. A LEGENDA DA CONDESSA DE PLOEL -...

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Anno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 12 de Maio de 1915 N, 501 K3ff^lf«Pfyr™gBÍ^firm E JOiSIGN' '}.¦¦\. A LEGENDA DA CONDESSA DE PLOEL Impresso em papel da casa NORDSKOG & C. Christiania Rio i) A condessa de Ploel, que viveu na Edade Média, era uma fi- 2) -desejou ter um castello.que fosse o mais bello do mundo. Então dalga de grande orgulho e seu escudeiro, o mysterioso Arvel, mandou chamar um constructor, que tinha grande fama, e veiu logo •lhe aconselhava maldade. Um dia a condessa...acompanhado de operários e ajudantes. 3) Taes planos traçou o constructor e com tal sciencia dirigiu os 4) ..que a condessa, visitando-o, não sabia o que mais admirar c operários, que em pouco tempo o castello.se ergueu do solo. E de- repetia: Possuo o mais bello castello do mundo Mas. o escudeiro obser- pois de terminado, ficou uma tal maravilha..vou-lhe, que o constructor, assim tão habil.poderia... 5) . .fazer mais tarde outro castello, ainda mais imponente. Ir- 6) Mas. no mesmo dia armou-se uma tempestade; urn raio cahiu ritada a condessa mandou enforcar o constructor, dizendo:-Assim sobre o castello, destrumdo-o com todos os habitantes E o escüoei- nunca poderás fazer obra mais perfeita do que esta.r,° rcton,ando a .forma d,e Satan <Pois era elle)' levou a Cüu" dessa para seu reino sombrio REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR I64-RI0 DE JANEIRO Publicação «IO MALHO \umero avulso, ÍÍOO réis; atraiailo. 500 réis

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Anno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 12 de Maio de 1915 N, 501

K3ff^lf«Pfyr™gBÍ^firmE JO iSIGN ' '}.¦¦ • \.

A LEGENDA DA CONDESSA DE PLOELImpresso em papel da casa NORDSKOG & C. — Christiania — Rio

i) A condessa de Ploel, que viveu na Edade Média, era uma fi- 2) -desejou ter um castello.que fosse o mais bello do mundo. Entãodalga de grande orgulho e seu escudeiro, o mysterioso Arvel, só mandou chamar um constructor, que tinha grande fama, e veiu logo

•lhe aconselhava maldade. Um dia a condessa... acompanhado de operários e ajudantes.

3) Taes planos traçou o constructor e com tal sciencia dirigiu os 4) ..que a condessa, visitando-o, não sabia o que mais admirar coperários, que em pouco tempo o castello.se ergueu do solo. E de- repetia: Possuo o mais bello castello do mundo Mas. o escudeiro obser-pois de terminado, ficou uma tal maravilha.. vou-lhe, que o constructor, assim tão habil.poderia...

5) . .fazer mais tarde outro castello, ainda mais imponente. Ir- 6) Mas. no mesmo dia armou-se uma tempestade; urn raio cahiuritada a condessa mandou enforcar o constructor, dizendo:-Assim sobre o castello, destrumdo-o com todos os habitantes E o escüoei-nunca poderás fazer obra mais perfeita do que esta. r,° rcton,ando a .forma d,e Satan <Pois era elle)' levou a Cüu"

dessa para seu reino sombrio

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR I64-RI0 DE JANEIROPublicação «IO MALHO \umero avulso, ÍÍOO réis; atraiailo. 500 réis

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JOÃO GARNIZÉ'-por A. Rocha O TICO-TICOXXXII

D. Genoveva apparentemente estava morta e por isso trataram do enterramento. Puzeram-na num caixão em cuja tampahavia um buraco para passar o nariz da morta

\\\w^' sé^ _^aa\W \a\w *~*ir^ '' - ^^ ^f jKt^vvvvvO -ísfw Hi>3Si^ *íi—"**" ^*^uB>ir à^KafiNÊttm

' .^* .aâaaa^Lm W^^\aá^^ ^^^^^^^^^^^mW^a^ma^ \i. KS ^S^A ÀmBÍ iffl\_^^*W .^*^ T% 11 Ba isSSiyy ^rfi V/ aW\

Quando, porém, caminhavam para o cemitério, sentiram que qualquer cousa se mexia dentro do caixão

Arriaram o esquife. A tani|>u saltou e D. Genoveva, viva, a gr fugir de medo todos os seus conduetores.

(CondHiiii)

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EXPEDIENTE

/0'•*: . Si

.:¦>. ..*¦•O TICO-TICO

Preços das assignaturas dos jornaes da"Sociedade Anonyma O MALHO"

Capital e Estados

2 58 _{ £fsj * °

° :3 SSooo 5$ooo ."$5oo6 15$<>oo 8$ooo 6$ooo

• 9 '-!3$000 1 2$000 0?000ia 3o$ooo i5$ooo uíooo

Exterior

5o|ooo3o$ooo

25$000I4$00D

2O?r,0O1 I50C0

í-'v- ¦ Esses edifícios servem de circulo oucasino e a pequena sociedade de passa-ros alli se reúne.

Duas espécies de pássaros fazemconstrucções d'esse gênero, o ptilonor-hynque assetinado (Bower bird de Co-xen) e o Chlamydodere pintado.

O Chlamydodere pintado (Chlamy-dodére maculatus), é o mais interes-sante.

E' um pássaro do tamanho de umgaio pouco mais ou menos, de côr som-bria, mas muito elegante.

As pennas da cabeça, de .um lindoroseo, são terminadas por uma ponta

ALMANACII D' «O MALtIO 3$000AUMANA.CU D' 00 TICO-TICO» 3$009

Pelo correio mais Soo rs.

E' nosso representante exclusivo naAmerica do Norte " A International Ex-porting and Importing Company", ParkRow Building, New York —U. S. A.

Toda a correspondência, como toda aremessa de dinheiro, deve ser dirigida áSociedade Anonyma "O MALHO", Ruado Ouvidor, 164—Rio de Janeiro.

mmmmm^m,

J{$ íições de ^1ovoO CHLAMYDODERE PINTADOMeus netinhos

O pássaro construetor

prateada que lhe dá uma espécie de ir-radiação cerâmica. As da garganta, damesma côr, são terminadas por umalista preta. As das costas, mais escurase bordadas por um semi-circulo maisclaro, tomam um aspecto de couraça.As azas e a cauda quasi pretas são or-

Aquelle que procura ler no grande nadas nas pontas por uma mancha relivro da natureza, fica admirado porver a approximação que existe entre aintelligcncia do homem c a dos ani-mães.

Um explorador, chamado Coxen,percorreu as florestas da Austrália eficou muito admirado ao encontrar nomeio de um descampado uma pequeni-na construcção muito elegante. O lo-gar em que cila se achava era complc-tamente deserto c tudo provava que aregião era deshabitada. Querendo sa-ber quaes eram os construetores d'esscedifício, escondeu-se prudentemente c,depois de algumas horas de observação,ficou convencido de que o autor dacasa era um pássaro, que elle appelli-dou Bower bird, fpassaro construetorde berço). Foi tudo quanto soube naoceasião e talvez nada mais conhecessea esse respeito se o sábio Gould nãovisitasse o. Museu de Sydney ,onde seachavam os modelos d'essas casas tra-zidas por Coxen.

Desejou então estudar os architectosd'csses pequenos prodígios, e eis o queobservou:

Esses pássaros armam suas casascom mil cmbellezamentos e accumulamtoda a sorte de attracções. Têm mes-n;o cm cada casa uma espécie de mu-teu, onde colleccionam objeçfòs inte-jessantes trazidos de vários logares.

donda de um amarello rosco. O peito eo abdômen são de um cinzento claroquasi para branco. Os ílancos, que sãoda mesma côr, têm umas riscas pretascm zig-zag. O bico e as patas são muitoescuros. Mas o que caracteriza o Chia-

mydodere é uma espécie de gollinhamuito graciosa, que lhe desce da nucaaos hombros. Essa gollinha, formadade pennas longas e sedosas é de umvermelho muito vivo.

As construcções-'. d'esse encantadorarchitecto são notáveis e exigem muitosannos de trabalho.

São ás vezes de um metro de com-primento e feitas de galhinhos entre-laçados com muita arte.

Um pequeno caminho coberto de pe-drinlias vai até á entrada da casa, ondesobre uma plataforma, estão expostasas riquezas c as curiosidades trazidaspelos exploradores.

Ahi accumulam tudo o que lhes pa-rece raro ou precioso: pennas de coresvivas, fragmentos de fazendas, conchi-nhas brilhantes e até pedaços de ossosembranquecidos pelo so! e crancos depequenos mammiferos.

Os indígenas, que cor/necem bem suapredilecção pelas novidades, não dei-ram de correr para um d'esses logaresquando perdem qualquer objecto nafloresta, e é bem raro que não o en-contrem entre a colleccção do museu.-

Esses pássaros trazem de muito lon-ge seus achados. Gould notou que ha-via em seus museus, conchinhas dèpraias muito afastadas.

As riquezas que constituem essesthesouros bactereolitos não são arran-jados á tôa, como se poderia pensar,mas dispostos com uma symetria e cui-dado decorativos, que prova o bom gos-to d'esses paiLaros.

Essas construcções differem muitodos seus ninhos, não obstante seremsimples, mas artisticamente construi-dos. Têm a fôrma de um copo de pé.

Mas os Chlamydodere-s são tão des-confiados, que é difficil observar osseus costumes, e foi preciso a paciênciaobstinada do sábio inglez para que ti-vessemos algumas noções de sua vidaintima.

Até agora foi tambíra impossívelaprisional-os vivos.

Vovó

'team" com que o Botafogo jogou no

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O TICO-TICO

A PESCARIA DO MEDROSOs— ™~ ~

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1) JoJio Pescador tinha medo de pegar caran-gneijos e por isso arranjou uma corda para fazer umapescaria a laço.

2) Julgando ter feito uma grande invenção, já seconsiderava o maior do3 pescadores d'aquellas águas—um pescador moderno.

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3) Sacudia a corda dizendo: — Atraz do primeirovirá o segundo; atraz do segundo o terceiro...

4) E, no momento de puxar o carangueijo, sentiajá a metade da victoria.

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5> Mas com o em puxão, o carangueijo tomoumesmo a direcção do espinhaço do João Pescador,q ahi se agarrou cora...

6) ...vontade. João Pescador gritou muito e foiessa a ultima vez que fez pescaria de carangueijoa laço...

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O TICO-TICO 12fcrs:

Bangu' 'Athlctic

Club

ground comitêe do Bangu' A.Club resolveu escalar ns seguintes''teams" cffectivos para jogar a ore-sente temporada :

"team'* :Malaguti

(libelo —• CarregaiSterling — Roldão — Patrkk

Leão — Archie — Carlos — Vidal»— Antenor

2° "team":

A me ricoEmílio — Pastor

Lemos — Frederico — DurVaiAlberto — Avelino — Gomes — Joa-

quim — Kstacio

. * *

Tttpy Club

Acaba de ser fundado maia umcentro sportivo d mominado Tupy F.Club, a cuja frente estão rapazes danossa melhor sociedade, promplospara se esforçarem o mais possivelpelo engrandeci mento do club queformaram.

O Tupy eslá installado provisória-mente, á rua Turf Club n. liejápossue dous magníficos grounds :iirn na estação da Mangueira, e ou-tro na rua Dr. Bernanímo, em Jaca-jrepaguá.

lia dias realizou-se a primeira as-sembléa geral, na qual foi adoptadoO unilorme com as cores azul e bran-ca e eleita a seguinte directoria :

Presidente, Manuel Canella; vice-presidente, Accacio Rodrigues; 1'se-cretario, Cyio Chagas; 2- secretario,Luiz Simões; tliesoureiro, JoaquimCosta; procurador. Abdon Staili, ca-ptain.Abdon Stait; vice-captain. LuizSimões; fiscal de campo, ArthurFreitas.

EM S. JOÃO D'EL-REtSanto Anionio tversiis» S. Francisco

F. li, ClubNo dia 18 do corrente houve no

ground do S. Antônio um match in-ter-cpllegial com o S. Francisco F.B. Club e o Sto. Antônio, terminai)-do com a victoria do S. Antônio,por 3 a 0.

O team do S. Antônio (vencedor)CStava assim organisado :

VicenteNeves—Furtado

P Pinto-J Bahia - GyroJ-Yanca—Alvarenga — Lulu — lgnacio

S. Francisco (vencido) -Edgard

Cabial— An dra, i»

Nidio—Rudini—OliveiraToscano — J. Pinto — Mundial—jeo-

vah—LuizMarcaram os gcals Lulu 2 e Igna-

cio 1

EM FRIBURGONa linda cidade fluminense de No-

va Fri burgo, realizou-se um «match»emocionante, entre o club local, quelhe traz o nome, e o I lomaytá, se-gmdo do Rio.

O jogo, que correu animadíssimo,lindou com o empate ce " a 3.

Muitas foram as provas de apreçoe de gentileza prodigalizados aos ca-riocas, que voltaram no dia seguinte,cantivos do acolhimento que tiveram.

KM NICTHEROY

Odcott 1'. B. Club uversus" Esperança/•'. B. Club

No ground <la rua do Reconhecimeu-to, em Níctheroy, realizou-se domingoi!. um "match" amistoso entre os pri-nieiros, segundos e terceiros "teams''dos clubs acima.

O Odeoy conseguiu sahir victonosoHO segundo "team" por 4 a o e 110 uri-meiro por 2 a 0.

No jogo dos ^terceiros "teams" ven-

ceu o Kspcrança pelo "score" de 3 a 1.* * #

TORNEIO CARIOCA DE SPORTSATI II.ÉTICOS

Nos malchs realizados domingo ul-limo entre o Laranjeiras e o Rio deJaneiro e o Paulistano e Humaylápaia a conquista do torneio Cariocano primeiro encontro sahiu vencedoro Laranjeiras, nos segundos e tercei-ros teams verificando-se um empatenos primeiros teams.

No match Paulistano-Humaytávenceu o Paulistano nos segundos eterceiros teams sendo o Humayta vi-ctorioso nas primeiras elevens.

Entretanto, confoime deliberaçãotomada pelacommis»ão deFoot-Báli,foram dados os pontos ao Paulis-lano, pois oHumaytá disputou a pu-gna com jogadores que ainda não ti-nham tempo de inscripção.

