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Gravuras e Desenhos da

COLEÇÃO A L B E R T I N A de

Viena

B I B L I O T E C A N A C I O N A L

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

Gravuras e Desenhos da

COLEÇÃO ALBERTINA, de

Viena

E x p o s i ç ã o r e a l i z a d a n a

B i b l i o t e c a N a c i o n a l d o

Rio d e J a n e i r o , d e 20 d e

novembro a 7 de dezembro

K l O D E J A N E I R O

1 9 5 7

SOB O ALTO PATROCÍNIO

de

Sua Excelência o Senhor Doutor CLÓVIS SALGADO, Ministro

de Estado da Educação e Cultura

e de

Sua Excelência o Senhor Doutor HERMANN G O H N , Embai-

xador Extraordinár io e Plenipotenciário da Áustria.

A Albertina, esplêndida coleção de desenhos e estampas, tem o nome de seu fundador, o Duque Alberto de Saxe (1738-1822), filho do Eleitor de Saxe, que foi rei da Polônia sob o nome de Augusto III.

O célebre colecionador principiou sua carreira como militar, tendo participado da Guerra dos Sete Anos, nos exércitos imperiais. Ca-sando, em IV66, com a Arquiduquesa Maria Cristina, cujo dote foi o ducado de Teschen, passou a ter o titulo de Duque de Saxe-Teschen. Essa união principesca tomou o duque genro da Imperatriz Maria Teresa, cunhado de Leopoldo, grão-duque da Toscana, de Maria Ca-rolina, rainha de Nápoles, e de Maria Antonieta, rainha da França.

O casal, que tinha acesso a tòdas as cortes européias, féz, em 1776, a clássica peregrinação da Itália. Nesse ensejo, o duque, que cultivava as artes a ponto de poder concorrer com os que as estu-davam como especialistas, achava-se particularmente interessado em gravuras de arquitetura. O Papa Pio VI o cumulou de ajuda, com dar-lhe uma coleção da obra gravada de Piranesi, presente soberbo de vinte e sete volumes.

Foi provavelmente à sua passagem por Paris, em 1786, que, ao gosto da época, o duque principiou a colecionar desenhos — entre os quais alguns espécimes altamente representativos do século XVIII.

Desde 1780, quando foi nomeado governador dos Paises-Baixos meridionais — território do atual reino da Bélgica —, o duque se estabeleceu em Bruxelas. No país de Rubens e de Van Dyck, benefi-ciou-se de suas relações com o Imperador Francisco II, seu sobrinho, para adquirir a soberba série de desenhos de Dürer que faziam parte das coleções imperiais.

Recolhendo-se à vida privada em 1792, o duque consagrou-se in-teiramente às obras-primas das artes visuais de superfície.

Em 1798, enviuvando, confinou-se ao palácio de Tarouca, sua residência vienense, contígua à igreja dos padres augustinos, em que a arquiduquesa sua mulher fora inumada. O mausoléu, de rara ele-gância, é obra-prima de Cãnova. E ao palácio de Tarouca, tomado em breve exíguo para a sua coleção, o duque féz anexar, em 1803, outro palácio mais vasto: nesse conjunto arquitetônico conserva-se ainda a coleção Albertina, que continuou a crescer até os dias de hoje. O duque levou o resto de sua vida como grande solitário, derivando

todo o seu interesse para a sua coleção. Foi êle, sem dúvida alguma, um dos colecionadores de obras de arte mais esclarecidos de sua época.

O espírito que presidiu à organização da Albertina é essencial-mente eclético. Os mais ilustres nomes das belas-artes italianas, alemãs, flamengas, holandesas, francesas, aí se encontram — sendo bastante examinar a presente mostra, em que os espécimes se desdo-bram desde o século XI aos albores do século XX e em que as diversas regiões da Europa se fazem representar. A esse respeito, a Albertina não terá, talvez, paralelo no mundo.

Quando o duque morreu, em 1822, sua coleção, que contava com mais de vinte mil desenhos, passou sucessivamente para as mãos de vários membros da família imperial — o Arquiduque Marechal Carlos, irmão do Imperador Francisco II, o Arquiduque Marechal Alberto, vencedor de Custozza, em 1866, e seu filho, o Arquiduque Marechal Frederico da Áustria, generalíssimo dos exércitos imperiais austro-húngaros na primeira guerra mundial.

