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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
A MUSICA E A APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL:
Pressupostos para urn trabalho ern sala de aula
CURITIBA
2003
JUCIMARA CHIARELLO
A MUSICA E A APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL:
Pressuposlos para um Irabalho em sala de aula
Monografia apresentada comorequisito parcial para a conclusao doCurso de Pedagogia. UniversidadeTuiuti do Parana.
Orientadora: Ms. Joselia SchwankaSalome
CURITIBA
2003
J~ !l~~~~o~.~~,~~~~~o,~!~~!6?:~".~~~~~~UIIP
11"IVFI~Sfl)Af)E H'IlITI DO I'ARANAFA(TLDADE DE ClI~:NCI;\S IHIMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE I'EDAGOGIA
TERMO DE APROVACAo
NOME DO ALUNO: Jucimara ChiarcJlo
TiTULO: "A Musica c a Aprcndizagem no Eilsino Fundamenh:l: prcssupostos para umtrabalho em sala de aula".
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENcAo DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGlA, CURS,) DE
PEDAGOGlA DA FACULDADE DE CtENCIAS I-IUMAJ\AS, LETRAS E ARTES, DA
UNlVERSIDADE TUrUTI DO PARANA.
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ROSD~OMZSSA,9~V.lJAD~RA:(}.{.GLLt.1 C{:..if./.,;i-/g\. ?;j:)7~,-<' ,"
p c:tFa Joseli chwanka Salo eORffiNTADORA ~
~{,.\A-U\)...\, 14 CPROP Marcia Medeiros achaduMJ:M,~RO DA BAN~A. .Jv'ut'<..CL Gr'f.u,cL \:c.J->
PROF' Rubia c{;;i, Santi}MEMBRO DA BANCA·
DATA: 08/1112003.
MEDIA: 9 5
CURITIBA- PARANA2003
Cnm"". Ban.u; e Ro :~"3' flu., Sy~ne, ""i~n>oR,'"90' SanIO$, 238· Santo In~<iQ· CEP 82010·330 - Fooe: (41) 33' ·~co I r.,. ~11J31 7792C"'"pu. Ba:achc" R_3 Clccr~ Jaime 5:cy, SI,,·· H,lrIg"' 40 - O,cac)le,j _ClOP62515·180· ':OOlU:(41) 356 U7-l21 F", \~ I) 30' ;'4~CamPYSC.an,pa!ir.~: <tva f.'3'<el",~ C'~",pa9r~'. 505 - 1,lc"h· ClOPB01 10-250" Fotll>:(~1) 3311800 I F~, (411.'J t nnC,,",pus ~"~••ung~~ ~.~ J~.",".,cce. '-~. 1.lo••••.••u,}. ClOP81?t'O·3CO· foe" (41) 313 55H I F~, (41)313 5!>-:~Campus Por.l,,_ R••••E"II' ~~~'''''~ :;J'6. 139· 1'0tt.\0- CEP BOS10-280· F"",,: (41)32'9 4534 I fa._ (41) 329 4~3~Campus S<~;t.'.cr Ru!ost C'-'RlJO' '.'3''''''~~S~'' C"...-alho. 253· P,la","h~· ClOP 821QO·:!'lO·fcnn (-11)338 ::.;: . Fa. _Carnpu. TOtl'~sA. C:~n~a:~, Frar.;~. ltlro· J.r<:rn Bot.)nic<>.CEP80215-C90 _fono: (41) 163 J.l24I Fa<. (41):~3 342,CUlM,,, ·Pa,anl·5,af~
.. Educar-se na musica e crescer plenamente
e com alegria. Desenvolver sem dar alegria
tampouco e educar"
Vioieta Gainza
Dedical6ria
Aos educadores que acreditam que
educar e urn labor de esperan,a e vesrn na
musica, urn instrumento capaz de desenvolver na
crianya uma forma de aprendizagem mais
alegre e feliz.
Agradecimentos
Primeiramente a Deus par sua ajuda espiritual,ao iluminar meus pensamentos.
As minhas colegas de curso pel os quatros anosde amizade e de novas descobertas.
A minha irma Jucylene pelo apoio nas horasdiffceis.
A minha mestra Joselia S. Salome, meu portosegura nas horas de ondas alias.
RESUMO
Atraves da sensa,ao e da percep,ao estabelece-se a primeira rela,ao entre 0sujeito e 0 objeto no processo da constru,ao do conhecimento. Podemos explorarestas sensa,oes atraves da musica, e estabelecer uma aprendizagem elicaz eprazerosa.Salientando a importancia da musica para as crian9as nas series iniciais comoinstrumento para 0 desenvolvimento da aprendizagem, contamos com urnimportante recurso de expressao corporal e social que pode tambem contribuir nainterdisciplinaridade e intertextualidade como lator basico para 0 estabelecimentode relayaes na construc;:aodesse conhecimento.o ensina atraves da musica dave sar construfdo partindo de uma construc;:Aopermanente, onde toda a comunidade escolar participe do processo, acreditandoque ela exerce um papel motivador na aprendizagem.o relerencial te6rico dessa trabalho aponta que a musica exerce importante papelna formay8.o, razao pela qual vern sando utilizada atraves dos tempos cominstrumento de grande valor educativo.
Palavras-chave: musica, series iniciais, aprendizagem
SUMARIO
INTRODUC;AO 1
2 A MUSICA ATRA yEs DOS TEMPOS .4
3 A EDUCAC;AO MUSICAL NAS ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL 8
3.1 MUSICA NOS PCN's 83.2 A EXPREssAo POR MEIO DA LlNGUAGEM MUSICAL JO
4 CANTAR PARA APRENDER 12
5 MUSICAS TRABALHADAS NO ENSINO FUNDAMENTAL 17
I. Beijinho dace. (Beijinho doce)... ..172. Ciranda cirandinha.. . 193. A Barata 204.0 cruvo e a rosa (prcposiC;6es).. . 215. Terczinha de Jesus (t;tbu:td:t do dois).. . 226. Atirei 0 pall no gmo (tabuada do tres) 237.0 Cravo brigou com a Rosa (tabuuda do quntro) 248. Pirulilo que bale·bale (tabuada do sete).. . 259. Tcrezinha de Jesus.. .. 2610. A canon virou .. .. .... 2711. Cirandu Cirandinha '2812. Tcrezinha de Jesus.. .. 2913. Pnpni e 3ssim (Velha Infoincia - Tribalistus) 3014. Xerela (Claudinho e Buxexa).. . 3115. Indcpendencia vcrn que tern (Ja sci narnornr - Tribulislas) 32
6 PESQUISA DE CAMPO , " """"".34
6.1 CARACTERIZA<;:AO DA PESQUISA. .. 346.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA E APLICAC;Ao.. . 34
ANALISE E DISCUSSAO DOS RESULTADOS" ... """ ... """"" .. " .... """"""",,,,,, .. 36
~~~I... . ~Professonl 2. . . 36Professora 3 37Profcssora 4.. . 37Professora 5.. ... 38Professord 6.... . 39Professora 7. . . 39Professora 8 40ProfessorJ 9.. .. ..f.0
8 CONSIDERA<;:OES FINAlS ""."".".""."."""."."".".",,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, .. ,,,,42
REFERtNCIAS BIBLlOGRAFlCAS " ".""."" "" .. "." """"".42
INTRODUC;:AO
Usar a musica na escola nao e nenhuma inovayao madema. Desde a
sEkulo XVI, no Brasil, os jesuftas utilizavam-se da musica para seus ideais de
catequizaya.o entre as crianyas indigenas. Eles formavam cerais de crianyas
portuguesas e indfgenas para 0 ensina da musica sacra, e aproveitavam estes
momentos como vefculos de domesticayao e instruyao. Atraves das ]atras,
transmitiam conceitos e valores cristaos.
as velhos iagues, associavam a musica aos exercfcios de relaxamento
com 0 prop6sito de conseguirem a "iluminayao", que no nossa caso, podemos
enlender como aprendizagem.
