Post on 10-Nov-2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA
MAURÍCIO SILVA ROSA
DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE RECEBENDO RAÇÕES COM DIFERENTES NÍVEIS DE CREATINA
CUIABA 2015
i
MAURÍCIO SILVA ROSA
DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE RECEBENDO RAÇÕES COM DIFERENTES NÍVEIS DE CREATINA
Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. Orientador: Prof. Dr. Heder José D’Avila
Lima
CUIABA 2015
Ao meu pai Joice Otano da Rosa (in memorian)
À minha mãe Adelina Conceição da Silva
À minha irmã Mariana Silva Rosa
À Minha namorada Ronyatta Weich Teobaldo
Dedico.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, pelas oportunidades concedidas.
Ao meu pai, Joice Ottano da Rosa (in memorian), que mesmo não estando
mais presente, sempre será um exemplo de humildade e honestidade. Tenho
certeza que ele está muito orgulhoso de mim, por estar concluindo essa etapa na
minha vida, algo que ele sempre desejou e batalhou duramente para que fosse
realizado. Te amo!
À minha mãe, Adelina Conceição da Silva, pelo amor e confiança em mim
depositados. Por ser mais que uma mãe, e sim uma amiga, sempre acreditando e
me apoiando para que eu alcançasse meus objetivos.
À minha irmã, Mariana Silva Rosa, pela amizade sem igual, pela força em
momentos difíceis, até mesmo pelas brigas quando foram necessárias. Por ser
sempre a pessoa que eu confio em buscar conselhos.
À minha namorada, Ronyatta Weich, pelo amor, por sempre estar presente
nos momentos alegres e nos tristes também, por me fazer querer ser melhor, por ter
paciência quando eu precisava, em especial por ajudar nos estudos, nos dias de
abate na fazenda, sei que não foi fácil, mas que sempre aguentou tudo ao meu lado
(agradeço também aos meus sogros, Ivanir e Jair, por me aguentarem e por terem
feito minha namorada).
Aos meus tios e tias, Jonodete, Hudson, Garibaldi (in memorian), Janice,
João, Miriam que foram mais do que essenciais para que eu concluísse a faculdade,
obrigado pela ajuda financeira e pelo exemplo de vida.
Ao professor e orientador Heder D’Avila, por acreditar em mim, pelas
oportunidades dadas, por me ajudar e me apoiar no experimento conduzido (mesmo
quando eu fui cabeça dura em trabalhar com corte). Tudo foi de extrema importância
para minha formação pessoal e profissional.
Aos professores, Vanessa Franzo, por dar a primeira chance de trabalhar na
área científica e pela paciência em ensinar. Carlos Eduardo, pela amizade e
conselhos em momentos de dúvida e por me aproximar da fé através do grupo
“Amigos de João”. Professora Lisiane, por sempre estar disposta a me ajudar em
qualquer momento na coordenação de Zootecnia. Janessa, Vânia, Alexandra,
Nelcino, Maria Fernanda, Sânia, Joadil, Isis, enfim, todos os professores que de
algum modo ajudaram na minha formação acadêmica. Muito Obrigado!
Aos estagiários do setor de Avilcultura da UFMT, Júlia, Bianca, Andrey,
Renata (Renatinha), Laura, Nayara, Luis Guilherme, Ana Carolina e todos os outros,
que ajudaram de qualquer forma. Sem eles não seria possível a realização do meu
experimento.
Aos amigos, Rafael Comachio (Rafão/ Gordo), pois sempre que eu precisei
esteve presente, tanto para fazer minhas mudanças (às vezes sozinho), quanto pra
assar um costelão tomando umas cervejas e ouvindo as modas mais derramadas.
Gustavo Milanello (Guzão) e Agostinho Barros (Guira), “irmãos” da
Toca do Jão. Renata Ropelato (Rê) e Juliana Madruga (Ju), “membras do Covil da
Lagartixa”, Leonardo Fernandes (Léo) e Michel Prates (Mixa), amigos e parceiros da
dupla de três “Léo & Michel”. Flavio Andrade, Marcos Vinicius (Beiço) amigos pra
tudo. Daniel Araujo (Méc),Gabriel Cazeiro (Báh), amigos do “Texas Walter”. Donaldo
Jr. (Tukura), Kyron Cabral (Zito), Daniel Monge (Mongão), André Gaban (Déh),
Indayá Weich (por fritar ovo), Rafael Guelsi (Rafinha), Milena Rostirola, Igor Leão
(Cunhado), Calixto, Ana Maria, Ane Elise, Haryani Ferreira (Hary), Ana Claudia
(Paraná), Ana Paula (Bays), Lucas Garrido, Marcos Santana (Sacana), Flavio
Mendonça (tio Flavio), Cidinha Fernandes (tia Cida), Amauri Serrou (Baby), Getiele
Monteiro (Tiele), Everton Iegros (Pingorá), Bruce Fábio. Enfim, a todos os amigos,
por dividirem um lar comigo, emprestar o carro, dar uma carona quando a gasolina
acabava, ajudar nos abates do experimento, por emprestar uma “grana”, e às vezes
por esquecer que emprestaram, pelas músicas cantadas, pelos churrascos
realizados, pelas cervejas tomadas e pela amizade de todos. Muito obrigado!
Às vezes, são as pessoas de quem menos esperamos que fazem coisas que
ninguém poderia esperar”.
