nug\ ^-~yPJ!g^ ' / Jjm

libertar o maior número de crianças da escravidãoda ignorância.

Quem o vê nas suas maneiras suaves e tran-quilas, não é capaz de imaginar a grande soma deenergia que carrega em si, e o trabalho gigantescoque já tem realizado, vem realizando e ainda haderealizar.

Homem de cultura, conhecendo o valor da ins-trução e o quanto vale um livro nas mãos de umacriança, o Dr. Gustavo Armbrust é, entre nós, oinimigo número um do analfabetismo, o campeão dacampanha nacional contra esse grande mal.

Foi êle quem idealizou a "campanha do tostão",graças à qual já se fundaram e são mantidas deze-nas de escolas em todo o Brasil, Foi êle quem suge-riu que a renda dos telegramas de felicitações diri-gidas ao Presidente Getulio Vargas, todos os anos,no "Dia do Presidente", fosse empregada na creaçãoe manutenção de escolas.

E foi por iniciativa sua, ainda, como presidenteda "Cruzada", que se realizou a linda festa a queme referi de início, que é o começo da guerra contrao analfabetismo não já apenas no Brasil, mas emtoda a América.

Guardem esse nome, meus netinhos, e não maiso esqueçam: Gustavo Armbrust — o inimigo hú-mero um do analfabetismo em nossa terra.

VOVÔ

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_P______r ^S-i ' * ]^_r

§_„__/ Ino mando uma cousa muito bonita,

^^LWW chamada felicidade, que fazia a genteficar alegre, com um contentamento que nuncatinha fim. E, um belo dia, Jujú, que andavasempre triste, resolveu ir procurar a felicidade...

SAÍU de casa pensando nela e foi andando.

Havia feito uma boa caminhada, quandoviu umas árvores grandes, muito bonitas, Jujúficou todo alegre, porque gostava muito das ár-vores, do verde brilhante das folhas, dos ramostorrirlns; da sombra fresca, do sussurro do ventona ramaria... Então, Jujúpensou: "Quem sabe se as ár-vores é que dão a felicidade,como dão frutos gostosos?"

Mas .Tujú se lembrou deque as árvores ficam feias enão dão sombra quando asfolhas caem, não dão frutos

sempre. E a fe-licidade dá umcontenta-mento que du-ra toda a vida...Não, não é issoa f e 1 i c i d a-de, pensou Ju-jú. E resolveucontinuar a suajornada...

Lá longe, nohorizonte, o solnascia. E Jujú,que gostavamuito de to^mar sol, paroupára ver raiara madrugada.De repente lheveio um pen-samento: "E sefosse o sol quedava a felici-dade?" Lem-brou-se de quegostava muitode brincar e de

que a gente brinca só de dia-,quando o sol ilumina a ter-ra... E ficou muito tempopensando que o sol é que eraa felicidade. Depois refletiu:Mas, quando chove, o sol seesconde, e os dias ficam tris-tes... E de noite, também

não se vê o sol... E a felicidade éuma alegria que dura sempre.. EJujú, de novo, resolveu seguir o seucaminho...

POUCO adiante num galho, can-

tavam passarinhos. Jujú pa-rou para escutar o canto melodioso.Estava encantado com os trinados ecom a plumagem rica dos passari-nhos... E de novo pensou consigo:a felicidade fosse o canto dos pás-saros, a beleza de sua plumagem?"Mas não podia ser, porque nem sem-pre os pássaros cantam, nem sem-pre têm lindas penas. Os urubus,

por exemplo,pensou Jujú,não são boni-tos, nem sabemcantar. E pôs-se a andar.

/ aY. '

j A era noitee Jujú

resolveu des-cansar para, nod i a seguinte,continuar

yL a jornada. Nocéu brilhavamas estrelas euma lua crês-cente, recurva,fazia sua tra-jetória. Jujúficou encanta-

do. E de novo lhe veio a idéia deque á lua e as estrelas, tal vês fos-sem á felicidade... "Não podemser! —disse êle. Há tantas noi-tes sem lua e sem estrelas, ejufe—

#

AGOSTO—1944

_

licidade dá um contentamento quesempre dura"... E dormiu.

NO outro dia, levantou-se, tomou

um banho num regato próxi-mo e seguiu. Encontrou um garotosoltando, ao vento fresco da manh,um bonito "papagaio". Jujú ficoumuito tempo olhando, com prazer, obrinquedo do outro e pensando queum "papagaio" como aquele deviadar a felicidade. Lembrou-se, porém,de que a felicidade, além de dar umaalegria eterna, está ao alcance de to-dos.

JUJÚ já estava quasi desanimado

de encontrara felicidade,quando achou, na rua. uma cartilhade A B C. Apanhou o livro, le-

vou-o para casa e aprendeu aler.

E depois que aprendeu, fi-cou muito alegre porque sa-bia ler histórias e mais umaporção de cousas. E, então,disse:

— "Agora descobri a felicidade — porque Ieste livro me dá uma alegria que dura sem- Çpre, mesmo sem que eu veja as árvores nos

""^ *i. ™ /___^^^__i-r 7J^~~^^ J

yS dias sem sol, VOra, um "papagaio", nem todos >^ quando os pás- *& I

podem ter, pensou Jujú, que nunca s^ saros não can- ff Itivera um. E seguiu o seu caminho... y' tam, nas noites \ i

*\y^ sem lua e sem es- \ I

^^\\ trêlas e quando não tenho brinque- -*_!

^s^ dos..." Vi^s^ E ficou sempre muito alegre — \\

(\ ^^ porque de fato, havia descoberto a U

^^~\\ verdadeira felicidade. jj

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O TICO-TICO AGOSTO—'1-+. O TICO-TICO

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A ROSA AZUL

u M um mosteiro de Portugal vivia, em séculos que

dormem no silêncio das idades, um piedoso e santo

monge, cuja existência se consumia, inteira, entre

a oração e as rosas. Jardineiro da alma e das flói^s, passava

êle as manhãs de joelhos, na quietude da nave, aos pés dum

C-ljsto crucificado, e, as tardes, no pequeno jardim da Ordem,

crivado das roseiras, que êle próprio plantava e regava.

A sua paciência de floricultor era consumida, entretanto,

por uma idéia, que era um sonnho pagão dentro duma vida

cristã: encontrar a delicada rosa azul

das legendas do Oriente, de que ti-

vera notícia, uma noite, ao ler os

poemas latinos dos soturnos monges

medievais. Para isso, casava êle

as sementes, juntava os brotos,

reunia os enxertos, combinando

as terras, com que as cobria, e

águas, com que as regava, es-

perando, ansioso, o aparecimen-

to, no topo da haste, do ambi-

cionado botão azul.

Iti, JHH|]|\

t%\ vi¦ -Tati VÈÜÊLWa

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f^w /«lii ri I \WÍ Hliüfl l!í

mtàv- WÉMmWy^ ^^^^ WVAin 'liaMl

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Ao fim de setenta anos de experiências

e vigílias, em que se lhe misturavam na ima-

ginação delirante as chagas vermelhas do

Cristo e as manchas celestes da sua rosa

encantada, surgiu, afinal, no coroamento de

um galho de roseira, um botão azul, como o céu.

Centenário e curvado, o velho monge nao resistiu ã emo-

ção: adoeceu, e, conduzido à cela, ajoelhou-se diante do Cru-

cificado, pedindo-lhe, entre soluços arrancados do coração,

que, como prêmio à santidade da sua vida, não lhe cerrasse

os olhos sem que eles vissem, contentes e consolados, o de-

sabrochar da sua rosa azul.

Em volta do ancião, no catre do mosteiro triste, chora-

vam, compungidos, todos os monges. E foi, então, quando,

divulgada de boca em boca foi a notícia ter a um convento das

proximidades, onde jazia, orando e sonhando, uma linda infanta

de Portugal.

Moça e formosa e, além de-formosa e moça, — fidalga e

portuguesa, compreendeu a pequenina freira o valor daquela

ilusão.

E correu à sua cela, consumindo toda uma noite a fabricar.

com os seus mansos dedos de neve, uma viçosa flor de seda

azul, que perfumou, ela própria, com essência de gcrânio. E,

no dia seguinte, pela manhã, morria o velho monge no seu

catre, sorrindo entre lágrimas de contentamento, agradecido,

por ter nas mãos tremulas, por suave milagre do céu, a sua

desejada flor azul!

HUMBERTO DE CAMPOS

o. tico-rico AGOSTO—19U

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A EVOLUÇÃO DA ESCRITAATRAVÉS DOS TEMPOS

«ESCRITA

é a arte, ação e efeito de escrever. É, também, a re-presentação gráfica da palavra.

Os homens tiveram que atravessar muitos séculos antes deencontrar os sinais com os quais pudessem representar objetos, pa-lavras e idéias.

%^l Hjfb-.Escrita figurada, ou hieroglífica, dos egípcios

FORAM os caldêus, os

babilônios e os assí-rios os povos que usaram aescrita cuneiforme (com ossinais em fórma de cunhas— aqui à direita). Eles es-creviam sobre argila mole,gravando as letras.

O S indígenas da nossaAmérica, usavam o *'quipo",original sistema que con-sistia em uma série de fios:de vários tamanhos e cores. 1Cada um deles valia uma.letra determinada, ou deter-minada palavra.

AS primeiras inscrições

apareceram nas pare-des das cavernas onde viveuo homem^ainda meio selva-vagem.

O POVO egípcio foi queinventou o hieroglifo.

Com essa escrita por sinais,exprimiam idéias e pensa-mentos. Durante longo tem-po foi essa escrita indecifra-vel para o homem moderno.Hoje, já não o é mais.

Escrita cuneiforme. À direi-ta, o "quipo"

m 1 Áa wcoidbo

Letras gregas á esquerda. Adireita, escrita russa

OS gregos tinham um al-

fabeto todo especial. Aprimeira letra era chamadaAlfa. A 2.a era Beta. Daí ojnome de Alfabeto, que édado ao nosso conjunto deletras.