A musica transmits importante mensagem a mente, oferece soluyoes de
grande valor educativo para que 0 aluno possa aprender no seu nivel de
compreensao, e assim, fortalecer a desenvolvimento da aprendizagem.
No decorrer de sse prac8sso, tanto na parte de socializa<;ao quanto na
aprendizagem, 05 mais variados assuntos devem partir de elementos ou
situayoes jil. conhecidas e vivenciadas, tendo como sensibiJizador 0 objeto
sonoro, principalmente aquele do dia-a-dia.
No contexto escolar, alem e claro, de funcionar como meio de
sensibiliza98o, na utilizayao das can90es para cantar individualmente, em
duplas, conjuntos e caras, a musica serve de grande ferramenta no
aprimoramento da coordenayao motora da crianya, pois demanda apreensao
de ritmo e limites, que se opoem pela harmonia musical e pela constrw;:ao de
cada compasso. a canto pode desenvolver diversas capacidades e
competencias, pOis a tacilidade de articula,ao dos sons e da tala, pode ser
usada na corre9ao de diversos problemas. Tocar urn instrumento permite 0
desenvolvimento da motricidade fina que e tao importante e necessaria it
periei,ao da caligratia. Algumas dessas capacidades e competencias virao a
ter reflexos positiv~s na vida academica e no desempenho escolar.
Atraves da sensayao e perceP9ao, estabelece-se a primeira rela<;ao
entre 0 sujeito e 0 objeto da constru,ao do conhecimento. Podemos explorar
esse universo, pois a musicalizayao e uma ayao educativa adequada ao
EnsinoFundamental.
As musicas populares, as presentes na vida do aluno, podem ser a
base para abordagem fenomenol6gica ou recria,ilo, sob forma de
reapropriagaoe de critica.
Uma proposta de ensino diversificado abre espago para que 0 aluno
traga para sala de aula musicas, improvisando interpretayoes, usando melodias
para criar letras, parodias, e assim, unir eontalldos especfficos que devem ser
aprendidos de uma maneira mais prazerosa.
As protessoras do Ensino Fundamental devem explorar muito essa
possibilidade didatica com seus alunos, estendendo-se tambem aos
adolescentes e aos adultos. Utilizar letras populares para ensinar Hist6ria,
Geogratia, Lingua Portuguesa, moral e costumes, ouvir canyoes populares das
decadas de 60 e 70, e ensinar sobre a opressao, contestayoes e
questionamentos dos valores das institui90es sociais, ne5se casa, se taz
des necessaria a usa dos livros didaticos. Alguns professores compoem
par6diase ensinamf6rmulas que jamais serao esquecidas.
Assim sando, inegavelmente a musica e urn vefculo de ensino -
aprendizagem interessante e faeil de usar. Devemos explorar e incentivar 0 uso
dela nas escolas, nas salas de aula e em todo ambiente escolar.
Nesta perspectiva, esta trabalho vern apresentar, atrav8s de referenciais
te6ricos na area, a utilizayao da musica no processo de aprendizagem com
crianc;as na faixa etil.ria de 7 a 10 anos, tendo no primeiro capitulo, um estudo
da musica atraves dos tempos.
Este primeiro capitulo, apresenta 0 surgimento da musica na vida do
homem e como ela servia de importante meio de comunicac;B.o entre eles e a
natureza. 0 percurso da musica na hist6ria fez com que muitos te6ricos a
analisasse am diferentes aspectos bern como em diferentes recursos, entre
eles, a aprendizagem onde a musica exerce importante papel dentro dos
sistemas educacionais, favorecendo atividades de criayao e express~o.
o segundo capitulo, traz a importancia da musica nas escolas de Ensino
Fundamental como fun,ao estimuladora e auxiliadora da aprendizagem.
Atraves da musica cria-se um ambiente favoravel ao que se pretende ensinar,
como 0 ritmo, a valorizac;ao cultural, 0 prazer, a sensibilizac;~o, a transformac;ao
de conceilos e a inlegra,ao social, abrindo espa,o para 0 desenvolvimenlo
passoa!. A musica, nao somente como facilitadora do desenvolvimento em si,
mas lambem, como 0 despertar do 90sl0 artfstico, da expressao , do raciocfnio
16gico,da coordena<;aomolora, do desenvolvimenlo visomolor, da alen,ao, da
expressao corporal, enfim, a linguagem musical como meio de
desenvolvimento do ser humano.
o terceiro capitulo aborda a questao da musica como um processo
bidirecional entre homem e musica, num estudo de Jean Piaget e os estagios
do desenvolvimento infantil e a musicalizac;ao. 0 capitulo perpassa a taoria
Psicogenetica abordando 0 desenvolvimento cognitiv~ e musical.
Objetivando suscitar discussoes ace rca dos procedimentos empragados
palos professores nas aulas onde sa.o utilizadas musicas. lanc;ou-sa mao de
uma pesquisa de campo junlo a professores de l' a 4' serie do Ensino
Fundamental, buscando perceber como estas questoas sa fazam presantes.
Nesle aspeclo, esle Irabalho possibililara aos professores, ampliar seus
conhecimenlos, haja visla que a bibliografia na area Ei escassa e que os
beneffcios futuros da musica no desenvolvimento infantil, pode trazer
facilidades e habilidades oferecendo condi,oes para 0 desenvolvimenlo pleno
do aluno.
4
2 A MUSICA ATRAVES DOS TEMPOS
Para que a aprendizagsm da musica{>OSsa ser tundamsntada ns forma{:aode cidadi10s e nacessario que tod05lanham a oportunidade de participarativamente como ouvinles 8 interpretes.compositores e improvisadores denlro8 fora da sa/if de auls.
f peN, 2000, p. 77 )
A musica esteve sempre presente na vida dos seres humanos e desde
ha muito tempo faz parte da educa9Ao de crian9as e adultos.
Nas sociedades primitivas, a musica expressava alegrias e tristezas,
exleriorizava emo9~es. Na educac;:ao aseelar, a musica vern abrindo espac;:o
significativ~ no auxilio direto 80 professor como importante recurso pedag6gico.
E muito dificil definir 0 que seja musica. Inumeros estudiosos e
pesquisadores t~m investigado 0 significado da arte musical, chegando a
conclus6es nem sempre unanimes.
A musica seria urna linguagem? Urna manifestac;:ao artistica que nos
atinge profundamente, numa estera em que a razao e racioclnio logico talvez
nao penetrem. Ou simplesmente uma sucessao de sons?
