Post on 13-Dec-2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE
SEGURANÇA PÚBLICA (CEGESP)
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
CILOMI SOUTO ARRAZ
DOUTRINA DA ATIVIDADE OPERACIONAL NO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO AMAZONAS:
DA DIVERSIDADE À UNIDADE
GOIÂNIA - GO
2015
CILOMI SOUTO ARRAZ
DOUTRINA DA ATIVIDADE OPERACIONAL NO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO AMAZONAS:
DA DIVERSIDADE À UNIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a conclusão do Curso de Especialização (Latu Sensu) em Gerenciamento de Segurança Pública, da Universidade Estadual de Goiás, ministrado em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
Orientador: TC QOCBM Carlos S. S. P. A. Franco
GOIÂNIA - GO
2015
Doutrina da Atividade Operacional no Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas: da
Diversidade à Unidade
Cilomi Souto Arraz¹
RESUMO
O artigo destaca a existência de diversas doutrinas operacionais em vigor no Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e suas consequências no seio da Corporação. Procura evidenciar a necessidade da busca pela unidade doutrinária, harmonizando-se os conhecimentos para uma melhor atuação operacional. Para tanto, foram apresentadas as principais doutrinas operacionais utilizadas no CBMAM, suas origens e utilização pelos Instrutores/Monitores na prática docente e, também, realizado trabalho de campo. Foram apresentadas as principais instituições bombeiro militar do país, responsáveis pela formação/especialização dos docentes bombeiros do Amazonas. Constatou-se um elevado nível na formação/especialização dos Instrutores/Monitores, tanto do ponto de vista acadêmico, quanto operacional. Os mesmos reconheceram a importância de se possuir manuais doutrinários próprios e foram, em sua maioria, voluntários para torná-los reais, visando à uniformização da atividade bombeiro militar no Estado do Amazonas.
Palavras-chave: Manuais Doutrinários, Atividade Operacional, Corpo de Bombeiros.
ABSTRACT
The article shows the existence of various operational doctrines taking place in the Fire Department of the State of Amazonas and its consequences within the Corporation. It seeks to put in evidence the need to search for doctrinal unity, harmonizing the knowledge for better operating performance. Therefore, the main operational doctrines used in CBMAM were presented, its origins and use by instructors / monitors in teaching practice and also was conducted field work. It was presented the most important Fire Department institutions in the country, responsible for training / specialization of the Amazonas‟s Firefighters. It was found a high level in training / specialization of instructors / monitors, both from the academic point of view, as operational. They recognized the importance of owning their own doctrinal manuals and were mostly volunteers to make them real, aiming at standardizing the firefighter activity in the state of Amazonas. Keywords: Doctrinal Manuals, Operational activity, Fire Department. _____________ ¹ Capitão do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e Pós-graduando do Curso de Especialização
em Gerenciamento de Segurança Pública. Convênio UEG/SSP/Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
3
INTRODUÇÃO
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) tem em suas fileiras
Oficiais e Praças formados e/ou especializados em diversas instituições Bombeiro
Militar do País. Somado a este fato, tem-se a carência de Manuais de Bombeiros
próprios, isto é, organizados e produzidos pela Corporação. Essa situação favorece
a existência de uma diversidade de doutrinas operacionais, que são disseminadas
por meio das instruções regulares.
É neste cenário que esta pesquisa se insere, como uma importante
ferramenta para compreender as facetas dessa diversidade, em vistas ao
aperfeiçoamento dos processos educacionais no CBMAM.
Burmester (2012, p. 15), quando discorre sobre o poder da informação afirma
que, mais importante que deter a informação, é a capacidade de filtrar e compartilhar
essa informação, agregando valor. Nesse sentido, mais importante que deter muitos
manuais de bombeiros de diversas fontes, é a forma em que esses conhecimentos
são selecionados, estruturados, com agregação de valor para o usuário a que se
destina: os Bombeiros do Amazonas.
Segundo Chiavenato (2010, p. 430) “a aprendizagem organizacional constitui
a palavra de ordem nas organizações bem-sucedidas para promover a mudança”,
sendo este fato, um dos motivos pelos quais se faz necessário o presente estudo;
A Corporação precisa melhorar seus processos educacionais, pois “quanto
mais as empresas dominam o conhecimento, tanto maior a sua vantagem
competitiva” (CHIAVENATO, 2010, p. 397). Nesta mesma ótica, Franco (2011), em
seu Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Gestão Estratégica,
ratifica que:
Embora existam defensores da tese de que a administração pública não enfrenta concorrência, esta recebe pressão, especialmente dos próprios usuários, pelo aumento na qualidade de seus processos, a fim de melhor atendê-los (FRANCO, 2011, p. 13).
4
Cabe destacar que a atividade de ensino no Corpo de Bombeiros Militar do
Amazonas é executada pelo Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do
Estado do Amazonas, em seu Campus IV (IESP-IV), conforme a Lei Delegada nº
064, de 4 de maio de 2007 e a Lei nº 3.205, de 27 de dezembro de 2007, ambas leis
estaduais. O IESP-IV possui em seu quadro de efetivo, civis e militares com
formação na área da docência, utilizando-se para a formação e especialização dos
bombeiros militares, majoritariamente, instrutores e monitores do próprio CBMAM
(AMAZONAS, 2015b).
