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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

Unidade Acadêmica Especializada

Escola de Música

Curso de Licenciatura em Música

MARIA ISABEL BRASILIANO PETRONILO

O ENSINO DE VIOLINO NO CURSO BÁSICO DA ESCOLA DE MÚSICA DA UFRN

Reflexões sobre a Prática

NATAL, RN

2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

Unidade Acadêmica Especializada

Escola de Música

Curso de Licenciatura em Música

MARIA ISABEL BRASILIANO PETRONILO

O ENSINO DE VIOLINO NO CURSO BÁSICO DA ESCOLA DE MÚSICA DA UFRN

Reflexões sobre a Prática

Trabalho de conclusão de curso apresentado como

requisito para obtenção do título de Graduado em Música - Licenciatura a Unidade Acadêmica Especializada em Música da Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Norte.

ORIENTADORA: Profa. Ms. Camila Torres

Meirelles CO-ORIENTADOR: Prof. Ronedilk Cavalcante

Dantas

NATAL, RN

2010

Catalogação da publicação na Fonte Biblioteca Setorial da Escola de Música

P497e Petronilo, Maria Isabel Brasiliano. O Ensino de violino no Curso Básico da Escola de Música da

UFRN: reflexões sobre a prática / Maria Isabel Brasiliano

Petronilo. – Natal, 2010.

76 p.: il.

Orientador: Camila Torres Meirelles. Co-orientador: Ronedilk Cavalcante Dantas. Monografia (Graduação) – Escola de Música, Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, 2010.

1. Educação Musical. 2. Violino – estudo e ensino. 3. UFRN – Escola de Música. I. Título.

CDU 78:37

MARIA ISABEL BRASILIANO PETRONILO

O ENSINO DE VIOLINO NO CURSO BÁSICO DA ESCOLA DE MÚSICA DA UFRN

Reflexões sobre a Prática

Trabalho de conclusão de curso apresentado como

requisito para obtenção do título de Graduado em Música - Licenciatura a Unidade Acadêmica Especializada em Música da Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Norte.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________ Professora Ms. Camila Torres Meirelles

Orientadora Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

________________________________________________ Professor Dr. Fábio Soren Presgrave

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

_______________________________________________ Professor Dr. Tarcísio Gomes Filho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Natal, 10 de Dezembro de 2010.

Agradecimentos

Agradeço em primeiro lugar ao meu Deus por ter chegado ao final deste curso, se não

fosse por Ele, eu nem existiria!

Agradeço aos meus pais, Valéria Vanda Brasiliano e José Petronilo, aos meus irmãos,

Wanderléa, Andréa, Saulo e Yasmim, pela base emocional, psicológica, espiritual e

compreensão em todos os momentos.

Agradeço aos meus amigos Camila Luna, Kaique Paulo, André Phillipe pelo

incentivo, pelos momentos vividos, pelas experiências compartilhadas, pela parceria e

companheirismo, pois sem vocês esses 4 anos não seriam os mesmos.

Agradeço à Equipe CIART por me acolher com tanto carinho, por se dedicar ao

trabalho com tanto entusiasmo, e me ensinar durante 2 anos.

Agradeço aos professores Amélia Dias, Jean Joubert, Cristiane Otutumi e Valéria

Carvalho, que me ensinaram com muita paciência e dedicação, em especial, à professora

Cleide Alves que me orientou durante todos esses anos e não mediu esforços quanto solicitei

sua ajuda nessa reta final.

Agradeço aos meus orientadores Profª Ms. Camila Torres Meirelles e Prof. Ronedilk

Cavalcante Dantas por toda contribuição musical.

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo relatar uma experiência de estágio docente no Curso Básico de Violino da Escola de Música da UFRN. A monitoria teve duração de três semestres letivos, aos quais foram aplicadas diversas formas de ensino em sala de aula de forma experimental. Foram consultadas as metodologias de educadores e músicos como Shinichi Suzuki, Suzan Kempter, Ivan Galamian, Demetrius Constantine Dounis, Simon Fischer, Linda Kruger, Maia Bang e Barbara Barber, bem como pesquisas atuais sobre a metodologia do ensino do instrumento na contemporaneidade. Após breve análise da prática docente vivida e da grade curricular do Curso Básico com seus conteúdos e diretrizes pedagógicas, especificamente, do curso de Violino, sugiro modificações a partir dos resultados obtidos. Palavras-chave: Metodologia do Ensino de Violino. Curso Básico - EMUFRN.

Abstract

This paper aims to report an internship teaching experience conducted in the Elementary Violin Course at the Federal University of Rio Grande do Norte Music School. The research process project was conducted over three semesters, and was applied to various trials of teaching training in the classroom. The reference methodologies were those of Shinichi Suzuki, Suzan Kempter, Ivan Galamian, Demetrius Constantine Dounis, Simon Fischer, Linda Kruger, Maia Bang and Barbara Barber, as well as the current research on the methodology of teaching the violin. Analyses of the experimental teaching trials were performed, compared with the present Violin Elementary Course Curriculum, including pedagogical guidelines. Modifications in the curriculum and pedagogical guidelines are suggestions in light of the results obtained. Keywords: Methodology of teaching the violin. Elementary Course - EMUFRN.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - “Exercício para a forma da mão direita com os dedos estendidos” proposto

pelo método Basic Studies for Violin de Carl Flesch.

15

Figura 2 - “Exercício para a forma da mão direita com os dedos encolhidos”

proposto pelo método Basic Studies for Violin de Carl Flesch.

15

Figura 3 - “Exercício para a forma da mão direita segurando o arco com os dedos

estendidos” proposto pelo método Basic Studies for Violin de Carl Flesch.

15

Figura 4 - “Exercício para a forma da mão direita segurando o arco com os dedos

encolhidos” proposto pelo método Basic Studies for Violin de Carl Flesch.

15

Figura 5 - “Exercício com o arco na posição vertical para treinar o movimento dos

dedos da mão direita” proposto pelo método Basics de Simon Fischer.

17

Figura 6 - Movimento da mão direita no Talão e na Ponta do “Exercício de

transferência de peso / Balanço da mão” proposto pelo método Basics de Simon

Fischer.

19

Figura 7 - “Exercício da Gangorra” proposto pelo método Basics de Simon Fischer. 21

Figura 8 - Elasticidade da corda no “exercício de tensão das cordas” proposto pelo

método Basics de Simon Fischer.

21

LISTA DE PARTITURAS

Partitura 1 - “Estudo básico para a mão esquerda sem o arco” proposto pelo método Basics Studies for Violin de Carl Flesch.

22

LISTA DE SIGLAS

BPJD Biblioteca Padre Jaime Diniz

CIART Curso de Iniciação Artística

EMUFRN Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

OCEM Orquestra de Câmara da Escola de Música

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Sumário

1 Introdução ---------------------------------------------------------------------------------- 9

2 Histórico do Curso Básico --------------------------------------------------------------- 10

2.1 Organização do Curso Básico ------------------------------------------------------ 11

2.2 Programa do Curso Básico de Violino --------------------------------------------- 12

3 Relatório de aulas -------------------------------------------------------------------------- 13

3.1 Primeiro período - 2009.2 ----------------------------------------------------------- 13

3.2 Segundo período - 2010.1 ----------------------------------------------------------- 24

3.3 Terceiro Período - 2010.2 ------------------------------------------------------------ 30

3.4 Métodos e procedimentos metodológicos ------------------------------------------ 35

3.5 Dificuldades encontradas ------------------------------------------------------------ 38

4 Sugestões ------------------------------------------------------------------------------------ 43

5 Considerações finais ---------------------------------------------------------------------- 47

Referências ------------------------------------------------------------------------------------ 48

Anexo I ----------------------------------------------------------------------------------------- 51

Anexo II ---------------------------------------------------------------------------------------- 54

Anexo III --------------------------------------------------------------------------------------- 60

Anexo IV --------------------------------------------------------------------------------------- 66

Anexo V ---------------------------------------------------------------------------------------- 72

Anexo VI --------------------------------------------------------------------------------------- 75

9

1 Introdução

O presente trabalho tem por objetivo relatar uma experiência de estágio docente no

Curso Básico de Violino da Escola de Música da UFRN. A monitoria teve duração de três

semestres letivos, aos quais foram aplicadas diversas formas de ensino em sala de aula de

forma experimental. Foram consultadas as metodologias de educadores e músicos como

Shinichi Suzuki, Suzan Kempter, Ivan Galamian, Demetrius Constantine Dounis, Simon

Fischer, Linda Kruger, Maia Bang e Barbara Barber, bem como pesquisas atuais sobre a

metodologia do ensino do instrumento na contemporaneidade e dados de diversos trabalhos

de pesquisa na área de ensino do instrumento tais como artigos, monografias, dissertações,

teses e livros. Partindo da observação da prática docente foi possível sugerir novas propostas

ao Curso Básico de Violino da EMUFRN visando à melhoria da prática de ensino.

O Curso Básico da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte - EMUFRN é um curso de extensão1 oferecido à comunidade em geral que atende um

público a partir dos 10 anos de idade. O ingresso é feito por meio de entrevista de seleção e o

regimento prevê que haja uma taxa de matrícula a ser paga. Dentre as diversas modalidades

ofertadas, fui inserida no curso de Violino como monitora convidada pelo professor Ronedilk

Dantas para substituição de um monitor, no semestre de 2009.2. O processo de seleção de

monitoria do Curso Básico ocorre por meio de indicação dos professores orientadores de

instrumento ou por exame de seleção, podendo acontecer em datas não programadas com o

calendário da UFRN, dependendo da necessidade de novos monitores ou substituições, como

foi o meu caso.

Nos primeiros meses de monitoria, já em atuação, contei com a orientação do

professor Ronedilk Dantas quanto à didática que seria utilizada na transmissão dos

conteúdos. Essas orientações ocorriam dependendo da necessidade do monitor e eram

marcadas informalmente solicitando diretamente ao professor. Além das aulas de orientação,

recebi também o programa vigente do Curso de Violino e mais um documento contendo

relatos, em forma de tópicos, das primeiras aulas de Violino ministradas pelo professor

Ronedilk Dantas em outra instituição de ensino.

Ao longo dos semestres, refletindo sobre a prática docente de instrumento, percebi 1 “A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável, para viabilizar relações transformadoras entre a universidade e a sociedade, a partir de um diálogo que envolva os diferentes saberes (das ciências, das tecnologias, das artes, das humanidades e da tradição), permitindo novas criações, socializações e mudanças recíprocas, com o envolvimento e inserção de discentes, docentes e técnico-administrativos em experiências interdisciplinares e multiprofissionais reais junto a diferentes grupos e populações que com elas interagem.” (PROEX. 2010)

10

que a didática poderia ser utilizada de maneira diferente, visando maior aproveitamento do

tempo e facilitação da aprendizagem. Foi então que resolvi relatar experiências da minha

prática docente, com o intuito de propor novas idéias para a melhoria do ensino no Curso. Foi

iniciada uma busca por fontes bibliográficas sobre metodologia do ensino do instrumento,

porém constatei a necessidade de aprofundamento sobre o tema, além disso, a maioria das

fontes encontradas era de origem estrangeira e seus conteúdos abordavam, com mais ênfase,

a técnica instrumental. Atualmente, na EMUFRN, está em crescente desenvolvimento a

discussão sobre a didática do ensino de instrumento para iniciantes e os procedimentos

metodológicos atuais de musicalização dos alunos por meio do ensino de um instrumento

musical. Essas discussões estão acontecendo de diversas formas: através de aulas,

masterclasses, festivais, encontros pedagógicos, pesquisas, monitoria, etc. Sabemos que, na

pesquisa, a área que aborda o tema “ensino de instrumento” está crescendo

significativamente em diversas partes do Brasil. Outros motivos que também contribuíram

para o relato foram: a evasão dos alunos de violino do Curso Básico, a falta de motivação

observada nas aulas, e a própria busca pessoal por informações atuais sobre o processo de

ensino-aprendizagem do Violino nas diversas faixas etárias, visto que o curso atende um

público com idade variada.

No que se refere à metodologia empregada, foi escolhida a forma ‘relato de

experiência’ como sendo a de maior ênfase nesse trabalho. Além do relato, foram consultadas

entrevistas não gravadas e não presenciais, em forma de relato livre através de correio

eletrônico, abordando pontos positivos e negativos de alguns poucos monitores, mais

especificamente, relatos dos monitores com quem convivi no período da monitoria. Busquei

também escritos sobre o planejamento das aulas, consulta aos diários de classe das turmas na

qual atuei como monitora, aplicações de questionários, gravações em forma de áudio de

algumas aulas, e vídeos do primeiro recital da classe de violino realizado por mim juntamente

com a monitora Larissa Paiva em 2009.2.

Após analisar a prática docente vivida durante o período de 3 semestres letivos,

foram constatados alguns obstáculos e são sugeridas soluções para esses problemas levando

em consideração o objetivo do Curso Básico, as leis do projeto vigente que o regulamentam e

o perfil dos alunos que freqüentam o Curso.

2 Histórico do Curso Básico Segundo Gomes (2010) a Escola de Música se incorporou à UFRN no dia 4 de

11

Outubro de 1962, mas o Curso Básico só obteve seu Regimento em 20 de Janeiro de 1999 de

acordo com o Regimento anexo da Resolução n° 69/82- CONSUNI, de 15 de Julho de 1982.

Atualmente, esse Regimento está passando por uma reformulação geral, entretanto ele ainda

não foi aprovado pela Coordenação dos Cursos de Extensão da UFRN, por isso, as citações

acerca das diretrizes vigentes serão baseadas nas informações que nos foram repassadas pela

Coordenação do Curso Básico durante esse período de reformulação para o andamento do

Curso, podendo ser tanto do Regimento antigo quanto do que está sendo reformulado.

O Curso Básico da EMUFRN “é considerado uma ação de Extensão Universitária

do tipo projeto” (GOMES, 2010, p. 2). Seu objetivo é oferecer a crianças a partir de 10 anos

de idade, jovens e adultos, a oportunidade de “[...] despertar as potencializadas musicais

através de atividades práticas e teóricas que integrem conhecimentos básicos essenciais para

ampliar as possibilidades de apreciação, improvisação e performance” (UFRN, 2006, p. 4). “As aulas de prática instrumental/vocal visam o desenvolvimento da

performance musical através de conhecimentos técnico-musicais de um instrumento ou canto. As aulas de teoria musical visam a aquisição de conhecimentos de linguagem e leitura essenciais para a compreensão do repertório instrumental/vocal, além do desenvolvimento da acuidade e memória auditiva.” (TORRES, 2009 apud Regimento do Curso Básico, aprovado pelo plenário da EMUFRN em 20/01/1999).

Dentre as habilitações que podem ser oferecidas pelo Curso Básico a cada semestre

estão: Canto, Clarinete, Contrabaixo Acústico, Contrabaixo Elétrico, Flauta Doce, Flauta

Transversal, Guitarra, Percussão, Piano, Saxofone, Trompa, Trombone, Trompete, Violão,

Violino, Violoncelo.

No que se refere à avaliação, esta é realizada de modo diagnóstico e contínuo.

Segundo o Art. 16 do novo regimento: “O tipo de instrumento utilizado pelo professor para avaliação da

aprendizagem deverá considerar a sistemática de avaliação definida no plano de curso da disciplina, podendo incluir prova escrita, prova oral, de percepção, prova prática, trabalho de pesquisa, trabalho de campo, trabalho individual, trabalho em grupo, recital ou outro, de acordo com a natureza da disciplina e especificidades da turma”. (Regimento atual ainda não aprovado. 2010. s/p.)

As aulas são ministradas por professores e monitores, sendo esses últimos, alunos

dos cursos de Graduação ou Curso Técnico da Escola de Música da UFRN.

2.1 Organização do Curso Básico

O Curso Básico era inicialmente distribuído em 6 semestres. Cada semestre

12

oportunizava disciplinas teóricas de 30h/aula e disciplinas práticas de 15h/aula. Atualmente o

curso oferece ao aluno 4 semestres. Cada semestre proporciona disciplinas teóricas de

15h/aula e disciplinas práticas de 15h/aula. O Curso é dividido por módulos enumerados

como I, II, III e IV. No primeiro semestre de 2010 o número de matriculados no Básico

chegou a 348 alunos. O número de turmas chegou a 235, sendo 35 de Teoria Musical e 200

de Prática de Instrumento. Ministram, atualmente, 6 Professores e 30 Monitores.

Os monitores do Curso Básico dão conta de uma carga horária de 12h/semanais,

sendo divididas em 8h para atuação em sala de aula e 4h para reuniões com os orientadores e

planejamento individual. Propõe-se para os monitores de instrumento que façam um

planejamento para cada uma das 15 aulas observando os seguintes quesitos: conteúdo,

repertório, material extra tais como vídeos, filmes e indicação de livros.

No projeto atual do Curso Básico o perfil do aluno é de nível iniciante2. O Curso tem

duração total de 2 anos. O processo de seleção, que ocorre uma vez ao ano, se dá por

entrevista e é aberto à comunidade por meio de Edital para ingresso. Cabe esclarecer que o

Curso Básico não tem em vista a preparação do aluno para o Curso Técnico da UFRN.

O curso visa o incentivo à prática instrumental ou vocal, a formação de grupos, a

iniciação e o aperfeiçoamento dos estudos musicais, o desenvolvimento da capacidade

criativa e a formação de um público crítico e apreciador de música.

2.2 Programa do Curso Básico de Violino

O programa3 do Curso Básico de Violino entre os anos de 2008 e 2010.1 foi

planejado pelo professor Ronedilk Dantas. A proposta pedagógica utilizada foi baseada nos

métodos de Shinichi Suzuki, Suzan Kempter, Simon Fischer, Carl Flesh, e outros indicados

pelo professor Ronedilk Dantas nas referências bibliográficas do programa antigo (ver anexo

I). No semestre 2010.2 esse mesmo programa foi reformulado, repensado e discutido

juntamente com os monitores de violino antes do início do semestre letivo, chegando à

conclusão que seriam acrescentadas mais informações. Nessa reunião de mudança do

programa participaram o Professor orientador Ronedilk Dantas, a monitora Dyana Paula

Medeiros4 e a presente autora. Foi analisado o trabalho realizado com os alunos no semestre

de 2010.1, mais precisamente, foram avaliados os pontos que não estavam gerando os 2 Não percebi no regimento antigo, nenhuma referência ao nível de ingresso dos alunos. 3 Não tive acesso aos programas anteriores ao de 2008. 4 Estudante do Curso Técnico em música com habilitação em Violino e Monitora de violino do Curso Básico em

2010.

13

resultados esperados para cada módulo e, com base nisso, foram acrescentadas diretrizes

pedagógicas que haviam sido aplicadas no semestre de 2010.1 onde se obteve resultados

satisfatórios. Também foram adicionadas algumas referências de métodos para auxiliar as

aulas, visto que o Curso Básico recebe alunos a partir dos 10 anos chegando a ter também

adolescentes, jovens e adultos.

Atualmente o programa está dividido em 4 módulos/unidades, cada uma contendo

diretrizes pedagógicas, objetivos a serem alcançados, técnicas para serem desenvolvidas no

aluno, repertório para utilização livre do professor e uma bibliografia para auxiliar as aulas

(ver anexo II).

3 Relatório de Aulas

As turmas de Violino são distribuídas entre os monitores dessa modalidade, que no

período de 2009.2 a 2010.2, permaneceram na quantidade de 2 monitores. Em 2009.2 tive a

oportunidade de trabalhar junto à monitora Larissa Paiva5 que também orientava cerca de 6 a

8 turmas de violino. Já no semestre de 2010.2, esta precisou sair da monitoria e Dyana Paula

passou a lecionar aulas de Violino no Curso Básico por meio da indicação do professor

Ronedilk Dantas, dando continuidade às turmas de Violino que estavam sob orientação de

Larissa Paiva. Vale ressaltar que o relato dessa monografia diz respeito apenas às turmas em

que eu ministrei aulas durante a monitoria, ou seja, além das minhas turmas existiam no

Curso Básico mais classes de Violino orientadas pela outra monitora.

Foram ministradas por mim aulas de Violino durante três semestres letivos

consecutivos, 2009.2, 2010.1 e 2010.2. Como suporte para as primeiras aulas foi utilizado o

programa do Curso de Violino já existente e um relatório das primeiras aulas ministradas pelo

professor Ronedilk Dantas.

3.1 Primeiro período - 2009.2

Durante o período de 18 de Agosto a 11 de Dezembro de 2009 foram ministradas as

aulas de violino para 6 turmas, sendo 4 turmas do Módulo II e 2 turmas do Módulo III (ver

anexo III). Depois de registrar todas as aulas, foi feita uma avaliação geral de cada turma

destacando apenas os pontos em que se obteve resultados satisfatórios.

5 Aluna do Curso de Licenciatura em Música e aluna do Curso Técnico em Música com habilitação em Violino.

14

Na primeira turma do Módulo II estavam matriculados 2 alunos, Evandra e

Marcílio6, ambos com a idade de 9 anos. Os dois já haviam passado pelo Curso de Iniciação

Artística – CIART7, mas iniciaram o estudo de Violino no Curso Básico da UFRN. Ambos

sabiam ler partituras devido às práticas anteriores no CIART onde se apresentavam em

recitais tocando instrumentos de bandinha rítmica e flauta doce, além de outras práticas como

o canto coral.

As aulas foram ministradas para esses alunos em conjunto visto que apresentavam

níveis técnicos parecidos, os exercícios propostos foram aplicados para os dois ao mesmo

tempo, porém em algumas aulas o tempo foi dividido em 25 minutos para cada um porque era

preciso trabalhar técnicas e repertórios específicos com eles.