"t^T OS tempos modernos,¦*¦' todos os povos, com ex-ceção dos árabes, hebreus, e jrussos usam o Alfabeto ro- jmano, que é o vocês conhecem-.

AGOSTO—19U O J/CQ-T/CO

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CONSTANCIO C. VIGIL

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OZINHO, sou incapaz de causar dano, mas quando uma pessoa se apodera

de mim, e me levanta e me deixa cair, caio como algo terrível, e destroço

e faço em pedaços tudo quanto se acha ao meu alcance. Não há faca,

nem espada, nem machadinha que cortem como eu.

Tenho tratado >— ai de mim! — tenho matado árvores magníficas.

Ao sentir o t-lho, elas gemem de dor. Quando a grande ferida divide o

tronco, vacilantes e como que entontecidas, procuram no céu apoio para

seus ramos. Ao cair, dão um grito pavoroso.

Seu o mais desgraçado dos verdugos! Obrigam-me a matar os seres

melhores da terra!

o rico-rieo

(Do livro "Marta y Jorge")

agosto—mi

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PARA CONHECER AS CORES

L—>-_...-.-:.-->- ¦'- - ¦'¦ -| ¦— .,„ ._. . .

AZUL VERDE

BRANCO ROXO VERMELHO

^-¦7'-,", ¦¦¦-'-¦¦ ¦¦ ¦ -• ' "- '.n-, i mi ¦• ¦¦¦' '- •'

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ALARANJADO AMARELO

AGOSTO—IS.*' O TiCO-TICO

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mmâ£m

V(fx Segundo os naturalistas, IMS) OS OLHOS DO CAMELEAQ SE /\ MOVEM INDEPENDENTEMENTE I*

UM DO OUTRO. /

EXISTEM^ NO MUNDO, EMCIRCULAÇÃO, 66 ESPÉCIES

DE MOEDAS DIFERENTES.

m&

/ADJM/N PROVOU QUE UMAIARVÁ DE GAFANHOTO K*D/A DE-¦SENVOLVERSE SETENTA ANOSDEPOIS DE CONSERVADAEM TEMPERATURA

6ÍAOAL.

CE5ER A PRESENÇA DO HjpMEMA MIL METROS DE DISTAUCIA.

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I BRASILEIROS NOTÁVEIS Ijj Desenhos de GOULART I

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Oswaldo Cruz Duque de Caxias

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PereiraPassos Gonçalves. Dias

VER O TEXTO NOVERSO DA PAGINA.

AGOSTO —1944 O T/CO-T/CO

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BRASILEIROS NOTÁVEISBIOGRAFIAS

a

Cr

Duque de Caxiascri UIS Alves de Lima e Silva nasceu a 25 de**-*'. agosto de 1803, em uma fazenda no inte-rior do Estado do Rio — então Provincia do Riode Janeiro.

Descendente de familia tradicionalmentemilitar, aos 5 anos assentou praça num regi-mento de Infantaria de Linha, por graça espe-ciai de D. João VI, recebendo as estrelas de ca-dête.

Sua carreira militar é uma ascenção ver-dadeiramente gloriosa, sendo esse ilustre sol-dado o patrono do nosso Exercito. Caxias foi oúnico Duque da monarquia brasileira. Heróida guerra contra Lopez, foi ainda o Pacifica-dor de várias revoltas internas, sempre se revê-lando o soldado reto e disciplinado, enérgicomas humano em suas atitudes. O Duque deCaxias é um símbolo de brasilidade e pátrio-tismo, cuja vida "não é possível resumir em tãopequeno espaço. Caxias morreu aos 77 anos.

Oswaldo Cruz/fl^SWALDO Gonçalves Cruz nasceu em São^^ Paulo a 5 de agosto de 1875. Formou-seem medicina no Rio e foi um grande cien-tista.

Foi o fundador do Instituto de Mangui-nhos, que hoje tem o seu nome (InstitutoOswaldo Cruz) e o creador da medicina ex-perimental no Brasil.

No governo do Presidente RodriguesAlves saneou a cidade do Rio de Janeiro, des-envolvendo notável campanha contra a febreamarela que causava aqui mortes sem conta.

Era membro da Academia Nacional deMedicina e pertenceu à Academia Brasileiradè Letras — cadeira n.° 5 — de que é patro-no Bernardo Guimarães.

Oswaldo Cruz é o mais alto nome daciência médica nacional do seu tempo. FoiPrefeito de Petrópolis, onde faleceu a 11 deFevereiro de 1917; Deixou publicadas muitasobras que revelam sua cultura e talento.

I Dionçaives uiasQ NTONIO Gonçalves Dias, que é mais co-*¦** nhecido pelos dois últimos nomes, nas-ceu a 10 de Agosto de 1823, na cidade de Ca-xias, estado do Maranhão.

Gonçalves Dias foi um grande poeta derica inspiração.

É, mesmo, considerado como o maior li-rico brasileiro do seu tempo.

Foi professor de História do Brasil e deLatim no Colégio Pedro II e esteve várias ve-zes na Europa em missão do nosso Governo.

Sua morte ocorreu em circunstânciastrágicas, por ocasião de um naufrágio à altu-ra do farol Itacolomí. O navio era o "Ville deBoulogne", de que ainda existe hoje um pe-daço da quilha no Museu Nacional, à Quintada Bôa Vista. Gonçalves Dias foi o poeta do"indianismo", de que Alencar foi o prosador.

rereira rassosjCRANCISCO Pereira Passos nasceu em SãoJJ João Marcos, cidade fluminense, a 29 deAgosto de 1836.

Era filho dos barões de Mangaratiba.Bacharel em ciências físicas e matemáticas eengenheiro civil, esteve em Paris adido à nos-sa representação diplomática, onde aperfei-coou seus conhecimentos técnicos. Foi diretorda Central e outras estradas de ferro nacio-nais, muitas das quais ajudou a construir.

Nomeado Prefeito do Distrito Federal, em1902, promoveu a remodelação da cidade,abrindo ruas e rasgando a Avenida Central,hoje Avenida Rio Branco, ponto de partidapara o embelezamento e modernização do Riode Janeiro.

Pereira Passos faleceu a 3 de Março de1913.

12 O TICO-TICO AGOSTO —1944

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AVES E PÁSSAROS DO BRASILJ. SILVEIRA THOMAZ

UTJTJUÜ... MTJTJTJTJÚ ! ...Êsse é o grito, tal qual ummugido, que o soco, dito

socó-boi, lança ao ar durante o diae à noite. O próprio caboclo, mateiroconsumado, muitas vezes se equivocacom êsse brado e pensa ser o berrode bois-bravos que desgarram e vi-vem em estado selvagem, piores doque uma fera, errando pelas matasínvias.

Certas vezes, êsse "Muuuuú..." éum chamado forte, lamuriento, lem-brando mesmo a vaca que perdeu obezerro...

— "Eta, marvado socó-boi... e euque pensei que era boi mesmo !..."E o caboclo não se con-forma de ter sido engana-do, pagando o pobre sococom a vida a imprudênciade ter imitado o bovino.

Pertencem os socos àordem' dos "Ardeiformes",à qual também se filiamas garças, os arapapás, osguarás, os colheiros, os ja-burús e outros. São avesque melhor do que nin-guém sabem pescar nascorrentes dágua, nas Ia-gôas e tanto enfeitam asjá tão lindas regiões àbeira-lago.

Têm em geral pernas altas, são ri-beirinhas, bico comprido, pescoçolongo e cauda insignificante. Nãotêm papo absolutamente e já houvequem se admirasse de que uma averelativamente pequena pudesse- soltar

O SOCO__ _^"í___l^^

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tão estridente urro! O principe deWied, que por aqui esteve no séculopassado estudando as nossas aves,admirou os nossos socos, comparan-do-os mesmos com certas aves famo-sas de sua terra.

ÍEUG0ST0.\^.

TÔNICO INFANTIL é o tônico 'de seu filho porque:Além de ser de paladar sabo-roso, engorda e fortifica;Além de dar saúde ao corpo,dispõe para os estudos;TÔNICO INFANTIL, o tônicodas crianças.

Único de fórmula especialmentepreparada para a infância.

TÔNICOINFANTIL

Desenho de TI DE

Há várias espécies de socos: o so-cozinho, o socoi, ou João-grande, osocó-boi, de que falamos, o matirão ...

* O nome soco adveio-lhes do hábitode se porem em pé numaperna só, e, se não fosseo pescoço em S itálico,dificilmente, se perderiadiferenciá-los das garçase demais ardeideos.

O reino dos socos é, sem dúvida, azona palustre, os aguaçáis, as várzeas,os pântanos, onde existe com farturapeixinho, larvas, carangueijinhos, ca-racóis, turús e embuás.

Meio aquáticos, meio terrestres,também no vôo são facilmentereconhecidos pois, ao contrário deouras aves, eles esticam as pernaspara trás e recurvam a cabeça sobreo' dorso.

O socoi, ou João-grande, é o maiordos socos. Os indígenas chamam-node trajaçú e designam taquiri aosindivíduos jovens.

Dorme de dia, para pescar ànoite. Anda semprecom a companheira aolado, tem um grande to-pete; no norte chamam-nomaguarí ou magoari.

O socózinho é o menordeles • recebe também a de Ana-velha ou Maria-mole.

O socó-boi é o mais conhecido epopular.

O matirão, finalmente, quevive na Amazônia, não é, se-

não, o dorminhô-co do Sul. É êleque, se por umacaso é acordadode dia, faz umberreiro infernal.Mas durante ànoite é exímiopescador. Tantovive na matacomo na orlamarítima.

/labsXRAUL 1

\}mtTEj

Tal como ascorujas são os so-cós "nictálopes",isto é, só enxer-gam bem à noi-te, à meia-luz,na penumbra...

AGOSTO — 1<M4 O TICO-TICO 13

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Quando Luiz XVI,voltando preso díVerennes, entrou emParis, afixou-se naprincipal rua, porele devia pa_sar, umcartaz dizendo:"Quem o aplaudir,será esbordoado"."Quem o insultar,será enforcado".