Nicole Jeandot afirma que "0 conceito de musica varia de cultura para
cultura. Embora a linguagem verbal seja urn meio de comunica9ao e de
relacionamento entre os povos, constatamos que ela nao e universal, pois cada
povo tern sua maneira de expressao atraves da palavra."( Jeandot, 1997, p.12)
A musica e linguagem universal mas com muitos dialetos porque
abrange diferentes povos, rayas, credos. Mas como a musica surgiu?
Pitagoras (504.a C in Jeandot p.41) partindo da ideia dos antigos
egipcios, desenvolveu uma teoria segundo a qual" cada planeta movendo-se
no espayo, emilia urn determinado sorn. Cada urn corresponderia a uma nota,
e todas elas em eonjunto, formariam uma eseala constituindo a musica das
esferas, que refletiria a ordem do universe,"
Nicole Jeandot (1997, p.14), citando Darwin diz que," partindo do ponto
de vista biol6gico ele considerava que a musica derivava do grito dos animais".
Ja Andre Schaeffner( 1958, p.42 in Jeandot ) vinculava 0 surgimento da
musica ao "interesse do homem primitivo pelos gestos por ele produzide e
pelos sons oriundas da natureza".
Numa linha bem diferente vem Stockhausen ( 1971, p.21 in Jeandot )
manifestou-se sabre a musica dizenda ser ela " determinada palos musculas:
os da laringe para 0 canto, os dos dedos para os instrumentos, os da
respiral'ao para os instrumentos de sopro. Tudo e determinado pelo corpo do
homem, e e par isso que nunca se tocou segundo ritmos mais rapidos ou mais
lantos dos que as naturais do corpo."
Atualmente, sabemos que 0 homem e capaz de programar musicas mais
rapidas e mais lentas e que podem ser executadas pelos instrumentos
eletronieos.
Autores mais atuais como Violeta Gainza,( 1998, p. 36) diz que" a
musica movimenta, mobiliza, e par isso, contribui para a forma~ao e 0
desenvolvimento". Jeandot ( 1997, p. 18) diz que" somos seres musicais par
natureza, antes mesmo de naseermos ja estudavamos as batidas do caraC;:8o
de nossa mae, e desde 0 nascimento, somos cercados de sons. A crianc;:a deve
ser eslimulada a preslar atenc;:ao aos fenomenos sonoras que a cercam,
utilizando-se deles para 0 seu crescimento.
A musica nAo naseeu somente das reflexoes de Pitagoras, nem dos
estudos das lAminas que vibram. Ela e 0 resultado das longas e incontaveis
viv~ncias individuais com a musica e de civilizac;:oes musicais diversas. Nao
podemos portanla, nos espantar ao depararmos com novas experi~nciasque
nos revelam as varias facetas - concretas e abstratas - de que a musiea e
constituida. Todas as quest6es sobre a ess~ncia da musica acabam por serem
respondidas a partir das especificidades culturais de cada povo.
Rosa (2000, p. 14 ) aponta um novo espa,o para a musica "ha uma
rea,ao ao intelectualismo dos racionalistas e aparecem em educa,ao os
metodos ativos de Decroly. Montessori, Dalton e Parkhurst, formando a
chamada escola Nova",
Os adeptos da Escola Nova encaravam a linguagem musical como
necessaria e acessivel 11 todos, e nao somente aos considerados bem dotados.
Os criadores dos metodos ativos outorgavam a musica urn papal importante
dentro de seus sistemas educacionais, reconhecendo 0 ritmo como elemento
ativo da musica e favorecendo as atividades de cria9ao e express~o.
Nas primeiras decadas do sacula XX, racupera-se entao a educar;:9.omusicaldas crianryas, atraves das atividades e da experi~ncia. Alguns pedagogosmusicais se destacam :Emile Jacques Dalcroze, Maurice Martenat, Carl Orif,Zoltan Kodaly, Shinichi e 0 famoso 1il65010 e pedagogo musical EdgardWillems. Na segunda metade do s9culo, passeu a predominar 0 ponto de vistade que ~um estuda do desenvolvimento musical envolve necessariamente aobserva~o das reayaes do ser humano ao primeiro contato com a musica, 0estudo da forma pela qual a musicB consegue integrar-se ao seu ser intimo eadquirir signific8yao para sua vida pessoal, assim como as observay68s dasetapas por que passe 0 procBsso de aquisiy80 do conhecimento musical, acaracterizayao dos modos palos quais 0 ser humano participa da atividadehumana. (Marsico, 1982).
Nas teorias psicol6gicas desenvolvimentistas, tais como a cognitivista de
Jean Piaget, a psicanalista de Erikson e a de aprendizagem de Sears, amplia-
S8 a compreensao do desenvolvimento do ser humane na construyao do
conhecimento. No entender de Moreira Masini, ( 1982, p.3 )
A psicologla cognitivista preocupa-se com 0 processo da compreensao,transforma980, arrnazenamento e usa da informay8o envolvida na cogniy8o etem por objetivo, os padroes estruturados dessa transformayao. A asser9Bo ede que ouvir, ver, chairar, assim como lembrar, sAo atos de constru<;a,oquepodem fazer maior usa dos esHmulos externos, dependendo da circunstAncia,isto e, das condi90es pessoais de quem reallza 0 processo.( Masini,1982,p. 3)
Segundo Rosa ( 2000, p. 14) a musica, caminhando para uma
concep9ao mais cognitivista, denota que fio conhecimento musical S8 inicia por
maio da interagao com 0 ambients, atraves das experi~ncias concretas que
aos poucos levam a abstra,ao", e Gainza ( 1988, p. 119 ) afirma que " a
linguagem musical e aquila que conseguimos conscientizar au aprender a partir
da experi~ncia." A crian9a S8 envolve integralmente com a musica e a modifica
constantemente, transformando-a pouco a pouco, numa resposta estruturada.
Atualmente a linguagem musical oj estruturada e analisada em diferenles
aspectos: como terapia, como relayao importante entre cartos comportamentos
da sociedade e 0 consume, como recurso dos meios de comunicagao de
massa, como maio de sensibiliza9ao na educayao de deficientes e como
auxiliar em psicoterapia.
Na escola, a aula de musica S8 transforma pais ha uma maior liberdade
das crianc;as de se expressarem e maior espontaneidade do professor, e isto,
aumenta a pratica musical tornado as aulas mais expressivas e criativas.
( Rosa, 2000, p. 16)
Considerando entao as teorias pSicol6gicas desenvolvimentistas e os
estudos de music610gos como Murssel, Teploo e outros, percebe-se que
influenciam sabre 0 aprendizado da musica as experiencias anteriores da
crianc;a, a atenc;ao, a mem6ria, a percep<;:ao,e principalmente sua intera<;:ao
com 0 mundo. A crianc;a vive diferentes experi~ncias, possui uma vis~o do
mundo e ira responder de diferentes maneiras.
Raimundo Martins ( 1985, p.47) afirma que "Educar musicalmente epropiciar a crianc;a uma compreensao progressiva da linguagem musical,
atraves de experimentos e convivencia orientada,"
Neste ponto, a educaC;8omusical proporciona a vivlmcia da linguagem
musical como um dos meios de representa<;:B.odo saber construrde pela
interac;ao intelectual. As atividades do ensino da musica devem oferecer acrianc;a a vivi§ncia de fatos musicais, afim de garantir que ela possa utilizar
realmente a linguagem musical, e este conhecimento da musica, a expressao e
cria<;:ao,acempanhara a ser humane par toda sua vida.
