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L

19.° anno

ASMIGNATl'KA EM LISBOA

* • Jnn réis Nuncios: linha, 20 réis; na l.«

Ivnfsn * pagina, 100 réis; no corpo do "S1- „ » Jornal com travessao, 60 réis.

*drS ^ 6 outros artiS'0S contractam-se na

Domingo lli de novembro de «890

EDITOR RESPONSÁVEL: José Maria Baptista de Carvalho béde da redacçao, administração, typographia e impres-

sao, travessa da Queimada, 35—Lisboa.

© numero lelephonicodes-

le jornal é 462.

I)r. Alves Crespo

I aliando dos medicos que culti-

vam as lettras. escrevia o nosso

collcga Alberto Pimentel na ultima

«revista da semana», do «Economis-

ta», a proposito do poema «Annila»,

publicado recentemente pelo sr. dr

F. L. da Fonseca Junior:

«Pois que! O medico havia de íi- car sendo eternamente o famoso

«doutor da mula ruça», de que já o

Chiado nos falia no «Auto das rega-

teiras»? ou ainda o bonacheirão

João Semana, modelado n aquelle

typo primitivo, em que Julio Diniz,

nas «Pupillas do sr. reitor», perso-

nificou o proto-medicato?

«Então a sciencia havia de passar

por uma evolução profunda. Pasteur

c Armand Gautier haviam de lançar

á circulação a nova doutrina da mi-

crobologia; o dr. Koch havia de con-

seguir isolar o bacillo tuberculoso

que, apesar de resistir energica-

mente aos agentes antisepticos, pa-

jeceque não poderá resistir ao dr.

Koch; havíamos de chegar á con-

vicção de que vivemos n'uma at-

mosphera de míero-organismos

de proto-organismos deieterios

infecciosos; havíamos de chegar »

saber que o nosso organismo e uma

fabrica de venenos, porque a cellu- la viva segrega productos toxicos.

>orta elimi ' V I't lUAItUD,

que importa eliminar, e a individua-

lidade do medico, cujo espirito

acompanha de perto estas prodigio-

sas evoluções da medicina, não ha- via de transformar-se ella propria,

de modillcar-se, de refundir-se, de

poetisar-se a si mesma alteando-se ás mais elevadas concepções do es-

pirito humano?

«Havíamos de ver emigrar as por vezes grosseiras theorias da escola de Salerno, bater em retirada a an-

tiga medicina aphorimastica, para

dar logara uma sciencia integral-

mente refundida, e o medico, o sa-

cerdote da medicina, havia de ficar

agarrado unicamente ao seu latim,

quando muito ao seu grego, sem

consumir papel que não fosse gara-

tujado nos geroglifleos dos seus «re-

cipes»?

«Não podia ser, santo Deus! 0

medico acompanhou a medicina,

elevou-se como ella. espiritualisou- se respirando o perfume das mais

delicadas formas litterarias.

«Se os senhores acabarem de ler

a cartilha poética da escola de Sa-

lerno, na traducção metrificada de

Dufour de la Crespeliére, e passa-

rem a ler qualquer das lições de

Dujardin-Beaumetz, o Octávio Feuil- let da medicina, reconhecerão for-

çadamente que o medico moderno

adquiriu também foros de escriptor

grave e elegante, de poeta da scien-

cia. até.

«Uma vez experimentada a penna.

adquirido o gosto littcj^írio. o medi-

co tornou-se apto para saltar dos

limites austeros da sciencia para o

dominio propriamente dito da litte-

ratura.

«E' o que se tem visto, e o que

está demonstrado.

«Pois não temos ahi tres escripto-

res medicos. Thomaz de Carvalho.

Bettencourt Rodrigues, Teixeira de

Queiroz? Não tivemos Junio Diniz e

Silva Gayo? Não temos Alves Cres-

Ío, um poeta? Não temos Ferre

arol, um jornalista? Não acabamos

de ver publicado um poema, «Anni

la«, do sr. F. L. da Fonseca Junior,

um especialista muito distmeto, que

consagra os seus ocios ás bellas

lettras?»

Estas considerações são extrema-

mente opportunas como prefacio ao

artigo biographico qne hoje deve

acompanhar o retrato do dr. Alves Crespo, um distinctissimo medico

«double» de um poeta delicadíssimo.

« # *

Joaquim Pedro Alves Crespo nas-

ceu na Marinha Grande, districto de

Leirial em 1847. Pertence a uma fa- mília illustre, que nor varias vezes

tem figurado na politica do paiz.

Cursou preparatórios em Coimbra

e Lisboa, destinando-se desde ver-

des annos á carreira medica.

Matriculado na Escola Medico-

Cirurgica da capital, ahi defendeu

these inaugural em 1871, tomando

por assumpto os aneurysmas arte-

rio-venosos.

Foram, seus condiscípulos, entre

outros, os seus e nossos amigos

Clemente dos Santos, Alfredo Schultz

c Agostinho Lucio da Silva.

Logo depois de formado, o dr.

ves Crespo, modestíssimo por in-

dole, abandonou a vida da capital

para se retirar á clinica da provín- cia, indo fixar domicilio na villa da

Ericeira, onde desde então tem exercido os cargos de medico do

partido municipal e de guarda-mór

de saúde.

ali estimadíssimo, profunda-

mente _ respeitado, quasi adorado, lia razao para isso. Poucos o exce-

derão na dedicação com que assiste

aos enfermos que o chamam, na ab-

negação com que procura salvai os,

descurando os seus proprios inte resses para todo se absorver n essa

obra meritória. Não é apenas um

medico, um assistente; é também,

e principalmente, um amigo, um

enfermeiro zelosíssimo. Como medico, a sua reputação

esta solidamente firmada. Todos'os

seus collegas de Lisboa lhe fazem

a devida justiça. Se está em perigo

um doente na Ericeira, a mais de

um clinico da capital temos ouvido

dizer: «Tem lá o Crespo; está bem

entregue.»

Como escriptor, Alves Crespo, «a

auem as musas não fazem damno»

e um poeta mimoso, de uma natu-

r?;.,u.a1cle

J delicada e maviosa. Tem alílnidades litterarias com Campo- amor, que adora com vivo enthu-

siasmo. havendo traduzido com pri- mor algumas das mais sentidas

«doloras» d esse eminente poeta

hpspanhol.

Alves Crespo não é um ambicioso

de gloria, não tem, por esse motivo,

reunido ainda em volume as suas

bellas poesias lyricas, que se acham

disseminadas por muitos periodicos do paiz, taes como «Civilisaçao». de

Coimbra, _ «Fructos académicos»

«Revolução de Setembro», etc. N este ultimo jornal publicou em

tempo, se não estamos em erro, a

traducção de algumas scenas do «Roi s amuse» de Victor Hugo.

Lembra-nos que essa versão nos causou uma impressão extrema-

mente agradavel.

Queremos dar um «specimen» da

musa singela e graciosa de Alves

Crespo, para que o leitor possa ajuizar da maneira litteraria d este

joeta tao modesto quanto talentoso

SAUDADE

—Vês estes louros cabelios Tão gentilmente enlaçados?

Nao cançam olhos por vèl-os.

lao lindos são!

—Foram dados? —horam. .Ninguém imagina

Como eu adoro esta trança!..

—Que fogo os olhos te anima!

Talvez...

—Foi uma creança Qu< m, pobre anjo, coitado!

Esta trancinha me deu. -

—Mas hoje o anjo adorado...

— Ma entre os anjos do ceu!

—Morreu?—

—Morreu!

. , . . — K a lembrança Inda em teu peito rebrilha! —

—E que a innocente creança*

Sabes?., «era minha filha.. »

ASSfcttftATUBA NAft PROVÍNCIA»

I mezes, pagamento adiantado U150

A. correspondência sobre administração, a Rodri-

£ 35, "e."m£reir0 Zi*a"°' lravess1^ Queima-

Numero 8:331

loterias

Adeante vae convite de Anto-

nio Ignacio da Fonseca, para as

próximas loterias de Madrid, que

se effectuam antes da do Natal.

Pianos melodicos

0 melhor instrumento me-

cânico

icabam de c lies; ar

Lambertini & Irmão

IS, Praça dos Restauradores, 49

O bacharel Frederico

Arouca reabriu o *eu

ewcriptorio de advogado

na rua de S. Julião. 194,

1.°

DR. MELLO PCT

tica nos hospitaes homeopáticos.

Consultório especial de medicina

homeopatica: 12 ás 2 h. R. das

Chagas, 22.

Em poucas linhas

Deixem lá fatiar quem falia:

O mais louco epicurista

Tem sempre um ente adorado

Que aos devaneios lhe assista!

—Em prosa vil: com que então os

progressistas augmentaram em 4:081 contos os encargos da divida pu-

blica!

—De Josep Roux:—O que é amor?

Duas almas e uma carne. A amisa-

aei Dois corpos, e uma alma.

XVIII—A'8 vezes éde velludo

Em phrases, dictos. his-

torias: De repente, trovoada...

E' tal e qual mesmo o

Borias.

A toil Ton jours à toil Mentiria Vi-

verso? ° í'uam*° escreveu este

—De Gonçalves Crespo:

Tem cinco letras somente

O teu nome de Maria;

São mais lindos que as est relias

Teus erros de orthographia,

1 k»t4«rOPOLlTA.

A irmandade da Conceição da

Casa, erecta na freguezia das

Merces, celebra a festividade do

seu orago no dia 28 do proximo

mez, por instrumental.

Telegrammas do Porto

PORTO, 15, ÍB 2 b. 50 t.-Ao

Otário íllustrado.

