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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
SANDRA APARECIDA DE JESUS OLIVEIRA
USO DAS EMISSÕES OTOACÚSTICAS TRANSIENTES NA
TRIAGEM AUDITIVA EM ESCOLARES:
ESTUDO PILOTO NO MUNICÍPIO DE CURITIBA
CURITIBA
2016
SANDRA APARECIDA DE JESUS OLIVEIRA
USO DAS EMISSÕES OTOACÚSTICAS TRANSIENTES NA
TRIAGEM AUDITIVA EM ESCOLARES:
ESTUDO PILOTO NO MUNICÍPIO DE CURITIBA
Artigo científico apresentado ao Curso de Especialização em Audiologia Clínica da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para à obtenção do título de Especialista em Audiologia.
Orientadora: Profa. Dra. Adriana Bender Moreira de Lacerda.
CURITIBA
2016
TERMO DE APROVAÇÃO
SANDRA APARECIDA DE JESUS OLIVEIRA
USO DAS EMISSÕES OTOACÚSTICAS TRANSIENTES NA
TRIAGEM AUDITIVA EM ESCOLARES:
ESTUDO PILOTO NO MUNICÍPIO DE CURITIBA
Este artigo científico foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Especialista em Audiologia
no Curso de Especialização em Audiologia Clínica.
Curitiba, 03 de dezembro de 2016.
_______________________________________________
Especialização em Audiologia Clínica
Universidade Tuiuti do Paraná Orientadora: Profa. Dra. Adriana Bender Moreira de Lacerda
Universidade Tuiuti do Paraná Dr. César Monte Serrat Titton Prefeitura Municipal de Curitiba Secretário Municipal de Saúde Dra. Daniela Mori Branco Prefeitura Municipal de Curitiba Coordenadora do PSE
RESUMO
OBJETIVO : Avaliar a aplicabilidade do uso da Emissão Otoacústica Transiente na
triagem auditiva do escolar. MÉTODO: Estudo transversal, quantitativo. Realizado
com 561 pré-escolares com faixa etária entre quatro e cinco anos, da Rede
Municipal de Ensino, na cidade de Curitiba. Inicialmente foi realizada inspeção do
conduto auditivo externo e análise do questionário, passando-se a realização da
triagem auditiva daquelas com meatoscopia sem alteração. A triagem auditiva foi
realizada com uso de equipamento portátil OtoRead/Interacoustics com a criança
sentada em sala silenciosa dentro do ambiente escolar. RESULTADOS : As doenças
mais prevalentes entre a população estudada foram varicela em 31 indivíduos e
bronquite em 17. O estudo identificou que 47,77% da população já apresentou ao
menos um episódio de otite no último ano, sendo que 6,59% tiveram mais de três
episódios no mesmo período. A inspeção do conduto auditivo externo apresentou
alteração à direita em 38,9% e em 32,9% à esquerda. O estudo demonstrou falha na
captação da Emissão Otoacústica Transiente em 13,2% à direita e 12,7% à
esquerda na população triada, assim como confirmou que houve correlação positiva
entre os fatores de risco para perda auditiva e o resultado da triagem auditiva
utilizando a técnica das Emissões Otoacústicas Transientes. CONCLUSÃO : O
estudo ratificou que o uso das Emissões Otoacústicas Transientes é viável para a
realização de triagem auditiva escolar.
Palavras-chave : Audição. Saúde Escolar. Saúde Pública.
ABSTRACT
OBJECTIVE: The purpose of this study is to evaluate the applicability of Transient
Otoacoustic Emission in the hearing screening of a student. METHOD: Cross-
sectional quantitative study involving 561 preschoolers, aged between four and five,
from the Municipal Education System, in the city of Curitiba. Initially, the external
auditory canal was inspected and the questionnaire was analyzed, after which the
hearing screening was performed with those that presented unchanged meatoscopy
results. Hearing screening was performed using a OtoRead/Interacoustics portable
equipment, with the child in a sitting position, in a quiet room inside the school
environment. RESULTS: The most prevalent diseases among the studied population
were varicella in 31 children and bronchitis in 17. The study identified that 47.77% of
the population had already had at least one episode of otitis in the past year, and
6.59% had more than three episodes in that same period. Inspection of the external
auditory canal showed alteration to the right in 38.9% and in 32.9% to the left. The
study demonstrated a failure in capturing the Transient Otoacoustic Emission in
13.2% to the right and 12.7% to the left within the pre-sorted population, as well as
confirming that there was a positive correlation between the risk factors for hearing
loss and the result of hearing screening using the Technique of Transient
Otoacoustic Emissions. CONCLUSION: The study confirmed the feasibility of using
Transient Otoacoustic Emissions for conducting school hearing screening.
Keywords: Hearing. School Health. Public health.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA SEGUNDO AS QUESTÕES..............14
TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA DE ACORDO COM A
MEATOSCOPIA.........................................................................................................16
TABELA 3 – ANÁLISE DESCRITIVA DOS RESULTADOS DAS EOAT NOS
ESCOLARES COM MEATOSCOPIA NORMAL........................................................16
TABELA 4 – RELAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS DAS EOAT COM QUEIXA
AUDITIVA, QUEIXA DE VIA AÉREA SUPERIOR, DOENÇAS DE RISCO PRÉ E
PÓS-NATAL E INDICATIVO SUBJETIVO DE PERDA
AUDITIVA...................................................................................................................17
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................8
2. MÉTODO ..........................................................................................................11
3. RESULTADOS ..................................................................................................14
4. DISCUSSÃO .....................................................................................................18
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................24
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................25
7. ANEXOS ...........................................................................................................29
8
1 INTRODUÇÃO
A Fonoaudiologia, enquanto ciência, busca o bem-estar do indivíduo e de sua
comunidade1 e tem como objeto de estudo a comunicação humana.
A linguagem e a comunicação fazem a diferença na saúde e na vida das
pessoas, pois as qualificam como humanas, permitem ao indivíduo refletir sobre si, o
outro e sobre o mundo. A linguagem é condição primordial para a vida com
qualidade e fundamental em todas as etapas do desenvolvimento humano, desde a
vida intrauterina/neonatal2.
A experiência auditiva e a exposição à fala tornam-se indispensáveis para o
desenvolvimento normal da audição e linguagem oral3. A privação auditiva acarreta
grande déficit durante a primeira infância o que causa alteração na aquisição da
linguagem expressiva e receptiva, dificultando a aquisição da linguagem oral e
intepretação dos sons da fala. A perda auditiva na infância pode ser responsável por
efeitos negativos no desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança4,5,6,7.
