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Página 2 Sexta-feira,, 5 de março de Í948 O GLOBO SPORTIVO

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A RECEPÇÃO AO "VENDAVAL" - O MAU TEMPO PREJUDICOU A GRANDIOSI-DADE DOS FESTEJOS - MENSAGEM DA A. B. I.

Alcançaram a mais extraordinária repercussão as conquistas internacionais do iate "Vendava!*". Daí«s festejos organizados para a recepção ao veleiro, de volta ao Rio, após as vitorias de Buenos Aires-Mardei Plata e Mar dei Plata-Punta dei Leste. As águas do Mourisco e a sede do Clube do Regatas foram«ngalanadas para a tarde festiva, ficando o mar coalhado de embarcações de todos os tipos, pejicncentesaos clubes cariocas, que se associaram, as. m, às homenagens prestadas ao iate brasileiro.. Infelizmente,» temporal que se avizinhava tornou o rr.ar por demais agitado, impedindo a permanência nagua dosbarcos pequenos. Desta forma, o "Vendava!", que seria recebido fora da barra por nume.o--a íiotilha,foi comboiado até a baía pelo iate "Atrevida'". E também os aviões do Aero Clube dc Brasil não pu-deram realizar a revoada de recepção, ante a impossibilidade do levantamento de vôo. Mesmo assim,com as muitas lancheis e rebocadores que aguardavam os dois veleiros na baía, foi organizado um bonitocortejo até ao Mourisco.

Na sede do Guanabara aguardavam o comandante Pimentel Duarte e sua tripulação varias figurasde destaque, tendo comparecido air.da o embaixador Juan Cooke, da Argentina, que cumprimentouo veleiro brasileiro pelo brilhantismo da. suas vitorias obtidas em águas platinas. O'almirante Lemos

Basto saudeu toda a tripu-_____*-____?>._.:.¦¦ '¦-...¦¦.¦¦ lação ao "Vendava!", pelo

feito que encheu de orgulhotodos os desportistas brasi-leiros, tendo agradecido 0Sr. Pimentel Duarte.

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O "Vendaval" foi recebido fora da barra pelo iate "Atrevida" e escol-taáo na baía, até ao Mourisco, por numerosas lanchas e rebocadores

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A jornada internacionaldurou exatamente 36 dias.Dois troféus foram conquis-tados: a "Cepa do Atlânti-co", na regata Buenos Aires-Mar dei Plata, e a taça "Ca-pitão Piedr.buena". na re-gata Mar dei Plata-Puntadei Leste.

A Assocação Brasileirade Imprens-t. asset iando-seao júbilo pela chegada doiate vitorioso, dirigiu ao co-mandante no "Veiidaval",

Sr. Pimentel Duarte, a se-guinte mensr.gem. 'Não fal-tara, neste regresso festivo do "\\.rd..\al", a mensa_c.., .ordial da Associação Braj.fle.ra deImprensa aos entusiastas tripulantes eme souberam, com arrojo e arte marinheira, levar a em-barcação a sucessivas vitorias. As liuaas esbeltas do "Vendaval" são bem um poena de au-dacia, ao qual se alia a beleza quando, velas ao vento, singra o barco altaneiro os mares doAtlântico Sul, em demanda de novos íriunfos para o esporte nacional. Para nós jornalistas,3 "Vendaval" é sempre un acontecimento da atualidade. Não somente pelo q..c representa noesporte da vela, mas também pelo que _igni£ica no quadro das realizações h-asilei* as Nessebarco vemos uma expressão do Brasil que se afirma, luta e vence nas competições náuticas in-ternacionais, que tanto fazem pelo estreitamento dos laços entre os diversos oaises e o melhorconhecimento dos povos i**mão.s (_>) Herbert Moses".

O "Vendaval" singrando elegantemente as águas da,Guanabara

Depois de trinta e seis dias de jornada, a tripulação do iate brasileiro faz os últimos prepa-rahvos para-o desembarque, no cais do Clube dc Regatas Guanabara

JOHN COBB ATINGIU QUASE 650QUILÔMETROS HORÁRIOS

__,*_ fM*V>s«!j,automobiUsU inglês John c__>, •«-___._____» »mm_dlal de velodd.de cm terra, consegui, numa prova de treino ii „-•ar mais de 500 quilômetros por hora. ___ esta que nào Tardou âser largamente batida por ele próprio na prova deiin.tn.. _&__Prova rteünitiva teve lugar em Saltflats, vtlh, EruSwT "n.dos

àxAmerica, no dia 16 dc setembro último quando John CoWT __il_-record" era de 3G8.9 milhas por hora, àuançou corao\e„a,?movei "Itailton-Mobil-Special". 294 1S6 miUias nôr ___. ^.Lm%J Íor ho5r .mUhaS

"° SC"tÍd° °™T<> ™ ^U^STcS

da asrora como "record** mtindial. «cou estatielwi-O carro "Itailton-Mobil-Special" de .Tnhn r«iii, «¦«« -_.do e modificado para esta prova E* ,_!__ * foi, .ret*-,ní»t-ui--Napier" de aviação de 1 -50 U P t_V_. ...

C°RI- ?°ÍS mott>™

fabricados cSpecialm."nte para d. _**!_.«?_."£«e«l*-"ic0s Onnlop,ticos capazes de ròdaf até T.èlocidad,?ll _« __*_„,°.u

5° f««V-.a-percurso de sete milhas. >c»o**-.aau« õ« _,0 talihas por hora, no

TRATE DAS VIASRESPIRATÓRIAS

As Bronquitcs (Asinãücas. Lrò-nicas ou Agudas) e as suas ma-nifestações (Tosses, Rouquidão,.'atarros, etc), assim como asGRIPES, são moléstias que ata-cam o aparelho respiratório e de-vem ser tratadas com um medi-camento energrico que combata omal, evitando comnücaçóes . ra-ves. O SATOSIN contendo ele-mentos antisséíicos, peitorai-_ tô-nicos, recalcifieantes e modifica-dores do org__i___t é o remédioindicado. Froenre hoje o seu vi-dro de SATOSIN nas boas íar-macias e drogarias.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 5 de marco de 1948 Página 3

fflf/^fyuiiwffqgsxfiTI&r^^MARIO FILHO

OSWALDO, KEEPER DO BOTAFOGO (2) I.DA PRIMEIRA FILA

* O Arrepiado não precisou mais sair atrás dos'

jogadores depois dos treinos. Teve a cunosida-

de de ver, no primeiro dia, se eles iam ou não iam

para o botequim. Eles não iam, pois tomaram ou-

tro caminho. "Doutor Carlito — difte o Arrepiado

rfverentemente — foi tiro e queda". Enquanto

chupassem mangas, os jogadores do Estado do Rio

não beberiam cachaça nem como remédio. "Não

pense, Arrepiado — explicou Carlito Rocha — que

eu inventei essa historia da manga". Manga comcachaça matava mesmo. Desde menino Carlito Ro-cha sabia disso. Era beber um copo dágua depoisde chupar uma manga. Mas isso Carlito Rocha nãoensinava aos jogadores do Estado do Rio. "Chupe

uma manga, Arrepiado. Há muito tempo eu r*sochupo uma manga tão boa". O Arrepiado chupouuma manga, estava doce, chegava a se desmancharna boca. Depois, mais do que depressa, foi beberum copo dágua.

* *. *'

ty Ninguém tinha fé naquele scratch de Carlito& Rocha. Pois Carlito Rocha levou o seu team

para Belo Horizonte, o foi aquilo que oe viu. AryBarroso estava lá, como um mineiro que se preza,quando voltou andou espalhando Ror aqui que os

pnpa-g-oiabas faiscavam em campo. Os mineirosapareceram, Ary Barroso não achou nada «Je maisneles. Eram mineiros, como ele. como o GastãoSoares de Moura, como Geraldo Romualdo da Si!-va. Quando apareceram os papa-goiabas o AryBarroso viu logo que havia coisa. Todos de olhoaceso. E nâo ficavam quietos um só momento, comocavalos dopados, antes dc uma corrida, que os jo-ckeys têm do segurar com toda a força para quee^es não desembestem. Também foi só Mario Via-na apitar: os mineiros não tiveram tempo dc pegarna bola. Oswaldo ficou encostado no poste do goal.Daqui que a bola chegasse no lado de cã levavaum tempão.

* • *

O Para o Ary Barroso aquilo tudo era obra do*J> colateno, Quem receitara o colnteno para joga-dor de football fora Pedro da Cunha. Colateno fa-zia bem ao coração. Pedro da Cunha mandavamisturar um pouco de colateno no chã que os jo-gadores do Fluminense tomavam antes do jogo. Ochã já vinha com colateno, ninguém sabia se Pe-dio da Cunha mandava despejar uma colher dechá ou duas na chicara. Quase não se sentia o gostodo remédio, o chá parecia puro. Carlito Rocha, po-rem, não acreditava muito em colher de cná. Seo colateno fazia bem, quanto mais, melhor. E Car-lito Rocha levava frascos e frascos de colateno parao vestiário. Na hora do team entrar em campo eleenchia os copos de colateno até ã beira. "Tome issoque é bom". E os papa-goiabas esvaziavam os copos.

/£ O scratch do Estado do Rio ia tão bem, que Car-lito Rocha não achava nada de mais dar nos ca-

riocas. "Tome cuidado, seu Varguinha, tome cui-dado". Vargas Netto quase que se ofendeu. ComCarlito Rocha, com o pessoal de General Severia-no. Quando o scratch do Estado do Rio jogava pa-recia que quem estava jogando era o Botafogo.Carlito Rocha comprava cadeiras às dúzias. O pes-soai de General Severiano via no scratch de Car-lito Rocha o team do Botafogo. Vargas Netto sen-tia-se muito mais Federação Metropolitana do queBotafogo. O Botafogo era uma parte da FederaçãoMetropolitana, não tinha nada que ver com a Fe-deração Fluminense. "E o Carlito' Rocha, VargasNetto? E o Ivan, e o Negrinhão, e o Oswaldo?"Vargas Netto não queria saber disso. Era FederaçãoMetropolitana. Tão Federação Metropolitana qüequando a Federação Gaúcha viesse jogar contra oscariocas, ele seria carioca.

7 Os papa-goiabas não deram nos cariocas. Nãohouve manga, não houve colateno que adian-

tasse. Carlito Rocha, porem, podia orgulhar-se da-qi-eles rapazes que tinham vestido a camisa do Es-tado do Rio. Antes do Campeonato Brasileiro nin-guem nunca ouvira falar neles. E agora os clubesdo Rio estavam com o olho em cima do Oswaldo,do Ivan, do Negrinhão, do Carango, do Djalma, doRamos. Quais eram os jogadores que o Botafogoqueria? O Botafogo tinha o direito de escolher, deficar com os melhores. Carlito Rocha enchera-osde manga e de colateno pensando um pouco no Bo-tafogo. ""Martin apontou para Oswaldo, para Ivan,para Negrinhão. O Botafogo precisava de gente dedefesa. No ataque tinha muito jogador. E lá seforam para General Severiano o Oswaldo, o Ivan,o Negrinhão.

* * *

SO nome todo do Oswaldo era Oswaldo Alfredo

da Silva. Estava na certidão de idade, na ins-ciição dele para o Ipiranga. Oswaldo fo- com Mar-tin*para General Severiano. Saiu de Niterói, ja co-nhecia o Rio de Janeiro de vista. Uma vez. tinhasido no dia do jogo «dos papa-goiabas com os cario-cas, ele entrara no Botafogo. Achara bonito o es-tidio. O Arrepiado dissera, ele se lembrava bem."Este é o estádio mais bonito do Brasil, Oswaldo".Oswaldo abrira uma boca de espanto, o que é queo Arrepiado estava dizendo? Também entrara noFluminense. Não pudera ver o Fluminense direi-to, era de noite. "Eu posso andar lá por dentro,Martim?" — perguntou o Oswaldo. Podia, sim. OBotafogo ia ser, daquele dia em diante, a casa doOswaldo. "Faça de conta, Oswaldo, que está emsua casa".

A Todos os Jogadores, depois de um copo de co-^" lateno, ficavam que nâo se podia tocar neles.Tocava-se neles, eles davam um salto para trás.Só o Oswaldo não mudava. Bebia o colateno, iapara debaixo dos três paus, queria logo se encostar.Encostava-se no poste do goal e ficava lá. Só semexia quando um jogador do outro lado vinha, ãtoda, com a bola nos pés. Aí Oswaldo se desencos-íava, ia para o melo do goal, ficava esperando que5 jogador do outro team chutasse. Calma assimnunca Carlito Rocha vira. "Doutor Carlito — o Ar-."tpiado queria ser sutil — eu acho que um copo de:olateno não chega para o Oswaldo". Carlitc Ro-iha deu dois copos de colateno a Oswaldo, Oswal-io bebeu, e nada. "Eu dava três copos de uma vez"— foi a sugestão do Arrepiado.