O banquete de hoje dos brazi-

leiros nato?, no Palacio de Crys-

tal, será de poucos talheres.

O jornal «A Republica» enviou

ao general Deodoro da Fonseca

telegramma de felicitação.

—Foi levantado no bairro orien-

tal auto sobre o abandono de va-

rias creanças nos portaes, sendo

por este motivo Retidas no Aljube

uma crcada e a màe de uma

creança.

R.

Amanha festeja-se na egreja

da Conceição Velha S. Joaquim,

orando o rev. dr. Lopes da Sil-

va.

Thealro Pairei

Hoje, inauguração; grandes es-

pectáculos. Rua de Cascaes, em

Alcantara.

I ara suilragar a alma de seu

marido e filho, recebemos de uma

anonnyma 500 réis, para Rachel

Augusta Borges.

Agradecemos.

DR. JOAQUIM PEDRO ALVES CRESPO

Ramal de Cascaes

Ate que emfim está approvada,

com modificações, a tarifa do ra-

mal de Cascaes.

Está pois para breve a ligação

de Pedrouços com o Rocio.

A irmandade do Santíssimo da

freguezia das Mercês resolveu fa-

zer as festividades da Semana

Santa no proximo futuro anno.

Deu hontem entrada no hospi-

tal de Rilhafolles ama irmã hos-

pitaleira do Convento das Trinas

de Mocambo, de nome Thereza de

Jesus, e que conta 58 annos de

edade.

Pelo theatro tem Alves Crespo um

enthusiasmo fanatico. Conhece toda a Iitteratura dramaticadonosso paiz.

e ja no theatro de D. Maria se re-

presentou uma finíssima comedia «l m jogo de cartas», de que Alves

Crespo foi applaudidissimo auctor

Ja por duas ve;es percorreu a

Europa visitando a Franca, a Italia,

a Suissa, enriquecendo pelas suas

próprias impressões pessoaes um

espirito naturalmente ávido de sa- ber e finamente observador.

Casando com uma senhora illus-

tradissima, filha do conselheiro Mo-

reira, que foi preceptor dos filhos

mais novos da rainha I). Maria II

Alves Crespo vive felicissimo, ora

na sua casa de Mafra, ora na sua

casa da Ericeira, na mais doce paz

de familia que se pode imaginar,

abençoado pela gratidão de lodos os seus doentes.

Bastaria porém a sua propriacons-

ciencia para lhe retribuir em inti-

mas alegrias os solícitos cuidados

com que Alves Crespo tem velado á

cabeceira delcada enfermo.

Hoje, dia da sua festa de annos,

quizemos juntar a nossa voz ao cò-

ro de saudações que em torno d'el-

lese levantam, n urna ovação una-

nime, cm toda a villa da 'Ericeira.

Ephemerides portuguezas

Novembro 16

Faz hoje 29 annos que se reali-

60U o funeral do estimado monar-

ch* D. Pedro V, a quem a histo-

ria denominou o «Esperançoso».

Nunca mouarcha algum teve

maior e mais solemne demonstra-

ção de pezar do que a que Lisboa

dresenciou n'este dia.

OIIRIYBSARIA

RIA AlIREA

GRANDE BARATEZA

SEMPRE NOVIDADES

Objecto* liara brinde*

premiado* na e\po*icâo

do Porto

l&OOO réi* para cima

V a SOARES

& FILHO

ALBERTO

DE

LACERDA

Premiado na Expo*i^

çao Indu*trial Portu-

gueza de 188$.

Cirurgião

Dentista

Cordas Romanas

Resina Gand y Rernardel

O melhor que lia n*e*-

te* artigo*

_J Lambertini & Irmão

43, Praça dos Restauradores, 49

Ordem do exercito

A que hontem se publicou pro-

move a coronel o tenente coronel

de infantaria 16, Rufino da Maia;

a tenente coronel o major Gusta-

vo Ferreira Pinto Basto; a major

o capitão de infanteria 4, Eugénio

\ az Soares; a alferes de caçado-

res 7, o sargento de infanteria 7,

José Antonio Dores; a alferes de

caçadores 10, o sargento de caça-

dores 12, José Calixto Ferreira.

Concede ao dr. José dAzevedo

Castello Branco a exoneração que

pediu de cirurgião mór io exer-

cito.

Nomeia cirurgião ajudante do

exercito o dr. Augusto Carlos Na-

zareth Barbosa.

Reforma o 2.» official da admi-

nistração militar José L. X. Au-

nes.

Pelo ministério da guerra f< i

publicada uma portaria determi-

nando que as commissòes de aju-

dante de campo, addidos militares,

promotor e defensor militar, che-

ie, sub-chefe e ajudante na secre-

taria da guerra, e de governador

e tenente governador das praças

de guerra de 1.» classe nao pos-

sam ser exercidos por mais de 6

annos. Os officiaes que actualmen-

te exercerem qualquer d'essas

commissòes, ha mais de 6 annes,

serão substituídos no praso de 1

anno.

Premiado na Expowi-

çao ( niver*al de Pari*

de l&SO.

Rua do Ouro 100, 1.° E.

Tratamento de Iodas as doen-

ças da boeca

Collocação de dentes

e dentaduras arliOciaes

Despachos de justiça

O sr. dr. Assis Clemente foi

despachado para juiz de direito

da comarca de Portel.

Foram nomeados subdelegados

os srs.: dr. Correia Leitão, para

a Louza; dr. Julio de Lacerda,

para Meda; dr. José Teixeira Go-

mes, para Silves.

O sr. Manuel Maria Pereira foi

demittido de escrivão do juizo de

paz de C. Branco, e substituído

pelo sr. Antonio Fernandes da

Costa.

O sr. José Antonio Destra foi

demittido do officio de contador

na ilha das Flores.

O verdadeiro «modus vivendi»

é cada um calçar da Sapataria

Lisbonense da rua Augusta.

Licenças

Foram concedidas aos srs.: Ne-

ves Barateiro, juiz em Silves;

Mello Alvim, escrivão de direito

em Santa Comba.

Recebedores

Abriu se concurso para as rece-

bedorias das comarcas do Fun-

chal e Albufeira.

Club Recreativo Fraternidade

Largo dos Trigueiros, 20

Hoje, e em 23 do corrente ha

grandes festas em homenagam ao

sr. Antonio Pimenta, thesoureiro

a'este Club.

Telegrammas em deposito

Dr. Antonio Osorio—R. For-

mosa, 15.

Elísio—C. Santo André, 61, 1.'

Ferreira Botelho—R. S. Julião, 1 23, 2.°

Delenne—Consulat Belgique.

Luiz Freeckel—R. Silva Al-

buquerque, 35.

Almeida—R. Augusta, 157.

Guilhermina Brito, expedidora

d um telegramma.

' Adiante vae annuncio da casa

Fonseca, com a sorte grande da

ultima loteria portugueza.

Governadores civis

Vieram hontem publicadas no

«Diário do Governo» a exonera-

ção do sr. visconde de S. Sebas-

tião (Luiz) do cargo de governa-

dor civil de Leiria e a nomeação

do sr. Julio Almada para o refe-

rido logar.

Vieram hontem publicadas as

listas dos substitutos dos juizes

de direito para as comarcas de

Benavente, Cezimbra, Leiria, Tor- res Novas, Villa Viçosa, Pico,

r lores e Villa Franca do Cam-

po. .

Casa Nacional

Gentis leitoras, quereis vestir

com elegancia, fazendas próprias

da estação? Ide á Casa Nacional

da rua larga de S. Roque n.°' 13

e 14 e ali vereis a ultima palavra

em generos de inverno.

O proprietário do estabeleci-

mento convida hoje pelo nosso jor-

nal a visitarem a sua casa.

*oi preso Antonio Francisco

das Aeves, por tentar vender uma

corrente de metal amarello dizen-

do ser de ouro, a Francisco Men-

des, o que não conseguiu em con-

sequência d'este ter gritado por

soccorro, sendo n1essa occasião ag-

gredido com um socco por outro

gatuno que acompanhava o da cor-

rente e que se safou.

O Neves já tem sido preso por

eguaes proezas.

Foi preso o gatuno Francisco

Romão Vieira por se entregar á

vadiagem.

KALENDJMIO ALEGRE

Hontem houve petisqueira

P ra festejar a republica

Brazileira.

Houve petiscos em barda.

Houve libações a esmo.

Ora adeuô! Bellos jantares,

E o apetite é... o mesmo...

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DIAS?© ILLLSTBADO

A questão

ingleza

Toda a vaidade do sr. Barros

Homes, a mais extraordinaria

vaidade que se tem meitido em

corpo de homem portuguez, se

expandia e se requebrava hon-

tem no artigo do Tempo. Não

queremos dizer com isto que s.

ex."1 escreveu o artigo; mas ins-

pirou-o, forneceu as citações, que

tinha arrecadadas na gaveta das

suas gloriolas. Tanto mais isto é

certo, que os artigos assim minu-

ciosos não são e nunca foram a

especialidade do Tempo, que se

apraz em escrever generalisa-

tus, sem se ajustar aos apertos

d'uma polemica miudinha ou

d'um estudo profundo, (iosta de

fazer critica á vara larga, como

lhe caracterisa a escripta um sa-

gaz e ladino jornalista, que todos

nós conhecemos e admiramos

Ora, pois, o artigo a que fa-

zemos referencia não está no fei-

tio do 'Tempo. Talha pelo proces

so do sr. Barros Gomes, e tem o

valor imparcial d'uma certa ora-

ção muito conhecida de Marco

Tullio Cteero...

