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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JULIANO BOSCARO MARSARO
ALTERAÇÃO DA FORÇA EXPLOSIVA, APÓS O TREINAMENTO
COM CINTO DE TRAÇÃO ELÁSTICO, EM ATLETAS DE FUTEBOL
DA CATEGORIA INFANTIL
CURITIBA
2011
JULIANO BOSCARO MARSARO
ALTERAÇÕES DA FORÇA EXPLOSIVA, APÓS O TREINAMENTO
COM CINTO DE TRAÇÃO ELÁSTICO, EM ATLETAS DA CATEGOR IA
INFANTIL
Trabalho de Conclusão apresentada ao Curso de Educação Física da Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Fabiano de Macedo Salgueirosa.
CURITIBA
2011
TERMO DE APROVAÇÃO
Juliano Boscaro Marsaro
ALTERAÇÃO DA FORÇA EXPLOSIVA, APÓS O TREINAMENTO
COM CINTO DE TRAÇÃO ELÁSTICO, EM ATLETAS DE FUTEBOL
DA CATEGORIA INFANTIL
Curitiba, 30 de Maio de 2011.
__________________________________
Prof.
Coordenação do curso de Educação Física
Universidade Tuiuti do Paraná
__________________________________
Orientador: Prof.
Universidade Tuiuti do Paraná / Docente
__________________________________
Prof.
Universidade Tuiuti do Paraná / Departamento
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Bacharel em Educação Física no Curso de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 05
1.1 ELABORAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................... 05
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 06
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................... 06
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 06
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 07
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 08
2.1 A EVOLUÇÃO DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTEBOL ............................ 08
2.2 A PREPARAÇÃO FÍSICA NAS CATEGORIAS DE BASE ............................. 09
2.3 ESPECIFIDADES DA PREPARAÇÃO FÍSICA AOS 14 E 15 ANOS ............. 11
2.4 TREINAMENTO DE FORÇA EXPLOSIVA ..................................................... 12
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 15
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................. 15
3.2 LOCAL............................................................................................................ 15
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................................................... 16
3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE PESQUISA.............................. 16
3.4.1 Desenho Experimental..................................................................................16
3.4.2 Impulsão Vertical (Sargent Jump Test).........................................................16
3.4.3 RAST (Running Anaerobic Sprint Test)........................................................17
3.5 TREINAMENTO COM CINTO DE TRAÇÃO ELÁSTICO ............................... 18
3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA..................................................................................19
4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................ 20
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES ......................................................................... 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 28
APÊNDICES ........................................................................................................ 30
RESUMO
A potência anaeróbia e força explosiva são capacidades determinantes para o desempenho do futebol. Dentre os vários métodos de treinamento, destaca-se a utilização de cinto elástico de tração. O objetivo deste estudo foi verificar a influência do treinamento com cinto de tração elástico na potência anaeróbia e força explosiva de atletas de futebol. A amostra, escolhida de forma intencional, foi composta por vinte atletas do sexo masculino, com idade entre 14 a 15 anos, os mesmos foram divididos aleatoriamente em dois grupos: Experimental (n=10) e Controle (n=10). Os atletas realizaram 12 sessões de treinamento utilizando o cinto de tração dentro de seu programa de treinamento, enquanto o grupo controle realizou a rotina de treinamentos com exceção do cinto de tração. Antes e após a intervenção os atletas foram testados com o RAST (Running Anaerobic Sprint Test) e impulsão vertical (Sargent Jump Test). Ambos os grupos melhoraram significativamente na maioria dos índices do RAST e na impulsão vertical. É muito provável que o grupo controle tenha sofrido influência do processo de maturação, já que aumentou significativamente a sua estatura e peso, o que não ocorreu no grupo experimental.
Palavras-chave – Potência Anaeróbia; atletas jovens; futebol.
1 INTRODUÇÃO
1.1 ELABORAÇÃO DO PROBLEMA
Dentre as capacidades físicas utilizadas dentro do futebol, pode-se citar a
força e a velocidade, que vêm sendo enfatizada nos treinamentos.
Entre as diversas formas do treinamento de força, desperta a atenção a
utilização do cinto de tração ou cordão elástico, os quais são utilizados pelos
preparadores físicos dos clubes de futebol por ter custo baixo e ser de fácil
utilização.
De acordo com a afirmação de Kraemer e Fleck (2001, p. 185), “os jogadores
mais novos devem desenvolver a força muscular dos membros inferiores para jogar
futebol e melhorar o desempenho”.
