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CRUZADA Revista Mensal do Apostolado da Oração | ANO 90 Nº 1 | janeiro 2020

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CRUZADARevista Mensal do Apostolado da Oração | ANO 90 Nº 1 | janeiro 2020

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ABERTURAUm ano de pazAntónio Valério, s.j. ......................................... 1

REZAR COM O PAPA Semear a paz a partir do coraçãoCláudia Pereira ...............................................2

GRANDES VIDASPadre Pedro Arrupe, sjUm Profeta do século XXGonçalo Miller Guerra, s.j. ................................4

A NOSSA FÉ A Eucaristia constrói a IgrejaJoão de Brito, s.j. ...........................................10

UMA BOA HISTÓRIAIrmãs com síndrome de Downvaticannews.va .............................................. 12

DAQUI E DALI ..................................... 18

TESTEMUNHOS VIVOS. ....................23

PERGUNTAS COM RESPOSTA ..........28

PASSATEMPO .......................................32

Fotografias: Capa: Adobestock.com; Contracapa: Bartolomé Esteban MurilloPágina 5: commons.wikimedia.orgPágina 7: colegiopedroarrupe.pt; Página 8: pontosj.ptPáginas 10, 23 e 28: Arquivo A.O.; Páginas 12, 15 e 16: vaticannews.vaPágina 18: Adobestock; Página 20: radio-france; Página 21: Santuário de Fátima; Página 22: catolicismo.com.brPágina 25: Fotolia.com

Este mês... CRUZADARua S. Barnabé, 324710-309 BRAGA (Portugal)

DiretorP. António Valério, s.j.

RedaçãoP. António Valério, s.j.Alberto Pinheiro

Desenhador GráficoVirgílio Cunha

PropriedadeSecretariado Nacional do Apostolado da Oração da Província Portuguesa da Companhia de Jesus

NIPC: 500825343 ISSN: 0870-5208Dep. Legal: 11761/86Isento de Registo na ERC,ao abrigo do Dec. Regulamentar8/99 de 9/6, art.º 12º, nº 1 a.

Telefone Geral: 253 689 440Assinaturas: 253 689 442Livros/Encomendas: 253 689 443

Email: [email protected]

Impressão e acabamento: Gráfica Almondina – Torres Novas

Tiragem: 55.000 exemplares

ASSINATURA PARA 2020:

Portugal: 10,00 euros(Dois anos: 19,00 euros)Cada exemplar: 1 euro.

Estrangeiro (normal):17,00 euros23 dólares USA30 dólares CAN300 randes – África do Sul22 francos suíços16 libras – Inglaterra

Estrangeiro (avião):21,00 euros28 dólares USA35 dólares CAN380 randes – África do Sul28 francos suíços20 libras – Inglaterra

IBAN: PT 50 0033 0000 0000 5717 13255

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Caro Assinante

Estamos a começar um novo ano. Desde já, gostaria de, em nome da equipa que todos os meses faz che-gar a revista até si, agradecer por continuar a «receber-nos». A cada número, é sempre algo de nós, da nossa estima e amizade por si que queremos levar-lhe nas páginas da Cruzada. Dá-nos muita alegria, nos muitos ecos que recebemos ao longo do ano, perceber o quanto os nossos leitores aproveitam esta leitura como alimento para a vida, para a fé, como um crescimento na confiança e no amor de Deus. Este mês de janeiro, dedicado à oração pela paz, e unindo-nos à in-tenção que o Papa Francisco confia à sua Rede Mundial de Oração, é a oportunidade de começar o ano com a atitude justa e o coração cen-trado no essencial: construir a paz

em nós, no nosso coração, naquilo que nos tira a alegria e a esperança e pedir sempre a Deus a graça de o conseguir; a paz com outros, procu-rando sempre o diálogo e a reconci-liação, e estando dispostos a dar o primeiro passo, que é sempre o que custa mais; com o mundo, através das boas relações que criamos com os outros e, especialmente, na aten-ção que devemos ter, segundo as nossas possibilidades, às situações de injustiça e pobreza à nossa vol-ta. E a paz com a criação, cuidando com esmero a nossa casa comum, o planeta Terra.

Que este seja para si, caro assinan-te, um ano em que a paz de Cristo habite sempre na sua vida. Deseja-mos as maiores bênçãos de Deus e um feliz 2020!

UM ANO DE PAZ

António Valério, s.j.Diretor

CRUZADARua S. Barnabé, 324710-309 BRAGA (Portugal)

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Portugal: 10,00 euros(Dois anos: 19,00 euros)Cada exemplar: 1 euro.

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SEMEAR A PAZ A PARTIR DO CORAÇÃOCláudia Pereira

Estamos a começar um novo ano, uma altura propícia para formular desejos e procurar que os próximos tempos envolvam alguma mudan-ça, para melhor, na nossa vida. É bom começar o ano com esse dina-mismo!

Desde 1968, o primeiro dia de ja-neiro é o Dia Mundial da Paz, por iniciativa de Paulo VI. A Mensagem para o I Dia Mundial da Paz aponta-va «a necessidade de defender a Paz, frente aos perigos que continua-mente a ameaçam», como o egoís-

Em união com o Santo Padre rezemos para que os cristãos promovam a paz e a justiça no mundo.

mo nas relações entre as nações; as violências que afetam algumas po-pulações, arrastadas pelo desespero de não verem reconhecido e respei-tado o direito à vida e à dignidade humana; o recurso a armas extermi-nadoras; o fazer crer que as contro-vérsias internacionais não podem ser resolvidas através de negocia-ções fundadas no direito, justiça e equidade, mas só por meio de forças aterradoras e exterminadoras. Preo-cupações formuladas há mais de 50 anos e que continuam atuais!

Rezar com o Papa

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A defesa da paz tem sido uma pre-ocupação constante do Papa Fran-cisco. O último ano ficou marcado, aliás, pela assinatura do Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da paz mundial e da convivência comum, rubricado por Francisco e pelo Gran-de Imã de Al-Azhar (Egito), Ahmad Al-Tayyeb. O documento procura «convidar todas as pessoas, que tra-zem no coração a fé em Deus e a fé na fraternidade humana, a unir-se e trabalhar em conjunto, de modo que tal documento se torne para as novas gerações um guia rumo à cultura do respeito mútuo, na compreensão da grande graça divina que torna ir-mãos todos os seres humanos».