As principais queixas decorrentes da perda auditiva são alterações na
aquisição de linguagem oral e dificuldade na escolarização6,8.
Entre as etiologias mais frequentes da perda auditiva encontramos:
congênitas (rubéola materna, citomegalovírus, anóxia neonatal, consanguinidade,
sífilis congênita, síndromes genéticas, malformações cranianas), hereditariedade e
adquiridas (hiperbilirrubinemia, prematuridade, otites de repetição, caxumba,
meningite, drogas ototóxicas e traumatismos)6,9.
Estudos demonstram que a otite média é a doença auditiva mais comum em
crianças 5, 9, 10, 11, sendo uma das principais causas da perda auditiva na infância.
Diversas destas causas poderiam ser evitadas ou suas sequelas diminuídas,
se ocorressem precocemente medidas de identificação, diagnóstico e reabilitação,
utilizando-se de programas de vacinação, orientação pré-natal adequada, maior
informação de profissionais de saúde à prescrição de medicações ototóxicas, em
todas as idades, mas principalmente em crianças em idade escolar12.
Todas as crianças encontram-se sujeitas a morbidades e agravos decorrentes
de fatores pessoais e ambientais. Devido a elevada prevalência e incidência as
9
alterações auditivas tornaram-se um problema de saúde, desta forma é importante a
implementação de programas de prevenção da perda auditiva no contexto escolar a
fim de identificar e encaminhar os casos suspeitos12.
Problemas auditivos podem passar despercebidos por pais e professores,
sendo importante desta forma a implantação de programas de triagem auditiva em
escolares. A perda auditiva na infância revela a exigência de uma vigilância em
saúde devido a sua prevalência elevada e, principalmente por causa de seus
múltiplos agravos na aprendizagem, é fundamental a identificação precoce da perda
auditiva, na faixa etária escolar. Os distúrbios auditivos devem ser identificados e
corrigidos precocemente, pois interferem na aquisição e desenvolvimento da
linguagem, na escolarização e condições psicossociais da criança13.
Assim, o diagnóstico da perda auditiva deve ser o mais precoce possível, e,
nesse sentido, as Políticas Públicas em Saúde14,15,16,17 têm preconizado a atenção
diagnóstica e terapêutica especializada às pessoas com ou sem risco de suspeita de
perda auditiva, por meio de triagem e monitoramento da audição de neonatos, pré-
escolares e escolares. No entanto, o protocolo de avaliação auditiva para os
escolares não está claramente definido nas publicações do Ministério da Saúde16,17,
18.
Na literatura, a Emissão Otoacústica (EOA) desponta como um importante
instrumento para avaliação objetiva do sistema auditivo periférico pré-neural, a
realidade brasileira aponta a utilização de EOA em larga escala em programas como
a Triagem Auditiva Neonatal (TAN)15 visto que a incidência de perda auditiva na
população infantil varia de um a seis para 1.000 nascidos vivos normais e de um a
quatro para 100 recém-nascidos atendidos em UTI Neonatal. A TAN tornou
obrigatória a realização da EOA em todos os hospitais e maternidades do território
nacional em 201015, mas ainda não existe obrigatoriedade de triagem para crianças
em idade escolar, e a Triagem Auditiva em Escolares (TAE) não faz parte da rotina
da maioria das escolas brasileiras.
Estudos referem que a EOA pode igualmente ser considerada viável para a
realização de triagem auditiva escolar19, 20, 21, 22, 23, 24, 25. No entanto, o Conselho
Federal de Fonoaudiologia (CFFa), na recomendação nº 274 de 200126 que trata de
triagem auditiva escolar, não prevê o uso de EOA e sugere o uso de meatoscopia,
varredura do reflexo acústico e dos limiares de via área.
10
As Emissões Otoacústicas (EOA) são sons provenientes da atividade das
células ciliadas externas do Órgão de Corti, na cóclea, podendo ser captadas pelo
meato acústico externo, por meio da introdução de uma sonda, com microfone
acoplado, e são registradas em 99% das orelhas dos indivíduos que apresentam
audição normal, independente da idade e sexo, ou seja, são registradas em
indivíduos cujos limiares auditivos sejam melhores que 20-30 dBNA27. É um
instrumento não invasivo de avaliação do mecanismo e funcionamento coclear19.
Sua presença indica integridade do sistema coclear, estabelecendo se a atividade
acústica está dentro da normalidade.
A triagem com EOA apresenta menor número de falsos positivos e falsos
negativos, rápida aplicação, não é um procedimento invasivo, é objetivo, indolor,
com grande especificidade e sensibilidade20, 25, 27, além de permitir a investigação da
função coclear básica em populações difíceis de serem avaliadas19, 27 com exames
subjetivos. Trata-se de um procedimento altamente sensível às patologias de orelha
externa e média. Convêm lembrar que este método não quantifica perda auditiva,
entretanto detecta sua presença. As EOA podem ser classificadas em19:
� Transientes (EOAT) – evocadas por um breve estimulo acústico, de
espectro amplo, que abrange uma gama de frequências.
� Produto de Distorção (EOAPD) – evocadas por dois tons puros
simultâneos, avalia faixas de frequências.
Diante do exposto, este estudo tem como objetivo avaliar a aplicabilidade do
uso das Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT) na triagem auditiva do escolar.
11
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo realizado com 561 pré-
escolares, com idade entre quatro e cinco anos, da Rede Municipal de Ensino na
cidade de Curitiba, de ago./2015 a set./2016, com aprovação do Comitê de Ética da
Prefeitura Municipal de Curitiba/SES (81/2015). Foram excluídas do estudo as
crianças que não possuíam autorização assinada, as que faltaram na data da
triagem, as que não colaboraram para a sua realização e as que apresentaram
meatoscopia alterada.
Considerando o compromisso com o bom uso do erário público e a
efetividade das ações foi proposto inicialmente este projeto piloto, para avaliar
eficiência e eficácia, bem como caracterização do perfil epidemiológico, antes de se
implementar a proposta em todo o município. Considerando que a aquisição de
equipamentos seria onerosa para um projeto piloto, utilizou-se, na forma de
empréstimo, um equipamento de EOA disponível na rede SUS/Curitiba que se
encontrava sobressalente no Centro Médico Comunitário Bairro Novo.
O estudo foi realizado por meio de cooperação técnico-científica entre a
Secretaria Municipal de Saúde e o Programa de Mestrado e Doutorado em
Distúrbios da Comunicação de uma Universidade local. Foi realizada a apresentação
do projeto ao controle social na Comissão de Saúde da Criança e Adolescente. Por
tratar-se de uma parceria público-privada o projeto foi discutido tanto com os
gestores municipais (gerentes distritais e superintendências das Secretarias
Municipais de Educação e Saúde), como com docentes do Curso de Fonoaudiologia
da Universidade.