Essa relação entre força e velocidade pode variar de acordo com o método de
treinamento a ser utilizado, conforme Badillo e Ayestarán (2001, p. 26) relatam “que
quanto mais força tivermos, mais provável será que possamos deslocar um corpo
mais rapidamente; mas isso dependerá tanto do tipo de treinamento, quanto da
magnitude da resistência a ser deslocada”.
De acordo com Barbanti (1986) força explosiva ou movimento de força em
velocidade é a produção de movimentos com o emprego da força em velocidade,
movimento de força por unidade de tempo ou força acrescida de velocidade.
A partir disso, este estudo justifica-se na intenção de verificar quais serão as
possíveis alterações através do estímulo de força em um treinamento dentro da
preparação física em atletas da categoria infantil 14 e 15 anos, após utilização do
cinto de tração elástico em relação à força explosiva.
1.2 JUSTIFICATIVA
A busca de novidades para o aumento de performance torna a preparação
física uma das áreas do treinamento que necessita de constantes pesquisas, o
futebol moderno exige muito dinamismo, por isso a importância da potência e
resistência anaeróbia para os atletas desta modalidade.
Este estudo procura mostrar para os treinadores que a potência anaeróbia e
força explosiva são fundamentais para a performance dos atletas de futebol,
priorizando as capacidades físicas, força e velocidade, as quais são fatores
determinantes para que assim tenham o rendimento físico esperado pelo treinador
durante os treinamentos e jogos.
Há uma carência de estudos dos diferentes métodos para desenvolvimento
de tais capacidades, por isso a importância de ir à busca de conhecimento para que
os profissionais envolvidos consigam entender e aplicar os treinamentos com cinto
de tração elástico, embasados em dados científicos.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Verificar a influência do treinamento com cinto de tração elástico na potência
anaeróbia e força explosiva de atletas de futebol da categoria infantil.
1.3.2 Objetivos Específicos
- Aplicar o treinamento de força explosiva com cinto de tração elástico com
duração de seis semanas com dois treinos semanais, totalizando 12 sessões
de treino;
- Analisar a influência do salto vertical em atletas da categoria infantil 14 – 15
anos;
- Analisar a influência da potência anaeróbia em atletas da categoria infantil.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A EVOLUÇÃO DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTEBOL
Esta é de fato uma das áreas que mais evolui no futebol, através de muito
estudo e pesquisas especificando o treinamento e comprovando um aumento
significativo na performance dos atletas de futebol.
Conforme Neto cita,
a Preparação Física começou a ser especulada pelas equipes brasileiras no início do século passado, por volta de 1904. Daí então, foram adicionadas as seções de treinos de futebol, exercícios de condicionamento físicos, como corridas de 100, 200, 400 e 800 metros (derivada do treinamento do atletismo), além de luta romana (evidenciando a força propriamente dita). (2000, p. 117).
Com essa evolução, “a primeira atuação de um preparador físico ocorreu na
Copa do Mundo de 1954, com o objetivo de realizar as atividades físicas da equipe”.
(BARROS, 1990, p. 15)
Ainda de acordo com Barros,
com a má campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, muitas coisas foram repensadas e criaram-se possibilidades de mudanças. A partir daí, foi notado que um time com uma excelente capacidade técnica não era mais o suficiente e fundamental para vencer uma Copa do Mundo. Outra questão levantada era que o preparador físico da seleção nunca havia trabalhado com futebol, mas sim, em esportes de luta e na caça submarina. (1990, p. 22).
Foi na Copa da Inglaterra de 1966, com a criação do sistema de marcação
homem a homem, pela seleção inglesa, que o condicionamento físico ganhou mais
evidência, pois neste sistema de marcação o condicionamento era fator
preponderante para o sucesso do esquema. “A Inglaterra demonstrou que o seu
sistema era efetivo e, com isso, a preparação física um aspecto importante e
indispensável no planejamento e treinamento do futebol”. (GONÇALVES, 1998, p.
65).
Com a boa atuação do Brasil na copa da Inglaterra, o treinamento físico no
Brasil foi fortalecido e, segundo Barros (1990, p. 18), iniciou-se uma fase científica
do treinamento do futebol no Brasil.
Atualmente, o preparador físico deve estar presente em todas as categorias
de um clube de futebol e, principalmente, nas categorias de base, pois este
profissional deve trabalhar com seus atletas intensidades e cargas adequadas para
cada idade.
“Hoje, o aspecto científico do treinamento físico busca que seus profissionais
se especializem cada vez mais, utilizando os mais variados recursos eletrônicos
possíveis, para determinar o nível de condicionamento e a evolução dos atletas”.