Por deliberação, porem,o cor,resolveu modificar o jogo, devendoelle ter logar no mesmo ground, emdata que a commislão previamentedesignar.

TURFDOMINO' > ULTIMO, NO DEI.liV-

CLUB ARGENTINO VENCEUBRILHANTEMENTE O PAREÔDR. IRONT1N, DERROTANDOCAMPO ALEGRE E SULTÃO-ENÉRGICA FEZ O tDOUBLiT».Foi o seguinte o resu)t?do geral:1 • pareô—1.000 metros- Correram:

Enérgica (Luiz Araya). c Estilhaço(Domingo Suarez).

Venceu Enérgica ; em 2- Estilhaço.Tempo 06"Ratc-o: em 1- 23$300.Ganho fácil por vaiios corpos.

, 2' pareô—1 009 metro9-Oorieram :Don RozoíQaudiodor Tavares;, Poe-

ta (Dinarle Vaz), joliette (D. Ferrei-ra), AH Right (Marcellino), Strom-boli (D. Suarez) e Barcelona (Le Me-ner,.

Venceu Stromboli; em 2- Ali Right.Tempo, 109 3/5".Rateio: em f 20$000 ; dupla,ISíjjOOO.Ganho fácil de ponta a ponta, por

c ,ipo e meio.:;• pareô—1.000 metros—C-n_ra"m :

Enérgica (Luiz Araya), David (Do-misfeos Ferreira) e King's Stor (Do-mingfos Suarez).

Nao correram: Bôa Vista e EnverPachá;

Venceu Enérgica-; em 2\ David.'I"empo, 06".Rate.o: em l- 10.500; dupKi,

11$100.Ganho fácil por quatro corpos.i- pareô — 1.603 metros — Cone-

ram : Durjan, Joaquim Coutinho,Maipú, Lourenço Júnior, Eva [Za«bala] e Parade (R. Cruzi.

Venceu Maipu, em 2- Parade.Tempo 109 ?__\Rateio : em í- I2$600,dupla _i$800.Ganho fácil por dous corpos.Ty pareô—1.609 metros—Correram1

Dictadura, D. Suarez; Ganay, Lou~renço Júnior; Diamant, D. Croft»Cangussu, D. Vaz; Dreadr.ought, E.Rodriguez è Distúrbio, L. Araya.

Venceu Diamant; em 2- Distúrbio.Tempo I 7'Rateies: em í- l"9$G0O, dupla

iii$3C0.Ganho com esforço por cabeça.0 pareô—1.'50 metros—Correram:

Sultão, Le Mener-, Argentino, L.Araya, e Campo Alegre, Michaels.

Venceu Argentino; em 2- CampoAlegre.

Tempo 11 i 2i&'.RSleios : em i' 28$; duplas 18.000Ganho fácil por um corpt7- pareô— 2.000 metros—Correram

Voltige, A. Fernandez; Mogy-Guas-sú, D. Ferreira; Werther, P. Zabala,e Biguá, D. Vaz.

Vence.i voitige; em 2' Werther.Tempo 131 4f5.PoulCS 25$600, duplas, 20$:00.8. pareô--1-50.) metros— Correram.

Wolfs Lad, D. Suarez; Minss GeraesLourenço Júnior, e 1 elle Angevine,A. Fernandez.

Venceu Wôlfs Lad; em 2- BelleAngevine.Tc ''-.Poutes 3iS •: duplas, 31$20O.

ASÓ IRRIÜAS EM S. PAUL*

Estiveram muito anmadas as cor-ridas Jomingo passado no Jocl;ey-Club Páulistanoi no prado daMoóca.

resultado dos parcos foi o se-guinle :

• pareô — Rubi e Miss Florence*-Poules simples, I6$900,du_ Ias I4$600;tempo : 101*.

_ pareô — Harmonia e lago; pou-les simples 15$200, duplas l.$.0r.tempo 1-5".

•'!• parco — .VIy Heart e Saint ülpianlempatados1 ; pou'es simples C$700 e0*800, duplas 151900; tempo io_".

í- pareô — Palalan e Eclipse; pou-les símp'es Í4$300, duplas 28.800 ;tempo 108"

5 parco — Sornette e Six-Pence;po.iles Simples 18*700, duplas 25$100;tempo 107''

O movimento geral da casa dapoule foi deiO:7ÍJ$000.

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O TICO-TICO 6

fíLtBUM _-\<0 TICO-TICO»

Albertina de Sousa Lobo, y annos e Ricardo de Souza. Lobo, com 8 annos de cda-de, respectivamente, nossos constantes leitores, residentes nesta capital.

mana. Mas agora, já a corrente de im-migração é tamanha que se lhe oppõemobstáculos, maiores ou menores, se-gundo o paiz.

Obrigados quasi sempre a repatria-rem-sc á sua custa os immigrantes re-cusados, as companhias dc navegaçãoexigem certas formalidades antes de:idmittil-os a bordo.

Nos Estados Unidos, assim cemo noCanadá, o..írrjmigrante soffre um exa-

i_Hta__É/s'9 V——

-^^H__ü *__1 i_^__ ! *

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_P^__n__i '-

/íki/í P-ífl/a Toledo, gentil leitora do "Ti-co-Tico", residente em S. Christozão.

me medico dos mais rigorosos. Uma en-fermidade incurável impede-lhe a en-Irada no território que deseja habitar.Exigem também que o immigrante pos-súa uma certa quantia e que saiba lêr.E infeliz d'elle se já assignou um con-tracto com a casa que o deve empregar.A vigilância dos syndicatos operáriosexige o seu reembarque.

Não será mais feliz se já foi con-demnado pof* algum delicio cm seu paiznatal. Ficará detido, cm Ellis-Island(a quarentena dos immigrantes) e re-embarcado no primeiro vapor, que par-ta para a Europa.

A' sua chegada cm New-York, osimmigrantes são desembarcados napequena ilha de Ellis-Island, _ onde re-cebem visitas sanitárias, são interroga-dos, etc. Sua estadia nesse vestibuloda terra promcttida varia segundo suaapparencia exterior. Mas, geralmente,dura quarenta e oito horas. Em certoscasos é uma verdadeira prisão preveu-tiva, que pôde durar oito dias e termi-nar pela expulsão. Quantos infelizes,por não terem preenchido todas as for-malidades exigidas pela lei, vêem-sc re-embarcados á força para seu paiz natal,depois de haverem dispendido todos osseus recursos e vendido seus bens !

Os felizes, aquelles que são autoriza-"dos a desembarcar, acham logo au-xilio e assistência. Quando não têm pa-rentes ou amigos, que os esperem cmBattery, encontram agentes das socic-dades philantropicas, fundadas para aprotecção aos immigrantes."Alojados durante muitos dias, não te-rão difficuldade senão na escolha doslogares offerecidos.

E o trem, onde o patrão de amanhãterá pago adiantado sua passagem,leval-os-ha ás planícies do Yakota, ondeha campos de trigo vastos como o mar,ou para as Montanhas Rochosas, onde

as espessas florestes têm falta de le-nhadores para as explorar, ou aindapara os campos carboniferos da Pen-sylvania.

No Canadá, com a chegada dos va-pores, os agentes esperam os imini-grantes para lhes darem informações,ajudal-os a despachar as bagagens e oscollocarem nos trens especiaes. Em ca-da trem tomam logar diversos agentes,qtie se oecupam com os immigrantescm viagem para o interior. Em Win-nipeg, o grande centro da região deOeste de immigrantes, são recebidospor outros delegados. Aquelles quevão mais longe recebem as informa-ções necessárias; quanto aquelles quepreferem ficar na região de Winnipcg.vastos dormitórios são postos á sua dis-posição para lhes evitarem a despeza dr.hotel. Cada centro um pouco importai]te dc Oeste é provido d'csses estabelc-cimentos destinados ;'. recepção dos im-migrantes. Uma vez alojados, trata-seentão de lhes arranjar emprego. Paraisso existe cm Winnipeg um cicripto-rio que centralisa todos os pedidos deemprego. A direcção communica-secom todas as instituições regionaes, quetêm por missão assigiialar as necessi-dades dos operários. As informações-são dadas gratuitamente c, em caso dcaccordo, o tabellião escriptura o con-tracto sem cobrar cor.sa alguma ao im-

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Nosso amiguinho Ruy Lírbosa Hartímde s o«»ioí, filho do telho republicouAiiurico Martins do; Santos, reside: .rt;» Santos, S. Paulo.

TORNA AS CREANÇAS-SADIAS E ROBUSTAS

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O TICO-TICO

RAÇAS HUMANAS

EKTKE OS SAKALAYOSA CONT ;3ÇÃO DAS RELÍQUIAS REAES

"Robustos e altos, de côr preta, namChato e cabellos crespos, olhos grandese olhar quasi sempre aparvalhado, taessão os Sakalavos que oecupam toda azona costeira occidéntal de Madagas-car. Muito preguiçosos, mostram-se rc-beldes á cultura da terra, e é sempnpelo roubo ou pilhagem, que conquis-iam as cousas de que necessitam; são,alem d'isso, velhacos e mentirosos.

Têm ódio profundo a todos os po-vos vizinhos e especialmente aos Hovas, habitantes de Imesina, povo de origem indonesianna, mais civilisados dque elles e de typo differentc : pclLamarellada, cabellos lisos ou ondeadosnariz bem feito, pequena estaturaQuando se eneolcrisam, os Sakalavo:juram primeiro pelo crocodilo, depoispelos Hovas, c essa imprecação denotao paroxismo do furor. Affrontam amorte sem receio.

Supersticiosos em excesso, os Saka-lavos usam toda a' sorte de amuleto.1ou talismans : pedacinhos de páu esculpido, grosseiros, imagens de jacarésdentes de reptis, rodeados de contasde vidro; o logar que devenf occupaisobre o corpo de cada um esses preciosos objectos é rigorosamente determinado, assim como a côr do laço que cprende c do tecido cm que é embrulha-do.

Os feiticeiros Sakalavos, cujo mistció muito lucrativo, são ao mesmo tempopadres, adivinhadores e médicos, enter-mediarios entre os espíritos dos morto:c a natureza viva, previdentes no:acontecimentos da vida familiar e so-ciai c são sustentados pelos indígenassupersticiosos.

Sua superstição manifesta-se especialmcnte pelos falys.

Um faly é uma inderdicção, com respeito a um indivíduo, uma familia, um;raça, ou um objecto, uni acto, uma es-pecie animal.

Ha dias faly (dias nefastos) ; se umacreança nasce numa sexta-feira, é le-vada á floresta c collocada no fundode um fosso, onde servirá de pasto aosanimaes.

E' prohibido servir-se de um objectodeclarado faly.

Objectos ou actos reputados tambcm4al», são os que constituem presagiosfelizes ou trazem sorte; as mais' res-I-fcitadas mascotes são : os dentes decrocodilo, o facto de dormir com a ca-beçri para o lado do Oeste, collocar ospastos de gado a Oeste, deitar o lixoa Oeste, nunca fazer as portas das ca-f-as, para o lado oriental. São mauspresagios os cães, que uivam pela ma-drugada, os gallos, que cantam depoisilo recolher do sol, as gallinhas que so-bem ás arvores, no momento cm quetão pôr.

Mas, entre os falys sagrados ha ai-

guns que são rodeados de maior vene-ração. Constituem a parte essencial daelegância sakalave ou reliquias reaes,cuja importância é tal que um rei éconsiderado como um usurpador se asnão possue os daJys de sua dynastia.sas preciosas reliquias tiram todo o seu

Iam sob as fôrmas mais exquisitas.Certos crocodilos, certas serpentes sa-hidas dos túmulos rcaes, consideradascomo manifestações do morto, são ali-mentadas c.veneradas a esse título." Es-se culto aos mortos materializa-se so-bre certas partes do cadáver e é para

Cr. v ^WTQj \f J5n™^ *Mv W dtp BWft. '

Os crocodilos sagrados que vivem nos pântanos dosdas residências reaes

valor das crenças religiosas dos Saka-lavos.

Esse povo tem uma noção, um poucovaga, da existência de um Deus único,que chamam Zanahary e que habita emalguma parte de céu, onde dispõe doselementos.

Os Sakalavos consideram-o respon-savel por todas as manifestações da na-tureza, cuja causa lhes escapa, porém,não lhe rendem culto.

Toda a sua religião consiste.no cul-to aos espiritos dos mortos. Esses sãojulgados immórtaes e cuidando de seusdescendentes ; perturbam seu somno,appareccm-lhcs cm sonhos, ou se reve-

conservai-os que coníecciaaasi essasreliquias reaes, que têm tanto preço pa-ra as famílias reinantes.

No Menabe, o grande rei Andri-anihanina, fundador da dynastia, quereina ainda em Mahabo, ioi quem noXVII século, Constituiu cs primeirosdadys reaes com os restos de seus douspredecessorc-s ; tomou mesmo cuidadoem conservar para sua descendência umde seus augustos dentes.

Depois d'e!le, seus suecessores pro-cederam também á confecção das ia-mosas relíquias «ornadas o signa! da I«-gitima transmissão de poderes. I'trando no túmulo de se

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O TICO-TICO S

o novo rei retirava todos os dentes docadáver de seu avô, assim como a pri-meira vertebra servical, uma mecha decabeMos e unhas.

Klle os collocavd dentro de um chi-fre de um boi vermelho, que havia sidosacrificado durante a invocação do reiaos espirites dos antepassados, emquan-te o outro chifre era jogado nagua.Depois, a cada anno, o soberano ia fa-zer uma visita aos túmulos dos ante-passados e cs dadys eram solemnemen-te levados pelo primeiro ministro, se-guido de todos os habitantes, até o ri-beiro vizinho, onde os mergulhavamna agita.

Mais ao Sul, na região de Tuléar, haos mesmos hábitos.

O primeiro ministro corta a primeiraphalauge do dedo minimo da mão di-reita do rei defunto, depois arranca-lhe um dente, de preferencia um cani-no, t colloca essas relíquias num sa-quinho bordado. Mas ha ainda um ou-tro objecto precioso a acerescentar, pa-ra que a relíquia tenha todo seu valorsymboüço.

E' necessário saber que certos ja-carés r: ¦ aro por sagrados aos olhos dosreis, que o: consideram como a encar-nação viva dos espíritos de seus ante-passados ; são os crocodilos do rei.Vivem nos lagos, perto da morada reale são ornados com anneis ou braceletesde prata ou de cobre, para que todos osreconheçam e é prohibido perturbarseu repouso. Mas, quando fallece umrei, sofírem uma penosa operação queé a conseqüência de sua alta qualidade.

