XXXV ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTES FEIRA DE SANTANA-BA Associação dos Moradores da Casa...

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XXXV ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTES

FEIRA DE SANTANA-BA

Associação dos Moradores da Casa dos Estudantes Universitários I – AMCEU I

Expositor: Suélio da Silva AraújoMorador Associado da AMCEU I

Contatos: (62) 9635-2906suelio.araujo@gmail.com

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTESFEIRA DE SANTANA-BA

Expositor: Suélio da Silva AraújoSou Engenheiro Civil e Tecnólogo em Planejamento e

Construção de EdifíciosMestrando em Engenharia Civil pela Universidade Federal

de GoiásEx-morador da CEU II / PUC-GO, durante a Graduação

Morador Associado da CEU I / UFG, agora na Pós-Graduação

Ex-articulador SENCE BrasilEx-Coordenador Geral e Ex-Coordenador de Políticas da

SECE-GOEx-Coordenador Geral e Ex-Tesoureiro da CEU II / PUC-

GO

1. Capitalismo/Questão Social e Estado

Séc. XIX Profundas modificações no capitalismo:

Concorrencial - monopolista (articulação global – imperialismo)

Nova fase (monopolista): recoloca as contradições da ordem burguesa nos seus traços basilares: exploração, alienação e acumulação da riqueza.

Capitalismo/Questão Social e Estado

Sob a era imperialista:EUA – gera sozinho 30% do PIB mundialJapão + núcleo básico da União Européia

(França, Reino Unido, Alemanha, Itália)= 32% do PIB mundial.

Todos (seis) = 62%O resto (204 nações) = 38%

Capitalismo/Questão Social e Estado

• Objetivo primário da era dos monopólios: acréscimo dos lucros através do controle dos mercados.

• Consequências: > taxa de desemprego; > informalidade; < renda média dos trabalhadores; > flexibiliza/restringe direitos;

Capitalismo/Questão Social e Estado

> condições precárias de vida.América Latina (última década):- Aumentou de 41% para 43% a população

abaixo da linha da pobreza (136 para 207 milhões de pessoas)

- Em 2003 – 44% (237 milhões de pessoas)

• 9% das crianças menores de 5 anos sofrem de desnutrição aguda e 19% de desnutrição crônica.

• Aumenta a pobreza, indigência, fome: eleva os níveis de desemprego e informalidade – situação que atinge 60% da força de trabalho. (Boletim Panorama Social da América Latina – CEPAL)

Questão Social

• Conjunto dos problemas políticos, sociais e econômicos gerados com o surgimento da classe operária na constituição da sociedade capitalista (Netto).

• Manifestação da contradição entre proletariado e burguesia (desigualdade) no cotidiano da vida social (Iamamoto).

Questão Social

• Constituiu-se em torno do pauperismo e da miséria no seio e na lógica do sistema capitalista.

• Expressão concreta das contradições e antagonismos presentes nas relações entre classes e entre estas e o Estado.

QUESTÃO SOCIAL• Inseparável da emergência do “trabalho livre”;

• Venda da força de trabalho como meio de satisfazer as necessidades vitais.

• Condensa o conjunto das desigualdades e lutas sociais, produzidas e reproduzidas no movimento contraditório das relações sociais capitalistas.

RIQUEZA E QUESTÃO SOCIAL

RIQUEZA – PRODUTO DO TRABALHO

• Questão social - indissociável da sociabilidade capitalista.

• Gênese: sociedade burguesa

• Caráter coletivo da produção X apropriação privada da própria atividade humana – o trabalho e das condições necessárias à sua realização e seus frutos.

Capitalismo/Questão Social e Estado

• O capitalismo monopolista conduz ao ápice a contradição elementar entre a produção e a apropriação da riqueza.(Trabalho X Capital)

- A maximização dos lucros pelo controle do mercado demanda a intervenção do ESTADO.

Estado

• Instrumento de organização da economia (administrador dos ciclos de crises)

• Opera para propiciar o conjunto das condições necessárias à acumulação e reprodução ampliada do capital.

- Dentre as condições: a garantia da conservação física da força de trabalho ameaçada pela superexploração.

Estado/Questão Social

Capitalismo monopolista: - Questão social torna-se objeto de uma

intervenção contínua e sistemática por parte do Estado.

