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Ponta Delgada, 23 de fevereiro de 2012
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Visita de estudo à Igreja do
Colégio
Docente: Matilde Meireles
Discente: Sofia Pacheco
11º G nº 12
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Índice
Índice ……………………………………………………………………………………… Pág. 2
Introdução …………………………………………………………………………….. Pág. 3
Desenvolvimento ………………………………………………………………….. Pág. 4
Anexos ……………………………………………………………………….…………. Pág. 6
Conclusão ……………………………………………………………………………… Pág. 7
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Introdução…
No passado dia trinta e um de Janeiro, a turma G do décimo primeiro ano realizou uma
visita de estudo à Igreja do Colégio, em Ponta Delgada, no âmbito da disciplina de
Português com a docente Matilde Meireles, professora da mesma disciplina.
A visita teve como ponto de encontro a entrada da escola Secundária Domingos
Rebelo, pelas 13:40h.
À chegada ao destino prometido, depois de alguns minutos de espera, chegou a
senhora que nos ia falar sobre o monumento histórico.
Tínhamos, como objetivo, tomar nota dos seguintes aspetos:
o Igreja:
� Data da construção;
� Principais características arquitetónicas e filosofia sudjacente;
� Data da remodelação;
� Pinturas e verdadeiro nome da Igreja;
� Companhia de Jesus;
� Data da fundação da Companhia de Jesus;
� Circunstâncias da sua criação, ideias defendidas e alcance da sua ação.
o Padre António Vieira:
� Circunstâncias que o trouxeram a São Miguel;
� Data em que pregou na Igreja;
� Título do sermão pregado na Igreja.
Esta visita de estudo tinha como finalidade o conhecimento das características da arte
barroca.
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Desenvolvimento…
A 1 de novembro de 1592, foi lançada a primeira pedra
que deu lugar a um monumento ímpar de criação
barroca. A este monumento deu-se o nome de Igreja de
Todos-os-Santos (fig. 1), devido à data de lançamento da
primeira pedra, sendo, todavia, mais conhecida por Igreja
do Colégio, situada em Ponta Delgada. As características
desta igreja são do mais engenhoso que podem haver
para tempo em que está construída. Os elementos da sua
fachada são de pedra vulcânica. No interior, o altar-mor
(fig. 2) é todo ele construído em madeira, tendo algumas
partes pintadas em dourado e os painéis de azulejos
setecentistas são pintados à mão. Esta igreja, de nave
única, possui, por isso, um vasto e valioso modelo artístico.
Foi no século XVI, com a expansão dos jesuítas pelos Açores, que se deu a
construção deste edifício. A Companhia de Jesus, criada a 15 de agosto de 1534
por Inácio Loyola, veio a expandir-se pelo mundo fora. Primeiramente em
Montmartre (Paris), de seguida em Roma. Este instituto religioso tem como lema
“defender e proteger a fé”, visando-se o progresso espiritual dos fiéis. A defesa da
reforma católica por teólogos jesuítas no Concílio de Trento (1545-1563)
demonstra bem o contexto da época em que
nasceu a Companhia de Jesus: a Contra-Reforma
católica em oposição à Reforma Protestante
encetada por Lutero em 1527. Ao mesmo tempo,
criaram-se por toda a Europa e na Índia,
estabelecimentos pedagógicos da Ordem, gratuitos
no início, direcionados quer para a formação do
clero quer para a educação. A tarefa dos jesuítas é
muito importante para o século XVI. Em 1760, por
ordem de Marquês de Pombal, os jesuítas foram
expulsos, de Portugal, não tendo, por isso, sido
terminados os trabalhos na Igreja de Todos-os-
Santos, em Ponta Delgada.
Mais tarde, em 1834 Nicolau Maria Raposo de Amaral torna-se proprietário da
igreja. Passados 139 anos, a Câmara Municipal de Ponta Delgada doou o
monumento, em 1977, para instalação do Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos
Machado, tendo a sua remodelação em 2004. Nos dias de hoje, aquele Núcleo
pode ser visitado por qualquer pessoa.
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Estão em exposição, na nave e sacristia, pinturas e esculturas dos séculos XVII e
XVIII, com destaque para a Coroação da Virgem, entre anjos, pintada a oléo sobre
madeira de carvalho, pelo reconhecido artista português Vasco Pereira Lusitano
(1535 - 1609) (fig. 3), pintada em Sevilha no ano de 1604. Há também quadros que
representam passos da vida de S. Francisco Xavier, atribuídos a Bento Coelho da
Silveira (1620-1708). Estas pinturas de Bento Coelho da Silveira apresentam as
quatros passagens mais importantes do missionário, jesuíta famoso, São Francisco
Xavier: Embaixada de São Francisco Xavier à Corte do Rei do Bungo, no Japão (fig.
4); São Francisco Xavier e o Milagre das Águas (fig. 5); Morte de são Francisco
Xavier na Ilha de Sancião (fig. 6);
Nossa Senhora da Assunção (fig. 7).
Tem uma história muito cativante,
pois, AO ser retirada da parede da
nave, do lado do Evangelho, a pintura
que representava a Coroação da
Virgem, envolvida por uma rica
moldura em talha seiscentista, TINH,
por baixo da tela, várias tábuas
deterioradas, que constituíam o
suporte de uma obra de excecional qualidade. Removida a tela, foi averiguada a
existência do quadro original, na parte inferior da pintura original, sobre a madeira
de carvalho, felizmente não tingida pelos xilófagos e pela excessiva humidade
relativa do ambiente, tendo-se confirmado que se estava perante uma relevante
obra de arte do reconhecido pintor Vasco Pereira Lusitano.
Nesta igreja pregou o padre António Vieira o sermão de Santa Teresa, depois de
um naufrágio ao largo da ilha do Corvo, Açores, em 1654.
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Anexos…
Nossa Senhora da
Assunção (fig. 7)
Morte de são Francisco Xavier na
Ilha de Sancião (fig. 6
Embaixada de São Francisco Xavier à Corte do Rei do
Bungo, no Japão (fig. 4)
São Francisco, levado pela mão por um menino, é
atenciosamente recebido por um nobre japonês,
ricamente vestido e de turbante na cabeça.
São Francisco Xavier e o Milagre
das Águas (fig. 5)
Coroação da Virgem (fig. 3)
Igreja de Todos-os-Santos
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Conclusão…
No final da visita de estudo, ficamos com a noção do que era a arte barroca do
século XVII, do modo de vida como era neste século e das inovações que já
existiam nessa altura.
Confirmamos também, que os jesuítas tiveram grande importância na nossa
história, pois com a ajuda deles o povo poderia ser mais sábio, visto que estes
ensinavam tanto no que diz respeito à religião como à instrução.