Na primeira parte o sr. Barros

Gomes, ou o seu official defensor,

trata de mostrar que não lhe vai

culpa alguma na questão ingleza.

A este respeito, a proposito

d'umas notas de Mr. Petre, in-

sertas no Livro Azul, notas de

1888, já nós dissertámos larga-

mente ha uns bons vinte dias. E

cremos que os nossos argumen-

tos ficaram de pé. Quando senos

offcreciara garantias territoriaes,

o illustre progressista respondia

desdenhoso: adiava, retardava,

tergiversava, e, lá quando lhe pa-

recia, atirava com aAllemanha á

cara de Inglaterra, e quedava-se

soberbo, a olhar o effeito produ-

zido.

Ora esse effeito foi o ultimatum

de 11 de janeiro, que o sr. Bar-

ros Gomes acceitou em todas as

suas consequências ás 2 horas da

madrugada, e a que o sr. Bessa-

no Garcia obedeceu immediata-

mente, nas ordens que transmittal

para o governador geral de Mo-

çambique.

Portanto estes factos são hoje

indiscutíveis, desde que o sr.

Barros Gomes não contesta o texto

das notas de Mr. Pe're para lord

Salisbury.

E' na segunda parte do artigo

que o sr. Barros Gomes remeche

e pavoneia as suas vaidades.

Todo se felina, a mostrar-se con-

decorado pela imprensa regene-

radora, porque a proposito da

sua nota, defendendo a creação

do districio do Zumbo, foi elo-

giado sem reservas pela Gazeta

de Portugal, pelo Jornal da Noi-

te, pelo Diário IIlustrado, pela

Esquerda Dynastica e pelo Jor-

nal do Commercio.

E' verdade: nós louvámos o sr.

Barros Gomes: demos-lhe toda a

força nas reivindicações dos nos-

sos direitos. Mais ainda: nas duas

casas do parlamento os chefes

regeneradores apresentaram-lhe

moções dc plena confiança.

Mas estes factos não provam

mais do que a favor das nossas

isempções politicas. Ainda depois

de trez amos de opposiçdo, c em

que foram os perseguidos pelo go-

verno (notem se estes factos, que

não são indifferentes), ainda en-

tão nós púnhamos, nas questões

internacionaes, a politica de par-

te e fortalecíamos o adversario.

Mas.. . qui dinde?Em primei-

ro logar nós, procedendo assim,

fortalecemos o estadista, mas não

incitamos... o poeta. Com a

nossa confiança não iam envoltas

soberbias. No nosso auxilio não

se continham aventuras diplomá-

ticas. Não lhe dissemos que de-

fendesse os nossos direitos citan-

do os Krupps da Allemanha.

Em segundo logar o facto mos-

tra que os regeneradores seguem

processos bem diversos dos pro-

gressistas. Emquanto que estes

pr»em difficuldaddes ao adversa-

rio em questões da honra nacio-

nal, aquelles dão-lhe auxilio, de

que mais tarde os proprios pro-

gressistas se aproveitam nas gaze-

ias em desfavor de quem lh'odeu!

Sim, veja o leitor, vejo o paiz,

as transcripções feitas no Tempo

deexcerptos da Gazeta dc Portu-

gal, do Diário Illustrado e do

Jornal da Noite. Vejo, e compare

com o que se lia ainda ha pouco

mais d'um mez nas columnas dos

jornaes progressistas, e com o que

se lia nas paginas do Dia... na

propria semana em que o sr.

conselheiro Antonio de Serpa foi

chamado a substituir o sr. José

Luciano de Castro!

0 sr. Barros Gomes ou o seu

official defensor vieram, sam

querer, produzir uma brilhante

defeza do partido regenerador e

apresentar uma justificadíssima

accusação aos progressistas.

Pela nossa parte agradecemos

reconhecidos.

Até lhes temos applaudido

coherencia!

a in■

As palavras

de lord Salysbury

Damos em seguida o brinde fei-

to por Lord Salisbury no banque-

te de Lord Mayor. Traduzimol-o

do Times:

«Parece-me, «my lord», que todos

os indícios são de paz, a respeito

dos trabalhos emprehendidos em

Africa.. Desde a ultima vez que me

foi dada a honra de fallar ao vosso

antecessor, temos proseguido n'es-

se trabalho, e sempre com êxito.

«Os accordos com a Franca e com

a Allemanha acham-se ultimados,

tendo-se encetado com a Italia ne-

* *

Oceupando-8e da famosa Liga,

escreve muito sensatamente o nos-

so collega do Globo:

«0 que parece averiguado é que

a Liga é constitu ida ou foi organi-

sadà com elementos militares, e é

especialmente este ponto que mais

preoccupa a attenção d aquelles que

a tomam a serio! Porque sendo, co-

mo se diz, um partido militar, nem

o sr. ministro da guerra a pode con- sentir; nem os partidos militantes a

podem reconhecer; nem o exercito,

que não é nem quer ser politico, a

acceita; nem o paiz a tolera

«Sena a inauguração de uma épo-

ca de pronunciamentos; seria lan-

Sar na desordem e na rivalidade

as armas os elementos que o esta-

do mantém e sustenta para garan-

tirem a ordem; seria quebrar os vín-

culos da disciplina e calcar aos pés

os regulamentos; seria finalmente

acabar com o prestigio das institui-

ções militares e deixar o paiz aban-

donado á audacia do primeiro aven-

tureiro que de espada na mão, qui-

zesse fazer em Portugal o mesmo

que fez o Pavia em Hcspanha e

Cromwel na Inglaterra.»

Nas Novidades encontrámos

hontem o seguinte entrefilet, na

secção—O que se diz:

«Que vae ser publicado na im-

Srensa um documento, que refuta o

esmentido que appareceu na folha

mais ligada com o actual governo a

respeito das relações existentes en-

tre um personagem, que actualmen-

te desempenha altas funcções, e a gociações, que espero serão, dentro direcção d'um centro que ha poucos

de pouco tempo, satisfatoriamente mezes está chamando muito a atten-

resolvidas.

«Quanto ás nossas ne_

com Portugal, embora ellas "não

houvessem ainda chegado a um bom

termo, não quer isso dizer que haja

motivo para apprehensões sinistras.

0 tratado por nós assignado não se

ractillcou, mas obtivemos um ar-

ranjo temporário por seis mezes,

que continua o mesmo tratado ter-

ritorial por esse tempo e deixa am-

bas as partes inteiramente livres,

lindos os seis mezes, para reconsi-

derarem sobre o accordo territorial

existente.

«Devemos confessar que as difii-

culdades encontradas com o reino

de Portugal, são, em parte, devidas

ás difiiculdades próprias do assum-

pto.

«Nós temos de lidar, n este caso

e só n este, com um poder impor-

tante e cada vez maior—uma vasta

população mineira, que pertence ex-

clusivamente ao nosso sangue, que,

ção publica e onde se filiaram lio

meus de todas as proveniências po-

liticas.»

Traduzindo: algum dos mem-

bros da Liga vae publicar um pa-

pel qualquer no sentido de mos-

trar que o Dia fora mal informa-

do, pois que o sr. João Chrysosto-

mo pertencia ao grémio.

Naturalmente são boatos falsos.

*

» •

Mais uma vez se insinua na im-

prensa progressista que ha diver-

gências entre os regeneradores, e

que se preparam varias egregi-

nhas com diversos oráculos.

E' falso; mas o que é verdade é

que nós ouvimos que no partido

progressista é que se preparava a

eserção de muitos dos seus mais

provavelmente, só nós poderíamos importantes membros, ficando uns

governar e que, sob o governo por-1 com o sr. Vaz Preto e formando

tuguez, de certo não apresentaria j 0Utr08 partido novo com o sr. Ma

uma ideal feição de harmonia e de •

concordia. (Riso). Mas a difíiculdade , nan0 de Carvalho,

de reconciliar pretensões tradicio-

naes e históricas na sua origem, se-

ja qual for o seu valor, com as ne-

cessidades absolutas, nascidas d'a-

quelle desenvolvimento de uma no-

va industria e de uma vasta popu-

lação, justifica bem a morosidade .... . ., .

com que tem vindo a uma conclu- britannico, com respeito a Airica,

são diflnitiva os arranjos entre a f°i ratificado hoje em Londres.

Inglaterra e Portugal.»

[odus vivendi

Londres, Í4, n.

Segundo informações de origem 1 officiosa, o «modus vivendi» luso

1 • â • - . . - ____ ..'Ia 1 à f-1 a o

O Times eommenta assim:

«Com relação a Portugal, as difli

culdades são grandes. As paixões

populares foram calamtosamente

incitadas, e os homens públicos

portuçuezes parece não terem a

Londres, 15, t.

Os iomaes inglezes publicam o texto do «modus vivendi» africano

celebrado com Portugal.

(liavas).

Até á hora em que o nosso jor-

nal entra no prelo ainda não te- energia de proseguir n um consis- j ra0s conhecimento do texto d'este

tente caminho de governo em face dommento

dos clamores do povo.

«0 «modus vivendi» que lord Salis- bury, segundo elle disse, foi firma-

do com a sua assignatura hontem

pela manhã (10 do corrente) prolon-

ga por seis mezes um accordo pro-

viso rio sobre a base do tratado que

Portugal, insensatamente, se negou

a ratificar. Este intervallo dará tem-

po a que se acalme a effervescencia

portugueza, e a que os que se in-

teressam pelas suas possessões co-

loniaes considerem se ó provável

ganharem ou perderem, ueixando

ambas as partes voltar, de hoie a

meio anno, á sua «liberdade d ac-

çâo » As rudes populações mineiras

que se estão expandindo na Africa

do Sul, não se mostram dispostas a

ser súbditas trataveis do governo

portuguez, e a mãe patria não as

node reter, embora queira, caso

Portugal insista em ouvir a voz da

rasão».