Alan Turing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Composição percentual e calculada das rações experimentais na base da matéria natural.......................................................................................... 11
Tabela 2. Desempenho de frangos de corte submetido a dietas com e sem creatina monohidratada.......................................................................................... 13
Tabela 3. Rendimento de cortes nobres e vísceras comestíveis de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada .. 15
Tabela 4. Rendimento de carcaça de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada ............................................ 16
LISTA DE ABREVIATURAS
AGA – Ácido Guanidínico Acético
ADP – Adenosina Difosfato
ATP – Adenosina Trifosfato
ATPase – Adenosina Trifosfatase
g – Gramas
kg – Quilogramas
m – Metros
m² - Metros Quadrado
PB – Proteína Bruta
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
2. OBJETIVO ............................................................................................................. 3 3. REVISÃO ............................................................................................................... 4 3.1. Produção Brasileira de Frangos de corte ......................................................... 4 3.2. Linhagens ......................................................................................................... 4 3.3. Aminoácidos e Proteínas .................................................................................. 5
3.4. Aditivos ............................................................................................................. 6 3.5. Creatina ............................................................................................................ 7 4. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 9
4.1. Local ................................................................................................................. 9 4.2. Instalações, Manejo e Tratamentos Experimentais .......................................... 9 4.3. Desempenho das Aves ................................................................................... 11 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 12 6. CONCLUSÕES .................................................................................................... 17
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 18 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19
RESUMO
A maximização no rendimento de cortes nobres é proporcionada com o uso de
linhagens de alto rendimento, bem como de programas de alimentação que
possibilitem maior desempenho dos animais. O uso de aditivos nas rações tem
contribuído para o maior desempenho de frangos de corte por atuarem melhorando
a eficiência alimentar. Com isso, a creatina apresenta potencial de uso nas dietas
por atuar na produção de energia dos músculos e contribuir para o crescimento
muscular. Dessa forma, objetivou-se avaliar o desempenho zootécnico,
características de carcaça e vísceras comestíveis de frangos de corte da linhagem
Cobb, submetidos a dietas com e sem inclusão de creatina monohidratada. O
experimento foi realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental da
Universidade Federal de Mato Grosso. Foram avaliados 200 pintainhos de um dia da
linhagem Cobb, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com dois
tratamentos e sete repetições. No tratamento 1 (tratamento controle) não houve a
inclusão de creatina. No tratamento 2, houve a inclusão de 0,1% de creatina, em
substituição ao farelo de soja, independente da fase de vida. Não foram observadas
diferenças significativas entre os tratamentos para os parâmetros de desempenho,
de características de carcaça e vísceras comestíveis avaliados, com exceção do
peso de peito para abate aos 42 dias. A inclusão de 0,1% de creatina em dietas para
frangos de corte proporciona maior peso de peito de aves abatidas aos 42 dias de
idade.
Palavras-chaves: aditivos, avicultura, proteína.
.
1
1. INTRODUÇÃO
A alimentação de frangos de corte representa 70% dos custos de produção,
fator que torna imprescindível a busca por alternativas para maximizar a eficiência
de utilização dos alimentos. Além disso, o abate de frangos de corte no Brasil no
primeiro trimestre de 2015 apresentou aumento de 2,1% em relação ao mesmo
período de 2014, ao fato que, o peso acumulado de carcaças também apresentou
aumento de 2,6% em relação ao mesmo período (IBGE, 2015a). Assim, o aumento
no rendimento de cortes nobres, como peito e coxas, torna-se crucial para a
indústria, visando o crescimento na comercialização tanto no mercado interno
quanto para exportação.
Dessa forma, para maximizar o rendimento de cortes nobres, os produtores
de frangos de corte têm utilizado linhagens de alto rendimento, bem como
programas de alimentação que contribuam para alcançar tal finalidade
(WHITAKER et al., 2002). Para isso, as rações são formuladas conforme as
exigências recomendadas pelos manuais das linhagens, bem como por tabelas
convencionais de exigências.
Observa-se ainda, que a redução da idade de abate em consequência dos
avanços nos programas de alimentação e nas linhagens utilizadas, reduziu o tempo
de permanência das aves nos galpões. A linhagem Cobb tem se apresentado como
melhor opção em termos de rendimento de coxa e perna desossada, além de
mostrar-se superior em desempenho e rendimento de peito e filé de peito
(MURAKAMI et al., 1995).
O uso de aditivos nutricionais nas rações tem contribuído para o incremento
no desempenho produtivo de frangos de corte, com melhora na eficiência alimentar.
Com isso, a creatina, composto orgânico derivado de aminoácidos
(SILVA & BRACHT, 2001), apresenta potencial uso nas dietas por atuar no
metabolismo energético dos músculos, sendo essencial na produção de energia e
por contribuir para o crescimento muscular.
2
A creatina presente no organismo pode ser advinda da dieta por meio de
ingredientes de origem animal. Já a síntese endógena ocorre através de precursores
do ácido guanidínico acético (AGA), o qual é o único precursor imediato de creatina
no organismo (RODWELL, 1996).
Sendo assim, o uso de linhagens que apresentem melhores parâmetros de
ganho em peso, além de maiores ganhos em cortes nobres, associado à programas
de alimentação que proporcionem melhor eficiência alimentar têm sido alvo de
estudos na busca de promover rendimentos de carcaça superiores e redução nos
custos de produção. Pelo exposto, objetivou-se avaliar o desempenho e as
características de carcaça de frangos de corte alimentados com rações com
diferentes níveis de creatina.
3
2. OBJETIVO
Avaliar o desempenho zootécnico, de características de carcaça e vísceras
comestíveis de frangos de corte da linhagem Cobb 500, alimentados com uma dieta
com e sem inclusão de creatina monohidratada.