Analisando a quantidade de aulas no semestre, houve 14 aulas, a maioria com ênfase

em exercícios técnicos de preparação do corpo para a adaptação ao instrumento. Foi realizada

apenas 1 aula de apreciação na sala de vídeo da Biblioteca Pe. Jaime Diniz - BPJD onde foi

apresentado um DVD sobre “a construção dos instrumentos de cordas e sopro”, do acervo

bibliotecário. Também foi realizado 1 masterclass onde todos os alunos de violino do Curso

Básico foram convidados a tocar para os colegas o repertório que estavam estudando naquele

semestre. Evandra e Marcílio participaram dessa aula.

Quanto ao repertório, foi utilizado o método Solos for Young Violinists de Barbara

Barber deixando os alunos escolher, dentro de uma prévia escolha minha, as músicas que

gostariam de tocar.

Das 14 aulas ministradas destacam-se algumas atividades experimentadas que

apresentaram resultados rápidos e satisfatórios para a aprendizagem da técnica instrumental.

A primeira está ligada à leitura musical de partituras, onde foi utilizado o “Solfejo antes da

execução instrumental”. Depois de escolher a peça de cada aluno, foram solfejadas as peças

com o nome das notas e o ritmo correto. Foi feita uma análise da música através da leitura

mental, ou seja, imaginando a localização de cada nota no violino e quais os dedos que

tocariam naquela peça. Como resultado obtido os alunos conseguiram visualizar a música

como um todo e foram mais rápidos na percepção motora dos movimentos da mão esquerda e

direita. Ainda foi preciso trabalhar o formato de mão esquerda e fazer alguns exercícios de

agilidade, que é natural para qualquer aluno iniciante.

6 Todos os nomes dos alunos são fictícios, apenas concordam o gênero e a idade. 7 Curso de Iniciação Artística da Escola de Música da UFRN para crianças de 6 a 8 anos, com duração de 3 anos, visando a musicalização infantil através da prática coral, bandinha rítmica e flauta doce.

15

Outro treinamento foi o “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda

nas cordas8” proposto pelo método The Dounis Collection9, Op.20 intitulado The Violin

Players’ Daily Dozen, na página 234, com o exercício originalmente denominado Easy

Setting. Esse exercício, que deve ser praticado sem o arco, consiste em colocar os 4 dedos nas

4 cordas, 1 dedo para cada corda, com o 1º dedo na corda mais grave, e fazer o movimento

vertical desses dedos alternando a seqüência, ou seja, fazendo combinações diversas como:

1+2, 1+3, 1+4 ou mais de 1 dedo fazendo o movimento vertical ao mesmo tempo. Para tanto,

o campo de execução desse exercício foi adaptado e limitado para apenas 1 corda do violino,

onde o aluno colocava os 4 dedos em seus respectivos lugares e fazia o movimento vertical de

cada dedo, um por vez, mantendo os outros pressionados na corda. Esse exercício ajudou a

melhorar as passagens das peças onde o aluno precisava mudar rápido de dedos com

seqüências que ele ainda não havia feito antes.

Um treinamento importante que, segundo o professor Ronedilk Dantas, é pouco

explorado nas aulas de violino é a atenção à musculatura dos dedos da mão direita do aluno.

Por essa ser a mão que fica mais tempo da mesma forma durante a execução, deveria ter uma

atenção redobrada ao preparo da mesma para evitar tensões e fortalecer o tono muscular para

sustentar o peso do arco. Para essa turma foi utilizado o “Exercício para a forma da mão

direita” proposto pelo método de Carl Flesch, Basic Studies for Violin, na página 7,

denominado originalmente como Exercises for the rigth arm. O exercício consiste em 2

partes, “estender os dedos (Fig. 1) e depois encolher ou contraí-los várias vezes (Fig. 2), em

seguida repetir os movimentos segurando o arco na posição vertical (Fig. 3 e 4)10” (tradução

nossa), como mostram as figuras abaixo:

Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4

Para as turmas onde os alunos ainda não conseguiam segurar o arco por causa do

peso, esse exercício foi realizado substituindo o arco por um lápis ou uma caneta, para que 8 Do original “For training the left hand in the “EASY SETTING” of the fingers on the strings.” 9 O livro só é encontrado no idioma original, não encontrei tradução publicada desse método para a língua

portuguesa. 10 Do original “Extend the fingers(Fig. 1), then bend them as far possible(Fig. 2)[…] The same exercise with the

bow held vertically (Fig. 3 and 4)

16

entendessem, primeiramente, o movimento da mão direita sem causar tensões musculares e,

depois, no estudo diário extra-escolar, treinassem segurando o arco para fortalecer o tono

muscular da mão direita.

A segunda turma do Módulo II era composta por 2 alunas, Dione e Marília que

tinham a idade de 9 e 12 anos, respectivamente. Ambas iniciaram os estudos de música no

Curso Básico.

Ao final do semestre tivemos, no total, 10 aulas, devido à ausência das alunas e

devido às atividades da Escola de Música que acabaram por coincidir com os horários do

Curso Básico e, por conseqüência, os monitores que participaram dessas atividades tiveram

que dispensar seus alunos. A reposição dessas aulas ficou inviável por falta de horários em

comum dos monitores e dos alunos.

Dessas 10 aulas, 1 foi para a apreciação musical onde as alunas foram convidadas a

assistir ao ensaio da OCEM - Orquestra de Câmara da Escola de Música da UFRN formada

por estudantes dos cursos Técnico, Bacharelado e Licenciatura. Já em outra aula foi realizado

um masterclass com todos os alunos de violino do Curso Básico. Apenas Marília tocou, dessa

turma.

Em se tratando de repertório, foi utilizado o método criado por Maia Bang, o Maia

Bang Violin Method - part I e o método Solos for Young Violinists de Barbara Barber,

também deixando a livre escolha de músicas pelas alunas dentro de breve seleção minha por

ordem crescente de dificuldades. Essa seleção foi baseada nos objetivos desse módulo

explicitados no programa do curso de violino, para tanto, as peças escolhidas foram tocadas

por mim antes de levar às alunas, para saber que dificuldades técnicas estariam notórias em

cada partitura. Foi limitada a escolha livre das alunas a um número de 5 músicas diferentes.

Em relação ao conteúdo das demais aulas, foi dado destaque para exercícios técnicos

e merece atenção alguns pontos trabalhados, começando pelo exercício para ensinar a segurar

o arco corretamente proposto pelo método Basics de Simon Fischer, na página 5. Nesse

exercício o professor ensina ao aluno onde colocar cada dedo no lugar adequado do arco, e

depois de ensinada a forma de mão, coloca-se o arco na posição vertical e pede que o aluno

“desenhe um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos11” (linguagem adaptada

para o Português), como demonstra a figura:

11 Do original “Moving the tip of de bow in circles using only the fingers.”

17

Figura 5 Com esse treinamento, o aluno experimenta o movimento dos dedos da mão direita,

exercitando-os para que segure o arco da forma correta sem tensionar toda a mão. Outra

contribuição desse exercício é a compreensão de que cada mão tem uma fôrma diferente e o

arco se adapta a ela.

Um segundo conteúdo trabalhado está relacionado à afinação do 3º dedo. Paul

Rolland fala sobre esse exercício em seu livro intitulado “The Teaching of Action in String

Playing”, no capítulo VII12. Na tradução desse capítulo por Cecília Mendes e Ricardo Amado,

o exercício denominado como “O jogo das Oitavas”, no entanto usei a terminologia

“Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. Consiste em colocar os 3 dedos da mão

esquerda na corda - pode começar pela corda Lá -, em cima da marca indicada pela fita

adesiva, dirigindo a pressão para trás, em direção a voluta. Depois, tocar com pizzicato de

mão direita essa corda e a corda vizinha mais grave também com pizzicato, comparando a 8ª

justa. Essa prática permite ao aluno treinar a percepção auditiva para a afinação das notas

comparando com as cordas soltas. Também se pode aproveitar essa lição para introduzir

conceitos da teoria musical, como, por exemplo, a definição do que é uma 8ª justa. Esse

exercício também ajuda na compreensão de como funciona a afinação das cordas do Violino.

Outro tipo de estudo aplicado foi a “Leitura da peça de trás pra frente”, ou seja, toca-

se um compasso de cada vez começando pelo último, depois une o penúltimo ao último, em

seguida o antepenúltimo + penúltimo + último, e assim sucessivamente. Esse tipo de

execução leva o aluno à repetição, que é uma das coisas mais importantes no estudo de um

instrumento já que a memória muscular precisa de tempo para entender o movimento mesmo

que o cérebro já o tenha entendido. Outros benefícios como a memorização mental e a leitura

também são contemplados nesse estudo. Esse tipo de exercício eu trouxe da minha prática

como violinista, aprendi com o meu professor. 12 Não tive acesso ao livro original, somente a xérox da tradução desse capítulo.

18

Na terceira turma do Módulo II estava matriculado apenas 1 aluno, Geraldo, que

tinha a idade de 14 anos. Iniciou seus estudos de instrumento em outra instituição de ensino

especializado em música, então, quando chegou ao Curso Básico, tinha conhecimento prévio

de música e do instrumento.

No total houve 14 aulas, a maioria com ênfase em exercícios técnicos para aplicação

no repertório. Para fazer uma aula de apreciação, foi aproveitado o evento que acontece

anualmente, denominado “Semana da Música”, onde o aluno foi orientado a assistir um dos

masterclass do professor Ronedilk Dantas. Nessa semana, os alunos do Básico geralmente são

dispensados das aulas porque os monitores participam da “Semana da Música” em diversos

setores, porém achei importante que eles assistissem a programação, aproveitando o horário

que seria para a aula deles para apreciação de outras performances de violinistas em aulas

coletivas. Apenas dois alunos do Curso Básico de violino compareceram a um dos

masterclass. Das 14 aulas, 1 foi realizado o masterclass com todos os alunos de violino do

Curso, e Geraldo também participou.

No repertório foi utilizado o método Suzuki Violin School, o qual o aluno já havia

feito iniciação e, portanto deixei que escolhesse a música que gostaria de estudar dentro do

método que tinha interrompido.

Para o estudo da técnica foram usados alguns exercícios de métodos de autores como

Simon Fischer, Carl Flesch e Eugéne Ysaÿe. O primeiro ressaltado aqui é o “Exercício

preparatório para escalas” número 1 do método de Eugène Ysaÿe que auxilia na percepção e

internalização do movimento do cotovelo esquerdo na mudança de corda do Violino. Nesse

exercício o aluno toca uma seqüência de notas que coincide ascendente e descendente com as

4 cordas do violino. Treina também a colocação dos 4 dedos - sendo exercitado apenas 1 dedo

pra cada nova seqüência - comparando sempre com a corda solta fazendo com que o aluno

escute os intervalos, respectivamente, de 2ª Maior, 3ª Maior, 4ª Justa e 5ª Justa ascendente e

descendente. Outro conteúdo abordado nesse exercício é a passagem do arco na mudança de

cordas. Com o uso de ligaduras o aluno treina a divisão do arco cronometrando quase que

milimetricamente a quantidade de arco que pode utilizar para executar a seqüência inteira.

Foi utilizado também o “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda

nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa), já descrito anteriormente. A

independência dos dedos é um dos conteúdos primordiais para a agilidade de movimentos da

mão esquerda, sem o qual o violinista não consegue fazer uma boa execução técnica e por

vezes o arco tende a responder mais lento ou mais rápido que esses movimentos havendo

assim o desencontro das duas mãos tornando a execução não nítida para o ouvinte. Sem o

19

domínio da técnica o violinista fica impossibilitado de fazer uma interpretação com mais

liberdade de expressão devido à preocupação com a técnica não dominada.

O terceiro exercício importante é o “Estudo do arco de passagens rápidas ou difíceis

sem dedilhar as notas na corda”. Esse exercício consiste em reproduzir o movimento do braço

direito correspondente ao trecho musical. Com isso o aluno lê as notas mentalmente e executa

o arco de determinado trecho observando o movimento do antebraço na mudança de corda, a

quantidade de arco, a região do arco, e se houver ligaduras, a divisão do arco também é

treinada.

Ainda um quarto tipo de estudo que é a “Execução da música contando os tempos do

compasso em voz alta”. Essa prática, além de exercitar o cérebro, ajuda a subdividir os

tempos do compasso e pensar onde cada nota se encaixa. Essa prática eu aprendi com o

professor Fábio Presgrave nas aulas de Música de Câmara da Graduação. Produziu resultados

satisfatórios tanto para mim como para alguns dos meus alunos. Na aplicação durante as

aulas, percebeu-se que é muito difícil para o aluno iniciante se concentrar em mais de um

acontecimento ao mesmo tempo, por exemplo, alguns alunos começavam a tocar e a contar o

compasso em voz alta e após algumas notas ou compassos, paravam de falar concentrando-se

apenas em tocar o trecho.

Outro estudo é o “Exercício de transferência de peso13” que consiste em “começar a

tocar partindo do Talão sem o 1º dedo no arco (Fig. a), após passar alguns centímetros da

região do arco onde o peso do talão é menor, colocar o primeiro dedo e tirar os outros 3 dedos

gradativamente, chegando à ponta só com o 1º dedo no arco (Fig. b), tentando manter o som

constante desde o início da execução14” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa).

Figura 6 13 Esse exercício é uma variação do exercício denominado originalmente como “Hand Balance”. 14 Do original “Start playing at the heel without the first finger (Fig. 10a). After a few centimeters put the first

finger down in its usual place on the stick. Continuing down-bow, take off the fourth finger, third finger and second finger in that order. Arrive at the point with only the first finger and thumb on the bow (Fig. 10b)

20

Há um exercício denominado originalmente como “Third Exercise” que consiste em

“desenvolver o movimento de deslizamento dos dedos - movimento horizontal15” (DOUNIS,

2005, p. 237, tradução nossa). O exercício é demonstrado através de uma partitura e as

direções para a prática orientam que o estudante deve pressionar os dedos deslizando sobre as

cordas com muita força. O deslizamento deve ser muito lento tentando conectar as notas do

exercício de forma mais suave possível. O arco deve ser uniformemente dividido em partes

iguais durante a execução.

Também foi utilizado com esse aluno, o “Exercício para afinação do 3º dedo por

comparação”. (ROLLAND, s.d. s/p. Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado), descrito

na turma anterior a esta, e a “Leitura da peça de trás para frente” aplicada ao estudo do

repertório.

A quarta turma do Módulo II era composta por apenas 1 aluna, Samara, que tinha

16 anos de idade. Ela iniciou seus estudos de Música no Curso Básico e era muito dedicada ao

estudo do instrumento. Também apresentava boa leitura de partitura. Estudou muito bem os

exercícios básicos e por isso tinha uma postura correta e um som limpo.

Houve 15 aulas no total, sendo que 2 dessas aulas foram usadas para a apreciação

musical: 1 aula para assistir ao masterclass do I Festival Internacional de Música de Câmara

da UFRN com a professora alemã Katrin Melcher, e mais 1 aula para assistir um ensaio da

OCEM.

No repertório foi utilizado o método Solos for Young Violinists de Barbara Barber. A

escolha da música sucedeu da seguinte forma: foi verificada a última música que a aluna

havia estudado e a partir daí sugeridas 3 músicas desse método para que ela mesma

escolhesse. Durante a aula, as 3 músicas foram tocadas por mim e ao final ela decidiu qual

delas gostaria de estudar no semestre.

Nos exercícios utilizados ganha destaque o “Exercício da Gangorra16” proposto pelo

método Basics de Simon Fischer, na página 3, que consiste em colocar o arco na posição

horizontal e em seguida empurrar o Talão para baixo usando apenas o dedo mínimo. Esse é

um exercício de fortalecimento do dedo mínimo direito e é denominado como “gangorra” por

causa do movimento que o arco faz com as suas extremidades, para baixo e para cima. As

figuras abaixo demonstram o exercício proposto no método:

15 Do original “For developing the sliding motion of the fingers - horizontal movement.” 16 Do original “Balancing with the fourth finger”(FISCHER, 1997, p.3)

21

Figura 7

Também foi utilizado o “Exercício de tensão das cordas17” do método Basics de

Simon Fischer, descrito na página 36, que consiste em colocar o arco na corda na região do

Talão e pressioná-lo puxando para baixo fazendo com que o arco deslize apenas 1 fração de

crina, “a fricção do arco empurra e puxa a corda de lado a lado [...] como um filme em câmera

lenta mostrando o menor movimento da crina do arco passando pela corda”18 demonstrado na

figura abaixo:

Figura 8 Outros exercícios já descritos detalhadamente em turmas anteriores foram o

“exercício preparatório para escalas” (YSAYE), o exercício de “desenhar um círculo com a

ponta do arco movendo apenas os dedos” (FISCHER, 1997, p. 5, tradução nossa), o

“Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa), o “Exercício

para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução

nossa), o “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6,

tradução nossa) e o “Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. (ROLLAND, s.d.

s/p. Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado). 17 Do original “String tension” 18 Do original “The friction of the bow pulls and pushes the string from side to side. A magnified, slow-motion

film of a bow stroke would show that during the down-bow the hair ‘catches’ the string and pulls it to the right.[…]”

22

A primeira turma do Módulo III era composta por 2 alunos, Beatriz e Dário, com

idades de 9 e 14 anos, respectivamente. Beatriz não tinha interesse em tocar violino, ela

iniciou o estudo porque, segundo ela, sua mãe lhe pediu que aprendesse um instrumento

pequeno, porém sua vontade era estudar Piano. Tentei conversar com sua mãe sobre isso,

entretanto nunca nos encontramos. Como a aluna gostava de ouvir o tema da 9ª sinfonia de

Beethoven, foi feito um arranjo simplificado do tema, e com isso ela se sentiu um pouco

motivada a continuar estudando Violino, porém acabou abandonando o curso no meio do

semestre.

Dário já tocava violino antes de entrar no Curso Básico. Nas aulas, tinha bastante

disposição e era muito interessado em aprender novas técnicas de execução.

Nessa turma foram dadas 12 aulas no total do semestre.

No repertório foi utilizado o método Maia Bang Violin Method para Beatriz e o

método Solos for Young Violinists para Dário.

Nessa turma foi utilizado o “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco19”

proposto pelo método Basics Studies for Violin de Carl Flesch, na página 9. Esse exercício

consiste em treinar o movimento vertical dos dedos, onde “três dos dedos devem ficar em

cima do intervalo representado por notas longas. O dedo ativo, no entanto, deve ser levantado

o mais alto possível, e deve realizar o movimento vertical mantendo o seu peso natural, sem

rigidez e com elasticidade. Todos os exercícios devem ser praticados muito lentamente, caso

contrário, perderá a sua finalidade20”. A figura abaixo demonstra 5 primeiras combinações

para o treinamento dos dedos:

Partitura 1 Dos outros exercícios utilizados apenas serão listados os nomes dos exercícios

porque já foram explicados em turmas anteriores. Foram aplicados alguns exercícios como o

19 Do original “Basic Studies for the left hand (without bow)” 20 Do original “Three of the fingers must remain upon the intervals represented by whole notes. The active finger,

however, should be raised as high as possible, and should fall upon the string with elastic surety, minus any possible stiffness and with no greater strength of pressure than its own weight and velocity of movement produces. All the exercises must be practiced very slowly, otherwise they will miss their intended purpose entirely.”

23

“Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa), o “Exercício

para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução

nossa), o “exercício preparatório para escalas” do método de Eugène Ysaÿe, a “Leitura da

peça de trás pra frente” e o exercício de “Execução da música contando os tempos do

compasso em voz alta”.

A segunda turma do Módulo III era composta por 3 alunos: Alan, Amanda e Lívia

com as idades de 11 anos. Alan já tocava violino desde os 3 anos de idade, o aluno

demonstrava ter altas habilidades e também mostrava-se bastante sossegado para tocar frente

a outras pessoas.

Amanda começou os estudos de música no Curso Básico da UFRN. A aluna

apresentava facilidade para memorização rápida, e aprendia novos conteúdos observando a

aula de outros alunos. Freqüentemente se interessava em fazer os exercícios motores

propostos para outros alunos. Quanto à técnica, demonstrava facilidade para segurar o arco e

flexibilidade de mãos não comum para alunos com o mesmo tempo de estudo que ela.

Lívia começou os estudos de música no Curso Básico da UFRN. Também

apresentava facilidade em memorização rápida de músicas e dedilhados, lia partituras e

solfejava mentalmente sempre antes de tocar uma nova música.

Tivemos 14 aulas no total, com ênfase em exercícios técnicos e repertório.

Para o repertório foram utilizados os métodos Solos for Young Violinists para Alan e

Lívia e o método Maia Bang Violin Method - Part I para Amanda.

Foram utilizados exercícios diferentes para cada aluno devido à necessidade técnica e

o preparo muscular dos mesmos. Para Alan foi utilizado o “Third Exercise” que consiste em

“desenvolver o movimento de deslizamento dos dedos - movimento horizontal21” (DOUNIS,

2005, p. 237, Tradução nossa), “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas

cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, Tradução nossa), e o “Exercício preparatório para escalas”

(YSAYE). Para Amanda foi utilizado o “Solfejo antes da execução instrumental”, primeiro

fizemos o solfejo rítmico, depois o melódico. Para Lívia foi utilizado o “exercício de tensão

das cordas” (FISCHER, 1997, p. 36, tradução nossa).