Das palavras de Lord Salis-

bury conclue-se o que sempre dis-

semos: que o modus vivendi encer-

ra as principae8 clausulas do trata-

do, sem que nós o combatamos por

isso. Nos commentarios da folha

londrina vê-se aquella má vonta-

de commercial que sempre a ins-

pirou contra nós. Mas manda a

verdade reconhecer que ha ali al-

gumas verdades sobre as manifes-

tações ... da imprensa republica-

na e progressista.

Aluguel de musica

por assignatura

SOO réis mensaes

Distribue-se o cata-

logo e condicç<les

Lambertini & Irmão

43, Praça dos Restauradores, 4.0

Carta anonyma

Previne-se a pessoa

que ewcreve cariais ano-

nymas para a Cruz Que-

brada que perde o seu

tempo. Velha* pintada,

de cabellos postiço*,

dentei» prelos e corpo

«lindo» tem a alma co-

mo tudo main.

Uma Francese**.

Toma Sandalo Midy; tal é o

santo mais observado entre os

rapazes. E' por saberem pelos

mais velhos, ou por experiencia,

quaes são os incommodos produ-

zidos pelo uso do Balsamo de Co-

pahiba, ao passo que, com o San-

OJornal do Commercio entende dalo Midy, uma affecçao, tratada

que os progressistas, por coheren- j ao começo, desapparece dentro de

cia, podiam julgar mau o modus 48 horas. Só se consegue, porém,

vivendi, desde que combateram o 1 este êxito com o sandalo fresco de

tratado. | Mysore, o único que o sr. Midy

Mas, caríssimo collega, é isso compra, cada anno ao rajah de

que nós temos estado a dizer. Mysore.

Pela politica

do Com

?res8Í8ta

i julgar

ide que

Primeiro anniversario

da republica brasileira

In augurou-se 'hontem solemne-

mente, nas salas da {Beneficencia

Brasileira e do Consulado Geral

o retrato do general Deodoro da

Fonseca, presidente ida republica

dos Estados Unidos da America

do Sul.

Assistiram a este acto muitos

cavalheiros da colonia brasileira

em Lisboa, algumas senhoras, e

vários representantes da impren-

sa da capital.

Presidiu á sessão o sr. marquez

de Franco, servindo de secretá-

rios os srs Paulo Porto Alegre e

conselheiro Serra Pinto.

O sr. dr. Pedro Gomes, encar-

regado de negocios da republica

brasileira em Portugal, convidou

duas senhoras, madame Guima-

rães e a filha do sr. visconde de

Rio Vez, para descerrarem o re-

trato, que foi pintado pelo sr.

Costa.

Pronunciaram discursos com-

memorativos os srs. José Antonio

de Freitas, cavalheiro geralmen-

te estimado em Lisboa, que nos

honra com a sua amisade, e o sr.

Rocha Pinto.

Foram distribuídas esmolas ás

pensionistas da sociedade de Be-

neficencia, sendo a distribuição

feita por duas senhoras.

Aos convidados foi servido um

magnifico copo d'agua.

*

* *

A' noite, a colonia brasileira

reuniu-se a jantar no «Hotel Mat-

ta», na Avenida.

No «Restaurant Rosa Araujo»,

também na Avenida, reuniram-se

a jantar os republicanos portu-

guezes.

O «menu» d'este jantar offere-

ceu a novidade de ser redigido em

portuguez:

Sopa dc tartaruga

Ao Município Neutro do Rio de

Janeiro.

Primeira coberta

Pasteis á Quintino Bocayuva.

Segunda coberta

Mayonnaise de lagosta á Flo-

riano Peixoto.

Pratos de meio

Lombo de vacca á Benjamim

Constant.

Fatias de vitella á Ruy Bar-

bosa.

Assado

Peru á Deodoro da Fonseca.

Legumes

Couve fiôr á Silva Jardim.

Doces

Podim á Américo Braziliense.

Geleia de fructa á Saldanha

Marinho.

Morangos com créme á Aristi-

des Lobo.

Fructas— Vinhos finos— Café

Fizeram-8e os seguintes brin-

des:

José Elias Garcia—Brinda á

Republica dos Estados Unidos do

Brazil.

Dr. Manuel d'Arriaga—Brinda

ao rejuvenescimento da Nação

Brazileira pela Republica Fede-

ral.

José Nunes da Matta—Brinda

ao Exercito e Marinha do Brazil.

Heliodoro Salgado (pelo Sécu-

lo)—Brinda á Imprensa Brazilei-

ra.

Dr. Manuel de Brito Camacho

— Brinda ao Positivismo no Bra-

zil.

Chrispiniano da Fonseca—Brin-

da ás futuras allianças de Portu-

gal.

Rodrigues de Sousa—Brinda ao

Commercio do Brazil.

Dr. Hygino de Sousa—Brinda

ao Partido Republicano Portu-

guez.

*

* *

Alguns cidadãos brazileiros,

clubs e o consulado geral illumi-

naram a fachada dos seus pré-

dios.

Posto de soccorros medicos

ROCIO 26,1.»

DIRECTO BES

Mattos Chaves e Ferrer Farol

0 caso do Monte-pio

Como dissemos aos nossos lei-

res, a direcção d'aquelle estabe-

lecimento de credito consultou oi-

to dos mais abalisados juriscon-

sultos da capital sobre se o deno-

minado pasquim constituía ou não

um crime previsto no Codigo Pe-

nal Portuguez.

Somos informados de que sete

dos illustre8 advogados, entrando

n'esse numero o sábio commenta-

dor do Codigo Civil, sr. dr. Dias

Ferreira, responderam negativa-

mente. No entanto, sustentou a

affirmativa o sr. dr. Alves de Sá,

e só elle.

Em vista d'essa opinião, embo-

ra singular, a direcção do mon-

te pio constituir-8e-ha, ámantaã,

parte no processo, conferindo pro-

curação ao primoroso e dÍ3tinctis-

simo advogado, sr. dr. Lopes Viei-

ra, que, junctamente com o sr. dr.

Trindade Coelho, por parte do

ministério publico, seguirá a ac-

cusação. *

Cremos que a argumentação dos

illustres jurisconsultos que sus-

tentaram a negativa será pouco

mais ou menos a produzida ha

dias por um jornal de jurispru-

dência, e que pôde

mir-8e:

assim resu

«Só é crime o facto voluntário

declarado punível pela lei penal.

(Art. 1.°;

punr

Não incriminação de

qualquer kfacto não se admittem

inducçõe8 nem raciocínios de qual

quer especie. (Art. 28). Ou está

previsto, e é crime. Ou não o está,

e não é. Folheado o codigo, no

capitulo sobre diffamação, calum-

nia e iujuria, a hypothese não ap-

parcce prevista, nem mesmo no

artigo 410 que é o que mais se

lhe approxima (e que parece ter

sido o invocado pelo sr. dr. Alves

de Sá). Também não pôde consi-

derar-se um facto otte.sivo da

tranquillidadc publica, visto que o

codigo só considera taes: a pro-

vocação ao crimo, a sdicção e a

assuada.

Diz mais o referido jornal que

o pasquim não pôde considera r-se

também uma offensa da lei de im-

prensa, visto que não pôde ser

considerado um jornal, palavra

que tem uma definição legal rigo-

rosa no art. 3.° da lei de 17 de

maio de I860. O Codigo Penal

italiano, publicado o anno passa-

do, (diz ainda o mesmo jornal),

também não previne a hypothese,

não obstante ser a Italia a terra

clássica do direito criminal, e o

seu codigo o mais adiantado.

Os tribunaes resolverão.

Funeraes

No posto ha sempre medicos

para qualquer serviço.

Consulta de Ferrer Farol das

11 da manhã ás 2 da tarde.

Consulta de Mattos Chaves das

9 ás 4.

Esteve extraordinariamente

concorrido o funeral de par do

reino e conselheiro, general de di-

visão Augusto Xavier Palmeirim,

notando-se no numeroso acompa-

nhamento representantes do mi-

nistério, da camara dos pares,

tribunal superior de guerra e ma-

rinha, collegio militar, sociedade

1.° de dezembro, sociedade da

Cruz Vermelha, sociedade de Geo-

graphia, muitos officiaes de todos

os corpos e especialmente de arti

lheria, etc.

Pelas 3 horas e meia da tarde

foi a urna funeraria retirada da

camara ardente, sendo deposta so-

bre um coche da casa real segui-

do de outro com o parocho da

freguezia e acolyto e depois seis

berlindas tiradas a quatro segui-

das de mais de cem trens com os

convidados, fechando o préstito

um esquadrão de cavallaria 4.

Na avenida próxima ao cemite-

rio formaram os regimentos de

caçadores n.° 2, batalhão de en-

genberia, regimentos de lanceiros

e cavallaria 4 e duas baterias de

artilheria que á entrada do cada-

ver no jazigo deram as descargas

do estylo.

Sobre o caixão foi collocada

uma rica coroa de violetas e ou-

tras flores com largas fitas de se-

da e com a dedicatória impressa

a letras de oiro: «Ao nosso bom

pae e irmão.—14 11.°-90.

Na capella do cemiterio, rica-

mente armada, foram resados os

responsos por tedos os sacerdotes,

e finda a cerimonia religiosa foi

o cadaver encerrado provisoria-

mente no jazigo do digno par sr.