4
3. REVISÃO
3.1. Produção Brasileira de Frangos de corte
Devido à exploração tecnológica no setor avícola nas últimas décadas, as
granjas modernas estão sendo consideradas “fábricas” de proteína animal.
Com o passar dos anos o melhoramento genético tem conseguido animais mais
pesados, menor tempo de alojamento e com melhor conversão alimentar
(SILVA, 2002).
O Brasil se encontra na terceira posição no ranking mundial de produção de
frangos de corte, com produção de 12.691 milhões de toneladas em 2014, atrás
apenas dos EUA e da China com 17.254 e 13.000 milhões de toneladas
respectivamente no ultimo ano (ABPA, 2014). No país, os estados com maior
evolução de produção de carne de frango são o Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, em relação ao segundo trimestre de 2014 (IBGE, 2015b), com cerca
de 32, 17 e 14% da produção interna respectivamente (ABPA, 2014).
3.2. Linhagens
O uso de linhagens na produção de frangos de corte proporciona progresso
genético no desempenho dos animais por meio da seleção de características de
maior importância econômica. A obtenção de linhagens comerciais inicia com o
cruzamento de quatro raças puras, obtendo os bisavós, os avós, as matrizes e
posteriormente tem-se as linhagens comerciais. Dessa forma, características de
consumo de alimento, ganho em peso, conversão alimentar, rendimento de carcaça
e velocidade de crescimento são essenciais para a escolha da linhagem, manejo e
nutrição a ser oferecido (SILVA, 2006), proporcionando animais de alta
produtividade.
5
A produção de carne de aves pode ser afetada pelas mudanças nas
preferências dos consumidores, obrigando as empresas de genética avícola
atenderem essas demandas por meio do fornecimento de genética cada vez mais
especializada e que se torne competitiva no mercado. No entanto, a mudança de
linhagem em um plantel não deve ser realizada de forma abrupta, pois cada
linhagem utilizada exige instalações, manejo e programas de alimentação
diferenciados (BAMPI, 2009).
O desempenho produtivo da linhagem Ross mostra-se semelhante ao da
linhagem Cobb. No entanto, o crescimento inicial verificado na linhagem Ross é
menor quando comparado à linhagem Cobb, obtendo ganho compensatório
posteriormente que proporciona pesos ao abate semelhantes. Em função do elevado
desempenho produtivo proporcionado pelo maior ganho em peso, a linhagem Cobb
apresenta estrutura óssea limitante, ocasionando maior incidência de problemas
locomotores (NOWICKI et al., 2011). Os mesmos autores comparando as linhagens
Cobb e Ross, observaram que devido ao crescimento inicial acelerado, a linhagem
Cobb obteve pior viabilidade, em consequência de mortes por infarto ou descarte em
decorrência dos problemas de locomoção, entretanto, apresentaram ganho em peso
diário e idade ao abate semelhantes.
A linhagem Cobb apresenta maior rusticidade a variadas condições de
manejo e possui alta capacidade de deposição de músculo, como peito
(LARA et al., 2008). Stringhini et al. (2003) observaram desempenho superior para
coxa + sobrecoxa em aves Cobb, comparado a animais da linhagem Avian, com
valores médios de 510,2 g e 498,8 g, respectivamente. Aliado a isso, Murakami et al.
(1995) observaram que as linhagens Cobb e Ross quando em comparação a
linhagem Hubbard, foram superiores em desempenho de peito e filé de peito.
Dessa forma, a escolha da linhagem torna-se de essencial importância para a
adequação do ambiente de criação, equipamentos, bem como do manejo nutricional
utilizado, visando respostas econômicas condizentes ao planejado pelo produtor.
3.3. Aminoácidos e Proteínas
A proteína é um polímero de aminoácidos (CHAMPE & HARVEY, 1996) e
influencia nos principais parâmetros de produção como a conversão alimentar e
6
ganho em peso, sendo assim um dos principais nutrientes para a nutrição de frangos
de corte (SUIDA, 2001).
A quantidade, composição e digestibilidade dos aminoácidos são
fundamentais para uma eficiente utilização proteica. Comumente, as rações para
não ruminantes eram formuladas a partir do conceito de proteína bruta (PB),
ocasionando níveis de aminoácidos superiores aos exigidos
(COSTA & GOULART, 2010). Esse excesso de nitrogênio é excretado pelos rins
com um elevado gasto energético. O mesmo autor ressalta que a melhor utilização
da PB fornecida está diretamente relacionada à proximidade da composição de
aminoácidos com a exigência do animal, havendo efeitos positivos na utilização de
outros nutrientes.
Aminoácidos limitantes são aqueles fornecidos na ração em uma quantidade
inferior à exigida para os animais alcançarem o potencial de produção máximo. Na
grande maioria das rações formuladas para frangos de corte, a metionina é
caracterizada como o primeiro aminoácido limitante, seguido da lisina e da treonina
(THORNTON, CORZO e PHARR, 2006).
Goulart (2010) observou uma redução média de 2% nos níveis de PB quando
houve suplementação de aminoácidos industriais como a valina, isoleucina, glicina,
metionina, lisina e treonina. Essa redução não influenciou negativamente no
desempenho dos animais, o qual foi semelhante ao tratamento controle.
3.4. Aditivos
Aditivos alimentares são microrganismos ou substâncias adicionadas
intencionalmente na dieta contendo ou não valor nutritivo (SILVA, 2001). Segundo o
mesmo autor, os aditivos podem ser divididos em quatro categorias, ou seja:
melhoradores de desempenho, melhoradores das características físicas das rações,
substâncias profiláticas e aditivos nutricionais.