Foram realizadas reuniões de sensibilização com os pedagogos e professores
para apresentação do projeto e estabelecer parcerias, com o intuito de que esses
profissionais intermediassem junto aos pais e responsáveis a realização do projeto,
bem como a captação do registro da autorização para a participação da criança e
levantamento de dados prévios para a realização da triagem.
As crianças avaliadas pertenciam à unidades escolares adscritas na área de
abrangência do Distrito Sanitário Boqueirão (DSBQ), localizado na região sul da
cidade, com população de 201.894 habitantes e 14 Unidades de Saúde (US). O
Núcleo Regional de Educação Boqueirão abrange a mesma área geográfica do
12
DSBQ sendo composta por 39 equipamentos, 19 Centros Municipais de Educação
Infantil (CMEI) e 20 Escolas Municipais de Ensino Regular e uma na modalidade de
Educação Especial. Inicialmente o planejamento abrangia a triagem de 1289
crianças, matriculadas na pré-escola no ano de 2015. No entanto a testagem foi
aplicada em 15 dos 19 CMEI e em 8 das 20 escolas.
O Termo de Consentimento foi assinado pelos pais ou responsável legal da
criança, junto ao termo de consentimento foi anexado um questionário, com
questões mistas, adaptado de Moraes (2010)28, neste documento constavam os
esclarecimentos quanto a participação voluntária, objetivos e repercussões. Os
responsáveis responderam os questionários em casa, sem a participação das
investigadoras.
Com a confirmação dos dados do questionário da criança e autorização
assinada, inicialmente foi realizada inspeção do conduto auditivo externo, utilizando
o otoscópio da marca Heine, passando-se a realização da triagem auditiva apenas
aquelas que apresentaram meatoscopia sem alteração. Quando identificadas
alterações na meatoscopia as crianças foram encaminhadas à Unidade de Saúde
(US) de referência para avaliação clínica e posteriormente auditiva encaminhada
pela fonaudióloga do NASF.
A triagem auditiva foi realizada por meio de EOAT, com equipamento portátil
OtoRead/Interacoustics com a criança sentada em sala silenciosa dentro do
ambiente escolar. Utilizou-se o critério PASSA/FALHA descrito no protocolo do
próprio equipamento, com estímulo clique, intensidade de 83 dB SPL, em seis
bandas (de 1500Hz a 4000Hz). Foi considerado o resultado PASSA quando as
emissões se apresentavam numa relação sinal/ruído de seis dB em pelo menos três
bandas de frequência consecutivas.
Em caso de FALHA as crianças realizaram o reteste na Clínica de
Fonoaudiologia da Universidade, entre os meses de jun. a set. de 2016. Com
avaliação auditiva em cabine acústica com audiômetro (Itera II/Madsen) e
imitanciômetro (Otoflex/Madsen), bem como o exame de EOAT (Celesta/Madsen).
Sendo os resultados analisados conforme orientado em publicação do CFFa 29.
Os dados foram analisados por meio de análises estatísticas, descritivas e
inferenciais ao nível de significância de 0,05% (0,050).
13
A demora na dispobinibilização e a solicitação de devolução do equipamento
de EOA impossibilitou a triagem de toda a população inicialmente planejada. Assim
como a falta de equipamento impossibilitou a realização da Imitanciometria.
14
3 RESULTADOS
Foram avaliadas 561 crianças, entre quatro e cinco anos, totalizando 150 e
411 crianças respectivamente. Do total de crianças 46,52% (n = 261) eram do sexo
feminino e 56,48% (n = 300) do masculino. Duas crianças foram excluídas da
amostra, pois não colaboraram com a realização do teste.
A Tabela 1 apresenta a análise dos resultados com a distribuição da amostra
segundo as questões do questionário.
Tabela 1 – Distribuição da amostra segundo as questões (n = 561)
QUESTÃO NÃO
n (%)
SIM
n (%)
SEM RESPOSTA
n (%) 1. Você acha que seu filho(a) ouve bem? 38 (6,8) 510 (90,9) 13 (2,3) 2. Você acha que a audição do seu filho(a) mudou no último ano?
483 (86,1) 61 (10,9) 17 (3,0)
3. Você acha seu filho(a) muito distraído? 381 (67,9) 159 (28,3) 21 (3,8) 4. Seu filho(a) se assusta com sons fortes? 361 (64,4) 187 (33,3) 13 (2,3) 5. Seu filho(a) faz muito “hã”, “o que?”? 380 (67,7) 166 (29,6) 15 (2,7) 6. Seu filho(a) tem dificuldade para manter a atenção?
430 (76,6) 117 (20,9) 14 (2,5)
7. Seu filho(a) tem dificuldade para seguir ordens, instruções?
414 (73,8) 129 (23,0) 18 (3,2)
8. Seu filho(a) compreende a fala de outras pessoas? 47 (8,4) 499 (88,9) 15 (2,7) 9. Seu filho(a) fala bem? 87 (15,5) 456 (81,3) 18 (3,2) 10. Seu filho(a) tem histórico de traumatismo craniano (pancada na cabeça) com perda de consciência?
528 (94,1) 19 (3,4) 14 (2,5)
11. Seu filho(a) fica exposto a ruído constantemente (música alta, barulhos de motores, televisão, brinquedos sonoros ,etc.)?
413 (73,6) 132 (23,5) 16 (2,8)
12. Seu filho(a) já teve dor/infecção de ouvido? 280 (49,91) 268 (47,79) 13 (2,3) 13. Você utiliza remédios caseiros quando seu filho tem dor de ouvido?