_'.'. . Y^"-,V *_¦*/¦ - "•' '''V.rjV» d

Um dos Reis Magosofereceu mírra aoMenino Jesus. Mas,que é "mírra ?" E'uma resina gomosa,semi-transparente, decôr brilhante aver-melhada, quebraãiça,que flúe do tronco d»planta chamada "co-mifora". Ao ser quei-mada exala aromaagradável. Não con-fundir, entretan-to, com o incenso.

Na velha provínciade Junan, na China,existe o monte Gunio,uma pedra famosaporque cem o feitiode um nariz humano,com duas cavernas ámaneira de fossas na-zais e de onde brota,em uma, água quente,noutra, água fria.

Faze todo o bem quepuderes, a toda gen-te que puderes, portanto tempo que pu-deres, e em todo o lu-gar onde puderes.

Se queres enfermar,lava a cabeça - vai-te deitar.

As cinza» do corpohumano calcinadonão chegam a pesarum quilo.

Não durmam comluz acesa. As palpe-bras deixam passar aluz, que por sua vezfaz o cérebro traba-lhar,- o qual não des-cansa. E' melhor dor-mir completamente àsescuras. Provem fa-zê-lo e pela manhãsentir-se-ão maisbem dispostos.

Há. três espécies deignorância; não sa-ber nada, saber mal

o que se sabe e saberoutra cousa diferentedaquilo que se deviasaber. — Duelos.

O respeito ao ho-rario é a primeiraqualidade do escolarconciencio*o.— Observem ! Bfcosempre o_ me»mosque chegam «m atra-IO.

O grande sábio nor-te-americano ThomasAlva Edison dizia s-e-guiãamente que osgrandes êxitos na

Se um carangueijose engana de "casa"e entra numa quenão é a sua, o donode&ta deixa escaparum ruido estranho,manifestando assimseu aborrecimento.

st' um ótimo costu-me fechar os olhos,de vez em quando,durante o dia e tê-losassim por alguns _ai-(iutt_.

vida se devem a 2por cento de gênio ea 89 por c.ntc de te-nacidade, constânciae método no traba-lho.

As penas de escre-ver são os objetosque mais aço conso-mem.

Em Ceilão ha umaraça de touros anões.O mais alto não passade 75 centimetros.São brabissimo».

A palavra gaxe, queserve para designarum tecido muito finoe transparente, pro-vém de Gaza, cidadeda Palestina, ondese fabricou tal teci-do pela primeira vez.

O estreito de B#h-ring separa a Ásiado Território de Alas-ka, na América. Tem92 quilômetros delargura (por aí sevê como o estreito élargo...) e 90 decomprimento. No in-verno fica totalmen-te gelado, a ponto dese poder viajar detrenó, sobre suaságuas. Foi descober-to em 1728, pslo na-vegador Behring.

As ostras que pro-duzem pérolas nâodão pérolas assimsem mais nem me-nos, ¦ como toda agente pensa. Cadauma delas tem quelevar seis ou seteanos elaborando' asua pérolazinha.

Créso foi 0 -Ultimorei da Lídia, país vi-sinho do dos persas.Era célebre por terreunido no palácio deSctrã s grandes tesou-tos, os maiores domundo. Até os nos-sos dias perdurou afrase: "_" rico comoum Créso", para in-dicar uma pessoa degrande fortunn.

#^

"Malacologia" é aparte da Zoologia quetrata do estudo dosmolusces."Mamalcgia" a queso refere aos mamífe-ros.¦ Ambas fazem parteda História Natural.

Quando subi-mos uma escada em-pregamos oito vezesmais força que a deque precisamos parapercorrer uma dis--ância igual à sua ai-tura, em terreno pia-no.

A letra do hino na-cional da Bolivia foiesorita pelo poetaInácio Sanjinés.

O verdadeiro nomedo célebre pintor ElGreco era DomenicoIheotocopoli.

P .&¦• y~í _\_____; •'iv,•¦ v-virA.:* '_¦w~ í *$rl ___ %c-?___l

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Um pequeno pro-blema: com três cor-tes, apenas, dividiruma torta em oitopartes, sendo quatrod" um tamanho equatro de outro.

Como será possível?A figura inferior é asolução: dois cortesretos, perpendicula-res, o um circular...Fácil, não ?

Na Suiça há nadanenos de 1484 lagos.

No interior da Ar-g ntina, um dos com-bustiveis mais usadosnas cozinhas ãomésti-cas é o sabugo do mi-lho.

aAté 1840, se afir-

mava que, no mar,abaixo de 500 metros,não havia nenhumapossibilidade de vida,nem animal, nem ve-getal.

'¦¦ ¦¦

A carne da baleia èbastante saborosa Oóleo que se extrai docorpo desse cetáceotem grandes aplica-ções na industria, namedicina etc. *

Além disso, os os-sos e as barbatanassão, tambem, de gran-dj utilidade pana ohomem.

IM O TICO-TICO AGOSTO —1944

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RECO-RECO, HA DOIS DIAS QUE NAO 60LAO, DESCO&R» ONDE ESTA' O AZEI- <VEJ°.? íSífí^¦|Í5,,C5 o°?ERA' t TONA/ IMAGINE VOCÊ, QUE ELE SE j>T ME DAR NOTICIAS DELE ^^^-^ ESTABELECEU COM UMA OFICINA DE j<-^mmT* ^-'-^^ x-^_-—^^X^SERRALHEIRO

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/^"""K^ESMO tendov. y j ym uma pequena

/ ¦ S^casihha comum terreno quedava para pro-duzir um pouco

de milho e feijão, o Jucávivia contente, porque oproduto da venda do leite era o suficiente para êleviver feliz. Esse leite era da excelente vaca chamadí"Branquinha" e que ainda o ajudava a lavrar o campoSendo assim feliz, todos ali por perto o invejavam.Não vendia nem legumes, nem frutas; mas o tra-balho e o leite dado pela

"Branquinha" bastavam-lhe para *evar uma vida calma

E foi uma tarde, depois do jantar, vendo comindiferença o terreno de sua casa pouco cultivado,tanto espaçodesaprovei-tado, cm plenoabandono, queêle, olhando a"Branqui-

nha", teve umaidéia que jul-gou genial.

O leite da"Branqui-

nha" dava. defato, para êleviver sem gran-des dificulda-des; mas, comosempre lhe fi-zessem propôs-tas de comprado animal, (riucom o raciocíniocomo se imuito inteligen-te), cm porquíela tinha muito

do melhor, talvez

Io explora-ficar rico

A quês-' emter muitos lu-cr»v P.ira ser

0 PRÊMIOdo nniBiciQSO

~^z3u / J]\y^ /^y /li ,4ir w>w i""^"~ \ \ / ri 1(\ \\7i /'

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tinh.i queI p.i

tinham proposto • cjrntr Udtna

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_•_* <

e incapaz de errar. Porisso, de manhã muito cedo,êle foi ao pequeno pasto eapanhou a vaca e matou-a!

Começava a retalharo animal quando apareceuá mulher perguntando queloucura era aquela.

Então, o ambicioso do alto da vaidade começoua explicar: aquela vaca lavrava o campo, puxavacarros e dava leite, mas rendia pouco. Ao passo queêle abatendo o animal, ia vender-lhe a carne, quecustava .ão caro e também daria para eles comeremalguns dias, esticaria o couro, que daria bom preço,e ainda com os chifres faria bugigangas para seremvendidas na feira. E não precisava mais comprarmill i. . . A mulher botou a mão na cabeça, bradando

pela estupidezque acabava deouvir, mas oJucá . estavaconvencido deque era inteli-gente e a idéiaera muito boa.

Indo à ci-• dade, vendeu a

carne, mais tar-de o couro cur-tido e depois oschifres, o quesomou no momento, com oc c o n o m i -zado porcomprar r.para a "Bran-

quinha", uma

dinheiroI ficou :tente com .ti' posta em

Mas. os-«as-

saramquem nâo agecom bomcedo vem o.» n -•lnTl lh«V

todo de um.

*io» oa i! ->¦

jur :

oça e a

PorSEBASTIÃO

RNANDE8

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QUE e'is. o, pipoca? você VIROU6ENERAL DE UM DIA P'R__ OUTRO'COHO FOI /~

<

HERDEI DO MED BISAVÓO ÔENERAL PIPOKOFF

ESTA _.' BOA! O PIPOCA ,HE_JCRIADO,UH GENERAL EEU NEM SOLDADO RASOVOU ALl5T__?-HE,__P-.-__-n_.