Pescam um d'elles e o submettem ámesma operação que o rei fallecidosof f reii, arrancando-lhe um dente ! Masse o cadáver inerte não estremece, omesmo não se dá com o animal, cujosdentes s_o muito bem plantados.

Amarram o terrível animal e abrem-lhe a guela com toda a prudência quecomporta esse preliminar de operação.

E' uma verdadeira tragédia o arran-car d'esse dente, que vai para o mes-mo saquinho bordado em que estava odente e a phalange do rei, cuja conser-vação está ligada aos altos destinos diraça.

O saquinho é collocado numa caixade zinco que fica confiada em depositoa um grande chefe. No dia da coroa-ção do novo rei, em presença d'elle e dopovo, o guarda das reliquias tira uma um, da caixa, os saquinhos e os col-loca, por ordem de antigüidade, entreduas estacas plantadas no solo. Essasestacas são regadas com sangue de boi.Em seguida o novo saquinho vai reu-nir-se acs outros. Só o guarda das re-liquias pádc entrar na sala onde é guar-dada a mala que contem as caixas defolha de zinco ; qualquer outra pessoaque entrasse alli seria punida com amorte.

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Darcy

Darcy, o interessante filhinho do Sr.Henrique Pereira Alves e D. HcrciliaFaro P. Alves, completou a 6 do cor-rente o seu Io anniversario natalicio.

— A 13 de abril passado, fez annoso nosso distineto assignante Hermene-gildo Fontes, d'esta capital.

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residente em Lapa, São Paulo, faz an-nos a 21 do corrente mez.

Fez annos a 4 do corrente o ga-lante Jorge de Oliveira, residente emSantos, São Paulo.NASCIMENTOS

O lar do Sr. Raymundo H. Ribei-ro e de sua esposa D. Maria PintoRibeiro acha-se enriquecido com o nas-cimento de um interessante menino quereceberá o nome de Robinson.

Com o nascimento do robusto Eli-to acha-se em festas o lar do Sr.Raul Antônio Soares, estimado func-cionario da Central do Brazil e de D.Antonietta de Souza Soares.

O nosso collega de imprensa, Dr.Thjmé Reis e sua esposa Exma. Mariade Almeida da Silva Reis acham-sepossuídos de justa satisfação com onascimento de uma robusta menina, quereceberá o nome de Elza.BAPTISADOS

Foi ha dias levada á pia baptismalna matriz de S. Joaquim, a innocenteMaria de Lourdes, filha do Sr. Dio-genes Pontes e de D. Maria Pontes.

A' noite, após lauto banquete, reali-zou-se na residência dos progenitoresda galante menina, uma animada soiréedançante, que se prolongou até pela ma-nhã.RECEBEMOS E AGRADECEMOS

A Vida Acadêmica — mais um nu-mero d'este importante órgão da classeacadêmica, que tem como directores osSrs. Rodolpho Ramos de Brito e Gene-sio Pitanga Filho e foi distribuído a 5do corrente mez.

A Vida Acadêmica com a publicaçãod'esse numero entrou no seu segundoanno de existência, apresentando umamagnifica edição de 8 paginas.

Hcrmcnegildo Pontes

Passou ante-hontem o anniversa-rio natalicio da gentil Valentina Lah-mever Dias Leite, residente nesta ca-pitai. Alzira Guimarães, sympathica ir-mã da nossa leitora Maria Guimarães,

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A interessante Iracy O. Garcia, irmã donosso leitor João Garcia, residente emRio Claro—Estado de S. Paulo.

HORLICKS MALTED MILK gjS&SS

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BIBLIOTHECA D'"O TICO-TICO' AS AVENTURAS DE LAVARÉDE 29—Então que vozes são essas que ouço

ahi em baixo ,—São dos soldados da guarda de Vos-

sa Excellencia, que estão conversandocem Jeronymo, o Bravo.

—Soldados ?!... Guarda para mim ?Quantas honras ! — murmurou Arman-do.—E quem é esse Jeronymo ?

—E' o arrieiro.—Ah ! sim ? E porque o chamam o

Bravo ?—Porque foi elle que deu o signal de

unia das nossas revoluções, ha um anno.Toda a gente sabe d'isso no paiz inteiro—explicou Concha, com orgulho.

—Ah ! Foi elle quem...—Sim, senhor; e ainda ha dous mezes,quando o general Zelava foi deposto peloDr. Gusman, foi também elle que deu oprimeiro tiro para a nova revolução.

Nesse momento ouviu-se um galope naestrada, e a criadinha , curvando-se ájanella, recuou com um grito de es-pauto :

—Jesus ! Maria !... O general Zelavaahi está a cavallo.

—Que Zelava ? O que era presidenteda Republica c foi deposto pelo Dr. Gus-mau ?

—Esse mesmo.—Que virá elle aqui fazer ? Quererá

promover outra revolução para voltarao governo ?

Talvez — disse Concha — masem todo o caso corro a recebel-o por-que elle é muito estimado...

—Então porque o depuzeram ?Porque elle recusou promover to-

dos os coronéis... Achava que já tinha-mos muitos generaes.Quantos generaes havia ?

—Trezentos.E quantos soldados ?Mil e quinhentos.

Lavaréde desatou a rir e Conchasahiu, deixando nosso amigo sem rou-pa, mas provido de boas informaçõessobre a política de Costa Rica.

Approximou-se por sua vez da ja-nella para observar o pateo.

Ahi viu o general Zalaya, que a ca-vallo no meio dos soldados deitava dis-curso, dizendo:

Jeronymo ! Nosso partido contacomtigo. O miserável Guzman, que feza ultima revolução em nome da liber-dade- não cumpriu nenhuma de suaspromessas e além do mais quer bai-xar o cambio.

Ha dous mezes a revolução começouna província de Nicoya; que hoje co-mece aqui c que, como sempre, sejao primeiro signal dado pelo bravo Je-ronymo. Não queres, hesitas ?...Excellencia ¦— respondeu o arriei-ro; — Não me recuso a essa gloriosamissão... mas, antes, queria ser infor-mado. Não ha perigo nessa revolução ?Nenhum. O castello de D. Joséjá está cercado por amigos meus, nos-so partido, o partido dos Livres estáprompto e também sabe que eu só pro-movo a revolução quando não ha pe-rigo algum.

E atirando um punhado de piatrase A", dollars ao ar o general Zelayapartiu a galope para amotinar parti-darios em outra localidade.

Lavaréde não hesitou e mesmo em tra-jes menores como estava, desceu aopateo levando como arma uma cadeirade bambu' e dirigiu-se ao arrieiro di-zendo:

—Meu amigo; ouvi tudo e estoudisposto a auxiliar a revolução. Marche-mos contra D. José.

Mas, com grande surpreza, viu Jero-nymo fazer um gesto de negativa, que ossoldados acompanharam com um movi-mento de desanimo.

—Não—disse o arrieiro.—D'esta veznão darei o signal. Conheço D. José; seibem que é capaz de resistir.,. Compre-hende. Elle assumiu o governo ha tãopoucos dias que ainda não pôde ter tidotempo de ganhar alguma cousa e não hade querer ser deposto com os bolsos va-zios. Portanto, resistirá; haverá sangue,e eu não estou disposto a me metter emrevoluções assim.

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Engana-se — disse o jornalista.—Ao contrario, eu encontrei esses dousquadrúpedes cm poder de ladrões; to-mei-lh'os para os trazer até aqui. Te-nho d'isso testemunhas. Aqui estão estesenhor e esta senhorita, que podemaffirmar.

E Lavaréde relatou o incidente.Entretanto, o homem da capa fallava

de novo em voz baixa ao ouvido do ca-pitâo, que disse :

Está muito bem, mas eu não soualcaide nem juiz para resolver um casod'estes. Sou apenas commandante daescolta. O senhor francez foi aceusado

gentilmente o capitão Morales.—Eutenho ordem de obedecer a seus meno-res desejos.

Assim, Lavaréde teve, ao menos, aconsolação de fazer a viagem montado.

—De resto—continuou o capitão—nossa viagem será pequena. Chegandoá base da Cordilheira, encontraremoslogo um rancho, onde estão preparadosaposentos para Vossas Excellencias.

Miss Aurett ficou pensativa. A sur-preza d'aquella recepção no territóriode Costa Rica parecia-lhe um máu pre-sagio, e o nome de D. José causava-lheinquietação. Felizmente, seu pai alli es-,

Bouvreuil fas-se ladrão para garantir o casamento de Quiteriade um roubo; eu prendo-o para leval-oao tribunal, que julgará a aceusação.

Não havia que replicar, a apparenciade justiça estava contra Lavaréde, queo comprehendeu e documente collocou-se entre os soldados.

E a caravana seguiu, indo todos mon-tados e só o pobre Lavaréde a pé.

Mas miss Aurett não podia vêr issosem emoção...

—Meu pai — disse ella ao official —tinha comprado um animal de monta-ria, que nos acompanha, inútil; peçoque o dê a esse maço, que conhecemose sabemos ter sido preso por engano.

t— Pois não, senhorita — respondeu

tava, e Armando, de certo, tomariatambém sua defesa. Isso tranquillisa-va-a um pouco.

Entretanto, o homem mysterioso dacapa, deixara-se ficar para traz atécollocar-se ao lado de Lavaréde. Ca-minhou assim alguns instantes, em si-lencio, mas surdo, com um riso abafa-cio, que intrigava o jornalista. Por fimfallou, em excellente francez, dizendo :—Então, Sr. Lavaréde ? D'esta vezparece-me que tiro minha desforra dasaventuras a bordo.

Lavaréde não poude conter um gestoe'e estupefacção,—Bouvreuil !

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30 BIBLIOTHECA D'"O TICO-TICO'

—Em pessoa, para o servir.—Que feliz encontro ! — exclanaou

lavaréde — Que vem o senhor fazeraqui ?

-Cobrar o aluguel de meu quarto ?—Sinto muito, mas ainda não recebi

a herança de meu tio.—Ora adeus ! — replicou o capitalis-

ta. — pois ainda pensa n'isso ? Perdeseu tempo. Amanhã será preso como la-drão dos dinheiros de Jeronymo e, gra-cas á minha combinação com meu ami-go D. José, ficará na prisão durantea i mezes. O tempo necessário para queperca a esperança d'essa fortuna. Edepois d'csse recolhimento de 11 mezes,eu virei buscal-o para que case comminha filha Quiteria.

—Brrr... Não me assuste d'esse mo-do ! — exclamou Lavaréde, fingindoque tremia de horror.

— E' o que lhe digo — continuouBouvreuil — O senhor terá o prazer deser naeu genro.

O jornalista não replicou. Na verda-de a situação parecia-lhe critica. Elletivera a imprudência de se collocar nasmãos de seus adversários e agora nadapodia fazer senão resignar-sc e esperaros acontecimentos.

Foi seguindo, calado, sem responder.A' tardinha, jantou em companhia demiss Aurett, sir Murlyton, o capitãoMorales e seu futuro sogro. Depois co-mo estavam todos fatigadissimos, dei-taram-se c Lavaréde adormeceu logo,com o somno pesado de um hoanem mo-ço e forte, apóz tão rudes aventuras. Oousado jornalista dormiu tão bem quenão percebeu a desagradável visita deque foi victima durante o somno.

Alta noite, Bouvreuil penetrou pé an-te pé, no quarto de Armando e contem-plou-o com um riso mephistophelico,murmuraaado :

—Ah ! canalha ! Pensas que poderiascontinuar essa viagem impossível ?Pois, vais vêr.

E lentamente, com methodo, o pro-prietario começou a juntar a roupa

que o jornalista despira para dormir eatirara sobre tuna cadeira. Deixouapenas a camisa, ceroulas, meias ,e bo-tinas; fez com o casaco, calças, colletee chapéu, uma trouxa, que levou e ati-rou em um barranco da Cordilheira.

Só depois d'esse hábil trabalho é queBouvreuil se foi deitar com a alma sa-tisfeita.

Seu plano era simples. Lavaréde eraum homem perigoso pela fretilidade evariedade dos recursos de sua imagina-cão ; mesmo preso e no interior de Cos-1.1 Rica, poderia fugir. Mas sem roupae sem dinheiro com o qual pudessecomprar outro vestuário, não havia pe-rigo de que pudesse sahir do rancho deGolfito.

No dia seguinte., estavam já todosa cavallo para seguirem viagem, quan-do o capitão Morales estranhou que oprisioneiro não se apresentasse.

—Provavelmente ainda está dormin-do— disse Bouvreuil — o melhor édeixar alguns soldados para escoltal-o.Nós não havemos de ficar aqui até queelle se resolva a accordar.

Morales attendeu immediatamente aessas observações e deu ordem para querecomeçasse a marcha.

Miss Aurett, que desde a véspera reco-nhecera Bouvreuil c desconfiava de ai-guma traição, insistiu em perguntar porseu companheiro de viagem.

—Está bebedo desde hontem — res-pondeu Bouvreuil.

—Mas nós não o devemos perder devista — observou a moça.

—Alio llsso ser verdade ! — affir-mou sir Murlyton.

—Não ha duvida. Logo que desper-tar o Sr. Lavaréde virá ter comnosco,com sua escolta.

E como o capitão Morales lhe deu ra-zão, tiveram mesmo que seguir. Na mes-ma noite chegaram a Cambo, onde o Sr.Governador (D. José, em pessoa) os es-perava ean unaa fazenda pomposamenteintitulada Castello da Ia Cruz.

Que fazer senão agradecer cortezmen-

AS AVENTURAS lar'. LAVARftDF. rn

te a hospedagem ? Mas o peor é quelogo após a ceia, D. José, com sua habi-lual brutalidade, dirigiu-se a sir Mui-lyton, pedindo-lhe a mão de miss Aurett

—Temos aqui uma capella, um padiea cerimonia póde-;e realisar immcdiatamente—disse elle.

—Minha filha não é catholica — ob-jectou sir Murlyton, para ganhar tempo.

—Isso é o menos ¦—disse D. José —Depois podemos legalisar a união noConsulado Inglez.

—Mas eu não me quero casar ! — pro-testou a moça — o senhor, de certo, nãose atreverá a forçar a vontade de umacidadã inglcza.

—Peço-lhe muitas desculpas por des-mentil-a—disse D. José, com um sorrisoferoz—mas affirmo-lhe que hade casarcommigo.