5 Nâo precisava de três copos d* colatw.o^ Era

alto, quase batia com a cabeça no travessão do

gcal, tinha os braços compridos. A bola custava aencontrar o caminho das redes. Lá estava o os-waldo tapando todo o goal. Bola por cima. então,não entrava de jeito nenhum. "Doutor Car.ito —o Arrepiado fazia uma reverencia — o senhor naovai mandar o Oswaldo para o Botafogo? CarlitoRocha Ia levar o Oswaldo, o Ivan, o Negrinhão, pa-ra o Botafogo. Mais tarde, porem. Naqueles diasCarlito Rocha nâo tinha cabeça para pensar em Bo-tafogo: Toda*» as manhãs levava para Caio Martinsum cesto carregado de mangas, atrás dele Ia o Ar-tpiado com um embrulho de farmácia. Qualquerdia ia faltar colateno na praça. Nunca o colatenoVendera tanto.

n O Arrepiado mostrou o Botafogo todo a Oswal-9 do Ali era a sede, estilo colonial. A sede tinha

um salão de baile. "Você pode dansar no saião, Os-

valdo, em dia de festa, se não quiser dansar, podeficar olhando". Em baixo havia um bar, também

sc dansava, às vezes, em baixo. Era lá que os jo-«adores almoçavam e jantavam. E ali era o jar-dim, ali era õ campo. Quando o estad.o_ estivesse

pronto ia agüentar, agüentar foi a expressão-do Ar-

repiado, quarenta mil pessoas. "Você assina o con-

trato. Oswaldo, e depois vê o resto". Oswaido ex-

perimentou uma emoção esquisita.quando pegou na

pena para rabiscar o nome. Primeiro riscou o no-me num papel, depois se atreveu a bqtar a assi-

natura onde havia um chiz. "Aqui?" "A. mesmo .

ir\ Era jogador do Botafogo. Daquele momento

IO em diante efe era jogador do Botafogc. Sen-_V Tmn«rtante Todo mundo precisava saber

íuUê8:.e eír oía-or do Botafogo. Como? Oswaldo

To íodl- saír9gritando por ai que era jogador do

BatafoQo Arranjou uma camisa preta e branca, no

Boafogoo que não faltava era camisa preta e

branca "Eu queria levar para Niterói uma camisadi anca. tu «Rahãn Babão era odo Botafogo, Arrepiado . Babão f"„0_w_.roupeiro — embrulhe aí uma camisa para o Oswal

do" Chuteiras b Oswaldo tinha em casa Chute -

ras, meias, calção. A única coisa que ele nio t -

nhâ era uma camisa do Botafogo. Voltou para NI-

terói chegou em casa, trocou de roupa, vestiu-se

t jogador de football, foi de chuteiras. meias de

lã", calção, e com a camisa do Botafogo, para a praiade Icarai e começou a passear de um ado pa « o

outro. Quem o visse saberia logo que ele estava n»

Botafogo.

m m

Mais umaBela Vitoria

AM1Í_

doBOGOTÁ' — Voltou a se apresentar aos " aücionados" locais

o quadro de lootball brasileiro do América que tão bem impres-sionou no seu jogo de estréia, quando derrotou o Medellin pelaampla contagem de 5x1, após uma exibição de gala.

No seu segundo compromisso os "rojos" tiveram como~adver-sarios os cracks do Millionarios, quadro de boa envergadura tec-nica e qu_ conta com umá das maiores torcidas colombianas. Nãoobstante isso, e ainda mais o preparo antecipado a que foi sub-metido ) .iuadro local, os brasileiros tiveram oportunidade de de-monstrar mais uma vez suas credenciais de equipe categorizada,ao se saírem airosamente de seu segundo compromisso com umavitoria expressiva de 3x1.

Os dois quadros se apresentaram cm campo com a seguinteconstituição:

MILI .IONjíVRIOS — Tapia; Avesu e Rodriguez; Garcia, Pe-draltá e Orozco; Vargas, Fandino, Gabillon, Aguillera e Caslülu.

AMÉRICA — Osni; Alcides e Domicio; Hilton, Gilberto eAmaro; Jorginho, Maneco, César, Lima e Esquerdinha.

DOIS A UMLogo ao ser iniciada a partida, notou-se o poderio da equipe

brasileira cujo dominio sobre "Los Millionarios" íoi completo.E essa superioridade ficou refletida no placard logo aos dois mi-nutos de iogo, quando Maneco, o mesmo que iniciou a contagemdo primeiro jogo, marcou o primeiro goal do América. Mas. apesarcio domir.io e da superioridade dos "americanos", a equipe Incalvai ao ataque e consegue, por intermédio de Cabillon, empacar apeleja aos 15 minutos. Voltam os americanos à carga e, em í^e-guida a uma serie de jogadas técnicas, o ccnter-forward César fazfuncionar o marcador, estabelecendo nova vantagem para suaequipe, ao. 28 minutos. O jogo prossegue animado, sob grande on-tusiasmo da torcida, que não poupa aplausos aos visitantes. E oprimeiro periodo finalizou assim: 2x1 para o América.

FINAL MONÓTONOO segundo período foi mais monótono, tendo-se registado ai-

gumas jogadas bruscas que vieram tirar um pouco do brilhantismoda peleja. E dessas jogadas foi que surgiu um penalty favorávelaos brasileiros, e que serviu como consolidação da vitoria do Ame-rica, quando Esquerdinha, encarregado de cobrar a penalidade, ofez com sucesso.

O quadro brasileiro, como dissemos, jogou muito bem, igua-lando-se todos os seus componentes em grau de produção. Toda-via, um homem ressaltou sobre os demais: foi ele o atacante Lima,cuja exibição íoi vivamente aplaudida por quantos presenciaramo encontro.

A Pista de Kegatasde MELILLA

Está sendo construída noUruguai uma pista especialpara regatas a remo, .ipro-veitando o curso do ArroioMelilla na proximidade desua confluência com o SãoGabriel, poucos metros an-tes dc desembarcar no KioSanta Luzia.

O projeto que temos oprazer dc divulgar, da au-toria do destacado despor-tista Guelherme FernandesCarrcro, pevè a retificaçãodo Melilla em uma cxbcntiãosuperior a dois mil metros,com uma largura dc cercade oitenta metros.

Protegida dos ventos, a

TASTÀDENTIFRICIÀ

SS WHITE^DENTIFRICIO 1NDICADCL

VAÇÂO DOS DENTES;

pista será ideal para rega-tas a remo, em virtude desuas águas quietas e pro-fundas e inteiramente isen-»tas de correnteza.

Haverá na margem direi-ta uma linha férrea, cons-truida paralelamente à raia,pela qual correrá um Iremque acompanhará, em todasua extensão, o desenrolardos parcos.

E' uma grande conquistada benemérita FederacionUruguaya de Remo, a cujafrente se encontra o Sr.Don Luis J. Dcbali, umadas mais lídimas expressõesdo desporto continental.

As obras da nova pista es-tão sendo executadas pelaDiretoria de Hidrografia doMinistério de Obras Públi-cas da República Orientaldei Uruguay.

A Pista de Regatas deMelilla será inagurada an-tes de findar o ano de 1918,com a realização do I Cam-peonato Sul-Americano doRemo.

A Confederação Sul-Ame-ricana de Remo, ao divul-gar esse grande aconteci-mento. presta sua homêna-gem ao esforço realizadordos beneméritos desportis»>tas uruguaios.

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Página 4 Sexta-feira, 5 de março de 1948 O GLOBO SPORT/VQ

Atm**9 _T"l-_k Jt^SL TAZCerto dia, em 1898, a seção esportiva dos jor-

nais de Londres receberam folhetos esmeradamenteimpressos anunciando a inauguração de um novohipódromo em Trodmore, com detalhes completosdas provas que se realizariam na tarde do dia se-guinte. Assim foi que de manhã, munidos de pio-gramas, cerca de uma dúzia de "bookmakers" deTrodmore, entraram a receber nos centros frequen-tados pelos aficionados toda sorte de apostas. Nin-

guem ganhou e jamais poderia ter ganho. Não ex? Aia na Inglaterra ne-nhum hipódromo com o nome de Trodmore, nem i «mo cidade. Tudo nãopassara de um "golpe" de larápios.

^ ^flUíS

Eugene J. Frechette, jovem estudante da Universidade de Wesleyan, ba-teu recentemente um assombroso "record". Sob a fiscalização técnica do pro-fessor Ross A. Gartner, docente da mencionada instituição, o rapaz contevea, respiração durante vinte minutos e cinco segundos.

Ensaios efetuados com uma motocicleta capturada dos alemães e equi-pada com um eixo de transmissão na roda do "sidecar" levaram o departa-mento de Comercio dos Estados Unidos a recomendar este sistema paraaperfeiçoar as motocicletas de fabricação norte-americana. A máquina alemãpesa 450 quilos e pode levar umacarga de meia tonelada, a uma velo-cidade de 120 quilômetros por hora.Tem 8 velocidades e marcha à ré;consome pouco óleo e percorre 56quilômetros com menos de 4 litrosde combustivel.

A produção de automóveis nazona da Alemanha ocupada pela In-glaterra, em julho de 1947, foi de1.804 unidades, tendo a fábricaVilkswagen, da mesp°a zona, fabri-<:ado 1.025...

* *

O PINGUE-PONGUE- teve* ari-emno Japão, onde era o passatempopreferido dos nobres.

* *

LUCILIA DIAS foi uma atletaportuguesa de qualidades excepcio-nais, mantendo o título de campeãdecorrida de velocidade de 1930 a1941.

^5tf^1_*3r_B " "' '* * '"^ *

Antigamente, no principio deste século. e«.timavli-se. a potência de v.m motor pela pocir»que levantava na estrada. A nuvem dr pó, porexemplo, que levanta este automóvel num»corrida realizada em Nova Jerscy, em 1903, er»motivo de orgulho para o motorista, mas demuita irritação para os cavalos e Ciunponeseique se punham de lado no trajeto da prov»para dar passagem a "invenção do diabo".

£1 IODO 0 MUNDO

' Í_L ^^^fe^^^^f^^f^C fc '

Ç*_3_cwr^w^x

Estes apetrechos são usados em :a) pescariab) alpinismoe) cricketd) iatismo.

(Solução na pag. 101

VITORIAS SUECAS NOS JOGOS OLlMPI-COS DE INVERNO

A equipe sueca que compareceu aos JogosOlímpicos de inverno de S. Moritz foi rece-l»ida com entusiasmo no sou regresso á Sue-cia. Com quatro medalhas de ouro. três deprata e três de bronze, stm contar os trêsprimeiros lugares conquistados no pentatlonmilitar de inverno, os suecos se colocaramna vanguarda entre as nações, resultandotom que contássemos apenas os entusiastasma.s otimistas. Se se calcular três pontospara cada medalha de ouro. dois para a deprata e um para a de bronze, obtem-se umtotal de 21 pontos para a Suécia, contra 20«»w«No",eKa e Sl,ica- " l^ra os EstadosUnidos, 13 parra a Áustria e 11 para a Fin-landia c. se se descriminarem os paises queiínf^íí,

'im °ts. -sHs "^""«-es desportistasriu cada competição, a ordem foi a seguinte-Suécia, Suiça, Estados Unidos, Noruega 4us-tria c Finlândia, - " us

™!? 2,tiídr°í abal*° mostra os. resultados sue-P^ntauTn:

Ímportant*s «» P-tün, esqui eESQUI

18 quilômetros5040 - reveraroentocombinada

PATIM1.500 in,! rt>!5.000 -10.000 -

PENTATLON MILITAR

12 3 —1 ,

3

EM MIAMI, Robert Klebergen anunciouque seu cavalo de corrida "Assault". ven-cedor do Derby de Kentucky, e das corri-das de Preakness e Belmont, todas úc 100mil dólares, em 1946, será "aposentado"imediatamente. Em 33 pareôs "Assault''venceu 16. obtendo o segundo lugar 5 ve-zes, e o terceiro 5. Ganhou ele um total,de 262.620 dólares, sendo o terceiro do«maiores ganhadores.

—x-NO MÉXICO, o presidente Alemán re-

solveu autorizar a abertura de creditopara que o team de equitacão do Exercitocompareça aos Jogos Olímpicos de Lon-dres. devendo antes exibir-se em Roma,Nice, Canes e Dublin.

EM MONTEVIDÉU, o nadador uruguaioHector Perez reivindicou o recorde paraos 1.000 metros em nado livre, em puderdo equatoriano Abel Gilbert. Hector Pe-rez estabeleceu o tempo de 13 minutos e19 segundos, em piscina de 50 metros Otempo de Abel Gilbert é de 13 minutos. 34segundos e seis décimos.

EM LONDRES, anuncia-se que o "Sou-thampton Footbali Club" éxcursionarapelo Brasil em fins da atual estação. Aequipe britânica, ao que se informa nestacapital, partirá da Grã-Bretanha emprincípios de maio vindouro, e a excur-são deverá durar, no mínimo, dois meses,quando serão disputados cinco ou seis jo-gos de íootball com quadros brasileiros. Oesquadrão do "Southampton" excursionoupela Argentina em meados do ano <*•1904.

—x—EM NOVA YORK. Joe Waleott aüsmoa

o contrato da luta em que enfrentara •campeão mundial de peso-pe«ado. J«*Louis, em luta pela defesa do título a re,»-lizar-se no Yankee Stadium, a 28 de J*"nho próxima

Page 5: .' ., ' aV-X æ •, - VUX- • /'f - BNmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1948_00493.pdfImprensa aos entusiastas tripulantes eme souberam, com arrojo e arte marinheira, levar a em-barcação

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 5 de março de 1948 Página 5

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HIG1N0 MADRID - VISCO X EMELECA arbitragem esteve a cargo do

Sr Higino Madrid, da FederaçãoChilena, que se conduziu regular-mente. Errou apenas de forma graveauando não puniu o zagueiro Enri-auez por ocasião da agressão destea Friaça. — ("O Globo").

tou de pé. Mas no Chile não semarca penalty, por isso a falta dozagueiro equatoriano passou desper-cebida ao Sr. Madrid. ("O Jornal").