(MOÑOZ, 1998)
Portanto, pode-se admitir que a preparação física ministrada e aplicada por
um especialista da área é indispensável. A ausência desse profissional em um time
poderá dificultar os objetivos de performance esperados.
2.2 A PREPARAÇÃO FÍSICA NAS CATEGORIAS DE BASE
Com o objetivo de direcionar e formar atletas para que possam chegar à
categoria profissional na plenitude de sua forma física, técnica, tática e psicológica,
pode-se afirmar que os treinamentos merecem uma atenção especial para não
comprometer o rendimento do atleta.
O processo de treinamento prolongado é dividido, de modo geral, em
diversos níveis de treinamento, tendo objetivos, métodos e programas relativamente
próprios, sendo também adequados de acordo com a idade. O objetivo do processo
de treinamento, a longo prazo, é a obtenção gradual nos requisitos do treinamento,
ou seja, a melhoria contínua da capacidade de desempenho esportivo.
“A capacidade do desempenho esportivo depende dos potenciais físicos,
psíquicos, técnicos, táticos e intelectuais”. (WEINECK, 1999).
Assim, é necessário entender que quando se está trabalhando com atletas
das categorias de base ainda não se está trabalhando com adultos, ou seja, é
necessário respeitar as limitações de cada indivíduo, dando ênfase ao
desenvolvimento e crescimento das crianças e adolescentes que fazem parte do
grupo.
De acordo com Lopes, Paoli e Pimenta,
o profissional que trabalha nessa área deve levar em consideração a faixa etária, procurando adequar o treinamento para que o atleta possa alcançar a plenitude do rendimento motor sem traumas ou problemas que venham a limitar sua performance. (2002, p. 9).
Apesar de não trabalhar com adultos, os princípios do treinamento esportivo
serão os mesmos utilizados em treinamentos profissionais. São eles: Princípio da
Individualidade Biológica, Princípio da Adaptação, Princípio da Sobrecarga, Princípio
da Especificidade e Princípio da Reversibilidade.
Todos têm que ser levados em consideração, porém, conforme Lopes, Paoli e
Pimenta,
o Princípio da Individualidade Biológica acaba se tornando um dos mais enfatizados, pois ele está diretamente ligado com a maturidade biológica do jovem atleta e, sobretudo, com a correta utilização de estímulos nas fases sensíveis da formação motora. (2002, p. 12).
Para que os objetivos de uma preparação física na adolescência venham a
ser atingidos com maior facilidade é necessário que se tenha um bom planejamento.
A periodização, definida por Lopes, Paoli e Pimenta,
é a sistematização, programação, planejamento geral e detalhado dos conteúdos do processo de treinamento determinando a forma racional da organização das cargas de treinamento em um período de tempo bem definido, procurando buscar a eficiência máxima do atleta, respeitando os princípios científicos do treinamento esportivo. (2002, p. 16).
Para que o preparador físico de uma equipe de categoria de base possa
chegar a esses objetivos de uma forma mais fácil e prescrever os exercícios de
forma correta, sem comprometer a carreira futura do atleta, é necessário que ele
também realize alguns testes para auxiliar no controle do treinamento.
Segundo Weineck (2000, p. 102) “o teste é um instrumento incondicional de
prescrição no processo do treinamento a curto, médio e longo prazo”.
De acordo com o autor Weineck,
é com base nos resultados dos testes, que o técnico pode utilizar medidas de treinamento diferenciadas para um jogador, determinada parte da equipe ou para a equipe toda, eliminando assim deficiências que ocorram eventualmente. (2000, p. 102).
Enfim, é através da realização dos testes e retestes que o acompanhamento
da evolução dos atletas junto à equipe e entre outras categorias deverá ser feito.
Com isso, é possível entender como a preparação física nas categorias de
base deve ser levada em consideração pelos profissionais que atuam na área, pois
ela é de extrema necessidade no processo formativo de um atleta.
2.3 ESPECIFICIDADES DA PREPARAÇÃO FÍSICA AOS 14 E 15 ANOS
Respeitando os princípios ditos anteriormente, cada capacidade física deve
ser desenvolvida de acordo com a faixa etária do praticante e com os jovens de 14 e
15 anos não é diferente.
