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UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA
FACULDADE DE PLANALTINA
ISABEL CRISTINE DA FONSECA ROSA
TURISMO RURAL ACESSIacuteVEL NA REGIAtildeO DE SOBRADINHO DF
PLANALTINA ndash DF
2016
ISABEL CRISTINE DA FONSECA ROSA
TURISMO RURAL ACESSIacuteVEL NA RIGIAtildeO DE SOBRADINHO DF
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao
curso de Gestatildeo do Agronegoacutecio como requisito
parcial agrave obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em
Gestatildeo do Agronegoacutecio
Orientador(a) Prof Dra Donaacuteria Coelho Duarte
Planaltina ndash DF
2016
Poema dedicado agrave deficiecircncia
Deficiente eacute aquele que natildeo consegue modificar sua vida aceitando as
imposiccedilotildees de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter
consciecircncia de que eacute dono do seu destino
Louco eacute quem natildeo procura ser feliz com o que possui
Cego eacute aquele que natildeo vecirc seu proacuteximo morrer de frio de fome de miseacuteria e
soacute tecircm olhos para os seus miacuteseros problemas e pequenas dores
Surdo eacute aquele que natildeo tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo ou o
apelo de um irmatildeo Pois estaacute sempre apressado para o trabalho e quer garantir
seus tostotildees no fim do mecircs
Mudo eacute aquele que natildeo consegue falar o que sente e se esconde por traacutes da
maacutescara da hipocrisia
Paraliacutetico eacute quem natildeo consegue andar na direccedilatildeo daqueles que precisam de
sua ajuda
Diabeacutetico eacute quem natildeo consegue ser doce
Anatildeo eacute quem natildeo sabe deixar o amor crescer
E finalmente a pior das deficiecircncias eacute ser Miseraacutevel pois MISERAacuteVEIS satildeo
todos que natildeo conseguem enxergar a grandeza de Deus
Amizade eacute um amor que nunca morre
Maacuterio Quintana
Agradecimentos
Agradeccedilo a Deus pela vida sabedoria e capacitaccedilatildeo sem as quais natildeo seria
possiacutevel o alcance desta e de outras conquistas
Manifesto minha extrema gratidatildeo a meu esposo Samuel Lemos Rosa pelo
amor apoio suporte e encorajamento nos momentos difiacuteceis
A minha matildeezinha querida Josefa Maria de Carvalho que sempre se dedicou
me amou e acreditou em mim
A meus filhos Raquel Rosa e Daniel Rosa que compreenderam a minha
ausecircncia
A minha querida professora e orientadora Doutora Donaacuteria Coelho Duarte por
sua dedicaccedilatildeo compreensatildeo tempo e paciecircncia disponibilizadas durante todo
o processo de elaboraccedilatildeo deste trabalho
A todos os professores da FUP que contribuiacuteram para minha formaccedilatildeo
acadecircmica
A meus amigos queridos que caminharam comigo durante todo esse tempo
Amo vocecircs
Resumo
Este trabalho reflete sobre a relaccedilatildeo do turismo rural na regiatildeo administrativa de Sobradinho DF sua acessibilidade e seu potencial econocircmico e sua inclusatildeo social Como as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzida satildeo acolhidas nesses estabelecimentos Ressalta-se que as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzidas eacute um segmento em crescimento mas eacute necessaacuterio que os estabelecimentos ofereccedilam uma infraestrutura adequada as suas necessidades Portanto procurou-se realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural acessiacutevel bem como a realizaccedilatildeo de uma pesquisa de caraacuteter qualitativo exploratoacuterio e descritiva com o objetivo de descrever as caracteriacutesticas dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do Cavalo Nas conclusotildees foram pautadas algumas sugestotildees como a conscientizaccedilatildeo dos empreendedores a respeito da acessibilidade e a fiscalizaccedilatildeo de accedilotildees voltadas a inclusatildeo social Visando-se a melhoria da acessibilidade no turismo rural na regiatildeo de Sobradinho Aconselha-se ainda o aprofundamento das pesquisas sobre o tema de modo a favorecer o conhecimento e a qualidade da acessibilidade para que o turismo rural seja um potencializador de inclusatildeo social Palavras-chave Turismo rural Acessibilidade Rota do Cavalo Sobradinho- DF
Sumaacuterio
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 OBJETIVOS 3
3 JUSTIFICATIVA 3
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO 5
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE 5
42 TURISMO RURAL 11
43 TURISMO ACESSIacuteVEL 14
5 METODOLOGIA 19
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE
SOBRADINHO 20
7 ANALISE DE DADOS 23
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS RESPONDENTES
PESQUISADOS 23
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 24
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 29
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL 29
8 CONCLUSAtildeO 33
REFEREcircNCIAS 37
APEcircNDICE 42
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A dinacircmica da vida eacute transformadora e continua no iniacutecio o ser
humano tinha que se deslocar de um lugar para outro de tempos em tempos
para sobreviver pois se alimentava do que caccedilava pescava e dos frutos que
colhia da natureza Com o decorrer dos tempos o homem foi se desenvolvendo
e veio o que chamamos da primeira revoluccedilatildeo onde o homem se fixou numa
regiatildeo e comeccedilou a plantar e colher Daiacute por diante as mudanccedilas nos haacutebitos
alimentares e na forma de produzir os alimentos prossegue de forma aacutevida
Por meio de tantas transformaccedilotildees e evoluccedilotildees tecnoloacutegicas
principalmente nas uacuteltimas deacutecadas o ambiente rural vem sofrendo intensas
mudanccedilas e tem se favorecido em termos de produtividade qualidade
produccedilatildeo em escala entre outros Mas esse desenvolvimento tecnoloacutegico
trouxe tambeacutem questotildees desfavoraacuteveis agraves famiacutelias que vivem no campo como
a reduccedilatildeo de horas trabalhadas nas atividades agriacutecolas e consequentemente
houve uma draacutestica diminuiccedilatildeo na utilizaccedilatildeo de matildeo de obra Desta forma as
famiacutelias comeccedilaram a sofrer com uma renda minguada que natildeo supri suas
necessidades baacutesicas e impulsiona o ecircxodo rural
Diante dessa nova realidade os agricultores comeccedilaram a buscar
novas alternativas de renda seja agriacutecola e natildeo agriacutecola para complementar a
renda familiar o que deu origem a pluriatividade rural Em conformidade com
Graziano da Silva e Del Grossi (2002) a pluriatividade incorpora os conceitos
de diversificaccedilatildeo produtiva e de agricultura em tempo parcial sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do
domiciacutelio inclusive as ocupaccedilotildees por conta proacutepria o trabalho assalariado e
natildeo assalariado realizado dentro eou fora das exploraccedilotildees agropecuaacuterias
Essas atividades estatildeo relacionadas a qualquer ramo de atividade e uma delas
eacute o turismo rural que eacute uma nova oportunidade de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural
integrando a produccedilatildeo agropecuaacuteria tradicional com a prestaccedilatildeo de um novo
serviccedilo por meio do lazer e da cultural cooperando assim para o aumento da
renda familiar e para a permanecircncia do homem no campo
O turismo de forma geral eacute um segmento em expansatildeo que contribui
para o desenvolvimento econocircmico e social da naccedilatildeo Para Campos e Marodin
2
(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
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relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
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na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
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Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
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Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
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cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
ISABEL CRISTINE DA FONSECA ROSA
TURISMO RURAL ACESSIacuteVEL NA RIGIAtildeO DE SOBRADINHO DF
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao
curso de Gestatildeo do Agronegoacutecio como requisito
parcial agrave obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em
Gestatildeo do Agronegoacutecio
Orientador(a) Prof Dra Donaacuteria Coelho Duarte
Planaltina ndash DF
2016
Poema dedicado agrave deficiecircncia
Deficiente eacute aquele que natildeo consegue modificar sua vida aceitando as
imposiccedilotildees de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter
consciecircncia de que eacute dono do seu destino
Louco eacute quem natildeo procura ser feliz com o que possui
Cego eacute aquele que natildeo vecirc seu proacuteximo morrer de frio de fome de miseacuteria e
soacute tecircm olhos para os seus miacuteseros problemas e pequenas dores
Surdo eacute aquele que natildeo tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo ou o
apelo de um irmatildeo Pois estaacute sempre apressado para o trabalho e quer garantir
seus tostotildees no fim do mecircs
Mudo eacute aquele que natildeo consegue falar o que sente e se esconde por traacutes da
maacutescara da hipocrisia
Paraliacutetico eacute quem natildeo consegue andar na direccedilatildeo daqueles que precisam de
sua ajuda
Diabeacutetico eacute quem natildeo consegue ser doce
Anatildeo eacute quem natildeo sabe deixar o amor crescer
E finalmente a pior das deficiecircncias eacute ser Miseraacutevel pois MISERAacuteVEIS satildeo
todos que natildeo conseguem enxergar a grandeza de Deus
Amizade eacute um amor que nunca morre
Maacuterio Quintana
Agradecimentos
Agradeccedilo a Deus pela vida sabedoria e capacitaccedilatildeo sem as quais natildeo seria
possiacutevel o alcance desta e de outras conquistas
Manifesto minha extrema gratidatildeo a meu esposo Samuel Lemos Rosa pelo
amor apoio suporte e encorajamento nos momentos difiacuteceis
A minha matildeezinha querida Josefa Maria de Carvalho que sempre se dedicou
me amou e acreditou em mim
A meus filhos Raquel Rosa e Daniel Rosa que compreenderam a minha
ausecircncia
A minha querida professora e orientadora Doutora Donaacuteria Coelho Duarte por
sua dedicaccedilatildeo compreensatildeo tempo e paciecircncia disponibilizadas durante todo
o processo de elaboraccedilatildeo deste trabalho
A todos os professores da FUP que contribuiacuteram para minha formaccedilatildeo
acadecircmica
A meus amigos queridos que caminharam comigo durante todo esse tempo
Amo vocecircs
Resumo
Este trabalho reflete sobre a relaccedilatildeo do turismo rural na regiatildeo administrativa de Sobradinho DF sua acessibilidade e seu potencial econocircmico e sua inclusatildeo social Como as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzida satildeo acolhidas nesses estabelecimentos Ressalta-se que as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzidas eacute um segmento em crescimento mas eacute necessaacuterio que os estabelecimentos ofereccedilam uma infraestrutura adequada as suas necessidades Portanto procurou-se realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural acessiacutevel bem como a realizaccedilatildeo de uma pesquisa de caraacuteter qualitativo exploratoacuterio e descritiva com o objetivo de descrever as caracteriacutesticas dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do Cavalo Nas conclusotildees foram pautadas algumas sugestotildees como a conscientizaccedilatildeo dos empreendedores a respeito da acessibilidade e a fiscalizaccedilatildeo de accedilotildees voltadas a inclusatildeo social Visando-se a melhoria da acessibilidade no turismo rural na regiatildeo de Sobradinho Aconselha-se ainda o aprofundamento das pesquisas sobre o tema de modo a favorecer o conhecimento e a qualidade da acessibilidade para que o turismo rural seja um potencializador de inclusatildeo social Palavras-chave Turismo rural Acessibilidade Rota do Cavalo Sobradinho- DF
Sumaacuterio
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 OBJETIVOS 3
3 JUSTIFICATIVA 3
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO 5
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE 5
42 TURISMO RURAL 11
43 TURISMO ACESSIacuteVEL 14
5 METODOLOGIA 19
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE
SOBRADINHO 20
7 ANALISE DE DADOS 23
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS RESPONDENTES
PESQUISADOS 23
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 24
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 29
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL 29
8 CONCLUSAtildeO 33
REFEREcircNCIAS 37
APEcircNDICE 42
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A dinacircmica da vida eacute transformadora e continua no iniacutecio o ser
humano tinha que se deslocar de um lugar para outro de tempos em tempos
para sobreviver pois se alimentava do que caccedilava pescava e dos frutos que
colhia da natureza Com o decorrer dos tempos o homem foi se desenvolvendo