- Questão Social se põe como alvo de políticas sociais.

Estado/Questão Social

Características da intervenção estatal na questão social:

FragmentadaParcializadaProblematizada de forma particularizada

(desemprego, fome, falta de moradia, doença, evasão escolar X totalidade processual de uma totalidade histórica.

Estado e políticas sociais

• Articulação de suas funções econômicas e políticas

• Assegurar a continua reprodução da força de trabalho (ocupada e excedente) – previdência, proteção social.

• Legitimidade sócio-política: institucionalização de direitos e garantias sociais.

Políticas Sociais

• Resultante do tensionamento e disputas de distintos interesses de classe;

• Classes dominantes (preservar a ordem).• Resposta do Estado às demandas da classe

trabalhadora (necessidades do trabalho e do capital)

Políticas sociais/ Estado

• Viabiliza o acesso à riqueza socialmente

produzida por meio de serviços, ações e sistema

de proteção social, sem que a dinâmica das

relações capitalistas sejam afetadas.

Política Social/Seguridade Social (S.S)

Campo de lutade formação de consciência crítica em relação

à desigualdade social no Brasil de organização dos trabalhadores.Terreno de embate que requer competência

teórica, política e técnica;

Política Social/Seguridade Social (S.S)

Exige rigorosa análise crítica da co-relação de forças entre as classes

Exige construção de proposições que contraponham o projeto político-econômico em curso.

2. Fundamentos históricos e conceituais da Proteção Social Brasileira

PROTEÇÃO SOCIAL NO BRASIL Nasce no início dos anos 1930 pela vinculação

com o trabalho (inserção na estrutura ocupacional e acesso a benefícios vinculados a contribuições pretéritas).

Brasil

- sistema de proteção meritocrático e particularista (trabalhadores com salário carteira assinada).

Brasil a partir de 1988 (CF)

• Instituição da Seguridade Social• Reconhecimento da obrigatoriedade do Estado• Reconhecimento da Assistência Social como

política pública• Vinculação do benefício previdenciário ao valor

do salário mínimo com irredutibilidade.

BRASIL - PROTEÇÃO SOCIAL

Artigo 6º CF:

“São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição”.

Seguridade Social (CF)

Saúde/Assistência Social/Previdência Social CF/88 – (Visão sistêmica de política social)

Conjunto integrado de ações como dever do Estado e direito do cidadão.

Seguridade SocialRefere-se à proteção social em face- do risco- da desvantagem- da dificuldade- vulnerabilidade, - da limitação temporária ou permanente- e de determinados acontecimentos previsíveis

ou fortuitos nas várias fases da vida.

Seguridade Social (CF)

SEGURIDADE SOCIALX

SEGURO SOCIAL

Problema individual X

Responsabilidade social

Políticas que integram a Seguridade social

• Saúde (promoção/proteção/recuperação)• Previdência

(perda/reposição de renda)• Assistência social

(seleção/prevenção e eliminação dos riscos e vulnerabilidades)

NÃO CONTRIBUTIVA/SEM CONTRAPARTIDA

Países capitalistas (Brasil)

Sistema (princípio) bismarckiano contribuições/seguros

- Sistema Beveridgeanomodelo assistencialdireitos universais (submetidos a teste de meios)mínimos a todos (em situação de necessidade)

Implantação da seguridade (conjunto integrado de ações(?)

A Seguridade não é uma realidade ainda.- Políticas:isoladas/fragmentadas/opostas - Processo de assistencialização – centralidade dos programas de transferência de renda.

Implemantação/Desmonte

• Combinação de fatores (macroeconômicos e políticos) resultaram:- universalização restritiva- privatização da oferta de serviços públicos-descentralização/transferência de responsabilidades

Implementação/Desmonte

- Crescimento da participação não-governamental- Focalização na extrema pobreza

- Desvio de recursos da seguridade para sustentar a política econômica (superávit primário)

Assistência Social

SEMPRE 1988/1993 LOAS

Pobreza POLÍTICAAssistencialismo DIREITOCaridade DEVER LEGALBenevolênciaMoral

Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS

Cap. I, art. 1º - A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.

Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS

Cap. 1, Art.2º, inciso V - Parágrafo Único - “A assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências (incertezas) sociais e à universalização dos direitos sociais”.