3 A EDUCA9Ao MUSICAL NAS ESCOLAS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
.•A musica movimentcl, mobillza, e par isso contribuiparil B forma~o e 0 desenvolvimento."( Gainzfl, 1988, p.35)
3.1 MUSICA NOS PCN's
Para que a aprendizagem da musica possa ser fundamentada na forma,ao
de cidadaos e necessario que todos tenham a oportunidade de participar
ativamente desse processo como Quvintes. interpretes, compositores e
improvisadores, dentro e fora da sala de aula.
Qualquer proposta de ensina que considera eSSB diversidade precisa abrirespa90 para 0 aluno trazer musica para sala de aula, acolhendo-a,contextualizando-a e oferecendo acesso a obras que possam ser significativaspara seu desenvolvimanto passosl em atividades de apreciac;:ao e produc;:.§o. Adiversidade permite ao aluno a construC;:8ode hipotese sabre 0 lugar de cadaobra e patrimonio musical da humanidade, aprimorando sua condic;:aode avaliara qualidade das proprias procfuy09s e as dos outros.Composi90es improvisadas e interpretay6es saos os produtos da musica.Ele pode tambem compor musics pela combins9ao de outras linguagens, comoaconteee na can9Ao, na trilha sonora para cinema au jogos eletronicos, jinglepara publicidade, na musics para a dan9a e na musica para rituais decelebra90es. Neste tipo de producao 0 compositor considera os limites que aoutra linguagem estabelece. ( peN, 2000, p.75)
Atualmente a mlisica vem ganhando destaque no Ensino Fundamental
como fun,ao estimuladora, auxiliando na aprendizagem, na sensibiliza,ao, na
inteiigencia, na imagina,ao, na vontade de aprender. Uma das principais
caracteristicas da educayao musical seria unir os conhecimentos construidos
na escola, como a sensibilidade e a ayao.
Incentivando 0 aluno no cultivo da musica, estaremos forman do uma
gerayao capaz de sentir e compreandar eSla arte, qua nao somente auxilia na
forma,ao como tambem na afirma,ao da personalidade. Paralelamente ao
coneeito de educa,ao, pode-se afirmar que a educa,ao musical "e um
conjunto de processos palos quais se favorece nos indivfduos a aquisiyao de
conhecimentos musicais, gerais e especfficos, com 0 objetivo de desenvolver
suas atitudes e capacidades, integrando-os ao grupo social."
( Silva, p.89 in Valle, 1979, p.1S).
Neste ponto ainda, pode-se verificar, que toda aprendizagem provem de
um comportamento anterior e de novas experi~ncias,e que esse processo, faz
com que 0 indivfduo adquira novas formas de comportamento ou que modifique
comportamento anteriores pois, a aprendizagem esta sujeita a fatores de
ordem ffsica e sociais que a condicionam.
Numa situac;:ao de aprandizagem podemos atraves da musica criar um
ambiente que seja favoravel ao que se pretende ensinar, partindo do ponto que
a aprendizagem da-se de modo global, apesar da predominancia motora
apreciativa e cultural. Na aprandizagem motora, a melodia auxilia movimentos
ritmados. Na chamada aprendizagem apreciativa pode-se envolver os aspectos
que consistem no gostar, estimar e prezar. No aspecto cultural, necessita de
ideias e afirma,oes que possibilitam a forma,ao de conceitos. ( Vaile, 1970,
p.1S ).
Pode-sa auxiliar a criany8 no sau dasenvolvimento intelectual,
fornecendo-Ihe textos com varios tipos de canc;6es. As can¢es devem ser
adequadas para a aprendizagem ,e cabe ao educador a responsabilidade de
escolher canc;:6es apropriadas a faixa etaria e do interesse dos alunos.
A sensibilidade e uma qualidade importante no individuo, " somente a
musica e capaz de traduzir com fidelidade os sentimentos mais sublimes que
tanto nos aproximam de Deus "( Richard Strauss), e atraves da musica,
podemos fazer com que ele expresse seus sentimentos, motivo palo qual 0
professor deve ser cuidadoso ao escolher 0 repert6rio que servira de auxflio
para seus prop6sitos educacionais. 0 peN de arte aponta para" a diversidade
que permite ao aluno a constru,ao de hip6teses sobre 0 lugar de cada obra no
10
patrimonio musical da humanidade, aprimorando sua condi,ao de avaliar a
qualidade das pr6prias produ,oes e as dos outros." ( peN, 2000, p.75)
Nao 56 0 professor tern asta responsabilidade. A escola dave sar urn
ambiente capaz de educar jovens e adultos tambEimcapazes de compreender
as diversas etapas de suas vidas. Sando assim, a linguagem musical pode sar
trabalhada nas diversas areas do conhecimento que serao explicitadas a
seguir.
3.2 A EXPRESsAo POR MEIO DA LlNGUAGEM MUSICAL
A linguagem musical .• e aquila que conseguimos conscientlzar au
aprender a partir da experiencia" ( Gainza, 1998 p.119 in, Rosa, 2000, p. 17) e
urn elemento facilitador da aprendizagem, fixando assuntos importantes,
unindo util ao agradavel.
Para que 0 objetivo da aprendizagem possa ser atingido, 0 educador
pode selecionar canyoes com temas especfficos, como datas comemorativas,
numerais na area de Matematica, proposi,oes na area de lfngua Portuguesa,
bem como poemas, poesias, prosas, par6dias e outros.
Quando a crianc;:a canta, a melodia proporciona uma serie de aptid6es
irnportantes na sua vida e nas relayc;es que ela faz consigo masma e com a
natureza.
Jeandot ( 1997, p. 20 ) diz que" a musica visa despertar a percep,ao
auditiva, a coordenac;:ao motara, a afetividade, provocando estfmulos e
oferecendo condic;:oes para que 0 indivfduo se desenvolva plenamente ..•
Neste momenta, 0 professor ira valer-se de sua propria experiencia ao
selecionar estas canc;:oes, pois deverao auxiliar a expressao da crianc;:a
fazendo-a imaginar e criar. Para se obter um bom rasultado de um trabalho
pedag6gico, deve-se tambem proporcionar momentos de retlexao. Portanto a
linguagem musical nlio deve ser usada somente para a recreacao. Uma aula
11
bem planejada com atividades bem diversificadas, podem representar parte da
vida escolar do aluno, pais, a musica contribui para 0 desenvolvimento do sar
humano.Rosa, (2000, p.21), tambem aponta a musica como facilitadora do
desenvolvimento em si, mas tambem, a despertar do gosto estetico, da
expressao artistica, 0 g05tO e 0 sensa musical. 0 professor pode trabalhar amusica em diversas areas do conhecimento, como 0 raciocinio 16gico
mate matico, numeros , tabuadas, desenvolvendo habilidades como analise,sintese discriminayao auditiva e coordenay8o matara. Este trabalho e
enriquecedor principalmente no periodo alfabetizador, quando a linguagem
musical auxilia 0 desenvolvimento visa motor, na atenc;:ao, no racioc[nio, na
expressao corporal, intelig~ncia e perceP9ao.