Foi árbitro o Sr.atuação agradou,rioca").

Madrid, cuja("Diário Ta-

,iM>,,il>,,iMn^iríríaiiinii^w'J-*TauTl'•'•'(—Jí'1liÍÍMllil|i lil I II IIffFi^>--V'-tP:-^W^_íV<á_«______a_________l_B • " __K_Sw______K»~^^___l ''vHs•?_ vcí-:i-,;.Ysf-;%MlÍÍ^^B^^H______B_____H § mmWmm^^^mês^mWmmmmmmWmmmWÊaj. ¦ AV.i»^W___l ' * -->'' MMWI_i<__BPfrT-g«_^^g^__l-l_l____^^«. V;€&=gsiJl___l__^^^^^r^S^^SffSSSSSS^^r j%_lt_^'«!if_r^__i __S__i______B_____S_$S_^_Í_. -;. . :-Y. ^4f.^. ^ .v1__________»^'

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Madrid foi o árbitro. Não fugiu aopadrão das arbitragens chilenas,onde as falhas surgem aos olhos doespectador menos atento. Deixoupassar muita coisa, sendo que a maisgrave foi um penalty clássico deEnriquez em Djalma, no último mi-nu to de jogo, que o público pro tes-

Atuação regular a do juiz Madrid.("A Noite").

Na arbitragem funcionou o Sr.Higino Madrid. Foi feliz, S. S., em-bora algo complacente e com algu-mas falhas de menor repercussão. —("Folha Carioca").

*«&*•.

13 ti II tJ •— o Fluminense foi

fundado antes que o Bo-tafogo?

— Èm que ano foramrealizados dois campeo-natos brasileiros?

— Em que jogo docampeonato sul-america-no de 1942 foi registada acontagem de 12x0?

— Fred Perry, ex-campeão mundial de ten-nis, é inglês, australianoou canadense?

— As olimpíadas jáforam realizadas em Esto-colmo?

(Resposta na pág. 10.

No concurso de elegância de Pa-ris, o Grand-Prix Internationalfoi atribuído ao "Delahaye estili-zado por Franay. Este carro, decor prateada, havia figurado noSalão de Exposição.

O Grand-Prix para carros fran-ceses foi dado tambea. a um "De-

lahaye" estilizado po- Chapron.Também havia Itgurado no Sa-lão. Dois grandes prêmios paracarros estrangeiros foram confe-ridos a um "PackardV, estilizadopor Frany, 0 a u:n "Buick", car-rosseria "Buick" . .

¦¦,¦,¦ — ¦ mir ¦¦•-•-• — '*" ¦¦¦¦¦ "*

- MARÇO, 1 — Seguepara o Peru a delega-ção de nadadores bra-sileiros que participarádo campeonato sul-americano. 2 — O pre-sidente da FederaçãoBrasileira de Ciclismodeclara que nada há a "pacificar" no ciclismo 3 —

Falece em Belo Horizonte, vítima de um colapsocardíaco, o lutador japonês Geo Omori — Por causa

do passe de Jau para o Vasco, os clubes paulistasameaçam não ceder elementos para o scratch ora-

sileiro. Anuncia-se para 1938 a construção do esta-

dio do América, que custará 7 mil contos. 4 —

Afirrva-se que Chiavone, em São Paulo, esforça-se

por contratar três jogadores para um clube por tu-

guès — Médio renova o contrato com o Flamengo

por mais 1 ano. — Russinho dirigirá o "team" do

Vasco — A direção esportiva do Fluminense declaro

que só por uma proposta irrecusável o Fluminensesairá do Rio — Fala-se na troca do stadium do Flu-minense pelo terreno do Hospício. 5 — Em Ura-

guaiana, os gaúchos batem o team paraguaio Li-bertad — A Federação de Pugilismo pretende cons-truir um stadium com auxilio oficial. 7 — A im-

prensa francesa prevê que o Brasil e a Argentinaserão os finalistas no campeonato do mundo — Oministro da Guerra do Japão manifesta-se contra arealização das Olimpíadas de 1940 em Tóquio. Pi-mental escolhido pSrt técnico do selecionado bra-sileiro. Kruschner se encarregará do preparo indivi-duaL

A indústria automobilística na Rússia

NEM SEMPRE SE DISPÕEDE UM ADVERSÁRIO paratreinamento de tennis. Pen-sando em eliminar esse con-tratempo tão comum, umafirma norte-americana pòs avenda o que ilustra a gravuraacima: uma bola de tennisatada a um elástico preso aosolo por um peso, engenhoque proporciona quase todosos lances possíveis duranteuma partida.

Há, no Museu cie Londres, con-servado há quase dois séculos, oesqueleto de um cavalo que foiconsiderado o ma_ completo pu-ro-sangue da espécie. Chamaya-seEclipse.

* • *

A rainha Guihcrmina, da Ho-landa, como de resto todo holan-dês, é aficionada do ciclismo. Ain-da perto dos 60 anos de idade eracomum vê-la passeando de bicl-cleta pelos jardins de Haia.

— Tão infantil. Às vesses penso %«e j*m*t*

tornará um homem!

O "Zis-110", carro russode grande luxo, cons-truido nas fábricas Sta-lin, tem portas de vidrocomandadas automfcti-camente. E' suficiente

tocar um botão para quea porta se abra ou feche,o mesmo acontecendocom os vidros, que sobemou descem com a mesmasimples pressão sobre obotão. ———H—»—Hi l »l l II ¦ ¦ ¦ jjí '¦»***"—WWIII,IW,*M^^^^^

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^- . .Página 6 Sexta-feira, 5 de março c/e 1948 O GLOBO SPORTIVO

t.

ALMIR DE AZEVEDO — Olaria —Rio — 1) Nos jogos oficiais de cam-peonato entre Flamengo e Botafogo,os ruoro-negros têm 28 vitorias, osalvi-negros 24 e registaram-se 17 em-pates. 2) Ademir nunca pensou emir para o Flamengo este ano. A sua• passagem para o Vasco já estava pre-parada há muito tempo. 3) Dos seusdesenhos serão aproveitados apen _s osde Vevé e Pirilo. Os de Lima e Briaforam rejeitados.)

*

AURÉLIO DE MOURA PAIVA —Volta Redonda — Est. do Rio — Osseus desenhos de Simões, Peracio e Os-ear foram para a famosa "galeria dosmostrengos". Também os de Limoei-rinho e Orlando, que o senhor enviouem outros ""bilhetes", foram para a"galeria".

*

*ÂNGELO RIBEIRO — Rio — 1) No

primeiro turno do campeonato de 1947foram marcados vinte e dois penalties,dos quais foram convertidos em goals,dezoito. 2) O total das rendas do pri-meiro turno de 1947 foi de Cr$3.526.413,00. 3) O campeão de 1944foi o Flamengo (que nesse ano alcan-

.u o tri-campeonato) com este team:Jurandir — Newton e Quirino — Bi-guá. Bria e Jaime — Valido, Zizinho,Pirilo, Peracio e Vevé. Valido jogouapenas os dois últimos jogos, tendoantes desfilado pela ponta direita Nilo

.Tac. 4) O campeão de 1946 foi oFluminense, com este team: Rober-(inho — Gualter e Haroldo — Pas-coal. Telesca (Pé de Valsa) e Bigode

Pedro Amorim, Ademir, Juvenal(Careca), Orlando c Rodrigues.

**

ILDEU DE ABREU ROCHA — Be-Io Horizonte — Minas — Rejeitadosos seus desenhos de Lucas e Murilo.

.

JAIR MONSORES — Mogí das Cru-zes — São Paulo — 1) Tião, do Fia-mengo, nasceu na cidade de Bonsu-cesso, em Minas Gerais. 2) O Fia-mengo foi campeão pela primeira ve_em 1914, com este. team: Baena —Pindaro e Nery — Curiol, Miguel eGallo — Arnaldo, Baiano, Borgerth.Riemer e Raul. 3) Desde a implan-tação do profissionalismo os campeõesda cidade têm sido estes: 1933 —Bangú; 1934 — Vasco; 1935 — Amé-rica; 1936, 1937 e 1938 — Fluminense;1939 — Flamengo; 1940 e 1941 — Flu-minense; 1942, 1943 e 1944 — Flamen-go; 1945 — Vasco; 1946 — Fluminensee 1947 — Vasco.

*JOSÉ NUNES PIMENTA — B elo

Horizonte — 1) Atilio Garcia. Gara-beta, Tejera, Paz e Pini (Raul e Ro.dolío) são do Nacional e Masp.i eObdulio Varela, são do Penarol. 2)Vaghi é do River Plate, Lazati doBoca e Zubieta do San Ijorenzo.

*

*GILSON PASSOS — Vitoria — Esp.

Santo — Rejeitado o seu desenho deDimas. O de Juvenal, porem, seráaproveitado.

*

J. DE DEUS VIEIRA — Cc. roodo Parnaiba — Minas — DO arti-lheiro do campeonato de " aspirar, t. s"de 1947, foi Pacheco, center-forw _rddo Vftsco. com 24 goals. 2) Barbosaé paul^ta, Danilo e Augusto são cario-cas e Ely é fluminense. 3) Pachecoé gaupho e tem 22 anos incompletos.4) Até o ano passado o jogador quemais havia custado ao Vasmo era Ely.Agora não há dúvida que é Ademir.5) O team do Vasco campeão Invictode 1945, foi este: Rodrigues — Au-gusto e Rafanelli — Beracochéa, Elye Argemiro — Djalma (Ademir), Lelé,Isaias, Jair e Chico .Ademir). 6) Oseu desenho de Geninho ficará na filapara ser aproveitado.

BILHETES DO LEITORCarlos Arêas

______ * ' __S__

JUVENAL — o médio esquerdo bo-tafoguense — num desenho donosso leitor Geraldo Duarte, de

Teresópolís, Estado do Rio

RUBEM PIRES MONTEIRO — Riode Janeiro — 1) O Brasil não obtevecolocação nos campeonatos mundiaisde 1934 e 1930, tendo sido terceiro co-locado no certame de 1938 na Fran.ça. No campeonato sul-americano j .fomos campeões em 1919 c 1922. 2) Otítulo de "campeão do Centenário" doAmerica deve-se apenas à circunstan-cia de ter sido o clube rubro campe-Ãoda cidade em 1922, ano em que se les-tejou o centenário do Independência''«• Brasil.

*SÉRGIO CARNEIRO — BlurrenauSanta Catarina — 1) O nome in-

teiro de Simões é Carlos Simões ea idade é de 24 anos incompletos.2) O nome de Gringo é OrisvaldoSantos. 3) Os iogadores que sa*Vfl__.nas capas d "O GLOBO SPORTIVOa que o senhor se refere, foram estos:N. 449 — Tesourinha e Manay (uru-guai); _. 450 — Cartaz do SU.-__.e-ricano de Atletismo e Maspoli (uru.guaio); n. 451 (Alberto Triulzi <- He-lio Dias Pereira, na capa e R. Hebeina contra-capa; e n. 452 — NoemiSimoneto e Kistenmacher. 4) O dc-senho do seu colega Gerhard Yurk,sobre Ademir, está na fila para pu-blicação. Gostamos muito da cami.a.Que colorido bem feito, moço! E' pc-na que nesta página tenha de sairapenas em preto e branco.

*

ALCIONE ALCÂNTARA — LagunaSanta Catarina — O seu desenhode Heleno está bom e será publicadoquando chegar a sua vez. A carie»-tura de Oberdan está mais fraca* masem todo caso vamos ver se poderemosaproveitá-la quando houver oportuni-dade.

**

PAULO FRANCO DO NASCTMEN-TO — Pracicaba — São Paulo — Nãodispomos, infelizmente, dos dados queo senhor deseja sobre os campeonatosdo S .C. Corintians e Paulista.

*

*LUIZ PONTUAL — Recife — Per-nambuco — Como caricatura apenas,

o seu desenho de César ics-4 uma opor-tunidade e ficará na füa para publi-cação.

HUGO F. DE VILHENA — Distrt-to Federal — 1) As -tabelas" de umacesta de b^tsket medem, oficialmente,lm20 de altura por lm80 de largura,com 0m03 de espessura. A borda in-ferior da tabela deve ficar a 2m75 dosolo. 2) Os aros devem ter 0m45 dcdiâmetro interno. O comprimento dasredes, deve ser de 0m60 (máximo) e0m30 (mínimo). Os aros devem ficarcolocados a 3m05 do solo c distancia-dos da "tabela" 0ml5, 3) O arülheúodo campeonato de 1945 foi Lele. 3oVasco, com 15 goals. 4) O eslrdinmunicipal está calculado para com-portar 150.000 assistentes.

*

*ZELIO MENEZES — Piedade — R«o

— 1) Os placards do Vasco no pri-meiro turno de 1947, foram estes- 4x2com o América; 4x1 com o Bangú;4x1 com o Bonsucesso; 3x3 com oOlaria; 5x1 com o São Cristóvão; 14_com o Canto do Rio; 2x1 com o Fia-mengo; 2x0 com o Botafogo; 5x3 como Fluminense e 2x1 com o Madureira.2) Danilo tem 27 anos; Maneca .13 eGritta 33. 3) Leonidas foi o #ole._.dor-mor do Brasil no campeonatomundial de 38, com sete goals. 4-Lamana esteve por último na Itali..5) O América levantou o seu primet-ro campeonato em 1913, com este cor.-junto: Marcos — Luiz e Belfort —Mendes, Jonalhas e Dc Paiva — \Vit-te, Ojeda, Gabriel, Osman e Ale'uia.6) O Bangú foi campeão em 1933, oprimeiro ano do prof) .ionalismo, comeste team: Euclides — Mario e SáPinto — Perro (Paulista), Sant.nnae Médio — Sobral. Ladislau, Tião. Piá-cido e Orlandinho. 7. Realmente FoiGagliano Nctto o speacl.er que acom.panhou a delegação brasileira ao ".am-peonato do mundo de 1&39.