O uso de aditivos nas dietas dos animais tem por objetivo o aumento das
taxas de crescimento e eficiência alimentar, melhora na saúde do trato
gastrointestinal, além de reduzir as cargas patógenas e produção de dejetos, o que
acarreta na minimização de transmissão de patógenos via alimentos (GODOI, 2008).
De acordo com Silva (2004) esses aditivos representam cerca de 0,08% de volume
com um custo de 2,60% na ração, custo elevado quando comparado a outros
7
ingredientes da ração, como o milho, que representa cerca de 65,5% de volume e
custo de 38,0%.
3.5. Creatina
A creatina é um composto produzido a partir de alguns aminoácidos (arginina,
glicina e metionina) conhecida como ácido metil guanidina-acético
(GREENHAFF, 1995), sendo 95% encontrada no tecido esquelético e os outros 5%
distribuídos em outros órgãos como cérebro e coração
(BALSOM, 1993), podendo ser produzida pelo próprio organismo em quantidades
suficientes. Da creatina encontrada nos tecidos esqueléticos cerca de 65% está na
forma fosforilada (WILLIAMS, KREIDER e BRANCH, 2000).
No organismo a síntese da creatina acontece em duas etapas.
Primeiramente, por transaminase, ocorre a transferência do grupo amino da arginina
para a glicina, formando o guanadinoacetato, o qual é transportado dos rins para o
fígado, onde a metionina fornece um grupo metil para o guanadinocetato formando
por fim creatina (RODWELL, 1996).
Outra fonte de creatina seria a obtenção através da alimentação, na qual
alimentos de origem animal como carne e peixe são uma boa fonte desse composto,
enquanto uma parcela insignificante pode ser obtida de produtos de origem vegetal
(McARDLE; KATCH; KATCH, 1992). Todavia, animais alimentados com quantidades
reduzidas de PB na dieta podem apresentar pequena deficiência de creatina no
organismo (LEMME, 2007).
Sendo assim, a suplementação desse composto eleva as concentrações
musculares agindo como agente ergogênico nutricional (MACHADO, 2009), que no
caso de aminoácidos, promove o desenvolvimento e crescimento de tecidos
corporais (CASTRO, 2013).
Todas as células do organismo utilizam ATP como fonte de energia imediata.
Essa energia é derivada dos estoques musculares de ATP, sendo liberada pela
enzima ATPase, resultando em uma molécula de ADP e um fósforo livre
(WILLIAMS, KREIDER e BRANCH, 2000). Aliado a isso, estes autores afirmam que
as energias advindas de ATP são limitadas, podendo ser regeneradas por outro
processo metabólico nas células. A creatina é vital nesse processo pelo fato de dois
terços de seu estoque estar na forma fosforilada.
8
O mecanismo de influência da creatina sobre o metabolismo protéico não é
totalmente esclarecido. No entanto, Williams, Kreider e Branch (2000), afirmam que
a creatina estimula a síntese protéica promovendo a retenção intracelular de fluido e
pressão osmótica celular. Concomitante a isso, Harris et al. (1992) afirma que pelo
fato da creatina ser osmoticamente ativa, ela pode carrear água para o interior da
célula, contribuindo para a síntese proteica.
9
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Local
O experimento foi realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental
da Universidade Federal de Mato Grosso, localizada no município de Santo Antônio
de Leverger – MT.
4.2. Instalações, Manejo e Tratamentos Experimentais
As aves foram alojadas em galpão experimental de alvenaria, telhado em
telha de cerâmica, piso concretado, paredes laterais teladas com cortina de proteção
externa, equipado com aspersores de teto e ventiladores. Os animais recém-
chegados ao galpão foram inicialmente alojados em um círculo de Eucatex,
aquecidos com campânulas elétricas, com água e alimentação ad libitum em todas
as fases, fornecidas em bebedouros de copo de pressão e comedouros de bandeja
na fase inicial, respectivamente. Posteriormente, na fase final foram substituídos por
bebedouros pendulares e comedouros tubulares.
Foram avaliados 196 pintainhos de um dia da linhagem Cobb 500,
distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em 14 boxes, com dois
tratamentos e sete repetições. Foram formuladas quatro tipos de dietas, pré-inicial,
inicial, crescimento e terminação, conforme as fases de vida e exigências das aves
apresentadas em Rostagno et al. (2011). Todas as dietas foram produzidas a base
de milho e farelo de soja (Tabela 1). No tratamento 1 (tratamento controle), não
houve inclusão de creatina. No tratamento 2, houve a inclusão de 0,1% de creatina,
em substituição ao farelo de soja, independente da fase de vida.
A densidade dos boxes era de 1,93 aves/m², com 14 animais por box, sendo
cada box com dimensões de 2,22 m de largura e 3,27 m de comprimento.
O experimento teve duração de 49 dias dividido em 4 fases, sendo a primeira
de 1 a 7 dias, a segunda de 8 a 21 dias, a terceira de 9 a 35 dias e a quarta fase de
10
22 a 49 dias de vida, com fornecimento de luz natural durante todo o período
experimental. O manejo das aves foi realizado de forma convencional à criação de
frangos de corte. O monitoramento da temperatura ambiente e umidade relativa do
ar dentro das instalações foi feito através de termômetro digital da marca Incoterm,
sendo os dados registrados uma vez ao dia, às 16 horas. As médias de temperatura
e umidade máximas e mínimas em cada fase de vida foram, respectivamente:
31,91°, 78,57%, 22,57°, 50,86% para fase de 1 a 7 dias;
35,04°, 73,71%, 21,91°, 36,43% para fase de 8 a 21 dias;
33,37°, 73,07%, 19,35°, 37,07% para fase de 22 a 35 dias;
31,69°, 71,75%, 20,40°, 41,13% para fase de 36 a 49 dias.