Outros trabalhos que podem ser feitos na escola e que envolve grupo,
seria trabalhar datas comemorativas, porem, evitando que seja apenas noenfoque recreativo. pais as datas comemorativas devem rasultar trabalhos
mais profundos e integrados com varias materias.Pode-se trabalhar na area de Educa9ao Ffsica atraves de exercfcios,
jogos, brinquedos, cantigas de rodas, organiza9ao temporal, onde a crian9a
comunica-se atraves do corpo. Em Lingua Portuguesa, na memorizacao de
verbos, preposi~6es,genera, numera e grau dos substantivos que geralmenteapresentam grande grau de dificuldade. Na area de Ci~ncias Naturais
advertindo para as problemas da agua, do solo. da extinl'ao de animais. Enfim,
o trabalho com a linguagam musical dave ser rico e diversificado."E criar e recriar. Nada se cria do nada. Criatividade e transforma<;ao,
desenvolvimento, dedica9ao e principalmente envolvimento."( ibdem, p. 23 )
12
4 CANTAR PARA APRENDER
A compr89nsilo da musics, au mesmo asensibiHdade a sfa, tern por bass urn padrlloculturd/m~nte compsrtilhado, urn cQd;go paUl aorganiza~o dos sons, numa linguagem artisticaque socia/mente e construfdo, e socia/menteaprendido, peJa vivOOcia, pelo calidiana, pelafamiliariziJ~o, embora tambem poss.a 5e(aprendidana eiSco/a. (Penna, 1990, p.20)
A escola atua sabre experi~ncias culturais ja presentes, trazidas pelos
alunos de sua viv~ncia familiar e cotidiana. Assim sando, a musicalizayao e a
a9ao educativa adequada as necessidades do ensino regular, devido a funyao
de dar a todos, instrumentos para a apreensao da linguagem musical.
Nos objetivos tra9ados pela escola, no qual devera valer-se de diversas
alternativas metodol6gicas, am funl'ao de cada clientela e das caracteristicas
de cada turma, sera a de promover urn acompanhamento desde as series
iniciais, elevando 0 progresso dos conceitos musicais que servirao de base
fenomenol6gica ou de recria9B.o.
Maura Pena cita Tacuchian dizendo que" as diferentes linguagens
artfsticas sao meras oP96es para a ativayao dos mecanismos de cria9a.o,
reflexaa e frui9aa. A musica e uma das 0P90es. Deve ser usada con forme a
consciencia de cada situac;ao, e sempre que passlvel, integrada a outras
linguagens". (Pena, 1982. p. 74)
A musicaliza9ao dentro e fora da escola e um processo bidirecional,
integrado entre homem e musica, como descreve Gainza (1997, p.16-17 in,
Penna, 1990, p.53) "0 homam racebe a mtlsica, se alimenta, absorve.
Interioriza-a e a musica absorvida se torna diferenciada, canscientizada e
compreendida. A interioriza9a.o se projeta, consciente e inconscientemente ao
13
imitar e criar." A a980 pedag6gica deve controlar, promover e agilizar esse
processo.
Para que 0 aprendizado da musica possa ser fundamentada na
forma9ao de cidadaos, e necessario que todos tenham a oportunidade de
participar ativamente como Quvintes, interpretes, compositores e
improvisadores,dentro e fora da sala de aula. ( peN, 2000, p.77)
Dentro das teorias da psicologia, temos Jean Piaget. As rele90es entre
inteligt~mcia e afetividade fcram suficientemente evidenciadas par ele em seus
trabalhos, demonstrando assim, que as masmas sao inseparaveis, so man do no
crescimento intelectual do individuo. Tanto a inteligencia quanto a afetividade
slio constituidas peles crian9as atraves de estagios que se correspondem,
param, isso nao quer dizer que a educayao seja desencadeadora dodesenvolvimento intelectual e vice - versa.
A Teoria Psicogenetica de Piaget, aborda 0 desenvolvimento cognitivo
atraves de um sistema de transforma90es continuas que comportam uma
hist6ria e uma evolu9ao das fun90es psicol6gicas, e que geram mudan9as na
capacidade de interayao com 0 maio. Urn elemento naa continua id~ntico ao
que e em certa estrutura, quando passa desta para outra. Tomemos como
exemplo 0 "pegar", quanto elemento de conduta motora. Ele nao permanece
igual como na sua aprendizagem inicial. Quando S9 transforma em jogar,
ocorre urna nova relaryao de elementos que fcram integrados aos de pegar.
Genese e estruturas sao conceitos fundamentais na abordagem de Piaget
sobre 0 processo de conhecimento.
Nao existem estruturas inatas: toda estrutura pressup6e uma constrUt;:ao.
Todas essas constru96es estao ligadas em cadeia a estruturas anteriores.
G~nese e estruturas sao indissociaveis temporalmente, isto e, estando·se em
presenya de urna estrutura como ponto de partida, e de uma estrutura mais
complexa, como 0 ponto de chegada, entre as dUBs se situarn, urn processo de
construl'iio que e a genese. ( Piaget. 1997, p. 126).
14
A no~ao de equilibrio a a base da taoria da Piaget. Para esse autor:
todo organismo vivo procura manter urn estado de equilibria ou de adaptac;ao
com seu maio, agindo de forma a suparar perturba~5es na rala~ao qua ale
estabelece com 0 meio". 0 desenvolvimento cognitiv~ do individuo ocorre
atraves de constantes desequillbrios e equilibrac;6as. Qualquer mudan~a
organica ou do ambiente do individuo, por menor qua seja, provoca ruptura no
estado de repouso, causando um dasaquilibrio. ( Piaget, 1997, p. 127-128 ).
Neste casa, 0 autor sa refere a dois mecanismos que sao acionados
para S8 estabelecer 0 equilibria. 0 primeiro mecanisme e a assimilayao.
Atraves dela, 0 organismo dasanvolve a~6as dastinadas a atribuir significa~oes
a partir de experi~ncias anteriores ao ambiente no qual ala interage. No Qutro,
o organismo tenta restabelecer urn equilibria superior com 0 meio ambiente, echamado de acomoda~ao. S6 que nesta caso 0 organismo e for~ado a
modificar-se e ajustar-se ao meio ambiente.( Piaget, 1997, p. 128-129).
A assimila98.o e acomodayao sao processos distintos, mas, numa
realidade ales oeorram ao masma tempo. Urn examplo disso e quando uma
crianc;a paga uma bola. Ocorre a assimila~1\oquando ala faz usa do esquema
do pegar, certa postura dos bra~os e das maos, ja Ihe e conhecido, atribuindo a
bola 0 significado do objato qua se paga. Na acomodac;ao, a abertura dos
dedos, a forc;a para rater esta objeto e diferente quando ela pega uma bola de
gude ou de futebol. Ao longo desse processo do dasanvolvimento um desses
mecanismos prepondera sobre 0 outro como por exemplo: assimilat;:ao - jogo
simb6lico/ acomodac;ao- imita,ao.
Tambem no desenvolvimento da intelig~ncia 0 individuo pracisa adaptar-
se ao mundo exterior. Esta adaptayao e progress iva e resulta da equilibrac;ao
de estruturas que vao se constituindo ao longo do desenvolvimento.