Simoes Margiochi, por não haver

actualmente nenhum logar vago

no jazigo da família Palmeirim.

Dirigia o funeral o sr. Eusébio

Palmeirim, sobrinho mais velho

do finado.

As chaves da urna funeraria

foram entregues ao sr. Margio-

chi.

No primeiro turno, do coche

Sarã a capella, pegaram ás borlas

o caixão o general Maciel, o ge-

neral commandante da l.a divisão

Malaquias de Lemos, Chrystovam

Ayres, Gervásio Lobato, Diogo

de Bastos e Guilherme Bettamio

d'Almeida.

No segundo turno, da capella

para o jazigo, foi o feretro condu-

zido pelo presidente do conselho

e ministro da guerra, general

Abreu e Sousa, pelo commandan-

te geral da armada Baptista de

Andrade, par do reino Francisco

Simoes Margiochi, Zeferino Bran-

dão, presidente da camara dos

pares Telles e Vasconcellos, vice-

almirante Seabra Preto, conse-

lheiro Franzini e general José

Paulino de Sá Carneiro.

Entre outras muitas pessoas

que assistiram aos funeraes, lem-

bra-nos ter visto as seguintes:

Miguel Baptista Maciel, João

Pereira Mousinho d'Albuquerque,

par do reino Francisco Simões

Margiochi, visconde de Claverie,

Araujo Ramos, conselheiro Telles

e Vasconcellos, José Silvestre de

Andrade, José Mathias Nunes,

João Maria Jallee, Teixeira da

Rocha, Ernesto A. Pereira da Sil-

va, Francisco de Serpa Pimentel,

general Bon de Sousa, Ribeiro

Vianna. Antonio Francisco d'Aze-

vedo, Diogo de Bastos, Guilher-

me Bettamio d'Almeida, João Ra-

dich, Marques Guimarães e ir-

mão, Henrique Zeferino da Mot-

ta, conde da Penha Longa, conde

d'Alte, Augusto Mendóça, João

Borges da Fonseca, Filippe da

Fonseca, Antonio Borges da Fon-

seca, Chrystovam Ayres, Antonio

Guilherme Ferreira de Castro,

Guilherme C. Henriques de Aze1

vedo, general Malaquias de Le-

mes José de Madureira Chaves,

Edu'ardo Lessa, Joaquim de Aze-

vedo Rangel, José Ribeiro da

Silva, Francisco Alves de Azeve-

do, Antonio J. da Silva Ribeiro,

José Augusto Pinheiro, Antonio

Julio da Costa Pereira d'Eça,

José Eduardo do Oliveira, Del-

phim d'Almeida, Duarte Fava,

vice-almirante Seabra Preto, An-

tonio José de Figueiredo, José

Joaquim de C. Lima, Polycarpo

José Machado, Fernando Carlos

da Costa, Jorge Caldas, Carlos

Elias Rodrigues dos Santos, te-

nente coronel Julio de Abreu e

Sousa, João Emygdio Arroyo, ca-

pitão Malaquias de Lemos, Julio

Hilário Pereira Alves, Jorge das

Neves, conselheiro João Daily

Alves de Sá, Corrêa de Freitas,

Euzebio e Julio Palmeirim, For-

tunato Jorge das Neves, conse-

lheiro Marino João Franzini, Do-

mingues, Joaquim Lobo d'AvilaT

Portuguez, José Antonio d'Arau-

jo, Alves de Sousa, Zeferino Bran-

dão por si e como representante

da Sociedade da Cruz Vermelha,

Guilherme Luiz dos Santos Fer-

reira, idem; Quintino da Costa,

idem; Costa Lima, Francisco M.

Baptista, coronel Craveiro Lopesr

Francisco e Filippe Dourado, Da-

niel Passos, José Gonçalves Gui-

marães Serodio, Manuel Garcia

Barroso, D. Rodrigo de Almeida,

Eduardo Ferreira de Castro, pre-

sidente do conselho de ministros

João Chrysostomo d'Abreu e Sou-

sa, José J. da Gama Machado e

general Maciel.

Realisou se hontem ao meio dia

o funeral do sr. Francisco Mendes

Monteiro ficando os restos mor-

taes depositados no jazigo de fa-

mília no cemiterio Occidental.

Sobre o feretro foram colloca-

das cinco coroas de flores natu-

res e um quadro onde estava pin-

tado um ramo de saudades, com a

seguinte inscripção: «Ao meu sem-

pre chorado avô».

Pianos a prestações

Semanaes ou mensaes

Sem entrada

Lambertini & Irmão

43, Praça dos Restauradores, 49

Joaquim Augusto da Gosta

FABRICANTE

Fornecedor exclusivo do

Ministério dos Nego-

cios Estrangeiros, So-

ciedade de fteoira*

phia» Instituto da Co-

imbra. etc*

Com otBcina na roa de S.

Julião, (10,1°, ondeiem um

completo sortimento no seu

genero e deve ser dirigida

toda a correspondência.

*

Page 3: 0Spurl.pt/14328/1/j-1244-g_1890-11-16/j-1244-g_1890-11-16_item2/j... · Arouca reabriu o *eu ... abençoado pela gratidão de lodos ... l&OOO réi* para cima V a SOARES & FILHO ALBERTO

ALIA socimi

Sua Magestade El-Rei visitou hon-

tem o quartel do regimento de in-

ranteria n.° 1 da Rainha.

Sua Magestade foi recebido á por-

ia do quartel pelo commandante e

todos os ofliciaes do corno, tocando

n essa occasião a banda do regi-

mento.

El Rei, depois de visitar minucio-

samente todo o quartel, assignou o

seu nome no livro especial do club

dos ofliciaes, e deixou 10 libras

para melhoriafdo rancho.

0 coronel em seu nome e de to-

da a ofíicialidade, pediu a El-Rei a

sua photographia, ao que Sua Ma-

gestade acceaeu do melhor grado,

promettendo enviar-lh a o mais bre- ve possível.

W"

Sua Alteza o Senhor Infante D.

Alfonso passeiou hontem a cavai lo,

acompanhado do sr. capitão Benja- mim Pinto, official ás ordens.

*

Fazem ámanhã annos as exn,,>

sr,

Marqueza de Sabugosa.

Maroneza de Rio de Moinhos.

). Mana Rodrigues de Vascon-

cellos.

, D. Maria Thereza Nazareth dos Santos

I). Emilia Aurora Quintans de

Abreu.

.D.Maria Adelaide da Silva Meli- cio.

I). Maria José Garcia Pereira.

I). Maria Francisca Pereira Gvrne

Peixoto (Almada).

D. Elvira Mendes dos Santos Pires.

I). Maria da Piedade Mendes Leal

Cardoso.

E os srs-.

Conde dos Arcos.

\isconde de Santa Luzia

Nisconde de Alemquer.

Barão do Alto Mearim.

liarão de Pom beiro.

Conselheiro Guilhermino Augusto de Barros.

Vasco Mendes da Camara Berquó.

Joaquim Pedro Xavier Quintella

(Y arrobo).

José Gregorio da Rosa Araujo.

i.ustavo Carlos de Sousa.

Joaquim da Costa Barbosa.

Antonio Vicente da Rocha Junior.

Regressou ã sua casa de Frontei ra o sr. Maximiano Antonio Telles

de Castro.

—Partiu hontem á noite par* a sua casa da Louza, onde se demora

alguns dias, o digno par do reino o sr. Manuel Vaz Preto Geraldes.

0 menu foi o seguinte :

CHAUD

Consommé de volaille à la royale.

1 elites croustades aux champi-

gnons.

Filets de soles à la lord Mayre.

hscaloppes de beau farcees à la

Joulousame.

JR01D

Galantine de pintades truffées.

Langue a 1'ecarlate.

Hornard garni au naturel.

Perdreaux montées à la Russe.

Jambon de Weslphalie à la gelée.

ROTTI

Diudormeaux trufés au Perigord.

Entremets Sucrés. Poudiug de cabinet au champagne.

Gelée de fruits au Marrasquim.

Gateaux decorés à la Napolitaiue.

(«lace a crôme banilla.

Coupes de Hongot à la Parisiense.

DESSERT

Vins: — Madère. Brucellas, Jerez.

Collares, Champagne e Porto.

Café e liqueurs.

Assistiram a esta festa as ex.m" sr." condessa de Bertiandos, con-

dessa de Bertiandos (D. Anna) con-

dessa da Aurora de S. Miguel, vis-

condessa de Pindella, baroneza de

ombeiro e filhas, D. Francisca e

D. Thereza Pereira da Silva, D. Ma- na Guedes, D. Thomazia Guedes, I).

Anna e D. Maria Augusta, I). Maria

Jose e I). Adelaide Guedes, D. Maria

e \). Matalda Ferreira Guedes, D.

Mana Candida Falcão e filha, D. Ma-

ria Samodães, D. Alcina Pinto Leite, D. Mana da Conceição Pereira de

DIÁRIO ILLf]«T»ADO

uma pulseira d'ouro com esmeral-

das.

Do conde de Samodães, uma pas-

ta de velludo azul com os seguintes

versos :

Procuraste, .Marília, no teu sonho, Da ventura o mysterio devassar;

Problema ingente, serio e medonho

Que o destino deixou para scismar.

Sonhaste um dia... Haverá ventura Que nos deixe gozar sorte fatal,

Ou aqui se depara só agrura

Em perpetua galé devida ao mal ?

Sempre baldado anhelo, a que se

, mira, ludo engano e atroz, triste illusão ?