Nessa turma foi possível trabalhar mais o repertório junto com a técnica porque os

alunos estudavam em casa, então quando vinham para a aula conseguíamos fazer um pouco

de exercícios técnicos e aplicar na música que eles haviam escolhido.

Observando essas 6 turmas orientadas por mim, percebeu-se ao final do semestre que

a abordagem para cada faixa etária precisou ser diferente, não apenas pela idade mas também 21 Do original “For developing the sliding motion of the fingers - horizontal movement.”

24

pela personalidade e o modo de aprendizagem dos alunos. Os exercícios podem ter sido os

mesmos para algumas turmas, mas a aplicação e a ordem deles era diferente para cada aluno.

Também o tempo de aprendizado, a internalização do conteúdo e a percepção dos alunos

sobre os exercícios eram diferentes. Houve necessidade pessoal de recorrer a métodos

variados de ensino e foram experimentadas diversas formas de abordagem para observar qual

se encaixaria melhor em cada caso.

Ao final do semestre notei que poderia ter me organizado melhor quanto à

continuidade dos exercícios propostos para que houvesse internalização desses conteúdos por

parte dos alunos. Vale salientar que muitos dos exercícios que foram utilizados no primeiro

semestre de aulas foram fruto da minha prática como instrumentista e aluna de Violino do

professor Ronedilk Dantas. Foi preciso tomar conhecimento do embasamento teórico desses

exercícios depois de iniciar a prática docente no Curso Básico, já que comecei a ensinar para

outras pessoas que tinham essas mesmas dificuldades.

3.2 Segundo período 2010.1

Nesse semestre pude participar das entrevistas para seleção de alunos novos de

violino do Curso Básico. Nessa escolha também participaram a monitora de Violino Larissa

Paiva22 e o professor Renzo Torrecuso. As entrevistas foram gravadas em forma de áudio e

arquivadas para análise posterior em caso de dúvida na seleção dos candidatos. Com o intuito

de direcionar a entrevista, recebemos da coordenação do Curso uma ficha com algumas

perguntas a serem feitas para os candidatos, porém a decisão por quem ingressaria era

responsabilidade nossa. Utilizamos determinados critérios para a seleção, tais como idade e

interesse do aluno no instrumento, e solicitamos aos candidatos que já tinham a prática do

instrumento para que tocassem um trecho de livre escolha apenas para conhecimento do nível

técnico e a partir disso podermos dar continuidade ao aprendizado dos mesmos.

Durante o período de 8 de Março a 1 de Julho de 2010 foram ministradas aulas para

8 turmas de violino, sendo 5 turmas do Módulo I, 1 turma do Módulo III e 2 turmas do

Módulo IV (ver anexo IV). Destacarei aqui, por turma, apenas as aulas que foram utilizados

procedimentos metodológicos diferentes que geraram resultados.

A primeira turma do Módulo I era composta por 2 alunos, Cristiano e Davi.

Cristiano havia estudado violino antes, mas estava sem professor há mais ou menos 2 anos.

Tinha a idade de 11 anos. Davi tinha a idade de 12 anos e teve aulas de violino com o seu avô. 22 Estudante do Curso Técnico com habilitação em Violino e estudante da Graduação em Música - Licenciatura.

25

Tivemos 11 aulas no total do semestre com ênfase em exercícios técnicos, dessas 11

aulas, 1 foi realizada na sala de vídeo onde assistimos o DVD “Explorando o Mundo da

Música” do acervo da BPJD da Escola de Música. Em outra aula foi feita uma pequena

avaliação onde os alunos deveriam executar alguns exercícios aprendidos desde o início das

aulas. Verificou-se então que uma avaliação desse tipo poderia ser bastante construtiva, pois

os alunos se preocupam em lembrar como é feito cada exercício e sua função, além de estudá-

los com mais atenção em casa. A avaliação foi avisada 1 semana antes e foram revisados, com

eles durante a aula, os exercícios que seriam cobrados.

No repertório foi utilizado o método Suzuki Violin School para Davi e não foi

empregado repertório para Cristiano porque este precisava repassar a maneira correta de

segurar o arco e a posição do violino no ombro a cada aula, visto que passou muito tempo

sem estudar o instrumento. Como os alunos tinham níveis técnicos diferentes, a aula foi

dividida em 25 minutos para cada aluno.

Dos exercícios utilizados destacam-se o “Exercício para a forma da mão direita”

(FLESCH, S/D. p. 7, Tradução nossa), “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo

apenas os dedos” (FISCHER, 1997, p. 5, Tradução nossa), “Exercício para o treinamento dos

dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, Tradução nossa), “Exercício

para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, Tradução nossa), “Exercício da Gangorra”

(FISCHER, 1997, p.3, tradução nossa), e o “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco”

(FLESCH, S/D, p. 9, tradução nossa).

A segunda turma do Módulo I era formada por 2 alunos, Hélio e Talita que tinham

a idade de 24 e 16 anos, respectivamente. Hélio demonstrava interesse no aprendizado da

técnica instrumental e estava tendo seu primeiro contato com o Violino no Curso Básico,

porém já tinha conhecimento prévio de Guitarra Elétrica.

Talita havia iniciado seus estudos de Violino em outra instituição de ensino. Era um

problema possuir um Violino de tamanho ¾ porque o instrumento era pequeno para a sua

estatura. Foi avisada da necessidade de trocar por um modelo de tamanho 4/4, porém não teve

condições por motivos de força maior.

Tivemos 10 aulas nesse semestre.

Para Talita foi utilizado o repertório do método Suzuki Violin School, pois a aluna foi

iniciada por esse método na outra instituição de ensino. Para Hélio, não chegamos à escolha

de música porque desistiu do Curso no início do semestre devido às tarefas exigidas do Curso

de Graduação em Direito que cursava também na UFRN.

Quanto aos exercícios foram empregados: o de “Desenhar um círculo com a ponta do

26

arco movendo apenas os dedos” (FISCHER, 1997, p. 5, Tradução nossa), o “Estudo básico

para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, s.d. p. 9, tradução nossa), o “Exercício para o

treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, Tradução

nossa), o “Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. (ROLLAND, s.d. s/p.

Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado), o “Exercício para o treinamento dos dedos da

mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, Tradução nossa), mas esse exercício foi

adaptado colocando os 4 dedos juntos, sendo cada um em uma corda diferente; também foi

utilizado o “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, s.d. p. 9, 10 e 17,

tradução nossa).

Uma dessas aulas a aluna foi levada para a sala de vídeo da Biblioteca e assistimos

DVDs sobre a obra dos compositores Antonin Dvorák, Igor Stravinsky e George Bizet, pois a

mesma tinha curiosidade em ouvir a música deles.

A terceira turma do Módulo I era composta por 2 alunos, Guto e Severina. Guto

tinha a idade de 13 anos e mostrava-se bastante dedicado ao estudo do instrumento.

Apresentava facilidade de memorização e entendia, rapidamente, os exercícios, apenas

observando como se fazia.

Severina tinha a idade de 15 anos, havia iniciado seus estudos de Violino em outra

instituição de ensino.

Quanto ao número de aulas, tivemos 12, no total.

No repertório, utilizamos as músicas do método Suzuki Violin School e do método

Pré-Suzuki para o Brasil.

Nos exercícios de preparação técnica foram feitos o “Exercício para a forma da mão

direita” (FLESCH, S/D. p. 7, Tradução nossa), o “Exercício preparatório para escalas”

(YSAYE), o “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas”

(DOUNIS, 2005, p. 234, Tradução nossa) sendo que limitei os 4 dedos para uma mesma

corda; o “Exercício da Gangorra” (FISCHER, 1997, p.3, tradução nossa), o “Exercício de

tensão das cordas” (FISCHER, 1997, p. 36, tradução nossa), e o “Exercício de transferência

de peso” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa).

A quarta turma do Módulo I era composta por 2 alunas, Jéssica e Letícia, que eram

irmãs, sendo Jessica com a idade de 11 anos e Letícia com 9 anos. Iniciaram o estudo de

violino no Curso Básico da UFRN. Jessica havia passado pelo Curso de Musicalização

oferecido pela EMUFRN e já tinha tido aulas de clarinete antes.

27

Tivemos ao todo 11 aulas com exclusividade para os exercícios de preparação do

corpo para o instrumento porque as alunas demonstraram dificuldades para se adaptar à forma

de segurar o violino e o arco.

Não foi utilizado repertório porque as alunas não estavam preparadas fisicamente

para executar o instrumento.

Dos exercícios utilizados tivemos ênfase em flexibilidade e postura. Foi utilizado o

exercício de “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos”

(FISCHER, 1997, p. 5, Tradução nossa), também foram levadas para a sala de vídeo da

Biblioteca BPJD e assistimos o DVD “A construção dos instrumentos de corda e sopro”.

Nessa turma, com o intuito de ensinar as partes do instrumento, foi desenvolvido por

mim um jogo com essa aplicação: distribuí em pequenos papéis o nome de cada parte do

instrumento, depois dobrei os papéis e os coloquei num recipiente fechado, então as alunas

foram tirando os papéis um a um e lendo os nomes, a cada nova parte foi pedido que as

próprias alunas apontassem o que elas imaginavam que seria no instrumento, assim,

aprenderam os nomes de todas as partes do Violino de forma diferente.

Foi utilizado também o “Jogo da memória com figuras musicais e suas pausas” (ver

anexo VI) desenvolvido pela monitora de Violoncelo Ana Beatriz Cenci23. Também aproveitei

que estava com o meu computador pessoal em sala e apresentei o programa de partituras

“Encore” para as alunas. Ainda foi utilizado como recurso pedagógico, figuras demonstrativas

sobre postura corporal, para que as alunas pudessem observar outras pessoas, de várias

estaturas segurando o instrumento. Essa ferramenta foi utilizada porque percebeu-se que as

alunas ainda apresentavam dificuldade no entendimento da postura corporal.

A quinta turma do Módulo I era composta por 2 alunos, Suelen e Vagner. Suelen

tinha a idade de 13 anos, estava tendo seu primeiro contato com o instrumento no Curso

Básico da UFRN.

Vagner tinha a idade de 10 anos e também estava iniciando o estudo de Violino no

Curso Básico. Ambos apresentavam facilidade para aprender e memorizar. Tinham algum

conhecimento prévio de música devido à influência das suas famílias, que também eram

compostas por músicos.

Tivemos no total do semestre, 12 aulas. No repertório foi utilizado o método Maia

Bang Violin Method - Part I. Somente a primeira música, que era com cordas soltas.

Nos exercícios utilizados foi feito o “Exercício da Gangorra” (FISCHER, 1997, p.3,

tradução nossa), o exercício de “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas 23 Aluna do Curso de Bacharelado em Música com habilitação em Violoncelo.

28

os dedos” (FISCHER, 1997, p. 5, Tradução nossa), o “Exercício para a forma da mão direita”

(FLESCH, S/D. p. 7, Tradução nossa), o “Exercício para afinação do 3º dedo por

comparação”. (ROLLAND, s.d. s/p. Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado).

Foram realizados também exercícios de percepção rítmica utilizando o metrônomo

para regularizar o tempo, nesse exercício eu tocava no Violino algumas células rítmicas em

corda solta e os alunos repetiam a seqüência logo depois, no próximo pulso que o metrônomo

marcasse, com isso foram treinados ritmos diversos, além da direção e a região de arco dos

alunos. Foram realizadas atividades de relaxamento e respiração antes da execução

instrumental, isso ajudou a descontrair a turma e preparar a postura para o instrumento.

A turma do Módulo III era composta por 2 alunos, Geraldo e Marília, com as

idades de 14 e 12 anos, respectivamente. Os dois alunos já foram caracterizados no semestre

anterior.

Tivemos 11 aulas, no total do semestre. No repertório foi utilizado o método Suzuki

Violin School para Geraldo e não chegamos a escolher nenhuma música para Marília porque a

aluna desistiu do curso na 5ª aula.

Dos exercícios utilizados para Marília foram, até a 4ª aula, o “Solfejo antes da

execução instrumental” e o “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas

cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa) adaptado e escrito no caderno da aluna.

Para Geraldo foi utilizado o “Exercício para o treinamento dos dedos da mão

esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa). Em uma das aulas foi

apresentado 1 vídeo de um quarteto denominado MoCarta que utiliza músicas de várias

épocas e estilos fazendo arranjos diferentes para essas músicas, utilizando influentes

exteriores para a apresentação de forma criativa e lúdica, como o uso do teatro e da dança,

diferente de um quarteto de cordas convencional24. Também, em outra aula, vimos o DVD “A

arte do Violino25” (Nvc Arts, 2001, tradução nossa) que retrata a maneira como vários grandes

violinistas do século passado tocavam. O vídeo traz comentários de músicos como Hilary

Hann, Ida Haendel, Ithzak Perlman e outros. Também foi utilizado o “segundo exercício

fundamental para a independência absoluta dos dedos” (DOUNIS, 2005. p. 96, tradução

nossa), que é uma variação do primeiro exercício proposto pelo referido método. Foi utilizado

o exercício “A” denominado “O Ataque e o Acento26” do livro “The Staccato” Op.21 de

24 Entenda-se aqui como convencional um quarteto de cordas que execute o repertório sem a utilização de

influentes externos como gravações, e execute as obras em sua forma íntegra, ou seja, sem modificar o estilo, a duração, a tonalidade e a interpretação pretendida pelo compositor.

25 Do original “The Art of Violin” 26 Do original “The Attack and the Accent”

29

Demetrius Constantine Dounis.

A primeira turma do Módulo IV era composta por 2 alunos, Dário e Lívia. Esses 2

alunos também foram descritos no semestre anterior.

Tivemos, ao todo, 15 aulas nesse semestre.

No repertório foram utilizados os métodos Solos for Young Violinists e o Pré-Suzuki

para o Brasil.

Para os exercícios técnicos foi utilizado o “Exercício para a forma da mão direita”

(FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa), o “Exercício para o treinamento dos dedos da mão

esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa), também foi mostrado um

vídeo da violinista Midori tocando a peça “A última rosa de verão27” (Tradução nossa) de

Heinrich Wilhelm Ernst. Esse vídeo serviu para mostrar o resultado de uma técnica completa

onde os dedos já estão independentes, pois a violinista executa dedilhados extremamente

difíceis com limpeza e afinação. Ainda foi passado o vídeo-aula “Explorando o Mundo da

Música” do acervo da Biblioteca. Em uma das aulas foi sugerido aos alunos que observassem

o ensaio da OCEM e fizessem anotações sobre o ensaio para depois comentarmos na aula

seguinte, apenas a aluna Lívia cumpriu a tarefa. Foi utilizado o “Primeiro exercício

fundamental para a independência absoluta dos dedos” (DOUNIS, 2005, p. 93, tradução

nossa).

A segunda turma do Módulo IV era composta por 2 alunos, Alan e Amanda. Esses

alunos já foram caracterizados nas turmas do semestre anterior.

Tivemos, no total, 14 aulas.

Para o repertório foi utilizado o método Solos for Young Violinists, volume 3 para

Alan. E para Amanda o método Pré-Suzuki para o Brasil, o Maia Bang Violin Method e o

Suzuki Violin School.

Nos exercícios foi utilizado, para Alan, o “primeiro exercício fundamental para a

independência absoluta dos dedos28” (Tradução nossa) proposto pelo método The Dounis

Collection por Demetrius Constantine Dounis, em seu livro I, Op.15, na página 93, intitulado

The Absolute Independence os Three Fingers. Esse exercício consiste em treinar a

independência dos dedos da mão direita para que seja possível “mover rapidamente 1 dedo ou

um grupo de dedos de acordo com os impulsos da força de vontade, e sem qualquer

movimento de simpatia29 dos outros dedos” (DOUNIS, 2005, p. 89, Tradução nossa). 27 Do original “The Last Rose of Summer” 28 Do original “First Fundamental Exercise” 29 Do original “[…] to move freely a finger or a group of fingers according to the impulses of the will power, and

without any sympathetic movement of the other fingers […]”

30

Para Amanda foi utilizado o “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão”

(FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa).

Alan não tocou no recital do fim do semestre, apenas Amanda. Fizemos ensaio das

peças com o co-repetição de violoncelo, pela monitora Ana Beatriz, e violino, por mim.

Adaptei o arranjo que seria para piano e violino, já que não conseguir convidar pianistas nesse

semestre para co-repetição dos alunos.

3.3 Terceiro período 2010.2

O semestre teve início em 30 de Agosto e Término em 10 de Dezembro. Limitei

relatar as aulas até o dia 30 de Novembro, data que coincide com a apresentação dos alunos

no Shopping Midway Mall da cidade de Natal.

Nesse semestre, a coordenação do Curso Básico sugeriu a todos os cursos de cordas

que houvesse, por parte dos professores efetivos, um acompanhamento presencial nas aulas.

Especificamente, nas turmas de Violino, foram indicados os professores Camila Torres

Meirelles e Paulo Eduardo França. Dividimos as turmas de forma que os monitores pudessem

atuar como professores elaborando suas aulas e também observassem esses professores em

ação. Fiquei responsável por 3 turmas, 2 do Módulo II e 1 do Módulo IV. Ainda assisti às

aulas de mais 2 turmas, 1 do Módulo II e 1 do Módulo III, orientada pela professora Camila

Meirelles.

Para as minhas turmas, foram desenvolvidos por mim 2 questionários, um para os

adolescentes que foi entregue a 2 alunos, e outro questionário para todos, que foi entregue a

apenas 5 alunos. O primeiro questionário (ver anexo VI) tratou de questões relacionadas ao

gosto musical do aluno, serviu para fosse possível conhecer melhor o objetivo desses alunos

com relação ao estudo do instrumento e partir disso desenvolver as aulas deles, já que o curso

tem o caráter de iniciação musical. O segundo questionário (ver anexo VI) continha 5

perguntas a respeito de um ensaio de orquestra de câmara que os alunos foram direcionados a

assistir. Esse serviu para conhecermos o entendimento dos alunos sobre a prática de conjunto.

A primeira turma do Módulo II era composta por 2 alunas, Jéssica e Letícia. As

alunas já foram caracterizadas no semestre anterior.

Tivemos 10 aulas no total do semestre. Para o repertório foi utilizado o método

Suzuki Violin School e foi feito, por mim, um arranjo adaptado, em Lá Maior, da música do

folclore americano do compositor J. Pierpont, “Jingle Bells” traduzido para “Bate o Sino”

(ver anexo VI).

31

Nos exercícios utilizados, apliquei uma atividade que aprendi com a professora Ana

Cristina Tourinho30, em um mini-curso ministrado por ela na nossa Escola. Para ensinar a

postura do instrumento de forma lúdica, pedi para as alunas me colocarem na posição correta

segurando o violino e o arco, para isso, sentei numa cadeira para que as alunas me

“ensinassem” a segurar o instrumento, como se fosse a 1ª vez que eu estivesse o conhecendo.

As crianças gostaram da “brincadeira” e, de fato, elas sabiam como e por que a forma de

segurar o violino era importante. Denominei essa atividade como “Brincadeira do mestre”.

Fiz alguns exercícios de relaxamento físico no estilo de atividade para treinar a

concentração e resposta rápida31. Nesses exercícios de relaxamento, foram utilizados tanto

movimentos corporais rápidos, como levantar os 2 braços, como também movimentos

extremamente lentos que deveriam ser repetidos pelas alunas imediatamente, ou seja, em

movimentos espelhados. Quando percebia que as alunas estavam concentradas, começava a

aula de violino.

Para treinar o ritmo, fiz atividades com batimentos corporais (como palmas, batidas

de pés e mãos) de células rítmicas diversas. Para apreciação, foi realizada a mostra de vídeos

por meio do meu computador pessoal, que era utilizado nas minhas aulas. Como as alunas

eram crianças, selecionei vídeos como desenhos animados sobre música, crianças tocando, e

vídeos mais lúdicos porque notei que elas não se interessavam por vídeos de orquestra, solos

com pessoas adultas, quartetos de cordas.

As alunas não chegaram a tocar no recital realizado no Shopping Midway Mall

porque ainda não estavam preparadas tecnicamente e não pudemos aprender a música a

tempo, por causa de alguns desencontros de aulas.

A segunda turma do Módulo II era composta por 2 alunos, Suelen e Vagner, já

caracterizados anteriormente.

Até o dia 10 de Dezembro, tivemos 13 aulas no total. Suelen com 3 faltas e Vagner

com 1 falta.

Para o repertório foi utilizado o método Suzuki Violin School, o método Maia Bang

Violin Method e também usei o arranjo que fiz da música “Jingle Bells” de J. Pierpont.

Dos exercícios desenvolvidos fizemos uma atividade de “percepção de cordas soltas

com variações rítmicas” onde os alunos ficavam de costas para mim e eu tocava algumas

células rítmicas em cordas soltas para que eles percebessem o ritmo e a corda na qual foi

30 Professora da Escola de Música na Universidade Federal da Bahia e Coordenadora Pedagógica das “Oficinas

de Violão” da Escola de Música da UFBA. Mestre e Doutora em Música pela UFBa. 31 Essas atividades aprendi com a professora Amélia Dias, nas aulas do CIART onde estagiei durante 1 semestre.

32

executado o som e reproduzisse logo em seguida. Essa prática os ajudou na compreensão e

treinamento da percepção dos sons graves e agudos do violino. Para incentivar a

improvisação, pedi também que cada aluno sugerisse uma célula rítmica inventada por ele

mesmo e todos nós repetíamos em seguida. Essas repetições deveriam ser exatamente iguais,

observando a região do arco, o pulso e a corda em que estava sendo executados os ritmos.