E, a um gesto seu, quatro soldados ro-dearaoi e amarraram sir Murlyton.—Mcttam-o na cadeia àté que se resolva aordenar a sua filha que se case commigo.

—Miserável ! — exclamou miss Aurett—Prefiro morrei", anas nunca o despo-sarei.

E olhou em torno de si, procurandr.uma arma com que pudesse defendersua honra. Não havia alli por perto cou-sa alguma que pudesse servir de armae D. José appr.oximou-sc com cttrvaturascbsequiosas.

—Oh ! miss, tranqiiiliise-se... Eu nãc*permittirei que morra; e uana bôa fi-lha, como é, aaâo hade também querer amorte de seu pai, que será enforcadodentro de uma hora, se nesse espaço detempo, a senhora não se tiver casadocommigo. D'aqui a uma hora voltareipara conhecer sua resposta.

E, deixando miss Aurett, aterrada, ogovernador de Cambo sahiu com Bou-vrcuil, que murmurava :

—Assim, aaão ha duvida. Lavarédenão desposára a iaaglezinha rica ; masparece-me que D. José leva muito longeo abuso da autoridade.

CAPITULO NI ü\

CO-MO Sli 1'RErARA UMA REVOJ-L" Í0 *America Centrai.

Tendo despertado muito mais taide«o que seus companheiros, Lavarédesentiu ainda no corpo um torpor cxqui-sito. Mal sabia elle que seu somno assimextraordinariamente longo era devido aum narcótico, que o pai de Quiteri:imandara pôr em seu copo, durante o jau-tar.

Lavaréde vcslc-se

Mas o jornalista, recordando-se dasameaças de Bouvreuil e dos perigos quemiss Aurett ia correr, tratou logo de sal-tar da cama. Teve, então, a surpreza, ri-dicula e terrível. Sua rotipa, seu revól-ver, tudo dcsapparecera.

Teriam ladrões penetrado alli ? Não..,não era provável, e Lavaréde descon-fiou logo de um attentado de Bouvreuil.E Lavaréde começou a gritar.

A criadinha do rancho, rama raparigachamada Concha, acudiu logo. For ellao jornalista soube que eram 8 horas daíanhã c que todos tinham já partido.

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11 O TICO-TICO

SPORTS D' O "TICO-TIGOÓrgão official da Liáa Infantil de Sporís ^fhleflcos

CAMPEONATO INFANTIL DE FOOT-BALL PARA 1915

FOOT-BALLOS «MATCHS DE DOMINGO

apenas de jogo. Nesse mesmo goals. Na segunda metade dohalf-lime, ainda conseguiu aug- tempo, elevou o score a 5 ooalsmentar o score com mais dous contra zero do Fluminense

Fluminense F. C. «versus*cl{, Flamengo

C.LIGA METROPOLITANA

Tabeliã do Campeonato do I?io de «Janeiro, da l.a Divisão, em 1915

1.' Teamsda 1 ¦ Divisão

1" Turno

CLUBS

America.

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Fluminense..

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No campo do Fluminense en-contraram-se estas equipes-, emmatch official, domingo ultimo,terminando pela fácil victoriado team vizitante, que derro-tou seu adversário, pelo eleva-:lo score de 5 a 0!

O encontro era esperado comanciedade e difficil seria desi-gnar, previamente, o vencedor.Mas isso contando todos coma defesa de Marcos no goal do Botafogo..Fluminense. Marcos, porém,não se poude apresentar porter-se machucado seriamente, Flamengo.,no match Fluminense-S. Chris-tovão, o que, talvez.desanimou,quasi por completo, todo oleam do Fluminense, que nãooppoz resistência alguma a seuantagonista. O substituto de Rio Cricket....Marcos, Carlos Carneiro, em-bora nao tivesse inspicado con-fiança a seus companheiros de São Chti.tivãoequipe, é bom goal-kepcr, ten- -

emS6r? n1tar/qU6 ^W ^'^ 30,,lgniflca empate ; x« sígnifica J°go ganho e o, significa jogo i

Flamengo melhorou de trai-nino, ; todos jogaram bem.prin-cipalmenle Nery, Gallo, Cariol

, e Sidney. Baena fez poucas de-fesas.

Do Fluminense nada se podedizer, sua equipe ainda não está *n,,ricillirme e jogou sem a admiráveldefesa de Marcos. Esperemosoutros jogos...

A íormação dos leams era esta:Flamengo :

BaenaAntonico — Nery

Coriol—Parra—GulloBahiano—Sidney—Borba—Rie-

mer—RaulFluminense :

CarneiroVida]—J. Cardozo

Nestor—Pernambuco—MendesBarthô — Celso — Wellare — C.

Alberto—ErnaniO primeiro goal do Flamengo s" Cnrlstevía

foi marcado aos Irez minutos,

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rdido

2.--Teams iS GoílI.S ! J»da 1" Divisão O«, = s .s « „s1.- Turno .H ., 5 g S -S 2 -gí: S

CL UBS S S | J - o °" o S>

America *

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1 -., 2

Flamengo * E X li 7 3

Fluminense ... E * X 10 O :;

Rio Cricket ... O O * I 11 0

São Cnrlstetit O #230

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O TICO-TICO 12

O joso dos segundos teamsioi interessante: o flamengo,ao terminar o primeiro tempo,possuía <3 goats e o fluminenseapenas 2; no segundo tempo cFlamengo parou de lazer tantogoal e entrou o Fluminense comTodo o seu jogo, vazando o goaldo flamengo Ty vezes em segui-da. ticando com o.score superioraté que, ao linalisar o tempo,conseguiu empatar o endiabra-do match.

ü match T\io Crichel 'Botafogo

No «match» realizado hontem nocampo de Icarahy entre o Botafogoe o Rio Cricket, venceu o club alvi-negro pelo -score» de 3 a 0.

Òs «goals» foram feitos : dous por.Mimi e um por .Menezes.

Eis as elevens:Botafogo—P team :

CésarCarlito—Dutra

Colo—Jucá—CaldasM. Pi-nto- Aloysio — Menezes-Mimi—Gagá

Rio Cricket— P team :Edwards

Oliver—GermanTulk — Wiíiton — Neville — Mouk—

Masson—Reid—Edrupt-CalvertDo jogo dos segundos «teams» sa-

hiu também vencedor o Botafogopor 1 a 1.

* * *Soares Dias Foot-ball Club

D'este club recebemos o seguinte com-tiumicado :

"Illustre redactor — Saudações —Te-«ho a subida honra de vos comrnunicara organisação da nossa "equipe", quetomou o nome de Soares Dias Foot-ballClub, cm honra ao nosso professor.

Aproveitando o ensejo communico-vosque sabbado ultimo disputámos um"match" amistoso com o Souza AguiarF. C do qual sahimos vencedor pelo"score" de i a o.

O nosso "team" achava-se assim or-ganizado:

.Vencedor:Chagas

Abreu — DemetrioFanstino — Ivan — Marques

Ayrosa — Cosia — Castro — Jarbas—JovcrSouza Aguiar F. C.J.Vencido:

Joaquim IRenato — Nicomedes

Heitor — Arlindo — EureceAugusto — Joaquim II — Oswaldo

— Manuel — VespasianoDo "team vencido salientaram-se Hei-

Jor, Joaquim, Renato, Manuel e Nico-Jjiedes. Pelo nosso "team" jogaram bemjovcr, Abreu, Faustino, Mario Cragas ePemetrio.

O ponto que garantiu a viçtoria foiJbarcado por Faustino-

Actuou como "referee" o Sr. NelsonGama do Nascimento.

* * *S. Miguel Foot-Ball Club

d'este clubRecebemos da secretariao seguinte communicado :

Illms. Srs. redactores do Tico-Tico.—Saudações—Tenho a honra de vosparticipar que em assembléa geral or-dinaria foi eleita a nova directoriapara reger os destinos d'este club em1915, que ficou assim constituída; pre-sidente, Sr. José Carlos de Saiu'.Anna;secretario, Sr. Ivo Augusto; thesou-reíro, Sr. Jayme Gris; procurador, Sr.Edgard Pessoa; orador, Sr. José Pin-to Novaes; director do "sport", SrZeferino Agra Lima.

* * *

1->3000

oo

NOPaiquerê

PARANÁ'Foot-Ball Club

Fundou-se em Guarapuava, Estadodo Paraná uma sociedade sportiva de-nominada Paiquerê Foot-Ball Club. A

M. Guassú.C. Ferreira, 49 ks... •Não correu Flamengo.Tempo 113 1|5"Ganho por meio corpo ; terceiro a

um ^orpo.4* pareô — Cosmos — 1.609 metros:

Joliette, A. Fernandez, 53 ks —Jurou, J. Zachv, 54 ksDon Roso, D. Vaz, 55 ks....Barcelona, Lc Mener, 52 ksAli Rigtlt, Marcellino, 54 ks—Alarife, 1). Croft. 54 ksMina de Ouro, M. Michael3, 52ks

Alcazar A. Olmos, 55 ksTempo: 107'.Ganho por 2 corpos; terceiro por

cabeça.3* pereo—Grande Prêmio «Initium»

—1.H09 metros:Interview, 2 annos, S. Paulo, Lou-

renço Júnior, 51 ks 1Enérgica, L. Araya, EX) ks 2Estilhaço, D. Suarez, 51 ks 3

Não correram : Espoleta, Cabocla,Piá, Hloah, Guatambú. Guaporé,Mysterioso, Estilete.

Tempo-. 10(5 íiS'*.Ganho por 2 corpos: tereeiro a va-

rios corpos.ü* prreo—Dr. Frontin — y.uOO me-

tros;sua primeira directoria foi assim eleita: Ornalus, MyMichaeis, 53 ks

Presidente, Plinio Schleder; vice-presidente, Solano Kainert; i" secre-tario, José Schleder; 2" secretario, Ar-lindo Faria; 1° thesoureiro, OctavioLima; 2o thesoureiro, Annibal Stres-ser; i° orador, João Anastácio Dellêe 2° orador Adalberto Lisboa Sprengcr.

DIVERSASPara amanhã está marcado o en-

contra entre o Botafogo e America,duas respeitáveis equipes. «O match»será no campo do Botafogo, na ruaGeneral Severiano.

—Para domingo estão marcadosdous jogos: Fluminense-Rio Cricket,no campo do primeiro, na rua Gua-nabara ; Bangú—America, no cam-po do Bangú, na estação do mesmonome. .

TURFAS CORRIDAS DE DOMINGO NP

DERBY-CLUBAs corridas no prado do Itamara-

ty estiveram muito animadas e foi oseguinte o resultado geral :

1- pareo-Extra-1.000 metros.Scamp, M. Michaels, 51 kilos... 1Buenos Avies, Le Mener, 51 ks. 2Naida, D.'Suarez, í9 ks 3King.s Star, D. Vaz, 49 ks 0

Tempo: 64 1[VGanho por pescoço; terceiro a um

e meio corpo.2* pareô—Progresso—1.000 metros

Cangussú, E. Rodriguez, 53 ks. 1Diamant, D. Croft, 57 ks —:... 2Dietadura, D. Suarez, 51 ks oClarim, I. Carneiro, 53 ks 0

Tempo 100 1|5".Ganho por dous corpos ; terceiro a

egual distancia.3- pareo-17 de Setembro — 1

motrosZingaro, P. Zabala, 49 ksVoltige, A. Fernandez, 55 ks...Bigua, E. Rodriguez, 51 ks

Orange, P. Zabala, 53 KSVoltige, A. Fernandez, 53 kilos.Querò-Quero, O. Coutinho, 53.ks 0

Não correu Yolupté Chaste.Tempo: 130".Ganho por cabeça; terceiro por

pesecço.7* parco—ltamaraty—l.ot'9 metros:

Parado, R. Cruz, 54 ks. 1Cacilda, C. Ferreira, 5'» ks 2Durian, Lourenço Júnior, 54 ks. 3

Tempo : 107".'Ganho por um corpo; terceiro a

vários corpos.

i:n s io i»%t 1.0

AS CORRIDAS DE DOMINGO UL-TIMO NO JOCKEV-CLLB PAU-LISTANO.Estiveram muito animadas as cor-

ridas de domingo no Jockey-ClubPaulistano, no piado da Mooca.

resultado dos pareôs foi o se-guinte :

1* parco —Bority e Thalia — Pou-les simples, 8íj>300; duplas 7*400.—Tempo 98 Ha.

2-pareô — Recuerdo e Ophelia —Poules simples, 7$700- duplas,IG$200-Tempo 104".

3* pareô—Eclipse e Mv Ileart—Pou-les simples, 15|3C0; Juplas, t'i?£00. —Tempo 108''

pareô -Mysterioso e Gabrilo —Poules simples 5o-,-3O0; duplas50$. —Tempo 73"

5** parco— Harmonia e Bority —Poules simples 23$000; duplas 02*$ ——Tempo W'

o- pa/eo — Chileno e Sornette —-Poules simplçs 12$:«.00; duplas 8$G0O—Tempo 108".

A raia esteve optima. O movimen-to geral da casa de poules foi de22-|66$000.

50 AVISOToda • eorrespoudeiicia de sjtorl

«!«•*<¦ srr r«.<*rlpta de um só Indo dopapel.

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A formosa Moura adiantou-se lentamentea té cj ue, chegando a dous passos do corsário,ajoelhou-se em altitude de profundo respei-to, beijou-lhe a fimbria do manto e disse:Senhor, agradeço a Allah, nosso deus,a ventura de tornar a ver-te em perfeitasaúde.

Krgue-te, Janina — disse Barbaroxainterropendo-a bruscamente. — Ergue-te ediz-me porque motivo teu barco veiu dolado de terra.

De costume, quando vens ter commigo

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aqui, vens directamente de nossas galeras, que vogam em alto mar fora do alcance da vigilância das fortalezas. Portantoquero saber porque motivo, hoje, tiveste a audácia de ir a terra e andar entre os christãos antes de vires aqui.Que meu senhor me perdoe—respondeu Janina — Essa terra de que falia, como se fosse para mim desconhecida,essa costa hoje habitada por christãos e onde eu pareço uma intrusa, foi, comtudo, a terra de minha infância feliz e descuidada.Como assim ? Que fábula é essa ? perguntou Barbaroxa, com voz severa.—Oh I meu senhor, — respondeu Janina — Como pode esquecer que, não ha muito tempo ainda, os mouros barba-rescos, senhores do mar, haviam-se estabelecido neste littoral. Meu pai que era um dos chefes mais eminentes, reinavajustamente sobre esta região e tinha o seu palácio na villa de Bormeth,naquella grande torre que ainda se vè alli á beira-mar.Aquella que hoje serve de prisão ?— perguntou Barbaroxa.—Exatamente, meu senhor Foi naquella torre que eu passei os primeiros annos de minha vida, no meio dos mouros

e dos christãos, porque muitas vezeseu, brincando pelos arredores dastorres, misturava-me aos folguedosdas creanças da aldeia.