Incessante delírio, só mentira,

Realidade apenas solidão ?

Estudaste o problema que consom-

me E al/Im alvoreceu p ra ti a luz,

Da ventura cessaste de ter fome

Torrentes d elia vem buscar-te a

fiux.

no

ar,

—Regressaram a Lisboa os srs viscondes de Villa Aboim.

—Regressaram da Quinta do De

zombargador, no ílradil, o sr. José Julio de Moraes e Sousa è sua ex ma

família.

—Partiu hontem para Beja o sr.

Luciano Cordeiro.

—Regressaram hontem de Paris, no «Sud-Express», os srs. marque-

Z68 da Foz, Pedro Ignacio Lopes,

José (iiiedes de Queiroz, e Manuel

Jose Monteiro.

*

O sr. conde de Casal Ribeiro (pae)

oíiereceu hontem um jantar para o

qual foram convidados os srs. mi-

nistros dos negocios estrangeiros e

do reino.

#

Está justo o casamento da sr.» D.

Marianna Machado Castello Branco, filha dos srs. condes da Figueira,

com o sr. Pedro da Gama Berquó

Cantagallo, primeiro tenente de ma-

rinha.

Baptisa-se por estes dias o filhi- nho do sr. deputado Fidélio de Frei-

tas Branco e da ex.ma sr.» D. Mariet-

ta da Costa (Villa Franca).

—Parte hoje para a Gollegã o sr:

conde de Villar Sécco.

—Parte ámanhã para Hespanha,

pela linha de Salamanca, o sr. con-

selheiro Martens Ferrão.

*

Está gravemente doeníe o sr. Ma-

nuel Gonçalves Azevedo Franc.

Sentimos. —Esta doente o sr. Anselmo de

Andrade.

—Tem passado incommodado de saúde o sr. conde de Villa Franca.

—Está gravemente enfermo o sr.

José de Castro Guimarães, par do

reino.

Na Capella do palacio dos Biscai-

nhos. em Braga, acaba de realisar-se

uma festa extremamente svmpalhi-

ca: o casamento da filha mais nova

da sr. condessa de Bertiandos, a

ex.™ sr." D. Maria da Conceição Pe

reira da Silva de Sousa de Menezes

com o sr. visconde de Paço de Nes-

pereira (João).

Foi celebrante o ex.mo sr. ar-

cebispo Primaz.

A capella estava adornada com

rendas e llòres naturaes.

A_ cerimonia foi acompanhada a

Menezes e filha, D. Anna de Freitas, D. Adelaide Malheiro, I). Joaquina e

I). Luiza Mexia e os srs. condes de

Bertiandos, do Aurora, S. Miguel,

viscondes de Pindella, de Paço de

Nespereira, de Negrellos, barao de

Pombeiro, José Martins de Queiroz e filho, D. Pedro de Lencastre e filho,

Rodrigo e Pedro Lobo Machado, João

Lobato, Francisco de Azevedo, Da-

mião e Antonio Pereira, Francisco

Brandão, abbades de Gondoriz e S.

João da Ribeira, padre Fiúza. dr.

Manuel Marques da Silva etc.

\iam-se na «corbeille» da noiva

prendas valiosas e de muito gosto.

Da condessa de Bertiandos, um

collar de pérolas e um broche de

brilhantes.

Da viscondessa de Paço de Nespe-

reira, um adereço de brilhantes.

Da condessa de Bertiandos (D. An-

na), um serviço de colheres de pra-

ta em esmalte de Moscow.

Da condessa d'Aurora, uma colcha

da índia.

De D. Francisca Pereira da Silva

de Sousa de Menezes um camapheu

rodeado de brilhantes.

De D. Thereza Bertiandos, um an-

nel de brilhantes e uma almofada

de selim branco pintada por esta

senhora.

Da viscondessa de Pindella, uma

dúzia de talheres, com trabalho da

Hollanda, representando os doze

Apostolos.

Dos viscondes de Pindella (Vicen-

te e D. Amalia), um espelho de pra-

ta dourada.

. Dos srs. Damião e Antonio Ber- tiandos, uma pulseira de saphiras

e brilhantes.

De D. Sebastião de Lencastre, um

chicote com o cabo d ouro.

Da condessa de S. Miguel, uma

taca de prata.

De D. Thomazia Guedes, uma pul-

seira de ouro.

De D. Prazeres Lobo, uma biblia.

Da condessa de Samodães, uma

carteira de prata.

De I). Maria Josephina d'Aguilar.

uma miniatura com brilhantes.

De sua irmã D. Magdalena, um

lenço de rendas de Bruxellas

De D. Anna Borges, um sachet

pintado.

De D. Adelaide Guedes, um bro-

che de Toledo.

De D. Maria Augusta Guedes, um

estojò para escriptorio; de seus fi-

lhos, quatro alfinetes de pérolas.

De D. Anna e D. Maria José Gue-

des, um leque com uma finíssima

pintura.

De D. Paulina de Moser, uma pul-

seira d ouro com esmalte.

De D. Maria, I). Henriqueta e D.

Brigida de Mello, um estojo com

objectos de marllm.

De D. Candida e D. Joanna Castro

da Fonseca, um annel com pérolas

e brilhantes.

Dos srs. Rodrigo e Pedro Lo- bo, objectos de prata para escripto-

orgão.

A noiva estava formosa e çenlilis-

sima com a sua «toilette» de setim

branco, coberta de magnificas ren-

das de Bruxellas. Foram madrinhas

da noiva as ex.m" sr." condessa de

Bertiandos, D. Anna de Bragança e

D. Francisca Pereira da Silva de

Sousa de Menezes e padrinhos dos

noivo os srs. João Pereira Lobato e

Rodrigo Lobo Machado Cardoso de

Menezes, irmão do noivo.

Depois da cerimonia foi servido

um «lunch» na magnifica baixella

da casa de Bertiandos.

no.

De D. Maria do Carmo Martins,

uma ventarola de pennas.

De I). Maria Prancisca Praia, uma

pulseira de ouro com pérolas.

De D. Thereza de Lencastre d'Oli-

veira (Barcellinhos), um annel com

pérolas e brilhantes.

De D. Joaquina Mexia, um livro.

Do abbade de Gondoriz, um bro-

che d'ouro.

De João Pacheco Ferreira, uma

taça de loiça com pé de bronze.

De D. Luka Mexia, uma faca

do Janão.

De Maria Barbosa, um bordado.

De D. Maria dos Anjos Nolf, uma

salva de prata.

De D. Anna Freitas, uma pulseira

de prata oxydada.

De D. Adelaide Villalva, um co-

fre de metal.

De D. Adelaide Malheiro, um ces-

to para costura.

De D Ernestina Romão, um voile

de «fauteuil» pintado por seu irmão

Manuel S. Romão.

Do abbade de S. João da Ribeira.

Surge esplendida, rosea, aurora

Que sombra não consente além

Tudo perfumes são, tudo se enflora^

Harmonias no espaço a escutar

Ah! n este dia empunho ainda a

lyra, Não para dedilhar em teu louvor,

Que uma corda só vibro, e essa sus-

pira Uma nota, que diz eterno amor.

Ornada de cecens, llòres viçosas

Attende este meu canto nupcial

Nunca semorchem essas bellas ro-

S3S Seja a tua ventura perennal.

Por entre nuvens de suave incenso

Sobe firme os degraus do teu aliar

Lá te abençoará um Deus immenso

Que quer tuas virtudes premiar.

Mas, ao apresentar votos ardentes

Puros, sinceros, taes são estes meus,

Seguidos d outros tantos e ferven

tes Daquelles que te dizem um adeus.

Uma coisa me peza e eu lamento;

E' mudar o teu nome, Conceição;

Viscondessa chamar-te que tormen-

to ! Sempre Maria, sini ? titular não.

Francisco d'Azevedo.

Os noivos partiram para Bertian-

dos,

Desejamos-lhe mil venturas.

Regressou honteui do estran-

geiro o noeso collega o sr. D

Luiz Mesquitella.

Pequenas noticias

O Summo Pontífice prohibiu a todo

o pessoal do Vaticano votar nas elei

ções politicas, sob pena de expul-

são immediata.

—Consta ter havido uma revolta no Estado Livre do Congo

—O sr. ministro das obras publi-

cas mandou fornecer farinhas, por

E roços baixos, aos padeiros que

ontem o procuraram.

—Muitos lobos em Castello Bran-

co.

—Hoje de manhã devem chegar a

Abrantes e Lisboa, em Cjmboios es-

peciaes, as tropas que estavam nas

fronteiras de t lvas e Castello de

Vide.

—Hontem na linha de Torres Ve-

dras, o transporte de mercadorias

foi extraordinário

—Fçram expulsos do Brazil, como

capoeiras e gatunos, os portugue-

zes José Monteiro Guimarães, Anto-

nio Alves Pereira e José Gomes Fer-

reira.

—Optimo acolhimento tem tido o

«Almanach do Commissario de po-

licia».

A segunda edição appareceu hon-

tem.

—Em Cintra ha hoje uma corrida

de vaccas.

—A' Associação dos Bombeiros

Voluntários de Setúbal foi concedido

por El-Rei o titulo de Real, declaran-

do se Sua Magestade presidente

d'ella.

—Carias que hontem recebemos

dizem que o grande poeta hespa-

nhol José Zorrilla tem passado

muito melhor.

—As serras da Estrella e Lousã

estão cobertas de neve.

—Falla-se em grandes novidades no ministério das obras publicas.

8 h.—GYMNASIO.

Huguenottes O condecurado!