No final do período experimental foram realizados dois abates, aos 42 e aos
49 dias, foi feita insensibilização por deslocamento cervical e sangria por degola.
Todos os procedimentos de abate foram aprovados pelo comitê de ética da
Universidade Federal de Mato Grosso em 16 de junho de 20015 (protocolo número –
23108.088835/2015-75).
11
Tabela 1. Composição percentual e calculada das dietas experimentais na base da matéria natural
Composição das dietas experimentais
quantidade %
1 a7 dias 8 a 21 dias 22 a 33 dias 34 a 49 dias
Alimento T1 T2 T1 T2 T1 T2 T1 T2
Milho moído 52,97 52,97 56,90 56,90 59,70 59,70 63,25 63,25
Farelo de soja (45%) 39,93 39,83 36,00 35,90 33,50 33,40 30,50 30,40
Óleo de soja 2,03 2,03 2,04 2,06 2,05 2,05 2,05 2,05
Calcário calcítico 1,30 1,30 1,30 1,30 1,00 1,00 0,65 0,65
Fosfato bicálcico 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,10 1,10
Sal Comum 0,47 0,47 0,44 0,44 0,45 0,45 0,45 0,45
Núcleo inicial¹ 1,13 1,13 3,16 3,16 2,00 2,00 2,00 2,00
Creatina Monohidratada 0,00 0,10 0,00 0,10 0,00 0,10 0,00 0,10
Composição calculada das dietas
Energia Metabolizável Kcal/kg 2.950 2.950 3.000 3.000 3.100 3.100 3.150 3.150
Proteína (%) 22,20 22,20 20,80 20,80 19,50 19,50 18,00 18,00
Cálcio (%) 0,200 0,200 0,819 0,819 0,732 0,732 0,638 0,638
Fósforo Disponíel (%) 0,470 0,470 0,391 0,391 0,342 0,342 0,298 0,298
Fósforo Digestivel (%) 0,395 0,395 0,343 0,343 0,313 0,313 0,273 0,273
Sódio (%) 0,220 0,220 0,210 0,210 0,200 0,200 0,195 0,195
Lisina Digestível (%) 1,310 1,310 1,174 1,174 1,078 1,078 1,010 1,010
Met+Cis Digestível (%) 0,944 0,944 0,846 0,846 0,787 0,787 0,737 0,737
Treonina Digestivel (%) 0,852 0,852 0,763 0,763 0,701 0,701 0,656 0,656
Triptofano Digestivel (%) 0,223 0,223 0,200 0,200 0,194 0,194 0,182 0,182
Fibra Bruta (%) 3,070 3,070 2,930 2,930 2,840 2,840 2,740 2,740 ¹ Fornece por kg do produto: Cálcio (máx) 210g, Cálcio (min) 170g, Fósforo (min) 50g, Metionina (min)
22g, Vitamina A (min) 120000 U.I., Vitamina D3 (min) 30000 U.I., Vitamina E (min) 400 U.I., Tiamina
(B1) (min) 35mg, Riboflavina (B2) (min) 130mg, Piridoxina (B6) (min) 60mg, Vitamina B12 (min)
300mg, Vitamina K3 (min) 30mg, Biotina (min) 1,6mg, Ácido fólico (min) 20mg, Niacina (min) 680mg,
Pantotenato de Cálcio (min) 200mg, Colina (min) 400mg, Sódio (min) 26g, Manganês (min) 1600mg,
Zinco (min) 1380mg, Cobre (min) 160mg, Ferro (min) 630mg, Iodo (min) 20mg, Selênio (min) 6mg,
Fitase (min) 10000 F.T.U., Avilamicina 200mg, e Narasina+Nicarbazina 1000mg+1000mg.
4.3. Desempenho das Aves
As variáveis estudadas foram obtidas pelo acompanhamento de consumo de
ração, mortalidade e pesagens de todas as aves contidas nas unidades
experimentais ao final de cada fase:
a) Consumo Médio de Ração: Calculado pela diferença entre o peso da ração
fornecida no início e as sobras obtidas ao final de cada fase.
12
b) Ganho em Peso Médio: Semanalmente foi realizado o cálculo de ganho em
peso de todas as aves. Ao final de cada fase, o peso do lote foi dividido pelo
número de animais, determinando a média de ganho em quilogramas (kg).
c) Conversão Alimentar: A conversão alimentar por fase foi obtida através da
razão entre o consumo de ração e o ganho em peso no período.
d) Viabilidade: A viabilidade foi obtida através da percentagem de sobreviventes
em relação ao número inicial de aves.
e) Rendimento de carcaça: Foi avaliado pela razão de cortes nobres (peito,
coxas e asas) e vísceras comestíveis (fígado, moela e coração) em relação
ao peso vivo de abate.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não foram observados efeitos significativos (P>0,05) para os dados de
desempenho avaliados (Tabela 2).
Carvalho et al. (2013) trabalhando com frangos da linhagem Avian 48 e dietas
contendo ou não creatina monohidratada com níveis de 0,00 a 0,06%, não
encontraram diferenças significativas (P>0,05) para consumo de ração aos 42 dias
de vida. O consumo foi 5,94% maior, numericamente, para animais suplementados
com creatina, semelhante ao presente estudo.