Feliz tempo, aquelle. Para mim,então, todas as creanças eram eguaes,e eu não conhecia os ódios de raça,os horrores da guerra. Vivia tranquil-Ia, lidava com toda a gente sem pre-occupação. Por isso é que aprendi afallar com tanta perfeição a linguados christãos e conheço tao bem oscostumes d'esta terra.

Mas vivíamos assim, confiantes,quando a região foi invadida pelastropas do rei de França. O ataquefoi violento e inesperado ; meu paique não dispunha de muitos solda-dos, foi surprehendido em seu pala-cio e massacrado com todos os seusservidores.

Eu estava junto d'elle quando osprimeiros christãos entraram e o ma-taram.

Lembro-me ainda dos horrores,do morticínio, a que assisti quandoos Christãos, em armas, invadiram atorre e mataram meu pai sobre seuthrono. Elle mal teve tempo para sedefender.

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14 A RAINHA DOS CORSÁRIOSROMANCE r>E AVENTURAS i

Capitulo IV — Barbaroxa. !

O TICO-TICO

{Continuação)

Recordando esses factos tão dolorosos, Jaruna não tinha no rosto expressão de desgosto, soffrimento ou ^" -'saudade; não haviaem seus olhos uma lagrima; suas feições, de admirável belleza, contrahiam-se numa expressão formidável de ódio e dureza; um desejoferoz de vingança.

E como notasse que o pai de Margarida observava-a attentamente,parecend o ler em sua face os sentimentos de seu coração impla-cavei, a linda moura recompoz logo a physionornia, voltando a apresentar no rosto expressãç submissa de infinita doçura.

E continuou a narração, dizendo :— Só eu escapei ao massacre, porque Bubekir, o escravo negro, que até ho je me acompainha.conseguiu salvar-me. O gigantesco e de-

dedicado negro levou-me porjun subterrâneo secreto, que parte da torre do pala cio e é tão habilmente disfarçado, que, até hoje, os

christãos, que ficaram senhores da torre, não descobriram a existência d'essa galeria. IBubekir levou-me para o littoral, conseguiu apoderar-se de um barco c vogou para o alto mar, onde fomos recolhidos por urru»

galera árabe, que nos levou a Argel.Ahi cresci e eduquei-me no meio dos piratas musulmanos, que me dedica vam verdadeira veneração, como se eu fosse uma

divindade.Ahi está, meu senhor — concluiu Janina — Ahi está como me tornei uma r ainha de corsários.E calou-se. «O fidalgo fitou-a severamente :

Em todo caso — disse elle — Só não me explicaste porque foste á terra de tua infância; que interesse tinham em andar pelolittoral.

-— O' senhor ! Eu queria apenas chorar sobre o túmulo de meu pai.Não Janina. Não foi para isso que andaste pela terra. Foi para me es pionar e saber onde eu ia.Senhor — disse Janina — Sou tua esposa e, portanto, segundo a lei mu sulmana, tua escrava. Como podes pois imaginar que eu

me atrevesse a espionar-te ?Responde francamente — insistiu Barbaroxa — Sabias perfeitamente p ara que vinha eu ao esconderijo d'este rochedo trocar

meu vestuário de chefe de corsários por uma roupa de mercador christão ?Sim| eu o sabia porque sempre te venho procurar aqui. Demais, acho pe 1 feitamente natural, que\ para vender aos christãos as

jóias e pedras preciosas, que trazemos, tinhas que adoptar vestuário de infiel.Não, Janina; tu sabes mais; sabes que não é somente para isso que eu mudo de roupa.Senhor, eu joro-te.Não mintas. Tu sabes que vou a terra, principalmente para abraçar minha adorada filha.

Então a moura ergueu a cabeça, um lampejo de ódio fulgiu-lhe no olhar e ella exclamou com voz rude :Sim. Eu o sabia.

Barbaroxa segurou-a por um braço e fitando-a de perto perguntou :Então espionaste-me... querias saber onde escondia eu minha filha... para que ?

Janina retomara sua attitude humilde de esposa musulmana.{Continua)

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O TICO-TICO QUEM SEMEIA VENTOS. 18

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\ ¦ a,: U 'H . :

.;¦$! (Viico Mormaço é o mais poderoso ebarulhento trombonista da capital e dosEstados.

i;,.,...^ ,,,,,,,,,, ^^;^j^,j>^,f;.

c?^#-

) ^%á

Gosta de dar serenatas obrigadasa trombone, e também de tocar solosdeliciosos.. ¦

s*©Mas quem não gosta de nada d'isso. é

o Petequinha, o mais caprichoso dos fi-lhos de Pctecâo.

0 Petequinha não quiz mais aturar taesdesaforos e jurou vincar-se.

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• í~\/ Jf vj>*áà

Musica sem água não vai, pois é preül ciso molhar o trombone de vez em

uandx).

E Petequinha apanhou um balde comágua e despejou-o na bocca escancaradado trombone.

— ^|., 'P/A x^WlP 1

Bu...'bú... — Que foi isso? O Petequinha nunca levara tamanho borrifo

dev^r 'u^cíe^

mutr \£ZZ. TT^o no rosto. E d"essa vez também não gostou da serenata.

Chico Mormaço vai começar...

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É MACACO(Conlwujçâo)

O TICO-TICO __

i" A tragédia continuava na casa de ""\Zé Macaco, e Baratinha, disposto a escondeu-se por detraz d'elle. Quan-

*%

(continuar a brincadeira, tirou da pa- , (lo appareceram seus pais. continuou Ha Irede o retrato de seu tio Tiririca e, estafada cantiga da Filomena... 1furando-o na bocea... ,

SJM.J ,,_-i_g§j-4© ' 5lM!. á

O pessoal da casa estava realmente assombrado e amedrontado. Aquillo já cheirava a alma

Jdo outro inundo, por isso, todos de joelhos imploravam pelo perdão do querido Xtco Tmnca.

_______W_\__\ m \\_^-**^ ^-^ / /^\__-_»-^^"^ j/ f—ffcfT-* i À_y ^*r /

Mas Baratinha -lindo por finda a brincadeira, apparrceu de repente, por detraz do quadro, ante os olhares attonitos de todos, devolvendo a

calma ao lar que. por alguns dias andara, por sua causa, tão s3bresaltado. -

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17 O TICO-TICO

HISTORIAS E LEGENDAS

ARLÊTA u\^^Rosi,ta Evit cantara bem naquella

noite ; pelo menos era essa a opiniãode muitas pessoas, que ouviram oj iscliio interpretado por ella. Eramtambem interessantes as fitas cinema-tographicas.

Riu-se «e chorou-se vendo scenàs. representadas per personagens de gc~latina.

O Politheamá da Fortaleza — Ceará— regorgitaVà.Rodando pela porta, uma pobre ne-

gunha procurava entrar... mas comoo poderia fazer ?

Cobravam nessa noite iSooo. Nemmes_mo nas noites cm que se pagavam(>?!& réis, podia a pobresinha permittir-se tamanho luxo.

Era, entretanto, necessário que se ap-proximasse da gente rica, para de tos-lão cm tostão ganhar pelo menos 2$ooocom que pagaria o remédio para a vovó.

Pobre vovó, jazia tolhida de dores.Arlêta, a pobre pequena, conseguiu

meltcr a cabeça e tentava introduzir-scno recinto, quando, zangado, lhe disseo guarda :

— Suhe d'ahi, bichinho preto !Deu volta e procurou entrar pelo ou-

tro lado, onde se viam as figuras inver-tidas. Não veria cantar aquella moça

cheia de jóias, mas que importava ? oentendia queria era arranjar os vintetostões... Nada conseguiu, pois ahi co-bravam pela entrada um tostão.

Entristeceu... quiz chorar... conte-vc-sc... foi até o jardim... sentou-seao chão... chupou um dedo.

Distrahiu-se, olhando dous meninosmuito branqttinhos, tambem pobres...Por fim sahiam do cinema ; Atiètafoi para a porta e estendendo a mãosi-nha escura começou a cantilena :

— Uma csmuliiiJia pelo amâ diDeus ? !...

Nada lhe deram.E' demasiado trabalho para muitas

pessoas, metter a mão no bolso ou abrira carteira, para acudir ao pobre.

Entretanto, uns iam a pé para aspróprias casas, outros de automóvel, ou-tros entravam nos restaurantes. "Bla-ck and White", café concerto inglez,encheu-se logo.

Os generosos britannicos não perdemvasa de se divertir e muito estimamquamlo com o seu divertimento podemprotejer algum patrício.

Atleta parou á porta, espiou lacrime-jante, ninguém a repelliu ; espiou nova-mente, olharam-na. Approximava-sereceiosa. O empregado a fitou carran-

PELAS ESCOLAS

cudo. A pretinha assustou-se e recuou.Deixe-a entrar — disse em inglez,uma joven, sorrindo para a inisera.

Era um sorriso triste de flor estio-lada.

John — exclamou no idioma eleByron — gostaria se me dessem essacreaturinha ?

John solicito mostrou á creança umnickel. Arlêta correu para elle'mos-trando dous fios de pérolas, engastadosem bocca bonita.

Como é engraçadinha — tornou ainglcza—vem cá, queres ficar commi-go ?

Quê — respondeu — si voismccêmi dá doi mi rê pá remedu da vovô.—Dou até mais —disse, caprichosa,a moça.

—Queres mesmo essa pobresinha ?—exclamou o marido contente por vêrque a enferma nutria um desejo de pos-sivcl realisação.

Sim ! — respondeu a esposa.—Vem, pequena, mostrar a tua casa.Arlêta foi correndo, louca de alegria.Os pézinhos pretos, apenas tocavam

o chão e via-se seu corpo mal cobertopelos mulambos.

Oito dias depois, Arlêta seguia paraLondres e a avósinha se libertara dorheumatismo e da miséria.

m -*Ç|ÍW IjTOTjjft __¦:-¦:-- -JSB_K '¦--'-'" W" mmmmm. ^_fl _¦'"'* ^aBBSH

«f it t_? _Bt ' ''''-H Pr "3—1 E_P _H_ W&À _«S8>^'-: i_B IflBr

po de applicados ahmnpj do Collegio llelios, d'esta capital, dirigido, pelo DjtF&relijno. Fonseca

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O TICO-TICO 18o«=

ASPECTOS DA GUERRA

'¦¦ Bi »t* ^J^tç, ^^BÉ_B_ j^"*"' B—St—fcan* G& yBBvr £¦ ff L»m»_»»»»_l7 ^W-T

_¦_: jCjB _B_tí_»,h< ^jSMl* \a IrÈr^^tiUEm *" ^Bt 3 ^BlJBB»'»**-'' iSv- jB "^^^ >•/?_)¦_•: * ¥

Bfl^_Mfl__K «V-*-4 ¦¦_¦-/ ¦ _E_»m ¦¦ LÍ *i.i:»'. •-?,• ¦ ^B^r ' »»f ¦¦_¦_•* ^*. /# 1 'BflttKBBBBBBtBpt. *¦ ü" T-1^* 'T nn___JBB »»r Mmr- • vil ^Bfl»_b»_bhPw». *¦¦ i _»Jn»»_' " 9L. i. BBV * wí *_B

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Soldados allemãcs fazendo camaradagem com as creanças na Bélgica

Zulmira Neves Queiroz — Não vemosinconveniente em publicar a sua compo

sição musical "Caprichosa", mas, antes,deverá ser submettida a exame.

Mario de Souza — Não temos tempoa perder com meninos malcriados, comovocê, que está todos os dias a nos apo-quentar com as suas cartas tolas.

Arminda de Vasconcellos — Somos-*lhe muito gratos por suas amáveis pala-vras.

Rosalino de Macedo — Pôde, perfeita-mente; depende apenas de estarem emcondições os seus trabalhos.

Marietta N. de Oliveira — E' muitogentil nossa amiguinha, não temos atéexpressões para agradecer tantas ama-bilidades.

Antônio Rocha Moreira — Não,senhor Moreira ! Isto aqui não é qque o senhor pensa. Só serão publi-cados os trabalhos que estiverem emcondições.

Recebemos E vão ser submettieosA EXAME OS SEGUINTES TRABAEnOS :

QOMF-OSIÇÕES, CONTOS E DESCRI-tções : — "As jóias de uma mãi'',por Luiza 'Castello e "A Hora Fatal",por Deocleciano Ramos de Oliveira.

Versos acrosticos S anecdotasde : — Jefferson Xavier Baptista,Newton Xavier Baptista, Jaiza PintoGaspar, Mauro Duarte de Souza, Ly-dia R. de Assumpção, Maria Figuei-redo Rocha e Dauro Meira de Vas-concellos.

Desenhos de : — Orlando Thomaz,José Fernandes, Jaiza Pinto Gaspar,Newton Xavier Baptista, JeffersonXavier Baptista e Eaura R. de Almeida,meida.

Perguntas de : — Noemi da CostaValente, Maria da Cunha, Renato Pe-reira Guimarães, Julieta dos Santos,Ary da Costa Valente, Jefferson Xa-vier Baptista, Maria da Costa Valente,Antônio Sant'Anna, Aracaty Flores,Aracy Flores, Alice Galati, Maria R. Pi-rheiro. Mario Fiúza de Oliveira, Ne-v lon Xavier Baptista e Carolina Hcn-r;er de Souza.

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Alzira Toledo Rodrigues e José To-ledo Rodrigues — Podem enviar-nos osseus concursos, que serão acceitos comprazer.

Ninon Faria —Sim, recebemos, masainda não foram examinadas. Aguarde,portanto, a sua vez.

Max Linder — Aquelle romance é edi-tado em francez e a única traducção queha é a d'0 Tico-Tico.

Nozino C. Pimentel — Recebemos aíplução, Está certa e entrará em sorteio.

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:!>erman.