MEU (___?0 S1-. KA5..MI-0-. N,NÃO E'POSSÍVEL *0 EXERCITONÃO QUEC2 CARECA. O BRILH QC_A CALVA ATRAI A ATENDO

DO INIMlGO• /.llRr 7*^ ^ dosmeus^—c

F lí__HB._y ¦____§__MALDITO D'UM RATO' E'mA1S FAClt_ ESTA CA5A DEVESEt. QUEBABULHO E' 3E FÔR UM LADf-Âo ? VOU METEnAPANHAR»^|_MlL INIMIGOS DOQUE DE GENTE RICA* VI ESSE?SEBA'QUEO MINHA FARl^ DE PIRATA. EUM DESTEsV^XJ ÜM GENERAL ENTRAÍ. GENERAL PIPOCA EMPREGAR MEU VELHO TRABUCO

BICHOS DAr-APOSS^-X AQUI !________ JA'SE LEVANTOU PARA PAR-LHE-UMA LIÇÃO-

(QUE E'I-.50 A- , L. A"- UAI 1'. O TERRIVEL PIRATA HAHUITO BARULHO NESTA - 1 UA. \ O FANTASMA DO }"SEU" LADR_-0'' \

[kAXIMROVVNEWSKOVARlC'-,. G_._A,DORHE-_E MELHOR- FERO^-CRIADO DO PIRATA -- |VOU LicauiPA-LO JA' \

V*-—i VAMOS CIAR O FORA. NOS CAMPOS DE BATALHA- , ( fln BEN PIPOK ' /*9~y ^———\( vou vERoaüEE'-..]—, \(_r^~_?—yryyJzP\

_ ¦ ¦ ¦¦¦¦¦¦ — ¦ . ¦ _—, ii —- ¦-* ¦¦-¦—m- . ¦— ¦ f ¦_.— — ,

BOLAS '.ESTE

Tí-ABUCOTEIMAEM NEGAR FOGO'.ENFERRUJADO1.HA' 70 ANO*. QUE NÂO E__VAUM TIRO..] í

QUANDO NÂO SERVE DE.UMA MANEIRA, ESTETRABUCCPOPE- SERVIR, PEQ-__APUÇA[

J~

BCAVO !SRK__3.ir.BOWN -APANHOU O MAlSTEMIV ELDOS LADRÕES _ PODE A>_\STAT-__.SENO EXERCITO ..SERÁ PROMOVI POA NAJOR POR. PERTENCER---

*A MAJOR. DADE.——|,

X> IP? W W-

_F—1 .JjB^vyÍo-Tico-nco AGOSTO— /fl. 4

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O GATO EA RAPOSA

ERTO dia, um gato, com espíritoaventureiro, resolveu abandonar acasa onde era encarregado da dis-ciplina das ratazanas e para ásquais, o único castigo era a morte,nas suas garras e dentes.

Para mudar de ares, tomou a resolução a:imareferida, dirigindo-se para o campo, cujas belezasnaturais lhe haviam gabado.

Era do seu conhecimento, que D. Raposatinha vasta- experiência acerca da livre vida domato, e por isso o felino tratou de procurá-la, afimde ouvir os avisados e oportunosconselhos de tão inteligentesenhora.

Encontrada esta. o nosso ga-tinho lhe expôs a situação, o quemuito envaideceu a matreira,por ser o gato considerado omais astuto dos animais domes-ticos.

Enquanto caminhavam jun-tos pela floresta, D. Ranosa iaexplicando toda a sua sabença.ao consulente.

Como vê, meu amigo —tenho mais de uma centena deprocessos para escapar aos meusinimigos naturais e artificiais. E o meuamigo?

Olhe Dona — eu só tenho um mé-rodo para me safar. Trepo na primeira ár-vore, poste ou muro que encontro, e estao caso arrumado.

Mas tiue falta de imaginação! —pensou a raposa, cheia de desdém.

Nisto, sentiram os latidos de uma matilh

-.raJ' J^á^ yLòi // / Jr\ Am "^

^aa* _. "*"* -a» /

a de cães. /y/~ £7M ij/

O gato, com um salto, subiu a uma arvoremas a companheira, sem saber o que fazer,perdia a cabeça e era estraçalhada pelos ca-

chorros enfurecidos. O fe ino, que a tudo as-sistia, empoleirado num alto ramo. assim fa-lou para os cães que, parece, também e ta-vam com vontade de provar carne de gato;— Meus amigos — tirem daí o se tido. Aminha amiga tinha muitos processos de escapulir-se, mas parece que não eram borjj.

Eu só tinha um método, mas como estãovendo, é eficiente. ..

Mais valeu qualidade que quantidade..

CJklíçlxjBjT YDBE^'^

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^/AlEto

AGOSTO—I94i O TICO-TICO 19

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U tenho nota-do qus vocêanda muito

aborrecido, compadre Leão,.— disseum dia o Macaco ao rei des animais.É verdade, meu amigo. O velho

Sapo Tanoeiro abriu uma psccla noturna lánas margens do charco e ninguém pode mais dor-mir. Durante toda a noite só se ouve a voz de du-zentos sapinhos que dizem asneiras, atrapalhandoa taboada:

"Quatro ve_es quatro é quatro, noves fora

quatro". E o Sapo velho corrige:- Errado!

E levam a noite inteira irritando a paciênciada gente.

Realmente — atalhou o Macaco — isso é umabuso Por que você não atrapalha a escola deles?

Como? — perguntou o Leão.Instalando, junto à escola, um sanatório

para bichos fracos — respondeu o Macaco.— Tú és utn bicho. Macaco

velho! Ajudas-me nessa, empre-

SMÍ ',4^

AECSCECDÜ(DH

'ELA[_![!&<__ID

sa?

Em menos de uma semana estava instalada,

junto à escola, uma casa de saúde só para galinhasd'Angola.

'Uma vez, quando a chuva começava a cair, as

aulas da escola principiaram:"Qutro vezes quatro é quatro, noves fora

quatro"Errado!

Do outro lado da cerca, então, c macaco fez umsinal jjá combinado e as galinhas d Angola come-

çaram:"Tô fraca, tô fraca, tô fraca, tô'fraca, tô

fraca, tô fraca".

O Leão ria a bandeiras despregadas e o Ma-caco se agitava'todo, regendo o coro das galinhas.

Três dias depois já não havia mais o ihenorvestígio da escola do Sapo Tanoeiro. Foi tudo parao fundo da lagoa.

Com muito gosto, amigo Leão.

¦

st O riCO-TICO *GOSTO—i_í4

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QUE VERGONHA.SOUTAO FRACOQUE UH ESPIRRO DEGAÍANHOTt)ME qJOGARIA AO CHÃOJ

/4A ^1^ã Vi ffili /¦7&&M4

VOU F__.ER GINASTKAVARRANJAR.Uli BOH PROFEÔSOR DE ATLETISMO.DEPOIS DESAFIAREI OS «CAMPEÕESDE LUTA .AQUI ESTA1 UM

m&\ /fi/ GORILOWSICf- «y

/ "Proíasior da -

EOSNtt QUE. ESTA'POEC\SAMPO D-UMPROFESSOR OEATLETISMO ^

ESTOU,MAS SENAU- COHSEQU\GL.NAO ffcGO^-r s—T

NAO ESTA1 MAL ESTE 13RACO ,MAS 0 OUTRO ? SE EU N^ÒPAGAR A OUTRA METADE DOORDENADO AO^PROFESSOR

\|OU FICAR.ASS\H—V^«&s.

ACtORA ESTA' BEM,HAS NAO ACHA QUE ESTOUME PARECENDO -j '. ——COM Uti GOR.LA^«W p^'g- ^^

.

J^^ J[|W_SIRV_<J l£? A-w

BRAÇOS COMPRIDOS E PERNAScurtas \ ssa hSo a vou /^\ALONGAR. MINHAS PERNAS |PARA FICAREM DE ACORDO,/ JV} j l

A )> J ÉrV 1 r /

ASSINE O CONTRATO PARAÜMjís I.UTA COM JOE T\éRE

777\ DECERTO-E-SERE* /y%^f_A ° VENCEDOft — S

t__WÈ_^_WÉ ¦_. ¦ A :f /

O LUTADOR. RAft\PE' VAI LUTAR. HOJE.VOU DAR-LHE UHA PÍLULA , PARA QUESAIA VENCEDOR O JOE TIGRE

UH CAMARADA DEU-HE ESü_ PÍLULAPRENDO QUE PA' MUITA FORÇA.HASEU NAO PRECISO «VOU DAR A PI LULAA ESTE «ÍORIIA

O fiÜE . ENTÃO MEU ADMERSAElCBL*Ò «SORILA AO QUAL DEi APÍLULA ! ELEVAI FICAR MA£

FORTE AiNPA-ESTOU

^«S_9_£-wFORTE AiNPA-ESTOUj \—;, '

i í —-Tm ™rc'rm J//A ' ¦

Av 7 ]g% h /1 \ /*$** 77 _^fi^

EPA .0 GORILA FJSTA COM VO&T^BARRIGA! VAHVE^_iUE A PÍLULA fiUEDEI A ELE EGA UM ....PURXxANTE !

AGOS1*. O TICO-TICO Jl

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..... -

i—¦ a*.: r—. /—; ,--\ r-, r\ r-> ^—>

^.jyjy VEJA O TEXTO EM OUTRO ^AÍ ' £ ° 6 j^P A AKi^ IAK ^£^ ^^0 C ^M) f^f--^P^.^.___^^

OT/CO-TICO AGOSTO-;^ AGOSTO-IW O TJCO-TICO

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AVENTURAS DE ZÉ MACACO E FAUSTINA

Naquele dia Zé Macaco saiu de casa alegre, ...repartição. Como era o "dia de ...o chá costumeiro. Ora, quando Zé Macaco'porque pouco faltava para acabar de construir o receber", de .Ime. Faustina, não de- chegou à repartição, teve agradável surpresa: nãonovo galinheiro. Foi pana o trabalho na... morou a chegar amigas suas, para.:. havia expediente naquela dia.

A primeira idéia do nosso amigo foi esta: meu Quando, porém, chegou no corre E foi entrando cautelosamente. Dentro, agalinheiro ! ! Vou, correndo, para casa, acabar a dor, ouviu um ' _um zum" terrivei. — reunião ia animada. O léro léro estava fervendo,construção do arranha céu das penosas * "Eh ! aqui há coisa ! ! — pensou ... Falava se bem de todas as antigas ... presentes ...

... Zé Macaco ficou frio '. E mais ainda, quando Saiu, furioso ! Pois então, aquilo ... começava a chover ! ! I E o coitado teve queFaustina «'io correndo recebê-lo e lhe deu um tinha jeito? Era direito? E o pior ficar na chuva todo o tempo, danado da vida e"liilhete azul" de três horas de duração... tra que.. pensando... no seu galinheiro ! ! !

*. O TICO TICO AGOSTO—1944

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T O NIES A B

O maior prazerde Tônico era

matar passarinhos.Passava quasi o diainteiro no pomar dachácara, onde residia,de bodoque na mão,arremessando, a

quanto passarinhoaparecesse, pelotas debarro que preparava,ou seixos arredonda-dos que ia buscar à .margem do rio.