Que o início deste ano de 2020 sus-cite a vontade de trabalhar pela paz, vontade essa que deve brotar do co-ração de cada um. Comecemos, des-de logo, por rezar, como pede o Papa Francisco, «para que os cristãos, os que seguem outras religiões e as pessoas de boa vontade promovam a paz e a justiça no mundo». Feliz Ano de 2020!

Propostas para o mês Estar atento às iniciativas que são promovidas pela causa da paz ao longo deste mês, especialmente os encontros ecuménicos e inter-reli-giosos, divulgá-los nas próprias re-des e contactos ou participar neles.

Fazer uma leitura orante da Men-sagem do Santo Padre para o Dia Mundial da Paz, assinalar os pontos mais apelativos e pô-los em prática, partindo da partilha e diálogo com Deus, em família, com o grupo ou co-munidade onde se está inserido, etc.

Olhar à própria volta e decidir que relações ou situações necessitam de paz e de justiça e fazer algo con-creto nesse sentido.

Oração

Senhor Jesus Cristoao começar este ano,e tendo presente a tua vinda ao meio de nós como o Príncipe da Paz,damos graças pelo dom da tua presença e pelo chamamento à fraternidade que nos trazesao nos chamares teus irmãos e filhos do mesmo Pai.Neste mês, unidos ao Papa e à sua Rede Mundial de Oração, Te pedimos que todos nós sintamos este apeloà construção da paz e da justiça.Que as diferenças religiosas, culturais, sociaisnão sejam muros entre nós, mas motivos para o mútuo enriquecimentoe a construção de um mundo melhor, o reino dos Céus no meio de nós.Pai-Nosso...

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Grandes Vidas

PADRE PEDRO ARRUPE, S. J., UM PROFETA DO SÉCULO XX

Arrupe Jesuíta

Gonçalo Miller Guerra, s.j.

A decisão No capítulo anterior deixámos Pedrito em Lourdes. Quando este regressou a Madrid vinha trans-formado. Já nada tinha sabor. Nem sequer os estudos de Medicina. O contacto com os desvalidos no san-tuário francês tinha-lhe concedido uma experiência de Deus que mu-dara a sua vida. Doravante queria ser uma presença permanente de Deus junto das almas sofredoras. Para isso pensava ingressar na Companhia de Jesus, na Ordem dos Jesuítas. Pelo caminho, deixou algumas pessoas tristes ou mesmo um tanto revoltadas. As irmãs fi-caram muito tristes com a notícia porque já tendo perdido, para o Se-nhor, os pais, iam agora perder, de outra maneira, o seu irmão queri-do. Mas não lhe opuseram nenhum obstáculo, antes o incentivaram a seguir a sua vocação. E o ambien-te anticlerical da universidade de

Madrid não era propício a acolher benevolamente a notícia da saída do melhor aluno do seu curso.

A entrada na Companhia de Jesus Quando Pedrito, a quem alguns continuarão a chamar «Perico», chegou ao noviciado, a Loiola, com o seu cunhado Sautu, faltava um documento necessário para a en-trada no noviciado. Pedro instalou--se num hotel enquanto o cunhado voltava a Bilbao para trazer a reco-mendação do bispo, que era o tal documento que faltava. E o que é o noviciado? Chama-se «noviciado» ao período de preparação pelo qual passam os candidatos ao ingresso numa ordem ou congregação re-ligiosa. Ou é um ano ou dois. No caso dos jesuítas, são dois anos. E chama-se «noviços» a esses candi-datos. Os noviços vivem em grupo, sob a responsabilidade e orientação

Basílica de Loyola

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Chiara Petrillo

1Pedro Arrupe - arrupe.jesuitgeneral.orgBasílica de Loyola

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de um sacerdote chamado «mestre de noviços». O mestre de Arrupe chamava-se Martín de Garmendia.

Primeiras etapas da formação O começo do noviciado foi auspi-cioso. Perico passou pela chamada «primeira provação», quinze dias de adaptação em que o homem que entra se adapta a um estilo de vida radicalmente diferente daquele a que estava habituado. Dois exem-plos: Pedro vinha de uma família da classe média-alta de Bilbao, com todo o conforto que isso implicava. Agora todos os seus pertences se resumiam a uma divisória, entre muitas, num grande dormitório. Nessa divisória, cercada de corti-nas, havia uma cama, uma escri-vaninha, alguns livros, um cabide, uma vassoura e um crucifixo. Nem mais nem menos. E deixou de ser dono do seu tempo. Tinha um ho-rário para todas as horas do dia, para todos os dias do mês. Depois foram dois anos de oração intensa – Pedro fazia duas horas de oração por dia, mais do que aquilo que era exigido – da prática dos Exercícios Espirituais – uma maneira de fazer retiro que Santo Inácio de Loiola criou e que dura um mês inteiro –, de estudo das Constituições – as leis por que se regem os Jesuítas –, de estudo da História dos Jesuítas,

de leitura de livros de espiritualida-de, assim como de trabalhos ma-nuais, tais como alguma limpeza da casa, trabalho na cozinha e na horta. E o horário também contem-plava o «recreio», o tempo de lazer. Pedro era muito devoto e alegre. Foi ele que o padre mestre escolheu para o acompanhar ao hospital, em dezembro de 1928, depois de se lhe ter declarado um cancro no estô-mago, no mês anterior. O P. Martín morrerá nesse mês de dezembro, acompanhado por Pedro. Em janeiro de 1929, Perico co-meçará outra etapa da sua forma-ção de jovem jesuíta: o juniorado. Aí se estudavam os autores latinos e gregos. Arrupe distinguiu-se de tal maneira que, por um tempo, substituiu o professor de Grego. Mas Arrupe não se distinguia só nos estudos. Um dia em que ele ti-nha saído numa excursão, o diretor espiritual dos juniores reuniu-os para lhes dar o companheiro como exemplo.