8 1[2—RUA DOS CONDES

Reino das mulheres

8 lj4 h.—PRINCIPE REAL.

Jorge o Vagabundo

REAL COLYSEU

Matinée. á 1 hora da tarsc As creanças teem entrada por

meios preços.

Companhia equestre, gymnastica,

acrobatica e cómica, dirigida por D

Enrique Diaz.

COLHEU DOS RECREIOS

Matinée, á 1 hora da tarde As creanças teem entrada por

meios preços.

Companhia equestre, gymnastica,

acrobatica e cómica dirigida por D.

Amalia Diaz.

grande museu universal ar- tístico E HISTÓRICO estabelecido

permanentemente na Praça dos Res- tauradores n.° 23 e 24 (Avenida da

Liberdade).

Typ. do "Diário lllustrado"

T. da Queimada. 35

Condecorações Vitraes

# a n . I TRABALHO _ em vidraças de

4y, nua Áurea 51 . côre.s; P'.ntura em grisalha ou ' ca' U1 Pplychromica, imitação do antigo-

. „ _ vidros gravados. O consullorio de

A. C. Bragança ái Moniz I A Crf\Tl . I a í - - I l * •

TEM «*• tf\f

o genero de trabalhos das especia- . Iidades acima designadas. Diriíra-se

um completo sortimento de' n/* J-

todas as ordens, gran-cruzes

commendas, hábitos, medalhas mili- I ~T~T :

Almoxarifado das

Tliealro Pairei Reaes Pro-

Em Alcantara, Rua de Cas-

caes

TJoje. «O esqueleto morto evivo» 1 ea parodia «Viva a Patria»

Bir e aplaudir::

priedades de

Queluz

CESAB A. PAIVA

Cirurgião dentista

de snas majestades e altezas

Bua do Arsenal* ÍOO, !,•

Decebem-se propostas, no es-

... entorio d'este Almoxari-

QalmnnÍAn /I ^ r* ~ ' at(-' ao d'a 18 d° corrente mez oaijonetes CIO LíOngO Para 0 arrendamento das terras, que

o I estão por arrendar.

Almoxarifado de Queluz 14 de no- vembro de 1890. N

ova remessa chegou á perfu-

maria, Praça de D. Pedro 101.

Repartição das Reaes

Cavallariças

A nnuncia-se que no dia 24 do

corrente ao meio dia, no Pa-

Anfonio Tavares de Almeida

I íi00 das~C°rtes" nasTtessidades^ b£ô --????a.dura complete I de ser vendidos em hasta publica,

se os lanços convierem á repartição

b muares da raça de Alter, incluindo

uma parelha de machos de pouco

corpo, com quatro annos de idade.

a ucnuiuuia uompieia

Tratamento especial em moléstias na bocca. Af,

Trespassa-se

PJom authorisação do

ex ™°~ senhorio, a loja ao Chiado 57-59, onde se tra-

ta.

co

N

ICASAKAVQRITAII

PIANO

SEM

Mestre

Repartição da Reaes Cavallariças, 15 de Novembrc de 1890.

0 Escrivão

João Carlos Matheus 4

ÍCo

Rosas de...

Hontem não vi. Hoje? 44

R egim e nto nu-

mero 4 de ca-

vallaria do

Imperador da

Allemanha

Guilherme II

mm

A.i\toi\io Igacio

da Fonseca

Rua do Arsenal, 56 a U

LISBOA

paz publico os prémios que teve A na lotena portugueza de 14!

do corrente:

Conselho Administrativo d'es- te regimento annuncia: que

no dia 20 do corrente, pelas 12 ho- ^ vva 4 vvy J ^ uv ras do dia, na sala das sessões do

conselho, se procederá á arremata-

ção, em hasta publica para o forne-

eimento de generos alimentícios e

combustível necessário para o ran- cho.

Para ser admittido á licitação é

necessário depositar a quantia de

50^000 réis. •

As mais condições estão patentes

todos os dias das 10 da manhã ás 2 da tarde na secretaria do alludido

consetho.

Quartel em Belem, 12 de novem-

bro de 1890.

0 secretario do conselho

F. Sá. Chaves

alferes graduado.

Números

1:366 caut

1:382 caut,

836 caut.

607 bilb.

064 caut.

1:36S caut.

I;367 caut.

4:916 bilh.

3:813 billi.

•i:38l caut.

4:562 caut.

4:868 caut.

Prémios

As elegantes

PALÇADO de luxo, feito pelos Y últimos figurinos. Sapataria

Lisbonense R. Augusta 202 e 204 esquina da travessa d Assumpção

este estabelecimento acha-se com-

pletamente reformado.

Pensionnat français"

pour demoiselles

Rua de S, Paulo n.° 78 -2,°

PONTINUA recebendo alumnas

^ internas, semi-internas e ex-

ternas; ensina-se instrucção prima-

ria, secundaria, bellas artes etc, Ha

professoras estrangeiras para o en- smo das linguas. 27

Jnglez

PROFESSORA ingleza, ensinando lambem o portuguez, ofTere-

ce o seu préstimo a particulares e

çollegios. Carta para A. A. B. C., rua

Nova do Almada, 105. 26

fk LUGA-8E uma casa perto

da baixa, com quinta e

jardim, mobilada ou por mobilar.

Trata-se na rua ao Arco do

Bandeira,n.° 30, 1.° andar, das 11

as 3. 05

Ponneys

Devem apparecer por estes dias. V . „ , „ No mez de outubro findo foram

exportadas pela barra do Porto

8:529 pipas de vinho, no valor de

826:60/^000 réis, que pagaram de

direitos 8:458£047 reis.

—Parece que o actor Joaquim de

Almeida vae para os Açores tomar

parte na companhia de opera cómi-

ca de Pedro Cabral.

—Para o Real Coliseo diz-se que

virá em breve uma grande celebri-

dade artística.

—Com 18 passageiros, chegou

hontem a Lisboa o «Sud-Express».

Entrou ua estação de Santa Apo-

lonia com uma hora de atraso.

—Nos concelhos de Certa e Oli-

vaes estabeleceram*se postas ru-

raes.

Espectáculo*

8 h.—S. CARLOS

Opera

Lucrécia Borgia

8 h.—D. MARIA.

0 Duque de Vizeu.

8 1|4 n.— TRINDADE.

Noiva dos Girasoes.

"yENDE-SE uma parelha alazã de

1,25 d altura com 5 annos em bom estádo e bem ensinada para ti-

ro ou cavallaria, a qual pôde servir

para carro de criança ou senhora.

Quem pretender pôde dirigir-se á

Empreza Viação, rua do Milagre, em

Santarém.

QUANDO não receberes noticias

minhas, acredita que a culpa

não é minha. Amo te como sabes,

de ha muito, e tenho tantas sauda-

des tuas! mas tu assim o determi-

naste! paciência. Tua até á morte..

Restaurant Es-

.A "°ya l°teria portuguez?. é no I dia 24 de novembro com o premio

!>:000$000

toril

rjProprietário d este, osr, Mathias ^ Heinz, participa por estemeio

que por motivo de obras a que se

vae proceder no mesmo, se acha a-

ctualmente e temporariamente fe-

chado abrindo novamente em maio

proximo

Quem usa a bota de polimento

deve usar o Non pareil de Guiché

a venda no armazém de novidades.

Rua Nova do Carmo 90

CabcUeireira

"DENTEIA senhoras, avulso ou ao A mez. Rua da Mouraria, n.° 67,

4.» andar.

Caminho de ferro

do Sul e Sueste

Faz-se publico que pela uma

hora da tarde de 24 do corrente

serão abertas, perante a direcção

dos mesmos caminhos de ferro, as

propostas, que até então forem

apresentadas para a adjudicação

do fornecimento de chumbo em

barro.

O deposito provisório para po-

der licitar é da quantia de 11 £250

réis, o qual será, posteriormente,

elevado ao definitivo de 5 % da

importancia total da arrematação

por aquelle dos licitantes, a quem

a adjudicação for feita, depositos

que terão logar, aquelle, na the

souraria dos ditos caminhos de

tVrro, e este na da caixa geral

de depositos, á ordem da Direc-

ção dos mesmos caminhos de ferro.

As condições do concurso es-

tão patentes na respectiva secre-

taria, largo do Carmo, n.° 32, on-

de podem ser examinadas, nos

dias úteis, desde as 10 horas da

manhã até as 4 da tarde.

Lisboa, 14 de novembro de 1890

O DIRECTOR

(a) J. P. Tavares Trigueiros.

Antes da loteria do

Natal em Madrid

Em 20 de novembro

PREMIO G HAM> F

KBIQM REIS

Bilhetes 11 âOOO réis

Meios 5£500 réis

Quintos 2£200 réis

Décimos 1£ 100 réis

Em 29 de novembro

Prémios grandes

2 de 14:000^000

Bilhetes a 6£500 réis

Meios a 3£250 reis

Quintos a l £300 réis

Décimos a 650

Em 10 de Dezembro

Premio brande

45:000^000 réis

Bilhetes a 22â000 réis

Meios a 11 £000 réis

Quintos a 4£40 réis

Décimos a 2£200 réis

Cantella*» de todoM o*

preço»

Antonio Ignacio

da ^Fonseca

Convida

Page 4: 0Spurl.pt/14328/1/j-1244-g_1890-11-16/j-1244-g_1890-11-16_item2/j... · Arouca reabriu o *eu ... abençoado pela gratidão de lodos ... l&OOO réi* para cima V a SOARES & FILHO ALBERTO

Recebem-se cavallos a penso <

facilitam-8e vendas. 11 rpSTE estabelecimento recebeu grande sorlimenlo das seguintes

fazendas:

Lãs para vestidos em xadrez

Flanellas, Biarritz, e Sargés, de còres.