13
A adição de creatina não influenciou significativamente o ganho em peso em
nenhuma das fases do período experimental, porém, numericamente o ganho em
peso foi superior para animais suplementados com creatina. As variáveis peso final e
conversão alimentar não apresentaram diferenças significativas (P>0,05). Vale
ressaltar que a conversão alimentar na fase pré inicial
(1 a 7 dias) foi numericamente melhor no tratamento 1, com diferença de 320g de
matéria seca consumida para cada kg de ganho em peso.
A mesma observação para essa variável foi encontrada em tratamentos
semelhantes com o uso de creatina monohidratada, onde não foram observadas
diferenças significativas (P>0,05) para ganho em peso (XIA, 2012).
Para viabilidade não foi encontrada diferença significativa (P>0,05) entre os
tratamentos, com média de 99,87% como apresentado na tabela 2.
Resultados semelhantes foram encontrados por Caires et al. (2009), onde não
se obteve efeito significativo (P>0,05) em nenhuma das variáveis quando foram
comparados tratamentos sem e com adição de creatina. Os mesmos autores
observaram viabilidade de 80,66% aos 42 dias de vida, valor numericamente inferior
ao encontrado no presente estudo, no qual foi observado viabilidade de 100% no
tratamento com 0,10% de inclusão de creatina monohidratada.
Tabela 2. Desempenho de frangos de corte submetido a dietas com e sem creatina monohidratada
Parâmetros creatina (%)
0,00 0,10
Fase de 1 a 7 dias
Consumo de Ração (g/Animal/Dia) 13,50 14,00
Ganho de Peso (g/Animal/Dia) 9,39 9,46
Peso Final (g/Animal) 112,00 112,50
Conversão Alimentar (kg/kg) 1,43 1,75
Viabilidade (%) 100 100
Fase de 8 a 21 dias
Consumo de Ração (g/Animal/Dia) 59,20 58,10
Ganho de Peso (g/Animal/Dia) 37,10 37,24
Peso Final (g/Animal) 638,00 633,29
Conversão Alimentar (kg/kg) 1,60 1,56
Viabilidade (%) 100 100
Fase de 22 a 35 dias
Consumo de Ração (g/Animal/Dia) 134,5 131,4
Ganho de Peso (g/Animal/Dia) 81,3 82,7
Peso Final (g/Animal) 1772,43 1792,29
Conversão Alimentar (kg/kg) 1,65 1,59
14
Viabilidade (%) 100 100
Fase de 36 a 42 dias
Consumo de Ração (g/Animal/Dia) 189,10 190,40
Ganho de Peso (g/Animal/Dia) 85,90 89,50
Peso Final (g/Animal) 2373,86 2405,14
Conversão Alimentar (kg/kg) 2,21 2,18
Viabilidade (%) 100 98,97
Fase de 43 a 49 dias
Consumo de Ração (g/Animal/Dia) 191,10 186,20
Ganho de Peso (g/Animal/Dia) 72,10 72,40
Peso Final (g/Animal) 2818,57 2926,29
Conversão Alimentar (kg/kg) 2,66 2,61
Viabilidade (%) 100 100
Médias com letra diferente diferem pelo teste f ao nível 1% de significância* e 5% de significância **
Os parâmetros para cortes nobres e vísceras comestíveis são demonstrados
na tabela 3. As variáveis coração, moela e fígado não tiveram efeito significativo
(P>0,05) em nenhum dos abates realizados. Além disso, foi observado que aos 42
dias essas variáveis tiveram peso maior para o tratamento com inclusão de creatina
monohidratada, mesmo sem efeito significativo (P>0,05). No entanto, o contrário foi
observado aos 49 dias, onde o coração, a moela e o fígado tiveram maior peso nas
aves que receberam dieta sem a inclusão de creatina.
Para rendimento de carne de peito aos 42 dias, observou-se um efeito
significativo (P<0,01) entre os tratamentos. O tratamento 2 obteve ganho em peso
10,09% superior ao tratamento 1 (sem adição de creatina).
Pavan et al. (2003) trabalhando com aves das linhagens Cobb 500 e Ross
508, encontraram resultados semelhantes, onde aves da linhagem Cobb tiveram
rendimento de peito superior aos 42 dias de idade quando comparadas com animais
da linhagem Ross. Contrário a isso, Carvalho (2013) trabalhando com dietas com
inclusão de 0,06% de creatina, não encontraram diferenças para variável carne de
peito em animais da linhagem Cobb Avian. Isso pode ser explicado pelo fato dessa
linhagem ser geneticamente desenvolvida para fortalecimento do tecido ósseo. Em
contrapartida, a linhagem Cobb, que foi utilizada no presente estudo, tem maior
desenvolvimento muscular.
No entanto, Mendonça et al. (2008) não observaram diferenças na deposição
de proteína das aves quando testadas com diferentes níveis de energia
metabolizável. Esses autores afirmam ainda que somente a genética pode
15
influenciar a deposição proteica em aves, independente da quantidade de energia
ingerida.
Segundo Caires et al. (2009) existem duas hipóteses para o efeito positivo da
inclusão da creatina para essa variável, a promoção de maior retenção líquida
intracelular, e a hipótese da suplementação realmente promover a síntese proteica.
Para os demais parâmetros de cortes nobres observados na tabela 3, não
foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) em nenhuma fase
independente do tratamento fornecido.