*

FLÁVIO PESTANA — 1 .trópoVs —1) Maspoli é uruguaio no duro, seuPestana. 2) Limoeirinho tem 24 anos,Gerson 26 e Tim 33, 3) Max c brasi-leiro. 4) Rejeitado o seu desenho dcLimoeirinho.

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LELECO — zagueiro do Olaria —num desenho do nosso leitor Or-

tendo Chichorro dos Santos, deCuritiba, Paraná .

ELOCY PONTES SOBREIRO —Porto Alegro — R. G. do Sul — VO endereço do São Paulo é rua PadreVieira, 8. 2) Luizinho não pôde jogarem 47 no Flamengo, mas é o ponteiropara este ano. 3) O técnico FlávioCosta diz que o melhor ponta dire .ado Brasil é Friaça, mas pode ser quenão seja.,.

*MAURILIO MACHADO — Belo Horizonte — 1) Os seus desenhos de Ni-

yio e Murilo ficarão na fila nara ou-bheação. 2) O América Mineiro "foi

deca-campeão no tempo do amadorIs-mo de 1917 a 1926. 3) Papeü tem 33anos e meia.

R. CORRÊA — Ouro Preto — Minas — 1) O team do Vasco que nc.deu por 1x0 para o Flamengo, naquéi _sensacional jogo final do campeonatode 1944, formou assim: Barqueta —Rubens e Rafanelli — Alfredo, Bem-cochéa e Argemiro — Djalma L_i(.~Isaias, Ademir e Chico. 2) Adolfo li.-'driguez o pivot uruguaio que atuoupelo Bonsucesso, já regressou há tem-pos à sua terra. Quanto ao forwardBolinha (Nelson Rosas) andou por àãoPaulo, mas há algum tempo que nãotemos noticias dele.

* **

ARISTIDES TAVARES — Tijnca —Rio — O team do Atlético Mineiro,campeão dos campeões de 1936, foi oseguinte: Kafunga — Florindo e QuimZezé Procopio, Lola c Bala — Pau-lista. Alfredo, Guará. i_cola e Re-sende.

ADOLFO GUERSCHUNY — R!o rirJaneiro — Infelizmente n&o dispo-mos de todas as informações que osenhor deseja. Vào aqui alguma?apenas: 1) Os quadros campeõ. dacidade, desde 1939 até 1947, íuramestes: 1939 — Flamengo: Yustrick(Walter) — Domingo» e Oswnldo(Newton) — Arligas, Volante e Me-dío (Natal e Jocelyno) — Sá, Val..oLeonidas (Caxambu) Gonzalez c Or-si (Jarbas). 1940 — Fluminense. "Ra-tatais (Capuano) — Moisés e Ma cha-do (Norival e Guimarães) — Bioró,Spinelli e Mallazzo .Vicentinl. Brante Mario Ramos) — Amorim. Rom__,Russo. Tim e Hércules. (Adilson. Pe-dro Nunes, Milani, Rongo. Cus «.ti eCarreiro). 1941—- Fluminense: Brita-tais (Capuano) — Norival e Rcnga-neschí (Moisés e Machado) — Af.on-sinho, Spinelli e Malazzo (Bioró eOg) — Amorim, Romeu, Russo Timo Carreiro (Adilson, Junn Carlos Pe-dro Nunes, Rongo e Hércules). 1942

Flamengo: Jurandir — Domingose Newton — Biguá, Volante e Ja.'. o

Valido. Zizinho. Pirilo. Nandit _o eVevé (Peracio, Jacy, Artigás. Yustri.ke Marti nho). 1943 — Flamengo: Ju-randir --¦ Domingos e Nilton — Bi-guú. .Bria e Jaime — Jacl. Ztidnho,Pirillo, Peracio e Vevé. 1944 — Fia.mengo: Jurandir — Newton e Qul-rino — Biguá. Bria e Jaime — Va-lido (Jaci e Nilo), Zizinho, Pír.lo,Tião e Vevé. 1945 — Vasco da Gama:Rodrigues — Augusto e Rafanelli --Beracochéa. Ely _ Argemiro — Djal-ma (Ademir), Lelé. Tsaias, Jair e Chi-co (Ademir). 1946 — Fluminense Rn-ber Unho — Gualter e Haroldo — P_-coal. Telesca (Pé de Valsa) e Bico..'

Pedro Amorim, Ademir. Juvenal(Careca1». Orlando e Rodrigues íSimões. Mirim e Vicentinl), 1947 —Vasco da Gama: Barbosa — Augustoe Rafaneli — Ely. Danilo e Jo:-g< —Djalma, Maneca. Dlmá. (Friaça), __¦-lé (Ismael) e Chico. (Wilson. Alfredoe Nestor1» . 2) O artilheiro rnór de 194afoi Leonidas, do Flamengo, com 30goals; o de 1943 foi João Pinto. ..oSão Cristóvão, com 26 goals; o de 1914foi Geraldino, com 18 goals; o de 1945foi Lelé. do Vasco, com 15 goal;*.' ode 1946 foi R(_irigues. do Mv_nit_e.se.com 28 goals; e o de 1947 foi Dima..do Vasco, com 19 goals.

*ANTÔNIO DA SILVA — L.tieira

Tabajaras — Rio — 1) Os seus dese-nbos de Durral e de Túlio ficar _o nafila para publicação. 2) Fausto de-fendeu, -aqui no Rio, o Banjru, o Vascoe o Flamengo; na Espanha, o Bar-celona; em Montevidéu, o Nacional;e jogou ainda por um clube na Suíça.Foi scratchman carioca e brasileiro.3) Os clubes que disputaram o ram-peonato carioca de 1926 foram: SSoCristóvão (o campeão). Vasco, Flumi-neise, Bangú, Flamenço, Sirio Libanês.América. Botafogo. Vila Isabel _ Bra-sil. 4) Em jogos do campeonato ofi-ciai o Vasco tem 22 vitorias, o Fia-mengo 18 e empataram 9, num totalportanto a- 49 jogos.

AILTON WALTER GAUTERTOGALLO — Pelotas — R. G. do Sul—- Rejeitados os seus desenhos de Da-nüo e tio falecido Isaias.

Page 7: .' ., ' aV-X æ •, - VUX- • /'f - BNmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1948_00493.pdfImprensa aos entusiastas tripulantes eme souberam, com arrojo e arte marinheira, levar a em-barcação

¦' .'"' \

O GLOBO SPOPJiSO SéxiàSoirii, 3 cfe março cJe 1943

m m ÜLtlMO CAPÍTULO DO Fi.A-FLU DA LAGOA - QUAL O MAIOR

CEDQP"? - FOOTBALL COM "SOCIEDADE ANÔNIMA'

Houve um Fla-Flu que licou na historia. Inclusive, deu-se um nomepara esse Fla-Flu: o Fla-Flu da Lagoa. Páginas e mais páginas, que for-inavam uni volume, foram escritas sobre o grande Fla-Flu. Os lancesmais espetaculares da peleja, Batatais fechando o arco de braço partido, |Romeu monopolizando a bola para ganhar tempo, quando não era Ro-meu era Tim, e logo a investida de tufão da ofensiva rubro-negra, e abola na lagoa, e os remadores do Flamengo devolvendo logo a bola...

O SOFRIMENTO DE BRANTO Flamengo precisava da vitoria para levantar o campeonato. Daí

ter levado o team para Lorena e o team voltou com a disposição do ma-rinheiro Popeye depois de abrir duas latas de espinafre. Um verdadeiro.SansâO antesda falseta da Dalila... O Fluminense, em plena semanado Fla-Flu, ficou privado do concurso de Spinelli. O jogador indicado,pelo menos o reserva do "DÍvot" argentino, era Og\ não foi logo esca-lado.. Ondino n~.o acreditava em loteria. Podia dar certo, mas-podia fa-mar.'Nao obstante, resolveu escalar o center-half por votação. Og ouBrant. E o veteraníssimo "pivot" ganhou por unanimidade. A contra-gosto diga-se de passagem. Desde há muito que Brant arquivara as••shooteiras". Achava, inclusive, que não sabia mais jogar. E foi logo di-zendo que não se responsabilizava. Garantiu que "pregaria". Mas íoiníi-nlida a sua oscalãçãÓ. R o que se viu foi Brant ficar em pânico até ahora do jogo. E até o dia do jogo não fez outra coisa que nãofosse tomar água com açúcar. E foi o geito de evitar a treme-deira, de agüentar um tempo, o bastante para decidir o jogo,que valeu o campeonato no Fla-Flu da Lagoa.

QUAL O MAIOR "TORCEDOR"?

Fácil é perguntar. Difícil é responder. Qual é o maior"torcedor" do football carioca? Parece que, tal como nas cor-ridas de cavalo, vários chegarão juntos, deixando na dúvida osjürzes de chegada. E. tal como na corrida de cavalos, o "olho

mecânico" apontará o vencedor. O que sofre mais? Mais auea mulher do padeiro, por exemplo? Será o grande romancistaOtávio de Faria? O não se junta com os "cartolas"? O que nãotem mais unhas para roer, na grande hora dé sofrimento? Oque passeia (?) pela Pista com ° J°£° iisionomico de J*mesMason, em "O Condenado"? O que passa a semana toda, la-pis c ráderno à mão, anotando acréscimo e decréscimo de pro-duçfo de jogadores, para se encher de otimismo ou pessi-mismo? Será acaso o romancista José Lins do Rego? O que re-gui- o fígado, não com pípulas, mas com os goals de Jair? Oque '.meara como um cataclisma uma derrota do Flamengo?Ou sçrá o poeta Augusto Frederico Schmidt, o que aposta umanote de quinhentos cruzeiros no revés do Botafogo e faz quês-tão absoluta de perder a aposta? O que adota um ar apro-priado para velório, antes do jogo, porque acha que otimismodá peso? Será talvez o "Alemão", que apanha com prorundis-sima satisfação, porque está apanhando pelo Fluminense?Será o Guimarãos, que tirou patente com a maior sem cenmo-nia de«te inundo do "torcedor" número 1 do Fluminense? Oque faz questão absoluta, e não transige nem a tiro, que o pa- ~vilhão tricolor lhe sirva de mortalha? Ou será o Vai na Bola, o maior hospede

que já teve o Pronto Socorro? O que tem de cicatrizes, em numero mais do queJames Cagney tem de sarda?

Ora bolas! Só o "olho mecânico" pode resolver.

O PLATÔNICO E O MATERIALISTA

Mais uma vez, o Sr. Haddock Lobo pediu a palavra. Nada de: novo.A não sera balida crônica, crônica e sem cuia, na mesma

tecla: a extinção do futebol no Fluminense. Faiouo platônico. oJOque passou pelo futebol, amador e

profissional, em brancas nuvens. O que nunca ba-teu palmas para ò tenista, o nadador, o atleta. ..Falou o Sr. Afonso de Castro, o que viveu o lute-boi o que trabalhou pelo futebol, o que pode falarde cadeira. Materialista, o Sr. Afonso de Castro en-cara a questão como deve ser encarada. Se a se-ção de profissional de futebol acusou um grande'•déficit", isso não significa que deve ser extinta.Dai ? sua proposta de se organizar uma SociedadeAnônima, constituída por tricolores milionários,para manter, como outro" negocio qualquer, o fute-boi nrofissional no Fluminense.

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0 GLOBO SPORTIVODiretores: Roberto Marinho e Mario Rodrigue* Filho.Gerente: Henrique Tavares. Secretario: «"»«£•Serran. Redação, administração e oficinas. Km. »e-ihencourt da Silva. 21. 1.» andar. Rio de Janc.ro.Preço do número avulso nara todo o BrasU: Cr? 0,w.Assinaturas: anual, CrS M.W, semestral, Cr$ 20,00.

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O UOMMí9A SILVA

7 Havia certa razão para se esperar de Rogério outras palavras em relação ao foot-* bali brasileiro. Suas declaiações, ao embarque, falavam de um tratamento cati-vante por parte do Botafogo, dos companheiros rie quadro e _t. do público. O quens agencias divulgaram, entretanto, soube a tèrrorncto. O moro tímido e bonachão,que tratava os companheiros por "senhor", virou fera, reduzindo-nos a zero...

.

ty ídolo em Lisboa, ídolo na Europa, porquanto participou de mais de um seleclo-«nado do Continente, estava convicto de que seu triunfo no Brasil era assunto de-Unitivo. Os fatos, porem, demonstraram que não só o "amor é diferente em Por-tugal"... Daí, talvez, a explosão do moço tímido, manso como um cordeiro...

WS^^^^^rT^/^1.'.''.'._i" ' *'"****fc*'^''"jj!__ ' .'"¦¦ .' ."'.""'.". •...'.'*.i..,.'.::*ir• "• •-• •- - . .

¦J Todos temos problemas íntimos, e Rogério não constitue uma exceção. D Maria** Isabel, radiosa e realizada, por cen excesso de zelo transformou-se" no m.ior cn-trave â consagração desse crack que veio de tão longe e precedido de tanta fama.