A no~ao de as18gio na abordagem de Piaget ( 1997, p. 15 ) ·possui
carater integrativo, isto e, as estruturas de urn nrvel sao integradas ao nfvel
seguinte, cada astagio comporta um nivel da prapara~ao, possuem ordem de
sucessao invariavel e nas sequ~ncias podem ocorrer defasagens." Piaget
15
refere-se a tr~s grandes estagios, cada qual com substagios: estagio da
intelig~nciasensoria motara, intelig~nciaoperatoria e intelig~nciaformal.
o pensamento pre- operat6rio indica intelig~ncia capaz de a90esinteriorizadas, a90es mentais. Depende das experi~ncias infantis, e 0
pensamento onda a crian9a centra em si masma, 0 chamado egocentrismo. As
a90es nesse periodo nilo sao ainda reverslveis, nela a crian9a nao e capaz de
perceber que e possivel ratornar mentalmente, ao ponto de partida.
Diferentemente, por volta dos 7 - 10 anos, que e 0 objeto de estudo
dessa pesquisa, pode-s9 observar uma reayao mais objetiva da crianya, uma
vez que asta opera com reversibilidade, 0 que torna seu raciocfnio menos
intuitivo e mais 16gico.A partir dai ate os 11/12 anos, a crian9a encontra-se no
estagio do Pensamento L6gico Concreto e depois no Pensamento Logico
Formal. (Piaget, 1970 p.86).
"Masma considerando 0 comportamento humane como fen6meno
complexo, dave-s8 reconhecer que 0 sar humano pensa, sente e atua como
urn todo e de modo original, dentro dos limites estabelecidos pela sua propria
evolu9ao . ( Marsico, 1982, p. 16 ).
a desenvolvimento musical tambem Iranscorre de forma continua,
iniciando-se com experi~ncias concretas e comuns, depois para 0
conhecimento das abstray6es. 0 andamento desse pmcesso varia de acordo
com 0 senso musical, ao nrvel de maturidade e da influencia do meio fisico e
s6cio- cultural em que a crian~a asta inserida.
Leda Marsico ( 1982, p. 21 ) especifica que" a crian9a que responde amusica, coloca em atividade os dominios afetivo, pSicomotor e cognitivo,
porque envolve em sua resposta sentimentos e emo90es, manipula habilidades
e utiliza meios intelectuais."
A musica manifesta-se na crian~a com muita naturalidade, 0 mundo dos
sons fascina a crianya desda 0 baryo. A musica €I para a crianya algo que ela
encontra dentm de si masma e essa descoberta deve sar amplamente
estimulada atraves da musicaliza,ao.
16
A crian,a canta, dan,a, pula de forma natural. Tira proveito dos ruidos
que a cercam, sons que ouve ao seu redor. A musicalizac;ao dave incentivar as
descobertas sonoras pois a crianc;a viva de uma maneira intensa eada
descoberta que taz no seu dia- a ·dia .
.. Musicalizar e impregnar a crianya de musica, sensibiliza-Ia, de forma
abrangente, nos niveis sensorial, afetivo e mental" ( Gainza, 1988, p.37 ).
Sando assim 0 desenvolvimento da crianc;a dave sar favorecido palo
ambiente e as atividades propostas mais propicias sao as de Educa,ao
Artistica, atraves dela, a crian,a expressa seus sentimentos e suas emo,oes.
Na ac;aomusicalizadora exists a descoberta do envolvimento constanta,da procura a liberdade de expressao. Pode-sa trabalhar a mtlsica desde a pre
- escola e ir dando continuidada ao longo do Ensino Fundamental. Os bons
resultados dessas atividades de mtlsica serao alcanyadas pala perfei,ao
adaquada das atividades ascolhidas palo professor, das situa,oes ricas atravss
de experiencias que iraQ permitir expressividade infantil.
17
5. MUSICAS TRABALHADAS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Algumas oP90es que 0 professor tera para trabalhar as can90es
destinadas as series iniciais, de maneira geral. 0 professor pode adaptar ao
nivel da serie em qua esta aluando. 0 mesmo lavara it classe a discussao do
lema. partindo sempre de questOes praticas. reflexoes subjelivas, trazendo
mudanyas de postura, proporcionando urn conjunto de regras de conduta que,
sendo do consenso, sejam respeitadas par todas.
Segundo 0 PCN de Arte, " a diversidade permite ao aluno a conslru9ao
de hip61esesobre a lugar de cada obra e patrim6nio musical da humanidade,
aprimorando sua condi9ao de avaliar a qualidade das proprias produ90es e as
dos oulros. ( PCN, 2000, p. 75)
1. Beijinho doce. (Beijinho doce)
Professor Luiz Renalo
o papelzinho do doce
Que ela lem
Quando joga no lixo
Nunca mais suja ninguem
o papelzinho do dace foi ele que trouxe no lixo pra mim
Um abra<;oapertado
Respiro dobrado, sujeira tem fim
18
Quando se colabora
com a limpeza da escola
fica tudo limpido
nlio tern mosquitinho da dengue
e a sujeira vai embora.
19
2. Ciranda eirandinha
Planeta meu amigo
Eu estou aqui pra ver
Muita gente dessa Terra
Que nao euida de voe'"
Tados n6s aqui vivemos
E queremos te falar
As crian9as dessa escola
Nunea vao te abandonar
Vamos euidar da eidade
E vael! volta a sorrir
Temos forga e amizade urn futuro a garantir
3. A Barata
A barata diz que tem uma casa especial
Mas eu acho que ela tem e uma nave espacial
Ela conheceu pessoalmente as dinossauros
Convive com 0 homem desde os tempos da caverna
E ala, na verdade, quem venceu todas as guerras
Masma a bomba atomica resiste com vigor
Ela loge pelo ar, pela terra e pelo mar ( 3 vezes )
Ela faz buracos nas roupas do armaria
Fura as pacotes de comida na cQzinha,
Trabalha a noite e descansa de dia, ralos e 0 esgoto sao para ela
moradia.
20
21
4. 0 cravo e a rosa (preposiciles)
A ante, ate ,ap6s, com contra, de, desde, em ,entre, para, per, perante,
por, sem, sob, sobre tras.
22
5. Terezinha de Jesus (Tabuada do 2)
2xO s~oO
2 x 1 sao 2
2 x 2 s~o 4
2x3sa06
2 x 4 sao 8
2 x 5 sao 10
2 x 6 s~o 12
2x7sao 14
2x8s8016
2x9sa018
2x10sa020
A tabuada do dois e assim
23
6. Atirei 0 pau no gato ( tabuada do Ms )
3 x 9 sao 27 te
3 x 8 sao 24 tra
3 x 7 te sao 21
3 x 6 - 3 x 6 sao 12
3 x 5 sao 15 ze
3x4trasao 12ze
3 x 9 sao, sao sao 9 ve
3 x 2, 3 x 2 s1\o6
7. 0 Cravo brlgou com a Rosa (labuada do qualro )
4x1sa04
4 x 2 silo 8
4x3sa012
4x4sao 16
4x5sa020
4x6sa024
4 x 7 sao 28
4x8sil032
25
8. Pirulito que bate-bate (tabuada do sete\
7 x 9; 63
7 x 8; 56
7 x 7; 49
7 x 6; 42
7 x 5; 35
7 x 4; 28
7 x 3 sao 21 56 posso casar com urn.