517 (92,2) 31 (5,5) 13 (2,3)
14. Durante a gestação do seu filho(a) a mãe teve algumas dessas doenças:
Citomegalovírus 546 (97,3) 1 (0,2) 14 (2,5) Toxoplasmose 540 (96,3) 7 (1,2) 14 (2,5) Rubéola 547 (97,5) 1 (0,2) 13 (2,3) Sífilis 547 (97,5) 1 (0,2) 13 (2,3) Herpes 543 (96,8) 5 (0,9) 13 (2,3) outras doenças 527 (93,9) 21 (3,7) 13 (2,3) 15. Seu filho(a) já teve ou tem algumas das doenças: Caxumba 546 (97,3) 2 (0,4) 13 (2,3) Meningite bacteriana 545 (97,2) 3 (0,5) 13 (2,3) Sarampo 526 (93,8) 22 (3,9) 13 (2,3) Sinusite 468 (85,2) 70 (12,5) 13 (2,3) Rinite 383 (68,3) 165 (29,4) 13 (2,3) Adenóides 487 (86,8) 61 (10,9) 13 (2,3) Amigdalites 457 (81,5) 91 (16,2) 13 (2,3) Otite ou infecções de ouvido 412 (73,5) 136 (24,2) 13 (2,3) outras doenças 480 (85,6) 68 (12,1) 13 (2,3)
Fonte: elaborado pelo autor
15
O Gráfico 1 apresenta a análise da questão 12 do questionário, que revelou o
número de episódios de otite que a população estudada teve por ano, verificou-se
que 280 indivíduos não apresentaram nenhum episódio representando 49,91% da
população, 168 indivíduos apresentaram 1 episódio (29,95%), 63 apresentaram 2
episódios (11,23%), 25 indivíduos apresentaram 3 episódios (4,46%), 12 indivíduos
indicaram terem tido entre 4 e 6 episódios de otite por ano (2,13%) e 13
questionários não foram preenchidos, representando 2,32% da população.
Gráfico 1 – Número de episódios de otite na amostra por ano
Fonte: elaborado pelo autor
A análise da questão 13 do questionário revelou que 33 crianças, equivalente
a 6% da população estudada, receberam tratamento caseiro quando apresentaram
otites. De acordo com as respostas os itens usados foram: óleo quente por 22 (em
números absolutos), pano quente 8, leite materno e mel foram identificados em um
questionário cada item.
A análise da questão 15 demonstrou que no item outras doenças as mais
citadas foram varicela em 31 questionários e bronquite em 17 questionários, sendo
que ao total 68 questionários indicaram que as crianças já apresentaram outras
doenças não relacionadas anteriormente, entre elas: meningite, pneumonia,
cardiopatia, hipertensão e convulsão.
16
A seguir, a Tabela 2 apresenta a distribuição da amostra de acordo com o
resultado da meatoscopia por orelha. A inspeção do conduto auditivo externo
mostrou-se alterada à direita em 38,9% (n = 220) e em 32,9% (n = 184) à esquerda.
Quanto à obstrução total do conduto auditivo externo verificou-se a ocorrência de 56
casos à direita e 44 à esquerda, além de 54 crianças com obstrução total bilateral.
Tabela 2 – Distribuição da amostra de acordo com a meatoscopia RESULTADO ORELHA DIREITA
n (%) ORELHA ESQUERDA
n (%) Sem obstrução 341 (60,78) 377 (67,20) Com obstrução 220 (39,22) 184 (32,80) TOTAL 561 (100) 561 (100)
Fonte: elaborado pelo autor
Na Tabela 3 segue a análise descritiva dos resultados das EOAT na amostra,
com meatoscopia normal. Nestes estudantes, observou-se em 13,2% falha na
captação da EOAT na orelha direita e 12,7% na orelha esquerda.
Tabela 3 – Análise descritiva dos resultados das EOAT nos escolares com meatoscopia normal
MEATOSCOPIA sem obstrução
EOAT TOTAL n (%) Falhou
n (%) Passou n (%)
Orelha direita 45 (13,2) 296 (86,8) 341 (100) Orelha esquerda 48 (12,7) 329 (87,3) 377 (100)
Fonte: elaborado pelo autor
Em seguida, a Tabela 4 mostra a relação entre os resultados das EOAT com
as queixas auditivas, queixas de via aérea superior, doenças de risco pré-natais,
doenças de risco pós-natais e indicativo subjetivo da perda auditiva (PA). Através do
teste Qui-quadrado, ao nível de significância de 0,05 (5%), verifica-se a existência
de correlação significativa para os casos (p<0,05), assinalados com asterisco (*).
17
Tabela 4 – Relação entre os resultados das EOAT com queixa auditiva, queixa de via aérea superior, doenças de risco pré e pós-natal e indicativo subjetivo de PA
QUESTÃO RESULTADO DA EOAT
p Falhou Passou
Queixa auditiva – OD Não 33 246 *0,0060 Sim 55 214
Sem resposta 6 7 Queixa auditiva – OE
Não 35 244 0,0837 Sim 48 221
Sem resposta 5 8 Queixa de via aérea superior – OD
Não 46 276 0,1700 Sim 42 183
Sem resposta 6 8 Queixa de via aérea superior – OE
Não 46 276 0,5805 Sim 36 189
Sem resposta 6 8 Doenças de risco pré – OD
Não 86 448 0,8548 Sim 2 12
Sem resposta 6 7 Doenças de risco pré – OE
Não 80 454 0,5065 Sim 3 11
Sem resposta 5 8 Doenças de risco pós – OD
Não 60 333 0,4218 Sim 28 127
Sem resposta 6 7 Doenças de risco pós – OE
Não 51 342 *0,0241 Sim 32 123
Sem resposta 5 8 Indicativo subjetivo de PA – OD
Não 60 266 0,0698 Sim 28 194
Sem resposta 6 7 Indicativo subjetivo de PA – OE
Não 60 266 *0,0099 Sim 23 199
Sem resposta 5 8
Fonte: elaborado pelo autor
Quanto aos encaminhamentos, do total de 561, 154 crianças foram
encaminhadas para avaliação médica por alteração na meatoscopia e 93 foram
encaminhadas ao reteste.
18
4 DISCUSSÃO
Diante do exposto, este estudo teve como objetivo avaliar a aplicabilidade do
uso das Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT) na triagem auditiva do escolar.
Para analisar criticamente os resultados alcançados e compará-los aos
descritos na literatura, foi necessário agrupar alguns dados.
A Tabela 1 demonstra que 38 pais/responsáveis assinalaram que achavam
que seu filho não ouvia bem, no entanto quando verificados estes casos 26 crianças
passaram na testagem, isto evidencia que 32% dos pais perceberam algum sinal de
alteração auditiva em seus filhos e 87 questionários indicaram que a criança não
falava bem, dentre estes 21 crianças apresentaram indicação de reteste.
A partir da análise inversa dos dados verificamos que apenas a percepção
dos pais e responsáveis sobre a fala e audição da criança não apresentam subsídios
para a realização de investigação auditiva, este dado permeia o propósito de que a
TAE seja obrigatória, possibilitando a detecção precoce de alterações auditivas e
seu adequado encaminhamento e acompanhamento pelos serviços de saúde e
educação. Alterações auditivas passam despercebidas por pais e educadores, desta
forma a sistematização de programas educativo, preventivo e de detecção da surdez
se faz necessária e urgente.