"PIPI" ROGÉRIO...

Tudo isso foi lembrado para se chegar af_ Roge-rio. Porque Rogério é lisboeta de nascimento, criaçãoe consagração. Lisboeta bem do cent o, ben-: "pipi".De maneira que não o creiam um provinciano qual-quer, pelo modo de falar, de agit ou pela maneira detrajar. Não o creiam um patadura vulgar, pique elenão é nada disso, muito ao contrario. Mas, pelo fatode haver falado aquilo tudo do íootbüll brasileiro, —alguma coisa, naturalmente, verdadeira — não o te-nham na conta de cospe-fogo, de sujeito atrevido, bri-gão ou ingrato. Seria um injustiça. Rogério não énada daquilo que se esvaiu de uma entrevista-terremo-totó concedido aos jornais de Lisboa. E se eu ibes dis-ser que ele' é um rapaz tímido — tímido ao extremo —certo que o leitor não acreditará. Mas bode crer.Admitam a melhor forma de juramento, que eu jura-rei como Rogério será incapaz, a não fer entre pessoasmuito íntimas, de dizer cobras e lagartos d. alguémou de alguma coisa.

NÃO QUERIA SER "BONDE" A VIDA TODA

Posso garantir que Rogério gostava imensamentedo Brasil e de sua gente. Vou mais longe: ele fez tudopara permanecer no Rio. Só não ficou, mesmo, por-que adivinhou ser impossível reformar o contrato nasbases anteriores. Pagava quatro mil cruzeiros de ho-tel, logo teria que ganhar pelo menos o dobro paracompensar o sacrifício exigido pela profissão. Jamaisnegou seu propósito de ficar, e de umn feiia, procura-do por alguém do Flamengo, lamentou profundamenteque o interesse houvesse partido do Flamengo e nãodo Botafogo. Queria continuar, achava que devia umaenorme satisfação ao público esportivo do Brasil, e.particularmente, aos seus compatriotas. Queria porque queria provar ser algo mais do que um "bonde*'de preço elevado. Vivia atormentado pel. negativis-mo_de suas "performances" e só aspirava a rehabili-tação. De uma feita encontrei-o chorando, costas vol-tadas para o leito onde a esposa se encontrava leve-mente enferma. Chorava às escondidas, reprimindo ossoluços, deixando apenas que as Iágt'irhás corressemlivremente. Distraia-se escrevendo, e escrevendo re-polia a ânsia de fugir e desaparecer da terra. Escre-via, naquele instante, para um seu amigo de jornal "ABola". Mais adiante, debaixo do tinteiro, ocultavam-se vários recortes de diários carocas Pegue: o pri-meiro, o segundo, o terceiro. Nem precisei ver o res-to. Ocupavam-se, todos, do mesmo assunto, daquilo

.que mais o mortificou enquanto esteve no Biasü.HUMORISMO INCONSCIENTE E AGRESSIVO

i_ ?vU"n,e a carta para ler- Era dirigida a Cândidode Oliveira, cronista veterano e antigo seWionadorportuguês. Nao se lamentava nem agredia ninguémAntes, mentia a si próprio, ocultando no sarcasmo ador que lhe roía o coração.O reporter-humorista havia inventado um conto

íf S5Sgo stn'no qu~! Rogerio aparetía «*» £-'«£ta vulgar Quem nao se lembra daquela historia damaquina fotográfica? O fotógrafo fora ao Botafogo fa!ser chapas de Rogerio. Bateu tre. ou quatro dei-xou a máquina ficar ao lado de sua < vitina" e apro_banho ali°íf

ia° *?? abl'andar ° cal^ tomando^banho ali mesmo. Depois do banho, seguiu para a re-daçao e na redação, ao abrir o filme - oh desgraça'— tudo perdido, tudo velado... »-«>_.raça!Rogerio seria uma boa desculpa para o malOcradr,serviço Assim, a partir desse momento. íW fendoo sujeito que abria os filmes fotográfico; óa.a vei sehavia saido bem nas chapas... ** v°' para ver seRogerio não esperou que a historia cleaa.s. Asua terra pela boca de outrem. Contou-a e"e mimoen_arregando.se ainda deste adendo que vi ^SSna carta dirigida ao Cândido de Oliveira" «Comovês

aqui me estão tomando por estúpido e inciXadoO que me consola é que sou melhor fotó^dTqS;o outro e trago comigo aquela máquina que tnnto _d!miras e adquirida em Londres, das pr mdras ™eidtem Lisboa, com capacidade Para obter fotS em £í

nicolor. Por Deus, que se eu tnão tivesse mesmo mania de Àofensa aos meus sentimentos _|No fundo, Rogerio era r_grafar. Filmou muita paisageujlmou com a sua máquina toamra o Rio. Sem embargo, porisunto, aquela maldade muito!

"GALEGO,

Será necessário conhecer Epara -julgá-lo como necessáriaQuem acompanhou de perto oconhece football, sabe que oum excelente jogador. Joga.prático, de chute potente e cercolocação. Era, sim. excessivComo não dava pontapés, nâo

Recordo muito bem do prque foi contra o Olaria. Aé"abrir o pau*' em Rogério, e ojsaram de sua qualidade de plidos mais ou menos jocosos.a bola!*', "Larga, que eu te piscansou de ouvir naqueles duras

O INFERNO' DA VIDAA

E como se isso nãó bastasàlos do companheiro; as ames*.implicância do "menino bonitoera um "gentleman" perfeitocancha, ainda havia o drama ií

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7 Tudo azul, tudo verde, Werai

chegada. Rogerio descer«avi;prestigio de.-cm :|.Eestava certa de que nao se ¦•¦

e animá-lo nas horas difi"'3!

posa, que por temer que algo itimpedia-o de treinar, fecha*»?por intensa e perigosa crise "5 ¦

Casado apenas há uto-í-n"*,mente — pelo menos nos prm'eTlerar as fraquezas da esposa- *fexigências e implicâncias afooajsó porque as saudades tortura"1]e D. Maria Isabel não quer^1dificultando sua presença ao*tava para o seu lar.

DESESPERO E DESEJ0|<Z\I

Kesse ínterim,-veio a est^desejava, como havia suphçaaojcríticas naturalmente não lhelhe foram pesadas ou iW^35'dado, mais assistência as

de

(US lend.os.

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wOs que vêm da Europa sâo unânimes

em exaltar e cantar as grandezas da ve-lha Lisboa. Cidade por certo encantadora,modernizada, muito limpa. Ademais, aco-lhedora. Para nós brasileiros, então, nemse fala. "A Lisboa bela como um brinco",que o poeta cantou em versos célebres,ao fim do século passado, nâo marcoupasso nem se distanciou da gente. O lis-boeta continuou sendo o que era: fino,elegante, culto e bondoso. E até "pipi",conforme a gíria lusitana, o que quer di-zer, é granfa e almofadinha... Enfim, Lis-boa veste-se com esmero, como em Lon-dres. O que se usa em Londres, Lisboaadota e põe em evidencia 24 horas após.

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c tão dado a fotografias eK, tomaria a brincadeira porf,- civilizado lisboeta..."¦vim artista na arte de foto-|do Brasil; até jogos ele fü-loucos dias de embarcar pa-

se furtasse a tocar no as-jna alma.

U BOLA!"

haver privado com Rogério,iramctite Si deve julgá-lo.

¦iodo de preparativos, quemfõg. -i-ouxc paia suas fileirasMb'J. de "dribbling'* fácil e

um sentHo admirável deloso por seu estaao físico.

_ue lhe dessem poi tapes.tch oficial disputado no Rio,

levara ordem expressa de> íoi aberto, como até abu-ara. coní undi-Io com ape-cos outros. "Galego, largabrados de guerra que ele

itos ae jogü.DA i AGRAVAVA MAIS

ose não chegassem os estri-

adversários e aqu~ia solenesó bom fora do jogo, que

mas um louco dentro daJesvclo quase doent.o da es-

J___l

iSgmM@M

HHI

:rde, Jerança. Mas isso foi nalesceriBavião, cunfiante em seuagradoKiirooa, e D. Maria Isabelo seflr ao dever de com'ortã-!o

pe a acontecer, muitas vezescasa, deixando-se dominai*

e embarcar, tena forçosa-~ que compreender e to-o tempo, vieram outras

• Rogério já não pedia sair" e mais D. Maria Isabel,Qder que, retendo-o assim,mais problemas acarre-

fCABAR COM TUDOestreou como queria, como'l.^teS, de Fátima. Algumasvomveis, mas tambem não¦jecomendou-ihe mais cui-

7*1 = pois sua mis>ão era

de grande responsabilidade, já cie possuia tudo paracorresponder plenamente aos esforços realizados peloclube. Veio o segundo match. Em Belo Horv/cnte en-cheu-se de pavor ao verificar que teria do jogar como público tão perto, gritando tão próximo de seu ou-vido. Os dias de ausência foram dias tormemrosos, deagitação sem trégua, por que D. Maria Isabolvjnsistiaem não admitir que o clube o levasse para tão longe.Eu mesmo, por solicitação de amigos e ainda por gos-tar de ajudar aos deslocados, tratei de proa iar umafórmula que amenizasse aquela situação. Lembreipasseios, recomendei-lhe a famílias brasileiras, ten-tando, dessa arte, criar um ambiente mais agradávelpara o simpático casal.

Tudo parecia correr bem, pois havia interesses re-cíprocos em cultivar as novas amizades, c, para com-pletar, gente da colônia não media esforços poi ho-menagear o crack que viera da terra para brilhar noBrasil. De uma feita cheguei a supor que o mal dainquietação estava derrotado. Rogério era quase umídolo para os companheiros, brincava com* todos, par-ticipava de todos os entretenimentos que lhe propu-nham. Se Gerson, por exemplo, que era dos seus pre-feridos, resolvia chamá-lo de Salazar, Rogério nao es-trilava. Antes pagava com a mesma moeda. E Ia vi-nha um dito que ninguém podia traduzir, mas que eragozado só pelo fato de ser expressado poi ele. O in-temo, a pouco e pouco, ia-se transformando em parai-so É verdade que ainda não se encontrara técnica-mente, mas, em compensação, ninguém lhe queria malpor isso.

FOI SÓ UMA TRÉGUATão bem se achava, tão firme era o seu propósito

de vencer e tamanha a compreensão da esposa, quepassou a freqüentar mais assiduamente a concentra-ção Almoçava e jantava con*» os companheiros, ape-nas retornando ao hotel para dormir. D. Mana Isa-bel voltara a se animar dos melhores enpenhos emajudar o marido. Foi quando surgiu a noticia de queo Botafogo iria excursionar outra vez. Para que! No-vas rusgas, mais lágrimas, trabalho em vão para con-vencer a esposa que a ausência seria breve, so poruma semana. Desta vez não houve jeito de se contor-nar a situação. Assim, Rogério voltou involuntária-mente a reeditar as faltas de antes, agora com umapreocupação muito maior, pois D. Maria Isabel 3a naoestava em condições de passar por contranecades.

O que se seguiu parece estar ao alcance de qual-quer um. Como o campeonato exigia elan e sacrifício,e como esse elan e sacrifício não pocUam ser ofereci-dos por ele, Ondino tratou de lançar mao de outrosmenos brilhantes para ocupar o posto de ponta es-querda da equipe. Ele compreendeu tudo e muitasvezes insinuou que a rescisão do compromisso seriauma fórmula honrosa para ambos. Como nao a qui-sessem, foi ficando, foi matando tempo, na esperançade que sua hora chegaria. Jamais ,ab.*iu a boca paraacusar esse ou aquele, para reclamar contra o "meni-

no bonito" ou para explicar o drama que vivia. Quan-do partiu, só fez lamentar que tivesse de s?<-r com.um fracassado. Recordou companhe^o por compa-nheiro, e antes se despediu de um por um delesAcredito que, unicamente em família, entre «ente mui-to íntima, houvesse Rogério se lembrido cias botinadas que Leleco lhe aplicou ou daquele quebra-quebrade General Severiano, que tanto o apavorou. A naoser em família, dificilmente seria capa*, de tocar nesáascoisas. A menos, é lógico, que todos os seus recai-quês, inclusive o da máquina fotográfica, houvessemexplodido na hora do desembarque.

"Para triunfar dentro do Botafogo e pre< iso seiamigo de Heleno". Foram onze palavias só, forma deencurtar conversa, um trivial relato de uma velha si-tuação. Lá fora ecoou como uma bomba acabandonor encher todas as páginas especializadas dos ]or-nais brasileiros. Estourou come um mane-thecel-nhares ..*

Já' disse alguém que o destino fui e o homemflutua Sou de opinião que ainda vale a pena meditarsobre um pouco das adversidades desse rapaz ealad»e bonachão, que tudo teve de seu clube para tiiunfar,para retornar radioso, «em complexas na alma «amargor nos lábios.

4 "Para triunfar dentro do Botafogo, é preciso ser amigo de Heleno, o "me* irio bo-

nito" do football brasileiro" . Apenas onze palavras. Só onze palavras trivialrelato de uma velha situação. Será que Rogério disse tudo isto?

5O público não escapou à sua ira. Mané-thecel-pharesl — qiitou Rogério, dand»

outro aspecto às suas justificações. Talvez aquele quebra-quebra fuptw», de Qm*neral Severiano, houvesse surgido à sua mente n*j2£__jto desafogo.