Tabela 3. Rendimento de cortes nobres e vísceras comestíveis de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada
Parâmetros creatina (%)
0,00 0,10
42 dias
Cortes Nobres (kg) Peso vivo 2,359 2,502
Peso de carcaça 1,751 1,866
Peito 0,579 * 0,644 *
Coxas 0,524 0,541
Asas 0,181 0,180
Vísceras Comestíveis (g) Coração 11,824 12,536
Moela 35,440 38,884
Fígado 39,741 40,742
49 dias
Cortes Nobres (kg) Peso vivo 2,87 2,85
Peso de carcaça 2,18 2,17
Peito 0,77 0,78
Coxas 0,65 0,63
Asas 0,21 0,21
Vísceras Comestíveis (g) Coração 13,60 a 13,04 a
Moela 32,89 a 33,79 a
Fígado 45,30 a 41,92 a Médias com letra diferente diferem pelo teste f ao nível 1% de significância* e 5% de significância **
Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) para rendimento de
carcaça nos tratamentos experimentais como apresentado na Tabela 4. Aos 42 dias
de vida observou-se maior rendimento quando houve inclusão de creatina, com
0,30% de diferença entre os tratamentos. Resultado contrário foi encontrado aos 49
16
dias, onde o tratamento 1 obteve superioridade numérica, com aumento de 0,43%
em relação ao segundo tratamento.
Halle et al. (2006) encontraram resultado semelhante, não havendo diferença
significativa (P>0,05) para rendimento de carcaça em dietas à base de milho e farelo
de soja com inclusão de diferentes níveis de creatina (1g,2g,5g,10g/kg).
Tabela 4. Rendimento de carcaça de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada
Rendimento de Carcaça creatina (%)
0,00 0,10
Fase de vida
42 dias 74,31 a 74,61 a
49 dias 76,26 a 75,93 a
Médias com letra diferente diferem pelo teste f ao nível 1% de significância* e 5% de significância **
Os efeito esperado com a suplementação de creatina como aumento de
massa muscular, podem não ser detectados mesmo se usada corretamente. Esse
fato pode ser explicado pela variabilidade na absorção individual de cada ave,
transporte e armazenamento intramuscular (WYSS & KADDURAH-DAOUK, 2000).
17
6. CONCLUSÕES
A adição de 0,1% de creatina monohidratada, em substituição ao farelo de
soja, em rações para frangos de corte proporcionou maior ganho em peso de peito
em aves abatidas com 42 dias de idade.
18
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho utilizando a inclusão de creatina em rações para frangos
de corte proporcionou verificar o desempenho desses animais em cada fase de
crescimento submetidos a diferentes dietas. Com isso, foi possível o
desenvolvimento de um trabalho ainda não realizado no Setor de Avicultura da
Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso até o momento.
Com o presente trabalho foi possível verificar as lacunas de conhecimento
que necessitam ser exploradas, sugerindo novos experimentos a serem realizados
no setor, além de agregar conhecimento prático ao teórico desenvolvido durante o
curso de graduação em Zootecnia.
A realização do experimento possibilitou não apenas crescimento profissional,
mas também crescimento pessoal ao liderar a equipe executora do projeto.
19
REFERÊNCIAS
ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, Relatório Anual de Atividades,2014. Disponível em: http://abpabr.com.br/files/RelatorioAnual_ABABEF_2015_DIGITAL.pdf> Acesso em 08 dez 2015. BALSOM, P.D. Creatine supplementation and dynamic high-intensity intermittent exercise. Scand Jounal Medicine Science Sports, Utrecht, n. 3, p. 143-149, 1993. BAMPI, V. Qual a melhor linhagem ou raça de frangos de corte? Revista Avicultura Industrial, comentário avícola, 2009. Disponível em: http://www.aviculturaindustrial.com.br/noticia/qual-a-melhor-linhagem-ou-raca-de-frangos-de-corte-/20090819084749_Z_433. Acesso em 08 dez. 2015. CAIRES, C.M. Dietas de frangos de corte com subprodutos de origem animal de suplementação de creatina. 40 p. Dissertação (mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal de Uberlândia, 2009. CARVALHO, C.M.C; FERNADES, E.A.; CARVALHO, A.P.; MACIEL, M.P.; CAIRES, R.M.; FAGUNDES,N.S. Effect of creatine addition in feeds containing animal meals on the performance and carcass yield of broilers, Brazilian Journal of Poultry Science. v.15, n.3, p. 169-286, Jul – Sept, 2013. CASTRO, R.C.B. O que são recursos ergogênicos em nutrição esportiva? 2013. Disponível em <http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=751&categoria=6> Acesso em 04 dez. 2015. CHAMPE, P.C.; HARVEY, R.A. Bioquímica Ilustrada. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, cap.1, p.7-44; cap.5, p.235-245, 1996. COSTA, F.G.P.; GOULART, C.C. Exigências de aminoácidos para frangos de corte e poedeiras. II Workshop de Nutrição de Aves. Anais. Universidade Federal da Paraíba, UFPB. 2010. GODOI, M.J.S. Utilização de aditivos em rações formuladas com milho normal e de baixa qualidade para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia. v.37, n.6, 2008. GOULART, C.C. Exigências de aminoácidos industriais e relação aminoácidos essenciais: não essenciais em dietas para frangos de corte. 148f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal da Paraíba, Areia. 2010. GREENHAFF, P.L. Creatine and its application as an ergogenic aid. International Journal of Sports Nutrition, v.5, p.S100-S110, Sttutgart, 1995.