O presente estudo procurou fomentar a discussão sobre a importância de
padronização dos macroprocessos operacionais do CBMAM, ou seja, um conjunto
doutrinário, produzido e organizado por membros da Corporação, o qual deve servir
de base para o conhecimento e atuação Bombeiro Militar (BM) nas ocorrências
Operacionais atendidas por seus integrantes.
Nesta linha geral de ação, buscou-se atingir os seguintes objetivos
específicos: Apresentar os macroprocessos operacionais do CBMAM, identificar
quais as origens das práticas metodológicas adotadas para a execução dos
procedimentos operacionais do CBMAM, pesquisar a percepção dos multiplicadores
e facilitadores do processo de ensino e aprendizagem sobre a diversidade
doutrinária das atividades operacionais do CBMAM e sua interferência na
uniformidade de atuação operacional e oferecer sugestões visando à criação de
Grupos de Trabalho para confecção de Manuais de Bombeiros, para o CBMAM.
1. DESENVOLVIMENTO
1.1. REVISÃO DA LITERATURA
1.1.1. Macroprocessos operacionais do CBMAM
O Artigo 144, § 5º da Constituição Federal, atribui aos Corpos de Bombeiros
Militares, além das atribuições definidas em lei, a execução de atividades de Defesa
5
Civil (BRASIL, 2015).
Em consonância com a Carta Magna, a Constituição Estadual do Amazonas,
em seu inciso 2º, do Art. 116, no que se refere às atividades que lhe competem, traz
a seguinte redação (AMAZONAS, 2015a):
II – Ao Corpo de Bombeiros Militar: a) planejamento, coordenação e execução de atividades de Defesa Civil; b) prevenção e combate a incêndio, busca e salvamento; c) realização de perícias de incêndio relacionadas à sua competência; d) socorro de emergência.
E a Lei Delegada nº 089, de 18 de maio de 2007 (Lei de Organização Básica
do CBMAM – LOB/CBMAM), em seus incisos I a V, do Art. 2º, definem as finalidades
do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (AMAZONAS, 2015c):
I - atuação na defesa civil estadual e nas funções de proteção da incolumidade e do socorro das pessoas em caso de infortúnio ou de calamidade; II – exercício das atividades de polícia administrativa para a prevenção e combate a incêndio, bem como para o controle de edificações e seus projetos, visando a observância de requisitos técnicos contra incêndio e outros riscos; III - proteção, busca e salvamento de pessoas e bens; IV - atuação no socorro médico de emergência pré-hospitalar; V - proteção e salvamento aquáticos.
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, por meio de seu Boletim Geral nº
092, de 19 de maio de 2014, acrescentou às finalidades, atividades e atribuições, já
prescritas em Lei, às unidades integrantes do Comando de Bombeiros da Capital
(CBC), as seguintes competências (CBMAM, 2014):
b. As unidades integrantes da estrutura organizacional do CBC tem as seguintes competências, sem prejuízo de outras ações e atividades previstas em seu regimento interno: b.1. Centro de Operações Bombeiro Militar (COBOM) - controle, coordenação, serviços de comunicações, estatísticas e ações operacionais; b.2. Batalhão de Bombeiros Especial (BBE) - coordenação, fiscalização, controle e execução de atividades administrativas e operacionais de salvamento, busca, resgate e emergências médicas. b.2.1. Destarte, decido acrescentar as seguintes unidades subordinadas ao BBE: - Seção de Resgate - realizar atividades operacionais de resgate e emergências médicas; - Seção de Corte de Árvores - realizar atividades operacionais de poda e corte de árvores; - Grupamento de Salvamento Aquático - realizar atividades operacionais de prevenção e salvamento aquático.
6
b.3. Batalhão de Incêndio Florestal e Meio Ambiente (BIFMA) - prevenção e combate a incêndio florestal e queimadas, socorro ao meio ambiente, em conformidade com a lei. b.3.1. Destarte, decido acrescentar as seguintes unidades subordinadas ao BIFMA: - Seção de Captura de Animais - realizar atividades operacionais de busca, resgate e captura de animais; - Seção de Controle de Insetos - realizar atividades operacionais de controle de insetos; - Grupamento de Busca e Resgate em Ambientes de Selva - realizar atividades operacionais de busca e resgate em ambientes de selva.
Faz-se mister destacar, ainda, a estatística das ocorrências, de fato atendidas
pela Corporação. A tabela a seguir refere-se ao resumo das ocorrências atendidas
pelo CBMAM no período de janeiro a junho de 2015:
Tabela 1: Natureza das ocorrências atendidas entre janeiro a junho de 2015
Naturezas de Maior Vulto Quantidade Percentual
SALVAMENTO, BUSCA E RESGATE 798 36%
AÇÃO DE PREVENÇÃO 545 25%
INCÊNDIO 304 14%
SERVIÇOS 263 12%
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 123 6%
ACIDENTES 109 5%
OCORRÊNCIA SEM ATUAÇÃO 36 2%
OCORRÊNCIA ADMINISTRATIVA 29 1%
Total 2207 100%
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, 2015.