Essa atividade me ajudou a identificar as regiões do arco de maior dificuldade para os alunos.

Como resultado, procurei desenvolver as demais aulas visando o treinamento dessas

dificuldades motoras.

Outro exercício utilizado foi também de treinamento da percepção com uso de áudio

e partituras. Para desenvolver essa atividade, selecionei, no meu planejamento pessoal, 3

partituras do método Suzuki Violin School vol.1 e separei o áudio de apenas 1 delas. Na aula

os alunos receberam as 3 partituras diferentes e eu coloquei para tocar o áudio já escolhido

por mim. Os alunos deveriam identificar, dentre as 3 partituras diferentes, qual estava sendo

tocada pelo áudio do notebook. Tive que repetir a música várias vezes até eles identificarem

algum trecho na partitura e depois comparar com o áudio. Essa atividade reforçou a prática da

leitura musical além de trabalhar a percepção rítmica e melódica dos alunos.

Outro Jogo de percepção e leitura foi “Montar uma partitura baseado no áudio dela”.

Dessa vez, escolhi apenas 1 partitura do método Suzuki Violin School vol.2, cortei-a em

partes, mais especificamente por pentagramas, e coloquei o áudio dela para os alunos ouvir e

ordenar a seqüência de pentagramas formando, ao final, a partitura completa. Foi necessário

passá-la por partes, como eu tinha conhecimento da música, parei a cada novo pentagrama e

repeti até que os alunos conseguissem montar a partitura.

Em uma aula, em que estavam presentes os 2 alunos, mostrei um vídeo do quarteto

de cordas denominado “Stringfever” que utiliza instrumentos elétricos. Nesse vídeo eles

fizeram um arranjo musical com os principais trechos melódicos de músicas de vários

períodos da história. O nome do vídeo, que foi retirado da internet, era “History of music”. Os

alunos me afirmaram que gostaram do vídeo por ser diferente do que eles conheciam e porque

conseguiram identificar algumas músicas do vídeo.

Também em uma das 13 aulas, levei a aluna Suelen, porque o outro aluno havia

faltado, para assistir ao masterclass realizado semanalmente pelo Ronedilk Dantas, chamado

de Laboratório de Violino, que coincidia com o horário de aula dessa turma. No laboratório

de violino os alunos de Violino, e outros alunos de cordas que queiram participar, do Curso

Técnico e do Bacharelado tocam suas peças para o professor e para os colegas que estiverem

presentes. Logo depois da execução de cada aluno, o professor e os outros alunos que formam

33

o público trocam comentários a respeito da performance ajudando, assim, a melhorar o

desenvolvimento musical desse instrumentista com base nas dificuldades encontradas. O

laboratório serve, inicialmente, para treinar a execução em público.

Foi utilizado uma das aulas para trabalhar a apreciação dos alunos. Escolhi 3 filmes

diferentes, do acervo da BPJD e levei para que os alunos decidissem qual gostariam de

assistir. Nessa votação participaram 3 alunos, Suelen, Vagner e Geraldo, e o filme escolhido

foi “O fantasma da ópera32” (tradução nossa). O resultado dessa experiência foi que os alunos

puderam conhecer outras manifestações artísticas demonstradas no filme, como a Ópera

encenada, a formação da orquestra no teatro onde os músicos se colocavam abaixo do palco, a

junção de Teatro, Dança e Música, etc.

Para o recital de fim de semestre a ser realizado no Shopping Midway Mall da cidade

de Natal, selecionei 3 músicas natalinas para que os alunos escolhessem 1 delas para tocar, e

eles escolheram a música “Jingle Bells” de J. Pierpont. Para o aprendizado da mesma, ensinei

primeiro o ritmo e depois as notas no violino. Os alunos decoraram por frases e depois

levaram a partitura para relembrar em casa33. Fizemos um ensaio com o acompanhamento do

piano e apenas Vagner tocou na apresentação feita no Shopping Midway Mall da cidade de

Natal.

A única turma do Módulo IV era composta por apenas 1 aluno, Geraldo. O aluno já

foi caracterizado anteriormente.

Tivemos 9 aulas, até o dia 10 de dezembro. O aluno faltou 4 aulas.

Para o repertório foi utilizado o método Suzuki Violin School e a música natalina

“Jingle Bells” de J. Pierpont.

Nos exercícios utilizados também mostrei para esse aluno o vídeo da violinista

Midori tocando a peça “A última rosa de verão” de Heinrich Wilhelm Ernst.

Em uma das aulas, o aluno assistiu alguns minutos do Laboratório de Violino do

prof. Ronedilk Dantas onde eu mesma toquei uma peça na Viola. Também passei alguns

vídeos tirados do site Violin Masterclass: Exercícios sobre arco “Detaché”.

Em outra aula, juntamente com mais 2 alunos, assistimos o filme em DVD “O

fantasma da ópera”.

O aluno também assistiu ao ensaio da Camerata “Il Musici” liderada pelo professor

Renzo Torrecuso e respondeu o questionário 2.

Para o recital de fim de semestre, fizemos um ensaio com o acompanhamento do

32 Do original “The Phantom of the Opera” 33 Essa prática também aprendi nas aulas de Flauta Doce do CIART ministradas pela monitora Camila Luna.

34

piano pela professora Camila.

Na observação das turmas dos módulos II e III orientadas pela professora

Camila Meirelles, destaco pontos importantes que aprendi e foi utilizado posteriormente nas

minhas turmas. Nas duas turmas a professora utilizou o método e a metodologia Suzuki para

as aulas devido à sua formação docente por esse método de ensino.

Na turma do Módulo II estavam matriculados 2 alunos, Gomes e Nilda, com idades

de 11 e 12 anos, respectivamente. Nilda era uma menina bastante dedicada ao estudo, o único

problema para ela é que seu instrumento era grande para a sua estatura, em comparação com

um adulto, seu Violino se tornava como uma Viola.

Até o dia 10 de Dezembro foram realizadas, aproximadamente, 8 aulas. Esse número

reduzido foi devido aos feriados do calendário Municipal, Estadual, e Brasileiro em que as

aulas das turmas na terça-feira, ficaram prejudicadas.

Pude observar 7 aulas, e foram utilizados exercícios baseados nas variações do tema

da primeira música do método Suzuki Violin School, “Twinkle, Twinkle, Little Star”. Nessa

turma, para a aluna Nilda, a professora utilizou inicialmente o método I Can Read Music,

porque a aluna já havia iniciado a leitura musical. Para Gomes, foi revisto a forma de segurar

o arco e o Violino. Também observei que não utilizaram partitura no início, os alunos

decoraram os ritmos por meio de nomes que lembram a célula rítmica.

Na turma do Módulo III estavam matriculadas 2 alunas, Fátima e Marília. Fátima

não foi minha aluna nos semestres anteriores, ela tinha a idade de 12 anos. Marília, como já

descrevi em turmas anteriores, havia desistido do curso, porém retornou nesse. Conversei com

sua mãe e ela justificou que Marília estava um pouco desmotivada com o Curso devido aos

desencontros causados por atividades da Escola de Música em que nós, monitores, tínhamos

que desmarcar a aula.

Até o dia 10 de Dezembro, essa turma teve, aproximadamente, 10 aulas. Não pude

acompanhar todas as aulas devido a um choque de horários com a Orquestra de Câmara onde

eu participei nesse semestre.

Os exercícios utilizados foram baseados nas variações do tema da primeira música

do método Suzuki Violin School, “Twinkle, Twinkle, Little Star”. Para ensinar a forma de

mão, a professora utilizou comparações dos dedos com situações do cotidiano. Para trabalhar

a flexibilidade dos dedos e pulso foram feitos exercícios com base na imitação. Durante a

execução das Variações as alunas deveriam prestar atenção à região do arco e à maneira

correta de segurá-lo. Para tanto, essas variações eram tocadas inicialmente na corda solta Lá,

com o tema sendo tocado pela professora no Violino. A ênfase dada nesses exercícios foi à

35

forma de mão e execução no Talão, que é a região de mais dificuldade técnica para o aluno

iniciante.

3.4 Métodos e procedimentos metodológicos

Os métodos escolhidos foram selecionados como resultado da minha vivência como

aluna de Violino no Curso Técnico da Escola de Música. Tomei conhecimento deles por meio

do meu professor de Violino, Ronedilk Dantas.

O Método Maia Bang Violin Method desenvolvido por Maia Bang é uma coleção de 7

livros denominados por Volumes que aborda a técnica de violino desde o início até o nível

avançado. Uma das vantagens desse método é a escrita de todas as músicas para dois violinos

e o acompanhamento do Piano, o que para mim é de extrema importância quando queremos

introduzir o estudo da música de câmara desde o início. A sugestão do método é de que o

professor toque junto com o aluno, facilitando assim o aprendizado no que diz respeito à

musicalidade e interpretação da obra. O fato de ter um referencial desde o começo faz com

que o aluno desenvolva uma prática consciente desviando-se de possíveis vícios adquiridos

por parâmetros equivocados.

Eu foi utilizado bastante esse método porque na estrutura em que o Curso Básico está

baseado me foi possível trabalhar nesse esquema. Com um, dois ou três alunos, pude utilizar

as músicas e montar pequenos duos, trios ou quartetos de violino. Esse método é amplamente

baseado em princípios de ensino do professor Leopold Auer. Proporciona exercícios técnicos

apoiados por trechos do repertório. Composto por Maia Bang (1877 – 1940), tem um estilo

de Técnicas de estudos, publicado no século XX.

O método Suzuki Violin School de Shinichi Suzuki é método de ensino para crianças

a partir dos 3 anos de idade. Sua filosofia baseia-se no método de educação da língua nativa,

aplicado à educação musical. Consiste numa coleção de músicas divididas por métodos que

vai do o livro 1 ao 12. Os livros são divididos por ordem crescente de dificuldade e

acompanham CDs contendo o áudio e o acompanhamento com o objetivo de incentivar o

aprendizado por memória auditiva. Além disso, a filosofia Suzuki propõe que haja o

acompanhamento dos pais às aulas de Violino em alunos iniciantes de idade até 7 anos.

O método Solos For Young Violinists de Barbara Barber é uma coleção de 6 livros

contendo músicas em ordem crescente de dificuldade técnica, e cada música tem a partitura

do Piano para co-repetição. Também acompanha um CD com todas as gravações de cada

música e o play-back da parte do acompanhamento pelo piano.

36

O método Basics de Simon Fischer é um livro de exercícios práticos para a técnica

de Violino tanto para o Arco quanto para a mão esquerda.

O método The Dounis Collection desenvolvido por Demetrius Constantine Dounis é

uma coleção de 11 livros de estudos diversos para a técnica de mão esquerda e arco. Esse

método foi baseado em estudos realizado pelo próprio autor que tinha conhecimentos dentro

da Medicina e utilizou-os para desenvolver técnicas e estudos para pessoas com dificuldades

técnicas devido ao atraso no estudo ou práticas equivocadas.

Nos procedimentos metodológicos das aulas procurei fazer com os alunos um

pouco da tarefa que é própria do instrumentista com relação ao estudo do instrumento, tais

como técnicas de arco, estudo de escalas e repertório para aplicação dessas técnicas. Nas

minhas buscas, não foram encontradas fontes alternativas atuais para a preparação da técnica

dos alunos e meu conhecimento quanto à didática para a transmissão dos conteúdos utilizando

tais métodos não era aprofundado, então eles foram utilizados sempre tendo o cuidado de

partir da necessidade técnica do aluno. Alguns alunos tinham conhecimento prévio do

instrumento, no entanto apresentavam dificuldades técnicas que precisavam ser trabalhadas e

posturas desconfortáveis que necessitavam ser corrigidas rapidamente para não prejudicá-los

fisicamente mais adiante. Para isso, adaptei alguns exercícios dos métodos para facilitar a

internalização dos movimentos. Os conteúdos dos métodos não foram repassados seguindo a

ordem proposta neles porque cada aluno apresentava dificuldades diferentes, em graus

diferentes, não sendo possível seguir à risca, como uma bula ou receita.

Além das aulas individuais, foram realizadas aulas extras com o intuito de servirem

como um laboratório de violino, uma tentativa de aproximar os alunos da realidade de se tocar

em público. Nessas aulas os alunos tocavam as peças que estavam estudando para os próprios

colegas de classe. Em algumas aulas, familiares que estavam pela escola esperando os alunos,

entraram na sala para assistir ao laboratório também. Como resultado dessas aulas extras nós

tivemos um recital mais seguro da parte dos alunos, porque, segundo relatos de alguns deles,

devido às práticas, se sentiram mais confortáveis para tocar em público.

Para auxiliar na prática de conjunto, foram convidados alguns pianistas, colegas de

Curso, para acompanhar meus alunos no recital de fim de semestre. O contato com o pianista

co-repetindo também ajudou muito tanto na parte da performance como na parte psicológica

dos alunos. Alguns deles me afirmaram “... me senti mais seguro tocando junto com o

acompanhamento.”

Já no segundo semestre de aulas tive a oportunidade de lecionar para turmas do

módulo I. Como era a primeira vez que eu estava recebendo alunos iniciantes, procurei fontes

37

bibliográficas que me auxiliassem tanto na iniciação musical desses alunos quanto na

iniciação instrumental. Para tanto foi utilizado, por exemplo, um jogo da memória com

figuras musicais com os alunos entre 9 e 13 anos que não tinham conhecimento prévio em

música, esse jogo reforçou a Teoria musical e foi uma maneira de descontrair as primeiras

aulas desses alunos. Também comecei a utilizar vídeos diversos de música, desenhos

animados, orquestras, quartetos, crianças tocando para despertar o interesse dos alunos pelo

próprio instrumento. Para isso, fiz uso do meu computador pessoal, pois já havia utilizado boa

parte do acervo da biblioteca em aulas anteriores com outras turmas e necessitava mostrar

outros vídeos que fossem relacionados com os assuntos estudados em sala. Os vídeos foram

uma forma lúdica de atrair a atenção e mostrar outras formas de se aprender e tocar violino.

Além disso, os vídeos extraídos do site denominado “Youtube” incentivaram os alunos à

pesquisa individual. Esse foi um recurso interessante porque o acesso a esse site possibilita a

visualização de vários vídeos sobre o mesmo assunto já que o próprio sistema aponta

automaticamente outros vídeos interligados. Com o meu computador pessoal em sala tinha à

mão todos os métodos, músicas, vídeos e programas que necessitasse mostrar aos alunos no

caso de surgir dúvidas ou pela própria curiosidade deles.

Criei também o “Jogo das partes do violino”, uma espécie de jogo de perguntas.

Escrevi num papel o nome de todas as partes do violino e do arco. Recortei cada palavra e

dobrei os papeis para brincar como um sorteio. Cada criança tirava um papelzinho e lia o

nome escrito. Como elas ainda não conheciam o instrumento pedi que apontassem o que

achavam que seria aquela parte descrita no papel, assim criamos um vínculo desses alunos

com o instrumento fazendo-os estudar cada parte e saber suas funções. O resultado foi rápido

e as crianças ficaram motivadas em saber que já possuía o conhecimento dos nomes de cada

parte no seu instrumento. Nas aulas posteriores relembrávamos os nomes no decorrer da aula

até a fixação, o que não demorou mais que 3 aulas.

Numa comparação dos 3 semestres pude perceber em que áreas da didática dei mais

ênfase em cada semestre e o que isso causou nos alunos:

No primeiro semestre abordei exercícios extremamente técnicos repassados de

forma rígida, como resultado percebi que os alunos não se interessavam nas aulas ou, quando

faziam os exercícios, era por obrigação, e não por prazer ou por consciência da necessidade

dele.

No segundo semestre usei tanto os exercícios técnicos quanto tentei desenvolver

uma aula mais dinâmica através da apreciação de obras e vídeos relacionados ao instrumento.

Mas, por imaturidade na docência, essa metodologia não foi bem direcionada no sentido de

38

dar continuidade aos conteúdos fazendo uma ligação entre eles, isso acabou prejudicando os

alunos no que diz respeito à compreensão e aplicação correta dos conteúdos.

No terceiro semestre procurei programar minhas aulas da melhor forma possível,

observando os erros cometidos nos semestres anteriores, já procurando uma solução para não

repeti-los. Por meio do planejamento semanal pude refletir sobre as dificuldades técnicas

encontradas nos alunos e a partir disso, procurar referenciais teóricos que ajudassem a

resolver a questão. Também foi utilizado nas aulas atividades de integração e musicalização

dos alunos, tais como solfejo, batidas rítmicas corporais, apreciação de vídeos ligados ao

conteúdo que estava sendo trabalhados, jogos, questionários, além de exercícios de

alongamento e concentração antes de começar a tocar. Como resultado, percebi que os alunos

responderam com mais rapidez aos exercícios propostos e se mostraram mais motivadas a vir

às aulas de violino. Em uma das aulas um aluno fez o seguinte comentário “[...] queria que a

aula de Violino durasse mais tempo porque 50 minutos não é suficiente e a gente só vem uma

vez por semana.”

3.5 Dificuldades Encontradas

Ao lecionar no Curso Básico durante um período de 3 semestres, detectei alguns

tipos de dificuldades nas áreas: pedagógica, administrativa, e de sala de aula. Essas

dificuldades foram percebidas a partir da vivência, ou seja, ao participar ativamente do Curso

como monitora. Deparei-me com esses obstáculos que dificultaram o bom andamento do

Curso na época e não pude agir sobre determinados quadros por estar ligados a outra série de

questões que envolviam o todo. Para solucionar esses problemas, seria preciso uma

intervenção geral, que partisse primeiramente do órgão que comanda o Curso e uma mudança

de estrutura.

Dificuldades de ordem pedagógica

Embora o Curso Básico seja visto como um laboratório onde os monitores têm a

oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo dos Cursos que a

Escola dispõe, e, de fato, é necessário que exista essa vivência para esses alunos, não é

recomendável que o monitor atue em sala de aula sem haver antes orientação por parte dos

professores efetivos. Tendo em vista que os alunos que ministram as aulas no Curso Básico,

estudantes dos Cursos Técnico e/ou Graduação, ao serem convidados ou submetidos à

seleção, muitas vezes não possuem experiência docente e necessitam de orientação no sentido

39

de conhecer mais de perto a bibliografia existente sobre o ensino de instrumento e os

processos atuais de ensino para que ele mesmo possa desenvolver suas aulas e tenha

ferramentas para trabalhar com seus alunos.

Atualmente, no Brasil, a literatura sobre a prática docente instrumental está em

crescente desenvolvimento e tive conhecimento, já no final do semestre 2010.2, de alguns

autores que discorrem sobre metodologia do ensino de instrumento e performance musical,

como Cecília Cavalieri França, Sonia Ray, Ana Cristina Tourinho, Fausto Borém, Patrícia

Furst Santiago, Regina Antunes Teixeira dos Santos, Liane Hentschke, entre outros. Muitos

desses materiais são encontrados em Congressos e Encontros Científicos realizados

periodicamente, mas percebi que, na Escola de Música da UFRN, tem sido dado incentivo aos

alunos, embora pouco, por parte dos professores de instrumento, a freqüentar esse tipo de

evento. Na minha visão de aluna e instrumentista, percebo que há mais entusiasmo à prática

em Festivais e Encontros que dão ênfase à prática instrumental. Embora os Festivais também

ofereçam mini cursos sobre o ensino de instrumento, a maioria dos alunos que freqüentam

esse tipo de evento estão mais interessados na prática instrumental para o preparo pessoal do

que na docência.

É importante tanto o preparo técnico quanto o embasamento teórico. Seria

interessante que todos os professores de instrumento e os alunos que querem seguir carreira

nessa área da Música, estivessem a par dessa gama de informações atuais, principalmente pelo

fato de que as experiências pessoais vividas muitas vezes ajudam a solucionar problemas

parecidos com aqueles das situações passadas, mas quanto aos novos problemas que

envolvem o discurso social, o perfil do aluno do século XXI e outra série de questões que vão

surgindo à medida que a sociedade muda, esses precisam ser analisados e debatidos para

encontrarmos novas soluções. A pesquisa empírica é um bom exemplo de trabalho que mostra

resultados que podem ser utilizados na sala de aula.

Contamos com a experiência do professor como grandes indicadores no aprendizado

dos monitores, no entanto também há a necessidade do conhecimento do discurso científico

atual acerca dos procedimentos metodológicos mais adequados ao aluno de instrumento do

século XXI.

Dificuldade de sala de aula

Em razão de o Curso Básico receber alunos de várias faixas etárias, a partir dos 10

anos, e não haver pré-requisito de nível instrumental para o ingresso, alguns candidatos que

entravam no Curso não chegavam a nível iniciante do instrumento, ou seja, muitos deles já

40

vinham de outras instituições de ensino especializado já tendo adquirido uma técnica própria

de execução. Senti dificuldades quando, numa turma, cursavam 2 ou 3 alunos de níveis

diferentes. Isso foi um desafio para mim porque não podia passar a mesma técnica para todos

já que alguns não estavam preparados para fazer. Também não podia limitar a aula a um só

tipo de técnica porque não seria proveitoso para todos os alunos.

A aula de instrumento é algo muito particular, as dificuldades que determinado aluno

apresenta podem não ser as mesmas do outro, e geralmente não são. Por isso que em muitas

aulas descritas anteriormente são encontrados relatos de aulas separadas, divididas ao meio

para que eu pudesse atender e trabalhar as dificuldades de cada aluno. Quanto aos níveis

técnicos, tive muitos alunos que se sentiam intimidados com os outros que já estavam num

nível mais à frente. Não é esperado de um aluno de nível iniciante que ele apresente

maturidade para entender que maior nível técnico pode ser atingido depois de muita prática.