Armures, merinos, cachemires e bearitz pretos.

Passemaneris pretas e de còres, de lã e de seda.

Magnifico sortimento de veludos de Lion, tanto em còres como em

o

Ditos em algodão, boa qualidade.

Botões pretos e de còres.

Fitas, plumas, digretes. penachos e mais artigos para chapéus.

Surahs pretos e de còres, e royal.

Grande sortimento de casimiras para casacos de senhora. Camisollas, gilles, gerceys e mais artigos, que tudo se vende por

CAÍRA* depois de pouca demora

° em Lisboa o vapor inglez

AftSELM que se espera em25do cor-

rente.

Para carga ou passagens trata-se

na rua do Alecrim, n.° 10

Os agentes

Garland Laidley <k C.' (5

Para Ceará Maranhão

HESSAÍÍERIES MARITIMIiS

PAQUEBOT8 P03TB FBANÇAI8

AGIDO LI^IU «LIXZEXAL preços

ms prrpiracio de phosphatos de cai,

cora acido pnospborico, por tal form

mu-

5 é ca a^i*adaTcl e saudável

Para Dakar. Pernambuco.

Bahia, Rio de Janeiro,

Montevideu e Buenos Ayres.

Sairá depois de pouca demora

n'este porto o paquete france*

Orénoque, commandante Mortemard

Sue se espera de Bordeaux em 23

o corrent^ r Os agentes

Torlades & C*

CAÍRA' depois de pouca demora

°em Lisboa ovapor inglez JUSTIN

que se espera em $5 de corrente.

Para carga ou passagens trata-se

na Rua do Alecrim n.° 10.

Os agentes

Garland Laidley & C.1 5

Sft prcptnçáo de LIMONADA ou PORCHK.

BI TOHICO DELICIOSO SS OBTKM, MdinODazA. cg** fe»

AÓ4o Fhosphato a um copo de <p»Kl ws in*, m cea wnm wsca, »

Uoçãdo para melhor pai&dar.

BtecoBftmecáJt-s* ca^c^SalJBienWs pw»

AnpepsiA, fadisrestio, dôres de cabeça. . fende-se nas principal pharmacias e lojas âe fcedM**: pbtt»

^Represeíuntes JAMES CASSKLS & C.% rua do Housiafc® d*

n, i.»—Porto, dão a formula d'este esceUente prepanuU t «Mkwv

CaenitatiTo que a requisite.

Camoiâo I C.a c7anhi°

Caminhos de Ferro

Portuguezes

'PENDO sido encontrado em Xa-

bregas, junto ás agulhas, um

cão perdigueiro còr de café com o

peitoe patas brancas: assim se faz

publico, podendo o dono ou dona

requesital-o na estação do Caesdos

Soldados, Serviço do Trafego nos

dias não santificados das 10 da ma-

Números Prémios nhã ás 3 da tarde onde será entre- gue a quem provar pertencerlhe.

Lisboa 10 de novembro de 1890.

0 Director Geral da Companhia

Al. Affonso d'Esprcguara

O vapor

CADIZ

Sae a 18 do corrente.

Para carga e passagens trata-se

no Caes do Sodre, 64. l.°

Os agentes

E. Pinto Basto & C.*

C ahira depois de pouca demora

° em Lisboa o vapor inglez

ACTOR, que se espera em 19 do

corrente.

Para carga trata-se na rua do

Alecrim n.° 10.

Os agentes

Garland Laidley & C.1

Todos os artigos

On numero* main pre-

miado*, vendido* nae*ta

en*a. na extracção do

dia I I. foram:

Armazém de roupas brancas

Com especialidade em todos

os artigos de creancas, tudo

por menos do seu custo

200*000

1005000

1005000

1005000

A Meffuiiiie loteria por-

tUKiiexa extrae-we uo dia

21 de novembro. Recebendo carga para todos

os portos do Sul

Sae depois de pouca demora era

Lisboa o vapor inglez EUCHDI espe-

rado a 23 do corrente.

Logar garantido paracarga.

Trata-se na Rua do Alecrim n.° 10

l.o

Os agentes

Garland Laidley & C.1 8

C airá depois de pouca demora

^em Lisboa o vapor inglez AK-

SELM, que se espera era 25 do cor-

rente.

Para passagens trata-se na rua do

Alecrim, 10.

Os agentes

Galardn 1 aidley & C.»

Para o Rio de Janeiro

e Santos

Recebendo carga

para os portos do Sul

1! ZINIO SOlNVn i

Velocipedes

m = I

^ Bicycletlcs ^

x Trycicles )>

Exlraçâo a 20 de novembro

de phelandrio composto de—Rosa

ESTE xarope 6 efíicaz para a cura de catharros, tosse de

qualquer natureza, ataques asthmaticos e todas as

docncaso de peito. Foi ensaiado com optimos resultados nos

hospitaes de Lisboa e pelo conselho medico do Porto, bera

como pelos principaes facultativos da capital e das provín-

cias; como consta de 41 attestados dos que acompanhara ca-

da frasco. Vende-se nas principaes phannacias do reino.

Deposito geral, PHARMACIA ROSA, rua de S. Vicente, 31 a

33, Lisboa. "14

Carrinhos

para meninas Bilhete* a ll&ooo

Melo* a 5^500.

Deeimo* a 1&IOO.

Cantella* de todo* o*

preeo*.

O melhor

brinde da época

para

es estudiosos,

porque

reúne o util ao

agradavel

Sae em 18 do corrente o vapor

inglez GLOAMIN.

Para carga e passageiros trata-se

na rua do Alecrim, 10 1.°

Os agentes

Garland Laidley & C.a

CAÍRA' depois de pouca demora

° em Lisboa o paquete inglez

STRABO que se espera em 27

do corrente.

Os agentes

Garland Laidley & C.1 2 Os rapeis, rós, Cigarros, tendo por base narcó-

ticos, aplacam momentaneamente vossos espan tosos soffi imentos,porém vos matam com certexa

Extracção a 23 de dezembro

Premio maior g| Grande sor- _

n! limento _j

Ml em , «

I todos os ge- p

CJl| neros

Ni com e sem

I borracha

■Jíii ■—wBil mà

I R SANTOS DINIZ ||

0 ÚNICO CURATIVO da ASMA

o Único Bicmcdio inoffensivo que não falha, ó o Bilhetes, meios, quintos e deci

mos a preços quanto possível resu

midos.

Deposito era Lisboa: Vicente Pimentel & Quintans; Estácio & C.a.

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X Xk O melhor e maia antigo remedio

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"Pastilhas tteatixí; contra to**e

JL X3L O melhor e mais antigo remedio

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ASTILUAS TfEATIMi contra to**e

X». O melhor e mais antigo remedio

ASTILUAS TREATING contra to**e

Xl. O melhor e mais antigo remedio

Qualquer bom medico attestant que nào ha melhor

remedio contra TOSSE do que as PASTILHAS

DE KEATING. Uma pastilha dá allivio. Quem

tiver tosse deve usai as: curam sem arruinar a saú-

de. Conteem apenas as substancias mcdecinaes mais

puras, cuidadosamente combinadas.

A1 venda em todas as pharmacias e drogarias. Venda por grosso

Pharmacia Barral e em casa do AGENTE: J. Burmeister, 114, rua

dos Fanqueiros 1.° andar.

OS PAQUETES!

•Sorata a 5 de novembro. I *Potosi a 3 de dezembro

Britania a 19 de novembro | Galicia a 19 de outubro

•• Os paquetes Sorata e Potosi farão escala por Pernanbucv

Bahia para onde só recebera malas e passageiros. Fâz-se abatimento ás famílias que viajarem para os potros do Brazil

e Rio da Prata. 5a passagem de 3.» classe por estes magníficos vapores está incluído

vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bordo ha creados cosinheiros portuguezes e medico.

Para Vigo, Bordeaux, Plymouth e Liverpool

0 PAQUETE

POTOSI

Espera se a 4 de novembro.

Para carga e passagens trata-se com os agentes:

EM LISBOA | NO PORTO

E. Pinto Basto Ç> I H. Kendall & C,*

64— Caes do Sodró—64 | 39—Ru* do Infante D. Henrique

ALFAYATES E MERCADORES

T^STE tão conhecido estabeleci -

mento, aonde o publico encon-

tra um bonito e variado sortimento

d artigos de modas tanto para ho-

mens como para senhoras e crian-

ças, acaba ae abrir um novo ramo

de commercio.

Secção de Deposilos

e Caixa Fconomica

Recebem dinheiro em deposito

abonando os seguintes juros:

A' ordem 3 % annual

3 mezes de praso 4 % »

6 » »> » o % ®

12 » » » 6 % o

Juros pagos aos semestres).

Esta secção abre todos os dias

não santificados ás 9 horas da ma-

nhã e fecha ás G da tarde.

Nos dias santificados abre ás 10

horas da manhã e fecha á 1 hora da

tarde.

Esta - commiesão manda an-

nunciar que no dia 29 do

corrente mez de novembro, pelas

doze horas, venderá em leilão no

local de superintendencia da lim-

peza da cidade (rua da Boa Vista

n.°) doze muares incapazes para o

serviço da mesma superintenden-

cia, levando--se a effeito o contra-

cto pelo maior preço obtido em

praça.

Paços do Concelho, em 15 de

novembro de 1890.

O Secretario da Camara

João Augusto Marques

DIÁRIO ILLISTRADO