I_9>_ ___B __W/C;» \_ ' l r^~:=^-tev -"^fS*fe te__^E ____¦_&______£ ^*~ ¦

/_» Foram muitos os seus complexos, muitos os fatos íntimos que determinaram «Ü fracasso do crack. A arande Injustiça de Rogério foi esconder justamente o ia**mais importante de seu drama — as vezes que teve de faltar aos treinos, porg**D. Maria Isabel não consentia que ele saísse de casa...

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Página 10 Sexta-feira, 5 de marèo de 1948 O GLQZO SP0R7/V0

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O clube carioca conseguiu a quarta vitória, assinalada pelo escore minimo - Mesmo ante a Sr aca atuação do Vasco da Gamado camEquador não foi adversário — Ismael entrou som o pé • • •

O Vasco continua vencendo em Santiago, "Todavia,

a vitoria sobre o Emelec não correspondeu ao que seesperava do esquadrão cruzmaitino. A verdade é queo campeão carioca, que, à exceção do primeiro encontro.,tem sido triunfador absoluto, desta feita obteve umavitoria bastante difícil e pela vantagem mínima. En-quanto o Nacional e o Municipal, de méritos sobeja-mente reconhecidos, caíram por contagens arrasadoras,o Emelec, campeão do Equador e figura apagsdr. no cer-tame, deixou-se vencer pela margem de um ponto. Istonão quer dizer, entretanto, que este adversário do Vascotenha surpreendido. Muito ao conüario, a _ua exibiçãofoi no mesmo padrão das anteriores, mas coube ao qua-dro carioca proporcionar a surpresa da tarde Dizen-do-se que o esquadrão vascaino fez a sua pior exibiçãoem Santiago, está explicada a exiguidade do placardda quarta vitoria.

A MAIOR CLASSE GARANTIU O TRIUNFO

No entanto, mesmo jogando abaixo dn exítica, oVasco soube manter o adversário afastado do arco deBarbosa, e um único tento conquistado na fase final foisuficiente para garantia do triunfo. De '.im modo geralo team pecou mais pela falta de um ataque realizador.Foi mesmo esse detalhe que tornou a luta de tão difícildecisão, uma vez que a defesa, mesmo com alguns se-nões, foi bastante forte para impedir qualquer sucessodos equatorianos. Assim é que o primeiro tempo trans-correu em relativo equilíbrio, com as ar_-eme.irU.s frus-tradas do Emelec e as tentativas desarti- uladas do ata-que cruzmaitino.

ISMAEL DECIDIU A PARTIDA

Como em outras oportunidades, Flavio 'unçou mãode Ismael para dar maior agressividade a. quinteto.Ainda desta vez o atacante teve papel preponderante napartida, marcando o goal que seria o tía vitoria. En-tretanto, aquela conquista que parecia o caminho abei-to a mais uma goleada espetacular, não chegou a alte-rar o nivel de produção do ataque cruzmaitino. Nadamais fizeram os vascainos alem desse tento. Por outrolado, o perigo por parte do Emelec- só se fez sentir emduas ocasiões críticas.

Após um avanço frustrado do Emelec, o Vasco for-çou o ataque, assediando a meta de Árias, até que, a umminuto e meio de luta, Friaça atrasou para Ismael ar-rematar com violência, conquistando assim o úrjco goalda partida.

AS FALHAS DOS BRASILEIROS

Friaça foi, sem dúvida, o elemento mais ativo notjuadro cruzmaitino. A sua insistência no ataque che-gou a irritar o zagueiro Enríquez. que, em dada ocasião,ngrediu-o a socos, sem que o juiz determinasse qual-quer punição. Ismael também foi um elemento de va-lor, tendo entrado para substituir Lelé Na defpsa, Jor-be e Barbosa os melhores. Danilo teve uma atuaçãofraca. A ala esquerda Lelé e Chico fracassou inteira-mente. Maneca também não esteve em dia feliz e Di-mas, que o substituiu, não melhorou em nada o traba-lho da ofensiva.

A atuação do juiz Madfi ainaa desta feita deixoua desejar. Sua maior falha foi deixar Impune a agres-íão sofrida por Friaça, aos trinta e três minutos da pri-meira fase. O comandante do Vasco tentada chargearò goleiro do Emelec, sendo obstado e inopinadamenteagredido pelo zagueiro Enríquez, Formcu-se a habitual

confusão entre os jogadores, até oue _t intervenção doárbitro e dos dirigentes acalmou os ânimos. Todavia,o agressor não foi expulso.

OS QUADROS

As equipes formaram com os seguintes jogadores:VASCO — Barbosa, Augusto e Rafanelh: Ely, Danilo e

«TEST» ESPORTIVO(Solução)

a) pescaria

SE NAO SABE...1 —Sim. 1902 e 1904.2—1934.

— Argentina e Equadofc___«inglês.

— Sim, em 101*.

Jorge; Djalma. Maneca, Friaça. Lelé e Chico. EMELEC— Árias, Zurita e Enriquez; Mendoza I, Alvares e Or.tiz; Fernandez, Jimenes, Alcivar, Yepez e Mendoza II,

O Emelec, como de outras vezes, não impressionou.Tanto assim que o Vasco, mesmo jogando quase abaixoda crítica, pôde manter a incolumidade da sua cidadelae marcou um goal que lhe bastou para a vitoria.

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O campeão carioca atuou quase completo contra o Eme'ec, apenas com a ausência de Ademir. Todavia, foi essaa sita -pior partida no torneio de Santiago. Em baixo aparoce o juiz chileno White, quando escolhia, sob as

vistas de Djalma e Rafanelli ,as bolas para o jogo ijue iria ferir-se dentro em pouco_¦¦

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O GLOBO SPORTIVO Sexfa-feim, 5 de março de 1948 Página I1

Que fizeram urna bruta maldade com Rogério,, dan-do publicidade ao que ele naturalmente tenha contadoem familia, lá isso fizeram. Maldade àos correspondeu-tes telegráficos, que na sua pressa de ouvir e despacharrapidamente o que ouviram, acabaram por colocar malo bom e tímido rapaz. Enfim, podia ser pior. Ainda bemque Rogério foi de vez, sem alimentar qualquer propó-sito de retorno. Ruindade, ruindade que dói, pois Rogérionão merece que se o envolva em casos tão complicados.

Pelo fato dc alguns jornais lisboetas terem apresen-tado longas entrevistas com o crack, e nessas entrevistasnenhuma referencia má houvesse Rogério feito a Heleno

e ao football brasileiro, não quer dizer absolutamenteque tudo aquilo que as agencias telegráficas nos manda-ram não passe, afinal, de mero prodicto de imaginaçãode repórter. Ora, os repórteres portugueses não podemconhecer tão bem para dar tão perfeita cor local às 7ios-sas fraquezas. Houve muita coisa dita que sabemos exis-tir no football carioca. Heleno não é uma ficção, e o que-bra-quebra de General Severiano existiu'estrepitosa-mente. O mau, o ruim, o desleal, foi justamente ter-seconfundido o que ele tivesse dito para ser publicado, eaquilo que contou unicamente para governo de seus ín-timos. Não houve, portanto, mentira grossa, mas, apenasindiscrição.

&*&*' ^? ^^^^SSmSS

I— Não, senhor doutor Sintra! —

não. do que $ete7ita quilos a voar!..Mais vale um "Pipi" na

"DR, JECKYLL"... — LISBOA, 26 (U. P.) — Chegou a esta ca-pitai, procedente do Kio de Janeiro, o jogador de football Rogério, oqual foi recebido entusiasticamente por uni grande número de aficio-nados. O ex-craek do Benfica declarou que durante sua permanênciano Botafogo "não tive oportunidade de marcar goals porque nuncalhe consentiram. Apesar do meu bom desempenho nos treinos, nuncaconsegui demover a barreira surda que verifiquei existir cm minhafrente. Há no Botafogo uma política especial, à qual não me habituei.Para si triunfar dentro do Botafogo c preciso ser amigo de Heleno,que tem grande influencia junto à direção do clube. Logo no primeiroencontro eu me indispus com esse menino bonito do clube. Um joga-dor lusitano para triunfar no Brasil precisa vencer a "oposição dosjogadores, o que é dificílimo".,

"FOOTBALL DE GRANDE VIOLÊNCIA" e "O PUBLICOAMEAÇA A VIDA DOS JOGADORES"

LISBOA, 2,3 (A. P.) — O jogador português de football, Rogério,que acaba de chegar do Rio de Janeiro, onde jogou pelo Botafogo,atribuiu seu fracasso em campos cariocas "à falta de camaradagemde seus companheiros dc quadro". Em entrevista que aqui concedeu,Kogcrio disse que o football no Brasil "éum jogo de violência", noqual "corre-se perigo de vida diante da brutalidade dos jogadores,que dão mais pontapés nos adversários do que mesmo na bola".Acrescentou Rogério que, alem disso, "há também o público queameaça a vida dos jogadores, quando invade o campo, sob grandeexcitação". "Felizmente, disse, estou de volta e posso agora jogarnuma atmosfera amiga, respeitável e disciplinada". Rogério jogaraPelo Benfiea, domingo, contra o Belenenses, e provavelmente será m-cluido no selecionado português que jogará em Madri a 21 de marçopróximo.

CÂBEL05 BRANCOST I

ALEXANDREU5A-5E COflOLOCÂC

"Esta a che mr a Primavera... ,e o ''bom pássaro'.'' toma àgaiola" (Charge do jornal "A Bola")

...E "MR HYDE"... — "Estou satisfeito por voltar a Portugale... ao Benfica... Fiz esta viagem dc regresso com verdadeiro ai-voroço, pois embora não me tenha dado mal no Brasil, o certoé que também não encontrei lá nada que me fizesse esquecertudo o que aqui deixei...

A entrevista é cortada, a cada instante, pela. intervenção demais um amigo ou pelas contínuas perguntas das pessoas querodeiam o famoso "crack"...

.— Impressões do Brasil?Enquanto aguardamos a resposta, procuramos verificar se

algumas transformações se operaram em Rogério, durante estesmeses de ausência... Mas, ele é bem o mesmo, que, em julho to-mou um "Constellation", à procura de um melhor futuro, embusca da aventura... O mesmo sorriso quase infantil, o mesmoar desprendido, a mesma fala simples — sem afetação...

Desportivamente — respondeu-nos Rogério — o Brasil éuma grande Nação... Praticam-se todas as modalidades, mas ofootball, como é natural, ocupa as atenções gerais. Joga-se muitoe em toda a parte... No entanto, o football é mais duro do quecá. E, a justificar as suas palavras, o jogador benfiquista afirma-nos: — Como sabe, fui obrigado a ficar na bancada, em muitosdos encontros que o "Botafogo" disputou no campeonato cario-ca. Por isso, tive tempo de sobra para apreciar este c outros as-pectos do football brasileiro...

Havia, naturalmente, que desfiar a historia desta viagem aoBrasil: A, , „ .

Como se deu V. por lá? Por que regressou tao cedo? Compreende... A resposta é difícil. Houve vários fatores

que contribuíram para a minha inadaptação ao meio brasileiro,embora eu próprio não tenha encontrado explicação para o iso-lamento a que me forçaram. ,

E, advinhando a razão do nosso silencio, Rogério prosseguiu:Eu sei que a minha atuação no "Botafogo" tem sido cri-

ficada em Portugal... Estranhou-se que eu tivesse alinhado tãopoucas vezes nacategoria de hon-ra. Talvez nãoacredite, mas averdade é que eupróprio não seipor que motivofui afastado...

E vem a expli-cação mais clara.

— Sempre medei bem com to-dos os jogadoresdo "Botafogo" e,nos treinos, On-dino Vieira, quedirigia a prepa-ração da equipe,fazia -me fre-quentemen-te, grandes elo-gios .. No entan-to, c apesar detodas estas boasvontades, só ali-nhei em cinco jo-gos oficiais-,"*

FRASES CELEBRES DOFOOTBALL BRASILEIRO

"Nem só no campo se vence uma par-tida". (Florita Costa)

"O football tem regras que são as mes-mas no Brasil e na China". (Mario Filho)

"Ah! Mane da Gávea! como as masca-ras atrapalham os clubes". (P. Nunes,não o do Madureira) »

"Não tenho estado com o Gastão, mashei de mirar pelo cano do seu charuto aidéia em marcha". (João Lyra Filho)

"As cadeiras cativas são um conto devigário". (Dão)

"O remédio é meter o Hilton no nego-cio". (Zanoni)

"O Flamengo íoi uma festa futebolís-tica de aniversário da Universidade Ca-tólica do Chile".' (Ari Barroso)

"Barbosa atuou com relativa articula-ção". (Canarinho)

"E' muito mais fácil pegar um menti-roso ou as mentoras das agencias tele-gráficas, que um coxo". (Zé de São Ja-nuario)

"Deus nos dê paciência para aturar asmentiras das agencias telegráficas". —(Cascadura)

"Finalmente, Friaça foi o único que sedesbravou dentro da área". (AyltonFlores)

FIM DO NACIONALISMO NO FOOT-BALL ESPANHOL — Trata-se dc uma in-formação seria. Ei-la, segundo uma cartaque me acaba de enviar Francisco Villegas,aquele antigo meia do Sao Cri.s*.ovão: "Oqu* parece um esgotamento passageiro etambém falta de valores, está obrigando to-dos os clubes espanhóis a reforçar seusteams com profissionais estrangeiros, de pre-ferencia argentinos. Na realidade desde queas autoridades do football espanhol decidi-ram que os clubes poaiam contratar no má-ximo dois jogadores de fora acabando assimcom esse "nacionalismo" imposto ao esportedepois da guerra civil, numerosos profissio-nais do exterior atuam en: Mad'i, Barcelo-na, etc. Basta dizer que em circo quadrosda primeira divisão atuam pre.ventementeseis argentinos e um brasileiro. No Barcelo-na jogam Caffarattl (argentino) e Da Silva(Cabeção), este brasileiro. No Atlético deMadri, o centro-medio Vnküviesc: em Va-lencia, o "pivot" Herrera, cedido temporária-mente ao Mestella (da segunda divisão); noReal de Madri, o center-híif Juan AntônioNavarro e o extrema direita Maneei Rocha,que andou pelo Vasco e deoois jogou em SâoPaulo; e no Desportivo Espanhol, o meiaAnselmo Pisa".