Para cada natureza informada, há uma variedade de tipos de ocorrências,
todas as quais, podem ser enquadradas em alguma atividade, finalidade ou
atribuição, determinadas nas legislações afins.
1.1.2. Manuais doutrinários das atividades operacionais bombeiro militar
No presente estudo, entende-se por “doutrina” a definição citada nas
Instruções Gerais para a Organização e Funcionamento do Sistema de Doutrina
Militar Terrestre (SIDOMT):
7
Conjunto de princípios, conceitos, normas e procedimentos. Fundamentada principalmente na experiência, destinada a estabelecer linhas de pensamento e a orientar ações, exposta de forma integrada e harmônica. Em uma visão mais abrangente, os princípios e conceitos compõem o espectro filosófico da doutrina, enquanto as normas e procedimentos determinam, de modo pragmático, a práxis, ou seja, o processo de execução ou a prática de uma ou várias ações pré-estabelecidas. (BRASIL, 2015b).
A Doutrina da Atividade Operacional pode ser comparada, em parte, no que
se denomina nas corporações civis, de Cultura Organizacional, pois:
A cultura organizacional envolve a soma dos valores, costumes, tradições e significados que fazem de uma organização algo único e diferente [...] É fundamental para o dia a dia das organizações que tenham conceitos bem definidos, disseminados e compreendidos para que todos se alinhem na busca da condução dos objetivos. (BURMESTER, 2012, p. 92).
Para Gasalla (2007, p. 25) “A cultura organizacional é uma espécie de
sedimento que foi se juntando a partir de comportamentos organizacionais
anteriores” e “[...] o fator mais nocivo para uma empresa é não ter uma cultura”.
(apud BURMESTER, 2012, p. 88). Neste sentido, é almejável uma definição e
alinhamento dos conhecimentos operacionais da Corporação, de modo que todos os
Bombeiros Militares (BM) possam estar “alinhados” nas ações institucionais.
Robbins; Finley (1997, p. 114) em seu livro “Por que as Equipes não
Funcionam” afirma: “Ter uma visão claramente comunicada, por outro lado, permite
aos funcionários e membros de equipe medirem seus valores e comportamentos em
comparação com o padrão da empresa”, dessa forma, pode-se fazer uma analogia
com a importância de se comunicar um padrão de conhecimentos doutrinários
operacionais para que o membro da equipe BM possa guiar sua atuação.
Em contato realizado com 20 (vinte), das 27 (vinte e sete) instituições
bombeiros militares no país, por meio das informações disponíveis no site do
Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares – CNCG (www.cngc.gov.br), verificou-se que 12 (doze) já
haviam produzido manuais doutrinários próprios e que 8 (oito) se utilizavam de
manuais produzidos por outras corporações. Com as demais 7 (sete) Corporações,
não se conseguiu contato.
8
1.1.3. A diversidade doutrinária e sua utilização no CBMAM
Instituições comprometidas com sua missão buscam desempenhar suas
atividades da melhor forma possível, e, em se tratando de instituição estatal, preza
pelo princípio da eficiência (Art. 37, Constituição Federal).
A respeito do que vem a ser „eficiência‟, o Instrumento para Avaliação da
Gestão Pública Ciclo 2008/2009 do Ministério do Planejamento, assim a define:
“fazer o que precisa ser feito com o máximo de qualidade ao menor custo possível.
Não se trata de redução de custo de qualquer maneira, mas de buscar a melhor
relação entre qualidade do serviço e qualidade do gasto” (BRASIL, 2015c).
José María Gasalla, em seu livro A Nova Gestão de Pessoas – O talento
executivo escreveu sobre a importância de se aproveitar a informação e
conhecimento disponível à organização:
Esse é necessariamente o papel daqueles que gerenciam o conhecimento, que tratam de „descobrir‟ o grau de conhecimento disponível e posteriormente elaboram mecanismos que possibilitem seu máximo aproveitamento por todos a fim de possibilitar a transformação da empresa (GASALLA, 2007, p. 34)
Ao se ter em mente o que é ser eficiente e, ainda, que são as pessoas, os
agentes de qualquer atuação operacional na Corporação, o texto de Chamon (2008,
p. 199) “[...] o desenvolvimento das competências organizacionais está diretamente
ligado ao desenvolvimento das competências individuais e das condições dadas pelo
contexto” reflete bem a ideia de que a instituição deve criar mecanismos para facilitar
o aperfeiçoamento técnico-profissional de seus colaboradores, isso em prol da
própria instituição e da sociedade em geral.
Gasalla (2007), ao falar sobre o correto funcionamento das organizações,
escreveu:
O perigo reside no funcionamento caótico, descontrolado, no qual não seja possível visualizar uma linha de ação, um senso de harmonia, um equilíbrio. Contudo, uma organização que defende um aprendizado contínuo ensinará a procurar, identificar, selecionar, discriminar e compartilhar informação e conhecimento. (GASALLA, 2007, p. 34, 35).