Bélgica e Holanda Nos Exercícios Espirituais do primeiro ano do juniorado, que, a partir da grande experiência do mês de Exercícios, no primeiro ano do noviciado, serão, normalmente, de uma semana, Arrupe sentiu a vocação missionária ao Japão. Dias

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depois escreveria para Roma, para obter a autorização do Padre Geral a fim de viajar para aquelas terras longínquas. Mas nesta e noutra vez, em que insistirá, receberá duas cartas do Padre Geral em que não lhe será concedida a autorização para viajar para o Extremo Oriente. O reitor da casa, vendo-o muito de-sanimado, incutiu-lhe a certeza de que um dia iria até ao Japão, certe-za esta que não mais abandonaria Arrupe. Entretanto, a 17 de abril de 1931, o rei Afonso XIII anuncia a sua par-tida para o exílio. Formou-se um governo republicano e, no dia 11 de maio, foram extintos os institutos religiosos, os seus bens nacionali-zados e os seus membros expulsos de Espanha. Arrupe deixará o país a 13 de fevereiro de 1932. Foi viver num grande edifício, em Marneffe, na Bélgica, com mais 349 jesuítas, entre os quais 200 espanhóis. Pas-sados dois anos, irá para Valken- burg, na Holanda, estudar teologia e ética médica. Pedro entra assim em contacto com a Província da Alemanha Inferior, Província que tinha fundado e mantinha a missão japonesa. Era a Providência Divina a trabalhar. Durante esse tempo, Arrupe dará duas conferências muito apreciadas, no Congresso Internacional de Eugenia, em Vie-

na, que versaram sobre a «Castra-ção Eufónica» e sobre a «Influência da Castração na Espécie Humana». Para sua grande surpresa, Arru-pe tinha sido designado para ir ao congresso na qualidade de repre-sentante da ciência médica espa-nhola.

Sacerdote Com o aproximar do sacramen-to da Ordem, Pedro renovou a sua devoção ao Coração de Jesus, aprofundando os seus fundamen-tos teológicos. Pedro achava que a devoção ao Coração de Jesus era fundamental para a redenção da humanidade. Além disso, dizia: «Não me resigno a que quando eu morrer o mundo continue como se eu não tivesse vivido»1. No dia 16

Pedro Arrupe no Colégio

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de julho de 1936 começou a fazer os Exercícios Espirituais de prepara-ção para a ordenação sacerdotal e a 27 de julho foi ordenado subdiá-cono, no dia seguinte diácono, e a 30 de julho foi ordenado sacerdote, com mais 39 jesuítas. O ambiente era de alegria pelas ordenações e de tristeza pela ausência dos paren-

1 Pedro Miguel Lamet, Pedro Arrupe, pág. 101.

tes, retidos em Espanha por causa da guerra civil, que tinha estalado no dia 18. Arrupe celebraria missas muito contemplativas, de duas ho-ras, conta um companheiro.

Embarcado Um belo dia daquele ano de 1936, Pedro recebe ordem para se pre-parar para partir para os Estados Unidos. Dadas as suas excecionais qualidades até aí demonstradas, sobretudo a prestação no Congres-so de Viena, o provincial dos Jesu-ítas enviou-o para a América do Norte para estudar ética médica. Viajou com um conforto relativo, num navio mercante, celebrando missa e confessando, tornando-se popular entre os passageiros, o ca-pitão e a tripulação. No próximo capítulo falaremos de Arrupe nos Estados Unidos. E será que já o vamos apanhar no Ja-pão? O leitor leia o próximo capítu-lo e verá.

Paulo VI e Pedro Arrupe

Em 2020 os preços das assinaturas da Cruzada mantêm-se.

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Portes de correio incluídos nos preços. Envio feito mediante pagamento prévio. Pedidos: Secretariado Nacional do A.O. Rua S. Barnabé, 32 – 4710-309 Braga [email protected] | Tel: 253 689 443 | www.livraria.apostoladodaoracao.pt

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Tendo já apresentado alguns dos aspetos principais do sacramen-to da Eucaristia, terminamos este conjunto de artigos com uma visão breve sobre os fins da Missa e os efeitos da Comunhão. Deixaremos a dimensão do sacerdócio, estrei-tamente ligada a este sacramento, para quando tratarmos do sacra-mento da Ordem.

Quatro são os fins da Missa: 1) latrêutico ou de adoração; 2) eu-carístico ou de ação de graças; 3)

propiciatório ou de desagravo pe-los pecados de vivos e defuntos e 4) impetratório ou de petição de bens sobrenaturais e naturais.

A Eucaristia reúne sempre, por-tanto, estas quatro dimensões de adoração, ação de graças, repara-ção e súplica. Elas ocorrem sempre, em virtude da própria celebração li-túrgica, mas também a nossa parti-cipação deve procurar adotar esses fins como atitude pessoal interior, mesmo que em cada Missa possa-

A nossa fé

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A EUCARISTIA CONSTRÓI A IGREJA

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mos estar mais concentrados num ou noutro fim. Deixar de parte, de um modo geral e consciente, algum destes fins seria empobrecer a Eu-caristia da totalidade do seu valor como sacramento que o Senhor Je-sus nos deixou.

A Missa, sendo simultaneamente o memorial que perpetua o sacrifí-cio da Cruz e o banquete sagrado da Comunhão do Corpo e Sangue do Senhor, está toda ela orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão. Comun-gando, recebemos o próprio Cristo que Se ofereceu por nós. Ao mesmo tempo, por esta união com Cristo, ao participarem na comunhão eu-carística os cristãos unem-se tam-bém entre si.

A comunhão é a expressão mais evidente do banquete eucarístico como alimento perfeito da vida sobrenatural que em nós começou com o Batismo. São cinco os seus efeitos: 1) alimenta a vida espiritual e, ao robustecê-la, afasta o perigo de cometer pecados, tanto mor-tais como veniais; 2) aumentan-do a graça santificante, aumenta também todas as virtudes recebi-das, especialmente a caridade; 3) perdoa as culpas veniais e reduz as penas temporais; 4) é promessa de vida eterna, dando-lhe já iní-cio no coração de quem comunga;

5) como resultado da união com o Senhor ressuscitado, a Eucaristia constrói a Igreja, Corpo Místico de Cristo. Como se disse dos fins da Missa, também a participação na comunhão realiza por si mesma estes efeitos, mas a medida em que os aproveitamos depende também da atitude interior com que nos aproximarmos deste dom e o rece-bermos.

Podem comungar todos os bati-zados que tenham feito a devida preparação e que não tenham posto obstáculo à graça pelo pecado mor-tal. Não se dá, por outro lado, aos que por doença não têm uso da ra-zão ou aos que estão sem sentidos. Aos que não têm em parte uso da razão, dá-se-lhes no momento da morte, exceto se houver perigo de irreverência. Deve-se também, por respeito para com o sacramento, guardar o jejum eucarístico duran-te uma hora antes de comungar, sendo possível tomar água e medi-camentos e estando dispensadas as pessoas doentes ou de idade avan-çada e as que delas se ocupam.