Assistência Social

• Destinada às pessoas em situação de vulnerabilidade social.

• Deve garantir os mínimos de proteção social.• Tem um recorte horizontal que atravessa as

demais políticas públicas.

Assistência Social

• Deve responder por um conjunto de necessidades sociais.

• reduzir ou superar situações de vulnerabilidades que fragilizam a sobrevivência, a existência, a autonomia, as relações e o enfrentamento da adversidade própria do viver.

Assistencialismo Baseia-se na noção de pobreza absoluta. É circunstancial, eventual, incerto, sem garantia legal. Sinônimo de emergência, amadorismo, ausência de

planejamento. Reforça a dependência e a exclusão. É contraponto do direito. É acesso a um bem através de uma benesse, de doação

(o que supõe sempre um doador e um receptor, que é transformado em dependente, apadrinhado, devedor, etc).

Assistencialismo

• Tem sempre um sujeito público ou privado - e um sujeitado.

• O sujeito age como se fosse ele o proprietário de um bem que distribui dada “sua bondade”, a alguém, e quer ganhar o reconhecimento e a dívida por esta prática (Sposati).

2004-2005

SUASSistema Único de Assistência SocialEstratégia de gestão para fortalecer a LOAS, a

política, o direito.Desde a Loas – novo status, ressignificação

(assistencialismo X assistência social)

Tendências contemporâneas

• Assistencialização das políticas sociais - Ante a impossibilidade de garantir direito ao

trabalho (previdência), o Estado amplia o campo da ação assistencial (inclusive nas IES).

- Predominância dos programas de transferência de renda (BOLSAS)

Tendências contemporâneas

• Medidas pontuais, isoladas, focalizadas (extrema pobreza)

• Orientação de organismos internacionais (para o mundo capitalista subordinado) – a proteção social cabe à política de assistência social, pois a única não contributiva que tem a especificidade de atender aos pobres.

Tendências contemporâneas

Princípio da menor elegibilidade(remonta aos tempos da Lei dos Pobres/séc.

XIV) – prestar socorro aos mais necessitados, porém com quantidades tão irrisórias que expõe o pobre a situação de constragimento.

Objetivo: fazê-lo aceitar qualquer tipo de trabalho antes de pedir ajuda.

Tendências contemporâneas

• Estudos vem mostrando a ineficiência dos programas de transferência de renda em combater a pobreza, em toda a América Latina (BOLSAS).

• Seria esse seu objetivo? Acreditar nisso equivale à não compreensão do

que seja pobreza e de como se reproduz.

Proteção Social

Assegurar emprego Saúde Previdência Segurança alimentar transporte, Educação Dentre outros

3. Assistência Social na educação superior pública

IESReproduzem as expressões da questão

social Constituem espaço de disputa entre as

classes, na apropriação da riqueza socialmente construída.

Assistência Social na educação superior pública

Para realizar-se como pública (democrática) a educação precisa estabelecer interface com a assistência social

Objetivo: contribuir com a permanência de estudantes da classe trabalhadora (poucos que conseguem acessar).

Assistência Social na educação superior pública

LDBAfirma que o ensino será ministrado com igualdade de condições no acesso e permanência na escola.

Cerca de 15% da população brasileira consegue acessar o ensino superior, destes, menos da metade nas instituições públicas.

Assistência Social na educação superior pública

Princípio da igualdade de condições:- Dificuldades diversas para permanecer e

terminar o curso- Privações: recursos materiais, moradia, renda,

transporte, alimentação, biblioteca, eventos, aquisição de livros, convivência familiar e comunitária, entre outros (totalidade das condições e necessidades humanas )

Assistência Social na educação superior pública

Princípio do acesso- Alta concorrência + Expansão da rede privada - Leva a população de baixa renda à rede

privada como única alternativa- Não acesso ou acesso à educação sem

qualidade – demarca o lugar social de parcela da população.

Universidade Federal de Goiás (UFG)

Direito à educação:Em 2007 – mais de 75% dos estudantes que

ingressaram na UFG – rede particular (média)Nos cursos: engenharias, medicina, odontologia,

farmácia, nutrição, direito, psicologia e veterinária o índice é de 87% na média.