Lopes, Paoli e Pimenta afirmam que:
as capacidades que o preparador físico deve exigir ao máximo de seus atletas são capacidades coordenativas e de flexibilidade, realizando um aprimoramento na resistência aeróbia, na força explosiva, na velocidade de reação e na velocidade cíclica e acíclica e deve iniciar com os trabalhos de resistência anaeróbia, força máxima e resistência de força. (2002, p. 21).
De acordo com Bompa,
é necessário verificar melhora nas habilidades motoras dominantes como potência, capacidade anaeróbica, coordenação específica e flexibilidade dinâmica e ainda, deve-se monitorar minuciosamente o volume e a intensidade do treinamento para garantir que os atletas melhorem acentuadamente com pequenos riscos de lesões. (2002, p. 32).
Para o autor, outras capacidades que devem ser trabalhadas são a
capacidade aeróbia e a capacidade anaeróbia, aumentando progressivamente o
volume e a intensidade.
Ainda segundo Bompa (2002, p. 33), é possível afirmar que melhorar e
aperfeiçoar as técnicas da modalidade esportiva e as táticas individuais e coletivas
constitui uma das especificidades da categoria infantil.
De acordo com Lopes, Paoli e Pimenta (2002, p. 21), nessa categoria, já é
possível trabalhar todas as capacidades físicas exigidas no futebol, porém
enfatizando mais umas do que as outras.
Com isso, é possível afirmar que todas as capacidades físicas são passíveis
de serem desenvolvidas, porém algumas devem ser levadas mais em consideração
do que as outras, ou seja, enquanto se deve exigir o máximo do jovem em uma
valência física, na outra se deve realizar apenas uma iniciação do treinamento dessa
faixa etária de 14 e 15 anos.
2.4 TREINAMENTO DE FORÇA EXPLOSIVA
Para Guedes (1997) força é a capacidade de exercer tensão muscular contra
uma resistência, superando, sustentando ou cedendo à mesma.
Weineck (1999) define força quanto às suas manifestações, em força máxima,
força explosiva e força de resistência.
Força máxima: é a maior força que o sistema neuromuscular pode mobilizar
através de uma contração máxima voluntária, ocorrendo (dinâmica) ou não (estática)
movimento articular. (WEINECK, 1999).
Força explosiva: é definida como a força produzida na unidade de tempo.
(BADILLO e AYESTARÁN, 2001).
Força de resistência: é a capacidade do sistema neuromuscular em sustentar
níveis de força moderado por intervalos de tempo prolongado. (WEINECK, 2000)
Os fatores que modificam a força são: neurais, musculares, biomecânicos e
psicológicos.
FATORES NEURAIS : coordenação intermuscular, melhoria na relação
agonista-antagonista (co-contração), melhoria na relação agonista-sinergistas e
coordenação intramuscular. A coordenação intramuscular relaciona-se ao aumento
do número de unidades motoras recrutadas, tamanho das unidades motoras
recrutadas (princípio do tamanho) e freqüência de contração de cada unidade
motora. Os fatores neurais são os principais responsáveis pelo aumento da força
nas primeiras semanas de treinamento com pesos. (FLECK e KRAEMER, 1999)
FATORES MUSCULARES : relacionados principalmente com a hipertrofia
muscular, embora alguns trabalhos tenham sugerido a hiperplasia muscular
(aumento no número de células). No entanto, caso ela ocorra, sua contribuição para
o volume muscular total parece não ser muito significativo (Fleck e Kraemer, 1999).
A hipertrofia muscular ocorre devida, principalmente, à sobrecarga tensional e
metabólica.
FATORES BIOMECÂNICOS : se for considerado que o corpo humano se
movimenta graças a sistemas de alavancas, entender-se-á que não só a força
muscular, mas também o seu ponto de aplicação interfere na capacidade de vencer
a resistência. Esse conceito é definido como Momento ou Torque, que é a
capacidade de forças girarem um sistema de alavancas ao redor do ponto fixo (eixo),
onde T=F x d (T= torque, F= força e d= braço de alavanca). (FLECK e
KRAEMER,1999).
FATORES PSICOLÓGICOS : Relacionam-se a uma força latente,
denominada reserva de proteção, que seria mobilizada de forma involuntária como,
por exemplo, em situações de perigo (Força Absoluta). (FLECK e KRAEMER,1999).
3 METODOLOGIA
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
O método utilizado para a realização desta pesquisa de campo foi o quase-
experimental, que é assim denominado quando o delineamento experimental não é
possível e caracteriza-se pelo estudo de casos ou grupos de casos, com a presença
de uma variável a ser estudada, sendo assim a chave para controlar o resultado das
pesquisas . “As variáveis independentes são manipuladas em uma tentativa de julgar
os efeitos na variável dependente no qual a única explicação para a mudança de
variável dependente é como os sujeitos foram tratados (variáveis independentes)”.