Um dia, estava muito entretido, sen-tado à sombra de enorme figueira, aconsertar o seu bodoque, que tinha osbarbantes rebentados, quando um rufarde asas lhe chamou a atenção. Acabavade pousar num galhinho de figueira umlindo sabiá de peito castanho.

— Oh, que bonito sabiá! E está re-bentado o meu bodoque! — exclamouTônico, erguendo uma pedra.

O coração pulsava-lhe forte e as per-nas tremiam-lhe de emoção. Procurouboa posição e zás!... a pedra partiu.

Ao arremessá-la, porem, Tônicoresvalou a mão pelo tronco áspero dafigueira e esfolou-a.

Contudo por um acaso, a pedrada

LUIZ GONZA

COO

I Á

tinha sido certeirae, estrebuchando,ensangüentado, o

- sabiá caíra quasi aseus pés.

— Pobre sabiá! —

disse Tônico, erguen-do a ave e contem-plando-a na mão.Coitadinho! Como háde estar sofrendopara morrer! Pois seeu, que apenas leveiuma esfoladela, sinto

tanta dôr na mão, a ponto de gemer...O sabiá agonizava, a cabecinha caída,

os olhos fechados. Estava todo arrepiadoe as perninhas tremiam-lhe.

—Como fui máu! Como tenho sidomalvado! Quantos dos passarinhos quematei haviam de ter ninho, ficando osfilhotes abandonados e morrendo de frioe de fome! Como tudo isso me dói agorana conclência!

E, assim pensando, Tônico teve umaresolução súbita: apanhou c bodoque e

quebrou-o no joelho.— Este sabiá é o último passarinho

que mato! Nunca mais serei mau comotenho sido até hojo: nunca mais!

Tônico soube manter sua palavra.

GA FLEURYAGOSTO—19H O TICO-TICO

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O TICO-TICOAGOSTO—1944

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AGOSTO—19U O TICO-TICO»7

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fWf N\ coleção corogrXfica brasileira fffc ^

TERRITÓRIO DE PONTA PORÃ

O TERRITÓRIO de Ponta Porã é li-mitado:

a Oeste e Noroeste, pelo rio Pa-raguai desde a foz do rio Apa até à fozdo rio Miranda:

a Nordeste, Leste e Sueste. pelorio Miranda, desde à sua foz no Para-guai, até à foz do rio Nloaque, subin-do por este até à foz do córrego Jaca-rézinho, segue subindo até àsua nascente e daí em linha reta e seca,atravessa o divisor de águas entre o Ni-oaque e Carandá até à nascente docórrego Laranjeira, desce por este até àsua foz no rio Carandá, continua des-cendo por este até à foz no rio Taqua-russú, prossegue até à foz do ribeiri-nho Corumbá, sobe nor este até à foz dorio Cangalha, subindo até à sua nas-cente, daí segue pelo divisor de águasaté à nascente do rio Brilhante, descepor este à sua foz no rio Ivinheima,continua por este abaixo até à sua fozno rio Paraná, descendo por este até àfronteira com o Paraguai, na Serra doMaracajú;

— ao Sul e Sudoeste, com a Repú-blica do Paraguai, acompanhando o li-mite internacional, até à foz do rioApa.

¦pv IVIDE-SE este Território em sete*•/ Municípios, com as denomina-ções de Porto Murtinho, Bela Vista,Ponta Porã, Dourados, Maracajú, Bo-nito e Porto Esperança; cada um dosquatro primeiros compreende a áreado Município de igual nome que per-tencia ao Estado de Mato Grosso; oquinto compreende parte dos Municí-pios de Maracajú e Nioaque, do mes-mo Estado; o sexto compreende parte

ev -1

do Município de Miranda e o sétimoparte do Município de Corumbá, am-bos do mesmo Estado.

O CLIMA deste Território é o de

duas estações: das chuvas e daseca. Os seus campos são ótimos paracriação, com excepcional pastagem navazante das enchentes. Na serra pre-domina a mata. No planalto estão osconhecidos campos cre Vacaria. Oshervais encontram-se a sudeste.

O Território é servido pela Estra-da de Ferro Noroeste do Brasil até aterminal em Porto Esperança. Estáêle portanto ligado a São Paulo e aoAtlântico. Em futuro nâo muito remo-to, Porto Esperança será etapa daTranscontinental de Arica-Santos. Anavegação é de pequeno calado peloParaná até Juaira (7 quedas). Seusafluentes são navegados. A navegaçãopelo Paraguai é internacional.

Em Porto Murtinho existem ins-talações para preparação do taninoextraído do quebracho que existe na-tivo no município. O-produto é muitoprocurado para cortumes. As criaçõesde gado são importantes.

AS águas do Território são coleta-

das por dois rios principais o Pa-raguai — cujos afluentes mais impor-tantes neste trecho são o Miranda e oApa — e o Paraná com os seus afluen-tes Ivinheima, Amambaí e Itaquate-mi. Na época das grandes águas osafluentes do Paraguai invadem as pia-nícies marginais, formando pantanais.

A CAPITAL do Território de PontaPorã é a cidade de igual nome.

/At /

*8 O TlCO-TíCO AGOSTO—1944

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Tinoco anda ajrora W "^ *"****" --v \ t lente para "pes

ventar armas secre- \_^^^~\T*_)-_ I t- '"^ f'C°U deS"

_____________¦ _______________ __________H / /V^v ___ík^^ \ y^^\ _________ ________ jacaré atéW. __^^l í^>- ,^^1 I / v

^Sss_ ¦P^ ^-^ \_____fl ___¦ debaixo dágua.

B^^^*% ^^ ^W6^. , ^^^^^^^^^X"*^3__ '.___________________ I ^^r^^^kv ^ammwiz ^^_H ^ jacaré não

Mal chegaram, «. c "S» <P> ^IPSS^<2^' _y__am^am\w\m\aae**am\\mwí ~Ê^-aWwmam\aaa%. ^^^^B queria conversa.

lá perto c provocou ig*' x^V ^^==s£& Wbfc -- ^^ ^""'*——-^^—-*1 | abrindo...

... uma bocarra do _____________________ / \ yfji >««¦ I \ -/__- f &« \

L^_n__H_____ _________*____¦ *_[*uff ¦?> \ c_? —-. /__________. _/ /""'"¦ <_? \meteu nela o guarda rfTjv*3"^ ^L\\ -*-*-. kU-lr*1"' >—1 / ^jj '2' --sol, abrindo o no ^¦HÍ*'^ - .•¦& /^ ^-->. _JX""'>\__-//''

*"—£? _» ^s^ V.mesmo momento. j^k H^^ ^**^*^ ______« -^00^^"^ >>_

.^^ Lr ^^ Guarda-chuva abrindo e boca*¦-—-——^ ^»—¦ _^-- -^ ^_W^r_sn S^**^_ Yft fechando-eis aí o resultado: uma bela*~- -*' &*<yiy """" caçada. E o inglês, desta vez. não*"' ¦ i .¦ ___,_. ¦- .i ,. ¦,-¦ , poude dizer mesmo nada... Não

acham?

&,uL— ^x" Você ^?»àbi___^? v_T ni

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homem andando noite _ ,__ 7 \ x) E # =—^í7) KC//L DIA A CEM PASSOS POR Ml NU-r\ ~^ |4 «-/«f/W /WCf/fâW C__£-j-r_r7Xr~V^_<:-3>—_ —»____ ¦^/n^rF^ouATPnowLô-[\} \_r~—l^f do monte muco pea-Ml/M CAMELO SUPORTA UM PESO PAPA QuTsaT^ S Z°JJfp$ MRaÍstARIA VX*X*w2 IZ/zw''1 w «M«:_S, 0 IPRECISPS WS MULAS. COME TAO POUCO COMO UM NB moS ^A n,à f__o ^^ C^í^ |s__./>£ SAUSSURE, No D/A

BURRO, E AS ERVAS MAIS GROSSEIRAS. A FÊMEA 00 UM AN0£ _.?,,£. I PRIMEIRO DE AGÔòTo DE N/L ¦CA MEIO PÁ BASTANTE LEITE E DURANTE MAIS VOLTA AO MUNDO. ____________ ___¦ SETECENTDS E OITEUTATEMPO QUE UMA VACA. A CARNE DOS CAMELOS _________¦___! I g Sf 7'£'- BAfif> H3S f MELHOR QílE A DA MITELA. _________| _______________¦__-__-_¦

AGOSTO—2944 O T/CO-T/CO «fl

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A CASA

A porta de entrada A sala de espera O gabinete

^^?^#^ I .A sala de refeições O páteo

•"S r^ ^ ^¦^¦^ s< ^-v^*^^-—I SE VI S3 _____ uj »

O banheiroso

O quarto de dormirO TICO-TICO

A cozinha

AGOSTO—/9.W

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O ESPIRROMONÓLOGO

(Entra espirrando)

Não é somente na gripe,— Seja no frio ou calor —

Que, para alegria nossa,

Um espirro é salvador.

Antigamente se usava

Tomar "torrado" ou rape;

E encher desse pó as ventas

Chegou a ser moda até.

Hoje, quando a gente está

Embaraçada, por fim,

Dando um espirro disfarça

E fácil, pois... (espirra):

AtchimI...

Quando se faz um exame

Com difícil prova oral

Conheço um belo recurso

Pra boa nota final.

Se uma pergunta atrapalha ¦

Pra não se fazer chinfrím

Leva-se o lenço ao nariz

E o espirro vem... (espirra):AtchimI

Tenho um visinho que é mestre

Em não pagar a ninguém

E que o processo do espirro

Adota agora também.

Ao encontrar um credor

Fecha os olhos, mesmo assim...

Abre a boca deste modo...

E solta o espirro... (espirra):AtchimI...

Conheço certa senhora

Que já é bastante idosa,

Porém pretende ser moça

Porque é por demais vaidosa.

Se perguntam se é avó

Não diz que não, nem que sim,

Sorri, ladeando o caso

E largo o espirro... (espirra):

AtchimI...

Um sujeito muito esperto,

Pra ter receita de graça.