A Eucaristia é fonte e cume de toda a vida cristã e o centro da vida da Igreja. Tomemos, por isso, parte neste banquete. Felizes os convida-dos para a Ceia do Senhor!

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Uma boa história

IRMÃS COM SÍNDROME DE DOWN

As Irmãzinhas Discípulas do Cordei-ro, que vivem no centro da França, são a primeira Comunidade contemplativa no mundo que acolhe pessoas com Sín-drome de Down na vida consagrada.

Esta aventura espiritual e huma-na, vivida sob a proteção de São Bento e Santa Teresa do Menino Jesus, teve origem em 1980, fruto da amizade entre Line, uma jovem

em busca de espiritualidade que queria viver a sua vocação ao servi-ço dos mais pequeninos, e Véroni-que, uma jovem com Síndrome de Down que desejava consagrar-se ao Senhor. «Visitei várias comunidades que acolhiam pessoas com deficiência, mas percebi que estas não se adap-tariam em tais comunidades, pois não eram apropriadas para o seu

A alegria da vida contemplativa partilhada

Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro

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tipo de vida», explica Madre Line, que, mais tarde, se tornou Madre Superiora das Irmãzinhas Discípu-las do Cordeiro (Petites Soeurs Disci-ples de l’Agneau). Véronique sentiu o chamamento para servir o Senhor, mas, devido à Síndrome de Down, foi rejeitada por todas as comunidades por onde passou. De facto, o Direito Canóni-co e as regras monacais não pre-veem a admissão de pessoas com deficiência na vida religiosa. Line e Véronique tiveram que esperar 14 anos para obter o reconhecimento dos estatutos desta comunidade es-pecial, que tem um estilo original.

O reconhecimento progressivo da Igreja

A aventura de Line e Véronique teve início em 1985, num pequeno apartamento. Com o tempo, jun-tou-se outra jovem com Síndrome de Down. Em 1990, pediram a D. Jean Honoré (1920-2013), Arcebis-po de Tours e futuro Cardeal, para as reconhecer, inicialmente, como Associação pública de fiéis leigos. O apoio do Cardeal Honoré, que defendeu o seu caso em Roma, per-mitiu o primeiro reconhecimento desta Comunidade. Em 1995, o número crescente de «membros» forçou as Irmãzinhas

a transferirem-se para outro lugar, fixando moradia em Le Blanc, uma cidade de 6.500 habitantes, na dio-cese de Bourges. Dom Pierre Pla-teau (1924-2018), Arcebispo desta diocese, no centro da França, aco-lheu-as calorosamente. Com a sua mediação, ajudou a comunidade a dar novos passos, em Roma, para obter o reconhecimento do Estatu-to de Instituto religioso contempla-tivo, que, finalmente, ocorreu em 1999. «D. Plateau foi um verdadeiro pai para a nossa Comunidade: era mui-to sensível com as pessoas com Sín-drome de Down», diz Madre Line. As Irmãs progrediam, gradual-mente, aprimorando o Priorado e a Capela. Em 2011, obtiveram o re-conhecimento definitivo dos seus Estatutos, graças à mediação do Arcebispo Armand Maillard, que também tinha dado apoio à Comu-nidade, fonte de vida e alegria na-quele território.

Comunidade com dez irmãs

Atualmente, as Irmãzinhas Dis-cípulas do Cordeiro são dez, sendo que oito são portadoras da Síndro-me de Down. A Comunidade con-tinua com poucos membros, mas com a esperança de aumentar o seu número em breve, porque as Irmãs

São Bartolomeu dos Mártires

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com Síndrome de Down precisam de apoio na vida diária. Todavia, na realidade «elas são autónomas, pois a vida contemplativa permite- -lhes viver em ritmo regular. Para as pessoas com Síndrome de Down, as mudanças são difíceis, mas, quando a vida é regular, conseguem viver melhor», explica Madre Line. A vida de cada dia desenvolve-se com funções diárias: missa todas as terças-feiras, atividades varia-das nos laboratórios de tecelagem e cerâmica e, mais recentemente, a criação de um jardim de plantas medicinais. A sua extraordinária vocação realiza-se numa vida co-mum, na humildade do serviço, se-guindo o «pequeno caminho» pro-posto por Santa Teresa de Lisieux, cuja espiritualidade é a sua grande fonte de inspiração. «Passaram-se 34 anos desde que senti o chamamento de Jesus. Pro-curei conhecer Jesus com a leitura da Bíblia e do Evangelho», diz a Irmã Véronique, acrescentando que nasceu com uma deficiência chamada Síndrome de Down. «Estou feliz e amo a vida. Rezo mas fico triste em saber que as crianças com Síndrome de Down não sentirão esta mesma alegria de viver», refere a religiosa. Para quem sente o chamamento de viver a vocação ao amor, à ima-

gem de Santa Teresa, o caminho é longo, mas com paciência e fé pro-duz os seus frutos. «Jesus fez-me crescer no seu amor. Após ter sido aceite na Comunidade, a minha alegria foi grande quando, a 20 de junho de 2009, pude emitir os votos perpétuos no Instituto das Irmãzi-nhas Discípulas do Cordeiro. A mi-nha maior alegria é ser esposa de Jesus», confessa.

Deixe que o amor se desenvolva

«Numa época em que a sociedade é privada de pontos de referência e parece não encontrar mais sentido para a vida ou dar-lhe o devido va-lor, a nossa Comunidade quer, com o simples testemunho da nossa vida consagrada a Deus, reafirmar o ca-ráter sagrado da vida e da pessoa humana», dizem as Irmãzinhas. Para que toda a força do amor, impressa no coração dessas jovens com Síndrome de Down, se infun-da plenamente numa vida consa-grada ao Senhor, as Irmãzinhas convidam a um tempo de discerni-mento. Para as próprias jovens com Sín-drome de Down, «o discernimento é feito como em todas as outras vocações. Quando uma pessoa se sente realizada, então é aí que o Se-nhor a chama. Caso contrário, vol-

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tam para as suas casas. Isso acon-tece com qualquer vocação: devem saber bem se a sua vocação é ou não verdadeira», explica Madre Line.