e veio o que chamamos da primeira revoluccedilatildeo onde o homem se fixou numa
regiatildeo e comeccedilou a plantar e colher Daiacute por diante as mudanccedilas nos haacutebitos
alimentares e na forma de produzir os alimentos prossegue de forma aacutevida
Por meio de tantas transformaccedilotildees e evoluccedilotildees tecnoloacutegicas
principalmente nas uacuteltimas deacutecadas o ambiente rural vem sofrendo intensas
mudanccedilas e tem se favorecido em termos de produtividade qualidade
produccedilatildeo em escala entre outros Mas esse desenvolvimento tecnoloacutegico
trouxe tambeacutem questotildees desfavoraacuteveis agraves famiacutelias que vivem no campo como
a reduccedilatildeo de horas trabalhadas nas atividades agriacutecolas e consequentemente
houve uma draacutestica diminuiccedilatildeo na utilizaccedilatildeo de matildeo de obra Desta forma as
famiacutelias comeccedilaram a sofrer com uma renda minguada que natildeo supri suas
necessidades baacutesicas e impulsiona o ecircxodo rural
Diante dessa nova realidade os agricultores comeccedilaram a buscar
novas alternativas de renda seja agriacutecola e natildeo agriacutecola para complementar a
renda familiar o que deu origem a pluriatividade rural Em conformidade com
Graziano da Silva e Del Grossi (2002) a pluriatividade incorpora os conceitos
de diversificaccedilatildeo produtiva e de agricultura em tempo parcial sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do
domiciacutelio inclusive as ocupaccedilotildees por conta proacutepria o trabalho assalariado e
natildeo assalariado realizado dentro eou fora das exploraccedilotildees agropecuaacuterias
Essas atividades estatildeo relacionadas a qualquer ramo de atividade e uma delas
eacute o turismo rural que eacute uma nova oportunidade de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural
integrando a produccedilatildeo agropecuaacuteria tradicional com a prestaccedilatildeo de um novo
serviccedilo por meio do lazer e da cultural cooperando assim para o aumento da
renda familiar e para a permanecircncia do homem no campo
O turismo de forma geral eacute um segmento em expansatildeo que contribui
para o desenvolvimento econocircmico e social da naccedilatildeo Para Campos e Marodin
2
(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edificaccedilotildees mobiliaacuterios espaccedilos e equipamentos urbanos (segunda ediccedilatildeo) 2004 Disponiacutevel em gthttpptscribdcomdoc7323906NBR-9050-2004-acessibilidade-a-es-rio Espacos-e-Equipamentos-Urbanosgt Acesso em novembro de 2015 ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edificaccedilotildees mobiliaacuterio espaccedilos e equipamentos urbanos (terceira ediccedilatildeo) 2015 Disponiacutevel em gthttpwwwpessoacomdeficienciagovbrappsitesdefaultfilesarquivos5Bfield_generico_imagens-filefield-description5D_164pdfgt Acesso em junho de 2016 AMARAL M I C A Cooperaccedilatildeo Entre os Stakeholders e o Desenvolvimento Turiacutestico dos Territoacuterios Rurais - O Caso da Sub-Regiatildeo do Baixo Alentejo (Alentejo ndash Portugal) Revista Turismo ndash Visatildeo e Accedilatildeo ndash Eletrocircnica V 18 ndash n1 p29-59 Jan-Abr 2016 ASHTON M S G TOMAZZONI E L EMMENDOERFER M L Turismo em cidades criativas e validaccedilatildeo de novos destinos turiacutesticos competitivos 2014 Disponiacutevel em gt httpwwwanpturorgbranpturanaisv10AnaisDPG4100pdfgt Acesso em outubro de 2015 AZEVEDO R M M RODRIGUES C G O Poliacuteticas puacuteblicas e turismo rural em estudo acerca das possibilidades e limitaccedilotildees no municiacutepio de Apodi (RN) Caderno Virtual de Turismo Rio de Janeiro v 15 n2p131-145 ago 2015 BARBOSA G E A cultura da hospitalidade como fundamento do bom relacionamento na hotelaria PUC - Satildeo Paulo 2007 Disponiacutevel emgthttplivros01livrosgratiscombrcp040383pdfgt Acesso setembro de 2015 BAPTISTA I (orgs) Laccedilos Sociais Por uma epistemologia da hospitalidade Caxias do Sul RS Educs 2014 BENI M C Anaacutelise estrutural do turismo Satildeo Paulo Senac Satildeo Paulo 2001 BLANCO Enrique Sergio O turismo rural em aacutereas de agricultura familiar as novas ruralidades e a sustentabilidade do desenvolvimento local Caderno Virtual de Turismo v 4 n 3 2006
38
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41
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Poema dedicado agrave deficiecircncia
Deficiente eacute aquele que natildeo consegue modificar sua vida aceitando as
imposiccedilotildees de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter
consciecircncia de que eacute dono do seu destino
Louco eacute quem natildeo procura ser feliz com o que possui
Cego eacute aquele que natildeo vecirc seu proacuteximo morrer de frio de fome de miseacuteria e
soacute tecircm olhos para os seus miacuteseros problemas e pequenas dores
Surdo eacute aquele que natildeo tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo ou o
apelo de um irmatildeo Pois estaacute sempre apressado para o trabalho e quer garantir
seus tostotildees no fim do mecircs
Mudo eacute aquele que natildeo consegue falar o que sente e se esconde por traacutes da
maacutescara da hipocrisia
Paraliacutetico eacute quem natildeo consegue andar na direccedilatildeo daqueles que precisam de
sua ajuda
Diabeacutetico eacute quem natildeo consegue ser doce
Anatildeo eacute quem natildeo sabe deixar o amor crescer
E finalmente a pior das deficiecircncias eacute ser Miseraacutevel pois MISERAacuteVEIS satildeo
todos que natildeo conseguem enxergar a grandeza de Deus
Amizade eacute um amor que nunca morre
Maacuterio Quintana
Agradecimentos
Agradeccedilo a Deus pela vida sabedoria e capacitaccedilatildeo sem as quais natildeo seria
possiacutevel o alcance desta e de outras conquistas
Manifesto minha extrema gratidatildeo a meu esposo Samuel Lemos Rosa pelo
amor apoio suporte e encorajamento nos momentos difiacuteceis
A minha matildeezinha querida Josefa Maria de Carvalho que sempre se dedicou
me amou e acreditou em mim
A meus filhos Raquel Rosa e Daniel Rosa que compreenderam a minha
ausecircncia
A minha querida professora e orientadora Doutora Donaacuteria Coelho Duarte por
sua dedicaccedilatildeo compreensatildeo tempo e paciecircncia disponibilizadas durante todo
o processo de elaboraccedilatildeo deste trabalho
A todos os professores da FUP que contribuiacuteram para minha formaccedilatildeo
acadecircmica
A meus amigos queridos que caminharam comigo durante todo esse tempo
Amo vocecircs
Resumo
Este trabalho reflete sobre a relaccedilatildeo do turismo rural na regiatildeo administrativa de Sobradinho DF sua acessibilidade e seu potencial econocircmico e sua inclusatildeo social Como as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzida satildeo acolhidas nesses estabelecimentos Ressalta-se que as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzidas eacute um segmento em crescimento mas eacute necessaacuterio que os estabelecimentos ofereccedilam uma infraestrutura adequada as suas necessidades Portanto procurou-se realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural acessiacutevel bem como a realizaccedilatildeo de uma pesquisa de caraacuteter qualitativo exploratoacuterio e descritiva com o objetivo de descrever as caracteriacutesticas dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do Cavalo Nas conclusotildees foram pautadas algumas sugestotildees como a conscientizaccedilatildeo dos empreendedores a respeito da acessibilidade e a fiscalizaccedilatildeo de accedilotildees voltadas a inclusatildeo social Visando-se a melhoria da acessibilidade no turismo rural na regiatildeo de Sobradinho Aconselha-se ainda o aprofundamento das pesquisas sobre o tema de modo a favorecer o conhecimento e a qualidade da acessibilidade para que o turismo rural seja um potencializador de inclusatildeo social Palavras-chave Turismo rural Acessibilidade Rota do Cavalo Sobradinho- DF
Sumaacuterio
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 OBJETIVOS 3
3 JUSTIFICATIVA 3
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO 5
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE 5
42 TURISMO RURAL 11
43 TURISMO ACESSIacuteVEL 14
5 METODOLOGIA 19
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE
SOBRADINHO 20
7 ANALISE DE DADOS 23
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS RESPONDENTES
PESQUISADOS 23
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 24
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 29
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL 29
8 CONCLUSAtildeO 33
REFEREcircNCIAS 37
APEcircNDICE 42
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A dinacircmica da vida eacute transformadora e continua no iniacutecio o ser
humano tinha que se deslocar de um lugar para outro de tempos em tempos
para sobreviver pois se alimentava do que caccedilava pescava e dos frutos que
colhia da natureza Com o decorrer dos tempos o homem foi se desenvolvendo
e veio o que chamamos da primeira revoluccedilatildeo onde o homem se fixou numa
regiatildeo e comeccedilou a plantar e colher Daiacute por diante as mudanccedilas nos haacutebitos
alimentares e na forma de produzir os alimentos prossegue de forma aacutevida
Por meio de tantas transformaccedilotildees e evoluccedilotildees tecnoloacutegicas
principalmente nas uacuteltimas deacutecadas o ambiente rural vem sofrendo intensas
mudanccedilas e tem se favorecido em termos de produtividade qualidade
produccedilatildeo em escala entre outros Mas esse desenvolvimento tecnoloacutegico
trouxe tambeacutem questotildees desfavoraacuteveis agraves famiacutelias que vivem no campo como
a reduccedilatildeo de horas trabalhadas nas atividades agriacutecolas e consequentemente
houve uma draacutestica diminuiccedilatildeo na utilizaccedilatildeo de matildeo de obra Desta forma as
famiacutelias comeccedilaram a sofrer com uma renda minguada que natildeo supri suas
necessidades baacutesicas e impulsiona o ecircxodo rural
Diante dessa nova realidade os agricultores comeccedilaram a buscar
novas alternativas de renda seja agriacutecola e natildeo agriacutecola para complementar a
renda familiar o que deu origem a pluriatividade rural Em conformidade com
Graziano da Silva e Del Grossi (2002) a pluriatividade incorpora os conceitos
de diversificaccedilatildeo produtiva e de agricultura em tempo parcial sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do
domiciacutelio inclusive as ocupaccedilotildees por conta proacutepria o trabalho assalariado e
natildeo assalariado realizado dentro eou fora das exploraccedilotildees agropecuaacuterias
Essas atividades estatildeo relacionadas a qualquer ramo de atividade e uma delas
eacute o turismo rural que eacute uma nova oportunidade de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural
integrando a produccedilatildeo agropecuaacuteria tradicional com a prestaccedilatildeo de um novo
serviccedilo por meio do lazer e da cultural cooperando assim para o aumento da
renda familiar e para a permanecircncia do homem no campo
O turismo de forma geral eacute um segmento em expansatildeo que contribui
para o desenvolvimento econocircmico e social da naccedilatildeo Para Campos e Marodin
2
(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Agradecimentos
Agradeccedilo a Deus pela vida sabedoria e capacitaccedilatildeo sem as quais natildeo seria
possiacutevel o alcance desta e de outras conquistas
Manifesto minha extrema gratidatildeo a meu esposo Samuel Lemos Rosa pelo
amor apoio suporte e encorajamento nos momentos difiacuteceis
A minha matildeezinha querida Josefa Maria de Carvalho que sempre se dedicou
me amou e acreditou em mim
A meus filhos Raquel Rosa e Daniel Rosa que compreenderam a minha
ausecircncia
A minha querida professora e orientadora Doutora Donaacuteria Coelho Duarte por
sua dedicaccedilatildeo compreensatildeo tempo e paciecircncia disponibilizadas durante todo
o processo de elaboraccedilatildeo deste trabalho
A todos os professores da FUP que contribuiacuteram para minha formaccedilatildeo
acadecircmica
A meus amigos queridos que caminharam comigo durante todo esse tempo
Amo vocecircs
Resumo
Este trabalho reflete sobre a relaccedilatildeo do turismo rural na regiatildeo administrativa de Sobradinho DF sua acessibilidade e seu potencial econocircmico e sua inclusatildeo social Como as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzida satildeo acolhidas nesses estabelecimentos Ressalta-se que as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzidas eacute um segmento em crescimento mas eacute necessaacuterio que os estabelecimentos ofereccedilam uma infraestrutura adequada as suas necessidades Portanto procurou-se realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural acessiacutevel bem como a realizaccedilatildeo de uma pesquisa de caraacuteter qualitativo exploratoacuterio e descritiva com o objetivo de descrever as caracteriacutesticas dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do Cavalo Nas conclusotildees foram pautadas algumas sugestotildees como a conscientizaccedilatildeo dos empreendedores a respeito da acessibilidade e a fiscalizaccedilatildeo de accedilotildees voltadas a inclusatildeo social Visando-se a melhoria da acessibilidade no turismo rural na regiatildeo de Sobradinho Aconselha-se ainda o aprofundamento das pesquisas sobre o tema de modo a favorecer o conhecimento e a qualidade da acessibilidade para que o turismo rural seja um potencializador de inclusatildeo social Palavras-chave Turismo rural Acessibilidade Rota do Cavalo Sobradinho- DF