4 Allcmanha pc/anlc os alliados. Desenho do nossa cojlqborador, J, Hcrman

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19 O TICO-TICO

CORRESPONDÊNCIA

DR. SABETUDO

sos de sua casa. Sem conhecel-os, como possível! 2° — Quanto á tal senhora edo-hei de responder? sa, nada é possivel aconselhar sem co-

Thylda de Barros (S. Paulo) — Exa- nhecer as condições do enlace. 3°—Lettractamente: pronuncia-se quatorze. 2° — Só indecisa.a pratica e a observação podem ensinar Lamarline S. Marinho Para amaciai

Z. Paiva (S. Paulo)—AEscola Navalê aqui nos arredores do Rio de Janeiro.Mas olhe que para entrar para ella é pre-ciso ter o curso gymnasial. Está prepa-rado ?

Judith Edith Caldas (Recife — Im-possivel, porque ? Faz-se como outroqualquer tunnel. 20—Só tem uma indica-ção má—versatilidade; mudar de opi-mão e de sentimentos, facilmente. Nomais, deve ser meiga, generosa, desin-teressada, contentando-se com o que tem,incapaz de inveja.

Rosalinda Colleone R. (Santos)—Mas,minha bôa amiguinha, ha muitas moles-tias do estômago e dos intestinos. Semexame, sem conhecer os symptomas,nada posso dizer.

Colotnbia Martinez (Bello Horizonte)—E* exactamente essa folha. 2°—Indecisa.

Raymundo H. Corduru'—Pronuncia-stAnchiêta e Nóbrega.

Lydia Alves de Freitas—Se são antigase profundas as cicatrizes de varíola, sãoindeléveis. Em todo o caso expejimentimassagens com creme Simon e loções con.água morna e algumas gottas de tinturade benjoim. 2°—Pó de arroz, um dos me-lhores que conheço é Aglaia.

Dery Coelho—Mas de quem é aquelleconto ? Já o li por ahi. 2° — Lettra denun-ciando espirito um pouco artificioso, fa-ceirice muito trabalhada e laboriosa, gran-de preoccupação pela opinião alheia. Deveser também um tanto vadia. Por emquantoé só.

Gentil Marcondes de Moura (S. Pau-Io)—Conforme. Qual é sua edade?

Mamine—Vous "faites" de Ia neuras-"thenie, commc disent les médicins dan=leur affrcux jargon. La cause? Ah! Voi-lá. II íaudrait connaitrc plus particuliért-ment votre existence, vos oecupations; sa-vons si vous avez eu des maladies, ou deschagrins ou dès travails excessifs. Votreáge (approximatif bien entendu; je ne se-rais pas capable de dévender un chiffre

praticabem.

Yveline de Valicres (S. Paulo) — Umtanto indecisa ainda, mas indica gêniodesegual, um pouco irritavel e impaciente,mas muito bom coração, emoção fácil. Aindicação mais grave é de resolver tudo

as mãos, unte-as com vaselina pura aodeitar-se. 2° — Os aluados. 30 —'Eutendoque se deve fazer sempre. No minimoseis mezes para obter resultado com-pleto.

Raymundo Azevedo Santos (Villa No-va de Lima) — O espelho faz-se, esten-

sem pensar. Parece uma impulsiva; mas, dendo uma camada de estanho sobre umacomo é ainda muito moça, esse defeito lamina de vidro. 2° — A chamada guerrapôde ser passageiro. dos cem annos durou, de facto, 116 an-

Rosctte Bourgct — Agradeço de todo nos, pois começou em 1337 e só terminoucoração seu cuidado.Exactamentc a perma- em 1453. Travou-se entre a França e anencia no trabalho é que atrazou minha Inglaterra e teve por causa inicial a ri-cura. 2° — Indecisa.

Frederico F. Farsbebcr — Na livrariaJacyntho.

Líla _ Moraes (Pelotas) — Não tenhooutras cartas, suas para responder. 2° —Um pouco indeesa, mas já indica acti-vidade, habilidade manual, tendência para

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validade entre Philippe de Valois e Edu-ardo II, da Inglaterra. 3* — Não . temacção sobre os cravos senão a de queimai-os, mas ataca a pelle. Não muda a côrdos cabellos. 4° — Mais facilmente apren-dera electricidade. 5° — Ha para isso umÁlbum especial publicado pelo chefe dasecção charadistica d'0 Malho.

Nydia Rosati — Faltam-lhe 3 l|- kilospara ter o peso normal. Precisa fortifí-car-se.

Ccsario Lima — Mas como é isso? Temum pé mais frio do que outro ? Nãoserá isso da posição em que dorme ? 20 —Caracter normal com espirito pouco do-minavel, mas disciplinado por mefhodo eraciocínio, um pouco versátil com expan-são inesperada e accesso de prudência.

Desolée — Não. A lettra só pôde de-nunciar moléstias nervosas. Que edadetem ? Mande algumas explicações sobreseu modo de viver, suas oecupações, ai-tura e peso e os symptomas da moléstiapara que eu possa formar juízo; o queme diz nesta carta é muito vago. 20 —Espirito vivaz e altivo, que a educaçãoreligiosa não modificou muito; um poucosentimental e sonhadora, vê as cousasmais com a imaginação do que comosão, realmente. Talvez tendência paracxaggerar as contrariedades.

Henrique IV — Mas não me tinha fal-lado nessas dores. Isso não é caso paraconsulta assim por carta. Precisa trata-mento methodico com um medico. E nãase descuide. Faça-se examinar sem de-mora. 2° — Escreve-se "coxa". 3°—Muita

exact a une dame) serai aussi une infor- Aracy Mendes, filha do coronel Alfredo amiga dos seus e de sua casa, generosaMendes, representando a figura daRepublica, em uma festa realizada cm15 de Novembro ,cm Itaquy—Rio Gran-de do S11I.

e mesmo com tendência a perdulária,muito fácil de se emocionar, cuidandomais dos outros do que de si, mas rebeldea qualquer dominio. Pouco affectiva paracom os alheios á sua familia.

Maria Alba (Bello Horizonte) — Paraclarear a pelle o que conheço de melhor éfazer fricção com vaselina pura. 20 —Lettra indecisa.

Olga Pereira Bueno — Esse remédio o

mation indispensable. II faut me donnerdes indications detaillécs. Sans cela il meserá impossible d'indiqucr un regime.Pour-tant, je crois que votre cas est três simple.2°—E'cripture ne dit rien de su quandon est malade commc vous. Pour le mo- ¦ment, je n'y vois que la^revélation d'une .'."'..ame inquiete, vibrante, três ardente, tor- artes, gênio um pouco írntathço c bomturée par une imagination três vive et des coração.nerfs três sensibles. Pedro B. de Oliveira — Seu caso não

Quitcria d'Annunciação (Bello Hori- pôde ser julgado sem exame medico. Pro- (rUe'faz é tornar a pelle macia, não podezonte)—O melhor é dizer: botões azul- vavelmcnte será até necessário um exame aiterar uma epiderme que é naturalmentemarinho. 2"—O plural de miolo é sempre de sangue. grossa. Mas sabe que ter a pelle assimmiolos. 3o—A indicaçãoi do tal professor é Euripcdes Teixeira Fraukliu (S. Ce- é muitas vezes signal de saúde ? 2° —tão vaga, que não voje como determinar raido) — Se de facto essa moléstia está Mas minha filha; essa questão de retratoo personagem cm questão. 4°—Lettra in- grassando por ahi, dirija-se ao miusterio depende de bom gosto. Em geral, o quedecisa. 5'—Para melhoral-a compre cader- <ta Agricultura, que fará mais do que dar se deve procurar é uma attitude bem sim-

conselhos; encarregar-serha do tratamento pies, sem pretcnçÕes nem artifícios; quan-do gado. ío a escolher essa attitude isso depende

Joanna da Costa M. — Indicações ex- do physico da pessoa. E' claro que umacellentes. Deve ser muito bôa, meiga c moça muito gorda não deve se retratardócil, resignada, fácil de contentar, iuca-paz de uma deslealdade; naturalmente

Tenha paciência, mas o francez da carta alegre, mas muito sensível a qualquer of-que me mandou está tão errado, que é um fensa. Também apparecem_ indícios de es-verdadeiro quebra-cabeças. pirito aristocrático e dominador, que se

Carlos de Saboia —De visu e pari-passu deve desenvolver mais tarde a menos que uma moça de sua edade ueve ser de te-

pronuncia-se como se escreve, com os uma grande affeição não a domine. 2°—De cido bom, mas leve e não de grande pre-acentos tônicos no vi e no' pa. que espécie são essas manchas ço (o luxo exaggerado nunca fica htm a

Salomitha Gustavo — Mas, minha bôa Perolina Sampaio (Bahia) — Se não uma senlionta) o figurino deve ser oe.

amiguinha, isso depende muito dos recur- ha impecilho, porque duvidar ? Tudo é gosto, mas bem simples; cor azul ou ros?,

nos de calligraphia.Elisabclh de Lima (S. Paulo)—Ácido

borico e assucar, misturado cm parteseguaes c espalhado pelo logar em queellas costumam apparecer.

Solindo Cunha (S. João d'El-Rey)sentada, para não parecer ainda mais gor-da... mas isso é uma indicação; não épossivel escolher a posição para uma pes-sôa que não se conhece. 30 — Sem duvida.Para ir a um casamento, o vestuário de

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O TICO-TICO 20

c'aro, sapatos de entrada baixa e luvasde fio de escossia ou de seda. 4' — ben:timetrtal, meiga, afíeiçôa-sç facilmente, cmrito confiante, fácil de dirigir, mastambém de se d-?'xar exaltar . por umaC"]Sa

Ccw?rc-Na casa Mme. Roche.2"—Indecisa. .

Leonardo Cosia 'Bahia) - Pode; comcrande diíficuldade, mas pode.

Climaco Cavalcanti (Rccife)-A Ingla-(erra ,ou a França ou os Estados Omdos...Conforme o ponto de vista. As demaisperguntas, não têm resposta. Qual e ohomem mais intdíigentc e instruído 110punido ?... Ora, meu amigo! _

1/ £. A-._Pois é claro, Sc nao softres-sePíos' intestinos r.ão teria essas mau-chás. No mais: Quem é?

Ulxsscs Jttóa-Para o ponto de vista deconhecer a lingoa, tem leitura agradável.Recommendo-lhe entre os portuguezes Al-meida Garrett, Herculano, Cam.llo. tia-lho de Almeida e padre Antônio Vieira,entre os brazileiros, Ruy Barbosa, Lucly-des da Cunha, Capistrano de Abreu c Syl-vio Ramero. _

José Pereira Janscit (brutuba)-Devcempregar todos cs esforços para deixarde fumar, pois, pelo que diz, seu estorna-go não resiste ao effeito do fumo. 2 —

Uma moléstia com taes symptomas naopôde ser tratada sem exame. Parece-meúue sua irmãzinha, tem moléstia geral, ata-cando a vista; provavelmente tem glan-dios tuberculosos, mas sem exame nadase pôde affirmar.

Álvaro de Araujo-V^ls. Colgate; 2—Água oxygenaca. 3 — Lettra indecisa.'

Francisco Teixeira (Santos) - Minhaopinião? Nenhuma. 2"—Deve dizer _ asmathematicas". Pois não c possível por oartigo no plural e o substantivo no singu-lar 3"—A palavra ingleza have (tem),pronuncia-se heve. 4" ~, Kf™1^?" ?Hammond. 5°-Iss3 depende da habilidadee paciência de quem ensina. 6°—A Protls"<4o de engenheiro é um dos mais bello íu-

' turo no Brazil. 7—Para mim a melhorobra de Júlio Verne, é " A Ilha Mysterio-sa". 8°—Electricidadc. £>' — Em minhaopinião é o Belfort.

Maria da Silveira Pacca-0 romance ARainha dos Corsários foi publicado emPariz, ha cerca d; dous annos, mas iaestá com sua edição esgotada.

José Augusto Vem (S. Pau.o)-Se crobusto, com sua edade, todos os soprtssão bons, salvo a luta romana c o bo.x.

A. Cardoso (Bahia)—Antes da guerra,a segunda esquadra de guerra do mundoera a da Allcmanha e a primeira a daInglaterra. _. _ ,

Nclty C. dos Santos. (S. João d El-1mal com alguém", a*—Conforme nosdamos" é "tempo presente", significa quco acto se fez no momento cm quc se falla;"nós dêmos" é passado; significa que ofacto já se passo;:. 3"—Ainda não forarapublicados cm volume. 40—Desde 5? ate18$, conforme a qualidade. 5°—E' muitoamável, mas deve comprehcndcr quc se eumandasse meu retrato a todos quantosm'o pedem .ficaria arruinado cm photo-graphias.

Victoria Guimarães—Um muitas casas,como Villas Boas, Cavallierc c outras. Ospreços variam conforme as qualidades cos tamanhos.

Edmundo Pereira (J. Finnino)—Nao.meu amigo, essa não pega. Então você foia um medico e elle recusou tratal-o, man-dando-o a mim? E' boa, mas muito calva.

L G. V. (Campos)—Não; o tr.agnetís-nio alii' nada pôde adiantar. Mas, porquenr0 C0i, medico? A's vezes esses

casos dependem de uma operação muitosimples. i-i

Marina Carneiro—Ah! nao ha duvida;o estudo é a melhor distracção, o melhorconsolo, o melhor amigo. Eu gostariamais das lettas, mas se não é rico prefiraa musica, que tem as vantagens mais pra-ticas. _

Stella Carneiro—Certamente. O magis-terio é a carreira mais bella para umamoça. 2"—Indecisa.

Rosa Niram—Creio quc isso nao dis-pensa exame. Em todo o caso mande-meinformações mais detalhadas c diga-meespecialmente se suas dores não appare-cem em epochas determinadas.

Alzira Guimarães (Niclheroy)—Lettramuito singular, com indicações contra-dictorias. As prinepaes revelações de sim-plicidade, affectividadc relativa, exacta-mente porque é muito ampla; nao sabeodiar nem guardar rancor a pcssqa algu-;ma ¦ =eu principal defeito nesse sentido, eo de ser egualmente cortez e piedosa paraos quc lhe merecem e os que nao merecemaffeição. Confia exaggcradamente nas de-monstrações de affecto ou de pezar detoda a gente. Modesta, amiga de sua casa,di intelligcncia muito lúcida, embora a ti-nudez muito a prejudique, dedicada, cs-

quecendo-se mais facilmente de si do quedos outros. ..

Marilia Ribeiro—Não respondi porqueainda não pude formar juízo seguro. 2"—E' muito indecisa ainda.