Quando temos um grupo maior, de 10 pessoas, por exemplo, com conhecimentos variados,

essa troca pode ser muito prazerosa, mas no caso de uma turma com 2 alunos, esse indivíduo

que tem menos experiência pode chegar a se sentir inferior e isso acaba por inibir a expressão.

Mesmo que o professor não demonstre preferência ou privilegie um aluno mais que o outro, o

próprio aluno não se sente confortável.

Outra dificuldade que se encaixa nessa categoria é a falta de consciência dos pais

em orientar seus filhos a estudarem diariamente. Sabendo que o Curso é semanal, os pais têm

a responsabilidade de incentivar seus filhos à prática do instrumento durante a semana. Na

fase inicial do estudo de Violino, é muito importante a preparação corporal do indivíduo para

segurar o instrumento e dominar suas técnicas de execução e esse resultado só é possível por

meio do treinamento diário. O estudo em casa faz parte do processo de aprendizagem de um

instrumento, e os alunos precisam exercitar os conteúdos que são dados em cada aula para

que haja resultados e continuidade no aprendizado. Sem o apoio dos pais, muitas crianças

deixam de praticar e assim, acabávamos por receber na sala de aula, um aluno quase que no

mesmo nível técnico da semana anterior. Com esse quadro, fica inviável dar continuidade ao

treinamento da técnica de violino com esse aluno, já que um conteúdo está em detrimento de

outro.

Quanto à escolha de repertório e a seqüência de exercícios técnicos, tive dúvidas

para selecionar esse tipo de conteúdo para cada aluno, pois eles tinham limites diferentes,

ritmos de aprendizagem distintos, e eu não possuía tanta experiência de sala de aula para

dominar as técnicas de resolução de problemas rápidos. Às vezes não sabia a hora certa de

passar um novo exercício ou nova música, o quanto poderia cobrar daquele aluno sem que ele

41

se sentisse saturado.

Outra dificuldade de sala de aula está ligada à passagem de conteúdos técnicos.

Aconteceu que ao explicar um tipo de exercício, o aluno o entendeu de outra forma e

começou a fazer o movimento contrário ao que era correto. Esse tipo de obstáculo se deu

porque é difícil explicar em palavras algo prático, e muitas vezes, o aluno não percebe o

movimento apenas observando o professor tocar. Os termos utilizados também não são

familiares ao aluno e por isso temos que fazer comparações que, em alguns casos, essas

comparações se tornam quase abstratas.

Em sala de aula, recebi alguns alunos que apresentavam dificuldade de

concentração. Alguns deles passavam pouco tempo de pé e demoravam a se concentram no

estudo e outros tinham comportamento agitado. Pensei em atividades específicas para poder

trabalhar com essas crianças. Daí a necessidade de se ter apenas 1 aluno por aula, e não 3.

Sabemos que para o estudo de um instrumento é primordial o estudo da técnica, e para isso é

preciso que haja a repetição até que a memória muscular entenda os movimentos. Numa

turma com alunos agitados ou com falta de concentração, senti dificuldade em fazê-los

entender e repetir até a internalização do conteúdo. Atualmente, devido à rapidez com que as

informações veiculam temos cada vez mais alunos dessa natureza. Seria um estudo a se

pensar, uma nova técnica a se desenvolver.

Dificuldades de ordem administrativa

Quanto ao acompanhamento de instrumento harmônico, o Curso Básico não dispõe

de pianistas co-repetidores para os seus alunos. Isso dificultou o trabalho quando, nos recitais

de fim de semestre, queríamos mostrar o resultado do nosso trabalho, mas a maioria das

peças estudadas necessitava do acompanhamento de um piano. Quando entrei no Curso não

me foi cobrado que eu tivesse domínio de um instrumento harmônico, então imaginei que

teria co-repetição disponível para esse fim já que um dos requisitos do programa deixa claro

que devemos fazer um recital ao final do semestre. A solução que encontrei foi convidar

colegas pianistas de outros Cursos da Escola que tivessem a disposição de ensaiar com meus

alunos. Mas esse tipo de solução era incerto a cada semestre. O fato de tocar acompanhado é

uma vivência que deve estar presente nas aulas de instrumento desde o primeiro contato.

Quando era possível, eu mesma fazia um acompanhamento no próprio Violino para suprir

essa falta. Colocar o aluno para realizar um recital sem estar acompanhado se torna vazio,

além de não ser interessante para quem toca porque não vivencia a prática de conjunto.

Mesmo as aulas sendo em dupla ou trio não poderiam ser vistas como ensino

42

coletivo. Se assim fosse, teria que escolher um método de ensino coletivo e trabalhar com ele

durante o semestre. Mas para proceder dessa forma, outra aula deveria ser acrescentada, a de

ensino individual, para trabalhar as demais técnicas específicas do instrumento. O Curso não

oferece um laboratório para a prática de conjunto como orquestra ou grupo de câmara.

No semestre em que comecei a monitoria não tive acesso ao calendário da escola o

que me fez perder várias aulas por causa dos feriados e programações da escola. Por falta de

experiência também não programei o número de aulas nem o conteúdo a ser dado. Já nos

outros semestres recebemos o calendário e foi possível programar as aulas.

Outro problema foi quanto aos horários dos alunos. Sabendo que o Curso atende nos

três turnos, matutino, vespertino e noturno, muitas vezes nos eram repassados os horários dos

alunos distribuídos ao longo do dia e da semana, havendo um intervalo muito grande entre

uma aula e outra. Por vezes precisei permanecer na escola o dia inteiro para atender uma

turma pela manhã e outra pela tarde. Também tive alunos matriculados em horários onde a

própria Secretaria do Curso não estava em funcionamento, como o início da manhã, o início

da tarde e o fim da tarde. Isso dificultou bastante porque muitas vezes precisava utilizar os

serviços oferecidos pela Secretaria, como fazer ligações para os alunos ou tirar xérox de

algum material para a aula do dia, mas esta ainda nem havia começado seu expediente.

O Curso Básico, sendo um curso de extensão com duração de 2 anos e caráter de

iniciação musical, não dispõe de uma formação continuada para seus alunos, ou seja, existe

uma interrupção de aprendizado quando os alunos concluem o Curso necessitam procurar

outra instituição de ensino especializado para dar continuidade aos estudos de Teoria Musical

e de Instrumento. A estrutura do Curso também não oferece concordância entre a carga

horária oferecida e o nível prévio exigido para a passagem de um módulo a outro. Pude

observar cerca de 17 turmas diferentes e mais de 35 alunos durante esses 3 semestres, mas

mesmo assim, por mais dedicação que um aluno tivesse ao estudo do instrumento, ele não

atingia o nível previsto no Programa de Curso vigente. Os casos a parte que conseguiam

cumprir o programa eram casos onde o professor excedia sua carga horária para atender o

aluno em horário extra e também utilizava de outros meios para musicalizar aquele aluno

partindo do cotidiano do mesmo. Ou, em outras situações, os alunos cumpriam o programa

porque já ingressaram no Curso com conhecimento prévio do instrumento, ou seja, vinham

de outras instituições de ensino, já eram praticantes. Isso se dá porque a iniciação

instrumental do Violino é algo muito difícil e lento, requer mais que uma aula semanal de

técnica. Requer a prática diária, o acompanhamento de alguém que domine a técnica e não

permita ao aluno equivocar-se e desenvolver práticas erradas no instrumento.

43

4 Sugestões

Com base na experiência vivida nessa monitoria, refleti sobre as dificuldades

encontradas, incomodada, primeiramente, com a ligação entre o aprendizado dos alunos e a

finalidade do Curso Básico. Também observei que a minha inexperiência na prática docente

precisou de apoio durante todo o período da monitoria, aprendi com os erros e acertos na

busca pela melhor maneira de solucionar os problemas encontrados durante o caminho.

Precisei de um tempo para me acostumar com a prática docente e desenvolver aulas

direcionadas, com continuidade e coerência. Mesmo tendo orientação, de vez em quando,

com professores de instrumento, algumas dificuldades só foram superadas ao longo dos

semestres e com a prática em sala de aula. Hoje, depois de lecionar para 17 turmas diferentes,

consigo diagnosticar o problema mais rapidamente e pensar numa solução e explicar na

linguagem adequada ao aluno.

O Curso Básico, na minha visão, pode contribuir significativamente na formação de

novos professores de instrumento, já que possibilita aos alunos do Curso Técnico,

Licenciatura e Bacharelado a oportunidade de atuar diretamente no ensino dos seus

instrumentos por meio da monitoria. Seria muito construtivo para a Escola de Música que o

Curso Básico continuasse a propiciar essa vivência para os alunos que desejam ingressar na

área do ensino de instrumento. Constatei os problemas, experimentei idéias, colhi alguns

resultados, e a partir dessa experiência estou sugerindo algumas propostas com o intuito de

aperfeiçoar as idéias já existentes adaptando para a realidade atual. Isso pode ajudar a

aperfeiçoar o Curso tanto para os futuros monitores quanto para os novos alunos.

A primeira proposta que faço é a escolha de um núcleo de professores especializados

em ensino do instrumento. Segundo Scoggin (2003 p.27) “a disponibilidade de bons

professores - especializados em ensino básico - implicaria uma parcela de alunos mais bem

preparados.” Sugiro que haja um trabalho coletivo por parte dos professores e monitores no

sentido de haver reuniões com toda a equipe com periodicidade. Como já indica no regimento

atual que os monitores têm 4h para o planejamento pessoal, sugiro que dentro dessas horas,

seja realizado um encontro semanal de 1 hora/aula com esses professores orientadores para

discutir sobre as aulas, os métodos utilizados, as formas de avaliação, a finalidade dos

exercícios, as dificuldades encontradas, os resultados esperados, o resultado obtido, etc. Os

professores, nessas reuniões de orientação, teriam a tarefa de repassar informações sobre

como se dá o processo de ensino-aprendizagem do instrumento, tanto através das suas

próprias experiências como professores quanto pelo conhecimento sobre os diversos métodos

44

existentes e suas propostas pedagógicas. Isso ajudaria em grande parte aos monitores - que

estão em fase de aprendizado da docência - a conhecer outras formas de ensino, discutir suas

idéias, compartilhar experiências, trocar informações. Facilitaria também o andamento do

curso, já que os professores poderiam acompanhar mais de perto o que estaria sendo feito com

cada turma de Violino.

Embora a definição do objetivo do Curso Básico seja a de “[...] despertar as

potencializadas musicais através de atividades práticas e teóricas que integrem

conhecimentos básicos essenciais para ampliar as possibilidades de fazer, criar e apreciar

música” (Regimento atual em reformulação) percebi uma inclinação à parte do objetivo que

enfatiza as “[...] atividades práticas [...]”, sendo que a característica principal do curso,

segundo o novo regimento, é a iniciação musical. Alguns professores, e não me refiro só ao

Curso de Violino, têm interpretado o Curso como um laboratório para a formação de

instrumentistas e não como uma prática de musicalização.

Segundo Maura Penna (2008) a musicalização é vista como: [...] um processo educacional orientado que, visando promover uma

participação mais ampla na cultura socialmente produzida, efetua o desenvolvimento dos instrumentos de percepção, expressão e pensamento necessários à apreensão da linguagem musical, de modo que o indivíduo se torne capaz de apropriar-se criticamente das várias manifestações musicais disponíveis em seu ambiente - o que vale dizer: inserir-se em seu meio sociocultural de modo crítico e participante. Esse é o objetivo final da musicalização, na qual a música é o material para um processo educativo e formativo mais amplo, dirigido para o pleno desenvolvimento do indivíduo, como sujeito social. (PENNA, 2008, p. 47)

Em concordância com essa citação e fazendo a ligação com o objetivo do Curso

acredito que o ensino de instrumento deveria ser voltado para atividades integradas de ensino

de instrumento e musicalização dos alunos através de atividades de apreciação, criação,

percepção, laboratórios para a prática em conjunto, etc.

Tendo em vista os problemas encontrados durante a monitoria com relação à

quantidade de alunos por turma, sugiro que haja diminuição dessa quantidade fundamentada

nos problemas encontrados já descritos anteriormente. Quanto à carga horária, sugiro que

haja o aumento da mesma de 30h para 45h/aula no semestre, sendo assim distribuído:

15h/aula de Teoria Musical, 15h/aula de aula individual de instrumento e 15h/aula para aulas

coletivas.

Para a aula coletiva tenho algumas sugestões que poderiam ser analisadas caso seja

possível ao programa do Curso: as aulas coletivas poderiam servir de laboratório de

performance e preparação para o palco onde todos os alunos dos quatro níveis se

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encontrariam para praticar ou para fazer atividades de musicalização, podendo ser

distribuídas em aulas com ou sem instrumento. Nas aulas com instrumento os alunos

poderiam ser direcionados pelo professor à prática de conjunto com pequenos grupos ou até

mesmo uma orquestra de câmara. Já nas aulas sem instrumento, os professores poderiam

fazer atividades de musicalização dos alunos, como rítmicas, melódicas, atividades de

interação em grupo, apreciação de vídeos e discussão a cerca das diversas manifestações

musicais existentes. Essas aulas deveriam, logicamente, ser planejadas com antecedência,

juntamente com os monitores, antes do início do semestre, ou pelo menos, que fossem

planejadas semanalmente, ou quinzenalmente. É recomendável que o conteúdo das primeiras

aulas partisse do cotidiano no aluno e a partir daí seguissem numa linha coerente com a

finalidade do Curso, promovendo a esses alunos um leque de conhecimentos básicos sobre a

música e sua produção atual. Sugiro também a aplicação de questionário para o

conhecimento da turma, criando assim, um vínculo dos alunos com o Curso. Sugiro que haja

o convite para os pais dos alunos para que estes possam não só assistir, mas participar da aula

coletiva que foi sugerida anteriormente, sendo escolhido, por exemplo, um dia da semana,

uma vez por mês, para realização desse encontro coletivo. Dessa forma, a aula com os pais

seria direcionada à conscientização dos mesmos da necessidade de apoio e acompanhamento

dos seus filhos no aprendizado extra-escolar. Nessas aulas os professores e monitores teriam

a oportunidade de mostrar o trabalho que é feito com os alunos além de ser também uma

forma de os pais apreciarem música junto com seus filhos. Se o semestre, por exemplo,

dispõe de 15 aulas, no total, a cada mês poderiam ser realizada 1 aula coletiva de 1h, por

exemplo, com os pais dos alunos, podendo também ser escolhido um dia da semana e um

horário possível à todos os pais, ou a maioria deles, como por exemplo, num final de semana.

Esse tipo de prática incentiva à comunidade a valorizar o trabalho que é feito na Escola,

quando os pais se sentem participantes do processo de aprendizagem dos seus filhos, o

resultado é satisfatório tanto para os alunos, quanto para os pais, como também para os

professores e monitores e em conseqüência, a Escola.

Dentro do planejamento das aulas individuais, além dos aspectos técnicos do

instrumento, poderiam ser incorporadas aulas com vídeos onde o aluno pudesse ouvir,

apreciar, perceber, e conhecer outras formas de execução. Essa sugestão eu particularmente

apliquei durante os 3 semestres e percebi resultados significativos no desenvolvimento desses

alunos. As aulas com vídeos deveriam ser direcionadas pelo professor, cada exibição teria

uma finalidade específica, como por exemplo, um vídeo sobre a construção dos instrumentos

poderia ser ligado à questão da projeção do som. Os vídeos também poderiam dar ênfase à

46

percepção de conteúdos técnicos estudados nas aulas de instrumento, tais como a

performance, a postura, comportamento no palco, estilos musicais, etc. É muito importante

que seja oferecido aos alunos iniciantes ferramentas de aprendizagem diversas, para que ele

possa desenvolver-se musicalmente desde o início.

Quanto à seleção dos alunos, há muita discussão atual contra o estabelecimento de

testes avaliativos de percepção rítmica e melódica para ingresso nos cursos de instrumento.

Nos dias atuais não é correto afirmar que só pode aprender música ou um instrumento quem

já nasceu com talento, pelo contrário, como educadores musicais, lutamos para afirmar que o

estudo da música deve ser proporcionado a todos, independentemente do indivíduo

demonstrar habilidades prévias ou não, cabe ao professor descobrir as potencialidades do

aluno e trabalhar no desenvolvimento delas. Os critérios para a seleção poderiam se limitar

apenas à idade e o objetivo pessoal dele. Nas entrevistas o professor verificaria a preferência

do aluno por sons agudos ou graves, por exemplo. Essa é uma ferramenta que evitaria

eventuais problemas decorrentes dessa não avaliação do aluno, como: ajudar a diminuir a

evasão no curso e evitar que os pais dessas crianças e/ou adolescentes invistam no

instrumento que eles nem sabem se gosta. Digo isso com base nas entrevistas que realizei,

pois percebi que alguns alunos ainda não sabiam se queriam tocar Violino, e somente ao

longo do Curso, notavam que não era o instrumento que queriam estudar, tornando assim

uma frustração para ele mesmo e para os pais que já haviam comprado o instrumento. Em

alguns casos, os alunos abandonaram o curso ou, quando não tiveram escolha, cursaram

forçados pelos pais.

Sabemos que é fundamental o estudo da Teoria Musical, mas há muita reclamação

por parte de monitores de todos os instrumentos quanto à lentidão com que é passado o

conteúdo teórico. A minha sugestão é que haja interação dos monitores com o professor de

Teoria Musical, ou seja, o monitor se responsabilizaria em conversar com o professor de

teoria para saber que assunto está sendo trabalhado naquela semana e a partir disso, incluir

nas aulas de instrumento algo que reforce o que está sendo visto na Teoria. Se porventura o

monitor de instrumento necessite passar alguma atividade/exercício que inclui conteúdos

ainda não ensinados teoricamente, o monitor pode ministrar a aula de instrumento sem que

haja necessidade de explicar para o aluno teoricamente. A imitação, por exemplo, é uma

ferramenta de grande peso no início do estudo instrumental, se o aluno não entendeu a Teoria

ainda, deixe que ele apenas imite o professor, depois virá o conhecimento teórico, como na

linguagem.

Como o Curso Básico tem duração de 2 anos e tem caráter de iniciação musical,

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seria interessante desenvolver um novo projeto de extensão que desse continuidade à

formação dos alunos que queiram seguir como instrumentistas, por exemplo, a criação de um

Curso Básico 2, Curso Básico 3, assim denote a necessidade.

Para a avaliação do andamento do Curso, existe uma ferramenta de pesquisa

bastante utilizada atualmente que é a aplicação de questionários. Eles poderiam ser aplicados

no começo e no final do semestre. Além de avaliar o andamento do curso, conheceríamos o

perfil de aluno que estaria freqüentando. Poderiam ser desenvolvidas questões que

mostrassem a expectativa dos alunos sobre o Curso. Com base nesses dados quantitativos a

proposta pedagógica seria adaptada visando à qualidade de ensino oferecida. O questionário

pode ser dividido em 3 categorias: Avaliação do Curso, Avaliação das aulas de Teoria, e

Avaliação das aulas de Instrumento, por exemplo.

5 Considerações Finais

O Curso Básico, inserido num programa de extensão da Escola de Música da UFRN

foi para mim, durante 3 semestres, um laboratório de aprendizado onde pude colocar em

prática os conhecimentos adquiridos durante o Curso de Licenciatura em Música e refletir

sobre a prática. Além disso, a monitoria supriu a falta causada pelo próprio Curso de

licenciatura no que diz respeito à metodologia do ensino de instrumento visto que a disciplina

que aborda o tema em questão é voltada para a prática de outro instrumento de musicalização,

a flauta doce.

Foram ministradas aulas de Violino para 17 turmas e observados cerca de 40 alunos

com faixa etária entre 9 e 25 anos. As aulas aplicadas não visaram à formação do solista e/ou

profissional, mas partiram do interesse do aluno em concordância com o seu objetivo no

Curso. Durante e depois da aplicação, essas aulas foram analisadas destacando os resultados

obtidos por meio do uso de procedimentos metodológicos diversificados.

Durante essa jornada de estágio, foram encontradas barreiras que se tornaram

desafios a serem superados. Foram pensadas soluções práticas e viáveis ao curso que

proporcionassem o crescimento do mesmo. Algumas das idéias geradas foram aplicadas já no

período da monitoria.

Com base nos dados já observados o presente relato sugere que novas formas de

ensino sejam experimentadas no Curso Básico de Violino da escola de música da UFRN,

contando primeiramente com mudanças estruturais para que essas novas idéias sejam postas

em prática.

