V SemináRio Nacional Geografia

Post on 30-Jun-2015

1.748 views 3 download

Transcript of V SemináRio Nacional Geografia

V Seminário Nacional - Lisboa - 11 e 12 de Abril

2008Geografia – Avaliação e Práticas

11 de Abril 2008

Avaliação de professores: das oportunidades perdidas às

hipóteses de desenvolvimento profissional?

José Matias Alves

3 palavras

- Saudar participantes

- Agradecer convite

- Desejar tempo de encontro seja o de sementeira

• Uma estória-metáfora

Uma chamada de atenção para o poder (que não pode ser discricionário) e para a necessidade de explicitação prévias dos referentes, dos critérios, das “regras do jogo”.

“Diz-me como avalias e dir-te-ei quem és. Como pessoa e como profissional”. (MSG)

Uma viagem pelos conceitos, pelos referentes legais, pelas práticas….

Uma tradição de controlo

“avaliar é julgar” “avaliar é prestar contas” “avaliar é comparar” “avaliar é medir” “avaliar é punir”

Uma ocasião para mal entendidos

- “a avaliação não é compreendida”- “a avaliação não é aceite”- “a avaliação é desmoralizadora”- “a avaliação é um ‘ajuste de contas’- “a avaliação é uma regulação das

aspirações profissionais”- a avaliação é um prémio ou um castigo

As lógicas da acção avaliativa

. A lógica de condução das organizações (avaliar para compreender e para melhorar)

. A lógica da selecção e da retribuição . A lógica de acompanhamento. A lógica da cooperação e da entreajuda

Os riscos da avaliação instituída

Riscos sociais (percepção social de que os professores não querem, de que…)

Riscos individuais (afectação/destruição da auto-imagem)

Riscos relacionais (comprometer o trabalho cooperativo, degradar a relação pedagógica)

Riscos organizacionais (balcanização, anarquia organizada, hipocrisia, “caixote do lixo”)

Como tem sido a avaliação docente nos últimos 50 anos?

Três “modelos” de avaliação: o modelo do “Estado Novo” e que se prolongou até ao anterior ECD: o serviço presume-se Bom, avaliação administrativa (teoria neo-institucional); o modelo burocrático do relatório crítico (o que interessa não é a realidade mas o que dela se diz); o modelo “político” do actual ECD (ênfase excessiva (?) nos resultados, riscos da competição por bens escassos, individualismo, reforço da balcanização organizacional…)

• Do rebanho à selva

• Uma vitória de Pirro?

Do modelo decretado…

1. Auto-finalista2. Complexo3. Burocrático (uniformidade, centralismo,

dominação do escrito, da medida e do registo…)

4. Impossível (nos tempos e nos modos)5. Contraditório (entre os fins proclamados e os

efeitos que vem gerando)6. Caótico7. Obcecado pelos resultados académicos e pela

medida

Ao modelo que vem sendo construído

1. Errático e desregulado ( o 10 de Janeiro e a “impossível avaliação”)

2. “Anárquico”

3. Pendular

4. Inquinado da suspeição

5. Resgatado?

Os riscos emergentes

1. Desconfiança generalizada entre os pares

2. Impossibilidade de “construção de uma comunidade de profissionais do mesmo ofício”

3. Confundir avaliação com classificação

4. Sobredeterminação das quotas e progressão na carreira

Que professores queremos ser?

Os professores funcionários, técnicos e profissionais

Para que cultura profissional somos empurrados e qual preferimos?

A história do voo dos gansos

E que avaliação faz sentido na óptica do desenvolvimento profissional e

organizacional?1. Realizada por pares competentes (exigência

formativa)2. Por pares reconhecidos como competentes

(confiança)3. Que se coloque numa perspectiva (sobretudo)

formativa e formadora4. Que seja transparente, participada,

negociada/contratualizada e justa5. Que seja contextualizada 6. Que esteja relacionada com os desempenhos das

equipas e da organização escolar7. Que encontre outros dispositivos de regulação e

securização para além das fichas e das grelhas

Sacudir ou aceitar a terra?

• S.O.S.

• Prolongamentos

http://terrear.blogspot.com/