O dom de uma amizade simples com Jesus

A Madre Line reconhece nas Ir-mãzinhas com Síndrome de Down uma força espiritual muito grande: «elas conhecem a Bíblia, a vida dos santos e têm uma memória im-pressionante. São almas de oração, devotas e muito próximas a Jesus», diz, maravilhada ao ver na sua sim-plicidade um sinal profético para o nosso tempo.

Irmã Morgane recebe o hábito religioso

Irmã Véronique e Madre Line, fundadoras da Comunidade

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«As suas almas não têm nenhuma deficiência! Pelo contrário, estão mais próximas do Senhor e comuni-cam mais facilmente com Ele», co-menta, notando que as outras irmãs da comunidade apreciam, de modo particular, a sua capacidade de per-doar e de encorajar as co-irmãs, com frases apropriadas da Bíblia, que dão sentido ao seu dia a dia. A experiência atípica desta co-munidade parece corresponder, realmente, à vontade celestial, para além de um desafio antropológico do mundo atual, sujeito aos dita-mes de eficiência e produtividade, diante do qual as pessoas com Sín-drome de Down se calam. A sua capacidade de amar e a sua proximidade com o Senhor são portadoras de uma fecundidade

insuspeitável. «Trata-se, certamente, de um mun-do a ser descoberto. Elas levam alegria à socieda-de e, sobretudo, transmi-tem amor ao mundo, que tanto precisa», conclui Madre Line. Recorrendo às palavras de São João Paulo II, as Irmãzinhas salientam a importância e a coragem de dizer «não tenham medo» perante o mun-do, onde o homem tem

medo do homem, das fragilidades inerentes à sua natureza e à sua condição, como a incapacidade ou a doença. O desafio que deixam é mesmo esse: «não tenham medo de seguir Jesus e de compartilhar desta vida oferecida às nossas Irmãzinhas, certamente frágeis, mas não sem força; aliás, fortes no escalão mais nobre: o do coração». «Não tenham medo de testemu-nhar, diante do mundo, uma voca-ção generosa, orientada para os ou-tros e capaz de ultrapassar o estado de incapacidade das pessoas, mui-tas vezes marginalizadas; capaz de se abrir, com maior profundidade, a um olhar plenamente humano», concluem.

Fonte: vaticannews.va

As religiosas Mari-Ange, Camille e Géraldine

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19-22 MAR

29-31 MAI

RETIRO EM SILÊNCIO DO AO

ENCONTRO DE FORMAÇÃO DO AO

Experiência de 3 dias em silêncio paraentrar em profundidade no Caminho do Coração

Onde: Domus Carmeli (Fátima)Quando: Começa quinta-feira, dia 19, ao jantar; termina domingo, dia 22, ao almoçoDiária: 40,50 eurosInscrições: [email protected] ou 253 689 446

Conferências e tempos de reflexão e partilha sobre a vida e missão da Rede Mundial de Oração do Papa

Onde: Casa Na Sra do Carmo (Fátima)Quando: Começa sexta-feira, dia 29, às 18h00;termina domingo, dia 31, ao almoçoDiária: 35,00 eurosInscrições: [email protected] ou 253 689 446

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Daqui e dali

DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS

A partir deste ano, o III Domingo do Tempo Comum (em 2020 cele-bra-se a 26 de janeiro) é um dia es-pecialmente dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus. O Domingo da Palavra de Deus foi instituído pelo Papa Francisco, numa Carta Apostólica publicada a 30 de setembro do ano passado. Nessa carta, Francisco propõe a todos um «grande desafio»: «escu-tar as sagradas Escrituras para pra-ticar a misericórdia», até porque «a Palavra de Deus é capaz de abrir os

nossos olhos», permite sair do in-dividualismo e «abre a estrada da partilha e da solidariedade». Acontecendo num «período do ano em que somos convidados a reforçar os laços com os judeus e a rezar pela unidade dos cristãos», a celebração «expressa uma valên-cia ecuménica, porque a Sagrada Escritura indica, a quantos se colo-cam à sua escuta, o caminho a se-guir para se chegar a uma unidade autêntica e sólida». Cada comunidade deve, segundo o Papa, encontrar forma de viver

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este dia de modo solene. O Santo Padre sugere que o texto sagrado possa ser entronizado na celebra-ção eucarística, que a sua procla-mação seja colocada em evidência e que a homilia seja adaptada, pon-do-se «em destaque o serviço que se presta à Palavra do Senhor». Os bispos podem celebrar o rito do Leitorado ou confiar um mi-nistério semelhante, chamando «a atenção para a importância da proclamação da Palavra de Deus na Liturgia». Francisco aponta tam-

bém a possibilidade de os párocos entregarem a Bíblia, ou um dos seus livros, a toda a assembleia, fa-zendo «emergir a importância de continuar na vida diária a leitura, o aprofundamento e a oração com a Sagrada Escritura». A celebração deste Domingo da Palavra de Deus é uma oportuni-dade para valorizarmos o tesouro contido na Sagrada Escritura, atra-vés da qual Deus fala connosco, orientando o nosso dia a dia pela mensagem nela contida.

A ÚNICA VERDADE É AMAR

A 30 de janeiro celebra-se o Dia Mundial do Leproso, criado pela ONU, em 1954, a pedido de Raul Follereau, que nasceu em Nevers, França, em 1903, e morreu em Paris, em 1977. Com uma brilhante carreira médi-ca, abandonou-a quando se deparou com os leprosos, em África. Não mais pôde dormir descansado no conforto da sua casa. Este médico francês foi pelo mundo contactar o maior nú-mero de leprosos, abraçá-los, levar--lhes alívio e auxílio. Dirigiu-se aos governos e cidadãos dos países de-senvolvidos, a pedir-lhes ajuda para o tratamento e cura da lepra. É ele que nos conta:

«Pedro tinha 15 anos e estava le-proso. Separado da família e dos amigos, sabia a gravidade da sua doença e por isso pensava que não tinha mais futuro à sua frente. Mas um dia viu um homem a seu lado que lhe segredou: – Estou aqui para te curar! O menino levantou a cabeça. E um breve sorriso inundou-lhe o rosto: – Mas esta doença não tem cura... – Estás enganado, disse-lhe o visi-tante. Eu sou Raul Foullereau e vou curar-te. E, semanas mais tarde, o menino escrevia ao seu benfeitor, agrade-cendo-lhe o tratamento que lhe es-tava a dar visíveis melhoras».