9
Segundo Chiavenato (2010, p. 368) “O treinamento constitui o núcleo de um
esforço contínuo desenhado para melhorar as competências das pessoas e,
consequentemente, o desempenho organizacional”.
Desse modo, caberá aos gestores da área de ensino da corporação,
harmonizar os conhecimentos doutrinários disponíveis ao CBMAM, que, por sua vez,
culminará em melhor desempenho operacional.
1.1.4. Criação de Grupos de Trabalho para confecção de Manuais de
Bombeiros para o CBMAM
Da análise do que já foi exposto neste artigo, bem como a compreensão de
que,
uma razão importante pela qual os grupos são criados é facilitar a realização de tarefas. Um grupo consegue, muitas vezes, maior sucesso, por um esforço conjunto, do que um número igual de pessoas trabalhando separadamente. Na realidade, muitas metas são atingíveis somente por meio da cooperação entre os membros do grupo. (VECCHIO, 2008, p. 212).
percebe-se a importância da criação de Grupos de Trabalho (GT), para confecção
de Manuais de Bombeiros para o CBMAM, de modo que todos os integrantes da
corporação possam atuar, cooperando uns com os outros, em unidade de técnicas e
táticas operacionais, ou seja, de doutrina.
Weisinger (1997, p. 150), comenta: “o sucesso do funcionamento de uma
equipe, um departamento ou um grupo tem relação direta com a eficácia da
comunicação entre seus membros nas situações de grupo”. Nisto, traz-se à baila, o
esforço comunicativo necessário para os GT que poderão ser criados, os quais
precisarão manter “[...] as críticas orientadas para o aperfeiçoamento: „Como
podemos tornar nosso processo mais eficiente‟” (WEISINGER, 1997, p. 154),
principalmente ao considerarmos que os grupos serão heterogêneos, como
heterogênea é a formação dos Instrutores/Monitores da Corporação.
Franco (2011, p. 20) diz que “a informação é um recurso de poder, tendo em
10
vista que é capaz de mudar toda a sociedade através de desenvolvimento e
aplicação de conhecimento”. Por certo, os GT, ao produzir conhecimento doutrinário
para a Instituição, mudá-la-á, desenvolvendo-a a patamares mais elevados.
Em consonância com Franco (2011), a citação sacra se faz obrigatória: “e não
vos conformeis com o tempo presente, mas transformai-vos pela renovação da
vossa mente [...]” (BIBLIA SHED, 1997). Que os bombeiros militares do Amazonas
possam se renovar, com as melhores técnicas e táticas, ao invés de permanecerem
estagnados no „tempo presente‟ da simples aceitação dos manuais externos à
Corporação.
1.2. METODOLOGIA
O desenvolvimento desta pesquisa se deu de forma descritiva, pois segundo
Gil (2002, p. 42) “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis”.
Como exemplifica Gil (2002, p.43), os procedimentos adotados para a coleta
de dados foram tanto as fontes de “papel”, ou seja, as pesquisas bibliográficas e
documentais, quanto os dados fornecidos por pessoas, neste caso, o levantamento,
e, mais especificamente, o questionário.
A pesquisa documental foi realizada junto ao Centro de Operações Bombeiro
Militar, fins de análise das ocorrências atendidas pela Corporação no ano de 2015. O
questionário foi direcionado aos Instrutores e Monitores do Corpo de Bombeiros
Militar do Amazonas.
A pesquisa bibliográfica foi realizada, conforme preconiza Gil (2002): “a
pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
11
Os dados foram analisados de forma qualitativa, pois “a análise qualitativa
depende de muitos fatores, tais como a natureza dos dados coletados, a extensão
da amostra, os instrumentos de pesquisa e os pressupostos teóricos que nortearam
a investigação” (GIL, 2002, p. 133), o que de fato ocorreu, quando da obtenção dos
diversos dados coletados e suas análises correlacionadas.
O universo pesquisado foi o de Instrutores e Monitores do CBMAM. Foram
enviados questionários aos 77 (setenta e sete) Instrutores e Monitores em atividade,
junto ao Campus IV do IESP.
1.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A pesquisa, realizada por meio de questionário, composto por 10 (dez)
questões, foi direcionada aos Instrutores e Monitores da Corporação. Responderam
ao questionário 32 (trinta e dois) Instrutores/Monitores. As respostas evidenciaram
fatores basilares para a presente pesquisa, norteadores para a melhoria dos
processos educacionais do CBMAM.
A primeira questão, “Marque um “X” na maior formação acadêmica do Sr.(a)”,
teve o objetivo de verificar o nível acadêmico dos Instrutores/Monitores e sua relação
com outros fatores, tais como: Tempo que ministra instrução na Corporação e quais
disciplinas ministra.