Depois do desmembramento da monarquia austro-húngara, em 1919, a coleção se tornou propriedade do Estado. A antiga Biblioteca Imperial e Real, para a qual Fischer von Erlach havia construído um dos mais belos palácios de Viena, foi transformada em Biblioteca Nacional da República da Áustria, e a rica coleção de estampas, constituída nos inícios do século XVIII pelo Príncipe Marechal Eu-gênio da Savóia, foi também reunida à coleção Albertina, sob o nome de Coleção Gráfica Albertina.

A Albertina, que, dentre outras características acima apontadas, conta com os mais raros conjuntos dz> século XVIII, continuou a ser aumentada desde a morte do seu fundador, apresentando hoje em dia obras de inestimável valor e de reputação mundial. E logrou escapar indene aos bombardeios e devastações da segunda guerra mundial.

Com mais de um milhão de espécimes, é a mais importante co-leção do gênero no mundo inteiro.

A direção-geral da Biblioteca Nacional, dentro do programa que se impôs de estimular mostras representativas da cultura humana em todos os setores gráficos, a fim de poder proporcionar aos brasi-leiros a oportunidade de conhecerem o que de mais expressivo tem sido criado pelo gênio humano, sente-se feliz em abrigar, nos recintos desta Casa, um exemplário da coleção Albertina. Trata-se, tão-sõ-mente, de cento e trinta e nove unidades, mas tão criteriosamente escolhidas, que através delas se pode não apenas ter uma idéia do que seja a célebre Albertina, de Viena, senão que também se pode

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acompanhar a evolução do gênero, com seus prol/lemas de substancia, de tema e de tratamento, séculos em fora, na cultura ocidental.

A direção-geral da Biblioteca Nacional, ao mesmo tempo, não se furta ao grato prazer de consignar aqui seus mais efusivos agrade-cimentos à Sociedade Cultural Austro-Brasileira, graças a cuja de-dicação e permanente interesse por tudo quanto signifique projeção cultural de parte a parte, entre a gloriosa Nação Austríaca e a Nação Brasileira, a presente mostra pode ser levada, em boa hora, a cabo.

Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1957

CELSO FERREIRA DA CUNHA Diretor-Geral

T t )

ESCOLA ALEMÃ

DA ALEMANHA OCIDENTAL: (cêrca de 1150)

1. Trono da Graça

DO ALTO RHENO: (cêrca de 1490)

2. Escudo da Aliança

ALBRECHT DÜRER: (Nuremberg, 1471-1528)

3. Auto-re t ra to aos treze anos 4. O Menino Jesus como Redentor 5. Innsbruck 6. Pát io do Castelo de Innsbruck 7. Pát io do Castelo de Innsbruck 8. Estudos de u m a Veneziana 9. Ginete

10. Nuremberg. Ponte sôbre o Pegnitz 11. Nuremburguêsa em t r a j e caseiro 12. Nuremburguêsa a caminho da igreja, estudo de t r a j e

típico 13. Nuremburguêsa a caminho do baile 14. A lebre 15. O grande prado 16. Maria e os animais 17. Vénus sôbre um golfinho 18. Paixão (verde) Cristo aprisionado 19. Paixão (verde) Cristo an te Caifas 20. Paixão (verde) Flagelação 21. Paixão (verde) Crucificação 22. Paixão (verde) Descida da Cruz 23. São Domingos 24. Cabeça de Apóstolo 25. Mãos em oração 26. Lucrécia 27. Pequena coruja 28. "Madona lac tans"

29. Pássaro azul morto 30. Asas de pássaro azul 31. Pequeno carro de t r iunfo 32. Imperador Maximiliano I 33. Matrona 34. Pôrto de Antuérpia, Desembarcadouro, (Porta do

Escalda) 35. Estudo de cabeça de um homem nonagenár io de An-

tuérpia 36. Tentação de Santo Antônio 37. Retrato de Ulrich Varnbuler 38. Aquilégia 39. Celidônia 40. Três ervas medicinais 41. Ramo de violetas

HANS BURGKMAIR: (Angsburgo 1473-1531)

42. Es tá tua equestre do Imperador Maximiliano

ALBRECHT ALTDORFER: (Ratisbona 1480-1538)

43. Paisagem montanhosa

WOLF HUBER: (Feldkirch 1490-Passau 1553)

44. Ret ra to de mulher

MATTHIAS GRÜNEWALD: (Aschaffenburgo cêrca de 1470-Halle 1529)