Destes elementos, quiçá alguns sejamdesconhecidos na própria Ai gentil a, pois dalisairam quando eram dema?iatío jovens. Osportenhos contratados presentemente são:Pisa e Manoel Rocha. Pisa tem :Y7 anos deidade e partiu de Buenos Aires com 18. Jo--ou na Itália três temporadas pelo Lazio euma pelo Ambrosiana. Por causa da guerra,partiu para a Espanha em 194"J, de onde se-guiu para Portugal, ingressando logo no Es-toril Praia. Manoel Rocha foi inicialmentedo Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires, pas-sou ao Vasco, esteve em F,ão Paulo, andoupelo Norte e depois rumou a Portugal, atuan-do pelos Belenenses. È, atualmente, o joga-dor sul-americano de malc** caitaz na Espa-nha, e seu contrato está avaliado em 200.000pesetas anuais.

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UM CAMINHÃO POR CONTRATO... — A figura do arqueiro Pianoski já se tomouconhecida dos torcedores brasileiros por diferentes razões Em primeiro lugar, porque setrata, realmente, de um bom keeper; em segundo, e em conseqüência disso, pelo fato deter entrado nas cogitações de alguns dos nossas maiores clubes, como Botafogo, Vasco eFlunünense. Esteve por se enganjar ao Botafogo, que foi, na verdade, aquele que maisperto esteve de contratá-lo. Mas o Botafogo acabou desistindo de Pianoski, dado as exi-gencias formuladas por Pianoski: um automóvel Crysler tipo 48, cama, comida e ordenadode dois mil e quinhentos cruzeiros...

Não faz muito o Fluminense iniciou demarches para conquistá-lo, mas Pianoski cedodesencantou seu pretendente, sob a alegação de que havia reformado compromisso com oFerroviário, mediante prêmio de um caminhão...

Em dois anos, como se vê, os sonhos de Pianoski continuaram rodando sobre {meus.Com a diferença, apenas, de que as carroceries e que não evoluíram..,

MM

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Página 12 Sexta-feira, 5 de março de 1948 O GLOBO SPORTIVO

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|f\ ,'. TEPARA A SINCERIDADE DOS CLUBES

O NOVO REGULAMENTO GERAL DA F. M. F. PODERÁ

CESSAR COM A ESPECULAÇÃO NA "BOLSA DOS

CRAKS" - NENHUM PASSE CUSTARA' MAIS DE SES-

SENTA MIL CRUZEIROS E NENHUM JOGADOR PO-

DERA' PEDIR MAIS DO QUE ESSA IMPORTÂNCIA POR

UM ANO DE CONTRATO -

De CARLOS ARÊAS

Não há dúvida que até agora os clubes profissionalistas do Rio de

Janeiro, vinham trilhando um caminho errado nessa questão de ajuste

de jogadores. Conseqüência natural da precipitação com que foi lan-

çado o regime em 1933, sem um estudo mais acurado, sem bases esta-

prevalecia no terreno das ofertas, mas de outro lado esses" próprios não

numa competição desenfreada, em que de urn fado a lei do mais riço

?rava!scia no terreno das ofertas, mas de outro lado esses próprios não

»e sentiam garantidos para reter em suas fileiras os cracks desejados. A

valorização crescente dos cracks, por força justamente dessa competi-•ção sem um critério de equilíbrio e de bom senso, estava levando os

ílubes às situações mais difíceis. Quando, em 1936, Domingos da Guia'irrrrau um contrato de nove meses com o Flamengo por cinqüenta mil

cruzeiros, foi um escândalo na praça. Nunca se havia pago tanto di-

nhe:ro por um só jogador. E era um Domingos da Guia, crack da sele-

çào brasileira, campeão nacional, campeão uruguaio e campeão argen-tino. Hoje qualquer Pé de Samba ou qualquer Repeteco, não exige me-

nos de cem mil cruzeiros e os clubes acham ainda que o rapaz está pe-dindo pouco. Cabe dizer também que não só a super-valorização do

crack, mas também a falta de sinceridade e de compreensão existente

entre os clubes tem contribuído para a situação dificil de muitos em va-

rias ocasiões e entravado o desenvolvimento do nosso profissionalismofutebolístico dentro de normas mais sadias. Essa falta de sinceridade queconsiste na aliciação às ocultas dos jogadores, enquanto de frente os

paredros juram de uns para outros que absolutamente jamais os seus

clubes se interessaram por tais e quais cracks, e que quando se interes-

sarsem iriam procurar diretamente os co-irmãos para resolverem leal-

mente o caso. . . Essa falta de compreensão que leva os clubes a for-morem um plante! de trinta a quarenta jogadores, sem dar vez a queos clubes menos favorecidos, possam tombem adquirir osseus craquezinhos incipientes ou de segunda mão. Essa faltade compreensão ainda que leva os clubes a exigirem mun-dos e fundos pelo passe de um jogador que nada Ihescustouou qde no momento não lhes interessa, que iria ficar "encos-

fado" mas que não pode ser cedido por menos de uma ouduas ou três centenas de milhares de cruzeiros.

NOVOS RUMOS - PREÇO-TETO PARA AS LUVAS EPARA OS PASSES "

Ao que parece, porem, este ano, os clubes, talvez sen-

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O Vasco cobrou quinhentos mil cruzeiros ao Flamengopelo "passe" de Jair. Pelo disposto 7io novo RegulamentoGeral da F.M.F. só o poderia vender por sessenta mil cru-zeiros. Ou então ficaria com o jogador pelo resto da vida,

de acordo com o parágrafo único do artigo 51

k,°mm

Heleno atéagora não te-ve preço parao seu passe.Tem. ido dosseiscentos ynilcruzeiros atéu m milhão.

V a m o s verpelo novo Re-

gulamentoGeral se che-gará ou não oseu dia dossessenta mil

cruzeirosapenas

tindo o peso dos desregramenfos em que têm vivido tantos e tantosanos, resolveram tentar novos rumos para o profissionalismo ca-rioca. Nesse sentido pelo menos o novo Regulamento Geral daFederação Metropolitana de Football traz em seu bojo disposiçõesnovas e interessantes que regulam os assuntos de luvas e passes,de forma mais tranquilizadora para os clubes. Assim é que o para-grafo único do artigo 30. estabelece o preço-teto de sessenta milcruzeiros de luvas por ano de contrato, dizendo textualmente :

"Atleta algum poderá receber anualmente, como bonificação, mais de sessenta milcruzeiros (Ct$ 60.000,00) e nem ordenado mensal superior a dois mil cruzeiros (Cr$2.000,00)". E os artigos 49 e seus parágrafos, e 51 e seu parágrafo único, regu-Iam a questão do passe, limitando-o também num máximo de sessenta mil cruzeiros.Diz o artigo 49.- "A transferencia de atletas sem atestado liberatorio, será conce-dida respeitado o direito de preferencia que é reconhecido à associação de origem,até o máximo previsto no parágrafo único do artigo 30 e subor_inar-se-á a apre-sentação de documentos firmados pelos presidentes das associações interessadas".Parágrafo 1.° — Se a proposta da associação interessada apenas consistir em pa-gamento de ordenado, é assegurado à associação de origem o direito para reno-vor o contrato desde que lhe pague o ordenado idêntico o qual não poderá ser su-perior a dois mil cruzeiros (Cr$ 2.000,00). Parágrafo 5.° — Caso nâo interesse à as-rociação -}e origem se «utilizar da preferencia que lhe assiste, ou não concorde oatleta com a proposta que lhe for oferecida por intermédio da Federaçãodentro do prazo de sessenta dias, O PREÇO MÁXIMO DO SEU ATESTADO LIBERA-TORIO será o dobro da bonificação constante dessa mesma proposta ou seis mesesde ordenado, se na proposta não houver bonificação, respeitado o mfnimo de cinco

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 5 de março de 7948 Página 13

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mil cruzeiros e RESSALVADO O DIS-POSTO NO PARÁGRAFO ÚNICODO ART. 51". Di? o artigo 51 .-

"Des-

de que cfcassociação remeta, por in-termedio da Federação à C. B. D.,dentro dos sessenta dias subsequentesà terminação do contrato, a propôs-ta que apresentou ao atleta e estedeixe de manifestar-se ou manifes-te-se contrariamente, fica para efel-to de transferencia, mantido o vir,culo entre as partes interessadas nocontrato extinto. Parágrafo único: Sra proposta contiver o máximo previs-to no parágrafo único do art, 30, í -

ca o atleta fora de quaisquer cog-íações por parte de outras associa-

ções para o efeito de transferencia".UM

"TEST" PARA A SINCERIDADEDOS CLUBES

Como se verifica dos dispositivo:transcritos, o novo Regulamento ces-sa com a especulação de clube paraclube e de jogador para clubes. Ne-nhuma transferencia, vale dizer ne-nhum "passe", custará mais de ses-senta mil cruzeiros. Nenhum jogadorcustará mais de sessenta mil cruzei-ros por um ano de contrato. Pelo?novos dispositivos legais acabar-se-ão as exigências absurdas de qui-nhentas mil cruzeiros por um

"passe"

ou de quarenta mi! cruzeiros pela re-novação de um contrato. Mas é ne-cessario frisar-se, e aí é que pega ocarro, que tais dispositivos só terão

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Norival custou duzentos mil cruzeiros ao Flamengo, só de"passe", quando deixou o Fluminense. Foi na época consi-derado um absurdo

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Duzentos e cinqüenta mil cruzeiros em dinheiro e dois jo-gos amistosos com renda dividida foi quanto o Vasco pa-gou por Danilo ao América. Todas essas ilustrações servempara exemplificar a orgia de cifras em que vem se deba-tendo os clubes na conquista dos grandes jogadores. Orgia

que o novo Regulamento pretende e poderá acabar

força, só serão realmente eficientes, se os clubes se dispuserem acumpri-los e fazê-los cumprir, lisamente, honestamente, sem o re-curso tão corriqueiro e desmoralizado!- de até agora, do

"cambio

negro". Isto é, do "tanto

por fora", das luvas extras que não fi-

guram nos contratos. De que adiantará, em beneficio da moraldesportiva, um clube fixar ho contrato oferecido ao jogador aimportância legal de sessenta mil cruzeiros e pagar-lhe por forasfem constar do documento oficial cem ou duzentos mil ? O novoRegulamento Geral da F.M.F. nos seus dispositivos sobre luvase passes, valerá assim por um verdadeiro

"test" para a sinceri-

dade dos clubes. Se todos os respeitarem verdadeiramente .football profissional do Rio de janeiro virá a viver dias me. •

compensadores. Não para este ano, em que os maiores conto»*-tos já foram assinados e não podem ser alterados, mas paro ¦> ¦•

seguintes, por certo.LEGISLADORES EM CAUSA PRÓPRIA

Em tudo isso, porem, há um detalhe que não poderá deix«rde ser reparado. E' a absoluta inferioridade em que ficaram os

jogadores perante os dubes para um ato comum a uns e outros.Em verdade os profissionais de football não foram ouvidos nem

DomingOS da Guia teve uma verdadeira consagração populafquandochegou a São Paulo,paraoB*.rtntians. E custara a "bagatela" de 700 mil cruzeiros. Fot e ainda é o recorde das transferencias no

Brasil

cheirados, como se d«ná giria, nessa questãoda fixação de direitos eobrigações deíes paracom os clubes e dos clu-bes para eom 06 dubes.As associações., única-mente as associações, éque legislando em cau-sa própria determina-r*«m tudo, especificaramtu_o. E o resultado éesse que se vê, uma le-gkkaçêo íeda em favordos dübes. A ponto depo^ofem efoe prenderum jq^odor por todo a(€one*.i *. néQ, __g..v<

P___*CONTAS CORRENTES

POPULARES

LIMITECr$

60.000,00JUROS-^

BANCOd&EtAMARE S/A^ÁV. Í3 DE MAIO, AT

RUA MARIA FREITAS, 155!

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Sexfa-fe/ra, 5 cie março de 7 948Página 14

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O GLOBO SPORT/VO

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ZOE AUN CANDIDATA-SE AO TÍTULO COM 16 ANOS - LEVANTOU CINCO TÍTULOS NACIONAIS NORTE-AMERICANOS - CO-

MECOU A SALTAR AOS 3 ANOS - E JA' GANHOU UM CAMPEONATO COM A MÃO FRATURADAIK.1V* .lU^.g''!-.'S"."-*""'-".?pM^W-p--!*!lfc- *"

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A Umrá adolescente áe 1G anos, que representa-ré os Estados Unidos no campeonato olímpico* de saltos

A mais extraordinária saltadora americana 6 uma loura,de olhos verdes e corpo bem proporcionado, da Kscola Se-cmuíária de Okland, na Califórnia. Com apenas 16 anosde idade, Zoe ,Ynn Olsen é vencedora de um campeonatointerno de saltos de plataforma, dois campeonatos nacio-nais de saltos dc trampolim e uma das prováveis campeãsdas Olimpíadas de 1948.