Diz ao doutor:—Stou gripado...

Que me aconselha que taça?...

-- Faça como eu; diz o médico.

Doutor Esculâpio Alvim,

Quando estou gripado tusso.

E antes espirro... (espirra):

AtchimI

Isso é um mal contagioso,"Pega" de qualquer mancra,

Até de longe se fica,

Às vezes, na espirradeira.

E antes que isso aqui suceda

Vou saindo como vim,

Não quero ver os senhores

A espirrar... (espirra):

AtchimI... AtchimI

(Sái).

MAURÍCIO MAIAM<>^W>^^^^MV^^^^^^M^AM^^A^A^^^^^^^^^^^^^^^^W^WMM»M^My^MWWW^

TOSSE?

*r9| "¦^eê^ J_^É_Sp

CODEINOLNUNCA FALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADA-

VEL.

PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DE EFEITO SEGURO

PREFERIDO POR TODOS, PORSER O REMÉDIO QUE •

ALIVIA, ACALMA E CURA

Infalível contra resfriado». asma ebronquites

O TESOURO DE D. JOSÉEste é um livro bonito, ir_t-.es-

sante, bem ilustrado, que ccntémhistórias deveras atraentes. Es-creveu-as Josué Montello, e ílus-trou-as Paulo Afonso. Preço Cr$6,00 — Pedidos à Biblioteca In-fantil d'Q TICO-TICO.

£$(à*^i ^^ ^__tv_

diga^que eu lhe disse:-Uso e não mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS i CONTRACABElLCb BRANCOS

AGOSTO - 1944 O TICO-TICO 5.

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.fãT^L.noffos

concurso* Jh*.̂A publicação dos nomes doa premiado» é feita

duas edições após. Os prêmios são livros e são re-metidos pelo Correio, sendo precise vir os no-mes e endereço completos.

CONCORRENTES SORTEADOS NOS CONCURSOS DO MÊS DE JUNHO

NO CONCURSO N.° 129

Arione de Andrade Mello —Rua Benjamim Constant, 417 —Porto Alegre — R. G. do Sul.

José Paluma — Rua Dr. AlfredoBacker, 6 — São Gonçalo — Es-tado do Rio.

Neyde Silva Antunes — RuaMendes Tavares, 118 — c. 5 —Vila Isabel — Rio.

Maria Helena Gurgel — RuaItapemirim, 146 — São Paulo —E. S. Paulo.

Celso Souza — Rua OuvidorPeleja, 726 — São Paulo — E.São Paulo.

NO CONCURSO N.° 130

Aríete Julia da Cal ~ Rua Fio-riano Peixoto, 2421 (Neves) —Niterói — E. do Rio.

Flávio A. Lebkuchen — Rua Ri-veira. 2 — Porto Alegre — R. G.do Sul (Bairro Petropolis).

Laura Ferreira Calçada — RuaNova Jerusalém, 55 — Correio deVila Carrão — São Paulo.

Sérgio Fragoso—Rua Luiz Gui-Guimarães, 63 — Vila Isabel —Rio.

Abrahão Mansur — Rua Du-que de Caxias, 573 — Três Rios—E. do Rio.

NO CONCURSO N.° 131

Norma Martinez — Rua Mar-

quês de Caxias, 424 —¦ Rio Gran-de — Rio G. do Sul.

Veramaria Villamil de CastroAzambuja — Rua Cel. Demetrio, ,63 — Dom Pedrito — Rio G. doSul.

Maria Lúcia Carvalho de Albu-

querque — Rua Oswaldo Cruz, 32Niterói — E. do Rio.

Nely Domenici ~ Rua AntônioCarlos, 125 — Ponte Nova — Mi-nas Gerais.

João Paulo de Campos — Praiado Flamengo, 16 — ap. 401 — Rio.

NO CONCURSO N.° 132

Elio Jorge Esteves — Pindora-ma —• E. de São Paulo. ,

Alberto Rodrigues — Rua Quei-roz Lima, 41 — Itapirú — Rio.

Terezinha César Martins — RuaVitorino Braga, 313 —¦ Juiz deFora .— Minas Gerais.

Lino Fernandes Pereira — RuaGen. Bento Martins, 699 — ap. 1

Porto Alegre — Rio G. Sul.

Olímpio Alves Machado — RuaSão Simão, 61 — Vitória — E.Santo.

SOLUÇÕES EXATAS DOS CONCUR-SOS DE JUNHO

ymM—

8 l 4 11T1?Do Concurso

n.° 129Do Concurso

n.° 130

Do Concurso n.° 131

A embarcação que ia deixar a pôr-to, e sobre cuja saída o espião deuaviso, era uma "CORVETA".

Do Concurso n.° 132

As três somas davam o mesmo re-sultado. aue era "EDUCADO".

O PREMIO DESTE MÊS

Todos os concorrentes cujos nomesaparecem na relação ao lado foramcontemplados, no "sorteio, com umexemplar do livro infantil "ENTROU

POR UMA PORTA E SAIU POROUTRA", de autoria de Tostes Mal-ta, edição da Biblioteca Infantil d'0Tico-Tico, com ilustrações a coresde autoria de Noemia.

Cada exemplar custa Cr$ 6,00. Osprêmios serão remetidos pelo Correio.

VIRnSAS

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODOFILINA)Empregadas com sucesso nas moléstias do esto-mogo, figado ou Intestinos. Essas pílulas, além detônicas, são indicadas nas dispepsias, dores de ca-beca, moléstias do fígado e prisão de ventre Sãoum poderoso digestivo e regularlzador das funções

gástro-intestlnais.A venda em todas as farmácias. Depositários:

JOÃO BAPTISTA DA FONSECA, Rua do Acre, 38— Vidro CrS 2.50 Pelo correio. Cr$ 3.06 — Rio

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Propriedade da S. A. "O MALHO"Rua Senador Dantas. 15 — i5.° andar)

Caixa Postal, 880 — Telefone, 22-0745RIO DE JANEIRO

Diretor: Antônio A. de Souza e SilvaPreço das assinaturas, remessa sob registo postal:

Para o Brasil e toda a América,Portugal e Espanha:12 meses Cr$ 25,00

6 " Cr$ 13,00Número avulso Cr $ 2,00Publica-se no dia 1.° de cada mês.

32 O T1CO-T1CQ AGOSTO — 1944

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'e^A* noffoiconcursos m

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Recebem-se as soluções até o dia 15 do mês ae-<umte. Cada concurso corresponde a 5 prêmios. O*leitores podem concorrer a todos t mandar juntas-todas as soluções, mas*só pôde o mesmo leitor seipremiado em um concurso de cada ves.

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CONCURSO N.» 138

Reunir os 8 fragmentos acima, de modo a

formar uma interessante silhueta. Leia as con-dições no alto da página.

CONCURSO N.° 137

PALAVRAS CRUZADAS

Chaves horizon-tais

1 — Suino— Ave que ire

nutre decarniça.

— Quase raso.— Animal do

Polo.— Da galinha.

Chaves verticais— Rio do Bra-

sil.— Rezar— Da Rússia

4— Carlos Bar-bosa

5 — Conjunç ã oalternativa

11 — De peixe.

Indique sem-pre nos enve-lopes em queenvia suas so-luções "NOSSOS

CONCURS O S ",

para maior fa-cilidade dos tra-balhos em nossaRedação.

CONCURSO N.° 139

MARIOBRASILROSA

Aí está o nome de um amigonosso. Mas seu nome oculta o detrês capiteis européas. Quais são?

Quem é capaz de descobrir? Sãodas mais faladas as 3 cidades.

(Leia as condições no alto da

página, se quer concorrer.)

CONCURSO N.° 140

CHARADAS

De duas silabas consta esta cba-rada.

Minha "primeira" e minha "se-gunda formam uma vestimenta ro-mana. Minha "segunda' e minha"primeira" formam um bicho quearranha...

— Sempre começo em um pontoNum ponto sempre hei de acabarAquele que disser meu nome,Só metade há de pronunciar.Quem sou?

Mande-nos as duas respostas emfolha de bloco, com seu nome e en-dereço bem claros. Leia as condi-ções no alto desta página.

fi5A"_!j_'

^__L V il É

FAZ DOS FRACOS FORTESINFALÍVEL NOS CASOS DEESGOTAMENTO

ANEMIADEBILIDADE NERVOSAINSONIA

FALTA DE APETITEE OUTROS SINTOMAS DEFRAQUEZA ORGÂNICA DECRIANÇAS E DE ADULTOS.

"A GUERRA DOS ANIMAIS"Já leu este livro? Se não leu, des-

conhece um dos melhores e mais bemescritos livros infantis aparecidosem 1944 ! A edição é da BibliotecaInfantil d*0 Tico-Tico — Preço CrS12.00.

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AGOSTO — 1944 O TICO-TICO 33

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BONECAS(EXPLICAÇÃO DA PAG, CENTRAL)

COMO sempre, comecem por

colar a página em cartolinaresistente, recortando as figuras,vestidos e chapéus. Para serempostos nas bonecas, estes devemter dobradas as aletas brancaspara trás.. Gviando-se p. Ias le-trás — ABCDE — se saberá aquem pertence cada peça. A basese dobrará pela linha ponttuada,perfurando as linhas negras parapor elas passar as aletas dos pésdas figuras e a base de susten-tacão.

A MISTÓRIA DFJESUScontada às crianças

-o

Foi Pero de Góeso português autorizadopor Martim Afonso alevar, em 1531. deses-sete escravos índios pa-ra a Europa.

A frota de Du-guay Trouin, que ata-cou o Rio de Janeirotrazia mais de cinco milcombatentes. ,

Nas cidades doouro, pagava-se cem oi-tavas de ouro por umboi, no apogeu da ex-ploração des minas.

A coroa portugre-sa cobrava a siza dedc.Tsscis cruzacos emeio por escravo afri-cano embarcado para oBrasil.

í» O primeiro arce-bspo do Brasil fo' DomGaspar Barata de Men-donça.