48

Referências

AQUINO, Sandra Cabral de - Em Busca de Violinistas Mais Completos: o processo de ensino/aprendizagem na transição do violino para a viola e o papel estratégico do estudo da viola para a formação de professores polivalentes na área de cordas. CCHLA – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – UFPB. VIII Conhecimento em Debate – 03 a 07 de novembro de 2008. BANG, Maia e Leopold Auer. Maia Bang Violin Method-Part I. Classical. Standard notation. Carl Fischer. BARBIER, René. A Pesquisa-ação. Brasília-DF: Consórcio Interuniversitário de educação continuada e a Distância – BRASILEAD, Universidade de Brasília, 1997. BASTIAN, Hans Günther. A pesquisa (empírica) na educação musical à luz do pragmatismo. Em Pauta, v. 11, n. 16 / 17, p. 75-106, 2000. BOHN, Débora Flemming. O ensino de violino voltado para deficientes visuais integrado o método Suzuki e a musicografia Braille. Monografia. Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. 2008. CHANTAL, Kênia Adriane Pinto. O Ensino de Violino no Estágio Pré-Operacional: Um Estudo Piloto Sobre o Desenvolvimento Técnico, com Considerações da Psicologia Cognitiva e do Desenvolvimento. Belo Horizonte. 2007. CRUVINEL, Flávia Maria. LEÃO, Eliane. O ensino coletivo na iniciação instrumental de cordas: uma experiência transformadora. Universidade Federal de Goiás, 2002. CRUVINEL, Flávia Maria. O Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais na Educação Básica: compromisso com a escola a partir de propostas significativas de Ensino Musical. VIII Encontro Regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Educação Musical, 1º Simpósio sobre o Ensino e a Aprendizagem da Música Popular e III Encontro Nacional de Ensino Coletivo de Instrumento Musical realizados em Brasília, no período de 21 a 23 de agosto de 2008. DOUNIS, Demetrius Constantine. The Dounis Collection. Carl Fischer. 2005. FIAMINGHI, L. H. O violino violado: o entremear das vozes esquecidas das rabecas e de “outros violinos”. Per Musi, Belo Horizonte, n.20, 2009, p.16-21. FISCHER, Simon. Basics. Peters Edition Ltd. 1997. FLESCH, Carl. Basics Studies for Violin. Carl Fischer. New York. s.d. FLESCH, Carl. Scale System for Violin by Carl Flesch. Carl Fischer. New York. s.d. FROST, Robert S. e Gerald E. Anderson. All for Strings - Book 1. Kjos Music Company: San Diego, Califórnia. 2008.

49

GALAMIAN, Ivan. Contemporary Violin Technique, Volume 1: Scale and Arpeggio Exercises with Bowing and Rhythm Patterns by Frederick Neumann and Ivan Galamian. s.d. GALAMIAN, Ivan. Principles of Violin Playing and Teaching. New York. Englewood Cliffs, 1962. Versão Traduzida para o idioma Português (Tradução desconhecida) GOMES, Carolina Chaves et al. Curso Básico em Música da UFRN: representação e percepção dos alunos sobre um curso de música. In: IX Encontro Regional da ABEM e II Forum Norte-Rio-Grandense de Educação Musical. 2010, Natal. KEMPTER, Suzan. How Muscles Learn: Teaching Violin With The Body In Mind. Alfred Publishing Co., Inc. 2003. KRUGER, Linda L., e PEIXOTO, Anamaria. Iniciando cordas através do folclore. Belém: Fundação Carlos Gomes, 1991. LAOUREUX, Nicolas. Metodo Practico de Violin. Libro II - 30 Estudios progresivos de la primera posición. Ricordi Americana: Buenos Aires. MARTIN, Joanne. I Can Read Music: A Note Reading Book for Violin Students. Suzuki Method International. 1999. PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino. Porto Alegre: Sulina. 2008. 230 p. ROLLAND, Paul. The teaching of action in string playing: Violin and viola. Tradução dos capítulos VII e VIII por Cecílica Mandes e Ricadro (sic) Amado. Sem publicação. s.d. SANTIAGO, Patrícia. A integração da prática deliberada e da prática informal no aprendizado da música instrumental. Per Musi, Belo Horizonte, n.13, 2006, p.52-62. SCHRADIECK, Henry. School Of Violin Technics - Book 1 For Violin. (Exercises for Promoting Dexterity). String Method. Studies and Technique. Violin solo book. 48 pages. G. Schirmer. s.d. SCOGGIN, Gláucia Borges. A pedagogia e a performance dos instrumentos de cordas no Brasil... Per Musi. Belo Hozironte, v.7, 2003. p. 25-36. SILVA, Tais Dantas da. O ensino coletivo de instrumentos de cordas friccionadas no Município de Salvador – BA. Universidade Federal da Bahia (UFBA). 2008. SUZUKI, Shinichi. Suzuki Violin School. Miami: Warner Bros. Publications Inc. Texto sem autor. A Página da Educação. Os ricos aprendem a tocar violino os outros a dar pancada num tambor. Sem data. THE ART of Violin. Direção: Bruno Monsaingeon. NVC Arts. 2001. DVD (113 min.), son., color., legendado. THE PHANTOM of the Opera. Direção: Joel Schumacher. Warner Home Video. 2005. DVD (143 minutos), son., color., legendado.

50

TORRES, Raquel Carmona. O diagnóstico na organização curricular da teoria musical do Curso Básico da Escola de Música da UFRN. In: VIII Encontro Regional Nordeste da Associação Brasileira de Educação Musical, 8, 2009, Mossoró. Anais...Mossoró/RN: ABEM, 2009, s/p. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. CONSELHO UNIVERSITÁRIO. Regimento da Escola de Música: Anexo da Resolução n. 69/82-COSUNI de 15 de julho de 1982. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO. Formulário de Cursos e Eventos: Curso Básico em Música da EMUFRN. Trabalho não publicado. Natal/RN: 2006. PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Minuta da revisão normativa da Extensão da UFRN. Texto online acessado em 14 de dezembro de 2010. Disponível em: http://www.proex.ufrn.br/categorias/detalhar/7 YING, Liu Man. O Ensino Coletivo Direcionado no Violino. Dissertação de Mestrado. SP. 2007. YSAŸE, Eugène. Método de preparação para escalas. (Tradução nossa) S/D.

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Anexo I

Programa do Curso Básico de Violino no modelo antigo, até 2010.1.

Unidade I Diretrizes pedagógicas: Aquisição de uma postura geral correta para a produção dos primeiros sons. Desenvolver no aluno habilidades e competências para usar o corpo corretamente ao tocar. Objetivos: Posicionar os pés; Alinhar costas e pélvis; Relaxar ombros; Posicionar músculos do pescoço evitando a torção do músculo trapézio; Posicionar o violino observando a anatomia, o material ergonômico (queixeira e espaleira), o tamanho do violino e os ângulos em relação ao corpo do aluno e o chão; Posicionar mão e braço direito visando o equilíbrio do arco; Posicionar mão e braço esquerdo de acordo com seu tamanho na altura correta para a primeira posição visando à forma do intervalo de oitava; Relaxar o cotovelo esquerdo. Técnica: Movimento básico do membro superior direito nº 1; Exercícios para manter o arco paralelo; Arcadas elementares com variações rítmicas básicas; Iniciação ao sistema de afinação por reverberação com exercícios de comparação da afinação do terceiro dedo e corda solta utilizando pizzicatto; Movimentos Básicos do membro superior direito nº 2 e 3; Posicionamento do 2º e 1º dedos. Repertório: Suzuki Violin School volume 1; R. Bruce Weber: Der Frolich Violion vol. 1; B. Barber: Solos for young violinists vol. 1. Bibliografia: Kempter S.: How muscles learn; Fischer S.: Basics; Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola; Ross B.: A guide for a exquisity entonation. Unidade II Diretrizes pedagógicas: Aquisição de técnicas básicas de leitura, técnicas básicas de estudo individual, aprimoramento da independência e dissociação muscular. Objetivos: Aumento de peso e rapidez à técnica de arco evitando tensão desnecessária; Aprendizado da articulação e independência dos dedos da mão esquerda; Percepção da afinação; Ampliação do repertório; Consciência corporal; Aprendizado dos símbolos básicos referentes à linguagem idiomática do violino.

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Técnica: Arcadas com arco inteiro; Colocação do quarto dedo tendo como referencial a corda solta mais grave; Movimentos básicos do membro superior direito nº 4 e 5; Escalas e arpejos em uma oitava nas tonalidades correspondentes as cordas solta; Exercícios de passagens de cordas; Exercício de fortalecimento da musculatura dos membros superiores. Repertório: Suzuki Violin School volume 2; R. Bruce Weber: Der Frolich Violion vol. 1; B. Barber: Solos for young violinists vol. 2. Bibliografia: Fischer S.: Basics. Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola. Ross B.: A guide for a exquisity entonation.

Unidade III Diretrizes pedagógicas: Aquisição de subsídios interpretativos e símbolos de dinâmica com sua utilização prática, desenvolvimento e ampliação do repertório, preparação para a performance no palco. Objetivos: Adquirir capacidade de leitura musical através dos símbolos da partitura principalmente aqueles referentes ao uso do arco; Ter a capacidade de reproduzir a partitura; Desenvolver noções básicas de expressão musical; Desenvolver técnicas e estratégias para a performance em público. Técnica: Movimento básico do membro superior direito nº 6 e revisão dos anteriores; Movimento do cotovelo esquerdo em escalas de duas oitavas; Exercícios preparatórios para mudança de posição com utilização do harmônico natural uma oitava acima da corda solta; Arpejos em 2 oitavas; Exercícios de respiração relacionados á expressão musical e relaxamento; Exercícios de iniciação ao vibrato; Golpes de arco básicos. Repertório: Suzuki Violin School volume 3; R. Bruce Weber: Der Frolich Violion vol. 2; B. Barber: Solos for young violinists vol. 3. Bibliografia: Kempter S.: How muscles learn; Fischer S.: Basics; Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola; Notas sobre o estudo das escalas maiores; Flesh C.: The Art of Violin.

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Unidade IV Diretrizes pedagógicas: Consolidação das competências e habilidades musicais utilizando a técnica e o repertório aprendido desenvolvendo naturalidade ao tocar. Objetivos: Identificar suas próprias necessidades através do som produzido desenvolvendo a capacidade de estudar sozinho. Técnica: Exercícios para desenvolver o controle do vibrato; Golpes de arco avançados; Tipos de mudança de posição; Escalas e arpejos em diversos tons; Exercícios progressivos em primeira posição; Estudos com mudanças de posições simples. Repertório: Suzuki Violin School volume 4 e 5; R. Bruce Weber: Der Frolich Violion vol. 3; B. Barber: Solos for young violinists vol. 4, 5. Bibliografia: Kempter S.: How muscles learn; Fischer S.: Basics; Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola, Notas sobre o estudo das escalas maiores; Ross B.: A guide for a exquisity entonation; Flesh C.: The Art of Violin; Sitt H.: 100 Estudos vol. 1 e 2.

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Anexo II

Programa do Curso Básico de Violino no novo modelo, a partir de 2010.2. Disciplina: Violino I Código: MUB Créditos: Professor Orientador: Ronedilk Cavalcante Dantas Período: 2010.2 01. Ementa: Aquisição de uma postura geral correta para a produção dos primeiros sons. Desenvolver no aluno habilidades e competências para usar o corpo corretamente ao tocar 02. Objetivos:

• Posicionar os pés; • Alinhar costas e pélvis; • Relaxar os ombros; • Posicionar músculos do pescoço evitando a torção do músculo trapézio; • Posicionar o violino observando a anatomia, o material ergonômico (queixeira e

espaleira), o tamanho do violino e os ângulos em relação ao corpo do aluno e o chão;

• Posicionar mão e braço direito visando o equilíbrio do arco na corda; • Posicionar mão e braço esquerdo de acordo com seu tamanho na altura correta para a

primeira posição visando a forma do intervalo de 8ª; • Relaxar o cotovelo esquerdo; • Aprendizado de símbolos referentes à linguagem idiomática do violino.

03. Conteúdo Programático: • O Violino e suas partes; • O arco e suas partes; • Como segurar o Violino corretamente; • Como segurar o arco corretamente; • As quatro cordas do violino: Mi, Lá, Ré, Sol; • Notas da corda Mi, Lá, Ré e Sol; • Escalas com sustenidos: Lá Maior, Ré Maior, Sol Maior. • Compassos: 4/4, 2/2, 2/4, 3/4.

04. Repertório • Suzuki Violin School volume 1; • R. Bruce Weber: Der Frolich Violion vol. 1; • B. Barber: Solos for young violinists vol. 1. • Maia Bang: Violin Method Part I – Elementary.

05. Procedimentos Didático-Metodológicos • Movimento básico do membro superior direito nº 1, 2 e 3; • Exercícios para manter o arco paralelo; • Exercícios para mudança de cordas; • Arcadas elementares nas quatro cordas com variações rítmicas básicas; • Iniciação ao sistema de afinação por reverberação com exercícios de comparação da

afinação do 3º dedo e corda solta utilizando pizzicatto; • Posicionamento do 2º e 1º dedos. • Audição de Músicas dos diversos períodos da história da música; • Mostra de Vídeos e reconhecimento de partituras relacionadas aos vídeos; • Ensaios com co-repetição: Instrumento harmônico ou melódico. Treinamento para

música de câmara. 06. Sistema de Avaliação:

Período de Avaliação Instrumentos de Avaliação Habilidades Esperadas

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8ª semana de aula Laboratório de Violino – os alunos tocam uma ou mais Peças e/ou Estudos para os outros violinistas das demais classes de violino. Ler as observações do Item 08.

Domínio técnico do que foi estudado em sala durante as primeiras aulas

15ª semana de aula Recital de Violino – alunos tocam para o público externo junto com um co-repetidor. Pode ser uma peça solo, duo, trio, quartetos ou grupos de câmara maiores.

Controle emocional e psicológico diante de um público; Aplicação das técnicas estudadas nas peças executadas.

Ao final das 15 aulas Avaliação contínua – atribuir uma nota geral observando o desempenho somando todas as aulas do aluno no semestre.

Cooperação da parte do aluno quanto às mudanças propostas para a sua técnica de violino. Pontualidade, Assiduidade, Participação.

07. Referências: • Kempter S.: How muscles learn; • Fischer S.: Basics; • Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola; • Ross B.: A guide for a exquisity entonation; • Maia Bang: Violin Method Parte I – Elementary; • Kruger, Linda e Peixoto, Anamaria: Iniciando Cordas Através do Folclore. Volume 1.

08. Observações: É importante que os professores e monitores estejam presentes na primeira avaliação dos alunos para decidir as principais medidas a serem tomadas nas demais aulas e dar orientações para a segunda avaliação que será no Recital de fim de semestre. O Curso Básico da UFRN dispõe de 15 aulas/semestre com 1 aula semanal de 50 minutos de duração.

Disciplina: Violino II Código: MUB Créditos: Professor Orientador: Ronedilk Cavalcante Dantas Período: 2010.2 01. Ementa: Aquisição de técnicas básicas de leitura e técnicas de estudo individual. Aprimoramento da independência. Consciência corporal para a compreensão das partes e uso do corpo na performance. Dissociação muscular. 02. Objetivos:

• Desenvolvimento da habilidade com o arco: Aumento de peso e rapidez à técnica de arco evitando tensão desnecessária; produção de um som limpo.

• Destreza da mão esquerda: Aprendizado da articulação e independência dos dedos da mão esquerda;

• Percepção da afinação; • Ampliação do repertório; • Consciência corporal; • Aprendizado de mais símbolos referentes à linguagem idiomática do violino.

03. Conteúdo Programático: • Escalas com Sustenidos: Sol Maior, Ré Maior, Lá maior; • Escalas com bemóis: Ré menor;

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• Compassos 4/4, 3/4, 2/2, 2/4; • Notas sincopadas e quiálteras.

04. Repertório • Suzuki Violin School volume 2; • R. Bruce Weber: Der Frolich Violon vol. 1; • B. Barber: Solos for young violinists vol. 2; • Maia Bang: Violin Method Part II – More Advanced Studies.

05. Procedimentos Didático-Metodológicos • Arcadas com arco inteiro; • Colocação do quarto dedo tendo como referencial a corda solta mais grave; • Movimentos básicos do membro superior direito nº 4 e 5; • Escalas e arpejos em uma oitava nas tonalidades correspondentes as cordas solta; • Exercícios de passagens de cordas; • Exercício de fortalecimento da musculatura dos membros superiores; • Audição de Músicas dos diversos períodos da história da música; • Mostra de Vídeos e reconhecimento de partituras relacionadas aos vídeos; • Ensaios com co-repetição: Instrumento harmônico ou melódico. Treinamento para

música de câmara. 06. Sistema de Avaliação:

Período de Avaliação Instrumentos de Avaliação Habilidades Esperadas 8ª semana de aula Laboratório de Violino – os

alunos tocam uma ou mais Peças e/ou Estudos para os outros violinistas das demais classes de violino. Ler as observações do Item 08.

Domínio técnico do que foi estudado em sala durante as primeiras aulas

15ª semana de aula Recital de Violino – alunos tocam para o público externo junto com um co-repetidor. Pode ser uma peça solo, duo, trio, quartetos ou grupos de câmara maiores.

Controle emocional e psicológico diante de um público; Aplicação das técnicas estudadas nas peças executadas.

Ao final das 15 aulas Avaliação contínua – atribuir uma nota geral observando o desempenho somando todas as aulas do aluno no semestre.

Cooperação da parte do aluno quanto às mudanças propostas para a sua técnica de violino. Pontualidade, Assiduidade, Participação.

07. Referências: • Kempter S.: How muscles learn; • Fischer S.: Basics; • Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola; • Ross B.: A guide for a exquisity entonation; • Sevcik, O.: School of Violin Technics Op.1, Book 1; • Maia Bang: Violin Method Parte II – More Advanced Studies.

08. Observações: É importante que os professores e monitores estejam presentes na primeira avaliação dos alunos para decidir as principais medidas a serem tomadas nas demais aulas e dar orientações para a segunda avaliação que será no Recital de fim de semestre. O Curso Básico da UFRN dispõe de 15 aulas/semestre com 1 aula semanal de 50 minutos de duração.

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Disciplina: Violino III Código: MUB Créditos: Professor Orientador: Ronedilk Cavalcante Dantas Período: 2010.2 01. Ementa: Aquisição de subsídios interpretativos e símbolos de dinâmica com sua utilização prática, desenvolvimento e ampliação do repertório, preparação para a performance no palco. 02. Objetivos:

• Adquirir capacidade de leitura musical através dos símbolos da partitura principalmente aqueles referentes ao uso do arco;

• Ter a capacidade de reproduzir a partitura; • Desenvolver noções básicas de expressão musical; • Desenvolver técnicas e estratégias para a performance em público.

03. Conteúdo Programático: • Escalas com até 4 bemóis e suas relativas: Fá Maior, Sib Maior, Mib Maior, Láb

Maior. • Exercícios para desenvolver a independência dos dedos • Compassos: 2/4, 4/4, 3/4, 3/8, 6/8.

04. Repertório • Suzuki Violin School volume 3; • R. Bruce Weber: Der Frolich Violion vol. 2; • B. Barber: Solos for young violinists vol. 3. • Maia Bang: Violin Method Part II – More Advanced Studies.

05. Procedimentos Didático-Metodológicos • Movimento básico do membro superior direito nº 6 e revisão dos anteriores; • Movimento do cotovelo esquerdo em escalas de duas oitavas; • Exercícios preparatórios para mudança de posição com utilização do harmônico

natural uma oitava acima da corda solta; • Arpejos em 2 oitavas; • Exercícios de respiração relacionados á expressão musical e relaxamento; • Exercícios de iniciação ao vibrato; • Golpes de arco básicos; • Audição de Músicas dos diversos períodos da história da música; • Mostra de Vídeos e reconhecimento de partituras relacionadas aos vídeos; • Ensaios com co-repetição: Instrumento harmônico ou melódico. Treinamento para

música de câmara. 06. Sistema de Avaliação:

Período de Avaliação Instrumentos de Avaliação Habilidades Esperadas 8ª semana de aula Laboratório de Violino – os

alunos tocam uma ou mais Peças e/ou Estudos para os outros violinistas das demais classes de violino. Ler as observações do Item 08.

Domínio técnico do que foi estudado em sala durante as primeiras aulas

15ª semana de aula Recital de Violino – alunos tocam para o público externo junto com um co-repetidor. Pode ser uma peça solo, duo, trio, quartetos ou grupos de câmara maiores.

Controle emocional e psicológico diante de um público; Aplicação das técnicas estudadas nas peças executadas.

Ao final das 15 aulas Avaliação contínua – atribuir Cooperação da parte do aluno

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uma nota geral observando o desempenho somando todas as aulas do aluno no semestre.

quanto às mudanças propostas para a sua técnica de violino. Pontualidade, Assiduidade, Participação.

07. Referências: • Kempter S.: How muscles learn; • Fischer S.: Basics; • Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola; Notas

sobre o estudo das escalas maiores; • Flesh C.: The Art of Violin; • Sevcik, O.: School of Violin Technics Op.1, Book 1; • Sevcik, O.: School of Bowing Techniques Op.2, Book 2; • Maia Bang: Violin Method Parte II – More Advanced Studies.

08. Observações: É importante que os professores e monitores estejam presentes na primeira avaliação dos alunos para decidir as principais medidas a serem tomadas nas demais aulas e dar orientações para a segunda avaliação que será no Recital de fim de semestre. Dar continuidade ao Maia Bang Violin Method - Part II para os alunos que o iniciaram no módulo II. O Método III de Maia Bang pode ser utilizado com os alunos mais avançados, se estes já tiverem estudado mudança de posição. O Curso Básico da UFRN dispõe de 15 aulas/semestre com 1 aula semanal de 50 minutos de duração.

Disciplina: Violino IV Código: MUB Créditos: Professor Orientador: Ronedilk Cavalcante Dantas Período: 2010.2 01. Ementa: Consolidação das competências e habilidades musicais utilizando a técnica e o repertório aprendido desenvolvendo naturalidade ao tocar. 02. Objetivos:

• Identificar suas próprias necessidades através do som produzido desenvolvendo a capacidade de estudar sozinho.

• Preparar o aluno para a atuação no palco, interação com o público e demais aspectos da performance musical.