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Foullereau lutou com todas as ca-pacidades para conseguir que estes doentes fossem tratados como seres humanos, como nossos irmãos. Ain-da durante a sua vida foram consti-

tuídas, em vários países, associações dos leprosos, sob a sua proteção. Em Portugal, a Associação Portuguesa Amigos Raoul Foullereau (APARF) nasceu em 1987, sob a sua inspiração.

Raul Follereau

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O Arcebispo do Panamá, D. José Ulloa Mendieta, anunciou a inten-ção de construir um santuário dedi-cado a Nossa Senhora de Fátima na Cidade do Panamá, que terá como núcleo uma réplica da Capelinha das Aparições de Fátima. A decisão da construção deste Santuário é justificada pelo arcebis-po metropolitano do Panamá pelas «muitas bênçãos e grandes frutos pastorais» que resultaram das duas visitas que a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima realizou ao Panamá: em 2017, para visitar as dioceses panamianas, e, no princí-pio de 2019, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizou naquele país. «Com esta capela aspiramos dar aos peregrinos do Panamá e do

mundo um acolhimento evange-lizador digno e pleno do amor do Senhor e da espiritualidade da sua Mãe, a partir da Mensagem que Ela transmitiu na Cova da Iria e que, atualmente, está mais viva que nunca no coração dos panamia-nos», escreve D. José Domingo Ulloa Mendieta, na carta  em que solicita autorização ao Santuário de Fátima para levar a cabo este projeto. Na resposta positiva, o reitor do Santuário, padre Carlos Cabeci-nhas, fala de um «sinal de comu-nhão com toda a nação do Panamá» e deseja que a edificação da réplica da Capelinha das Aparições «inten-sifique ainda mais a devoção maria-na de todos os fiéis, designadamen-te a devoção do Rosário e dos cinco Primeiros Sábados».

RÉPLICA DA CAPELINHA DAS APARIÇÕES NO PANAMÁ

Réplica da Capelinha das Aparições de Fátima no Panamá (projeto)

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Já ouviu falar da sesta? Trata-se de um costume popular nos países de língua espanhola e nos países ao longo da costa do Mediterrâneo. Após o almoço, as pessoas fazem uma pausa no trabalho e muitas dormem um pouco, antes de regres-sarem às suas tarefas. Curiosamente, a palavra sesta aponta à «sexta hora» diurna, que normalmente é por volta do meio- -dia. Também se refere à oração do

meio-dia dos monges, que inter-rompem as suas tarefas para rezar. Esta tradição da oração e de um breve tempo de repouso ao meio- -dia pode ter origem em São Bento de Núrsia, um monge do século VI, pai da vida monástica no Ocidente cristão que, na sua Regra Ora et La-bora, fala sobre a necessidade de os monges descansarem após a oração e a refeição do meio-dia. Propunha o santo que os monges só se levan-tassem da mesa após a sexta hora e descansassem nas suas camas, em completo silêncio; e se, por acaso, alguém quisesse ler, poderia fazê-lo, mas de modo a não perturbar nin-guém. São Bento sabia, por experiência própria, que um breve descanso à tarde beneficiaria tanto o corpo quanto a alma e facilitaria aos mon-ges manter o seu rigoroso horário de trabalho e oração. Atualmente, muitos médicos ates-tam os benefícios físicos e mentais da sesta, uma tradição que foi cain-do em desuso devido à suposta ne-cessidade de rentabilizar o tempo durante o dia.

Fontes: Aleteia e Santuário de Fátima

SÃO BENTO E A SESTA

São Bento de Núrsia

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Testemunhos Vivos

GENRO COM EMPREGOAssinante 7773973

Preocupada com a situação de um meu genro, que estava desempre-gado há cerca de três anos, recorri a São José para que o ajudasse nesta situação, que a todos preocupava.

Tomei a iniciativa de rezar e pedir a este grande Santo que o ajudasse a obter um emprego de que tanto necessitava. O favor foi-nos conce-dido. Em agradecimento, mandei também celebrar uma eucaristia em louvor de São José e pelas Almas do Purgatório.

POR FIM, A GRAVIDEZAssinante 46455

Estava casada já há 13 anos, sempre desejei ser mãe, mas… sem sucesso. Sempre lia os «Testemunhos Vivos» da Cruzada porque me davam força e coragem para continuar os trata-mentos para engravidar e que eram muito desgastantes. 

Por fim, no meu sexto tratamen-to, consegui engravidar.

Quero agradecer à Virgem Maria

e aos Santos, meus protetores, pe-las graças que me foram concedi-das. 

Hoje, tenho uma filha que é a minha vida! Agradeço esta graça e todas as outras que já me foram concedidas. 

Que este testemunho seja tam-bém uma mensagem de coragem e força para quem esteja na situação pela qual passei. 

A FORÇA DA ORAÇÃOM. E. A. G.

Querida Cruzada, obrigada por existires! É através dos «Testemu-nhos Vivos» e outros maravilhosos textos que obtenho a força para

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vencer os obstáculos do dia a dia.A minha filha andava muito de-

sanimada por causa da diretora da escola onde lecionava. Ao ver o seu desespero, agarrei-me à oração e pedi muito a São José e outros san-tos da minha devoção para que esta situação se revertesse. Passado um mês, a pessoa em causa foi substi-tuída.

A minha filha parece outra, mais alegre e com vontade de trabalhar.

Deste caso, concluo que devemos ter fé, rezar e aguardar a misericór-dia de Deus, que nunca nos aban-dona. Recomendo também a reza diária do terço, pois é certo que também a Mãe do Céu jamais nos abandona!

COM AJUDA DA MÃE

E SANTA RITAAssinante 7774802

Agradeço as graças que Deus me concedeu através da mediação de Nossa Senhora e intercessão de Santa Rita. Os benefícios recebidos constam da obtenção de um em-prego, constituição de família ma-ravilhosa, entre outras graças.

Ao ler os «Testemunhos Vivos» ganho a força necessária para li-dar com alguns problemas do foro familiar e superá-los, para o que

também peço a ajuda das orações dos leitores.

JOVEM MÃEAssinante 291116

Sou uma mãe, muito jovem, que aos 20 anos tinha já três filhos maravilhosos. Desde os seus nas-cimentos consagrei-os a Nossa Senhora, a fim de os proteger. E as-sim tem acontecido.