Sumaacuterio
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 OBJETIVOS 3
3 JUSTIFICATIVA 3
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO 5
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE 5
42 TURISMO RURAL 11
43 TURISMO ACESSIacuteVEL 14
5 METODOLOGIA 19
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE
SOBRADINHO 20
7 ANALISE DE DADOS 23
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS RESPONDENTES
PESQUISADOS 23
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 24
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 29
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL 29
8 CONCLUSAtildeO 33
REFEREcircNCIAS 37
APEcircNDICE 42
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A dinacircmica da vida eacute transformadora e continua no iniacutecio o ser
humano tinha que se deslocar de um lugar para outro de tempos em tempos
para sobreviver pois se alimentava do que caccedilava pescava e dos frutos que
colhia da natureza Com o decorrer dos tempos o homem foi se desenvolvendo
e veio o que chamamos da primeira revoluccedilatildeo onde o homem se fixou numa
regiatildeo e comeccedilou a plantar e colher Daiacute por diante as mudanccedilas nos haacutebitos
alimentares e na forma de produzir os alimentos prossegue de forma aacutevida
Por meio de tantas transformaccedilotildees e evoluccedilotildees tecnoloacutegicas
principalmente nas uacuteltimas deacutecadas o ambiente rural vem sofrendo intensas
mudanccedilas e tem se favorecido em termos de produtividade qualidade
produccedilatildeo em escala entre outros Mas esse desenvolvimento tecnoloacutegico
trouxe tambeacutem questotildees desfavoraacuteveis agraves famiacutelias que vivem no campo como
a reduccedilatildeo de horas trabalhadas nas atividades agriacutecolas e consequentemente
houve uma draacutestica diminuiccedilatildeo na utilizaccedilatildeo de matildeo de obra Desta forma as
famiacutelias comeccedilaram a sofrer com uma renda minguada que natildeo supri suas
necessidades baacutesicas e impulsiona o ecircxodo rural
Diante dessa nova realidade os agricultores comeccedilaram a buscar
novas alternativas de renda seja agriacutecola e natildeo agriacutecola para complementar a
renda familiar o que deu origem a pluriatividade rural Em conformidade com
Graziano da Silva e Del Grossi (2002) a pluriatividade incorpora os conceitos
de diversificaccedilatildeo produtiva e de agricultura em tempo parcial sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do
domiciacutelio inclusive as ocupaccedilotildees por conta proacutepria o trabalho assalariado e
natildeo assalariado realizado dentro eou fora das exploraccedilotildees agropecuaacuterias
Essas atividades estatildeo relacionadas a qualquer ramo de atividade e uma delas
eacute o turismo rural que eacute uma nova oportunidade de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural
integrando a produccedilatildeo agropecuaacuteria tradicional com a prestaccedilatildeo de um novo
serviccedilo por meio do lazer e da cultural cooperando assim para o aumento da
renda familiar e para a permanecircncia do homem no campo
O turismo de forma geral eacute um segmento em expansatildeo que contribui
para o desenvolvimento econocircmico e social da naccedilatildeo Para Campos e Marodin
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(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
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2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
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A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
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4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
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relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
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na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
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Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
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Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
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cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
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interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
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agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
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Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Resumo
Este trabalho reflete sobre a relaccedilatildeo do turismo rural na regiatildeo administrativa de Sobradinho DF sua acessibilidade e seu potencial econocircmico e sua inclusatildeo social Como as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzida satildeo acolhidas nesses estabelecimentos Ressalta-se que as Pessoas Deficientes ou com Mobilidade Reduzidas eacute um segmento em crescimento mas eacute necessaacuterio que os estabelecimentos ofereccedilam uma infraestrutura adequada as suas necessidades Portanto procurou-se realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural acessiacutevel bem como a realizaccedilatildeo de uma pesquisa de caraacuteter qualitativo exploratoacuterio e descritiva com o objetivo de descrever as caracteriacutesticas dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do Cavalo Nas conclusotildees foram pautadas algumas sugestotildees como a conscientizaccedilatildeo dos empreendedores a respeito da acessibilidade e a fiscalizaccedilatildeo de accedilotildees voltadas a inclusatildeo social Visando-se a melhoria da acessibilidade no turismo rural na regiatildeo de Sobradinho Aconselha-se ainda o aprofundamento das pesquisas sobre o tema de modo a favorecer o conhecimento e a qualidade da acessibilidade para que o turismo rural seja um potencializador de inclusatildeo social Palavras-chave Turismo rural Acessibilidade Rota do Cavalo Sobradinho- DF
Sumaacuterio
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 OBJETIVOS 3
3 JUSTIFICATIVA 3
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO 5
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE 5
42 TURISMO RURAL 11
43 TURISMO ACESSIacuteVEL 14
5 METODOLOGIA 19
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE
SOBRADINHO 20
7 ANALISE DE DADOS 23
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS RESPONDENTES
PESQUISADOS 23
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 24
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 29
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL 29
8 CONCLUSAtildeO 33
REFEREcircNCIAS 37
APEcircNDICE 42
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A dinacircmica da vida eacute transformadora e continua no iniacutecio o ser
humano tinha que se deslocar de um lugar para outro de tempos em tempos
para sobreviver pois se alimentava do que caccedilava pescava e dos frutos que
colhia da natureza Com o decorrer dos tempos o homem foi se desenvolvendo
e veio o que chamamos da primeira revoluccedilatildeo onde o homem se fixou numa
regiatildeo e comeccedilou a plantar e colher Daiacute por diante as mudanccedilas nos haacutebitos
alimentares e na forma de produzir os alimentos prossegue de forma aacutevida
Por meio de tantas transformaccedilotildees e evoluccedilotildees tecnoloacutegicas
principalmente nas uacuteltimas deacutecadas o ambiente rural vem sofrendo intensas
mudanccedilas e tem se favorecido em termos de produtividade qualidade
produccedilatildeo em escala entre outros Mas esse desenvolvimento tecnoloacutegico
trouxe tambeacutem questotildees desfavoraacuteveis agraves famiacutelias que vivem no campo como
a reduccedilatildeo de horas trabalhadas nas atividades agriacutecolas e consequentemente
houve uma draacutestica diminuiccedilatildeo na utilizaccedilatildeo de matildeo de obra Desta forma as
famiacutelias comeccedilaram a sofrer com uma renda minguada que natildeo supri suas
necessidades baacutesicas e impulsiona o ecircxodo rural
Diante dessa nova realidade os agricultores comeccedilaram a buscar
novas alternativas de renda seja agriacutecola e natildeo agriacutecola para complementar a
renda familiar o que deu origem a pluriatividade rural Em conformidade com
Graziano da Silva e Del Grossi (2002) a pluriatividade incorpora os conceitos
de diversificaccedilatildeo produtiva e de agricultura em tempo parcial sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do
domiciacutelio inclusive as ocupaccedilotildees por conta proacutepria o trabalho assalariado e
natildeo assalariado realizado dentro eou fora das exploraccedilotildees agropecuaacuterias
Essas atividades estatildeo relacionadas a qualquer ramo de atividade e uma delas
eacute o turismo rural que eacute uma nova oportunidade de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural
integrando a produccedilatildeo agropecuaacuteria tradicional com a prestaccedilatildeo de um novo
serviccedilo por meio do lazer e da cultural cooperando assim para o aumento da
renda familiar e para a permanecircncia do homem no campo
O turismo de forma geral eacute um segmento em expansatildeo que contribui
para o desenvolvimento econocircmico e social da naccedilatildeo Para Campos e Marodin
2
(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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41
PERO V MIHESSEN V Mobilidade Urbana e Pobreza no Rio de Janeiro Revista Econocircmica ndash Niteroacutei v 15 n 2 p 23-50 dez 2013 RAMALHO M M C Estudos Sobre o Turismo no Espaccedilo Rural em Barra do Piraiacute e sua Relaccedilatildeo com o Desenvolvimento Revista Turismo ndash Visatildeo e Accedilatildeo ndash Eletrocircnica V 18- n 2 ndash Mai ndash Ago 2016 p223-250 ROCHA E S PETRY T R E Acolhimento e Hospitalidade o caso do Museu Comunitaacuterio Engenho do Sertatildeo ndash Bombinhas SC 8ordm Semintur Roda Conversaccedilotildees sobre Hospitalidade Caxias do Sul (RS) 2015 SANTOS A F L Hospitalidade a palavra chave para aumentar as vendas e potencializar relacionamentos 2015 Disponiacutevel emgthttpwwwportaleducacaocombrturismoehotelariaartigos59440hospitalidade-achave-para-aumentar-as-vendas-e-potencializar-relacionamentosgt Acesso em novembro de 2015 SANTOS Tania Globalizaccedilatildeo e exclusatildeo a dialeacutetica da mundializaccedilatildeo do capital Sociologias Porto Alegre n6 ju-dez 2001 Disponiacutevel emgthttpscielobrgt Acesso em 25 de outubro de 2015 SANTOS M M C PERAZZOLO A O PEREIRA S A hospitalidade numa perspectiva coletiva O corpo coletivo acolhedor In SANTOS M M C SANSOLO D G BURSZITYN I (Orgs) Turismo de base comunitaacuteria diversidade de olhares e experiecircncias brasileiras Rio de Janeiro Letra e Imagem 2009 p348-355 SCHNEIDER S FIALHO M A V Atividades Natildeo Agriacutecolas e Turismo Rural no Rio Grande do Sul II Congresso Internacional Sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentaacutevel Santa MariaRS 2000 Disponiacutevel em httpwwwturismoruralorgbrdownload20080614174402pdf Acesso em 27 de dezembro de 2015 SEVERINI Valeacuteria Ferraz Hospitalidade urbana ampliando o conceito Revista Iberoamericana de Turismo ndash RITUR Penedo v 3 n2 p 84-99 2013 SEVERINI Valeacuteria Ferraz Hospitalidade Urbana a arte de conviver e bem receber nas grandes cidades P63 2014 SWARBROOKE J Turismo sustentaacutevel setor puacuteblico e cenaacuterios geograacuteficos Satildeo Paulo Aleph 2000 TRIGO L G Anaacutelises regionais e globais do turismo brasileiro Satildeo Paulo Roca 2005
42
VEIGA Joseacute Eli da Cidades imaginaacuterias O Brasil eacute menos urbano do que se calcula Campinas Autores associados 2002 ZANCAN C DANTAS A B CAMPOS V O Estrutura de serviccedilos de varejo nas redes de hospedagem brasileiras Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo Satildeo Paulo 9(2) p 278-297 maioago 2015 Disponiacutevel em gthttpwwwrbturorgbrrbturarticleview756676gt Acesso em setembro de 2015
APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Sumaacuterio
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
2 OBJETIVOS 3
3 JUSTIFICATIVA 3
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO 5
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE 5
42 TURISMO RURAL 11
43 TURISMO ACESSIacuteVEL 14
5 METODOLOGIA 19
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE
SOBRADINHO 20
7 ANALISE DE DADOS 23
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS RESPONDENTES
PESQUISADOS 23
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 24