26
9. Terezinha de Jesus
Esta linda tartaruguinha
Vou fazer com cuidado
Desenhando muitas bolinhas
Vai ficar uma gracinha.
10. A canaa virou
Subo e des90 sem parar
Urna maya you desenhar
Depois de terminar
De vermelho you pintar
11. Ciranda Cirandinha
Quantas caras dlferentes
Eu consigo inventar
Umas bonitas, Qutras feias
Que engra,adas vao ficar!
29
12. Terezinha de Jesus
Vou trac;ar muitas bolinhas
Umas pra ca, outras pra la
Colocando bem certinho
Urn boneco vai formar.
30
13. Papai e assim (Velha InlAncia - Tribalistas)
Professor Luiz Renato
Papai e assim
Um sonho pra mim
E quando eu nile te vejo
Sai 0 amanhecer
Chega 0 anoitecer
Cansado do serviyo
Eu gosto do papai
E a mamaa Ie adora demais
Meu grilo parte em teu caminho
Meu melhor amigo e voce papai
Papai e assim um sonho pra mim
Quero Ie encher de beijos
S6 penso em voc~ s6 quere te ver 0 tempo inteiro
31
14. Xereta ( Ctaudinho e Buxexa)
Professora Jucimara Chiarello
Eu allisei
Que e pra voce olhar
A rua antes de atravessar
Eu te falei
Nilo dA pra atravessar
Na rua voc~ tem que parar
Voc~ deve olhar, pra IS. pra ca
Se nao voc~ pode machucar
Presta aten9ao 0 carro vai virar
E voc~ pode ficar na mao.
Vou fazer voc~ prestar! aprende a letra
Vou fazer voce passar! sua xereta
Vou fazer voce suar a camiseta
No vern, no vai, no OER voc~ e demais.
15. Independ~ncia vem que tem IJa sei namorar - Tribalistas)
Professor Luiz Renata
Vou colonizar
Tomar de assallo a America do Sui
E yOU explorar 0 parafso verde, branco e azul
Tirar toda madeira e beneficiar
Tirar tinta vermelha e comercializar
Terra de ninguem
o ouro e bem vindo
E n6s queremos muilo bem
as portugueses exploraram
Os portugueses exploraram n6s ( bis)
Chegando aqui
Tenlaram explorara os indios do Brasil
Nilo deu muito certo
Entao trouxeram as negros nos navios
Tristeza e sofrimento que judiBy:ao
Se 0 negro se tolgasse
Vinha 0 chicolao
Terra de ninguem
o ouro e bem vindo
32
Enos queremos muito bern
Os portugueses exploraram bem
Os portugueses exploraram nos ( bis)
o tempo foi passando
Com destrui,ao
Em pontos do Brasil ouve rebeliao
A Europa tambem
Estava em pe de guerra
Bonaparte e seus refens
Os portugueses safram correndo
E na colonia vieram morar
Varies problemas foram acontecendo
E a liberdade come,a a pintar
Os portugueses exploraram bem
Os portugueses expleraram nos
UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU (bis)
33
3·l
6 PESQUISA DE CAMPO
6.1 CARACTERIZA<;:Ao DA PESQUISA
Esta pesquisa de campo buscou fazer um estudo explorat6rio de como as
professores se utilizam da musica para ensinar as conteudos do Ensino
Fundamental de 1II, a 48 serie, permitindo assim perceber a realidade nas
escolas.
Para tanto, optou-se pela pesquisa de campo, visando maiores
informa,oes sobre 0 assunto em questeo, onde os dados foram levantados
atraves de questionario aberlo, analisados e interpretados, de acordo com a
fundamenta,ao ta6rica.
Para Marconi (1990, p.75) "Pesquisa de campo e aquela utilizada com 0
objetiva de canseguir informa90es a/au conhecimentas ace rca de urn
problema, para 0 qual sa procurava uma resposta, ou de uma hip6tese, que sa
queria comprovar, ou ainda, descobrir novas fenOmenas au as relayoes entre
eles."
Para a realizagaa da pesquisa de campo, escolhemos professores do
Ensino Fundamental de 111 a 411 sarie nomeando como escola "X" par motivos
eticos, e alunas do 42 ana de Pedagagia que atuam tambem como professoras
do Ensino Fundamental.
6.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA E APLlCAc;:AO
A escalha do question aria aberto foi uma maneira de se averiguar atraves
de uma pergunta, se as professores do Ensino Fundamental, mais
35
precisamente as de 11 a 41 seria, utilizam a musica como instrumento de
aprendizagem para ensinar conteudos especificos das series.
A questao levantada aos professores foi 0 usa da musica como elemento
facilitador da aprendizagem e a descriyao de uma experi~nciaem sala de aula,onde a musica foi urn fator importante para 0 aprendizado de urn contsudo
proposto por ele.
as dad os coletados permitiram perceber como os professores estao
trabalhando com a musica em sala de aula.
Foram enviados para esta pesquisa de campo 15 question;irios, sendo que
retornaram somente 09.
as questionarios foram entregues pessoalmente pela pesquisadora com
uma breve explicac;ao sobre 0 que 0 pesquisado deveria relatar.
36
7 ANALISE E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
A pesquisa contou com uma unica pergunta abrangente relacionada a
area de atuayao do professor pesquisado. Optou-se por uma analise geral das
respostas.
Professora 1.
" A musica e bastante rica para 0 trabalho infantil, pois possibilita uma
ampla visaol atuayao tanto dos alunos quanto dos professores, que por sua vez,
podem utilizar de mais urn recurso a seu dispor que ajuda-o em sal a de aula.
Entretanto, cabe ao masma, utilizar a musica nos melhores momentos paraexplicar urn conteudo au masma fazer 0 resgate do masma conteudo."
Professora 2.
" Fazendo relayao com a interdisciplinariedade Matematica, Cit§ncias e
Educayao Fisica.
Desenho no chao: Ao som de uma musica, todos os alunos andam com urnpedayo de giz na mao e, ao parar a musica, a professora diz: ;, desenhar a mao
direita no chao, voltar a musica, parar e pedir para desenhar 0 pe esquerdo e
assim por diante, ate que completem 0 corpo humano".
37
Professora 3.
" Trabalhar com a tabuada ( pode ser qualquer outra opera<;:aoque exija c<llculo
mental) 2' serie..
Tram.
Eu you passear de trem / e voc~ vai tambem
86 falta comprar
Uma pas sag em para 0 velho tram
Uma passagem para 0 velho trem ( as crian<;:asrepetem )
Parou!
3x5;
15 ( as crianl'as respondem )
chil, chil, cha, chilo chil, cha, chil, chil, cha, cha, cha, chao
Repeta e acrescenta mais uma tabuada.
Professora 4.