45. Santo

HANS BALDUNG, dito GRIEN: (Weyersheim, perto de Estrasburgo, cêrca de 1480-Estrasburgo 1545)

46. Cristo na Cruz 47. Ladrão da esquerda 48. Ladrão da direita 49. Os três vivos e os três mortos 50. Cabeça de Saturno

URS GRAF: (Solothurn 1483-1527)

51. Patíbulo

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T R O N O DA G R A Ç A

MESTRE DE MESSKIRCH (nascido cêrca de 1500, t r aba lhou em über l inger , Lago de Cons-t a n ç a )

52. Santos Mar t inho e Apolônia

ESCOLA TOSCANA, ÚMBRICA E ROMANA

FRA ANGÉLICO DA FIESOLE (Mugello per to de Florença 1387-Roma 1445)

53. Cristo n a Cruz

LEONARDO DA VINCI: (Vinci 1452-Cloux 1519)

54. Busto de São Pedro

DOMÊNICO GHIRLANDAJO: (Florença 1449-1494)

55. Aparição do Anjo a Zacharias , no Templo

PIETRO VANUCCI, dito PERUGINO: (nascido no Castello delia Pieve, em Perugia 1475-Fontignano 1523)

56. Lamen tação de Cristo

RAFFAELINO DEL GARBO: (cêrca de 1470-Florença 1516)

57. Cabeça de Anjo

FRA BARTOLOMMEO DELLA PORTA: (1472-Florença 1517)

58. Anjo

RAFFAELLO SANTI: (Urbino 1483-Roma 1520)

59. A Virgem da Romã 60. Quat ro estudos sobre "A Madona do bosque" 61. Estudos sobre "A Madona do bosque" 62. Euterpe 63. Estudos sôbre a Crucif icação

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MICHELANGELO BUONARROTI: (Caprese 1475-Roma 1564)

64. Três homens com mantos 65. Nu masculino 66. Pietà

ESCOLA DE FERRARA, BOLONHA, PARMA E MODENA, LOMBARDIA, GÉNOVA. NÁPOLES E SICÍLIA

BERNARDINO LUINI: (Milanês, cêrca de 1512-1532)

67. Busto de Ippolita Sforza Bentivoglio

ANTONIO ALLEGRI DA CORREGGIO: (Corregio 1489-1534)

68. Estudo de Apóstolo pa ra a cúpula do "Duomo de P a r m a "

FRANCESCO PRIMATICCIO: (Bolonha 1504-Fontainebleau 1570)

69. Ceres no carro do dragão

SALVATOR ROSA: (Aranella, perto de Nápoles 1615-Roma 1673)

70. Cabeça de fauno

ESCOLA VENEZIANA

ANTONIO PISANO, dito PISANELLO: (Verona 1397-1455)

71. Esboço

LORENZO LOTTO: (Veneza 1480-Loreto 1556)

72. Retra to de homem

MARCO BASAITI: (1500-Veneza 1521)

73. Cristo, Pedro, Tiago e João, no Monte das Oliveiras

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GIOVANNI ANTONIO REGILLO, dito PORDENONE: (Pordenone 1484-Ferrara 1539)

94. Nu feminino

JOCOPO PALMA, dito PALMA GIOVINE: (Veneza 1544-1628)

75. Cristo no Monte das Oliveiras

GIOVANNI DOMÊNICO TIEPOLO: (Veneza 1727-1804)

76. Ancião com barre te de peles

ESCOLA FRANCESA

FRANÇOIS CLOUET: (Tours 1520-Paris 1572)

77. Jovem com gargant i lha

JACQUES CALLOT: (Nancy 1592-1635)

78. Feira anua l em "Madonna delia Imprune ta" , em Flo-rença .

NICOLAS POUSSIN: (Les Andelys 1593-Roma 1665)

79. Anunciação de Maria

CLAUDE GELLÉE, dito LE LORRAIN: (Champagne 1600-Roma 1682)

80. Bosque

ANTOINE WATTEAU: (Valencienne 1684-Nogent sur Marne 1721)

81. Ninfa no banho 82. Estudos de meninas

NICOLAS LANCRET: (Paris 1690-1743)

83. Pastor em repouso

FRANÇOIS BOUCHER: (Paris 1703-1770)

84. Jovem em repouso com um an j inho 85. Adoração do Menino Jesus

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CHARLES JOSEPH NATOIRE: (Nimes 1700-Castel Gandolfo 1777)