As fronteiras doBrasil com a Venezuelaforam fixadas em 1859.

Em 1675, o últi-mo estabeleeime: to por-tuguês do sul da Amé-rica era a vida da La-guna.

Em 1734, o im-posto de capit ção sô-bre cada pessoa em-pregada na mineraç. oção do ouro era di40$000, valor da épo a.

A capitania geraldo Grão-Pará era divi-dida, geograficamente,em Pará, Guiana Bra-sileira e região do So-limões.

SO QUEREMOS SAPATOS DASAPATARIA"MORENA"

/-'"^¦eív y—f \ — '• >x.

i_==

{Conclusão da página 35)

Mestre aqui está, e te chama:Maria levantou-se rapidamente e foi ao encontro de Jesus.

Ele não entrara ainda na vila Estava ainda um pouco longe da mesma,onde Martha o fora encontrar e lhe talara. Por isso os judeus queestavam na casa vendo sair. Maria, toda apressada, pensaram que, emum arranco de dôr e saudade, lá ia ao túmulo do irmão, e a seguiram.

Mo entanto, Maria chegara onde estava Jesus e, lançando-se aospés dele, repetiu o que Martha já dissera:

— Senhor, se tivesseis estado aqui, meu irmão não teria morrido. —E, assim dizendo, caiu em pranto.

Enternecido por .aquelas lágrimas e pela fé das. duas irmãs, Jesusperguntou:

Onde o .pusestes?—-" Senhor, vinde vêr,E Jesus, pensando

no amigo que morrera,chorou.

OI' em como oamava — dizia a gente;e um declarou:

Êle, que abriu osclhos a um cego de nas-cença, não podia ter fei-to one Lázaro não mor-resse?

Jesus, no entanto,arreb.tado pela intensi-dade dos retiment^sque lhe perpassavampeta alma divina, e^ra-minhou-se, com paesoapressado, em demandado sepúlero de Lázaro.

Era este aberto narocha viva, e fechadono limiar por uma e or-me pedra.

Tirem esta pe-dra — disse Jesus.

¦— Mas. Senhor —disse Maria, — Lázaioestá morto há já bemquatro dias!

Não te disse que,se crês verás a gloriade Deus?

A pedra foi redrada.Jesus levantando o solhos para o céu disse:

Pai. agradeço-tepor teres-me atendido.Bem sabia que sempreme ouves. Pedi isto paraque o povo que me ou-ve creia que foste tuque me enviaste.

u~A 90 Vernli »"to, VaquataM°d- iW

m.rr.o. Telha Btl)..Bufalo Branca.20. 28 CrSM.M27 ap ¦ ¦ CrJ«.0O

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{Continua)

94 O TICO-TICO AGOSTO —1944

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CONTADA ÀS CRIANÇAS ,«*»««„(Adaptação de MONS. FEI ICIO MAC.Al

E A RESURREIÇÀO DE LÁZARONQUANTO Jesus seguia para Jerusalém, Lã-

zaro, irmão de Martha e Maria, ficou grave-mente doente, na Bethanía.

Jesus era amigo de Lázaro, qucria-o muito e asduas irmãs mandaram um portador para avisá-lodo que se passava.

Este demorou; porém, dois dias depois disse aosapóstolos:

"Voltemos uma outra vez à Judéa".Bethanía era uma das cidades dessa província."Mestre, não te lembras? Não há muitos dias que

os Judeus queriam te apedrejar! E queres voltar aomeio deles?" Mas Jesus não tinha medo da malva-dez de quem quer que fosse. Sabia quando teria demorrer e ninguém poderia encurtar-lhe a vida.

Sossegou os apóstolos e por fim lhes disse:"Lázaro, o nosso amigo, dorme, vou acordá-lo"."Senhor, é bom sinal se êle dorme. De certo há

de ser salvo".Realmente, Je^ús sabia que Lázaro morrera e

era do sono da morte que Êle falava aos discípulos.Chegando em Bethanía, souberam que havia

quatro dias que Lázaro morrera e fora enterrado.

AGOSTO—1944

Muitos Judeus estavam reunidos na casa de Marthae Maria, para as confortar. Logo que Martha soubeque Jesus estava em Bethanía, foi à procura dele.Maria, pelo contrário, ficara em casa, rezando e es-perando, e, quem sabe, pressentindo talvês o mila-gre que Jesus estava para realizar. A sua atitudeera de espectativa e de adoração.

Ao avistar Jesus, Martha, emocionada excia-ma: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão nãoteria morrido"!

"Teu irmão resurgirá", respondeu Cristo. "Seique resurgirá no fim do mundo, Senhor", respondeuMartha.

Mas Jesus disse ainda:"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê emmim, mesmo que tenha morrido resuscitará e viveráeternamente. Crês tu?"."Sim, Senhor" — respondeu Martha — "Eucreio que tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo, quedeve vir ao mundo". E, assim dizendo, correu a avi-sar Maria, dizendo-lhe:

(Conc/úe em ouíro foca/ disfr «fífcS^

O TICO-TICO tU

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.

"destino tem muita força", dizia o^Anselmo, com a resignação dos mus-sulmanos quando lhes acontece qual-quer coisa de mal.

— Mas a nossa "força de von-tade", deve ser mais forte do que o

destino, replicava o Antero, que não era fatalista, e diziasempre que

"cada um, com a sua habilidade, energia eprevisão dos acontecimentos, pode fazer seu destina"...'

Pois escute lá essa história e me diga se não foifeito o possível para contrariar a "força do destino" que,finalmente, venceu.

—^ Conte, então, sua hislória, quedeve ser daquelas para adorme.er crian-ças, ou' alguma lenda medieval.

Justamente. Dizem que o fato sepassou na Idade Média; porém não élenda e sim fato real. . . Pe'o menosuma das tuas personagens era um rei. ..cuja esposa, uma linda rainha. te*e doisfilhos gêmeos, os primeiros do casal.Houve, como é natural, uma grandefesta em todo o reino. Somente nãoforam tiradas fotografias dos dois ga-rotinhos pcrque... ainda não haviafotógrafos naquela idade...

Como?!.. .—' Quero dizer: na Idade Média ..

Compreendo. E depois?Em compensação, e como era uso

no tempo, o rei mandou chamar umsábio adivinho, astrólogo, hierofante ouquirósofo para

"decifrar o destino" da-quelas duas crianças.

O velho nigromante, que alguns di-ziam ser um espertíssimo charlatão,consultou os signos do zodíaco, as es-trêlas, os baralhos mág.cos, as própriassg O 7.CO-T/CO

linhas das palmas das mãos dos dois garotinhcs,e só via beleza e esplendor no seu futuro: umainfância descuidada e feliz, uma radiosa -raridade,

cheia de encantos e beleza, não somente física assimcomo beleza moral.

O rei, a* rainha e todos os cortezâcs e ..ivammuito satisfeitos com . aquelas felizes previsões. |Quando, porém, perguntaram se os pequenos prin-cipes reais teriam vida longa, a fronte do magose anuviou, respondendo em seguida:

A vida dos reais infantes não será curta:alcançará sua plenitude com vigorosa saúde paraambos. Vejo aqui, porém, um máu presságio. . .

Qual será?!... Qual será?! — indagaramtodos, inquetos e curiosos.

Muito seriamente comovido o cartomante dissetitubeante:

¦— &' que... um dos príncipes... matará...o irmão!.. .

.— Oh!... — exclamaram todos horrorizades.E o rei, que acreditava, piamente, nos augures e

pitonisas, ordenou, no meámo instante:*— Separem-nos imediatamente!. ..A ordem foi logo cumprida. Os dois recém-

nascidos, que dormiam sosegados c risonhos, nomesmo berço de ouro e rendas finas, foram logo

_^a l^A<- /vB E^"" ^^_.

AGOSTO—1944

separados, não somente de berçcs, como de aposentos:cada um ficou distante do outro nos dois extremos dogrande palácio real.

E o rei explicava:— Para contrariar a profecia desse cruel destin?

os dois irmãos jamais se encontrarão na vida! Hão decrescer longe üm do outro.

E assim foi. Os dois príncipes foram criados eeducados em cidades muito distantes uma da outra, doreino do seu pai. Jamais se avistaram. Havia, entre-tanto no reino um grande pintor que fez o retrato, emtamanho natural, de um dos príncipes, já homem, queo mandou, em rica moldura artistic . de bronze, ao seuirmão, distante, dizendo-lhe em carinhosa carta: "Desde

que o destino não permite que te conheça pessoalmente,envio-te um meu retrato, que é a cópia fiel de comoeu sou, realmente".

O irmão teve o mesmo gesto: encomendou ao con-sagrado pintor que fizera tão belo retrato do irmão,que pintasse o seu. Mandou emoldurar a grande telaem riquíssimo e pesado caixilho de bronze daurado ar-tisticamente a fogo, enviando-a ao irmão, com outracarinhosa carta, em que retribuía o principesco presenterecebido, dizendo "Aí vai também o meu retrato, que-rido irmão, para teres sempre presente minha pessoa,ainda que seja em simples imagem pietórica".

Foi imensa a alegria de ambos os príncipes que,desta fôrma,, se ficaram conhecendo, embora apenas

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cm efígie, e, desdeque não se encon-trariam nunca, es-tava o destino im-pedido de cumprirseu fatal desíg-nio...

Para terem sem-pre a imagem doirmão presente aosseus olhos — malo.r .brissem pelamanhã, — manda-rara colocar as duas grandes telas, respectivamente,aos pés dos seus majestosos leitos. E, assim que des-pertavam, ao raiar do dia, exclamaram, saudando oretrato:

— Bom dia, querido' irmão!...O destino, porém, inflexível, não dormia: Uma

triste manhã, quando um dos principes finda repoli-sava, o monumental retrato do irmão, com a pesadamoldura de bronze, desprendeu-se, inexplicavelmente,da parede, e caiu sobre sua fronte, ferindo-o demorte!...

E o Anselmo, tnunfante. após contar o epílogo dasua história, perguntou.