No parto do terceiro filho apare-ceram complicações que puseram em risco a minha vida e a vida do meu filho. Já com poucas forças fí-sicas, mas com muita fé, implorei à Mãe do Céu que nos deixasse viver. Ela, com a sua bondade, permitiu que assim fosse.

A todos dirijo um apelo: recorram à Mãe do Céu com muita fé! Ela não deixará de nos atender!

MÃE MEDIANEIRAAssinante 107518

Querida Cruzada: obrigada pelos teus ensinamentos, por tantas e tão belas histórias e pelos teus tes-temunhos, que fazem avivar a nos-sa fé!

Há tempos, tive várias dificulda-des para encontrar trabalho. Pedi muito a Nossa Senhora que me ajudasse nesta minha luta. Eis que

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Maria Santíssima, Mãe boníssima, atendeu o meu pedido, o que me deixou imensamente feliz!

Através da Mãe Medianeira, ou-tras graças tenho obtido, como a obtenção de casa própria e a vinda ao mundo de um outro filhinho.

Agradeço à Virgem Maria e ao seu Divino Filho tudo o que me conce-deram. Publico estas graças, con-forme o prometido.

VOLTEI-ME PARA A MÃEM. M.

Tenho 73 anos e sou uma assinan-te desta querida revista de longa data.

Estive cerca de um ano com bas-tantes problemas de saúde. Fui a vá-rios médicos e submeti-me a vários exames, incluindo uma biópsia. Desesperada, voltei-me para a Mãe do Céu, cuja imagem tenho no meu quarto. Pedi-lhe que me ajudasse e desse alegria de viver.

Hoje, sinto-me muito melhor. Peço a publicação deste pequeno testemunho, a fim de louvar a mi-sericórdia de Jesus e de sua Mãe, Maria Santíssima.

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AGRADECE À CRUZADAM. P. E. A.

Desde muito pequena que leio a vossa revista, pois a minha mãe sempre teve a revista em casa. Gos-to imenso de ler os «Testemunhos Vivos», pois são uma grande ajuda para renovar a nossa fé.

Concluí o meu curso e logo come-cei à procura de emprego. Passado um mês, surgiu-me uma oportu-nidade. Para este intento recorri a Nossa Senhora de Fátima e ao Milagroso Santo Cristo para que me ajudassem. O meu objetivo foi concretizado! Há 4 anos que estou a trabalhar no mesmo sítio, com a graça de Deus e a proteção de Nos-sa Senhora.

Gostaria de deixar uma palavra de agradecimento a todas as pessoas que trabalham nesta revista. Gra-ças a ela, a fé renova-se a todos os momentos. Muito obrigada!

Como complemento da minha promessa, inscrevi-me como assi-nante da revista Cruzada.

JOVEM DE FÉAnónima

Sou uma jovem de 24 anos. Quero dar os parabéns a esta revista pelas riquíssimas histórias de vida que

publica. São, acima de tudo, gran-des exemplos de vida a seguir, que acabam também por nos enrique-cer e motivar.

A dada altura da minha vida es-tava a entrar por um caminho sem saída: a depressão provocada por motivos profissionais, pois já não aguentava psicologicamente o tra-balho que tinha; mas também não podia despedir-me, porque de-pendia dele para sobreviver. Nesta fase, pedi muito a Nossa Senhora que me ajudasse a arranjar outro trabalho, para me libertar daquela depressão. A Mãe do Céu ajudou- -me a realizar esse desejo.

Continuo a assumir-me como uma pessoa de fé, que tem muito a agradecer a Deus e que continua a precisar muito d’Ele e de sua Mãe.

Não me canso de agradecer todas as graças e dádivas obtidas, prin-cipalmente a minha saúde e a dos meus familiares e amigos.

QUANDO MAIS DAMOS,

MAIS RECEBEMOSFilha da assinante 230617

Há muitos anos recebemos a Cru-zada em nossa casa. A sua leitura tem sido fonte de conforto para a nossa família. Tenho obtido nu-merosas graças de Deus ao longo

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de uma vida atribulada e de muito sofrimento. Mas tenho a certeza que Deus me ama profundamente e que posso encontrar em Nossa Senhora a protetora e advogada que vela por nós e me tem dado a força suficiente para não perder a esperança.

Prometi à Virgem publicar este testemunho, em agradecimento desta e de muitas graças que a nos-sa família tem recebido, concreta-mente a estabilidade do meu lar e a necessidade de arranjar uma car-

teira de clientes para o início de ati-vidade do meu marido. Tudo o que pedi, alcancei.

Queria dizer aos leitores para nunca desesperarem nos momen-tos de sofrimento e de dificulda-des… e que se entreguem ao serviço da Igreja local ou diocesana com todo o amor e carinho... Quanto mais damos aos irmãos e trabalha-mos na Igreja de Cristo, mais rece-bemos a abundância da sua Graça e a nossa vida espiritual não para de crescer.

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Perguntas com Resposta

«HOMEM É CRIADO À IMAGEM DE DEUS»M. A.

Como se explica a afirmação de que «o homem é criado à imagem de Deus»?

Resposta: Esta afirmação não é um produto da imaginação huma-na nem resulta de nenhuma teoria sobre o ser humano desenvolvida

por filósofos ou teólogos. Faz parte da Revelação divina contida na Sa-grada Escritura. Logo no primeiro livro da Bíblia, o Livro do Génesis, afirma o Autor sagrado: «Deus dis-se: “Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança (...)”. Deus criou o ser humano à sua ima-gem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (1, 26-27).

A vocação do ser humano é, por-tanto, ser imagem e semelhança de

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Deus, tendo sido criado para viver no mundo, aperfeiçoando-o, dan-do continuidade à obra criadora de Deus.

Criado à imagem e semelhança de Deus, o ser humano é a única criatura capaz de conhecer e amar, na liberdade, o próprio Criador. É a única criatura, nesta terra, que Deus quis por si mesma e que cha-mou a partilhar a sua vida divina, no conhecimento e no amor. En-quanto criado à imagem de Deus, o homem tem a dignidade de pes-soa: não é uma coisa mas alguém, capaz de se conhecer a si mesmo, de se dar livremente e de entrar em comunhão com Deus e com as ou-

tras pessoas (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 355-360).