Os resultados coletados para essa questão foram animadores, visto que 26
(vinte e seis) Instrutores/Monitores, ou seja, 86,67% do total analisado possuem
curso superior. Destes, 9 (nove) possuem pós-graduação (representando 28,1% do
total) e 1 (um) Instrutor/Monitor declarou possuir a titulação de Mestre. Apenas 6
(seis) Instrutores/Monitores possuem apenas o Ensino Médio, representando 18,7%
do total.
Não paira dúvidas sobre a capacitação acadêmica dos Instrutores/Monitores
do CBMAM, os quais buscaram capacitar-se profissionalmente, além dos limites das
12
instruções operacionais e administrativas da corporação. Burmester (2012, p.10) nos
lembra que “A fonte do poder real nas organizações parece estar ligada à
capacidade de acesso a recursos e informação e à habilidade para repassá-los para
os subordinados”. Assim, a Corporação já possui os recursos humanos necessários
para alavancar a melhoria de seus processos educacionais (e consequente melhoria
do atendimento operacional), sendo importante aprimorar o fluxo de conhecimento
entre os Instrutores/Monitores e a efetivo BM em geral.
A segunda questão, “Durante suas atividades operacionais na Corporação,
alguma vez o Sr.(a) vivenciou discrepâncias entre o que o Sr.(a) aprendeu e o que
outros Bombeiros fazem (por terem aprendido daquela forma)?”, procurou verificar
se há, entre os bombeiros do Amazonas, diferenças doutrinárias na formação BM,
comprovadas na prática operacional dos Instrutores/Monitores.
Os resultados a essa questão foram os esperados pelo pesquisador, pois 31
(trinta e um) Instrutores/Monitores responderam que “Sim” e apenas 1 (um)
respondeu que “Não”.
A terceira questão “A quanto tempo o Sr.(a) ministra instrução no CBMAM?”
procurou mensurar a experiência docente dos Instrutores/Monitores da Corporação.
No livro A Arte da Guerra, Sun Tzu ensinou: “Alguém que não está familiarizado com
as montanhas e florestas, gargantas e desfiladeiros, com a forma dos charcos e
pantanais, não pode fazer avançar o exército” (SAWYER, 2006, p. 91).
Os resultados dessa questão nos revelam que os docentes da Corporação
estão “familiarizados com o terreno” do ensino, pois: 24 (vinte e quatro)
Intrutores/Monitores têm mais de 5 (cinco) anos de docência, ou seja, 75% do total,
e 8 (oito) tem menos de 5 (cinco) anos de docência, representando 25% do total.
Cabe lembrar, contudo, que docentes capazes, por si só, não é fator de sucesso no
processo de ensino-aprendizagem, como Chiavenato (2010, p. 398) nos traz à
memória: “Mas o conhecimento não é formado ao acaso. Ele precisa ser
administrado. A gestão do conhecimento é o processo através do qual as
organizações geram valor a partir de seu capital ou ativos intelectuais”.
13
A quarta questão é o cerne deste estudo: “O Sr.(a) acredita que há
diversidade de doutrinas operacionais (neste trabalho, doutrina operacional
aproximasse da ideia de Procedimento Operacional Padrão) em vigor no
CBMAM?”. Procurou-se mensurar a percepção dos Instrutores/Monitores sobre o
assunto.
Os resultados dessa questão foram idênticos aos da segunda: 31 (trinta e
uma) respostas para o “Sim” e apenas 1 (uma) para o “Não”. Estes resultados não
são surpreendentes, considerando a heterogeneidade da formação dos Bombeiros
Militares do Amazonas (a ser analisada nas questões 8 (oito) e 9 (nove) do presente
estudo).
A quinta questão, em sintonia com a segunda e quarta questões, “Caso a
resposta anterior seja Sim, a diversidade de doutrinas operacionais utilizadas na
Formação BM, no CBMAM, dificulta a uniformidade de atuação operacional?”
procurou saber a opinião dos Instrutores/Monitores sobre as consequências dessa
diversidade de doutrinas operacionais.
Os resultados também foram semelhantes às segunda e quarta questões,
sendo 25 (vinte e cinco) respostas “Sim”, 3 (três) “Talvez” e 3 (três) “Não”. Ou seja,
para a maioria dos Instrutores/Monitores pesquisados, a diversidade de doutrinas
operacionais em vigor no CBMAM dificulta a uniformidade de atuação operacional.
A sexta questão, “Ao longo de sua carreira profissional no CBMAM, o Sr.(a) já
teve acesso a quantos materiais didáticos (voltados para a formação BM) produzidos
por nossa Corporação?” teve o intuito conhecer um pouco mais sobre a história da
Instituição no que se refere a produção de conhecimentos escritos, voltados para a
atividade operacional, pois “O conhecimento é mais do que uma pessoa ou grupo de
pessoas sabe e conhece. Ele é também o que a organização sabe e conhece –
continuamente agregado a partir de fontes internas e externas por anos e décadas”
(CHIAVENATO, 2010, p. 398).