UFG

Situação inversa: filosofia, letras, física, geografia, história, ciências sociais, química e outras licenciaturas – 70% vem de escolas públicas.

Sobre os serviços complementares que gostariam de obter: 45,16% responderem Bolsa Trabalho.

UFG

Reprodução da desigualdade no acesso, na permanência e no resultado (aquisição do curso superior – lugar social ocupado na sociedade de classes).

Enfrentar as desigualdades/garantir permanência

• Qualidade do ensino • Acesso a biblioteca• Acesso a tecnologia• Programas culturais, científicos, de extensão e

outros• Promover aquisições materiais, institucionais,

sociais, socio-educativas• Redução e prevenção de riscos

Assistência Social na UFG

Riscos e vulnerabilidadesIncertezas, perigos, contingências, perdas,

privações.A quem dela necessitar (LOAS)Não tem sentido redutor – focalização, mas de

atenção a todos os seus demandatários.

Assistência Social na UFG

A potencialidade de universalidade da assistência social na UFG está na quantidade/qualidade do conjunto de atenções que garante a todos os seus demandatários.

Todos os programas/projetos são de permanência e não só uma bolsa ou programa isolado.

CONDIÇÃO BÁSICA

PúblicoX

Privado

Direito só existe no EstadoMercado: serviços/mercadoria

O real possível não é o ideal

Horizonte

Igualdade (Marx)- Idêntica posição social dos homens em uma

sociedade sem classes- Igualdade de todos nas suas posições sociais

X igualação das necessidades pessoais.- Supressão dessa ordem societária.

Necessidades Sociais que a Bolsa Permanência deve suprir

• - Transporte

• - Fotocópia

• - Material didático

• - Alimentação

• - Moradia

Pontos Negativos• - Baixa remuneração;

• - Falta de auxílio transporte;

• - Contratos de curto prazo;

• - Contrapartida fora da área de atuação;

• - Nenhum ponto negativo.

Sugestões para contribuir com a elevação qualitativa do Projeto Bolsa Permanência

• - Aumento do valor da bolsa;

• - Auxílio transporte e/ou transportes inter-campus;

• - Aumento de vagas;

• - Contrato de longo prazo (sem interrupção nas férias);

• - Redução da contrapartida;

• - Maior acompanhamento entre Pró-Reitoria e estudantes.

Quem Somos ?• Década de 20:

Em 1924 nasce a 1ª Casa de Estudantes no Brasil – a Casa de Estudantes do Brasil na Praia Vermelha-RJ, próximo ao Aterro do Flamengo, um dos Campus da UFRJ;

Nasce a UNE – União Nacional dos Estudantes dentro da Casa de Estudantes do Brasil;

A partir daqui criaram-se as Casas, Repúblicas, Residências Estudantis, Alojamentos “mantidos parcialmente” pelas Universidades Federais, Estaduais, Municipais, Filantrópicas, Privadas, Casas Autônomas.

• Década de 60: As Casas de Estudantes em todas as regiões brasileiras hospedam

estudantes perseguidos pela Ditadura Militar no Brasil e que viviam de forma clandestina;

Criação de várias Universidades no Brasil e de Casas de Estudantes no interior de seus Campus.

• Década de 70: Em 1976 realiza-se o I Encontro Nacional de Casas de Estudantes no

Brasil em Manaus-AM em plena Ditadura Militar no nosso país; Cria-se a 1ª SENCE – Secretaria Nacional de Casas de Estudantes no

Brasil;

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTESFEIRA DE SANTANA-BA

Quem Somos ?• Década de 70:

As Casas começam a se organizar com a realização de Encontros Municipais, Estaduais e Regionais de Casas de Estudantes em todo país, com o objetivo de politizar os moradores de casas, solicitar suas reivindicações de forma coletiva às Universidades, através de suas coordenações, diretorias, conselhos...

Criam os Estatutos e Regimentos Internos de suas Associações de Moradores.

Quem Somos?

• Década de 90: No início dos anos 90 as casas se “encontravam” em

péssimas condições de infra-estrutura; Solicitam reformas, manutenção, construção de

novas Casas de Estudantes de forma a atender a demanda;

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTESFEIRA DE SANTANA-BA

Quem Somos?• Atualmente:

Somos o Movimento de Moradia Estudantil Brasileiro: autônomo, independente e apartidário.