(THOMAS e NELSON, 2002).
No presente estudo, a variável independente se traduz pela proposta
experimental com o uso do treinamento com cinto de tração elástico e a variável
dependente, os resultados obtidos com a aplicação dos testes escolhidos.
3.2 LOCAL
A pesquisa foi realizada no Trieste Futebol Clube na cidade de Curitiba/PR,
no bairro de Santa Felicidade. Decidiu-se pela escolha do local devido ao fato de se
ter facilidade de acesso.
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A amostra, escolhida de forma intencional, foi composta por vinte atletas do
sexo masculino, com idade entre 14 a 15 anos do município de Curitiba/PR,
praticantes de futebol, com no mínimo seis meses de treinamento, sem histórico de
lesão. Eles foram divididos em dois grupos: Experimental (n=10) e Controle (n=10).
O termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado pelos responsáveis legais
dos atletas, por se tratarem de menores de idade.
3.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE PESQUISA
3.4.1 Desenho Experimental
Na primeira sessão foram coletados massa corporal e estatura, na sequência
impulsão vertical e o RAST (Running Anaerobic Sprint Test). No dia seguinte,
iniciaram-se as sessões de treinamento de força com o cinto de tração elástico, duas
vezes por semana, em um total de seis semanas, totalizando 12 sessões. Todos os
testes foram repetidos 48 horas após a última sessão de treinamento.
3.4.2 Impulsão Vertical (Sargent Jump Test)
O avaliado se coloca em pé, calçando tênis, calcanhares no solo, pés
paralelos, corpo lateralmente à parede com o braço dominante elevado
verticalmente. Considera-se como ponto de referência a extremidade mais distal das
polpas digitais da mão dominante projetada na fita métrica.
Então, o avaliado afasta-se ligeiramente da parede, no sentido lateral, para
poder realizar a série de três saltos, sendo permitida a movimentação de braços e
tronco. Através da voz de comando “Atenção!!! Já!!!” ele executa o salto, tendo como
objetivo tocar o ponto mais alto da fita métrica com a mão dominante. Deverão ser
registradas, além do ponto de referência, as marcas atingidas pelo avaliado.
Portanto, o deslocamento vertical é dado em centímetros, pela diferença da melhor
marca atingida e do ponto de referência.
3.4.3 RAST (Running Anaerobic Sprint Test)
Após um aquecimento geral de aproximadamente 10 minutos, em
intensidade moderada, os atletas realizaram uma série de seis tiros, em intensidade
máxima, de 35 metros com intervalos de 10 segundos. A partir dos tempos e da
massa corporal foi calculada a potência (w) gerada em cada tiro pela equação:
[ ] [ ][ ]
=
3
2*
tempo
distânciamassaPotência
Então, foram utilizados os seguintes índices: potência máxima (maior
potência), potência média (média dos seis tiros), potência mínima (menor potência) e
índice de fadiga (w/s).
Na presente pesquisa o teste foi realizado no campo de grama para se
aproximar ao máximo da realidade de jogo, com os atletas calçando chuteira e o
tempo marcado com cronômetro manual e estímulo sonoro através de um apito.
Os jovens passaram por um período de treinamento de força com cinto de
tração elástico duplo, calibrado para 5,5 kg de carga por elástico e uma resistência
elástica de 28 mm, mas pode chegar até dois metros de comprimento.
O treinamento foi realizado durante seis semanas, totalizando doze sessões,
ou seja, duas vezes por semana, às segundas e quintas-feiras, sendo aplicado
durante o período da manhã, com duração de no máximo uma hora, conforme
sessões de treino anexadas a esta pesquisa.
3.5 TREINAMENTO COM CINTO DE TRAÇÃO ELÁSTICO
O treinamento com cinto de tração elástico foi realizado no início da sessão,
sempre no período da manhã, durante seis semanas, em dias alternados,
totalizando 12 sessões. Após um aquecimento foram realizados os exercícios com
cinto de tração elástico.