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO 29
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL 29
8 CONCLUSAtildeO 33
REFEREcircNCIAS 37
APEcircNDICE 42
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A dinacircmica da vida eacute transformadora e continua no iniacutecio o ser
humano tinha que se deslocar de um lugar para outro de tempos em tempos
para sobreviver pois se alimentava do que caccedilava pescava e dos frutos que
colhia da natureza Com o decorrer dos tempos o homem foi se desenvolvendo
e veio o que chamamos da primeira revoluccedilatildeo onde o homem se fixou numa
regiatildeo e comeccedilou a plantar e colher Daiacute por diante as mudanccedilas nos haacutebitos
alimentares e na forma de produzir os alimentos prossegue de forma aacutevida
Por meio de tantas transformaccedilotildees e evoluccedilotildees tecnoloacutegicas
principalmente nas uacuteltimas deacutecadas o ambiente rural vem sofrendo intensas
mudanccedilas e tem se favorecido em termos de produtividade qualidade
produccedilatildeo em escala entre outros Mas esse desenvolvimento tecnoloacutegico
trouxe tambeacutem questotildees desfavoraacuteveis agraves famiacutelias que vivem no campo como
a reduccedilatildeo de horas trabalhadas nas atividades agriacutecolas e consequentemente
houve uma draacutestica diminuiccedilatildeo na utilizaccedilatildeo de matildeo de obra Desta forma as
famiacutelias comeccedilaram a sofrer com uma renda minguada que natildeo supri suas
necessidades baacutesicas e impulsiona o ecircxodo rural
Diante dessa nova realidade os agricultores comeccedilaram a buscar
novas alternativas de renda seja agriacutecola e natildeo agriacutecola para complementar a
renda familiar o que deu origem a pluriatividade rural Em conformidade com
Graziano da Silva e Del Grossi (2002) a pluriatividade incorpora os conceitos
de diversificaccedilatildeo produtiva e de agricultura em tempo parcial sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do
domiciacutelio inclusive as ocupaccedilotildees por conta proacutepria o trabalho assalariado e
natildeo assalariado realizado dentro eou fora das exploraccedilotildees agropecuaacuterias
Essas atividades estatildeo relacionadas a qualquer ramo de atividade e uma delas
eacute o turismo rural que eacute uma nova oportunidade de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural
integrando a produccedilatildeo agropecuaacuteria tradicional com a prestaccedilatildeo de um novo
serviccedilo por meio do lazer e da cultural cooperando assim para o aumento da
renda familiar e para a permanecircncia do homem no campo
O turismo de forma geral eacute um segmento em expansatildeo que contribui
para o desenvolvimento econocircmico e social da naccedilatildeo Para Campos e Marodin
2
(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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38
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
A dinacircmica da vida eacute transformadora e continua no iniacutecio o ser
humano tinha que se deslocar de um lugar para outro de tempos em tempos
para sobreviver pois se alimentava do que caccedilava pescava e dos frutos que
colhia da natureza Com o decorrer dos tempos o homem foi se desenvolvendo
e veio o que chamamos da primeira revoluccedilatildeo onde o homem se fixou numa
regiatildeo e comeccedilou a plantar e colher Daiacute por diante as mudanccedilas nos haacutebitos
alimentares e na forma de produzir os alimentos prossegue de forma aacutevida
Por meio de tantas transformaccedilotildees e evoluccedilotildees tecnoloacutegicas
principalmente nas uacuteltimas deacutecadas o ambiente rural vem sofrendo intensas
mudanccedilas e tem se favorecido em termos de produtividade qualidade
produccedilatildeo em escala entre outros Mas esse desenvolvimento tecnoloacutegico
trouxe tambeacutem questotildees desfavoraacuteveis agraves famiacutelias que vivem no campo como
a reduccedilatildeo de horas trabalhadas nas atividades agriacutecolas e consequentemente
houve uma draacutestica diminuiccedilatildeo na utilizaccedilatildeo de matildeo de obra Desta forma as
famiacutelias comeccedilaram a sofrer com uma renda minguada que natildeo supri suas
necessidades baacutesicas e impulsiona o ecircxodo rural
Diante dessa nova realidade os agricultores comeccedilaram a buscar
novas alternativas de renda seja agriacutecola e natildeo agriacutecola para complementar a
renda familiar o que deu origem a pluriatividade rural Em conformidade com
Graziano da Silva e Del Grossi (2002) a pluriatividade incorpora os conceitos
de diversificaccedilatildeo produtiva e de agricultura em tempo parcial sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do
domiciacutelio inclusive as ocupaccedilotildees por conta proacutepria o trabalho assalariado e
natildeo assalariado realizado dentro eou fora das exploraccedilotildees agropecuaacuterias
Essas atividades estatildeo relacionadas a qualquer ramo de atividade e uma delas
eacute o turismo rural que eacute uma nova oportunidade de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural
integrando a produccedilatildeo agropecuaacuteria tradicional com a prestaccedilatildeo de um novo
serviccedilo por meio do lazer e da cultural cooperando assim para o aumento da
renda familiar e para a permanecircncia do homem no campo
O turismo de forma geral eacute um segmento em expansatildeo que contribui
para o desenvolvimento econocircmico e social da naccedilatildeo Para Campos e Marodin
2
(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
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relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
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Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
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Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
2
(2013) o serviccedilo turiacutestico abarca vaacuterios setores da economia como o
transporte a alimentaccedilatildeo o lazer a recreaccedilatildeo e a hospedagem No caso do
turismo rural a experiecircncia vivida pelo turista vai aleacutem desses serviccedilos pois
envolve questotildees sensorial e sentimental onde o individuo tem a oportunidade
de interagir com a natureza experimentando momentos uacutenicos como tirar leite
da vaca andar a cavalo e a oportunidade de descobrir o outro pois em muitos
casos o turista receba a hospitalidade do proprietaacuterio e se hospeda na proacutepria
casa da fazenda
Por conseguinte para progredir com a igualdade de direitos e
oportunidades eacute necessaacuterio agrave preocupaccedilatildeo com o outro Essa preocupaccedilatildeo
com o proacuteximo pressupotildee o acolhimento e por conseguinte a acessibilidade
Entende-se que um estabelecimento acessiacutevel elimina as barreiras desde o
transporte fornece informaccedilotildees seguras e disponiacuteveis atividades adequadas
com profissionais preparados para atender as necessidades de pessoas com
deficiecircncia ou com mobilidade reduzida (PDMR) e ainda instalaccedilotildees e mobiacutelias
adaptadas assegurando desta forma a liberdade de ir e vir a todo e qualquer
cidadatildeo independente de sua condiccedilatildeo fiacutesica
Diante de tal realidade expansiva do turismo rural em todo o paiacutes este
trabalho tem como objetivo identificar a acessibilidade dos estabelecimentos
turiacutesticos no espaccedilo rural da regiatildeo administrativa de Sobradinho no Distrito
Federal
Trata se de uma cidade sateacutelite que estaacute localizada a 22 km do centro
de Brasiacutelia Como toda regiatildeo do Distrito Federal estaacute situada no Planalto
Central tem o cerrado como vegetaccedilatildeo o clima predominante eacute o tropical
sazonal com estaccedilatildeo chuvosa e quente no veratildeo e outra fria e seca no
inverno Sobradinho eacute conhecida como uma cidade serrana onde se encontra
o ponto mais alto do Distrito Federal razatildeo pela qual o arquiteto Oscar
Niemayer escolheu para a construccedilatildeo da torre digital de Brasiacutelia Em sua aacuterea
de demarcaccedilatildeo existem muitos rios e riachos aleacutem de cachoeiras de aacutegua
liacutempida e gelada para amenizar o calor e a baixa umidade do ar que em
algumas eacutepocas do ano pode chegar a menos de 20 Desse modo a regiatildeo
favorece ao turismo rural por sua diversidade vegetativa relevo e hidrografia
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
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A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
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As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3
2 OBJETIVOS
Em termos de objetivo geral essa investigaccedilatildeo pretende analisar a
potencialidade para o turismo rural acessiacutevel na regiatildeo de Sobradinho ndash DF
De uma forma especiacutefica pretende-se
Analisar o conceito de turismo hospitalidade e turismo rural
acessiacutevel
Verificar a acessibilidade das instalaccedilotildees dos estabelecimentos
com potencial para um turismo rural na regiatildeo de Sobradinho -
DF
Ponderar sobre a percepccedilatildeo dos funcionaacuterios do estabelecimento
em relaccedilatildeo agrave acessibilidade
Contribuir para uma melhor divulgaccedilatildeo desta temaacutetica
destacando a vantagem competitiva das PDMR como clientes
em potencial
Propor sugestotildees a respeito de melhorias sobre a acessibilidade
nos estabelecimentos
3 JUSTIFICATIVA
A preocupaccedilatildeo com a igualdade e a inclusatildeo social foram os principais
motivadores para este trabalho A inclusatildeo social visa o acesso agraves atividades
comuns e a inclusatildeo de todas as pessoas natildeo apenas de um grupo Como
confirmaccedilatildeo da importacircncia da acessibilidade os dados do Censo Demograacutefico
Brasileiro de 2010 do IBGE revelou que cerca de 239 da populaccedilatildeo total
brasileira apresentam algum tipo de necessidade especial ou deficiecircncia
(BRASIL 2010) Essas pessoas podem ser idosos deficientes fiacutesicos
deficientes mentais obesos ou qualquer incapacidade fiacutesica
As pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida buscam um
tratamento anaacutelogo agraves demais pessoas e querem usufruir de serviccedilos que lhes
proporcionam lazer e novas experiecircncias assim como as atividades turiacutesticas
rurais e para tanto soacute precisam que sejam observadas algumas adaptaccedilotildees
que possam garantir a acessibilidade e a mobilidade individual
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
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relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
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Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
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Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
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Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4
A acessibilidade diz respeito a locais produtos serviccedilos ou
informaccedilotildees disponiacuteveis ao maior nuacutemero e variedade possiacutevel de pessoas
independentemente de suas capacidades fiacutesico-motoras e perceptivas
culturais e sociais (BRASIL 2005) A presenccedila de barreiras afeta a qualidade
dos serviccedilos prestados e consequentemente a qualidade de vida das pessoas
com necessidades especiais
A autora ressalta ainda que estaacute previsto na Constituiccedilatildeo Federal a
cidadania a dignidade da pessoa humana a igualdade de todos perante a lei
a garantia de benesses soacutecias do acesso ao lazer agrave cultura agrave educaccedilatildeo e
outros Todas essas coisas devem ser observadas e garantidas em todos os
setores e o turismo rural acessiacutevel eacute uma das formas de inclusatildeo a qualquer
cidadatildeo
Similarmente relevante para este trabalho eacute a potencialidade
competitiva do turismo rural Como acadecircmica de Gestatildeo do Agronegoacutecio eacute
importante salientar que muito se tem discutido recentemente sobre as vaacuterias
formas de utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural entre elas o turismo rural acessiacutevel
Neste sentido o turismo rural acessiacutevel tem oferecido contribuiccedilotildees
socioeconocircmicas para o desenvolvimento das aacutereas rurais visando o
empreendedorismo rural mantendo o emprego rural trazendo renda ao meio
rural e poliacuteticas puacuteblicas de desenvolvimento local o que valoriza e conserva o
espaccedilo rural e sua diversidade produtiva e o meio ambiente Segundo
Schneider e Fialho (2000 p21) ldquoo turismo rural propicia a valorizaccedilatildeo do
ambiente onde estaacute sendo explorado por sua capacidade de destacar a cultura
e a diversidade natural de uma regiatildeo proporcionando a conservaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo do patrimocircnio histoacuterico cultural e naturalrdquo
No entanto o turismo rural no Brasil natildeo estaacute livre de problemas como
apontam Mendonccedila et al (2002) e entre eles estaacute a falta de planejamento e