Os resultados obtidos nesta pergunta refletem, em parte, a pouca importância
que a Corporação vem dispensando à questão do conhecimento doutrinário, visto
14
que a maioria dos pesquisados, 23 (vinte e três), nunca entraram em contato com
qualquer material didático produzido pela Corporação. Por outro lado, 9 (nove)
Instrutores/Monitores relataram ter tido contado com publicações doutrinárias da
Corporação, mas esse contato, não resultou em fonte para o processo de ensino-
aprendizagem no Corpo de Bombeiros, como se infere dos resultados obtidos da
questão 9 (nove).
A questão 7 (sete), “Qual o grau de importância que o Sr.(a) daria para a
necessidade do CBMAM possuir manuais doutrinários próprios?” buscou fortalecer o
entendimento sobre a necessidade de se possuir tais manuais. Esta questão se
alinha à questão de nº 10 (dez).
Os resultados obtidos foram animadores, visto que 25 (vinte e cinco) dos
docentes (78,13%) consideraram o tema extremamente importante, 6 (seis)
consideraram o assunto importante ou muito importante e apenas 1 (um) considerou
de pouca importância a necessidade de se possuir manuais doutrinários próprios.
As respostas obtidas nesta questão harmonizam-se com Chiavenato (2010,
p.397): “Nas organizações, o conhecimento está embutido em documentos, rotinas,
processos, práticas e normas organizacionais” e,
O programa de treinamento deve estar associado com as necessidades estratégicas da organização. Comprar pacotes de treinamento, isto é, programas já prontos e vendidos como produtos enlatados e fechados, nem sempre soluciona as necessidades da organização. (CHIAVENATO, 2010, p. 374)
A questão de nº 8 (oito) “Informe até três Disciplinas que o Sr.(a) ministra e a
principal fonte bibliográfica utilizada” procurou identificar as fontes doutrinárias
das atividades docentes na Corporação. Do número de vezes em que foram
citadas as origens das fontes bibliográficas utilizadas para fundamentar o
conhecimento das disciplinas ministradas pelos docentes, construiu-se a
tabela a seguir:
15
Tabela 2: Fontes doutrinárias das atividades docentes no CBMAM
Fontes Doutrinárias Quantidade de Citações
CBM-SP 35
CBM-DF 14
Livros e Legislações Civis Diversas 13
CBM-ES 7
Exército Brasileiro 4
CBM-PA 2
CBM-RJ 2
Manuais Americanos 2
PM-AM 2
CBM-AM 1
CBM-GO 1
CBM-PR 1
Marinha do Brasil 1
TOTAL 85
Fonte: Elaborado pelo Autor (2015)
A supremacia do Corpo de Bombeiros Militar da Polícia Militar do Estado de
São Paulo, aqui abreviado com a sigla CBM-SP, como fonte doutrinária majoritária
em vigor no CBMAM, é notória, com 35 (trinta e cinco) citações de um total de 85
(oitenta e cinco). Em segundo lugar na lista, aparece o Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal, com 14 (catorze) menções. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado
do Espírito Santo aparece em terceiro lugar, com 7 (sete) citações, dentre as
Instituições que mais contribuem para o arcabouço doutrinário do CBMAM.
A questão de número 9 (nove), “Em relação a sua formação profissional,
informe até três Cursos de Formação/Especialização que o Sr.(a) tenha realizado
fora do CBMAM (ou com instrutores de fora, ministrando curso no CBMAM)” visa ter
uma ideia mais clara a respeito das distintas origens na formação/especialização dos
Instrutores/Monitores da Corporação. Segue abaixo a tabela com os dados obtidos:
Tabela 3: Locais de formação/especialização dos instrutores/monitores do CBMAM
LOCAIS DE FORMAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO Quantidade de
Cursos/Especializações
CBM-DF 21
CBM-SP 16
CBM-PA 6
CBM-ES 4
16
Força Nacional de Segurança 4
Instituições Civis 4
CBM-RJ 3
EUA 2
CBM-AC 2
CBM-MA 2
CBM-MG 2
CBM-PE 2
CBM-GO 1
CBM-PR 1
CBM-SC 1
Marinha do Brasil 1
TOTAL 72
Fonte: Elaborado pelo Autor (2015)
Novamente, assim como ocorreu na questão de número 8 (oito), aqui, se
verifica as mesmas Instituições BM nas quatro primeiras posições, quando se refere
à formação dos bombeiros militares do Amazonas, a saber, os Corpos de Bombeiros
do Distrito Federal, São Paulo, Pará e Espírito Santo. Deve-se ressaltar, contudo,
que os dados obtidos acima, se referem há uma amostra, e não contempla o total
dos Instrutores/Monitores da Corporação, mas sim, apenas aqueles que
responderam ao questionário elaborado neste estudo.
A décima questão, “O Sr.(a) seria voluntário para compor um Grupo de
Trabalho fins elaboração de Manual de Bombeiros, em sua área de atuação?”
procura verificar se haverá voluntários para a confecção de manuais, considerando
um provável esforço da corporação, neste sentido, à curto prazo.