Nos organizamos de forma descentralizada através:

SENCE – Secretaria Nacional de Casas de Estudantes;

Secretaria Regional de Casas de Estudantes em cada região brasileira;

Secretaria Estadual de Casas de Estudantes em cada estado brasileiro;

Coordenações, Diretorias, Colegiados, Coletivos, Conselhos Deliberativos em cada Casa de Estudantes;

A Administração é composta pela Coordenação e pelo Conselho, em algumas casas;

Cada Casa tem seu Estatuto e Regimento Interno.

Como instigar a participação de todos e todas?• Chamar os companheiros e companheiras para

participar dos encontros, fazer propaganda destes;

• Informar os novos moradores e moradoras dos resultados dos encontros;

• Ser mais um multiplicador do Movimento de Moradia Estudantil, repassando informações;

Como instigar a participação de todos e todas?• Com a iniciativa de convidar os novos

moradores e moradoras para participar de atividades das Casas dos Estudantes;

• Motivá-los e incentivá-los a participar da Associação dos Moradores da Casa;

• Chamá-los para participar da Coordenação, Conselho, Administração da Casa;

• Convocá-los a participar das Comissões no interior de cada Casa;

Como instigar a participação de todos e todas?

• Participação em Comissões: Limpeza da CEU, Segurança, Eventos, Hospedagem, Articulação e Mobilização Política Estudantil;

• Elaboração do Estatuto e Regimento Interno da Casa;

• Criação da Associação dos Moradores da Casa.

O QUE É SENCE?• A SENCE – Secretaria Nacional de Casas de

Estudantes é eleita anualmente em cada ENCE – ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTES e executa o que foi deliberado no ENCE, através de seu colegiado que têm representantes de todas as regiões do Brasil;

• A SENCE existente desde 1987, cabe representar o movimento de casas;

O QUE É SENCE?• Repassar informações e

documentos e mesmo contribuir nos processos de estruturação do movimento, nos estados e regiões;

• Esclarecer à sociedade a importância da Assistência Estudantil.

COMO SE ORGANIZA O MOVIMENTO DE CASAS

• A instância máxima de deliberação é a Plenária Final do ENCE;

• O movimento conta ainda com Secretarias Estaduais de Casas dos Estudantes sólidas, que desempenham papel importantíssimo na democratização e descentralização dos encaminhamentos do ENCE;

COMO SE ORGANIZA O MOVIMENTO DE CASAS• Estas Secretarias Estaduais desenvolvem

inúmeras atividades como debates, seminários, encontros culturais e até olimpíadas de moradias;

• A SENCE, nesta estrutura, desempenha papel de Coordenação Nacional, se deslocando para inúmeros estados, participando de audiências em Brasília e mesmo junto ao Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis.

RÁPIDO HISTÓRICO

• O ENCE foi o primeiro movimento a se reorganizar, em plena Ditadura Militar – 1976;

• Ressaltamos a importância histórica do nosso ENCE, apesar de não estarmos inseridos organicamente na estrutura do movimento estudantil. Não fazemos parte da UNE, por exemplo.

RÁPIDO HISTÓRICO • A Gestão da SENCE antigamente tinha

três linhas em nosso movimento:• 1ª – nos primeiros ENCE's a conjuntura

nacional e internacional era profundamente analisada e transformada em propostas, sendo que assistência estudantil era compreendida como inserida na conjuntura, e portanto como consequência;

RÁPIDO HISTÓRICO • 2ª – Em uma segunda fase, sem perder

a primeira compreensão, o movimento estrutura o estatuto da SENCE e inicia a fase de audiências no MEC no sentido de recriar o extinto DAE – Departamento de Assistência Estudantil. A idéia era exigir do MEC um setor que tivesse verbas e autonomia para a assistência;

RÁPIDO HISTÓRICO • 3ª – Após intensas audiências o movimento

se sentiu frágil para conseguir seus objetivos junto ao Governo e entendeu que necessitava de parceiros, e passou a intensificar os contatos com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis e Comunitários, Encontros de Área;

• Atualmente, o colegiado da SENCE esclarece a necessidade e importância da assistência estudantil;