gestatildeo baixa capacidade econocircmica da populaccedilatildeo e dificuldade de acesso a
informaccedilotildees
Sendo assim o presente trabalho questiona portanto a potencialidade
do turismo rural e se haacute e de que forma ocorre a acessibilidade para as
pessoas com necessidades especiais na estruturaccedilatildeo da atividade turiacutestica
rural na realidade dos empreendimentos turiacutesticos na regiatildeo Administrativa de
Sobradinho DF
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
5
4 REFERENCIAL TEOacuteRICO
Com o propoacutesito de observar e analisar a acessibilidade do turismo
rural na regiatildeo de Sobradinho - DF este trabalho buscou primeiramente
embasamento teoacuterico atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica do material jaacute
elaborado por diversos autores
Para tanto esse capiacutetulo inicia-se com uma abordagem sobre turismo
e hospitalidade para introduzir o tema foco de estudo o turismo rural acessiacutevel
41 CONCEITO DE TURISMO E HOSPITALIDADE
O setor de serviccedilos tem crescido e um exemplo disso eacute o setor do
turismo devido agrave necessidade das pessoas por momentos de descanso e
lazer principalmente para as que vivem nos grandes centros Essa
necessidade atinge a todos os grupos de pessoas independente da condiccedilatildeo
socioeconocircmica e principalmente de suas condiccedilotildees fiacutesicas
Neste sentido as pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida
(PDMR) tecircm buscado cada vez mais o seu direito a liberdade e principalmente
com qualidade o que inclui o turismo e todas as suas possibilidades e uma
delas eacute o turismo rural que se for elaborado de forma hospitaleira e
observando as normas legais de acessibilidade pode atender a todas as
pessoas de forma inclusiva O turismo rural acessiacutevel eacute uma possibilidade de
melhorar a qualidade de vida relaxar e recuperar as forccedilas para retomar as
atividades rotineiras
Entretanto para compreender de forma clara o que eacute turismo rural
acessiacutevel vamos examinar alguns conceitos como turismo hospitalidade e
turismo rural
Primeiramente entenderemos o turismo de forma ampla onde
podemos observar com o respaldo de diversos autores que as atividades
turiacutesticas tecircm expressiva participaccedilatildeo no PIB mundial e gera emprego e renda
como podemos ver em publicaccedilotildees da aacuterea tanto em acircmbito empresarial
quanto em acircmbito acadecircmico (BENI 2001 PEARCE 2002 TRIGO 2005
CACHO AZEVEDO 2010)
O turismo se caracteriza como atividade de integraccedilatildeo sociocultural
promovendo o intercacircmbio de diferentes culturas e o estreitamento das
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
6
relaccedilotildees entre as sociedades com relevantes contribuiccedilotildees para a geraccedilatildeo de
renda e emprego (ZANCAN DANTAS CAMPOS 2015)
Portanto percebemos que o turismo eacute uma oportunidade iacutempar
imensuraacutevel de se conhecer lugares e pessoas com culturas e costumes
diferentes dos nossos pois geralmente nos deslocamos de onde moramos
Para Melgar (2001) turismo eacute o conjunto de atividades realizadas por
uma pessoa em um lugar diferente daquele onde possui sua residecircncia
habitual quando motivado por razotildees surgidas livremente por setores
econocircmicos do lugar visitado
O turismo aleacutem de favorecer o desenvolvimento econocircmico e social eacute
principalmente uma forma de descanso e lazer De acordo com Barbosa
(2007) o turismo eacute uma das opccedilotildees de lazer existentes e oferece novas
experiecircncias ao turista que pode se desligar por um momento de seus
problemas rotineiros e assim descansar Para que haja descanso com
qualidade eacute necessaacuterio observar a qualidade das instalaccedilotildees do destino
turiacutestico
Por se tratar de um setor relevante para a economia do paiacutes segundo
o Ministeacuterio do Turismo (MTur 2010) a participaccedilatildeo do turismo na economia jaacute
representa 37 do PIB do nosso paiacutes
Para tanto o Plano Nacional de Turismo 2013-2016 consolida a
Poliacutetica Nacional de Turismo estabelecendo as diretrizes que devem nortear o
desenvolvimento do turismo brasileiro Diretrizes essas que fortalecem os
incentivos agrave inovaccedilatildeo e ao conhecimento a todos os setores envolvidos com o
turismo visando melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo
brasileiro como as diversas poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao turismo de base
local e de preservaccedilatildeo das identidades culturais no Brasil Haacute diversos casos
inovadores que deram certo como roteiros e festas temaacuteticas satildeo referecircncias
para novas iniciativas de regionalizaccedilatildeo e de roteirizaccedilatildeo do turismo
Estrateacutegias como eventos religiosos tal como o Ciacuterio de Nazareacute em
Beleacutem ou eventos esportivos como a Corrida de Foacutermula 1 em Satildeo Paulo ou
eventos culturais como Festa do Vinho em Caxias no Rio Grande do Sul ou a
Festa do morango em Brazlacircndia no Distrito Federal ou mesmo rotas
turiacutesticas satildeo caminhos que levam o visitante a desfrutar o que tem de melhor
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
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Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
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As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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41
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42
VEIGA Joseacute Eli da Cidades imaginaacuterias O Brasil eacute menos urbano do que se calcula Campinas Autores associados 2002 ZANCAN C DANTAS A B CAMPOS V O Estrutura de serviccedilos de varejo nas redes de hospedagem brasileiras Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo Satildeo Paulo 9(2) p 278-297 maioago 2015 Disponiacutevel em gthttpwwwrbturorgbrrbturarticleview756676gt Acesso em setembro de 2015
APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
7
na regiatildeo visitada satildeo bem aceitas pois ajuda a definir o destino mais
adequado de acordo com o perfil e as preferencias dos turistas
Os destinos turiacutesticos conforme Cooper et al (2001) satildeo territoacuterios
constituiacutedos por ofertas relacionadas ao turismo e reconhecido pelo mercado
com um receptaacuteculo para os turistas os mesmo tecircm como componentes
fundamentais os recursos ou atrativos turiacutesticos instalaccedilotildees serviccedilos uma
rede de infraestrutura e sobretudo hospedagem e alimentaccedilatildeo
Ainda no mesmo sentido cabe destacar os atrativos turiacutesticos pois
devem ser conceituados como aqueles que compotildeem a oferta turiacutestica
considerada agregada e que estatildeo em algum ponto relacionados com a
histoacuteria e a cultura dos lugares podendo estes serem preacutedios igrejas ruiacutenas
arqueoloacutegicas palaacutecios casas e ateacute mesmo cidades Haacute tambeacutem atrativos
especiacuteficos para o entretenimento como os parques temaacuteticos e de lazer locais
destinados ao esporte e a recreaccedilatildeo (COOPER et al 2001)
Salientando o que jaacute foi discutido para a EMBRATUR (1992) os
atrativos turiacutesticos como uma forma de representaccedilatildeo dos lugares objetos e
ateacute mesmo de acontecimentos que geram interesse no visitante podendo-se
acrescentar em tal categoria os haacutebitos e costumes dos povos considerados
patrimocircnios imateriais relevantes dentro da atividade turiacutestica
A compreensatildeo do destino turiacutestico de acordo com Ashton
Tomazzoni Emmendoerfer (2014) satildeo territoacuterios onde haacute pessoas que
valorizam o turismo como um bem comum e que atuam em prol da perenidade
das organizaccedilotildees por meio da capacidade de ofertar bens e serviccedilos turiacutesticos
integrados atendendo as demandas dos turistas com hospitalidade
Essa preocupaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo por parte das pessoas envolvidas e
mesmo pelos moradores do local as vantagens competitivas dos destinos
turiacutesticos aumentam devido o desenvolvimento do processo de formaccedilatildeo de
imagem dos destinos turiacutesticos fazendo do marketing um elemento relevante
Pesquisadores como Buhalis (2000) jaacute apontavam a necessidade de
estrateacutegias de marketing com uma preocupaccedilatildeo natildeo somente de stakeholders
mas tambeacutem com os recursos locais se preocupando com o ciclo de vida de
um destino turiacutestico e trabalhando sua competitividade numa perspectiva de
longo prazo
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
8
Elaborar um destino turiacutestico que satisfaccedila as necessidades de seu
mercado alvo atendendo as exigecircncias e expectativas de turistas e
fornecedores e acima de tudo se preocupar com a sustentabilidade do local
O turismo enquanto atividade econocircmica quando natildeo gerenciado de forma
efetiva pode ocasionar impactos negativos para o destino turiacutestico (BUHALIS
2000)
Portanto os destinos turiacutesticos devem possuir atratividades com
infraestrutura de qualidade que permitam receber bem todos os turistas Essa
qualidade dos serviccedilos oferecidos vatildeo aleacutem de estruturas fiacutesicas novas e bem
cuidado eacute necessaacuteria adequaccedilatildeo que respeitem as leis e normas de
adaptaccedilatildeo de mobilidade e acessibilidade contando natildeo somente com
instalaccedilotildees mas tambeacutem com profissionais bem treinados e preparados para
acolher a todos incluindo os PDMR
A autora deste trabalho reconhece que o turista quando se sente bem
acolhido ele tende a voltar e indicar o local a outros seja entre os amigos ou
mesmo nas redes sociais favorecendo a imagem do estabelecimento
aumentando o fluxo de turistas
Analisando tais abordagens contata-se que o turismo favorece ao
empreendedor que tem assim um aumento na sua renda e a valorizaccedilatildeo do
seu empreendimento gera emprego e distribuiccedilatildeo de renda o que beneficia a
populaccedilatildeo local acarretando o desenvolvimento econocircmico e social para
regiatildeo Aleacutem disso vemos que o turismo produz a preocupaccedilatildeo com o outro
pois atraveacutes do turismo comeccedilamos a presenciar a conscientizaccedilatildeo das
necessidades dos outros
Poreacutem para que o turismo desempenhe o seu papel no
desenvolvimento socioeconocircmico eacute necessaacuterio investir na hospitalidade e
proporcionar um atendimento diferenciado voltado a suprir as necessidades de
todos que usufruem dos serviccedilos
Uma vez que a hospitalidade natildeo pode ser mensurada de forma
tangiacutevel uma vez que ela envolve valores empiacutericos como a capacidade de
recepcionar cordialmente ao outro de forma amaacutevel acolhendo a todos com
igualdade independente de suas aptidotildees fiacutesicas Pois a hospitalidade eacute a arte
de acolher e fazer com que o turista se sinta bem acolhido em sua
permanecircncia no local que visita
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
9
Conforme Barbosa (2007) a hospitalidade praticada nos hoteacuteis do
paiacutes funciona como um auxiacutelio no desenvolvimento do turismo nacional
favorecendo ao aumento no fluxo de turistas estrangeiros e ateacute mesmo no
fluxo de turistas domeacutesticos
De acordo com Rocha e Petry (2015) a hospitalidade eacute uma aacuterea do
conhecimento que possibilita seu entendimento em diversas dimensotildees mas
no geral estaacute vinculada agraves relaccedilotildees estabelecidas entre os indiviacuteduos a tiacutetulo
de exemplo entre o hoacutespede e o anfitriatildeo
Essa percepccedilatildeo vai aleacutem da relaccedilatildeo direta dos indiviacuteduos eacute a
preocupaccedilatildeo em preparar o ambiente com antecedecircncia para receber o outro
de forma a gerar a sensaccedilatildeo de bem estar pelo que eacute recebido
Na definiccedilatildeo de Severini (2014 p65) ldquoa sensaccedilatildeo de hospitalidade eacute
decorrente de uma somatoacuteria de percepccedilotildees que leva em consideraccedilatildeo
aspectos fiacutesicos naturais ou subjetivosrdquo O fato de se sentir acolhido com
simpatia disposiccedilatildeo para ajudar alegria e informaccedilotildees a disposiccedilatildeo A
somatoacuteria desses adjetivos daacute ao turista a sensaccedilatildeo de seguranccedila e bem estar
enquanto visita o local
Assim sendo a hospitalidade vai aleacutem do local em que se visita e de
onde se hospeda Eacute um conjunto Segundo Grinover (2002) hospitalidade eacute o
ato de acolher e prestar serviccedilos a algueacutem que esteja fora de seu local de
domiciacutelio
Eacute fundamental destacar que hospitalidade eacute o prazer de bem acolher
algueacutem e estaacute estruturado no ato de dar e receber em que o anfitriatildeo busca
satisfazer e tornar feliz o hoacutespede que eacute a pessoa recebida e que permite ser
agradada e satisfeita por quem o hospeda
O autor deste trabalho considera que a hospitalidade contribui para o