Os dados coletados são favoráveis a uma política de valorização do
conhecimento institucional, havendo muitos voluntários, pois 27 (vinte e sete) dos
docentes responderam “Sim”, 4 (quatro) responderam “Talvez” e apenas 1 (um)
declarou não ser voluntário para participar de confecção de manuais para a
Corporação.
17
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Este artigo salientou a questão da diversidade de doutrinas operacionais em
vigor no CBMAM, evidenciado a pouca importância que a Corporação dá ao tema
atualmente. Tal fato expõe todos os bombeiros militares do Amazonas a uma
atuação operacional desvinculada de bases doutrinárias comuns, podendo causar
uma menor qualidade dos serviços prestados à sociedade amazonense.
Ressaltou que a grande quantidade de manuais doutrinários disponíveis não
garante a sintonia dos trabalhos executados, mas sim podem causar um
funcionamento operacional caótico, sem uma linha de ação clara aos executores.
Neste sentido, recomendou um gerenciamento voltado para a harmonização e
unificação dos conhecimentos doutrinários existentes no Corpo de Bombeiros.
Pelo trabalho de campo, constataram-se as principais instituições bombeiros
militares do país que mais contribuem com a formação/especialização dos
bombeiros do Amazonas. Verificou-se ainda, as principais fontes doutrinárias
utilizadas pelos docentes da Corporação. Nisto, se inferiu o peso da
responsabilidade que se dá ao indivíduo – instrutor/monitor – na formação dos
bombeiros, ao invés desta responsabilidade ser direcionada para a própria
Instituição. Tal situação ocorre por não haver um conjunto sinérgico de doutrinas e
processos educacionais na Corporação.
Foi evidenciada a competência dos instrutores/monitores do CBMAM, bem
como a intenção legítima de participarem ativamente da elaboração de manuais
doutrinários próprios, visando minimizar o impacto das discrepâncias causadas pela
diversidade doutrinária, hoje existente.
Neste contexto, a formação de Grupos de Trabalho (GT) para a elaboração de
manuais doutrinários próprios para o CBMAM encontra guarida no corpo docente
institucional, bem como se fará necessário assim proceder, para que a Corporação
possa progredir na melhoria dos processos educacionais, em prol da comunidade.
18
REFERÊNCIAS
AMAZONAS (Estado). Constituição do Estado do Amazonas. Diário Oficial do Estado, Manaus, AM, 5 out. 1989. Disponível em: <http://rhnet.sead.am.gov.br/> Acesso em: 6 jul. 2015. ______. Lei Delegada nº 064. Cria o Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do Estado do Amazonas, estabelece normas para a sua organização e manutenção e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Manaus, AM, 4 mai. 2007. Disponível em: <http://rhnet.sead.am.gov.br/> Acesso em: 6 jul. 2015. ______. Lei Delegada nº 089, de 18 de maio de 2007. Dispõe sobre o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas – CBMAM, definindo suas finalidades, competências e estrutura organizacional, fixando o seu quadro de cargos comissionados e estabelecendo outras providências. Diário Oficial do Estado, Manaus, AM, 18 mai. 2007. Disponível em: < http://rhnet.sead.am.gov.br/ > Acesso em: 28 mar. 2015. ______. Lei nº 3.205. Dispõe sobre o Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública do Estado do Amazonas. Diário Oficial do Estado, Manaus, AM, 21 dez. 2007. Disponível em: <http://rhnet.sead.am.gov.br/> Acesso em: 6 jul. 2015. BÍBLIA SHEDD. I Coríntios. 12, 2. Português. Bíblia Sagrada. 2. ed. Revista e Atualizada no Brasil. Barueri: Sociedade Bíblica no Brasil, 1997. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicaocompilado.htm> Acesso em 28 mar. 2015a. ______. Exército Brasileiro. Sistema de Doutrina Militar Terrestre (SIDOMT). EB10-IG-01.005. Brasília, DF, 2012. Disponível em: < http://www.cdoutex.eb.mil.br/ index.php/produtos-doutrinarios/instrucoes-gerais > Acesso em: 28 mar. 2015b. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instrumento para Avaliação da Gestão Pública – Ciclo 2008/2009. Brasília, DF, 2008. Disponível em: < http://www.gespublica.gov.br/biblioteca/pasta.2011-01-11.8044815293/instrumento _para_avaliacao_da_gestao_publica_-_ciclo_2008-2009.pdf> Acesso em: 28 mar. 2015c. BURMESTER, Haino. Manual de Gestão: Organização, Processos e Práticas de Liderança. São Paulo: Saraiva, 2012. CHAMON, Edna Maria Querido de Oliveira. Gestão Integrada de Organizações. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO AMAZONAS. Boletim Geral nº 092/2014:
19
Portaria nº 002/CBC-2014, redefine competências dos órgãos de assistência e assessoramento e dos órgãos de execução, no âmbito do Comando de Bombeiros da Capital. Manaus, 2014. ______. Centro de Operações Bombeiro Militar: Ocorrências atendidas pelo CBMAM - Janeiro a Junho de 2015. Manaus, 2015. FRANCO, Carlos Sérgio Souza Pinto de Almeida. Sistema Integrado de Controle Administrativo: Experiência do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. 2011. 99 f. Monogragia (Especialização em Gestão Estratégica) - Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Brasília, 2011. FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: Explicação das Normas da ABNT. 17. ed. Porto Alegre: Dáctilo Plus, 2015. GASALLA, José María. A Nova Gestão de Pessoas: O talento executivo. São Paulo: Saraiva, 2007. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002 INSTITUTO INTEGRADO DE ENSINO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS. Contatos dos docentes. Manaus, 2015. ROBBINS, Harvey; FINLEY, Michael. Por que as Equipes não Funcionam: O que não deu certo e como torná-las criativas e eficientes. Rio de Janeiro: Campus, 1997. SAWYER, Ralph D. A Arte da Guerra: Sun-Tzu, Sun-Pin. Tradução para o Inglês, introdução e comentário de Ralph D. Sawyer; colaboração de Mei-Chun Lee Sawyer: Tradução a partir do inglês de Ana Aguiar Cotrim. São Paulo: Martins Fontes, 2006. VECCHIO, Robert P. Comportamento Organizacional: Conceitos básicos. São Paulo: Cengage Learning, 2008. WEISINGER, Hendrie. Inteligência Emocional no Trabalho: Como aplicar os conceitos revolucionários da I.E. nas suas relações profissionais, reduzindo o estresse, aumentando sua satisfação, eficiência e competitividade. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.