86. Tocadora de pandeiro

LOUIS AUBERT: (1720-1780)

87. Dois jovens pintores no atelier

FRANÇOIS GUERIN: (Estrasburgo 1735-1791)

88. Madame Pompadour escrevendo 89. Madame Pompadour lendo

JEAN ETIENNE LIOTARD : (Genebra 1702-1789)

90. Retra to de mulher

JEAN BAPTISTE GREUZE: (Tournus 1725-Paris 1805)

91. Cabeça de menina

HONORÉ FRAGONARD: (Grasse 1732-Paris 1806)

92. A desenhista 93. Rosalia Fragonard com marmo ta 94. Grande a lameda de cipreste do Parque da Villa d'Esté,

em Tivoli 95. Parque romano 96. "Spirat adhuc amor" 97. Novilho no estábulo

HUBERT ROBERT: (Paris 1733-1808)

98. Termas

JEAN DOMINIQUE INGRES: (Montauban 1780-Paris 1867)

99. Raoul Rochette

EUGÈNE DELACROIX: (Charenton 1798-Paris 1863)

100. Hamlet, cena do cemitério

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P E T E R B R U E G H E L : O p i n t o r e o a m i g o d a s a r t e s

HONORÉ DAUMIER: (Marseille 1818-Valmandois 1879)

101. Jeane t t e

JEAN FRANÇOIS MILLET: (Gruchy 1814-Barbizon 1875)

102. A ceifeira

CAMILLE COROT: (Paris 1796-1875)

103. Dunas

CONSTANTIN GUYS: (Vlissingen 1805-Paris 1892)

104. Bai lar ina 105. Camarote

EDOUARD MANET: (Paris 1832-1883)

106. Flores

AUGUSTE RENOIR: (Limoges 1841-Cagnes 1920)

107. Paisagem florida

EDGARD HILAIRE DEGAS: (Paris 1834-1917)

108. A beira m a r

ESCOLA HOLANDESA E FLAMENGA

PETRUS CHRISTUS: (Baerle 1444-1473)

109. Ret ra to de homem

JAN GOSSAERT, dito MABUSE: (Utrecht 1478-Middelburg 1536)

110. O pecado original

PETER BRUEGHEL: (Brueghel, perto de Breda, 1525-Bruxelas 1569)

111. O pintor e o amigo das ar tes

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PETER PAUL RUBENS: (Siegen 1577-Antuérpia 1640)

112. Estudo para a Adoração dos Pastores, em Rouen 113. Nicolau, filho de Rubens, com colar 114. Estudo pa ra o Suplício de San ta Catar ina , em Lille 115. Georges Villers, Duque de Buckingham 116. Nicolau, filho de Rubens, com gorro 117. Don Diego Messia, Marquês de Leganés 118. Dama de honra da I n f a n t a Isabel 119. Guerreiro romano

ANTONIS VAN DYCK: (Antuérpia 1599-Londres 1641)

120. Prisão de Cristo 121. Descida do Espírito Santo 122. Ret ra to do pintor Ravesteyn

PETER LELY: (Soest 1618-Londres 1680)

123. Dois arautos inglêses

ADRIAEN BROUWER: (Oudenaerde 1605-Amsterdam 1638)

124. Albergue

DAVID TENIERS (filho) (Antuérpia 1610-1690)

125. Jogadores

REMBRANDT HARMENSZ VAN RIJN: (Leiden 1606-Amsterdam 1669)

126. Três e lefantes 127. Choupana sob um céu tormentoso 128. A "Toilette" 129. José conta seus sonhos a Jacob

ESCOLA DE REMBRANDT: 130. Estudo de um jovem 131. Homem abrindo uma porta, visto de costas

PAULUS POTTER: (Enkhuizen 1625-Amsterdam 1654)

132. Par to de vaca

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ADRIEN VON OSTADE: (Haarlen 1620-1685)

133. Taberna holandesa 134. Jogadores de gamão

JAN VAN GO YEN: (Leiden 1596-Haia 1656)

135. Vista de Dordrecht

CLAES PIETERSZ BERGHEM: (Haarlem 1620-Amsterdam 1683)

136. Vau

MESTRE HOLANDÊS DO SÉCULO XVII:

137. A "Westerkerk" em Amsterdam

AELBERT CUYP: (Dordrecht 1620-1691)

138. A c a m p a n h a holandesa

JAN STEEN: (Leiden 1626-1679)

139. Sob o c a r a m a n c h ã o