E então? Foi ou não foi a "grande força'do destino que despregou o quadro?

Não! — replicou o Antero, sempre incrédulo:O que despregou o quadro foi a "pouca força" dospregos que o sustinham na parede...

E, duçante o resto do dia, ficaram os dois a dis-cutir qual seria mais inevitável: se a "força

do des-tino", com as suas leis imutáveis, ou a "força... dagravid.Je", com a sua lei indestrutível...

EUSTORGIO WANDERLEY

AGOSTO—1944 O TíCO-T/CO 37

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I RA uma vez. lá para as bandas dos Andes, uma

grande tribu que tinha por chefe um anciãoquase centenário e cego quase. Seus filhos va-

rões tinham perecido em combates; restava-lhe po-rém uma filha muito linda que era o seu maior orgulho. Sentindo sobre os ombroso peso de tantos invernos, o velho cacique desejava repousar, entregando a chefiada tribu à virilidade de um moço.

S8 0 TICO-TICO AGOSTO—19JU

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Mas os filhos varões haviam-lhe morrido cmcombates e assim o pagé fez saber que entrega-ria o mando àquele que soubesse conquistar ocoração esquivo da índia formosa. Sabedora da de-cisão paterna, Huaranca, que a ninguém amava, de-

clarou que só aceitaria por esposo aquele que lheentregasse uma flor negra! Bem sabia a caprichosa

jovem que impossível seria a dádiva, pois que nunca,naquelas paragens, se ouvira falar numa flor quefosse negra!

Mas entre os muitos pretendentes, dois mais au-dazes, ou mais ambiciosos, resolveram pelejar peladifícil conquista. Huaranca era bela e poderosa eraa tribu...

A tribu está reunida em festa para acolher ovencedor que orgulhoso se aproxima da virgem, afimde fazer-lhe a oferta. A virgem sorri, estende asmãos. . . Mas eis que no mesmo instante, ante o

pasmo geral, a flor negra se muda numa flor ver-melha, tão vermelha que parecia gotejar sangue.. .E a um sinal do pai, Huaracan recusa a dádiva.

Naquela mesma noite, a flor foi levada a umavelha feiticeira que vivia numa gruta, afim de quedesvendasse caso tão singular... que só podia serum caso de magia. E a bruxa, tomando entre asmãos a flor, assim falou:

— O mancebo que aqui chegou, com o prêmioexigido, é um vil traidor; matou o outro mancebo quehavia encontrado a Flor Negra, que só cresce à

Em busca da flor negra, Nairú, um dos mancebos,

rumou para o norte, enquanto o outro, Quechey, se

dirigiu para o sul. Depois de muitas buscas e demuitos perigos Nairú viu um dia, à beira de um

pricipicio, a flor escolhida pelo capricho da jovemíndia: sem hesitar, desafiando a morte (devia estarloucamente apaixonado) colheu a negra flor de es-tranho aroma. E, triunfante, correu para a tribu dovelho cacique. . .

O segundo pretendente. Quechey, não fora muitolonge; apenas a ambição que o impelia, e a ambiçãojamais conheceu a força ilimitada que faz agir o co-ração. Avistando o rival que cheio de júbilo regres-sava com a dádiva exigida, Quechey sobre êle se ati-rou. matando-o. Em seguida partiu, levando a flor

beira dos profundos abismos. O corpo de Nairú jazinsepulto e o seu espírito clama vingança... Foi oseu sangue que tingiu as pétalas da flor.. .

Depois de punido o criminoso, um bando deguerreiros foi enviado em busca do corpo de Nairúe no dia seguinte, entre solenes pompas, o corpoera dado à sepultura; uma cova aberta em meio dafloresta. E junto à cova aberta em meio da floresta,jurou a formosa índia permanecer eternamente fiel àmemória daquele que por seu amor perdera a vida.

Aquela flor vermelha •— diz ainda a lenda — es-palhou-se desde então pela Terra inteira, tornando-se o símbolo do amor e do sacrifício.

E foi assim que nasceram as rosas... as rosastão belas, mas tão caregadas de espinhos.. .

SYLVIA PATRÍCIAAGOSTO—1944 O TICO-TICO 39

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Foi então queMccoronga viuo Homem, a

obra mais perfeitada natureza. Êletrabalhava nas mi-nas de Hulha (car-vão ás pedra). Láao longe na linhado Horizonte.. .

1 BC DA NATUREZA (N-5)

Hrui

eiiuw que íl /(/ [,( * )f_j_W IJJ. ^yt-ÊL^ZlZZTy 7

Mccoronga viu \\ \\\^^'fímf&£/^> .^^P^SSES''' tT

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u m rio,t r a n s b o r-dando, provo-

cava uma Inunda-ção formando Ilhase Istmos, sobre osquais voavam todosos Insetos. Era noInverno.

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H_H________Í 8___^^^^n Escudo de Armas dahJ República.

^ "Cerros de* Pan de Azucar" que /icam' a moníanfe

cia capital paraguaia.

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.^¦^^^ População: 1.100.0001 ^^Sk

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<*T Superfície: 457.000À ríil Jk qui/ômefros quadra-

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AGOSTO—W4 O T/CO-TlCO

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PARAGUAI __S>^_i

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NAÇÕES AMERICANAS(Conclusão da Pag anterior)

Desenhos de MiguelTexto de Qalvâo de Queiroz

0 PARAGUAI é uma República

que fica encravada entre oBrasil, a Bolivia e a Argentina. Éuma das nações americanas que nãotem porto de mar.

(A outra é a Bolivia).

Seu território é dividido em duas partes pelorio Paraguai, uma delas na região chamada doGrasn-Chaco, onde a raça branca tem tido bempouca influência.

O rio Paraguai, assim, faz as vezes de umalarga estrada comercial. Sendo muito profundo, decorrente e velocidade constante, e contendo imensovolume dágua, permite a navegação a todo o tem-po, e pelos maiores navios, acontecendo por isso quea vida, a energia e o progresso do país estão, pode-se dizer, centralizados nos vales do rio Paraguai,principalmente na margem oriental.

O clima, nessa República, é quente, mas tem-perado pelas brisas refrescantes do Sul.

Nove meses do ano a temperatura é de prima-vera. Nos três restantes (dezembro, janeiro, e fe-vereiro) o verão é ardente.

E' um país de grandes recursos, de que umagrande parte está cultivada, apenas. A cultura

mais importante é o mate, quese estende em grandes yerbales(ervais).

Metade da colheita anual éconsumida no país.

Outras espécies vegetais, va-riando entre frutos, legumes, madeiras, cereais,fibras, são cultivadas. Ha, no Paraguai, tantaabundância de laranjas, por exemplo, que elas sãousadas na engorda de porcos.

O alimento principal dos paraguaios é o mi-lho.

Os habitantes do Paraguai são descendentesdiretos dos Guaranis, raça guerreira.

A fôrma de governo é a de República Unitá-ria. A capital do país e Assunção, (undada em1537, à margem do rio Paraguai.

/

Outras cidades importantes são Vila Rica,Conceição, Carapeguá, Luque, Encarnação etc.

A religião do Estado é o catolicismo, mas é li-vre o exercício dos outros credos religiosos.

As principais produções do Paraguai sãoas que figuram no quadro ao pé desta página.

^^QU^RACHO ERVA MATE íTN^C^^ao^^^^^^

BATATAS AMENDOIM LARANJAS

M O T.CO-T/CO AGOSTO—í 94.

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Aventuras de Chiquinho

Ao lado da casa de Chiquinho morao senhor Eurico, que é grande criadorde canários. O homem é um verdadei-ro "canarista" e passa os dias inteirosàs voltas com gaiolas e alçapões.Convidados...

... por éle C h i q ui n h o, Benjamin eJagunço foram um dia visitá-lo. Chi-quinho ficou encantado ao vêr aquelespássaros de tão variadas espécies, equando de lá saiu, só teve um pensa-mento ser também um criador !

Com as economias que tinha, pois,como bom menino que é. apesar de tô-das as travessuras. é econômico, tiroudo cofre o dinheiro que o papai lhe davapara ir aos domingos ao cinema. Aprima Lili. muito curiosa olhava o..

...que êle fazia. Juntamente com oBenja e o Jagunço foi ao mercado, ondecomprou ao seu Alvaralhão, um bi-godudo português alguns canários. Onegociante, esperto como um rato, ga-rantiu que os pássaros cantavam...

.. .como cantores do Municipal. O Ben-Ja. para não ficar atrás, comprou umagrauna, que o seu Alvaralhão disse sermansa como um cordeiro. A avezinhanão fugia porque logo se tomou degrande simpatia pelo dono, talvês...

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... devido à côr ou se sentiu melo pa-renta do pretinho. Chiquinho comproutambém uma bonita gaiola onde pren-deu os canários. Todos os dias, dava-lhes comida, mudava-lhes a água. Ospássaros porém ficavam dia para dia...

.mais tristes, sem dar siquer um pio.e com grande aborrecimento para oChiquinho começaram a morrer. Certodia Chiquinho achava-se muito tristeporque só lhe restavam dois canários./. noite quando se deitou, sonhou queestava preso, e que muito triste choravapor estar longe de seus pais, de seusamigos, de seus livros, cheio de...

...saudades. E viu, então os dois ca-nários trazendo segura aos bicos a cha-ve da prisão... No dia seguinte, ao selevantar a primeira coisa oue fez foi pôrem liberdade os dois canários. Foi, de-pois, à casa do seu Eurico a quem con-tou o sonho perguntando se êle algumavez ja estivera preso. O homenzinhodisse que nunca, e ficou pensando

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... muito no sonho do Chiquinho. E,seguindo o exemplo do nosso peque-nino herói, soltou todos os pássaros,que voaram alegremente. E daqueledia em diante resolveram fazer umacampanha em prol dos pobres pássarosque vivem presos, privados, assim, daliberdade cousa que os homens nuncadevem tirar aos seus semelhantes.

CKAEICA PIMENTA DE MELLO-RIO