Os exercícios foram executados em duplas sendo: três séries de um minuto
de treinamento por 30s de intervalo na primeira semana e segunda semana, com
quatro séries de um minuto e meio de treinamento com um minuto de intervalo, na
terceira e quarta semanas e quatro séries de dois minutos de treinamento com um
minuto e meio de intervalo na quinta e sexta semanas. Foram realizados cinco
exercícios diferentes em cada sessão: 1) deslocamento frontal (um faz a força e o
outro segura), após o tempo pré-estabelecido, o atleta realiza um tiro de 20 metros;
2) deslocamento lateral (os dois deslocam lateralmente; 3) deslocamento de costas;
4) dois a dois de frente; 5) Dois a dois de costas. Vale lembrar que após o
cumprimento do tempo determinado de cada exercício os atletas receberam um
estímulo sonoro, no qual executaram um tiro de 20 metros. O grupo controle
realizava o restante do treinamento programado, com exceção dos exercícios com
cinto de tração elástico.
Na segunda-feira, enquanto o grupo experimental (atletas titulares) executava
o treinamento, o grupo controle (atletas reservas) realizava treinos físico-técnicos
pelo fato de estarem mais descansados por não terem jogado, objetivo principal
resistência anaeróbia. Na terça-feira, todos fizeram o mesmo treinamento, cuja parte
inicial priorizou velocidade com variações de estímulos seguidas de treino técnico
com bola. Na quarta-feira os estímulos foram coordenativos na parte inicial e, na
parte principal, de treino técnico e coletivo. O grupo experimental realizou mais uma
sessão do treinamento com cinto de tração elástico, enquanto o grupo controle um
treino especifico de força no campo, com a consequente parte técnica. E, por fim, na
sexta-feira, com todo o grupo na parte inicial, houve treino de flexibilidade e
alongamentos, e a parte principal o apronto para o jogo por ser período competitivo.
3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados são apresentados como média ± desvio-padrão. Devido ao fato
do pressuposto da normalidade não ter sido atingido optou-se por uma análise não-
paramétrica. Para a comparação entre os grupos (Experimental e Controle) foi
utilizado o teste de Mann-Whitney e para as comparações entre os momentos (pré e
pós treinamento) foi utilizado o teste de Wilcoxon. Para todas as análises foi utilizado
o software PASW 18.0, com p<0,05.
4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após a elaboração e execução desta pesquisa, aplicação dos testes, do
treinamento e retestes, este estudo constatou os seguintes resultados.
O grupo experimental iniciou com valores significativamente mais elevados
em todas as variáveis estudadas devido provavelmente à influência do processo
maturacional, embora não podemos afirmar já que esta variável não foi controlada.
Contudo, as tabelas 1 e 2 mostram um aumento significativo na massa corporal e
estatura respectivamente, o que sugere que os atletas estavam no estirão de
crescimento, visto o curto período de observação (6 semanas). “A velocidade pico de
peso, ocorre basicamente por causa de aumentos na altura e na massa muscular e
fatores ambientais.” (Gallahue, 2005). Já na estatura este surto de crescimento
ocorre por volta dos 11 anos de idade alcançando sua velocidade de pico de altura
por volta dos 13 anos e estabilizam-se aos 15 anos. O surto é altamente variável de
indivíduo para indivíduo, alguns terão completado o processo antes que os outros
tenham começado, lembrando que o desenvolvimento é influenciado pela idade,
mas não depende dela.
Tabela 1 – Massa Corporal (kg) dos participantes do estudo
PRÉ PÓS p
GRUPO
EXPERIMENTAL
63,61 ± 8,72 64,22 ± 8,05 0,138
GRUPO
CONTROLE
53,82 ± 6,21 55,29 ± 6,39 0,019
P 0,019 0,035
A variabilidade do estatuto maturacional caracteriza os jovens que praticam
desporto, sendo especialmente evidente no período pubertário. “Essas variações
nestas faixas etárias estão associadas a maturação biológica que de fato são muito
significativas”. (BAILEY e MIRWALD,1988)
Assim, as diferenças observadas no grupo controle podem ser atribuídas,
pelo menos em parte, à maturação biológica, pois segundo. A produção de força
(potência) absoluta está relacionada ao tamanho do corte transversal do músculo
esquelético, portanto como os sujeitos estão em fase de crescimento e
desenvolvimento, provavelmente, as diferenças hormonais como a testosterona e
concentração de glicogênio são fatores que limitam a produção de potência
anaeróbia em atletas mais jovens. Complementando, o estudo de Asano et al
(2009), também determinou que a maturação biológica influencia diretamente a
potência de jogadores de futebol.
Ainda, de acordo com as tabelas 1 e 2, a massa corporal e estatura dos
atletas do grupo experimental não evidenciou um aumento significativo durante o
período de treinamento, sugerindo menor influência do processo maturacional.
Assim, é provável que nesse grupo os atletas já passaram pelo estirão de
crescimento.