20
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO AOS INSTRUTORES E MONITORES DO CBMAM
Saudações! Peço a colaboração do Sr.(a) em responder o questionário
abaixo; seu auxílio contribuirá bastante com o meu trabalho. O presente questionário
é destinado a todos os militares que atuam (ou atuaram) como
Instrutores/Monitores no CBMAM nos últimos dois anos. As seguintes perguntas
servirão de base ao Artigo Científico a ser apresentado como Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC) do CAO que estou realizando. Atenciosamente, Cap QOBM Cilomi
Souto Arraz.
1. Marque um “X” na maior formação acadêmica do Sr.(a):
( ) Ensino Fundamental ( ) Pós-Graduado
( ) Ensino Médio ( ) Mestre
( ) Ensino Superior ( ) Doutor
2. Durante suas atividades operacionais na Corporação, alguma vez o Sr.(a)
vivenciou discrepâncias entre o que o Sr.(a) aprendeu e o que outros
Bombeiros fazem (por terem aprendido daquela forma)?
( ) Sim ( ) Não
3. A quanto tempo o Sr.(a) ministra instrução no CBMAM?
( ) Menos de 5 anos ( ) de 20 a 25 anos incompletos
( ) de 5 a 10 anos incompletos ( ) de 25 a 30 incompletos
( ) de 10 a 15 anos incompletos ( ) mais de 30 anos
( ) de 15 a 20 anos incompletos
4. O Sr.(a) acredita que há diversidade de doutrinas operacionais (neste
trabalho, doutrina operacional aproximasse da ideia de Procedimento
Operacional Padrão) em vigor no CBMAM?
( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez
5. Caso a resposta anterior seja Sim, a diversidade de doutrinas operacionais
21
utilizadas na Formação BM, no CBMAM, dificulta a uniformidade de atuação
operacional?
( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez
6. Ao longo de sua carreira profissional no CBMAM, o Sr.(a) já teve acesso a
quantos materiais didáticos (voltados para a formação BM) produzidos por
nossa Corporação?
( ) Nenhum ( ) Até 5
( ) de 6 a 10 ( ) Mais de 10
7. Qual o grau de importância que o Sr.(a) daria para a necessidade do CBMAM
possuir manuais doutrinários próprios?
( ) Extremamente importante ( ) Pouco importante
( ) Muito importante ( ) Sem importância
( ) Importante
8. Informe até três Disciplinas que o Sr.(a) ministra e a principal fonte
bibliográfica utilizada: (Exemplo: Combate a Incêndio Urbano - Manual do
Corpo de Bombeiros de São Paulo; Salvamento em Altura - Manual do Corpo
de Bombeiros do Espírito Santo)
Disciplina Ministrada Fonte Bibliográfica Utilizada
9. Em relação a sua formação profissional, informe até três Cursos de
Formação/Especialização que o Sr.(a) tenha realizado fora do CBMAM (ou
com instrutores de fora, ministrando curso no CBMAM): (Exemplo: Curso de
Especialização em Salvamento em Altura – Instrutores do CBM-ES; Curso de
Mergulho Autônomo – Instrutores do CBM-PA; Curso de Aperfeiçoamento de
Sargentos - Corpo de Bombeiros de Roraima; Curso de Bombeiros para
Oficial - Corpo de Bombeiros de São Paulo; etc).
22
Curso de Formação e/ou Especialização Local da Formação e/ou
Especialização
10. O Sr.(a) seria voluntário para compor um Grupo de Trabalho fins elaboração
de Manual de Bombeiros, em sua área de atuação?
( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez
Muito Obrigado por sua colaboração!