20
HALLE, I.; HENNING, M.; KOHLER, P. Untersuchungen zum einfluss von kreatin auf die leistungsmerkmale von legehennen, das wachstum und die ganzkörperzusammensetzung von broilern. Landbauforschung Völkenrode, v.56, n.1/2, p.11-18, 2006. HARRIS, R.C., SODERLUND, K., HULTMAN, E. Elevation of creatine in resting and exercised muscle of normal subjects by creatinesuplementation. Clinical Science, v.82 n.3 p.367-374, Colchester ,1992. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatística da Produção Pecuária. Junho de 2015a. Disponível em: www.ibge.gov.br > Acesso em: 06 dez 2015. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatística da Produção Pecuária. Setembro de 2015b. Disponível em: www.ibge.gov.br > Acesso em: 06 dez 2015. LARA, L.J.C.; BAIÃO, N.C.; ROCHA, J.S.R.; LANA, A.M.Q.; CANÇADO, S.V.; FONTES, D.O.; LEITE, R.S. Influência da forma física da ração e da linhagem sobre o desempenho e rendimento de cortes de frangos de corte. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.60, n.4, p.970-978, 2008. LEMME, A. Supplemental guanidino acetic acid affect energy metabolismo broiler. 16 th European Symposium omn Poultry Nutrition, p.339-342, França, 2007. MACHADO, M. CK sérica é modulada por exercício, mas não por suplementação de creatina. Revista/Journal Motricidade. v.3, n.2, p.53-63, 2009. McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1992. MENDONÇA, M. O.; SAKOMURA, N. K.; SANTOS, F. R.; FREITAS, E. R.; FERNANDES, J. B. K.; BARBOSA, N. A. A. Níveis de energia metabolizável para machos de corte de crescimento lento criados em semi confinamento. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 37, n. 8, p. 1433-1440, 2008. MURAKAMI, A.E.; NERILO, N.; FURLAN, A.C. Desempenho, rendimento de carcaça, cortes e desossa de três linhagens comerciais de frango de corte. In: CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, 1995, Curitiba. Trabalhos de pesquisa... Campinas: Fundação Apinco de ciência e tecnologias avícolas, 1995. p.279-280 NOWICKI , R.; BUTZGE , E.; OTUTUMI , L. K.; PIAU-JÚNIOR , R.; ALBERTON, L. R.; MERLINI , L. S.; MENDES , T. C.; DALBERTO5 , J. L.; GERÔNIMO , E.; CAETANO, I.C.S. Desempenho de frangos de corte criados em aviários convencionais e escuros. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia, v.14, n.1, p.25-28, 2011.
21
PAVAN, A. C.; MENDES, A. A.; OLIVEIRA, E. G.; DENADAI, J. C.; GARCIA, R. G.; TAKITA, T. S. Efeito da linhagem e do nível de lisina da dieta sobre a qualidade da carne do peito de frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 32, n. 6, p.1732-1736, 2003. Suplemento 1. RODWELL, V. Coversion of aminoacids to especialized products. In Murray, R. Granner, D. Mayes, p., Rodwell, V. (Ed.) Haper’s biochemistry. 24 ed. Stamford: Lange. p. 341-362, 1996. ROSTAGNO, H.S; ALBINO, L.F.T.; DONZELE, J.L.; GOMES, P.C.; OLIVEIRA, R.F.; LOPES, D.C.; FERREIRA, A.S. BARRETO, S.L.T.; EUCLIDES, R.F. Tabelas brasileiras para aves e suínos: Composição dos alimentos e exigências nutricionais. 3.ed, Viçosa, UFV. 2011. SILVA, C. E. Comparação de painéis evaporativos de argila expandida e celulose para sistema de resfriamento adiabádico do ar em galpões avícolas com pressão negativa em modo túnel. 77f. Tese - Doutorado (Pós-Graduação em Engenharia Agrícola) – Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 2002. SILVA, E.G.B.; BRACHT, A.M.K. Creatina, função energética, metabolismo e suplementação no esporte. Revista da Educação Física/UEM. v.12 n.1 p.27-32, Maringá, 2001. SILVA, E.N. A polêmica da resistência a antibióticos em aves. 2004. Disponível em: <www.abrappa.org.br/Apresentaçãoppt> Acesso em: 02 dez. 2015. SILVA, M.A.N. Interação genótipo-ambiente e análise da variabilidade no melhoramento genético de avós de frangos de corte. Tese - Doutorado (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ/USP). 82 p, 2006. STRINGHINI, J.H.; LABOISSIÉRE, M.; MURAMATSU, K.; LEANDRO, N.S.M.; CAFÉ, M.B. Avaliação do desempenho e rendimento de carcaça de quatro linhagens de frangos de corte criadas em Goiás. Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n.1, p.183-190, 2003. SUIDA, D. Formulação por proteína ideal e conseqüências técnicas, econômicas e ambientais. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE NUTRIÇÃO ANIMAL, 2001, Santa Maria. Anais: Proteína ideal, energia liquida e modelagem. Santa Maria: EMBRAPA, p.27-43. 2001 THORNTON, S.A.; CORZO, A.; PHARR, G.T. Valine requirements for imune and growth responses in broilers from 3 to 6 weeks of age. British Poultry Science, v.47 n.2 p.190-199, 2006. WHITAKER, H.M.A.; MENDES, A.A.; GARCIA, E.A.; ROÇA, R.O.; VAROLLI JR, J.C.; SALDANHA, E.P.B. Efeito da suplementação de metionina sobre o desempenho e a avaliação de carcaças de frangos de corte. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v.4, n.1, 2002.
22
WILLIAMS, M.H.; KREIDER R.B.; BRANCH, J.D. Creatine: The Power Suplement, Manole Ltda., ed.1, 2000. WYSS M, KADDURAH-DAOUK R. Creatine and creatinine metabolism. Physiological Reviews. 80: 1107-1213, 2000 XIA, W.G. Effects of Creatine Monohydrate on Growth Performace, Carcass Characteristics and Meat Quality of Yellow-Feathered Broilers. Journal of Animal and Veterinary Advances, 2012