estabelecimento de espaccedilos turiacutesticos mais acessiacuteveis tornando-os assim
inclusivos e democraacuteticos onde a liberdade de ir e vir eacute garantido a todos
respeito e suprindo a necessidade das PDMR
Consequentemente a acessibilidade na cidade a torna mais segura
dando a todos autonomia e tornando a cidade mais hospitaleira com calccediladas
e rampas de acesso sinalizaccedilatildeo vertical e horizontal aacutegua tratada iluminaccedilatildeo
puacuteblica transporte disponiacutevel de qualidade enfim uma cidade estruturada de
tal forma que supra as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo dando aos
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
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Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
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Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
10
cidadatildeos local a sensaccedilatildeo de bem estar Pois uma cidade boa para se viver
tambeacutem eacute uma cidade boa para se visitar E natildeo ao contraacuterio (SEVERINI
2013)
Quando as pessoas tecircm uma qualidade de vida onde moram elas satildeo
mais contentes e consequentemente recebem melhor os seus visitantes Desse
modo a hospitalidade estaacute na relaccedilatildeo estabelecida entre os sujeitos que
deseja ser recebido e o que vai receber
A imagem absorvida por aquele que visita a cidade influencia na
qualidade do destino e na opiniatildeo positiva ou negativa que o turista vai levar da
cidade como um todo (FRANZEN OLIVEIRA 2015)
Logo a hospitalidade eacute o resultado da troca afetiva e relacional entre
os seres humanos Como vemos no conceito de Santos Perazzolo e Pereira
(2014) a hospitalidade se daacute na relaccedilatildeo com o outro qualquer outro pois
todos os outros satildeo estrangeiros ao eu
Nesse processo acolhedor e acolhido se distanciam progressivamente
de demandas autocentradas e de verdades a priori ou seja de seus desejos e
preconceitos voltando-se um para o outro abertos a novos saberes
Se compreendemos a ldquohospitalidaderdquo como gestos de gentileza ndash que tendem a ser reciacuteprocos ndash o mesmo acredita que pouco a pouco forma-se uma espeacutecie de corrente do bem E que se compreendermos a ldquohospitalidaderdquo como uma ferramenta de trabalho capaz de potencializar as vendas por meio do bom atendimento e da transparecircncia nas relaccedilotildees comerciais [] a hospitalidade faz parte de uma compreensatildeo maior mais ampla que parece partir de elementos sentimentos como o amor e a bondade com noacutes mesmos (RIBEIRO ALMEIDA 2015 p 40 apud SILVA 2015)
O fato do visitante se sentir bem acolhido faz com que ele volte e em
muitos casos indique o local a outras pessoas principalmente quando se trata
de uma pessoa com deficiecircncia ou mobilidade reduzida que necessita de
atenccedilatildeo e acomodaccedilotildees especiais isso eacute a melhor propaganda que se tem
pois confiamos na opiniatildeo dos que conhecemos Por outro lado a
hospitalidade favorece a competitividade do mercado turiacutestico e o
estabelecimento que passa aos seus hospedes essa sensaccedilatildeo de bem estar e
confianccedila certamente aumenta o seu fluxo de visitantes
Camargo (2004) afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo de seres
humanos com seres humanos em tempos e espaccedilo planejados para essa
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
11
interaccedilatildeo sendo que a hospitalidade natildeo pode ignorar o campo do comeacutercio e
vice versa
Nesse sentido entende-se que um ambiente planejado pensado para
complementar a necessidades do outro que tem como foco a mobilidade e a
acessibilidade juntamente com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel
geram seguranccedila e consequentemente confianccedila para quem utiliza os serviccedilos
e o estabelecimento Tais fatores agregam portanto valor na forma de acolher
a diversos puacuteblicos e atraindo assim novos turistas para utilizarem esses
serviccedilos e serem mais competitivos no segmento
42 TURISMO RURAL
O meio rural compreende o espaccedilo que natildeo eacute urbano portanto possui
diferentes atividades produtivas as tradicionais como a agricultura onde se daacute
o cultivo de vegetais hortaliccedilas e frutas e a pecuaacuteria que eacute a criaccedilatildeo de
animais sejam de grande ou pequeno porte e outras atividades como
cavalgadas hotel para animais entre outras atividades relacionadas a
agropecuaacuteria A apresentaccedilatildeo de uma nova configuraccedilatildeo como prestador de
serviccedilos nas aacutereas mais diversas como a medicina esteacutetica e tambeacutem com o
turismo Para Ramalho (2016) o turismo rural eacute conhecido como uma atividade
que ocorre no meio rural de forma que os proprietaacuterios integram o setor agrave
produccedilatildeo sendo o turismo considerado uma fonte para complementar a renda
Atualmente o turismo rural tem modificado a configuraccedilatildeo da utilizaccedilatildeo
do espaccedilo rural envolvendo a agropecuaacuteria com o lazer e descanso no meio
rural onde hoteacuteis fazendas e restaurantes rurais tecircm levado os seus clientes a
desfrutar das paisagens do silecircncio e das atividades do campo Segundo
Azevedo e Rodrigues (2015 p133) ldquoo turismo rural tem sido promovido pelas
esferas puacuteblicas e privada como uma possibilidade para ampliar as diferentes
funccedilotildees no espaccedilo rural na perspectiva de descentralizar a renda e gerar
novos empreendimentosrdquo
Consta nas Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural que
esta atividade seria entendida como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas
desenvolvidas no meio rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria
12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
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3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
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BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
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50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
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2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
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3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
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4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
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12
agregando valor a produtos e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio
cultural e natural da comunidaderdquo (BRASIL 2004 p7)
Conforme Elesbatildeo (2007 p 58) ldquoa visatildeo simplista do rural como
agriacutecola vai ficando totalmente superada pelo menos como campo de anaacutelise
jaacute que novas funccedilotildees vatildeo sendo consolidadas e incorporadasrdquo
Tais atividades natildeo necessitam do tempo integral sendo assim os
produtores podem continuar com suas atividades agriacutecolas diaacuterias e ao mesmo
tempo com o turismo rural
A utilizaccedilatildeo do espaccedilo rural com o turismo tem alavancado o
desenvolvimento econocircmico do mesmo como eacute considerado por Veiga (2002)
que afirma que a introduccedilatildeo de atividades turiacutesticas possibilitou novas
perspectivas aos seus moradores E corroborando com Elesbatildeo e Souza
(2011 p 17) ldquoo papel do turismo no desenvolvimento rural eacute basicamente
econocircmico e pode ajudar a manter e melhorar a qualidade de vida das
populaccedilotildees rurais se desenvolvido em condiccedilotildees de desenvolvimento
sustentaacutevelrdquo Em conformidade com Brandatildeo (2012) acredita que o
desenvolvimento resulta de variadas e complexas interaccedilotildees sociais que
buscam o alargamento de possibilidades de determinada sociedade O
desenvolvimento vai aleacutem do crescimento econocircmico
Poreacutem eacute importante ressaltar que para se obter um desenvolvimento
satisfatoacuterio as atividades rurais precisam de planejamento e infraestruturas que
vatildeo aleacutem da propriedade rural A participaccedilatildeo governamental eacute imprescindiacutevel
para contribuir com o desenvolvimento de uma localidade Segundo Amaral
(2016 p31) ldquoa poliacutetica o planejamento e o desenvolvimento sustentaacutevel
pressupotildeem que sejam conduzidos dentro de uma estrutura organizacional
conjunta colaborante e cooperativa resultante de uma interaccedilatildeo muacutetua entre
setor puacuteblico e o setor privado []rdquo O setor privado busca junto ao setor
puacuteblico apoio como a construccedilatildeo de pavimentaccedilatildeo asfaacuteltica programa de apoio
ao desenvolvimento local e financiamento para o fortalecimento do territoacuterio
rural De acordo com Ramalho (2016 p229)
O turismo quando planejado eacute de grande valia para os destinos Entretanto para que haja o desenvolvimento eacute necessaacuteria a soma de diversos aspectos ou seja ter somente a atividade turiacutestica como vetor de desenvolvimento pode ser uma visatildeo muito micro do processo
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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41
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42
VEIGA Joseacute Eli da Cidades imaginaacuterias O Brasil eacute menos urbano do que se calcula Campinas Autores associados 2002 ZANCAN C DANTAS A B CAMPOS V O Estrutura de serviccedilos de varejo nas redes de hospedagem brasileiras Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo Satildeo Paulo 9(2) p 278-297 maioago 2015 Disponiacutevel em gthttpwwwrbturorgbrrbturarticleview756676gt Acesso em setembro de 2015
APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
13
Neste cenaacuterio de acordo com Ramalho (2016) o setor de serviccedilos
como o turismo tem alcanccedilado importante posiccedilatildeo na geraccedilatildeo de empregos e
renda num meio anteriormente exclusivamente agriacutecola
O interesse pelo turismo rural intensifica as mudanccedilas no acircmbito social
poliacutetico e econocircmico Para Martins e Futemma (2013) o turismo rural incentiva
a melhoria da autoestima dos produtores rurais valorizando seu estilo de vida
os seus costumes e a proacutepria produccedilatildeo familiar
Com o intuito de fortalecer a atividade e promover o desenvolvimento
em regiotildees menos favorecidas socioeconomicamente o governo federal vem
implantando poliacuteticas e programas de incentivo ao turismo e agrave agricultura
familiar em aacutereas rurais favorecendo iniciativas locais e fortalecendo a
identidade cultural
Diante dessa nova configuraccedilatildeo do espaccedilo rural vale ressaltar que a
qualificaccedilatildeo estaacute correlacionada diretamente com a hospitalidade que por sua
vez estaacute em conexatildeo com agrave acessibilidade revelando-se como um dos
elementos responsaacutevel para o sucesso da atividade turiacutestica
Por mais urbano e desenvolvido que o ser humano seja a sociedade
que temos hoje teve a sua origem no meio rural Temos um vinculo emocional
com o ambiente rural
Em conformidade com Swarbrooke (2000 p 15) ldquoas aacutereas rurais
ocupam um lugar especial na cultura do paiacutes e na psique de seu povo Isto natildeo
surpreende jaacute que eacute o campo que sempre abasteceu a mais baacutesica
necessidade humana o alimentordquo Mas o meio rural vai aleacutem da produtividade
segundo Elesbatildeo (2007) o rural aleacutem de espaccedilo produtivo eacute lugar de vida de
interaccedilatildeo social
Devido a esse viacutenculo do homem com o campo o turismo rural eacute uma
escapatoacuteria da vida urbana e um refrigeacuterio Portanto em conformidade com as
Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural estas atividades seriam
entendidas como ldquoo conjunto de atividades turiacutesticas desenvolvidas no meio
rural comprometido com a produccedilatildeo agropecuaacuteria agregando valor a produtos
e serviccedilos resgatando e promovendo o patrimocircnio cultural e natural da
comunidaderdquo (BRASIL 2010 p18)
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
REFEREcircNCIAS
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
14
Por fazer parte da nova dinacircmica do meio rural onde atividades natildeo
agriacutecolas eacute uma parte importante do desenvolvimento econocircmico Segundo
Blanco (2009) a associaccedilatildeo entre turismo e o modo de vida das famiacutelias rurais
tem se mostrado como um importante componente estrateacutegico para a melhoria
do desenvolvimento local
O turismo no espaccedilo rural engloba todas essas formas de turismo e se associa aos agricultores familiares de maneira inovadora valorizando e preservando o patrimocircnio rural O produtor rural passa a ser um empreendedor e prestador de serviccedilos turiacutesticos trabalhando diretamente na conservaccedilatildeo do patrimocircnio ambiental e cultural de sua regiatildeo A relevacircncia da atividade do turismo rural em aacutereas onde haacute a predominacircncia da agricultura familiar pode ser constatada agrave medida em que essa associaccedilatildeo reverte em novas oportunidades de trabalho e renda pois nesses casos a economia local eacute ativada por meio da diversificaccedilatildeo de novas formas de trabalho no campo (BLANCO 2009 p349)