O Gráfico 1 apresenta a ocorrência de otite na população estudada a análise
do questionário revelou que 280 pais informaram que seus filhos não apresentaram
nenhum episódio, representando 49,91% da população, contudo a otite pode passar
despercebida e após tornar-se supurada, com alívio dos sintomas sem no entanto
estar curada6, 30, 31; 168 indivíduos apresentaram 1 episódio (29,95%), 63
apresentaram 2 episódios (11,23%), 25 indivíduos apresentaram 3 episódios
(4,46%), 12 indivíduos (2,13%) tiveram entre 4 e 6 episódios de otite por ano.
A otite causa em geral um perda auditiva leve, que pode restringir as
informações de fala recebidas pela criança, estudos citados pelos autores5 mostram
que em um episódio agudo de otite os líquidos continuam na orelha por até 12
meses, sendo que em torno de 30% dos casos permanecem de dois a três meses, o
que é um indicativo relevante de que a audição flutuante da criança pode se
estender por longos períodos após o aparecimento e, principalmente,
desaparecimento das otites. As otites podem ser causadas por infecções, alergias,
19
adenóides hipertrofiadas, osbtrução nasal, infecções de vias aéreas superiores e a
presença de bactérias que são condições comuns em crianças pequenas30, 31.
Um estudo da Arábia Saudita32 avaliou 2574 crianças com idades de quatro a
oito anos e encontraram perda auditiva em 1,75% da população estudada e destes
84,4% apresentavam perda condutiva.
O principal causador da otite média são as infecções das vias áreas
superiores e desta forma compromete a função da tuba auditiva. Nas crianças, as
funções de ventilação, proteção e drenagem da tuba podem ser ineficientes pela
imaturidade do desenvolvimento desta estrutura, sendo mais curta menos rígida e
ocupando posição mais horizontalizada30, 31. O presente estudo não apresentou
correlação entre as queixas de vias aéreas superiores com a falha na triagem
auditiva.
A inspeção do conduto auditivo externo mostrou-se alterada à direita em
38,9% e em 32,9% das orelhas esquerdas da amostra (Tabela 2), sendo as
obstruções totais verificadas em 56 orelhas direitas, 44 orelhas esquerdas e 54
bilateral. Estes resultados ficaram acima dos índices do estudo realizado na cidade
de Montes Claros (MG)33 que identificaram a prevalência de 21,2% de cerume
impactado, este artigo refere que o cerume impactado é uma “doença” comum na
atenção primária, o artigo estimou a prevalência de rolha de cera em 259 crianças
do primeiro ano. No presente estudo classificamos as alterações encontradas em
obstrução parcial e total e excluímos estes últimos indivíduos das análises
seguintes, 154 crianças foram encaminhadas para as US de referência para
consulta médica.
Em outro estudo25 há o relato da ocorrência de 18,6% de rolhas de cera e os
autores referem que a presença de rolha excessiva e impactada pode provocar
perda auditiva considerável. Estes estudos25, 33 referem a possibilidade de
ocorrência de rolha de cera de 12 a 60% da população.
Nos estudantes que apresentaram meatoscopia normal no presente estudo,
observou-se falhas na captação da EOAT em 13,2% à direita e 12,7% à esquerda
na população triada. Os resultados encontrados são inferiores aos encontrados
pelos autores21 que realizaram um estudo com 196 crianças com idades entre 1 e 5
anos, destas 17,3% apresentaram alteração auditiva na testagem com EOAT.
20
O estudo25 foi realizado com 451 crianças de primeiro ano na cidade de São
Luís (MA) e comparou a triagem auditiva com EOAT e EOAPD e não encontrou
diferença estatisticamente significante quando comparados aos resultados dos
exames dos indivíduos que falharam somente na EOAT e EOAPD com dados da
audiometria. O estudo comparou os exames de 52 indivíduos com falha nos dois
procedimentos, EOAT e EOAPD, e todos estavam com a audiometria alterada.
Quanto a análise de cada procedimento foram encontradas a ocorrência de falha em
9% com a EOAT e destas mesmas orelhas 6% falharam quando usada a técnica de
EOAPD, não houve diferença estatisticamente significante entre os dois
procedimentos.
Outro estudo realizado no Sul do país22, avaliou 119 crianças e adolescentes
com até 14 anos, para as 22 crianças com idade inferior a quatro anos foi usada
avaliação comportamental e EOAT. O exame foi realizado em quatro crianças, todas
apresentaram EOAT presentes, enquanto seis crianças não colaboraram, quatro não
realizaram por estarem gripadas, pela presença de rolha de cera ou alteração na
timpanometria. Retomando o estudo4 os resultados demonstram uma incidência de
falha em 37,8% de 90 crianças, resultado muito acima do encontrado neste ensaio.
Os dados destes últimos estudos demonstram um considerável número de
crianças abaixo de 5 anos, que apresentaram falhas na triagem auditiva e
corroboraram quanto à necessidade de implantação de um programa de triagem e
monitoramento auditivo desta população, visto que eles ainda estão em período de
aquisição e desenvolvimento da linguagem expressiva e receptiva, bem como estão
iniciando o processo de escolarização.
O presente estudo evidenciou correlação estatística significativa quando
associados os dados referentes à queixa auditiva com os resultados da triagem na
orelha direita, bem como a ocorrência de doenças de risco pós-natal e indicativos
subjetivos de perda auditiva concomitantes a ocorrência de falha na orelha esquerda
(Tabela 4).
Outro estudo consultado23 afirma que o procedimento de EOAT pode ser
eficientemente utilizado para testar a audição de escolares, desde que protocolos
apropriados e critérios conjuntos sejam usados, pois é um método rápido e simples
de executar e com alta sensibilidade.
21
O estudo24 com 1003 crianças comparou a avaliação com
audiometria/timpanometria e EOAPD/timpanometria e concluíram que o uso da
EOAPD associado à timpanometria é uma ferramenta útil na triagem auditiva de
escolares.
Tendo em vista os dados discutidos até aqui, viu-se que é de fundamental
importância a detecção das alterações auditivas em crianças e o município de
Curitiba já reconheceu isso, e em 2005 aprovou a Lei n°11.39334 que “Dispõe sobre
a obrigatoriedade de realização de testes audiológicos periódicos nos postos de
saúde, creches e unidades escolares do município...”. A lei prevê a realização de
testes audiológicos periódicos por metodologia objetiva e este estudo teve como
objetivo apresentar uma alternativa para a implementação desta lei.