Vinda do Estado de Iowa, Zoe Anu foi, pelos dois ulti-mos anos, indicada Rela Costa do Pacífico para receber o"Troféu James E. Sullivan", que é conferido aos mais com-pldto atleta amador dos Estados Unidos. Alem disso, par-tiçijigp dos três últimos campeonatos dos campeões ame-ricanps de saltos dc trampolim e plataforma. O seu maisexpressivo triunfo alcançou, porem, na primavera passada.

GANHOU COM A MAO ESQUERDA QUEBRADA!Enquanto praticava salto mortal, com torsão-c-nuüa do

corpo, um mês antes do campeonato nacional em piscinacomeria, sua mãe direita bateu na tábua do trampolim,ocasionando fratura em duas parte. Foi condenada a umainativadade de três semanas. Mas quatro dias antes docampeonato, recomeçou os treinos com sua mão engessa-da, protegida com um aparelho de vidro a prova dágua.Proibida de inscrever-se na competição de saltos de plata-forma, entrou no campeonato dc saltos de trampolim.Apesar das dores e do "handicap" bateu sua mais seria rivalpor uma expressiva diferença de 20 pontos.

Zòe Ann começou a praticar o seu esporte favorito aostrês anos de idade. Cansada dos ensaios, pulou do segundoandar de sua casa para cair num monte de cinzas. Umaespécie de menina-prodigio, aprendeu também a tocar vio-lino, piano, clarinete, natação, hipismo, canto e declama-ção dramática. Sonha com uma carreira cinematográfica,toas desde que viu Geórgia Coleman e Marjorie Gestriug,•á dez anos atrás, entregou-se de corpo e alma aos saltos.Começou ganhando campeonatos cm Iowa, aos íl anos deiBaiie. Aos 12 participou de sua primeira competição na-•ional, levantando o título máximo de sua pátria, pela pri-fcseira vos, aos 14 anos.

TESTE PARA A SINCERIDADEDOS CLUBES

(Conclusão da pág. anterior)vida, no caso de um desaguisado. E' o parágrafoúnico do art. 5), que acima transcrevemos, que dizque quando o clube fizer a proposta máxima dalei, sessenta mil cruzeiros por ano (parágrafo úni-co do art. 30) FICA O ATLETA FORA DE QUAIS-QUER COGITAÇÕES POR PARTE DE OUTRAS AS-SOCIAÇÕES PARA EFEITO DE TRANSFERENCIA.Vale dizer que oferecendo o máximo da Lei ao seuatleta, o clube o colocará imediatamente fora de.leilão. Nenhuma outra associação poderá fazer-lhequalquer proposta, já que dentro da lei essa nãopoderá ser maior do que a do clube ao qual estávinculado. E o jogador tem mesmo que assinar con-trato com o clube que o retém ou então deixar dejogar football. Esse "monstrengozinho"

da lei éuma conseqüência da legislação em causa própriafeita pelos clubes. Tivessem os jogadores por in-termedio do seu sindicato ou associação de classesolicitado permissão para entrar no debate daquestão de contratos, quando se procedia à revi-íão da lei, talvez pudessem ter conseguido melho-rar as coisas para o seu lado. Apesar de que, aquientr© nós e que ninguém nos leia, não acredita-mos rmiito que os senhores dos clubes tivessem da-d© permissão para que os jogadores fossem repre-sentados nessa parte da lei que ihes interessava

Sf§© ds perto. Não acreditamos, muito embora sai-feamos que o Brasil é uma democracia, sim uma"big" democracia de vale-tudo...

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Vemo-la ao alto, em plc?ia execução do soltomortal com, torsão-e-meia do corpo. No fia-grante acima, já iniciou a última -fase do salto.Em bai.ro, demonstrando soberbo controle paraobter o equilíbrio do corpo, Zoe Ann prepara-se para atingir a superfície da cyjv"

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Page 15: .' ., ' aV-X æ •, - VUX- • /'f - BNmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1948_00493.pdfImprensa aos entusiastas tripulantes eme souberam, com arrojo e arte marinheira, levar a em-barcação

O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 5 de março dt 1948 Página 15

N0 TORNEIO DOS CAMPEÕES

'/T0HM DA D tA GON ALSANTIAGO, fevereiro (De Ricardo Serran, especial para O GLOBO SPOR-

ItpiVO- — Quem ainda tivesse dúvidas sobre a vantagem da diagonal sobre os antigosisistemas táticos no footbail, a resposta estaria no desenrolar da peleja Vasco x Mu-

nicipal, realizada na quinta rodada do Torneio dos Campeões. De um lado, o cam-peão carioca, o Vasco da Gama, integrado por alguns dos melhores ases ao footbailmetropolitano, e de outro o Municipal de Lima, clube que nunca obteve colocaçãoabaixo do segundo posto, nos certames da capital peruana. Os bras:Jeiros, orientadosper Fiavio Costa, o maior técnico dos que atuam no Brasil, contra cs peruanos, di-rígidos por Valdevieso, antigo arqueiro e possuidor de grande cartel desportivo. EFiavio, mais uma vez, teve oportunidade de ver vitoriosa a sua formação de jogo,baseada na marcação de homem por homem, dentro do já tradicional sis.ema dia-gonal. Valdevieso, em contraste, ainda usa o clássico ataque em ' W" e os defen-gores marcando de longe.

CONSAGRAÇÃO DA DIAGONAL

Andam por aí uns líricos doutrinando sobre footbail, extravasando bi'is em co-mentarios sem conta, buscando explicações para os sucessos do Vasco. Pretendem,por despeito ou por bairrismo, (que também é um sentimento tolo), esconder o êxitoda campanha cruzmaltina, situando-a como nascida de "chance" apenas. Natural-mente a obrigação de dizer alguma coisa obriga-os a errar, já aue nno lhes resta ou-

Itra alternativa. Lançem-se agora sobre o técnico, concentrando sob^e Fiavio os ata-íques criados por maguas nunca esquecidas. Há os que ainda «^tão zangados porque1 determinado player preferiu trocar de clube, como há os que querem organizarIscratches e team sem possuir qualidades para tanto. E como não gostam^de Fiavio,|v.?am o Vasco como alvo para ataques mal escondidos. É lamer.tave" que o clubismo

t. — repito — o bairrismo surjam numa hora em que uma equipe brasileira fazmuito pelo esporte de sua terra. Sim, porque afinal as vitorias do Vasco não sãosomente dos vascainos, pois pertencem a todos os que formam com o clube de S^oJanuário a organização esportiva do país. Não pretendemos que certos observadores(será que o termo está justo?) entendam isso, pois é uma verdade tãc cristalinaque fazemos justiça de acreditar que até eles já a tenham percebido. Assim, pedindodesculpas aos descontentes, afirmamos que acontece em Santiago a corsagração da[diagonal, o sistema de jego criado por Fiavio Costa. É cedo para di?er que seremosos maiores entre todos, mas podemos provar que formamos entre us que mais po-derio possuem.

VITORIA INSOFISMÁVELContra o Litoral, por sinal um quadro muito melhor do que o praprio scratch

boliviano, o Vasco não foi muito feliz, embora vencendo. 2x1 foi una contagem queesteve aquém do mérito da equipe campeã invicta do Rio. Já no match seguinte,contra o famoso esquadrão do Nacional (quase o scratch uruguaio), o Vasco mostrouparte de sua forçai, impondo aos olímpicos uma contagem convincente — 4x1. E veioo terceiro compromisso, contra o Municipal de Lima. A equipe peruana era, atéo instante do match, a que melhor footbail apresentara, dentro do critério de footbailespetáculo. Atuando contra os uruguaios, os do Municipal merecerarr elog:os de todaa imprensa chilena, pois haviam perdido o match graças à tradicional bo;i vontadedo juiz argentino Forte para com os adversários. E, no encontro com o River, osperuanos obrigaram os argentinos a cair na defensiva durante toda a pnr.itira fase,depois de sensacional exibição. No segundo período, embora cedesse n áoU goals, osvice-campeões do Peru atuaram de igual para igual nas ações doutro da cancha.Os argentinos confessaram que tinham sido surpreendidos pela classe dde conten-dores. No jogo com o Vasco, este era o favorito, mas não foram poucos cs observa-dores locais que acreditavam na possibilidade de sucesso do onze peruano.

VITORIA INSOFISMÁVELContra o Nacional e o River, ambos atuando sem métodos defensivos modernos,

cs peruanos haviam feito muito. É verdade que o campeão argentino já se estáadaptando à diagonal, ainda que o centro-medio não tenha a mesma missão dosbrasileiros. Certo que justamente pela liberdade de ação dada a Rossi, o center-half do River, pôde Mosquera, o organizador dos ataques do Munic'pal, criar situa-Coes difíceis para a meta de Grisette. Faltava ao Municipal a prova de fogo contrafi diagonal, como a esta o batismo contra um quadro que agia cem por cento obe-decendo a antigos métodos de jogo. E levou a melhor o Vasco. Venceu de maneirainsofismável, provando a cada momento que o seu sistema tático era o rmns per-

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TOSO - NACIONAL 3 x EL LITORAL 1, NA PRELIMINAR

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Desfila o Vasco na noite inaugural do Torneio dos Campeões

feito, pois o ataque peruano ficou manietado, tendo poucas oportunidades de ch»-gar até Barbcsa. O arqueiro brasileiro e o seu substituto, Barqueta. não fizeram m?*"do que três defes«ns. È bom assinalar que Barqueta nem chegou" a tocar r.a pelo""-»e Barbosa teve de se empregar a fundo somente num lance.

SEM AÇÃO OS PERUANOSO que se viu durante quase todo o match foi os peruanos impedidos de fazer

troca de passes e recuando muito para evitar um score alarmante. Na primeira ins»ainda conseguiram manter o placard de 1x0, mas já na metade do perio io final ti-veram qué se conformar com uma contagem elevada, 4x0. Todos .->s jornais chile-nos, em seus comentários sobre o match, afirmaram que a tática vascaina tinha sido"aplastante". Em nenhum momento da peleja houve dúvidas sobre qual seria ovencedor. O 1x0 do primeiro tempo, ao contrario do que acontece em score aper-tado, era apenas o anuncio de que outros goals viriam, como realmerte vieram.Isso contra um team que brilhava no Torneio dos Campeões foi talvez a maiorvitoria do Vasco no certame de Santiago.

OS TRÊS GRANDES DO VASCONa equipe vencedora, Rafanelli, Djalma e Friaça foram os valores que mau.

se destacaram. O zagueiro apareceu como nos seus melhores tempos, ganhando mes-mo o antigo lugar de titular da equipe. Djalma foi o cérebro do ataque, onde Friaçaagia com coragem sem nome. Os três foram figuras que mereceram elogios de to-dos, pelo muito que fizeram pelo sucesso do team. Lelé, que reaparecia depois deseria contusão no joelho, não pôde realizar performance convincente mas ainda as-sim foi o autor do tento de abertura da contagem. Danilo, melhor do que nas vezesanteriores, mas ainda assim sem ser o Danilo dos campos cariocas. Jorge seguro eEly de regular até ótimo, com o transcorrer do jogo. Wilson cumpriu o seu papelsem espetaculosidade. Barbosa pouco trabalho teve e Barqueta não precisou fazeruma defesa nos quatorze minutos em que esteve na cancha. Na ofensiva, Manecatrabalhando muito e Ismael idem. Chico é que esteve numa noite de grande infe-ücidade, errando uma serie de chutes ao arco Dimas, que entrou no lugar dfc Ma-neca, pouco teve que fazer.

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Apenas "chance", as vitorias do Vowco?

TEAMS, JUIZ E RENDA

Os teams eram estes: VASCO — Barbosa(Barqueta), Wilson e Rafanelli E.y, Danilo eJorge; Djalma, Maneca (Dimas), Fi iaça, Lelé(Ismael) e Chico. MUNICIPAL — Suarez, Ca-vadas e Perales; Colunga, Castillo e Celli (Ruiz);Loret de Molla (Navarreta), Mo«quera -'.Drago),Drago (Valeriano Lopez), Guzman e Torres.

O juiz foi o chileno White, outra negaçãoda Federação local. Errou durante todo o match,apitando tudo sem saber porque. Part-cra, semexagero, um velho guarda-noturno espantandoo tédio...

A renda foi de 375.000 pesos, a menor docertame. Os goals foram feitos nesta ordem:Lelé, aos 13 minutos da primeira fake: Friaça,aos 13; Ismael, aos 16; e novamente Fraca, aos25, todos no período final.

O MATCH PRELIMINAR

No jogo preliminar jogaram Ei Litoral, daBolívia, e Nacional, do Uruguai. Venceram osuruguaios por 3x1, sem maiores esforços. AtilioGarcia fez os três goals do campeão orientale Gutierrez o único tento boliviano.

Os teams eram os seguintes NACIONAL —Paz, Raul Pini e Tejera; Gambetta. RodolphoPini (Galvalissi) e Cajiga; Castro, Walter Go-mes (José Walter), Atilio Garcia, Josc Garciae Orlandi. EL LITORAL — Gafun, Bagu eAraoz (Bustamante); C«alderon, Valencia *

(Iba-nez) e Vargas; Algaranez. Guiierre?, Coparell^,Rodriguez e Orgaz.

Juiz, o argentino Forte, que teve boa atuação.-

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