Portanto a valorizaccedilatildeo do espaccedilo rural atraveacutes do turismo veio para
melhorar a qualidade de vida dos agricultores e para contribuir para a sua
permanecircncia no campo Aleacutem de ser uma oacutetima alternativa para quem busca
ter uma aproximaccedilatildeo com a vida no campo e descanso Em meio a essa nova
forma de se relacionar com o meio ambiente eacute necessaacuterio que o
empreendedor turiacutestico rural se preocupe com a preservaccedilatildeo ambiental e ao
mesmo tempo precisa empenhar-se para fazer com que o turista tenha uma
experiecircncia uacutenica de inclusatildeo social garantindo que haja acesso aos serviccedilos
prestados visando o bem estar do consumidor e sua mobilidade e
acessibilidade a todos os atrativos da propriedade rural
43 TURISMO ACESSIacuteVEL
A liberdade de locomoccedilatildeo a igualdade e a dignidade da pessoa
humana eacute um direito garantido a todos os brasileiros independente de sua
condiccedilatildeo financeira ou fiacutesica pela Constituiccedilatildeo Federal de 1988
Em conformidade com Duarte Borda Moura Spezia (2015 p 539)
A questatildeo da inclusatildeo social das pessoas com deficiecircncia eacute fator fundamental no desenvolvimento do paiacutes uma vez que devem ser garantidos aleacutem dos direitos constitucionais de ir e vir o acesso agrave informaccedilatildeo e agrave comunicaccedilatildeo niacuteveis mais elevados de qualidade de vida por meio de atividades de lazer e turismo todos esses satildeo elementos dos direitos humanos e da cidadania
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
15
Para melhor compreensatildeo sobre o turismo acessiacutevel eacute necessaacuterio
discutir previamente o conceito de Pessoa Deficiente ou com Mobilidade
Reduzida (PDMR) a luz do Decreto Nordm 5296 de 02 de dezembro de 2004 que
estabelece para caraacuteter de regulaccedilatildeo que pessoas portadoras de deficiecircncia
aleacutem daquelas previstas na Lei no 10690 de 16 de junho de 2003 que possui
limitaccedilatildeo ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas
seguintes categorias resumidamente
a) Deficiecircncia fiacutesica alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano
b) Deficiecircncia auditiva perda parcial ou total de quarenta e um decibeacuteis ou
mais
c) Deficiecircncia visual cegueira na qual a acuidade visual eacute igual ou menor
que 005 no melhor olho
d) Deficiecircncia mental funcionamento intelectual significativamente inferior agrave
meacutedia
e) Deficiecircncia muacuteltipla associaccedilatildeo de duas ou mais deficiecircncias (BRASIL
2003)
O Decreto inclui ainda as pessoas com mobilidade reduzida aquela
que natildeo se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiecircncia mas
que por qualquer motivo tenha dificuldade de movimentar-se permanente ou
temporariamente gerando reduccedilatildeo efetiva da mobilidade flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora e percepccedilatildeo O disposto no caput aplica-se ainda agraves
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos gestantes lactantes e
pessoas com crianccedila de colo
Muito se tem discutido recentemente acerca de mobilidade e
acessibilidade Pesquisas de diversas aacutereas do conhecimento tem levantado
essa questatildeo divido agrave fragilidade da acessibilidade que afeta o exerciacutecio da
cidadania como vemos na citaccedilatildeo de Borja (2003) o uso dos espaccedilos puacuteblicos
como lugar de exerciacutecio da cidadania
Segundo Pero Mihessen (2013 p 26)
o conceito de acessibilidade evoluiu passando tambeacutem a considerar de maneira mais enfaacutetica a acessibilidade universal e os meios internacionalmente difundidos para o atendimento a cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoccedilatildeo como as rampas de acesso etc Em suma associa-se agrave facilidade de alcanccedilar fisicamente um
16
determinado lugar enquanto que mobilidade estaacute relacionada com a capacidade com que o deslocamento pode ser realizado levando em conta natildeo soacute aspectos geograacuteficos como socioeconocircmicos
Uma definiccedilatildeo muito aprovada sobre acessibilidade eacute da ABNT NBR
9050 (2004 p 2) ldquopossibilidade e condiccedilatildeo de alcance percepccedilatildeo e
entendimento para a utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de edificaccedilotildees
espaccedilo mobiliaacuterio equipamento urbano e elementosrdquo
A acessibilidade segundo o Ministeacuterio das Cidades (2006 p16) eacute o
ldquoprocesso de obter igualdade de oportunidades e a participaccedilatildeo plena em todas
as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econocircmico do paiacutes
pelas pessoas com deficiecircncia ou com mobilidade reduzidardquo
Ainda conveacutem lembrar que turismo acessiacutevel eacute composto por medidas
que promovem a inclusatildeo social e o acesso aacute atividade turiacutestica as PDMR A
acessibilidade afeta todas as aacutereas da sociedade e no setor do turismo eacute um
diferencial que garante qualidade na prestaccedilatildeo do serviccedilo e uma importante
vantagem competitiva pois geralmente as PDMR sempre andam
acompanhadas por um parente ou amigo
Aleacutem disso as pessoas com deficiecircncia tecircm conquistado a cada dia
uma vida mais autocircnoma e com liberdade Na qual muitas delas estatildeo
inseridas no mercado de trabalho tem sua proacutepria renda seu carro moram
sozinhas viajam e levam uma vida totalmente independente
Enfatiza-se ainda que o fato de compreender essas limitaccedilotildees e
restriccedilotildees nos possibilita aumentar a independecircncia dessas pessoas ajustando
adequadamente os ambientes e os estabelecimentos puacuteblicos e privados
deixando-os livre de barreiras como sobre salto nas portas calccediladas sem
rampas de acesso escadas sem barras de apoio piso sem revestimento taacutetil
etc Essas medidas satildeo necessaacuterias para que haja a inclusatildeo social por meio
de atitudes pessoais e poliacuteticas puacuteblicas para trazer as Pessoas com
Deficiecircncia ou Mobilidade Reduzida (PDMR) para uma sociedade na qual elas
nunca fizeram parte ateacute entatildeo
A Organizaccedilatildeo Mundial do Turismo (OMT) tem como suas premissas a
promoccedilatildeo do turismo sustentaacutevel responsaacutevel e universalmente acessiacutevel
como indutor do desenvolvimento inclusivo
17
Diante de tal premissa da OMT (2013) a integraccedilatildeo geral fundamental
para assegurar que as pessoas com deficiecircncia tenham acesso ao ambiente
fiacutesico o sistema de transporte canais de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem
como a uma ampla gama de equipamentos e serviccedilos puacuteblicos (Traduccedilatildeo
nossa)
Considerar a acessibilidade como um contratempo voltado apenas as
PDMR eacute um equivoco pois essa natildeo eacute uma questatildeo isolada que envolve
somente os familiares e as entidades especializadas no assunto a
acessibilidade passa pela mobilidade cidadania e pela democracia envolvendo
a todos Pois a acessibilidade eacute um conjunto de peculiaridades do ambiente
que possibilita a sua utilizaccedilatildeo por todas as pessoas independentemente das
suas aptidotildees fiacutesicas sensoriais ou intelectuais
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as
pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a
sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar
dependentes de ajuda ou de terceiros
Para Santos (2003) o universalismo que queremos hoje eacute aquele que
tenha como ponto em comum a dignidade humana O diferente sempre sofre e
colocamos em foco as diferenccedilas e restriccedilotildees
Assim sendo a dignidade eacute esquecida a igualdade social se torna
desigualdade exclusatildeo e privaccedilotildees onde o entretenimento e o lazer satildeo
direcionados a um puacuteblico dentro dos padrotildees de normalidade humana
Corroborando com Kushano e Almeida (2008 p121)
a falta ou reduccedilatildeo de um dos sentidos natildeo eacute e natildeo pode ser o principal obstaacuteculo para a inclusatildeo dos portadores de deficiecircncia como cidadatildeos plenos de direitos e deveres Quando lhes forem oferecidas agraves condiccedilotildees de aprendizado e os meios de desenvolver e aplicar suas habilidades haveraacute consequentemente as condiccedilotildees de participaccedilatildeo na vida social econocircmica cultural e poliacutetica da sociedade
Consoante com Duarte e Borda (2013 p368) ldquoturismo inclusivo natildeo
abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem as pessoas denominadas
com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aquelas que possuem algum tipo
de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
18
Essa mobilidade reduzida temporaacuteria pode ser o caso de uma gestante
ou a presenccedila de uma crianccedila de colo pode se daacute por um problema de sauacutede
como uma perna quebrada ou tratamento de uma enfermidade qualquer
situaccedilatildeo que momentaneamente reduz ou prejudica a mobilidade do individuo
Ainda para com Duarte e Borda (2013 p369)
entende-se que a acessibilidade no turismo visa primordialmente o reconhecimento do outro (o deficiente) em seus direitos e responsabilidades Busca portanto coloca-lo natildeo como algueacutem ldquodigno de penardquo mas como algueacutem capaz de exercer todas as atividades turiacutesticas de forma equacircnime ndash como um igual
Para tanto o turismo acessiacutevel eacute visto como o comprometimento de se
ofertar soluccedilotildees e respostas conjuntas ao niacutevel do territoacuterio pressupondo o
envolvimento das vaacuterias entidades do setor puacuteblico privado e associativo de
diferentes aacutereas de atividade e natildeo somente a exclusividade do setor do
turismo (NUNES 2011)
Corroborando Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram que
acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
O turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial
motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em
tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de
acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
(DUARTE BORDA MOURA SPEZIA 2015)
O turismo em todas as suas variaccedilotildees vem crescendo e sendo
valorizado como fonte de desenvolvimento socioeconocircmico Mas em termos de
acessibilidade e igualdade ainda deixa a desejar Eacute necessaacuterio entender a
diversidade como regra e natildeo exceccedilatildeo Nesse intuito o Ministeacuterio do Turismo
criou um manual de orientaccedilotildees Turismo e Acessibilidade com o propoacutesito de
servir de instrumento orientador sobre temas relativos agrave acessibilidade onde eacute
possiacutevel encontrar criteacuterios paracircmetros recomendaccedilotildees e informaccedilotildees para o
exerciacutecio da plena cidadania que envolve o reconhecimento que todos temos
os mesmos direitos independente da classe social raccedila ou condiccedilotildees fiacutesicas
Finalmente no que diz respeito a uma sociedade globalizada e
moderna eacute necessaacuterio ver o outro como igual em todos os sentidos
19
percebendo os outros como si mesmo entendendo que as diferenccedilas nos
fazem uacutenicos e que temos direitos e deveres de igual modo Portanto natildeo haacute
democracia sem acessibilidade informativa cultural social e econocircmica por
forma a natildeo excluir ningueacutem porque ningueacutem eacute dispensaacutevel (CUNHA 1998)
Em vista dos argumentos apresentados a cidadania para as PDMR
refere-se agrave ideia de inclusatildeo social envolvem questotildees culturais mercado de
trabalho inclusatildeo poliacutetica e civil lazer diversatildeo e qualquer tipo de
entretenimento
5 METODOLOGIA
Este trabalho procurou realizar uma discussatildeo teoacuterica com diversos
autores sobre os temas turismo hospitalidade turismo rural e turismo rural
acessiacutevel bem como expor uma anaacutelise do espaccedilo turiacutestico rural da cidade
sateacutelite de Sobradinho no Distrito Federal Brasil
Diante disso foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica e documental
referente aos temas citados Segundo Gil (2008) eacute o desenvolvimento com
base em material jaacute elaborado constituiacutedo principalmente de livros e artigos
cientiacuteficos A pesquisa documental por sua vez foi fundamentada no banco de
dados do IBGE com os resultados gerais da amostra do censo Demograacutefico
2010 e nas Leis e decretos citados no decorrer do trabalho Tal pesquisa se faz
necessaacuteria para elucidaccedilatildeo de conceitos e o embasamento teoacuterico necessaacuterio
para discursatildeo do assunto
Num segundo estaacutegio foi realizada uma pesquisa de caraacuteter
qualitativo exploratoacuteria e descritiva que objetiva descrever as caracteriacutesticas