Outro aspecto considerado foi o fato de que Curitiba tornou-se signatária da
realização de avaliação subjetiva da audição no Programa Saúde na Escola (PSE)16
no ano de 2014. PSE é um programa do governo federal que tem como principal
objetivo a formação integral dos estudantes da rede pública de ensino visando à
integração e articulação intersetorial, entre Saúde e Educação, permanentemente.
Esta parceria pretende reforçar a prevenção de agravos a saúde de alunos da
Educação Básica. O primeiro componente do PSE envolve a avaliação das
condições de saúde dos estudantes nas diferentes áreas do desenvolvimento
(saúde: nutricional, ocular, bucal, auditiva, clínica) infanto-juvenil. O segundo envolve
ações de prevenção e promoção da saúde. O terceiro abrange a educação
permanente. O quarto componente contempla o monitoramento e a avaliação da
saúde dos estudantes. E o programa também prevê monitoramento e avaliação do
PSE.
Quanto à saúde auditiva infantil, já é sabido que perdas auditivas podem
comprometer não só o desenvolvimento da linguagem oral, como também pode
trazer prejuízos para o aprendizado escolar e para a interação social.
O PSE prevê a avaliação da acuidade auditiva e este estudo permite sugerir
um programa de triagem permanente da população escolar do ensino fundamental
de âmbito municipal. A Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva e normas
complementares estabelecem que cabe à Atenção Primária, realizar ações de
caráter individual ou coletivo, voltadas para a promoção da saúde auditiva,
22
prevenção e identificação precoce dos alterações auditivas, assim como ações
informativas, educativas e de orientação familiar14.
O Sistema Único de Saúde se propõe a promover a saúde, priorizando as
ações preventivas, democratizando as informações relevantes para que a população
conheça seus direitos e os riscos a sua saúde35. Desde o nascimento do neonato
toda a equipe de saúde deve estar atenta para o desenvolvimento da fala e da
audição.
A adesão ao reteste foi pequena, a triagem foi realizada no ambiente escolar
enquanto o reteste foi realizado na Clínica de Fonoaudiologia de uma Universidade
local distante da residência das famílias. As famílias eram da região sul e a clínica
localiza-se na região oeste da cidade. Assim, podemos considerar que a facilidade
de acesso a triagem, quando realizadas no ambiente escolar ou em US próximas a
residência da família favorecem o deslocamento e pode contribuir para a redução do
absenteísmo.
Devemos considerar também a necessidade de ampliar a orientação aos pais
a respeito de questões relacionadas a saúde auditiva, como a possibilidade de
perdas auditivas adquiridas e de início tardio, ou seja, a possibilidade de mudança
do quadro audiológico durante a infância e apesar de a TAN ser realizada na
maternidade a audição deve ser monitorada durante a infância.
A TAE sendo aplicada junto ao PSE seria um procedimento de grande
impacto na identificação de alterações auditivas em escolares da rede pública,
realizada dentro do ambiente escolar, pouparia pais e alunos de deslocamentos para
a realização do procedimento. A escola atualmente é vista como um espaço social,
enquanto educa também promove saúde e o desenvolvimento integral do sujeito. A
escola deve ser entendida como um espaço de relações, um espaço privilegiado
para o desenvolvimento crítico e político, contribuindo na construção de valores
pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere
diretamente na produção social da saúde18.
Este estudo apresentou algumas limitações como a indisponibilidade dos
equipamentos de triagem auditiva na unidade de saúde ou no PSE, a dificuldade de
adesão no reteste e na avaliação e acompanhamento dos casos que falharam na
triagem. Sugere-se para maior efetividade, a inclusão da imitanciometria e ou
pesquisa do limiar auditivo, associada ao uso das EOAT10,24. O projeto inicial previa
23
a realização da imitanciometria, mas o municipio não possuía equipamento
disponível.
Convêm lembrar que apenas duas crianças foram excluídas da amostra, pois
não colaboraram com a realização do teste. Este foi um dado interpretado como
importante, uma vez que o método é de rápida aplicabilidade e indolor, causando
pouca recusa pelas crianças avaliadas.
O presente estudo mostrou que é possivel realizar a TAE em ambiente
escolar de forma eficiente, necessitando apenas que os equipamentos estejam
disponíveis aos profissioais fonoudiólogos que racionalmente organizariam a agenda
entre a assitência as Unidades de Saúde e a realização das triagens, o tempo gasto
para a realização de cada triagem não ultrapossou três minutos.
A Triagem Auditiva em Escolares deveria dar continuidade ao processo da
Triagem Auditiva Neonatal, visto que alterações auditivas podem ocorrer em
qualquer idade e apresentam grande fator de risco para o desenvolvimento
adequado, linguístico e de aprendizagem, em crianças. A implantação de um
programa permanente de TAE objetiva a identificação de crianças sem sintomas
perceptíveis e a redução de danos em seu desenvolvimento.
A EOA desponta como um importante instrumento para avaliação objetiva do
sistema auditivo periférico, a bibliografia estudada13, 19, 20, 21, 22, 23, 24 refere que as
EOA podem ser consideradas viáveis para a realização de triagem auditiva escolar,
bem como sugerem a associação da avaliação da orelha média, pela timpanometria,
como essencial.
24
5 CONCLUSÃO
O uso das EOA é viável para a realização de triagem auditiva escolar. Os
resultados indicam que houve correlação entre os fatores de risco para perda
auditiva com o resultado da triagem auditiva utilizando a técnica das Emissões
Otoacústicas Transientes (EOAT).
O estudo evidenciou correlação estatística significativa quando associados os
dados referentes à queixa auditiva com os resultados da triagem na orelha direita,
bem como a ocorrência de doenças de risco pós-natal e indicativos subjetivos de
perda auditiva concomitantes a ocorrência de falha na orelha esquerda.