03. Conteúdo Programático: • Performance: Como entrar no palco, Comunicação no palco, Como se dirigir ao

público, Desempenho no palco, Técnicas de Ensaio , Escolha do Repertório, O Palco/Cenário, Como se vestir, Postura Cênica;

• Posições: terceira posição, mudança de corda, mudança de posição da primeira à terceira (usando o mesmo dedo, usando vários dedos);

• Arco: Legatto, Detaché, Staccato, Spicatto, Martelé; • Vibrato; • Dinâmicas: crescendo, decrescendo, Forte, Meso-forte e Piano;

04. Repertório • Suzuki Violin School volume 4 e 5; • R. Bruce Weber: Der Frolich Violion vol. 3; • B. Barber: Solos for young violinists vol. 4, 5; • Maia Bang: Violin Method Parte III - 3rd and 2nd positions.

05. Procedimentos Didático-Metodológicos • Exercícios para desenvolver o controle do vibrato;

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• Golpes de arco avançados; • Exercícios rítmicos e divisão de arco; • Tipos de mudança de posição; • Escalas e arpejos em diversos tons; • Exercícios progressivos em primeira posição; • Estudos com mudanças de posições simples; • Audição de Músicas dos diversos períodos da história da música; • Mostra de Vídeos e reconhecimento de partituras relacionadas aos vídeos; • Ensaios com co-repetição: Instrumento harmônico ou melódico. Treinamento para

música de câmara. 06. Sistema de Avaliação:

Período de Avaliação Instrumentos de Avaliação Habilidades Esperadas 8ª semana de aula Laboratório de Violino – os

alunos tocam uma ou mais Peças e/ou Estudos para os outros violinistas das demais classes de violino. Ler as observações do Item 08.

Domínio técnico do que foi estudado em sala durante as primeiras aulas

15ª semana de aula Recital de Violino – alunos tocam para o público externo junto com um co-repetidor. Pode ser uma peça solo, duo, trio, quartetos ou grupos de câmara maiores.

Controle emocional e psicológico diante de um público; Aplicação das técnicas estudadas nas peças executadas.

Ao final das 15 aulas Avaliação contínua – atribuir uma nota geral observando o desempenho somando todas as aulas do aluno no semestre.

Cooperação da parte do aluno quanto às mudanças propostas para a sua técnica de violino. Pontualidade, Assiduidade, Participação.

07. Referências: • Kempter S.: How muscles learn; • Fischer S.: Basics; • Bosísio, P. Lavigne M.: Técnicas fundamentais de arco para violino e viola, Notas

sobre o estudo das escalas maiores; • Ross B.: A guide for a exquisity entonation; • Sitt H.: 100 Estudos vol. 1 e 2; • Flesh C.: The Art of Violin; • _______: Estudos Básicos para Violino; • Sevcik, O.: School of Violin Technics Op.1, Book 1; • Sevcik, O.: School of Bowing Technic Op.2, Book 1. • Sevcik, O.: School of Bowing Techniques Op.2, Book 2; • Maia Bang: Violin Method Parte III - 3rd and 2nd positions.

08. Observações: É importante que os professores e monitores estejam presentes na primeira avaliação dos alunos para decidir as principais medidas a serem tomadas nas demais aulas e dar orientações para a segunda avaliação que será no Recital de fim de semestre. O Curso Básico da UFRN dispõe de 15 aulas/semestre com 1 aula semanal de 50 minutos de duração.

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Anexo III

Relatório das aulas das minhas turmas de Violino do período 2009.2 Aulas Primeira turma do Módulo II - Marcílio e Evandra 1 Conversa sobre as aulas que eles tiveram com o outro monitor anterior a mim;

Revisão de alguns exercícios básicos de postura e execução do instrumento; Posição correta da mão e dedos esquerdos;

2 “Arco de 1 minuto” - exercício para o arco que é feito na corda solta partindo do talão à ponta onde o aluno, ao descer o arco pela corda, conta os tempos marcados pelo metrônomo até o fim da arcada. O metrônomo deve estar configurado para marcar 60 batidas por minuto, ou seja, 1 batida por segundo, como um relógio. A intenção é fazer com que o aluno chegue à ponta do arco ao final dos 60 segundos. O exercício é gradual e exige muita paciência e concentração. A média de segundos conseguida por esses alunos nessa aula foi de 30 a 40 segundos depois de três ou mais tentativas, tanto com arco partindo do Talão como da Ponta; “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa).

3 “Exercício de arco” - passar o arco na corda solta, lentamente, do talão à ponta; “Movimento básico nº 2” - Passar o arco em todas as cordas do Talão ao Meio, uma de cada vez, começando da mais aguda para a mais grave. A sugestão de começar da mais aguda é devido à facilidade do ângulo formado pelo braço direito na corda Mi. A corda Sol é a mais grave e a que exige mais esforço por permanecer mais alta que as outras cordas, a inclinação do braço é maior e mais desconfortável para um aluno iniciante; “Leitura das peças” - solfejamos as peças antes de tocá-la no violino, depois fazemos uma análise ou uma leitura mental imaginando onde seria cada nota no violino e quais dedos tocariam naquela peça, só depois partimos para a execução com o violino.

4 “Leitura das peças”; “Arco de 1 minuto”; Escala de Ré Maior e Lá Maior com uma oitava - utilizando figuras como Semibreves, Mínimas e Semínimas, respectivamente, para cada execução completa da escala, podendo ainda fazer uso de ligaduras de duas e quatro notas para a escala com Semínimas.

5 “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa); Execução de peças do método Solos for Young Violinists; Exercício “Arco de 1 minuto”.

6 Movimento básico nº 2; Execução das Peças já lidas; Exercícios de aquecimento e fortalecimento dos dedos da mão direita.

7 Leitura rítmica da peça; Arcadas elementares: para baixo e para cima - observando a direção do arco tentando mantê-lo paralelo ao cavalete do talão à ponta.

8 Masterclass com todos os alunos de violino do Curso Básico: cada um tocou a peça que estava estudando para os outros alunos; Exercícios de relaxamento e sonoridade em grupo no modelo de imitação, o professor faz e os alunos repetem.

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9 Escala de Ré Maior com ligadura de duas notas e utilizando o metrônomo em 60 batidas por segundo; Arpejos da escala de Ré Maior em uma oitava; Peça nº2 do método Solos for Young Violinists.

10 Escala de Ré Maior: ao executar a escala lentamente, o aluno deveria observar o movimento do braço, antebraço e mão do Talão até a Ponta. Golpe de Arco: Detaché, os alunos deveriam manter a mesma pressão do talão até a ponta.

11 Exercícios com o arco todo - observando o mecanismo do membro superior direito. 12 Evandra: Peça “French folk song” do método Solos for Young Violinists com

movimento correto da mão direita e braço e execução de arcadas elementares na ponta e no talão; Marcílio: estudo das arcadas da peça; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa); Leitura mental da peça - pedir que o aluno execute a peça mentalmente imaginando o movimento dos dedos e braços; Estudo do dedilhado - repetição de trechos de dificuldade motora.

13 Aula realizada na sala de vídeo da BPJD - Vídeo do acervo bibliotecário sobre a construção dos instrumentos de cordas e a projeção do som.

14 Ensaio das peças com o pianista - com instruções sobre a postura, comportamento no palco, ordem de apresentação, etc; Exercícios de arco - para direção correta do arco em relação ao cavalete e sonoridade; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa) limitado à uma corda.

Aulas Segunda turma do Módulo II - Dione e Marília 1 Dione - execução da última música que havia estudado do método Suzuki Violin

School; “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa); “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos” (FISCHER, 1997, p. 5, tradução nossa).

2 “Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. (ROLLAND, S/D, s/p. Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado); Exercício “Arco de 1 minuto”; Dione: Música “The Babbling Brook” do método Maia Bang Violin Method, p. 40; Marília: Música “The Ring” do método Maia Bang Violin Method, p. 41.

3 Aula expositiva – assistir ao ensaio da OCEM - Orquestra de Câmara da Escola de Música da UFRN formada por estudantes dos cursos Técnico, Bacharelado e Licenciatura.

4 Exercícios de arco - arcadas elementares observando a direção do arco. 5 “Movimento básico nº 1” - consiste em colocar o arco na corda Lá, na região do meio

e movimentar todo o braço para baixo e para cima até que o arco passe por todos os níveis das 4 cordas, sem tirar som do instrumento, apenas com o arco parado na corda. O movimento é para o aluno tomar conhecimento das distancias entre uma corda e outra. O exercício deve ser feito nas 3 regiões do arco, Talão, Meio e Ponta. “Movimento básico nº 2”; Exercício de fixação da posição da mão esquerda - observar a forma dos dedos, e o local do polegar esquerdo; Escala de Dó Maior;

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Passar o Arco do Talão à Ponta usando o movimento dos dedos direitos para amortecer a mudança de direção da arcada para baixo.

6 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa); Execução das Peças.

8 Masterclass com todos os alunos de violino. 9 Movimento básico nº 1 e 2;

Marília: música nº4 do método Solos for Young Violinists; “Leitura da peça de trás pra frente”

10 “Exercício de arco” - passar o arco na corda solta, lentamente, do talão à ponta observando o movimento do braço, antebraço e mão. Leitura da peça “Welsh Air” do método Solos for Young Violinists. “Colocação do polegar direito encostado à 1ª falange do dedo médio no arco” (FISCHER, 1997, p. 2, tradução nossa).

Aulas Terceira turma do Módulo II - Geraldo 1 “Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. (ROLLAND, S/D, s/p.

Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado); “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa); “Exercício preparatório para escalas” (YSAYE).

2 Exercícios de arco para aumento de peso e rapidez à técnica evitando a tensão desnecessária; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa).

3 “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa); “Third Exercise” que consiste em “desenvolver o movimento de deslizamento dos dedos - movimento horizontal” (DOUNIS, 2005, p. 237, tradução nossa); “Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. (ROLLAND, S/D, s/p. Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado); Repertório: “Concerto No. 5 - 1º Mov.” do método Suzuki Violin School vol. 4.

4 Estudo dos movimentos básicos nº 1, 2 e 3; Repertório: Leitura da peça de trás para frente.

5 Estudo do golpe de arco Legatto aplicado nas 4 cordas; Leitura da peça.

6 Masterclass com todos os alunos de violino. 7 Posição correta da mão direita segurando o arco;

Exercícios com o arco todo; “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa).

8 Exercício para manter o arco paralelo. Altura e movimento do membro superior direito no talão, meio e ponta na mudança de corda. Mão direita no arco: colocação mais natural para o dedo indicador; Movimento da mão e dedos no golpe de arco Detaché; Repertório: “Estudo do arco de passagens rápidas ou difíceis sem dedilhar as notas na corda”.

9 Estudo da passagem do arco na região da metade superior e inferior mantendo a pressão e a velocidade constante. “Colocação do polegar direito encostado à 1ª falange do dedo médio no arco”

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(FISCHER, 1997, p. 2, tradução nossa) - Isso permite ao aluno controlar melhor o movimento dos dedos da mão direita.

10 Estudo do “Movimento de pronação da mão direita” (FISCHER, 1997, p.16, tradução nossa).

11 Peça - “Concerto No. 5 - 1º Mov.” do método Suzuki Violin School vol. 4. 12 Semana da música – O aluno assistiu ao Masterclass do professor Ronedilk Dantas. 13 “Leitura da peça de trás pra frente”;

Ritmos diferentes para as passagens difíceis com uso do metrônomo; “Execução da música contando os tempos do compasso em voz alta”.

14 Estudo com metrônomo. Avaliação - levando em consideração a assiduidade do aluno e seu desenvolvimento no semestre.

Aulas Quarta turma do Módulo II - Samara 1 “Exercício preparatório para escalas” (YSAYE);

“Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa). 2 “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos” (FISCHER,

1997, p. 5, tradução nossa) “Arco de 1 minuto”; Peça “Giguetta” de J.S. Bach do método Solos for Young Violinists. Mudança de posição tendo como base o 1º dedo em todas as cordas.

3 Leitura da peça; Movimento básico nº1; “Exercício de arco” - passar o arco na corda solta, lentamente, do talão à ponta.

4 Leitura da peça; “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa); “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa).

5 I festival internacional de música de câmara - a aluna assistiu aos masterclasses da professora Katrin Melcher (ALE)

6 “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa); Peça.

7 Masterclass com os monitores: Larissa, Ana Beatriz, Jonathas e Silas. 8 Leitura do Estudo nº 2 do método 42 Studies or Capriches de Kreutzer;

“Exercício de tensão das cordas” (FISCHER, 1997, p. 36, tradução nossa); “Arco de 1 minuto”; “Exercício preparatório para escalas” (YSAYE) “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa).

9 Escala de Dó começando na 3º posição, 1º dedo na nota Dó da corda Sol; Estudo nº 2 do método 42 Studies or Capriches de Kreutzer com utilização de ritmos diferentes.

10 “Colocação do polegar direito encostado à 1ª falange do dedo médio no arco” (FISCHER, 1997, p. 2, tradução nossa); “Exercício da Gangorra” (FISCHER, 1997, p.3, tradução nossa); “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa).

11 Estudo de ritmos diferentes para passagens com 4 notas;

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Peça: “Giguetta” de J.S. Bach do método Solos for Young Violinists. 12 “Estudo nº 2” do método 42 Studies or Capriches de Kreutzer. 13 Assistir ao ensaio da OCEM. 14 Estudo da peça com metrônomo.

“Estudo nº 2” do método 42 Studies or Capriches de Kreutzer; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa).

15 “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa). “Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. (ROLLAND, S/D, s/p. Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado); Iniciação ao vibrato - exercícios de preparação da mão direita e flexibilidade das falanges com o violino na posição de um violão.

Aulas Primeira turma do Módulo III - Beatriz e Dário 1 Beatriz: exercícios preparatórios para sustentar o arco.

“Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, S/D, p. 9, tradução nossa); 2ª peça do Maia Bang Violin Method – “The babbling brook”.

2 Dário: “Exercício preparatório para escalas” (YSAYE); Música “Minuet” de J.S Bach, do método Suzuki Violin School vol.3; Método Solos For Young Violinists, música “Concertino in G major Op. 8, nº4” de Adolf Huber.

3 “Arco de 1 minuto”; “Exercício preparatório para escalas” (YSAYE); Leitura da peça.

4 Beatriz – exercício de fixação da posição da mão direita. Escala de Dó Maior Leitura da peça.

5 Arco Detaché; Leitura da peça; Beatriz: peça.

6 Arcadas elementares de arco inteiro com movimento de pronação da mão e movimento de flexibilidade dos dedos direitos. (FISCHER, 1997, p.2) Beatriz: peça.

7 “Leitura da peça de trás pra frente” Movimentos básicos nº1 e 2.

8 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa) 9 Avaliação com a monitora Larissa. 10 Técnicas para estudar passagens com cordas duplas;

“Leitura da peça de trás pra frente” 11 Arcadas elementares de arco inteiro com movimento de pronação da mão e

movimento de flexibilidade dos dedos direitos. (FISCHER, 1997, p.2). 12 Estudo com metrônomo;

“Execução da música contando os tempos do compasso em voz alta”.

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Aulas Segunda turma do Módulo III - Alan, Amanda, Lívia 1 Alan: exercício de arco mantendo a pressão constante do Talão à Ponta;

“Third Exercise” que consiste em “desenvolver o movimento de deslizamento dos dedos - movimento horizontal” (DOUNIS, 2005, p. 237, tradução nossa); Lívia: “Exercício de tensão das cordas” (FISCHER, 1997, p. 36, tradução nossa); “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa).

2 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa); Alan: Peça do método Solos for Young Violinists, p. 16 - “Theme and variations” Amanda: peça do Maia Bang Violin Method - “The squirrel”.

3 Lívia: música “Bohemian folk song – November.” Solos for Young Violinists; Alan: “Exercício preparatório para escalas” (YSAYE); “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa); Peça “Theme and variations” do método Solos for Young Violinists Amanda: peça “The squirrel” - solfejo melódico e rítmico. Posição da mão esquerda no violino.

4 Observação do ensaio da OCEM 5 Estudo das Peças;

“Movimento básico nº1” 6 “Movimentos básicos nº1 e 2”

“Exercício de arco” - passar o arco na corda solta, lentamente, do talão à ponta; Peças.

7 Peça nova para Lívia. Amanda: arco Detaché. Estudo do “Movimento de pronação da mão direita” (FISCHER, 1997, p.16, tradução nossa).

8 Master class com todos os alunos. 9 “Movimentos básicos nº1 e 2” 10 Arcadas com arco inteiro observando a forma da mão direita no Talão e na Ponta;

Alan: controle da velocidade do arco ao tocar. Amanda: usar mais arco e colocar mais peso da mão direita ao tocar. Exercícios para controle do peso do arco no início e no fim da peça.

11 “Exercício de arco” - passar o arco na corda solta, lentamente, do talão à ponta; Peças; Movimento da mão direita no arco Detaché.

12 Livia: músicas nº 1, 2, 3, 4 e 5 do método Solos for Young Violinists; Amanda: peça nº 2 do método Solos for Young Violinists; Alan: peça “Concertino in G” do método Solos for Young Violinists; “Movimento básico nº 3” - Passar o arco em todas as cordas, partindo do Meio até a Ponta do arco, uma corda de cada vez, começando da mais aguda para a mais grave. “Arco de 1 minuto”.

13 Todos: estudo das peças; Amanda: “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa).

14 Estudo e treinamento da execução em público. Arco Detaché.

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Anexo IV

Relatório das aulas das minhas turmas de Violino do período 2010.1

Aulas Primeira turma do Módulo I - Cristiano e Davi 1 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa)

primeiro com o lápis, depois com o arco. 2 “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos” (FISCHER,

1997, p. 5, tradução nossa). 3 Escalas com mudança de posição;

Escalas com forma fixa. 4 Exercício para mão esquerda visando a posição de oitava;

“Movimento básico nº1 e 2”; Exercício para manter o arco paralelo; Leitura do método Pré-Suzuki para o Brasil;

5 Revisão dos exercícios anteriores; “Movimento básico 3”; Preparação para o Laboratório de violino.

6 Davi: “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa); Exercícios para controle do vibrato.

7 Revisão para a 1ª avaliação – “Movimentos básicos nº1, 2 e 3 em todas as regiões do arco e em todas as cordas.

8 1ª avaliação – “Movimentos básicos nº1, 2 e 3 em todas as regiões do arco e em todas as cordas.

9 “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, S/D, p. 9, tradução nossa); “Exercício da Gangorra” (FISCHER, 1997, p.3, tradução nossa).

10 Sala de vídeo da BPJD - DVD “Explorando o mundo da música” 11 Cristiano – música “Waltz” do método Suzuki Violin School;

Davi – “Gavote 5” do método Suzuki Violin School: leitura dos símbolos da partitura.

Aulas Segunda turma do Módulo I - Hélio e Talita 1 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa) com o

lápis, ao invés do arco. 2 “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos” (FISCHER,

1997, p. 5, tradução nossa); Arcadas na região do Talão em todas as cordas;

3 Hélio desistiu do curso; “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, S/D, p. 9, tradução nossa); 3 posições do braço direito: formando um quadrado (meio), um triângulo maior (ponta) e um triângulo menor (talão).

4 Movimentos básicos nº 1, 2 e 3; Música “Minueto” de J.S. Bach do método Suzuki Violin School; “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, S/D, p. 9, tradução nossa);

5 Música “Minueto” de J.S. Bach do método Suzuki Violin School; “Movimento básico nº 1”

6 Sistema de afinação de oitavas por reverberação da corda solta;

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Música nº 17 do método Suzuki Violin School vol 1. 7 Música nº 17 do método Suzuki Violin School vol 1;

“Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, S/D, p. 9, tradução nossa); “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa) adaptado para a aluna: dedos juntos, cada um em uma corda diferente;

8 “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, S/D, p. 9, tradução nossa);

9 Sala de vídeo da BPJD - DVDs sobre A. Dvorák, Igor Stravinsky e George Bizet; 10 “Estudo básico para a mão esquerda - sem o arco” (FLESCH, S/D, p. 9, tradução

nossa);

Aulas Terceira turma do Módulo I - Guto e Severina 1 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa);

“Exercício preparatório para escalas” (YSAYE). 2 Escalas de uma oitava;

Forma arredondado dos dedos e da mão esquerda. 3 Leitura do método Pré-Suzuki para o Brasil;

Escala de Sol Maior com uma oitava. 4 “Movimentos básicos nº 1, 2 e 3” no Talão, Meio e Ponta, com metrônomo, em todas

as cordas; Severina - Música “Minueto” de J.S. Bach do método Suzuki Violin School; Guto - Música “Canção da Criança” do método Pré-Suzuki para o Brasil;

5 Revisão dos “Movimentos básicos nº 1, 2 e 3”; Preparação para o Laboratório de Violino; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa).

6 Severina – arco paralelo ao cavalete, na Ponta, com mais peso da mão direita; “Minueto 3” e “The Happy Farmer” do Suzuki Violin School vol 1. Guto: Música “Canção da Criança” do método Pré-Suzuki para o Brasil; “Exercício para promover a destreza em várias posições” (SCHRADIECK, p.2, tradução nossa); “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa) adaptado para os 4 dedos na mesma corda.

7 Severina: “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa); Música nº16 do método Suzuki Violin School vol.1; “Exercício da Gangorra” (FISCHER, 1997, p.3, tradução nossa); Guto: “Exercício para promover a destreza em várias posições” (SCHRADIECK, p.2, tradução nossa) usando todo o arco com ligaduras de 4 notas.