Marilia Ribeiro, Celeste Alves (Pelo-tas), Ivan Mirabcau lonscca, Basinho(S. Miguel do Veado), Ernesto Pires,Inah, Gentil Marcondc de Moura (SaoPaulo). Jandyra Gacrtncr, Carmen òilva,Lúcia da Conceição Unira - Muito inde-cisn

Adalberto Malarazzo (S. Paulo) — Eexcellente, como todos os preparados doDr Picrrc.

Jaiea Pinto Gaspar—Como não? Qaul-quer leitor pôde mandar concursos.

Mai assiqnante—A Emulsao de bcott, eexcellente íortificante, sobretudo para cre-ancas, mas não deve ser tomado nos mezesquentes, porque então produz erupções napellc. Nos mezes de verão, prefira o Qui-nium Labarraque. 2"-Prcfiro o leite an-tipl.elico. 3-Usar da água de Melissa(des Canncs) é bom, abusar e que e peri-

Octavio (Cordeiro)—De facto, essa va-riação de lettra e a mania: de enfeital-acom rabiscos vários é máu symptoma;indica falta de firmeza c preoecupação decousas mínimas, com prejuizo do que eessencial.

Maria M. de Castro (Porto Alegre) —Pôde mandar o retrato. Mas como hei deeu mandar-lhe esses versos? 2°—Lettra 111-decisa.

Bebê Gucnabcn—-Mas isso eu não ensi-no. Acho que essa mania de mudar a cordos cabellos é um disparate. Para essescravos, toque-os com água oxygenada epasse no rosto Creme. Simon.

Simone, Blanchard — Franceza, liein?Assim eu também eu sou. 2"—Mas comohei de eu adivinhar seu peso, conhecendo-lhe apenas a edade? Pensa que isto c fei-tiçaria? 3° — Lettra indecisa ainda.

B. Lahct (Taraguá) — E' só abrir umdiecionario c ficará sabendo: Algo^ signi-fica: favor, beneficio, lucro, mercê, mtc-resse, trabalho, mortificação, angustia,pena, desvelo. Pôde também significar, porliberdade poética, alguma cousa, qualquerque cila seja, mas alguma d'essas cousasacima citadas. Nos versos de Garrett, queme enviou, a significação é clara.

"__ Filho das minhas entranhasNesta hora minguadaLembra-te se algo devesA alguma dama honrada."

Isso é, lemura-tc se deves a algumadama ,íavor, angustia ou desvelo. Está sa-tisfeito? No exemplo clássico: Homemquc madruga de algo cuida; significa: ho-mem que acorda cedo é porque trata dealguma cousa de útil, de proveito ou defavor. Entendeu? No exemplo tambémclássico: "Vossas mercês em que se oc-cupam? Jogam ou fazem algo! (Ulyssi-po) Ainda fica mais clara a significaçãoda palavra. A pergunta é esta: " Vocês es-tão brinendo ou fazendo alguma cousa deutilidade ou proveito." Não c possível ti-rar á palavra algo o caracter de cousa útil,obrigatória ou de valia. A palavra fidalgosignifica filho d'algo, homem d'algo, issoc: de valor, de poder c merito. Bcrnar-dim Ribeiro, diz na menina c moça, que asdonzellas, filhas d'algo eram levadas acorte. Andar ao algo; significa andar aoganho.

DR. SABE TUDOgoso. ,_ . . ,.„ .

America Alcântara (Campinas)—Nao e -

essa. Sempre é bom usar. 2-Mas de-pois de lavar com clara de ovo, deve-se ti-rar bem a clara c lavar com um sabonetecomnuim. Já quc o caso é assim, mistureloção de cucalyptus em partes cguacs comPilogeneo.'-a—Oh! Ha de me dar licença paranão acreditar. Geralmente, os ciumentosaffirmam que o não são. Em todo 0 casopôde ser quc eu me enganasse. Lrrarc hu-mnnum est.

Raphael de McUo—MiS basta fazer umou dous exercicios por dia, vanando-os.Desde quc comece pelos exercícios maisíacis verá quc os outros não são fatigan-tes. Eu tenho experiência pratica, com va-rias creanças c posso affirmar quc os re-sultados da gymnastica sueca são maravi-lhosos. ,

Pucilo B. Leilão— Não concordo comum nem com otitrp. Acho quc amais per-feita Rcpubfica do mundo é a Suissa.

teta Penna—Ou não lê o Tico-Tico, ouestá brincando. Já lhe tenho # respondidovarias vezcs.e especialmente; já estou can-çado de ensinar remédios para fazer nas-cer e crescer o cabello.

V. Cruz (Joazeiro)—Isso depende deeducação especial.

c_'^'z/_/fo*Ma*Ç£X^*W^

(Desenho, de D. Alei.vo)

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21 O TICO-TICO

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RESULTADO DO CONCURSO N. 961Ahi têm, nossos leitores, a solução exa-

«cta do concurso n. 961, que á primeiravista parece muito difficil e no emtanto,como vêem, é a cc-j-a mais simples d'esteinundo.

Publicamos abaixo a lista dos concur-rentes:

Florcntino V. Monteiro, Romão Fave-ro, Dalva Leal, Areolma Godinho, EuniceLeal, Eryx de Castro, Irene Maia, Jaymi-nho Cardoso da Silva, Lelia do EspiritoSanto, João Lopes Pereira, Raul Vieira,Manuel Pereira Amorim, José JoaquimCorrêa, Marcello Irr.iro, Fernando Tei-xeira Leite, Fernar.^D Neves, Nair Mara-nhão, Aloysio Lobo das Mercês, MariaNobre do Nascimenií. Mario da Gama

Ávila, Anteusina Sant'Anna, Maria deLourdes Vianna, Célia Macedo Soares,Arlindo Alves Pinto, Cylda Brazilíano,Antônio Amaro Gonçalves, Antônio Cer-<iueira Rego, Maria Odette Freitas, JoséAlfredo Pinheiro, Carolina Lopes Merre-izes, João Nunes Seíling, Vivaklo Guima-rães, Achilles Motta, Diniz Moreira Lo-pes, Henrique D. Goulart, Lourenço Pi-telli, Iracema Silva, Saint-Clair Teixeirade Azevedo, Jurema Falcão Pfaltzggraff,Marcellino Innoceneio, Doralyce Gama,Maria Lydia Brag?. Silva, Eloah CostaMagalhães, Celina .ia Silva, Alpha Vas-conceitos, Alberto R. Paz, Dcta Penna,Orlando de Souza, Luiza Castello, Cario-ta Vieira de Macedo,, Rubem AntônioGomes, Barlholonieu Ribeiro, Raul Blon-det, Maria Olga Leopoldo Silva, DarcyEmbach, Maria de Lourdes Brandão, Cia-rice Dias, Maria Antonietta Alves, MariaJosé Nabuco, João Gabriel BantlAnna,Waldemar Nelson, José Ramon Teixeira,Dermeval Ferraz Almeida, Maurilio Du-

arte Nunes, Olginia Durão, Horacio San-tos Caneco, Edith Gonçalves Ferreira,José Oliveira Duarte, Gabriel Figueiredo,Heloisa Oliveira Barreto, Rubem PaesLeme, Thõmaz Gabrielli, Attila José Bar-roso, Maria da Conceição Siqueira, Dur-vai Pinto Júnior, Maria Pertence, BrancaVogel, Lconie Stranch, José Alves Mene-«es, Alayde Odette Oliveira, Gilberto D.

Sento, Cacilda Lopes Faria, TherezaD'Ainto, Lúcia Carneiro da Rocha, Leo-nor Carmo, Cecy Pereira, WaldemarMeira Barroso, José Bonilha, BellinhaBorges, João Ferraz, Paulo Silva, AbigailBôa Viagem, Semiramis Americana, Pau-lina Begot, Vasco Borges Araújo, Urba-no de Castro Berquó, Concessa Lima Sil-veira, Raul Jorge Sá, Álvaro AlmachioGusmão, José Martins Fontes, Lybia Mon-

aÊh^^ê\.

A solução exacta do concurso n. 9C1

teiro Barbosa, Olivia Maciel Roda,, AndréRibeiro Machado, João Ellent, Oscar Soa-res, Yara Oliveira Quito, E. Menezes Ma-chado, Eduardo Prado Figueiredo, LuizSoares Oliveira, Nestor Braziel Caldas,Manuel Costa e Souza, Octavio CarvalhoValle, Orestes Moraes Alves, EuridiccFernando Erich, M. Barros Filho, Manu-ei Rbgo Barros, Edmundo Nobrega Pe-reira, Durval de Mello, Humberto Bruno,Ignacio Saboya, Manuel Bittencourt, Tau-lino Menezes Rocha, Odette MirandaMachado, Atalá Guerreiro Cunha, MiguelFreitas, Homero Pulcherio, Maria Nicia

Nobre, Carolina Heuriqueta Fecsz, rauli-na Velloso da Silva, Ary Telles Barbosa,Alzira Alves Nazarcth, Sylvia de Barros,Nelson de Souza Carvalho, Accacio dosSantos, Marccniano Poly, Maria Francis-ca Guimarães, Celsito Dias Lima, Anto-nietta R. Machado,, Maria AntoniettaFreitas, Benedicto José, Octavio MartinsRibeiro, Maria do Carmo Dias Leal, Don-guinha Dias Leal, Homero Dias Leal, Fi-lhote Dias Leal, Marilia Dias Leal, RubemDias Leal, Aristóteles Godofredo Aquino,Manuel Moreira Rocha, Waldemar M.Guimarães, Maria da Conceição Castello,Odette P. Espirito Santo, Walter Braga,Maria Apparecida Corrêa, Aida Cancjo,João Figueiredo, Iracema Prata, MariaInnocencia Castilho. Mercêacs RuizAguiar, Eurico de Carvalho Penna, Osmundo Godi, Edmur Borba, Idalino Leo-ne, Alice Doria, Manuel Alonso Soares,José Pereira Júnior, João MarcondesNetto, Petronio Magalhães, NathanielLeite Aguiar, Joaquim Martins Araújo,Firmino Gaudencio Machado, JandyraSoter, Jesuina Freitas Braga, CorbelinaA. R. Leão, Emilia do Nascimento, Ho-racio de Amorim, Lavinia Ribeiro Fonse-ca, Celina Zaratini, Analdina Soter, Mariade Lourdes Darbilly, Tito Livio de Cas-tro, Flora Joviano, Roberto S. Mendonça,Emma Corrêa Abreu, Decio Maia, LygiaMaria Fernandes, Irene Salcedo Dias,Jayme Gonçalves, Carmen M. Gama Jec-dão, Hilda Lussac, Eduardo Luiz Motta,Ricardo Souza Lobo, Benjamin Pcrset,Moema Estives, Verginaud Noronha, Pe-troclo Serzedello, Jaiza Pinto Gaspar,Lindolplio Alberto Barroso, Chrisíina Cor-tez, Nilsa Conde, Carlos Teixeira, Pe-drinho Clement, Sebastião Torres, Mar-cella Lambert, Jalvora Corrêa, Nelson N.Vasconcellos, Affonsina Macedo Pontes,Manuel Luiz Pereira, Ernani Santos, Ma-ria Borges Penha, Maria Pego Amorim,Werthcr Teixeira Azevedo, Cornelio Tei-y.Cns. Azevedo, Anna Alencar, Maria daConceição Silva, Maria de Lourdes SilvaMaia, Ceanita M. Pessoa, AlexandreMontessade, Bartholomeu José Filho,Dionysia Salmon Carlbey, Jurema Ca-molrn, Rosa Julia. Fruginele, Nair LimaMenezes, Castorina Alves Durão, Mariadc Lourdes Queiroz, Manuel

' Francisco

Peres, Narciso Cadoez Lima, Pedro Pau-lo Sampaio Lacerda, Godofredo VJosé M. M. Naegele, Tétéa Peixoto, Ne-ria Canozo Vieira, Nelson Lago Junquci-ra, Joaquim Roxo, Mario Alves da CmJoão 1-tily Filho, José Augusto AmRaul Ferraz Mesquita, Lydia AUl-s

en Evita miece o e s e mo-lestias de pelle,

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O TICO-TICO 22

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Antônio Pereira de Oliveira, SantinhaCosta Pereira. Salustiano Cintra, Mariode Oliveira, Conrado c Luiza de MelloFigueiredo, Manuel de Freitas Sampaio,

FEITO O SORTEIO, VERIFICAMOSO SEGUINTE RESULTADO :

1° prêmio—io$ooo :Oscar Soares

de 13 annos de edade, residente á ruaMarqucz de Caxias n° 58, cidade do RioGrande—Estado do Rio Grande do Sul.

2" prêmio — Uma assignatura annuald'0 Tico-Tico :Euphrozina de Menezes Machadode 12 annos de edade, moradora á ruaDuque de Caxias 11o 89, Parahyba doXortc.

RESULTADO DO CONCURSON. 974

SOLC^ÜES EXACTAS1-—Yara-cara2-—Fadu-iada3—Bispo4-— Anno-Anna

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"3iÉ*¦• -JBrr _v

19-JB^v )-_?/--*¦¦¦ # . v™~f "S:|^ ti \1^ __âi éu&ÊÊÊÈ__HL% V

Josalfredo Borges, nosso assiduo leilor,12 annof, filho do coronel Alfredo Bor-ges, residente na cidade de Patos, Mi-ftas.