Uma da pratica pedag6gica envolvendo a musica em sala de aula que
despertou muito a atenl'ao dos educandos, foi trabalhando problemas
ambientais, colocaram nova letra para a mtisica:
A casa
"Era urn rio
Todo encantado
Com muitos peixes
38
Para tada lada
Ate que um dia
Urn homem mau
Tirou 0 lixo
De seu quintal
E 0 jogou todo no riozinho
Matanda tadas as bans peixinhas
Mas, iS50 n~o ficou assim
Aquele rio foram ajudar
E hoje temas urn born riozinho
Onde as peixinhas padem nadar
Eo um rio tada encantada
Com muitos peixes
Par tada lada."
Professora 5.
"Utilizo a musica para desenvolver diversas atividades, entre elas nas aula de
Lingua Portuguesa, principalmente onda aparecem versos musicados.
A interpreta,aa do texta se tarna mais facit. quando a meladia e auvida e
cantada diversas vezes.
A musica desperta 0 interesse e a criatividade para as produyoes de novos
texlos.
As crian9Bs criam gaslos para a musica e a dramatizam.
39
o desenvolvimento de trabalhos manuais com fundo musical tambem e muito
interessante: modelagem, dobraduras ...principalmente se inseridos num
contexto."
Professora 6.
"Utllizei a musica varias vezes, e uma experi~nciainteressante foi 0 desenho
dos versos de "Planeta Agua" de Guilherme Arantes. Em duplas, as crian<;asda
4'" serie interpretaram as versos atrav8S de desenhos. Par tim, foi montado urn
paine], com a lelra da musica, que enriqueceu uma exposic;:ao sabre 0 Maio
Ambiente."
Professor 7.
"Todos as meus alunos sao "movidos· a musica. Eles adoram ouvir e cantar,
principalmente as mtlsicas populares. A faixa etaria de meus alunos fica entre
16 e 60 anos e suas limita<;Oessao a defici"'ncia mental moderada. Tenho uma
aluna que, alem do DM e hiperativa. Eu nao conseguia fazer com que ela
realizasse nenhuma atividade au ficasse sentada mais de 3 minutos, ate que
descobri a musica. Trouxe meu aparelho de som para sala de aula e comecei a
fazer as atividades com musica de fundo.
Foi muito born! Consegui tazer com que asta aluna iniciasse e terminasse
todas as atividades propostas e os outros alunos ficaram muito mais motivados.
Usei a musica classica para realizar a atividade e no final de cada aula os
alunos escolhiam qual musica gostariam de ouvir."
.10
Professor 8.
"Em minha pratica procuro sempre associar a masica, porque ala asta muito
presente na vida das pessoas. Certa vez desenvolvi um projeto sobre trabalho
infantil e utilizei uma rnusica com 0 nome" Crian9a nAo trabalha", foi legal e a
participayao dos alunos foi efetiva.
Apos um ano iniciei um capitulo do livro Geografia! Histaria que era sobre
isso, trabalho infantil. Pensei entao em usar a musica e 0 tiz.
Fiquei surpresa em constatar como a musica " marca"( as acontecimentos e
aprendizagens). No ana passado eu lecionava para a mesma turma que leciono
hoje e 0 retorno que obtive foi enorme pois, alem de participarem os alunos
recordaram 0 trabalho com entusiasmo.
Penso entao S9 au apenas tivesse desenvolvido 0 trabalho sem enriquec~-Io
com materiais, hoje nao teria tido esse retorno que e 0 de constatar uma
aprendizagem significativa.
Porque para mim quando S8 aprende alguma caisa e porque teve significado
e marcou na vida deles de alguma maneira,"
Professor 9.
"A inser,ao da mtlsica no trabalho pedagagico e sem dtlvida uma forte aliada
na aprendizagem dos alunos. Um trabalho de texto literario por exemplo, pode
ser bastante explorado pelo professor e seus alunos, mas para que haja uma
efetiva participay~o de todos, 0 educador deve estar consciente da essencia
musical na vida de seus alunas, au seja, se eles tem a cantata com a mLisica.
S8 sao oportunizados aa aprendizado. 0 texto pode favorecer e fornecer dados
importantes ao educador como tal utilizando-se de alguma tecnica musical. As
crian9as assimilam melhor um contetldo S9 0 mesmo Ihe desperta inleresse.
41
motiva,ao, ai cabe 0 papel da musica como uma posslbilidade no despertar do
aluno.
Sabemos que a musica enriquece naD semente 0 ambiente educacional das
crianltas, mas proporciona uma mathor socializac;:ao no meio em que as mesmas
S8 encontram.
Vale lembrar que 0 trabalho com a musica pode-se dar em qualquer
ambiente, a qualquer hora e com diferentes idades, al8m do envolvimento com
os demais conteudos, bastando aqui, apenas a disponibilidade, criatividade .. do
professor.
Ao analisar os questionarios podemos perceber que a pratica musical
associada a musica e uma constanta na metodologia dos professores
pesquisados. E uma pequena amostra, poram, todas as professoras se
utilizaram da musica e os objetivos propostos por elas foi plenamente
alcan,ado.
No desenvolver da analise dos questionarios a musica apareceu na.o
so mente como au xi liar nas diversas malarias, mas, como etemento motivador,
de envolvimento, de criatividade e de socializa,ao.
Cada professora apresentou urn momento em que a musica foi urn elemento
facilitador da aprendizagem e a eficacia dela no cumprimento de um objetivo
proposto por ela.
Gainza aponta que a linguagem musical e aquilo que conseguimos
conscientizar au aprender a partir da experi~ncia, e que a musica, e urn
elemento facilitador da aprendizagem fixando conteudos importantes de modo
utiI e agradavel. ( Gainza, 1988, p. 119 )
Este e 0 momenta apropriado em que 0 professor deve valer-se da sua
propria experiencia e proporcionar momentos de reflexao. Trabalhar 0 aluno
como uma pessoa inteira, sua afetividade, sua integrac;ao na sociedade e ajuda-10a construir sua pr6pria visao de mundo.
42
8 CONSIDERAC;:OES FINAlS
Muito poderla se dizer sobre a importflncla da musica no Ensino
Fundamental, poram, 0 objetivo desse trabalho foi justamente chamar a
aten9ao para a complexidade e a importancia desse assunto.
De acordo com 0 exposto no decorrer dessa pesquisa, procurou-se
esclarecer a importancia da musica no desenvolvimento da crianya, as
beneficios futuros que a musica pode trazer, as facilidades e habilidades que a
crianga podera adquirir no decorrer do cantata musical, no processo ensino-
apendizagem.
Para que esses beneficios sejam atingidos a conduta do professor eessencial no processo, pais, 0 primeiro modelo que a crianya toma, em geral, eo pr6prio professor,
Alem da compet~ncia tacnica 0 professor deve ser criativo e portar-se como
elemento facilitador da aprendizagem. A necessidade de criar e comum em
todas as crian9as que, ao interagirem, acabam construindo seu pr6prio
conhecimento. Esta Ei uma oportunidade que nao deve ser desperdi9ada pelo
professor.
Pelas considera90es apresentadas neste trabalho pode-sa constatar 0
quanta e importante a musica para 0 desenvolvimento na fase escolar e quanta
ela oferece ao individuo e Ihe da condi90es de um desenvolvimento pleno.
Importante e saber sa possufmos meios suficientes para atingir urn publicocada vez maior para que a musica possa fazer parte da realidade infantil em
todas as escolas do Ensino Fundamental quar seja publica ou nao.
43
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