Dito de modo mais simples, afir-mar que o ser humano é imagem e semelhança de Deus significa colocá-lo à parte, no contexto da criação. Sendo igualmente criatura de Deus, como todas as outras que compõem o universo, distingue-se delas por ter qualidades que ne-nhuma outra criatura apresenta. Em termos cristãos, esta diferença qualitativa explicita-se na afirma-ção de que o ser humano é dotado por Deus, no momento da sua con-ceção, de uma alma imortal e, por isso, «é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual» (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 362-367).

LUTOAnónimo

O que é o luto? É obrigatório? É pecado não o usar?

Resposta: O luto tem duas dimen-sões: interior e exterior. O luto inte-rior é o processo pelo qual a pessoa lida com a morte de alguém que lhe era querido: os filhos, aquando da morte do pais ou o contrário; o côn-juge, aquando da morte da esposa ou do marido... É sempre um pro-cesso difícil, mais ou menos demo-

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rado e, por vezes, traumático. Para os cristãos, a fé na ressurreição e na vida eterna pode constituir um ele-mento importante no modo como se faz este luto, embora por vezes aconteça que a situação de luto pos-sa pôr em causa a própria fé.

O luto exterior, a que se refere a pergunta do leitor, é o modo ex-terno como se manifesta a dor pelo falecimento de alguém querido. Esta manifestação externa aconte-ce nas mais variadas culturas, tem formas diferentes de lugar para lugar e foi mudando ao longo dos tempos, sobretudo no que diz res-peito à duração. Entre nós, o nor-mal é usar roupas pretas ou de tons

mais escuros como manifestação de luto. Sobretudo nas aldeias, o luto, em tempos passados, era rigoroso, quer na duração, quer na cor das roupas usadas. Atualmente, o uso do luto e a sua duração é sobretudo uma questão pessoal.

A Igreja nada determina quanto a estes costumes, que têm uma fun-ção social. Relativamente a ser pe-cado não usar o luto, a questão não se coloca, pois estamos a tratar de costumes culturais e de convenções sociais, não de algo que coloque em causa a relação de amor com Deus e os irmãos.

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PACK 2020

CARO ASSINANTEInformamos que a assinatura da revista Cruzada é renovada automaticamente a 1 de janeiro de cada ano, a não ser que nos seja fornecida informação contrária. Continuamos a contar consigo!

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Portes de correio incluídos nos preços. Envio feito mediante pagamento prévio. Pedidos: Secretariado Nacional do A.O. Rua S. Barnabé, 32 – 4710-309 Braga [email protected] | Tel: 253 689 443 | www.livraria.apostoladodaoracao.pt

Agenda Litúrgica

EvangelhoDiário

Calendário

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Portugal: 13,00€ (portes grátis)Europa: 16,00€*Fora da Europa: 18,00€*

PREÇOS PACK

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Passatempo

Problema Alcídio, Maria, Císito e Filipe

Substituindo os traços por letras, encontrar nomes de homens.

AdivinhasPedro Jasmim

1. Como se chama um pato que não se dá com os outros patos? 2. Somos todos irmãos e moramos na mesma rua, quando um erra a sua casa, todos os outros erram a sua. Quem somos?

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_ _ S _ _ _ _ U _ _ _ __ I _ _ _ _ _ Z _ _ _

_ _ _ _ N _ _ _ _ _ _ A _ __ _ E _ D _ _ _ _

_ _ _ _ M _ _ _ _ A _ _ _

Palavras CruzadasManuel Joaquim da Costa Aguiar

Horizontais: 1. Apagar; 2. Veste feminina, partir; 3. Aragem, numeral romano, re-za; 4. Citrino; 5. Progenitor, costume; 6. Época, som; 7. Nome de mulher; 8. Mexe; 9. Gravuras. Verticais: 1. Pressentimento; 2. Capi-tal árabe; 3. Campeão, gemer; 4. Com-partimento de casa, demónio; 5. Ulula-ção, existes; 6. Batráquio, dono; 7. Ins-trumento de sopro, art. pl.; 8. Sorrir, 705 romanos; 9. Fundamento, antece-de o Rei.

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Na farmácia:– Tem algo contra a tosse?– Não, minha senhora, pode tossir

à vontade!

A mãe é que sabe– Mãe, podias dar-me um animal

de estimação.– Já tiveste piolhos no ano passa-

do e quiseste matá-los!...

No médicoUma senhora com excesso de

peso é interpelada pelo médico:– Idade?– Isso não se pergunta a uma se-

nhora!...– Peso? (A senhora faz um pausa…).– 30 anos!...

Chega de indelicadeza!Ele: – Olá, o que fazes?Ela: – Nada, estou aqui a pensar…Ele: – Não me digas que é em

mim…Ela: – Eu disse «a pensar»; não

disse «a perder tempo»!

Grande dorminhoco– Quantas horas dormes por dia?– P ’raí três!– Pouco…– E à noite mais umas dez!

Em cima da nespereira– Que fazes aí em cima?– Estou a comer figos…– Mas isso é uma nespereira!...– Já agora, não posso comer os fi-

gos onde me apetecer?...

Na escola– Meninos, o tema de hoje é a fo-

tossíntese…– Ok, senhora professora.– Zezinho, podes dizer-me o que é

a fotossíntese?– É o tema de hoje senhora profes-

sora!...

Uma questão de temporalidade– Papá, eu conheço a mamã há

mais tempo do que tu!...– Como assim, Ritinha?– É que eu conheço-a desde que

nasci e tu não…

Soluções de dezembro 2019

Adivinhas: 1. O milionário tem tudo e o nadador, nada; 2. Nuvem; 3. Se fosse de borracha apagava a linha; 4. O pneu.

Problema: Marofa, Montejunto, Alvão, Nogueira, Montezinho, Bornes, Soajo, Estrela, Marão, Caramulo.

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Page 36: CRUZADAlivraria.apostoladodaoracao.pt/public/products/docs/1628...1 Abertura Caro Assinante Cruzada Estamos a começar um novo ano. Desde já, gostaria de, em nome da equipa que todos

Batismo do Senhor, por Bartolomé Esteban Murillo, 1655

«Como Jesus após o seu Batismo, deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo em tudo o que fazemos. Mas para isso devemos invocá-Lo! Aprendamos a invocar o Espírito Santo com mais frequência, no dia a dia, para podermos viver com amor as coisas ordinárias e, assim, torná-las extraordinárias».

Papa Francisco, após o Angelus na Praça São Pedro, 13 de janeiro de 2019

12 de janeiro

BATISMO DO SENHOR