Uma importante limitação do presente estudo é não ter avaliado um grupo
sem a intervenção do treinamento, já que o grupo controle embora não realizasse o
treinamento com cinto de tração elástico recebia outros estímulos físicos durante as
sessões de treinamento.
Tabela 2 – Estatura (cm) dos participantes do estudo
PRÉ PÓS p
GRUPO
EXPERIMENTAL
175,15 ± 6,79 175,60 ± 7,60 0,180
GRUPO
CONTROLE
165,95 ± 9,99 166,65 ± 9,75 0,017
P 0,035 0,052
De acordo com a tabela 3 a potência máxima apresentou um aumento não
significativo no grupo experimental, já no grupo controle teve uma redução na
potência.
Tabela 3 – Potência Máxima (Watts) dos participantes do estudo
PRÉ PÓS p
GRUPO
EXPERIMENTAL
512,88 ± 113,61 564,46 ± 88,55 0,114
GRUPO
CONTROLE
451,34 ± 119,46 342,84 ± 143,01 0,022
P 0,247 0,002
Para Bompa (2005, pág. 159) a potência é a capacidade de aplicar força no
mais curto período. E ainda diz que um jogador potente, sempre conseguirá iniciar
ações táticas mais rapidamente que o adversário, sendo muito útil ao seu time e
treinador. A potência anaeróbia é um fator muito importante para esses atletas, pois
é uma das principais características durante a partida. Corroborando Bangsbo e
Krustrup (2006), ambos afirmam que nas modalidades com características
intermitentes, a contribuição da energia anaeróbia é importante para se ter
rendimento aceitável no jogo, além de que, bons níveis de condicionamento
anaeróbio são requeridos para retardar a fadiga em jogadores de futebol.
Resultados semelhantes foram encontrados por Lima et al. (2011). Os autores
justificam seus resultados afirmando que o teste de RAST, que foi realizado para
medir esses níveis de potências, baseia-se em estímulos curtos (6 a 8 segundos) e a
capacidade de potência refletida na capacidade de se acelerar rapidamente a
própria massa, gerou aumentos da potência máxima produzida. “Tal capacidade é
essencial dentro da dinâmica do futebol, de acordo com suas características de
rápida aceleração durante a partida”. (SILVA et al., 2000; STOLEN T et al., 2005
apud LIMA et al, 2011)
A potência anaeróbia deve ter seu desenvolvimento mais acentuado após o
pico da velocidade de crescimento da musculatura esquelética, por volta dos 14/15
anos. Ainda, Bompa (2002) explica que os jogadores realizam em torno de 10% de
suas ações em velocidade máxima, com corridas variando de 20 a 40 metros.
De acordo com a tabela 4, observa-se um aumento significativo da potência
média (Watts) nos dois grupos de atletas avaliados.
Tabela 4 – Potência Média (Watts) dos participantes do estudo
PRÉ PÓS p
GRUPO
EXPERIMENTAL
411,36 ± 83,92 453,06 ± 58,06 0,017
GRUPO
CONTROLE
328,07 ± 69,39 374,60 ± 85,27 0,022
P 0,052 0,035
A potência média reflete a média da realização dos 6 tiros, testando assim, a
capacidade de gerar potência em aproximadamente 30-40 segundos, ou seja, com
grande contribuição dos metabolismos anaeróbio alático e lático. O treinamento com
cinto de tração era realizado com estímulos de aproximadamente 1 minuto, onde a
contribuição energética é muito semelhante. Portanto, o treinamento provavelmente
teve grande influência sobre a resistência anaeróbia, medida pela potência média.
De acordo com a tabela 5, observou-se um aumento significativo em ambos
os grupos em relação à potência mínima.
Tabela 5 – Potência Mínima (Watts) dos participantes do estudo
PRÉ PÓS p
GRUPO
EXPERIMENTAL
324,93 ± 61,06 356,70 ± 45,41
0,047
GRUPO
CONTROLE
247,10 ± 51,90 298,91 ± 52,19 0,005
P 0,009 0,019
De acordo com Morel e Zagatto (2008) apud Lima et al. (2011), a potência
mínima reflete o menor valor encontrado dentre os 6 tiros do RAST, enquanto a
potência média reflete a média das potências nos 6 tiros. Portanto, ambos os índices
podem ser vistos como um indicador da capacidade de sustentação dos estímulos,
ou seja, resistência anaeróbica, devido à sobrecarga energética acumulada entre os
estímulos do teste.