8 Severina: “Exercício de tensão das cordas” (FISCHER, 1997, p. 36, tradução nossa); “Exercício de transferência de peso / Balanço da Mão” (FISCHER, 1997, p. 6, tradução nossa); Guto: música nº 17 do método Suzuki Violin School vol.1; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa).

9 Severina: 1ª avaliação: movimentos básicos nº 1, 2 e 3. 10 Guto: 1ª avaliação: movimentos básicos nº 1, 2 e 3.

Severina: Movimento da mão direita sem estender os dedos no Talão, mantendo a

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mão relaxada. 11 Estudos nº 1 e 2 do Metodo Practico de Violin. Libro II - 30 Estudios progresivos de

la primera posición. de N. Laoureux. 12 Preparação para o palco: execução da peça completa refletindo sobre os erros e

melhoras.

Aulas Quarta turma do Módulo I - Jéssica e Letícia 1 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa) com o

lápis. 2 “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos” (FISCHER,

1997, p. 5, tradução nossa); “Exercício da Gangorra” (FISCHER, 1997, p.3, tradução nossa).

3 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa); Adaptação do violino ao corpo.

4 “Movimento básico nº 1” no meio do arco; Exercício de equilíbrio de arco no talão, meio e ponta sem tocar as demais cordas.

5 “Movimento básico nº 1”; Sala de vídeo da BPJD: DVD “Os instrumentos de corda e sopro”.

6 “Movimento básico nº 2” nas cordas Lá, Ré e Mi; Exercício para manter o arco paralelo ao cavalete; “Movimento básico nº 3”

7 Jogo das partes do violino; “Movimento básico nº 2 e 3”; Método Maia Bang Violin Method: exercícios nº1 e 2 na corda Lá e Mi.

8 Avaliação – “Movimentos básicos nº 1, 2 e 3” 9 Método A-B-C do Violino p. 10, exercícios nº 1 e 2. 10 Método Maia Bang Violin Method: corda Sol - Exercício nº 4 e exercício da p. 25

para combinação de todas as quatro cordas. 11 Jogo da memória com figuras e pausas (audição de músicas infantis durante o jogo);

Apresentação do programa Encore de partituras; Figuras demonstrativas sobre postura corporal.

Aulas Quinta turma do Módulo I - Suelen e Vagner 1 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa) com o

lápis; “Desenhar um círculo com a ponta do arco movendo apenas os dedos” (FISCHER, 1997, p. 5, tradução nossa); “Exercício da Gangorra” (FISCHER, 1997, p.3, tradução nossa).

2 Postura - adaptação do violino ao corpo; Exercícios com o arco e flexibilidade dos dedos.

3 “Movimento básico nº 1”; Exercícios de percepção rítmica tocados no violino (com metrônomo); Sala de vídeo da BPJD: DVD “Os instrumentos de corda e sopro”.

4 Rever exercícios anteriores; Exercícios de relaxamento; “Movimento básico nº 1 e 3”; Posição do braço direito: formando um quadrado (meio do arco); Exercícios com cordas soltas do método Maia Bang Violin Method contando os tempos do compasso;

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5 Suelen: “Movimento básico nº 1 e 2”; Arcadas elementares com variações rítmicas; Vagner: “Movimento básico nº 3”; Peça “Marching to school” do Maia Bang Violin Method; Preparação para o laboratório de violino;

6 Laboratório de violino com todos os alunos. Somente Vagner tocou, dessa turma. 7 Aula de reposição: Vagner: arcadas elementares com cordas soltas e ritmos diferentes. 8 Método Maia Bang Violin Method p. 26. 9 “Exercício para afinação do 3º dedo por comparação”. (ROLLAND, S/D, s/p.

Tradução de Cecília Mendes e Ricardo Amado). 10 Avaliação: “Movimento básico nº 1, 2 e 3”. 11 “Exercício preparatório para escalas” (YSAYE), usando só o 3º dedo. 12 Método All for Strings - exercício com Semibreves, Mínimas e Semínimas;

Jogo de percepção – 1, 2 e 3 dedos - eu toquei e os alunos imitaram as notas, sem ver. 13 Jogo da memória;

Mostra de alguns vídeos do site Youtube; Exercícios do método All for Strings.

Aulas Turma do Módulo III - Geraldo e Marília 1 “Exercício para promover a destreza em várias posições” (SCHRADIECK, p.2,

tradução nossa); Escala de posição fixa; Marília – exercício para fortalecer o 4º dedo da mão esquerda.

2 Marília: exercício de leitura e solfejo; Exercícios para mudar de corda e dedo; Geraldo: exercício preparatório para o Vibrato - tirar a tensão do polegar esquerdo.

3 Sala de vídeo da BPJD: DVD “A arte do Violino”, somente Geraldo assistiu. 4 Marília: “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas”

(DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa) simplificado e escrito no caderno da aluna; “Movimento básico nº 2” Geraldo: “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa); Arco – exercícios para manter paralelo;

5 Marília desistiu do curso; Aula de reposição dia para Geraldo: “Segundo exercício fundamental para a independência absoluta dos dedos” (DOUNIS, 2005, p. 96, tradução nossa); Posição e altura do braço direito no Talão, Meio e Ponta; Método Suzuki Violin School música nº12 “Minuet” de L. Bocherini.

6 Método Suzuki Violin School música nº12 “Minuet” de L. Bocherini. 7 Método Suzuki Violin School música nº12 “Minuet” de L. Bocherini.;

Exercício “The Attack and the Accent” (DOUNIS, 2005, p.251); Estudo nº 1 do Metodo Practico de Violin. Libro II - 30 Estudios progresivos de la primera posición. de N. Laoureux.

8 Exercício “The Attack and the Accent” (DOUNIS, 2005, p.251); “Movimento básico nº 1”.

9 Músicas nº 1 e 4 do método Suzuki Violin School vol 2; Mostra de vídeo no notebook: Grupo Mocarta e vídeo de fantoche “Mahna Mahna”.

10 Ensaio com acompanhamento de piano pela monitora Ana Beatriz. 11 Recital de fim de semestre.

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Aulas Primeira turma do Módulo IV - Dário e Lívia 1 “Exercício para a forma da mão direita” (FLESCH, S/D. p. 7, tradução nossa);

Escala de Sol Maior. 2 Lívia: exercício preparatório para vibrato; 3 “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS,

2005, p. 234, tradução nossa) 4 “Exercício para Legato - Tons Sustentados” (DOUNIS, 2005, p. 87, tradução nossa);

“Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa).

5 “Primeiro exercício fundamental para a independência absoluta dos dedos” (DOUNIS, 2005, p. 93, tradução nossa); Escolha de repertório para Dário: Método Solos For Young Violinists vol.1 “Theme and Variations”;

6 Dário: “Primeiro exercício fundamental para a independência absoluta dos dedos” (DOUNIS, 2005, p. 93, tradução nossa); Peça - baixar o cotovelo direito; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa) Sala de vídeo: violinista Midori interpretando a música “A última rosa de verão” de Ernest; Lívia: Exercício preparatório para vibrato; Exercício para manter o arco paralelo;

7 Dário: peça; Lívia: peças “Manquinha” e “Eu sou pobre” do método Pré-Suzuki para o Brasil; Revisão dos movimentos básicos;

8 “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa); Arcadas com o arco inteiro em todas as cordas;

9 Exercício preparatório para vibrato; Sala de vídeo: vídeo-aula “Explorando o Mundo da Música”

10 Dário: peça; “Primeiro exercício fundamental para a independência absoluta dos dedos” (DOUNIS, 2005, p. 93, tradução nossa); Lívia: Peça; Exercício para fortalecer o 4º dedo da mão esquerda: pressionar o polegar contra o 4º dedo da mão esquerda em intervalos curtos de tempo.

11 Lívia: observação do ensaio da OCEM: fazendo anotações no caderno sobre o ensaio. 12 Ensaio da peça com acompanhamento de violino por mim. 13 Preparação para o palco. 14 Ensaio geral com co-repetição; 15 Recital de conclusão.

Aulas Segunda turma do Módulo IV - Alan e Amanda 1 Alan - Escalas com mudança de posição; 2 3 posições do braço direito: formando um quadrado (meio), um triângulo maior

(ponta) e um triângulo menor (talão). 3 “Primeiro exercício fundamental para a independência absoluta dos dedos”

(DOUNIS, 2005, p. 93, tradução nossa). 4 “Primeiro exercício fundamental para a independência absoluta dos dedos”

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(DOUNIS, 2005, p. 93, tradução nossa); Escala do método Carl Flesh; Método Solos for Young Violinists vol.3; Lívia: escala de posição fixa, movimentos básicos e leitura do método Pré-Suzuki para o Brasil.

5 Preparação para o laboratório; Música nº9 do Suzuki Violin School vol.1;

6 Exercício para manter o arco paralelo ao cavalete; Escala de Sol Maior Música do Suzuki Violin School: perpetual motion. Alan – “The boy paganini” do método Solos for Young Violinists; “The independence of the bow from the left hand” (DOUNIS, 2005, p.277).

7 Alan: “Exercise for shifting from first to second finger” (DOUNIS, 2005, p. 30) Escala do método Carl Flesh: Lá maior (1º compasso); Peça. Amanda: peça do Maia Bang Violin Method; “Exercício para o treinamento dos dedos da mão esquerda nas cordas” (DOUNIS, 2005, p. 234, tradução nossa); Exercício preparatório para vibrato.

8 Exercício “The Attack and the Accent” (DOUNIS, 2005, p.251); 9 Amanda - Vídeo - “Explorando o Mundo da Música”;

Peça do Maia Bang Violin Method; Exercício “The Attack and the Accent” (DOUNIS, 2005, p.251); Exercício preparatório para vibrato.

10 Theme and Variations – Solos For Young Violinists vol.1; Duos do Maia Bang Violin Method

11 Aula preparatória para o recital: ensaio das peças com o co-repetição de violoncelo e violino.

12 Ensaio com co-repetição 13 Ensaio com co-repetição 14 Recital de conclusão - Só Amanda tocou.

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Anexo V

Relatório das aulas das minhas turmas de Violino do período 2010.2 Aulas Primeira turma do Módulo II - Jéssica e Letícia

1 Quem ministrou a primeira aula foi a monitora Dyana Paula e o professor Paulo França.

2 Como passar breu no arco; Segurar o arco corretamente; Brincadeira: pedir para as alunas colocar a professora na posição correta segurando o violino; Ritmo “todo mundo chão, céu”: as alunas tocaram na corda solta Lá e eu toquei a música completa. Exercícios para o dedo mínimo e pulso (sobe e desce com o arco na corda) Exercícios sem o violino: como o arco no ombro fazer o movimento do braço com o ritmo da música.

3 Exercício 1 do Método Maia Bang Violin Method, pag. 21 (para exercitar a direção do arco na corda); Colocação das fitas adesivas marcando o local dos dedos 1, 2 e 3 no violino; Exercício de fortalecimento da musculatura da mão esquerda: colocar os três dedos na corda Lá, cada um em cima da sua marca e apertar a corda lentamente e depois soltar. Como são as notas no violino (comparação com uma escada, cada colocação de dedo, subimos um degrau na escala, e quando tiramos, descemos) Pergunta de Joana: Existe um “degrau” entre o 1 e 2 dedo? Obs: próxima aula explicar onde sobre os semitons (dedos juntos)

4 Paulo - Escala de Ré Maior 5 Ritmo: todo mundo chão céu

Escala de ré maior Corrigir a forma de pegar no arco.

6 Dyana - Primeira parte de twinkle twinkle. Não dei essa aula porque estava fazendo a prova de estruturação musical para o curso técnico-viola.

7 PÃO - twinkle twinkle little star; Brincadeira do mestre: cada aluna ensina para a outra como segurar o violino e o arco; Exercício para fortalecer a musculatura da mão esquerda (coloca os três dedos na corda lá e aperta/solta); Exercícios com ritmo de todo mundo chão céu e vai poney; Comparação da colocação dos dedos com uma escada.

8 Afinação dos instrumentos com as alunas tocando as duas cordas Exercícios de relaxamento físico (siga o mestre: a prof. Faz os movimentos e as alunas repetem imediatamente para exercitar o reflexo com celular rítmicas diversas utilizando o corpo: palmas, batidas nos pés, pernas, tórax) Relembrar a primeira parte da música n.1 do Suzuki Violin School - fazer as alunas solfejarem a peça.

9 Faltaram. 10 Jéssica Faltou

Vídeo: Opera do Pernalonga. Discutimos sobre o que ela entendeu da história. Afinação: tocar as cordas de duas em duas e a professora afina pelo micro-afinador. Dois primeiros compassos de “Bate o Sino” em Lá Maior.

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11 A monitora Dyana ministrou essa aula.

Aulas Segunda turma do Módulo II - Suelen e Vagner 1 Apresentação do professor orientador dessa turma: Paulo França;

Revisão dos exercícios passados no semestre anterior; Atividade de percepção de células rítmicas em cordas soltas; Atividade de identificar, dentre 3 partituras diferentes, qual estava sendo tocada pelo áudio do notebook. Método Suzuki Violin School vol 1, música “Twinkle twinkle little star”, somente a 1ª variação até o compasso 4 da partitura. Entrega do “Questionário 1” para Suelen.

2 Método I Can Read Music, lição 1 de ritmo e afinação. Primeiro ler o ritmo, depois o nome das notas, por último toca no violino; Suzuki Violin School: continuação da música. Toquei o tema e os alunos tocaram só o ritmo da 1ª variação na corda Lá. Jogo de percepção e leitura: Montar a partitura “Bourré” baseado no áudio dela. Entrega de cópia do exercício 1 e 2 do método “I Can Read Music”

3 I Can Read Music – lição 1 e 2 (só o ritmo) Notas: La, Si, Do, Ré; Método Maia Bang Violin Method exercícios em cordas soltas sorteados; Método Suzuki Violin School: continuação da música, com partitura; Mostra do vídeo no notebook: “History of music” interpretado pelo quarteto de cordas “Stringfever”.

4 O professor Paulo França ministrou essa aula. Suelen faltou. 5 Método I Can Read Music – lição 2 de notas e ritmo - treinamento da digitação do 2º

e 3º dedo; Método Maia Bang Violin Method - Música “Marching to school” utilizando dinâmicas de execução Forte e Piano; Método Maia Bang Violin Method – p. 40: Leitura da música “The babbling brook”; Vagner faltou.

6 Método I Can Read Music – lição 2 de notas e ritmo; Mostra de vídeo no notebook: “History of music” interpretado pelo quarteto “Stringfever”. Exercícios de arco na região do Talão e da Ponta.

7 Método I Can Read Music lição 3 de notas e ritmo; Exercícios do método Maia Bang Violin Method - part I.

8 Suelen assistiu ao masterclass do prof. Ronedilk Dantas; Vagner faltou. 9 Sala de vídeo da BPJD: DVD “O fantasma da ópera” 10 Exercício com células rítmicas repetidas em grupo - cada aluno sugeriu células

rítmicas diferentes. 11 Leitura da música “Jingle Bells” de J Pierpont. Leitura do ritmo e das notas no

violino. Memorizaram a peça por meio da imitação, depois levaram a partitura para casa.

12 Ensaio da música “Jingle Bells” com acompanhamento do piano por mim. Suelen faltou.

13 Apresentação dos alunos de Violino no Shopping Midway Mall. Somente Vagner tocou.

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Aulas Turma do Módulo IV - Geraldo 1 Entrega do Questionário 1;

Conversa inicial - apresentação do professor orientador dessa turma: Paulo França; Escala de Sol Maior com variações de ritmo e ligaduras; Repertório - Método Suzuki Violin School vol. 2, músicas número 1 e 4; Mostra de vídeo no notebook: música “A última rosa de verão” de Ernest, interpretada pela violinista Midori.

2 Assistiu alguns minutos do Laboratório de Violino do prof. Ronedilk Dantas onde eu mesma toquei uma peça na Viola; Escala de Sol Maior - com semibreves, mínimas e semínimas; Método School of Violin Technic Op.1, Book 1 de Otackar Sevcik - exercício de número 11, p. 15;

3 Faltou 4 Faltou 5 Faltou 6 Método Maia Bang Violin Method - Part I, p. 93: exercícios de arco tocados na

região da ponta do arco, mantendo o som forte e a direção do arco paralelo ao cavalete; Mostra de vídeos tirados do site Violin Masterclass: Exercícios sobre arco “Detaché”.

7 Faltou 8 Leitura da música “Humoresque” do método Suzuki Violin School. 9 Sala de Vídeo: DVD “O fantasma da ópera”. 10 Assistiu ao ensaio da Camerata “Il Musici” liderada pelo professor Renzo Torrecuso

e respondeu o questionário 2. 11 Música “Long Long Ago” do método Suzuki Violin School vol.1 e Leitura da música

“Jingle Bells” de J. Pierpoint junto com os alunos Suelen e Vagner. 12 Ensaio das músicas com o acompanhamento do piano pela professora Camila

Meirelles para a apresentação no Shopping Midway Mall. 13 Apresentação dos alunos de Violino no Shopping Midway Mall.

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Anexo VI

Jogo da Memória com figuras musicais - O tamanho da imagem é apenas ilustrativo.

Jogo das partes do Violino

Voluta

Espelho

Queixeira

Tampo

Botão

Arco

Ouvidos / Efes

Micro-afinadores

Cravelhas

Cordas

Cavalete

Ouvidos/Efes

Estandarte

Breu

Espaleira

Fusa

Semifusa

+ - =

Breve

Semibreve

Mínima

Semínima

Colcheia

Semicolcheia

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Questionário 1 Enquete sobre as aulas de Violino

Aluno: __________________________________________________________________________ Idade: _______ Tempo de estudo do instrumento: _______________ 1. O que eu mais gosto de ouvir ______________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 2. O que eu não gosto de ouvir _______________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3. Uma música que eu gostaria de aprender_____________________________________________ ________________________________________________________________________________ 4. Uma música que eu gosto de tocar _________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 5. Um filme musical que eu gosto ou gostaria de assistir __________________________________ ________________________________________________________________________________ 6. O que eu ainda quero aprender na música ____________________________________________ ________________________________________________________________________________ 7. Em quais dessas categorias você tem vontade de tocar (enumere por ordem de preferência): a) Orquestra ( ) b) Quarteto ou Quinteto de Cordas ( ) c) Duo ( ). Especifique o instrumento: __________________ d) Solo ( ) e) Outras: _______________________________________________________________________ 8. O que eu gostaria que fosse acrescentado às aulas de violino: a) audição de músicas ( ) especifique: _______________________________________ b) vídeos ( ) especifique: __________________________________________ c) jogos ( ) d) masterclasss ( ) e) outras sugestões: ________________________________________________________________ 9. Você tem disponibilidade para aulas extras? Se sim, quais dias na semana e que horário? _______ ________________________________________________________________________________ 10. Como você prefere suas aulas? a) individual ( ) b) em dupla ( ) c) uma individual e uma em grupo ( ) d) outra forma: ___________________________________________________________________

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Questionário 2

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Partitura da música “Jingle Bells” de J. Pierpont arranjada por mim.

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Programas de recitais das minhas turmas - lista de nomes e peças dos alunos para quem

eu ministrei aulas, no entanto nesses recitais tocaram mais alunos de Violino das demais

turmas orientadas pela outra monitora.

Primeiro recital no período de 2009.2

Marcílio Bárbara Barber ------------------------------------------------ English Folk Song Piano: Fernanda Oliveira

Evandra Bárbara Barber ------------------------------------------------- French Folk Song Piano: Fernanda Oliveira

Lívia Bárbara Barber ------------------- French Folk Song - Playing Ball on the Stair Bárbara Barber ---------English Folk Song - The Old Woman and the Peddles Bárbara Barber ------------------------------- Bohemian Folk Song - November Arr.: Alan Bárbara Barber ----------------------------- Welsh Air – All Through the Night Bárbara Barber ------------------------------- French Folk Song – Good Pierrot Piano: Fernanda Oliveira

Samara J.S.Bach ----------------------------------------------------------------- Giguetta Piano: Edson Rufino

Dário Adolf Huber -------------------------------- Concertino in G Major, Op.8, No.4 Piano: Edson Rufino

Alan Guido Papini --------------------------------------------- Theme and Variations Adolf Huber -------------------------------- Concertino in G Major, Op.8, No.4 Piano: Edson Rufino

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Segundo recital no período de 2010.1

Violino 4 Geraldo

G. F. Haendel -------------------------------- Chorus from “Judas Maccabaeus T.H.Bayly ------------------------------------------------------ Long, Long, Ago Piano: Ana Beatriz Cenci

Lívia Bárbara Barber ----------------------------------- Bohemian Folk Song - Winter Co-repetição com Violino: Maria Isabel B. Petronilo

Amanda Maia Bang ---------------------------------------- A Norwegian Valdres Dance Shinichi Suzuki ----------------------------------- Perpetual Motion in A Major Co-repetição com Violino: Maria Isabel B. Petronilo

Dário e Amanda Guido Papini --------------------------------------------- Theme and Variations Co-repetição com Violinos: Maria Isabel B. Petronilo Dyana Paula

Terceiro recital no período de 2010.2

Gomes Shinichi Suzuki ------------------------ Twinkle, Twinkle, Little Star (Variations)

Fátima Shinichi Suzuki ------------------------ Twinkle, Twinkle, Little Star (Variations)

Geraldo T.H. Bayly --------------------------------------------------------------- Long, Long Ago

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Geraldo Vagner Isabel Brasiliano* Dyana Paula*

J.Pierpont ----------------------------------------- Jingle Bells (Folclore Americano) * Monitoras do Curso Básico Piano: Camila Meirelles