25
REFERÊNCIAS
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26
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27
19. DURANTE, A. S., DHAR, S. Mecanismos Fisiológicos Subjacentes à Geração de Emissões Otoacústicas. In: BOECHAT, E. M., et al., org. Tratado de Audiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 2ª ed. p. 95-99. 20. GATTO, C. I., TOCHETTO, T. M. Deficiência auditiva infantil: implicações e soluções. Revista CEFAC [online]. v. 9, n. 1, p. 110-115, jan.-mar. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462007000100014>. Acesso em: 20. Ago. 2016. 21. SANTOS, V. F., SILVA, D. T. C., PY, M. O. Emissões otoacústicas como instrumento de triagem auditiva em 431 crianças de 1 a 12 anos. Revista Distúrbio da Comunicação [online]. v. 26, n. 1, p. 5-14. mar. 2014. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/19009>. Acesso em: 25 mar. 2015. 22. BALEN, S. A., et al., Caracterização da Audição de Crianças em um Estudo de Base Populacional no Município de Itajaí/SC. International Archives of Otorhinolaringology [online]. v. 13, n. 4, p. 372-380. out.-dez. 2009. Disponível em: < http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/pdfForl/13-04-02.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2016. 23. TRZASKOWSKI, B., et al. Criteria for detection of transiently evoked otoacoustic emissions in schoolchildren. International Journal of Pediatric Otorhinolaringology [online]. v.79, n. 9, p. 1455-1461, set. 2015. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26166450>. Acesso em: 15 jun. 2016. 24. LYONS, A., KEI, J., DRISCOLL, C. Distortion product otoacoustic emissions in children at school entry: a comparison with pure-tone screening and tympanometry results. Journal of the American Academy of Audiology [online]. v. 15, n. 10, p. 702-715, nov.-dez. 2004. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15646668>. Acesso em: 15 jun. 2016. 25. VASCONCELOS, R. M., et al. Emissões otoacústicas evocadas transientes e por produto de distorção em escolares. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia [online]. v. 74, n. 4, p. 503-507, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992008000400004>. Acesso em: 10 mar. 2015. 26. CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Resolução n. 274, de 20 de abril de 2001. Dispõe sobre a atuação fonoaudiológica frente a triagem auditiva escolar. Disponível em: < http://www.fonoaudiologia.org.br/legislacaoPDF/Res%20274%20-%20triagem%20escolar.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2015. 27. PIALARISSI, P. R., GATTAZ, G. Emissões otoacústicas: conceitos básicos e aplicações clínicas. International Archives of Otorhinolaryngology. v.1, n. 2, p. 36-39, 1997. Disponível em: <http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=13>. Acesso em: 10 jan. 2015.
28
28. MORAES, C. S. Triagem Auditiva em Pré-esolares do Município de Sumaré. 2010. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde) – Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Disponível em: < file:///C:/Users/sandrafono/Downloads/MoraesCristianeSousa_MP%20(1).pdf>. Acesso em: 18 jan. 2016. 29. CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Audiometria tonal, logoaudiometria e medidas de imitância acústica: Orientações dos Conselhos de Fonoaudiologia para o laudo audiológico. 2009. 30. BENTO, R. F. et al. Tratado de Otologia. Editora da Universidade de São Paulo: São Paulo, 1998. 31. JERGER, S., JERGER J. Alterações auditivas: um manual para a avaliação clínica. Atheneu: São Paulo, 1989. 32. AL-ROWAILY, M. A., et al. Hearing impairments among Saudi preschool children. International Journal of Pediatric Otorhinolaringology [online]. v. 76, n.11, p. 1674-1677, nov. 2012. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22921777>. Acesso em: 15 jun. 2016. 33. CALDEIRA, A. P., et al. Associação entre a presença de rolha de cerume e alterações de fala em escolares. Revista Norte Mineira de Enfermagem [online]. v. 3, n. 2, p. 21-32. 2014. Disponível em: < http://www.renome.unimontes.br/index.php/renome/article/view/71/97>. Acesso em: 20 fev. 2016. 34. CURITIBA. Câmara Municipal de Curitiba. Lei 11.393/2005. Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização de testes audiológicos periódicos nos postos de saúde, creches e unidades escolares do município e dá outras providências. Curitiba Brasil: Diário Oficial da Prefeitura Municipal de Curitiba; 2005. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/curitiba/lei-ordinaria/2005/1140/11393/lei-ordinaria-n-11393-2005-dispoe-sobre-a-obrigatoriedade-de-realizacao-de-testes-audiologicos-periodicos-nos-postos-de-saude-creches-e-unidades-escolares-do-municipio-e-da-outras-providencias?q=11393>. Acesso em: 08 de maio 2016. 35. LIPAY, M. S., ALMEIDA, E. C. A fonoaudiologia e sua inserção na saúde pública. Revista de Ciências Médicas [online]. Campinas, v. 16, n. 1, p. 31-41, jan.-fev. 2007. Disponível em: <http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/view/1073/1049>. Acesso em: 10 set. 2016.
29
7 ANEXOS
7.1 ANEXO 1 – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA
30
31
32
7.2 ANEXO 2 – AUTORIZAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
33
7.3 ANEXO 3 – CARTA CONVITE E TERMO DE CONSENTIMENTO
CARTA CONVITE E TERMO DE CONSENTIMENTO
Prezados pais ou responsáveis,
A audição é muito importante para o desenvolvimento da criança, alterações auditivas podem
prejudicar o desenvolvimento da linguagem, da fala e da aprendizagem da escrita. Por esta razão
estaremos realizando um projeto piloto de Triagem Auditiva nas crianças de pré-escola da Rede
Municipal de Ensino. Seu filho(a), por fazer parte deste grupo de crianças, é privilegiado em participar
da triagem auditiva, a realizar-se na própria Escola/CMEI no dia ____/____/____. Por esse motivo é
importante que não falte na data agendada, visto que não haverá outra oportunidade de realização do
exame.
O objetivo deste estudo é analisar a eficácia do programa de Triagem Auditiva proposto;
identificar alunos com alterações auditivas cruzando os resultados dos exames com as respostas dos
senhores(a) no questionário. A participação do(a) seu (sua) filho(a) nesta pesquisa é voluntária e não
determinará prejuízos à saúde, beneficiando a saúde auditiva dele(a). É garantido o seu acesso a
informações sobre o estudo citado, mantendo-se atualizado, bem como é garantida a sua liberdade
na retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer
prejuízo, punição ou atitude preconceituosa. Por se tratar de um estudo científico os dados e as
informações obtidas serão analisadas em conjunto com outras crianças, as informações e
publicações não permtirão a identificação de nenhum dos participantes. Não existirão despesas ou
compensações pessoais para o participante em qualquer fase do estudo. Certo de sua compreensão
sobre a importância deste exame para o aprendizado de seu filho(a), aguardamos a presença dele(a)
na data acima determinada juntamente com o questionário respondido. Este estudo servirá de base
para a melhoria das políticas públicas em Saúde e Educação em nosso Município.
Atenciosamente.
____________________________ ____________________________ Fonoaudióloga Responsável Fonoaudióloga Responsável Paula Regina Jardim Campos Sandra Apar ecida de Jesus Oliveira Telefone 41 88566872 Telefone – 41 9915 1324 Endereço: Av. Marechal Floriano Peixoto, 8430 – Terminal do Carmo – SMS/DSBQ _________________________________________________________________________________
Concordo voluntariamente em permitir a participação do(a) meu(minha) filho(a) neste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido. Declaro que recebi cópia do presente Termo de Consentimento. Eu,_______________________________________________________________________, RG________________, autorizo meu filho(a)____________________________________________ ________________________________________________________a realizar a triagem auditiva.