De acordo com a tabela 6, como a potência máxima e a mínima aumentaram
nos dois grupos então se encontram estáveis os índices de fadiga, já que o índice de
fadiga é calculado a partir da diferença entre as potências máxima é mínima.
Tabela 6 – Índice de Fadiga (Watts/seg) dos participantes do estudo
PRÉ PÓS p
GRUPO
EXPERIMENTAL
5,44 ± 1,71 6,18 ± 2,14 0,262
GRUPO
CONTROLE
5,76 ± 2,60 4,90 ± 2,07 0,414
P 0,912 0,165
Para Bangsbo, Mohr e Krustrup (2006) apud Lima et al. (2011) “o estudo do
Índice de Fadiga tem por objetivo, expressar a capacidade que o atleta tem de
suportar estímulos de alta intensidade, sem que haja queda significativa de
desempenho”.
Fez-se uso do teste de Impulsão Vertical (tabela 7) primeiramente para testar
a performance do salto vertical, assim analisados percebe-se um aumento
significativo em ambos os grupos.
Tabela 7 – Impulsão Vertical (cm) dos participantes do estudo
PRÉ PÓS p
GRUPO
EXPERIMENTAL
42,20 ± 5,41 44,50 ± 4,45 0,027
GRUPO
CONTROLE
39,10 ± 7,72 43,40 ± 6,04 0,009
P 0,247 0,436
Devido aos estímulos de força explosiva exercidos durante as sessões de
treinamento, gerando uma resistência com o cinto de tração elástico, fez com que o
ganho de força para a impulsão dos atletas fosse significativamente considerável.
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES
Os resultados obtidos nesta pesquisa apresentam um aumento significativo
da potência máxima, provavelmente partindo do princípio que o grupo experimental
iniciou as sessões já acima do grupo controle, entrando em questão o nível de
maturação desses atletas. Com relação a potência média e mínima observou
diferença significativa entre os grupos, e o grupo controle uma melhora na
resistência anaeróbia devido aos outros estímulos de treinamento. No Índice de
Fadiga não se observou diferenças significativas. Já a Impulsão Vertical teve um
aumento tanto no grupo experimental como no controle.
Sugere-se em estudos futuros o controle do nível maturacional para a
aplicação de testes semelhantes para avaliar com mais precisão a capacidade
anaeróbia desses atletas, além de utilizar um grupo sem a intervenção do
treinamento.
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APÊNDICES
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Periodização do Treinamento
Material utilizado pelos atletas: camiseta, calção, meião e chuteira.
Material utilizado para treino: cinto de tração elástico duplo e calibrado para 5,5kg de
carga em cada elástico com 28 mm de espessura, cones, apito e cronômetro.
Local de Treino: campo de futebol.
Tipo de
Treinamento CINTO DE TRAÇÃO ELÁSTICO
Microciclo
(semanas) 1 2 3 4 5 6
Sessões 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2
Exercício s 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Séries 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
Intervalo por
exercício 2' 2' 2' 2' 2' 2' 1'30" 1'30" 1'30" 1'30" 1'30" 1'30"
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E INFORMADO PARA PARTI CIPAÇÃO EM
ESTUDO
Este é um convite para você participar do estudo............................... A presente pesquisa
será realizada como ( ), realizado por............................., acadêmico do curso de
Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná. Por favor, leia com atenção as
informações abaixo antes de dar seu consentimento. Qualquer dúvida sobre o estudo ou
sobre os documentos pergunte ao pesquisador.
- OBJETIVO DO ESTUDO
O presente estudo tem como objetivo geral...............................................................................
- PROCEDIMENTOS
A sua contribuição será através da realização de uma pesquisa de campo. Para isso será
utilizado o método quase – experimental como forma de avaliação.
- DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO
Todos os sujeitos envolvidos nessa pesquisa serão isentos de custos.
- PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA
A sua participação neste estudo é voluntária, podendo encerrar-se por sua vontade. É
garantido seu anonimato e confidencialidade das informações obtidas.
Diante do exposto acima, eu.............................................................abaixo assinado, declaro
que fui esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do presente estudo.
Concedo meu acordo de participação de livre e espontânea vontade. Declaro também não
possuir nenhum grau de dependência profissional ou educacional com os pesquisadores
envolvidos no projeto, não me sentindo pressionado de nenhum modo a participar. Ciente
de que os resultados serão tornados públicos em pesquisa científica nesta instituição.
Curitiba,..... de.................................. de 2011.
................................................. ..................................................
(.................................................) (..................................................)
RG RG