ATUALIDADE E NOVOS RUMOS • O Estado em que vivemos se estrutura

na exploração e concentração de renda e é esta estrutura de poder que cria o analfabetismo e a miséria a que está submetida nossa sociedade;

• Portanto, quando exigimos assistência, não estamos senão aplicando os impostos que a sociedade paga, para a formação digna e devida à própria sociedade;

ATUALIDADE E NOVOS RUMOS

• E nossa Universidade?• O primeiro ponto a ser considerado é o

vestibular, que apesar de ser um funil, ainda repassa para dentro da universidade as diversas classes existentes na sociedade;

• Uma vez estabelecidas as desigualdades dentro da universidade faz-se necessário observar que não será possível uma uniformidade na recepção dos conhecimentos ministrados;

ATUALIDADE E NOVOS RUMOS• Como esperar de alunos trabalhadores, que

mal dão conta de garantir sua sobrevivência, um rendimento acadêmico satisfatório?

• Nossa luta, quando falamos de assistência estudantil, é por igualdade de oportunidades, de aprendizado e de formação;

• Sabemos muito bem que a crise universitária (financeira), atinge primeiro as moradias, os Restaurantes, a assistência estudantil;

ATUALIDADE E NOVOS RUMOS • Precisamos incutir em nossos dirigentes, que

eles representam a presença do Estado e não podem repassar a mesma política do governo para o interior da Universidade;

• Nossos dirigentes não podem implantar políticas que concentrem ainda mais a renda, que provoque a evasão, e que marginalize exatamente aqueles estudantes que já são vítimas do sistema sócio-econômico em que estamos.

O QUE É ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

• Assistência não se confunde com assistencialismo, que é defendido e praticado pelos diversos organismos estatais como paliativos e amortecedores dos conflitos sociais;

• Também a assistência não pode ser compreendida à parte do ensino, ela é pré-requisito de um ensino de qualidade, pois promove a igualdade de condições de aprendizado;

O QUE É ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL • Queremos também quebrar com a

concepção de que a Universidade se fundamenta na trilogia ensino-pesquisa-extensão;

• Para nós, a atividade fim da universidade é a formação do cidadão, capaz de intervir no processo de transformação da sociedade rumo ao fim das desigualdades e injustiças;

• A cidadania só é atingida quando o indivíduo toma consciência crítica de seu papel, de sua profissão, do retorno que ele deve à sociedade, que o formou;

O QUE É ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

• É neste sentido que a Assistência Estudantil atinge sua real concepção, vinculada à cidadania, representar o apoio necessário para a formação crítica do indivíduo, bem como do seu papel na sociedade.

O que Fazemos?• Moradia Estudantil às pessoas de baixa renda vindas de

vários lugares do Brasil (capitais e interiores) e de outros países garantindo a estes a manutenção e conclusão do seu Curso Superior, Pós-Graduação, com qualidade;

• A casa se transforma numa extensão do conhecimento acadêmico, devido aos vários campos do conhecimento, bem como, a diversidade cultural;

• Na Casa de Estudantes, a pessoa tem a oportunidade, se quiser, de usufruir de uma vida acadêmica plena, pois mora dentro da Universidade e tem acesso aos bens culturais que ela oferece;

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O que fazemos?• Propicia aos moradores a oportunidade de

discussão, debate, compartilhar das questões políticos-sociais-econômicas-culturais dos estados, das regiões e do Brasil;

• Busca a convivência comunitária respeitando as diferenças, as diversidades;

• Acesso à informação, conhecimento, aprendizado através de jornais, revistas, periódicos científicos, internet e outros.

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Dificuldades enfrentadas?• Problemas financeiros;

• Alimentação Precária nos Restaurantes Universitários, nas Casas;

• Falta de apoio governamental;

• Falta de interesse de alguns moradores para com o projeto político das Casas;

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Dificuldades enfrentadas?• Falta de assistência médica e odontológica;

• Falta de equipamentos de informática;

• A insuficiência de vagas para suprir a demanda;

• Dentre outras.

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Fone: (62) 3202-1156Celular: (62) 9635-2906

E-mail: suelio.araujo@gmail.com

Agradecimentos a todos e todas e muito obrigado!!!

AMCEU I

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTES

FEIRA DE SANTANA-BA