zine Olympe

Post on 07-Apr-2016

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Transcript of zine Olympe

Teu nome, antes tão usadoTão repetidoTão gritado entre os lençóisAgora me soa até estranhoComo se fosse estrangeiroE, de fato, tudo que um dia foiAgora nem éE se encontra longe demaisDa minha atual realidade

minha persona, sempre tão loquaztão adaptadase aquieta quando o acaso nos juntaadmiração essa que me calaque me faz ser criança acanhadapedindo por colo de mãequerendo te digerirme faço de brisatentando ao menos te tocar no fimdecido ir embora, ventando, e acabo por virar garoa em dia de sol

as palavras que escrevotentando expressar a vida que vejonão precisam fazer tanto sentido pros sentidos tão acostumados do mundojá basta a mim que eu as concretize poiselas são as minhas amigassão os gritos que ninguém ouvemeu respiro em meio a confusão diária já tão cômoda a parte de mim que eu tento esconderao mesmo tempo que desejo mostrar pro mundoo alívio do cômico do tudo “ou nada” que tanto falam por aísou incompleta aqui foramas nesse mundo de linhas que me atravessam e me contornamsou totale, sendo assim, tudo finalmente parece perfeito e findado

Com ela me sintomais que completoincompletoEu transbordo amorTranstornadoE tranquilo Me encontroperdidoComo jamais me sentiE gosto desse desgostoTão lúcido que me deixaConfusoE cheio de mim, dela e de nósEla reluz vidaE tenho certezaque acabará sendominha morteQue venha entãoÉ a chegada do verãoMas se fosse invernoou infernoTudo bemFlores pra nós

MAROlho a sua grandezaDe entidade que nos conecta com o mundo inteiroO mesmo mar de alguma formaNão sinto mais medo, só sinto respeitoSei meu limiteEntro, banho-meEnergizo-meSinto-me completaEm harmonia com a naturezaComo se nada mais importasseComo se só existisse aquiloA mãe natureza me dando coloMe dizendo queNão estou sozinhaE que mesmo sendo tão pequenaSou especial, exclusivaSou amada e bem-vinda Pelo seu azul infinitoNão me preocupo maisPois não sou aÚnica Que tem anseiosE tenho amor o suficiente para continuar

SOBRE A CORRERIA DIÁRIA DO CENTRO DE PORTO ALEGRE (ESPECIALMENTE NA RUA DAS ANDRADAS)vida corridaeles mal se olhammal se dão contada existência estrangeiravidas que nunca se tocamou mal se encostam mas não se percebemvidas que se entrelaçamdão nó e se acabamno fluxo alienadode passos apertadose olhares desatentosdança efêmerae vida brevecada um por simas todos no mesmo lugare mais um dia se vai

BRINCADEIRA (OU NEM TANTO)procurando aqui que linha ligao meu coração ao teuacabei me distraindonesse jogo louco de ligar pontinhose fiz uma girafa achei legal pra variaragora tô brincando de fazer bichinhostipo criança, sem parar{mas de vez em quando dou uma conferidapra ver se acho a do teu peito, viu?sou assim mesmo, meio enxerida}