Freitas, Darcy Gomes Lima, FernandoAquino Fonseca, João Vicente, Ivan Ra-poso, Alceu Barbcdo, Maria Duarte Silva,José Ferraz, Julita Ramos Araújo, LygiaOliveira, José Carlos Nogueira, EdméaM., Judith Telles Guimarães, VirginiaVidal, Laura Eleone, Waldemar Paiva,

Henrique Azevedo, Lucas José Geral-des, Edgard Mascarenhas, Avany R. Vidal,Jorge Cabral, Amphiloquio Estevcs Frei-"ias.Marianna

Oliveira Cavalcanti, Raul Si-queira Xavier, Henrique Conceição, Ja-

cob Guimarães, José Gonzaga César, Da-gmar Teixeira, Alda Barbosa, Yvc Be-zouchct, Joaquim Vianna Rocha, Vera deCarvalho Poppc, Carlos Alberto Barro-fo, Edgard Koebecke, Alberto MoreiraGomes, Joaquim de Souza, Zilah GondraCrespo, Cyrillo Warthons Ramos, ZulmarBonates, Joãozinho Vasconcellos, WalterBittencourt Passos, Linco Guimarães,Carlos César Accioly Lobato, Carlota L.Ferreira, José Leopoldino Farias, AlcidesCarvalho Andrade, José Calazans Pinhei-ro, Camcrino Dias, Lydia Pinheiro, Wal-demar Lefévre, Maria Isabel Freire, Wal-ter Flúres, Benedicto Mario dos Santos,Marinho Arruda Pinto, Dario Ramalho,Odette Castro da Veiga, Luiz Lourenzo,

Alfredo Castro Filho, Francisco Catão,José Edgard Catão, A. Sage, Rita Olivci-ra, Maria Guimarães, José Santos Cruz,Hevilia Cadoz, Manuel dos Santos Sá,Aricio Guimarães Fortes, Jandyra A.Aguiar, Áurea Gonçalves da Rocha, Divado Nascimento Calmon, Laura R. de Vas-concellos, Sampaio N. Júnior, Lauro deFigueiredo, Mariclta Mello de Faria, Do-nates Blander, Margarida de Carvalho,José de Sá Freire, Irene Carneiro Leão,Elpidio Evaristo dos Santos. OctavianoCorrêa Maia, Micaela Mustcliery Cestei-ro, Eulhaüa da Costa Dias, Maria Ritado Nascimento, Laura Rodrigues Netto,

Também o concurso da perguntascorreu muito animado, sendo gran-de o numero de soluções recebidas.

Eis a lista dos deeifradores :Uswaldo Paim, Arlindo da Costa

Santiago, José Augusto Gonçalves,Bazinha d'Alrnek!a, Moema EsteVes,Hygia Teixeira Campos, ClarisseDias, Vera de Castro Pentagna, Li-lito Vidal Leite Ribeiro, João Nepu-muceno da Costa Filho, Luiz Gon-zaga de Macedo/Pedrina Penha, Ma-rina C. Coutinlio, Nair Maranhão,Aguinaldo Alves Ribeiro, O. deQueiroz, Laura Oliveira Lobo, Bel-leza de Jesus Garcia, Floriano Wev,Marina da Cunha Cardoso Pinto,Dhalba Soares de Pinho, Hilda Lus-sac, Álvaro Falcão Moraes, OdetteP. Espirito Santo, Manuel Moreirada Rocha, Junia Botelho de Andra-de, Deta Penna, Alayde Odette deOliveira Carvalho, Odette Jacy deCarvalho, Helena Pitanga de Rèzen-de, Amirina Miranda, Darcy Embach,Joaquim Torres, Cleantho d'Albu-querque, Elza Pessoa, Idalino Leone,Luiza Castello, Judith Telles Gui-marães, Maria de L. Guimarães,Diomira Sal monColberg, Ary daCosta Valente,OriovaldoLeal, Al-varo de SanfAnna,Annette, Maria daConceição S. Me!-lo, Laura Eleonede Almeida, Pauli-na Menezes da Ro-cha, Mano Aghina,Daniel Sarmentoda Cunha, Osmari-na Gonçalves dosSantos,

'Eunice de

Faria, Maria doCarmo Dias Leal;Rubem Dias Leal,Marilia Dias Leal,Wal ter Sarmentoda Cunha, ActirPegado Goulart,Laura Chaves Me-nezes, José Veris-simo de Sá, Arlin-

Nathahyl G. de Souza, de 12 annos, filhado Sr. AHano Braulio, residente emPonte Nova, Minas, e que fez a suaprimeira communhão cm Dezembro doanno passado

do Castilho, Heleno Nogueirinha,Maria da G. Ferreira, Antônio Pinto,Eulina de G. Telles, Aracy Flores,Addy M. Fresz, lleraclito Leite, Àl-bertò Marrnho, Manuel M. França,Gofredo Lima Sócrates Ribeiro, LuizMario de Sá Freire, Georgina Ma-chado Costa, Domingos dos SantosCanim, Vera de Carvalho Tupper,Antônio S. da Rosa Borges, DarcyGomes de Lima, Bernardino F. daCosta e Souza, Mana da S. Nazareth,Armando Schinude Lima, Edel-weiss de Maracajá, Pedro BarretoJacobina, Max Maia, Jose Augustode Arruda, Newton Xavier Baptista,Djalma Setúbal Rabello, Maria daGloria Sabareuse, Celma Zarattini,Sahyra Nicolina da Silva Costa,Edrriar Borba, Virgílio Castilho, Al-da Cancjo, José Borges Ribeiro, JoséToste de Mello, Olga Gonçalves, Emi*lia Montenegro, Javme Araújo Lo-

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23 O TICO-TICO

renga, Helena Ferreira, Aurelia Pegode Amorim, Carolina de Barros eVasconcellos, João Pedro Coelho deMiranda, CcStor de Jesus, HyldaCruz, Alberto R. Vaz, AbigairRi-beiro Paz, Maria Ade aide Coelho,Aida Tavola. Ernani Santos, Walde-mar Paiva, Francisco Moreira \alle,Cândido de Andrade, Altamiro Pas-ca Velloso, Lydia Alves de Freitas,Pau iria Velloso da Silva, Aurora deVasconcellos, Carlos Teixeira, MariaPego de Amorim, Waldemar MeraBarroso, Emilia do Nascimento Mes-quita, Luiz Antônio Ferreira de Sou-za, José Emilia Martins, Manuel J.Carvalho Netto, Nelson Lago DinizJunqueira, Haroldo Rocha dAvilaGarcez, Octavio de Carvalho Valle,Euthalia da Costa Dias, Antônio Pe-reira Lei e, Irene Salcedo Dias, He-loisa Magno da Silva, Alzira Toledo,Mauro Duarte, Adovalcio Figueiredode Souza, Laura de Souza Cavai-canti, Leonel R. de Britto, Mario

Echos do Carnaval

Scnhorita Li"a Pereira Torres, de 8 an-nos de edade, filha do Sr. Avelino Fer-nandes Torres.

pes, Octavio Feital, Mercedes Fabre-gas de Góes Xavier, Juracy MarquesSerrano, F"ernando Thedim, Cléa daSilva Leal, João Lopes de Figueire-do, Álvaro da Silva Freire, Opheliada Costa Cruz, Maria de Souza Pin-to, Diva Clara do Nascimento, LauraHelvécio de Carvalho, Dinarte Osna-que de Figueiredo, Manuel Antôniode Souza Carvalho, Rita Maria daConceição, Sebastião Torres, PauloJosé B. da Silva, Olginia Durão,Maria Clemente, Angelina Sarabli,Rita Lopes, Jandyra Lopes, AurélioBueno da Costa Pereira, Esther Li-nhares, Jorge Sampaio, Analdina So-ter, Áurea Alvim, Rita Mana La-mego Filho. Albino Gomes de Sá,Maria A. L. Naegele, Attila José The-venard Barroso, Adelia Pinto, MariaDolores Pinto Coe'ho, Alice Conde,Carlos Eugênio Magalhães, Perci-liana Lopes dos Santos, MariquinhaGuimarães, Antônio de Mello Alva-

ffiSffiS'-

' &'•¦ Azm\

«0 Tico-Tico» na guerra

O nosso estimado leitor João Lima lieni*.zes, residente nesta capital. Photogra-phia tirada por oceasião do ultimo Car-naval.

Ferreira, Moema Vieira, Carlos CésarAccioly Lobato, Laelia Cerqueira, JoséFarache Filho,. Horizontino de Faria. Sa-lustiano F. do Nascimento. Lourival deSegadas Magalhães, Diva Souza Caüado,Laurindo Eudoxio dos Anjos L. Santos,

N. 072Arlindo da Costa Santiags, Laudelinã

Raliveira Moraes, Hygia Teixeira Cam-pos, Maria José Times, Marcelia Lam-berti, Euthalia da Costa Dias, Yara Cora,Benedicto Mario dos Santos, Auribellada Cunha, Odette Machado, Joaquim Tor-res, Carlos G. Ewbach, João Moreira deSampaio Junior, Monçaide Ferreira, Moa-cyr Oliveira, Maria A. Langsdorff Nae-gele, Ismael Bittencourt, Margarida Viei-ra,Maria Leal,Amaury Ribeiro Vidal.Ma-nuel Carneiro Pereira, Maria da Concei-ção S. Mello, Maria Borges da Penha,Oswaldo Luiz de Rosário, Anna Rodri-

gues de Castro, Eunice de Faria, DanielO suB-ornciu mais joven do exercito Sarment0 da Cunha, Amirina Miranda,aukmao-B este jovtn de 14 i|2 annos Manuel joaquim de Carvalho, Paulo J.de edade de nome Armin Krause, na- Baptista da Silva, Esther Linhares,tural de Melz, na Alsaaa. O joven Ar-min tomou parte no ataque de Mousson, .onde recebeu o baptismo de fogo.

D. Luccia Fucei e sen filho Francesco. E'filho do Sr. Vicente Constanzi, nossoicndcdor de jornaes nesta capital.

Rangel Potyloyor, Salustiano Cin-tra, Maria Luiza da Fonseca, LauraRodrigues Netto, Antônio Pereirade Oliveira e Decio de Souza Mon-teiro.POR SORTEIO, SAHIRAM TRIUM-

PHANTES:i° prêmio—io$ooo :

Sebastião Torrescom 11 annos de edade, residente emDuas Barras, Estado do Rio.

2° prêmio — Uma assignatura annualâ'0 Tico-Tico :

Newton Xavier Baptistade 11 annos de edade, residente á ruaMonte Alegre n° 209, Morro de SantaThereza—Capital Federal.

CONCURSOS ATRAZADOSN. 959

José Argemiro de Arruda, Gilberto D.Souto, Leonel da Cunha Rodrigues, ZiziMonteiro, Cacilda Lopes de Faria, Manuel Arnaldo, com 2 annos de edade e galanUCarneiro Pereira, Alencar da Silva Mello, filho do Sr.Fortitnato e de D. Amélia dé,Marina da Cunha Cardoso Pinto, Jandyra Assis, residentes cm Quipapá, Pernam*Alvim de Aguiar, Carlota L. de Ornelías bucp

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O TICO-TICO 24

CONCURSO N. 979Para os leitores dos Estados e d'esta capita*

WmW ^^l^D) sn 18»^)

Sé nossos bons amiguinhosnunca foram ao theatro assistira um campeonato cie luta ro-mana, vão tér hoje esse prazer,

[poríjiie a sol -lio do nosso con-curso de armar consiste na or-ganizaçãó de.dous íormidaveiscampeões, lutando desespera-Jamenle.

Não se assustem porque nãopassa de um concurso. Agora,enviem-nos esses interessanteslutadores até o dia 5 de Julho,Jata em que será encerrado esteconcurso.

A' margem do papel deve vircoitado o vale respectivo, tra-'^endo a assignatura do próprioconcorrente e a declaração porextenso da edade e residência.

Temos dous prêmios a dis-tribuir, sendo o

1- prêmio—108; e2- prêmio—Uma assignatura

nnnual d'0 Ticolico.

CONCURSO N. &S2TARA OS LEITORES DOS ESTADOS

PRÓXIMOS E n'FSTA CAPITAL'Peiguntas:

1i_~A Parenía e o nome demulher, formam uma estaçãodo anno ?

4 syliabas.(Antônio Aragão)

2-—O oceano, a vogai e oespaço de tempo, formam onome dc homem ?

4 syllabas.(Esmeraldina Fagundes)

3'—Não para, e o astro, for-mam uma flor ?

3 syllabas(Méa Pires de Andrade)

-•— Qual é o paiz da Europaque tem por capital uma mu-lher ?

3 syllabas.(Horacio Penido Monteiro).

um

Como vêem os nossos amlgui-nhos, são facilimas _s pergun-tas de hoje, constando apenasdc quatro, as quaes esperamosnos sejam enviadas com as res-pectivas soluções, até o dia 31de Maio.

Para o concorrente entrarcm sorteio, deve nos enviar assoluções assignadas pelo pro-prio punho, declarar porexten-so a edade e residência, e, final-mente, não se esquecer de col-lará margem cio papel o respec-tivo vai?

As soluções deste concursodevem vir separadas de qual-quer outro concurso ou colla-boração.

São estes os prêmios a seremdistribuídos em sorteio:

1- Prêmio—10S (moeda cor-rente).

2' Prêmio—Uma assignaturaannual d'0 Tico-Tico.

Francisco da Paixão, residente no Mcycr,por oceasião da sua I* communhSó rea-liasada na capella de S José, em Pe-tropo lis

Olhai para o Murodos vossos filhos

Uni-lhes Ivlorrhnin» (princii>i.>nctlvo do óleo fie ficado de bacalhau»de

COELHO BARBOSA & C.RUA DOS OURIVES 33 e QUITANDA 104

tifesim os tomareis lortsselivres de muita* moléstias nu ju-venlude

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O TICO-TICO AS MULETAS VINGADQKAS 35

Estes automóveis são uma desgraça. Ou matam oudeixam aleijadas as victimas. Assim aconteceu ao Jonjocaque. atropelado por um d'esses brutos perdeu umaperna.

O infeliz andava triste, macambuzio, pen-sando na grande desgraça que o obrigava a an-dar de muleta.

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Não podia conformar-se com a sua desgraça.De vez em quando parava á beira dos caminhos,

y~\ para descançar...

.. .e jsonhava com. a perna, que lhe parecia ver em logarda muleta, que elle costumava enterrar no meio do caminho.Certa occasião corria á disparada ò auto que o havia atro-pelado...

O chauffeur não vira a muleta e, esbarrando nella, o carro saltou, sendo ...a occasião. apoderou-se do auto e deu o fora, dei-arrastado pela. muleta. O chauffeur ficou quasi esganado e Jonjoca apro- xando o chauffeur em companhia de tão vingadora mu-

v<*hou. .. leta.

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AS AVENTURAS PO CWQUVWHO A. ESTW.Ê.A». "NJV B\C^i GV.BTT K

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Um bello dia Chiquinho teve uma surpresa das mais gratas. Papai, satisfazendo um de seus de-sejos mais antigos, comprou para elle uma bicycletta.

Chiquinho ficou satisfeitíssimo e quiz logo sahir a pedalar, mas como não sabia ainda audar em taes vehiculos, viu-se em sérias difficuldades para montar.

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Quando queria subir por um lado, via a bicycletta inclinar-se e cahir. Felizmente, Chiquinhonada tem de tolo e teve logo uma idéia.

Encostou a bicycletta a uma parede, para vêr se assim montava e, depois, sahiu andanIo. Mas, ainda assim a cousa não foi faciL

(Continua)

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