___________________________________ Assinatura pais ou responsável
Curitiba, ______________________________
34
7.4 ANEXO 4 - QUESTIONÁRIO IDENTIFICAÇÃO Unidade escolar: _____________________________________________________ Nome da Criança: ____________________________________________________ Nome da mãe: _______________________________________________________ Data de nascimento: _________________ Idade: __________________ Unidade de Saúde: __________________________________
QUESTIONÁRIO1
Por favor, responda ao questionário, com as informa ções de seu(sua) filho(a)
SIM NÃO
1- Você acha que seu filho(a) ouve bem?
2- Você acha que a audição do seu filho(a) mudou no último ano?
3- Você acha seu filho(a) muito distraído?
4- Seu filho(a) se assusta com sons fortes?
5- Seu filho(a) faz muito “hã”, “o que?”?
6- Seu filho(a) tem dificuldade para manter a atenção?
7- Seu filho(a) tem dificuldade para seguir ordens, instruções?
8- Seu filho(a) compreende a fala de outras pessoas?
9- Seu filho(a) fala bem?
10- Seu filho(a) tem histórico de traumatismo craniano (pancada na cabeça) com perda de consciência?
11- Seu filho(a) fica exposto a ruído constantemente (música alta, barulhos de motores, televisão, brinquedos sonoros, etc)?
12- Seu filho(a) já teve dor/infecção de ouvido? Quantos episódios por ano? ______________________________
13- Você utiliza remédios caseiros quando seu filho tem dor de ouvido? Quais? _______________________________________________
14- Durante a gestação de seu filho(a) a mãe teve alguma dessas doenças? a. ( ) citomegalovirus b. ( ) toxoplasmose c. ( ) rubéola d. ( ) sífilis e. ( ) herpes f. outras _________________________________________________
15- Seu filho(a) já teve ou tem alguma das doenças abaixo? a. ( ) Caxumba b. ( ) Meningite bacteriana c. ( ) Sarampo d. ( ) Sinusite e. ( ) Rinite f. ( ) Adenóides g. ( ) Amigdalites h. ( ) otites/infecções de ouvidos i. outras________________________________________________________________
1 Adaptado de Moraes, 2010
35
7.5 ANEXO 5 – REGISTRO DE DADOS
IDENTIFICAÇÃO
Unidade escolar: _____________________________________________________ Nome da Criança: ____________________________________________________ Nome da mãe: _______________________________________________________ Data de nascimento: _________________ Idade: ___________________ US: __________________________________ Distrito Sanitário _______________
Meatoscopia :
OD ( ) sem alteração ( ) alterado – qual? ( ) anatômicas ( ) cerume impactado ( ) corpo estranho ( ) perfuração timpânica ( ) presença de líquido em OM OE ( ) sem alteração ( ) alterado – qual? ( ) anatômicas ( ) cerume impactado ( ) corpo estranho ( ) perfuração timpânica ( ) presença de líquido em OM
Encaminhamentos: ( ) não necessita ( ) pediatra de referência
Timpanometria : OD curva tipo ___________ ( ) passou ( ) falhou OE curva tipo ___________ ( ) passou ( ) falhou Pressão: ________________ Gradiente: ___________________ Última calibração: _______________
Resultado do EOA : OD ( ) passou ( ) falhou OE ( ) passou ( ) falhou Última calibração: _______________
Encaminhamento : ( ) não necessita ( ) investigação auditiva
Data do exame: Curitiba, ______________________________
____________________________ Fonoaudióloga Responsável
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7.6 ANEXO 6 - DEVOLUTIVA PARA OS PAIS/RESPONSÁVEIS
RESULTADO DA TRIAGEM AUDITIVA
Unidade escolar: _____________________________________________________ Nome da Criança: ____________________________________________________ Nome da mãe: _______________________________________________________ Data de nascimento: _________________ Idade: __________________ Data do exame: __________________________________ Resultados: Meatoscopia OD ( ) normal ( ) alterada OE ( ) normal ( ) alterada Timpanometria OD – curva tipo ____ ( ) passou ( ) falhou OE – curva tipo ____ ( ) passou ( ) falhou Última calibração:_______________ Emissões Otoacústicas OD ( ) passou ( ) falhou OE ( ) passou ( ) falhou Última calibração:_______________ Parecer fonoaudiológico:............................................................................................ .............................................................................................................................................................................................................................................................................. .......................................................................................................................................
Curitiba, ______________________________
____________________________ Fonoaudióloga Responsável
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7.7 ANEXO 7 - ENCAMINHAMENTO PARA AVALIAÇÃO MÉDICA IDENTIFICAÇÃO US: __________________________________ Distrito Sanitário _______________ Nome da Criança: ____________________________________________________ Nome da mãe: _______________________________________________________ Data de nascimento: _________________ Idade: __________________ A(o) menor _____________________________________________ passou por triagem fonoaudiológica, onde se realizou inspeção do conduto auditivo externo observando-se _______________________________________________________ ___________________________________________________________________, assim solicito avaliação médica para investigação e conduta.
Curitiba, ______________________________
____________________________ Fonoaudióloga Responsável
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7.8 ANEXO 8 - ENCAMINHAMENTO PARA RETESTE
TRIAGEM AUDITIVA ESCOLAR IDENTIFICAÇÃO Nome da Criança: ________________________________________________ Data de nascimento: _________________ Nome da mãe: ___________________________________________________ Unidade de Saúde: _______________________________________________ Unidade escolar: _________________________________________________ DATA DA AVALIAÇÃO : _______/________/__________ HORÁRIO: _____________________ LOCAL : Clínica de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná Telefone: (41) 3331-7816 – 3331-7833 Endereço: Rua Sidney Antônio Rangel Santos, 245 Bairro: Santo Inácio CEP: 82.010-330 PROFESSORA: Dra. Adriana Bender de Lacerda Moreira RESULTADO RETESTE : Meatoscopia: OD ( )sem obstrução ( )obstrução parcial ( )obstrução total OE ( )sem obstrução ( )obstrução parcial ( )obstrução total Timpanometria: OD – curva tipo _______ OE – curva tipo _______ Emissões Otoacústicas: OD ( ) passou ( ) falhou OE ( ) passou ( ) falhou Audiometria: _____________________________________________________ _______________________________________________________________
Curitiba, ______________________________
____________________________ Fonoaudióloga Responsável