dos estabelecimentos rurais localizados na Rota do cavalo na cidade sateacutelite
de Sobradinho DF relativa agrave acessibilidade dos empreendimentos As
pesquisas descritivas satildeo juntamente com as exploratoacuterias as que
frequentemente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuaccedilatildeo
praacutetica (GIL 2002)
Para tanto foi elaborado e aplicado um roteiro de entrevista com
questotildees abertas e fechadas com a intensatildeo de identificar as condiccedilotildees da
acessibilidade nos estabelecimentos turiacutesticos no meio rural de
SobradinhoDF O roteiro de entrevista composto por cinco blocos Nos blocos
20
A e B abordavam a caracterizaccedilatildeo do respondente e do estabelecimento bloco
C adaptaccedilatildeo do estabelecimento bloco D divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento e por fim o bloco E PDMRs como segmento de
mercadocliente em potencial E fotos de dados primaacuterios como forma de
complementaccedilatildeo para um melhor analise de dados
Num primeiro momento buscou-se junto a Administraccedilatildeo Regional e
na Secretaria de Turismo de Sobradinho DF um roteiro dos destinos turiacutesticos
rurais para pesquisa de campo onde nos fui apresentado uma lista com o
telefone nome dos proprietaacuterios e endereccedilo dos estabelecimentos A princiacutepio
foi nos apresentado 36 propriedades rurais que fazem parte da zona rural de
Sobradinho e estatildeo localizadas na Rota do cavalo poreacutem somente treze
dessas propriedades faziam parte da roteirizaccedilatildeo turiacutestica implantada em 2013
pela secretaria de Turismo do DF e atualmente apenas duas propriedades
estatildeo funcionando
Portanto foram entrevistados dois estabelecimentos localizados na
aacuterea rural da cidade sateacutelite de Sobradinho DF no segundo semestre de 2015
Como forma de diferenciar os estabelecimentos vamos identifica-los como
estabelecimento A e B pois os proprietaacuterios de ambos natildeo autorizaram a
divulgaccedilatildeo dos nomes dos entrevistados e dos estabelecimentos no presente
trabalho Sendo assim os entrevistados foram o administrador do
estabelecimento A e no outro estabelecimento B o gerente O objetivo era de
investigar qual o niacutevel de adaptaccedilatildeo dos estabelecimentos qual a percepccedilatildeo
dos entrevistados sobre a acessibilidade dos estabelecimentos e qual a
importacircncia de se ter instalaccedilotildees adaptadas
6 CARACTERIZACcedilAtildeO DA REGIAtildeO ADMINISTRATIVA DE SOBRADINHO
A cidade de Sobradinho surgiu durante a construccedilatildeo de Brasiacutelia pela
necessidade de alojar definitivamente as famiacutelias imigrantes dos diversos
estados brasileiro e foi oficialmente fundada em 1960 Eacute uma cidade sateacutelite
que fica a 22 km da regiatildeo central do Plano Piloto como podemos ver na figura
1 Atualmente possui uma populaccedilatildeo estimada de 175 mil habitantes de
acordo com o ultimo censo 2010 do IBGE (IBGE 2014)
21
Figura 1 Mapa do Distrito Federal Figura 2 Mapa da Regiatildeo Adm de Sobradinho Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Em destaque na figura 2 tem-se a Regiatildeo Administrativa de
Sobradinho uma cidade convidativa ao turismo rural pois eacute cercada por muitos
morros e cachoeiras e clima ameno caracteriacutesticas naturais que datildeo a
Sobradinho o tiacutetulo de cidade serrana e de capital do ecoturismo no Distrito
Federal tiacutetulo esse concedido pela secretaria do Meio Ambiente e Tecnologia
que em parceria com a Administraccedilatildeo Regional manteacutem o programa Viver na
Serra eacute Bom Demais
Sobradinho eacute a uacutenica cidade da regiatildeo do DF localizada em uma serra
devido a essa peculiaridade possui muitas trilhas rios e fazendas onde eacute
possiacutevel andar a cavalo pescar e encontrar restaurantes rurais no meio do
cerrado Podemos observar na figura 3 que a regiatildeo de Sobradinho eacute dividida
em setor Oeste e setor Leste neste trabalho estamos discutindo sobre o setor
leste destacado na figura 4 regiatildeo onde estaacute localizada a Rota do Cavalo
A Rota do Cavalo eacute um tipo de roteirizaccedilatildeo De acordo com Brasil
(2015) a roteirizaccedilatildeo turiacutestica eacute uma estrateacutegia para diversificar a oferta
turiacutestica e estruturar destinos Deste modo a roteirizaccedilatildeo forma um tipo de
aglomerados turiacutesticos que objetiva despertar a atenccedilatildeo e o interesse dos
turistas
22
Figura 3 mapa de Sobradinho Figura 4 Mapa da Rota do Cavalo Fonte Googlecombr (2016) Fonte Googlecombr (2016)
Localizada a 22 km do Plano Piloto outrora teve sua origem por meio de
um grupo proprietaacuterios de terras que haacute pelo menos 30 anos deu iniacutecio ao que
hoje conhecemos como Rota do Cavalo Mas somente em 2013 que a Secretaria
de Turismo do DF lanccedilou um roteiro de turismo rural que inclui 36 propriedades
de Sobradinho com o objetivo de desenvolver o turismo rural na regiatildeo e oferecer
uma opccedilatildeo de renda aacutes famiacutelias que vivem nesses locais Como parte do projeto
foram colocadas placas de identificaccedilatildeo como a que vemos na figura 5 e em todos
os ranchos Na eacutepoca do lanccedilamento a Secretaria relacionou 14 espaccedilos rurais
prontos para iniciar o programa turiacutestico
Figura 5 Placa da Rota do Cavalo Fonte Dados primaacuterios
O roteiro turiacutestico formado por ranchos e centros de treinamentos
equestres escolas haras no qual encontramos restaurantes rurais e outros tipos
23
de serviccedilos voltados ao turismo rural Satildeo estabelecimentos localizados entre
quatro rodovias distritais (BR-020 DF-001 DF-330 3 DF- 440)
7 ANALISE DE DADOS
O objetivo do trabalho era verificar nos empreendimentos rurais
localizados na Regiatildeo de Sobradinho a existecircncia de adaptaccedilotildees para receber
pessoas com deficiecircncia ou mobilidade reduzida e investigar se as mesmas eram
adequadas Objetivou-se aleacutem disso conhecer a frequecircncia em que os PDMR
procuram esses estabelecimentos e se essa procura era devido agraves adaptaccedilotildees
das instalaccedilotildees oferecendo assim serviccedilos com mais qualidade a esses
cidadatildeos
A regiatildeo possui diversas propriedades rurais voltadas agrave equitaccedilatildeo mas
atualmente apenas dois desses estabelecimentos fornecem serviccedilos como
alimentaccedilatildeo passeio a cavalo ou charrete arborismo escola de equitaccedilatildeo ou
mesmo para passar o dia utilizando as dependecircncias sem se hospedar
71 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS ESTABELECIMENTOS E DOS
RESPONDENTES PESQUISADOS
Para facilitar a identificaccedilatildeo dos estabelecimentos vamos denominaacute-los
com estabelecimento A e B
Os dois primeiros blocos de questotildees referem-se a caracterizaccedilatildeo dos
respondentes e do estabelecimento Sendo que atualmente temos apenas dois
estabelecimentos voltados ao turismo rural em funcionamento na Rota do Cavalo
Dentre o perfil dos estabelecimentos o estabelecimento A tem 20 anos de
atividades e 15 funcionaacuterios fixos e o estabelecimento B jaacute atua haacute 18 anos no
ramo de turismo rural e tem 20 funcionaacuterios fixos
O perfil dos entrevistados foram os seguintes estabelecimento A o
respondente ocupa o cargo de administrador tem 28 anos de idade e eacute do sexo
masculino No estabelecimento B a respondente do questionaacuterio ocupa o cargo de
gerente tem 52 anos de idade e eacute do sexo feminino E em relaccedilatildeo ao tempo de
24
trabalho no estabelecimento para ambos a resposta foi de 11 anos ou mais isso
demostra que o tempo de serviccedilo no empreendimento eacute constante
72 ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
Como o foco desta pesquisa estaacute direcionado agraves pessoas deficiente ou
com mobilidade reduzida foi questionado se na visatildeo dos entrevistados o
estabelecimento encontrava-se adaptado ou natildeo A resposta do administrador
estabelecimento A foi sim para essa questatildeo Mas o que observamos eacute que nem
todo ambiente eacute acessiacutevel como observamos nas figuras 6 e 7 a aacuterea de lazer que
eacute liberada para utilizaccedilatildeo sem que seja hospede natildeo possui acessibilidade por
exemplo o cadeirante natildeo tem acesso por natildeo haver rampa de acesso nas aacutereas
mostradas
Figura 6 aacuterea de lazer do Estabel A Figura 7 aacuterea de lazer do Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
Outra questatildeo de grande importacircncia observada no estabelecimento A
sobre a acessibilidade incompleta eacute o estacionamento que como podemos ver
nas figuras 8 e 9 natildeo tem vaga demarcada exclusiva para deficientes e nem para
idosos eacute de cascalho e totalmente desnivelado e com buracos o que dificulta o
acesso de cadeira de rodas ou mesmo o acesso independente de um deficiente
visual por exemplo
25
Figura 8 Estacionamento do Estabel A Figura 9 Estacionamento Estabel A Fonte Dados Primaacuterios Fonte Dados Primaacuterios
No entanto quando o estabelecimento B foi questionado quanto o
estabelecimento ser ou natildeo adaptado a gerente num primeiro momento
respondeu que sim e ateacute aceitou que o nome do estabelecimento fosse divulgado
no presente trabalho Contudo no decorrer da entrevista com a sequecircncia de
questionamento ela percebeu que o estabelecimento natildeo era adaptado e mudou a
resposta e por consequecircncia pediu para natildeo divulgar o nome do estabelecimento
no trabalho pois considerou que isso seria prejudicial agrave imagem do
estabelecimento B
Verificamos durante as trecircs visitas que fizemos ao estabelecimento B que
a acessibilidade eacute bem precaacuteria como vecirc-se nas figuras a seguir O
estabelecimento B tambeacutem natildeo possui vagas de estacionamento exclusivo para
deficiente e nem para idosos Poreacutem a aacuterea do estacionamento do
estabelecimento B eacute toda nivelada e coberta por cascalho como vecirc-se na figura
10
Figura 10 estacionamento estabel B Fonte Dados primaacuterios
26
Na figura 11 tem-se um desniacutevel no ambiente do restaurante que vai das
mesas para a aacuterea de serviccedilo do buffet com uma escada e o destaque aqui eacute para
a falta de corrimatildeo que eacute indispensaacutevel para a seguranccedila principalmente de
idosos e crianccedilas De acordo com as normas da ABNT a acessibilidade tem que
possibilitar a condiccedilatildeo de alcance utilizaccedilatildeo com seguranccedila e autonomia de
edificaccedilotildees espaccedilos mobiliaacuterio e equipamento (ABNT NBR 9050 2004 p2)
Na figura 12 tem-se a aacuterea do buffet onde os alimentos satildeo servidos no
fogatildeo agrave lenha a aacuterea em destaque na figura eacute alta o que impossibilita a um
cadeirante se servir sozinho Em ambas figuras foram feridos os princiacutepios baacutesicos
da acessibilidade quanto ao que se referi a seguranccedila autonomia e ao espaccedilo e
equipamentos adaptados
Figura 11 Estabel B aacuterea de circulaccedilatildeo Figura 12 Estabel B aacuterea do bufet Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
A questatildeo seguinte trata da percepccedilatildeo da importacircncia da adaptaccedilatildeo do
estabelecimento Perante o enfoque nos estabelecimentos o setor de turismo
deve reconhecer a necessidade de se oferecer serviccedilos acessiacuteveis e de
qualidade de modo a natildeo cometer nenhum ato discriminatoacuterio que pode levar a
perdas financeiras e principalmente denegrir a imagem da empresa
(DARUWALLA DARCY 2005)
27
Quando indagado a respeito da importacircncia de ter instalaccedilotildees adaptadas
obtivemos as seguintes respostas O administrador (estabelecimento A) disse que
ldquoa importacircncia era de manter o respeito e a dignidade das pessoas que precisamrdquo
Para essa questatildeo a gerente (estabelecimento B) disse que se as instalaccedilotildees
fossem adequadamente adaptadas eles ldquopoderiam receber um maior nuacutemero de
pessoas e atender com mais qualidade aos deficientesrdquo
Na figura 13 tem-se o banheiro adaptado do estabelecimento A Eacute um
banheiro amplo com barra na lateral do vaso sanitaacuterio e com a pia e o espelho
mais baixo para o acesso de cadeirantes mas natildeo possui campainha de
emergecircncia tambeacutem natildeo se percebe nenhum tipo de acessibilidade para as
demais deficiecircncias como piso taacutetil ou sinalizaccedilatildeo em braile
Figura 13 banheiro adaptado Estabelecimento A Fonte Dados primaacuterios
Verificou-se que quando questionado em relaccedilatildeo ao tempo de adaptaccedilatildeo
dos estabelecimentos o administrador (estabelecimento A) respondeu que a
adaptaccedilatildeo foi feita em 2014
Nas figuras 14 e 15 temos os banheiros feminino e masculino do
estabelecimento B um banheiro sem nenhuma adaptaccedilatildeo
28
Figura 14 Banheiro feminino estabel B Figura 15 Banheiro masculino estabel B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
O banheiro da figura 15 foi nos apresentado como acessiacutevel num primeiro
momento mas depois de conversamos sobre o que eacute um banheiro acessiacutevel a
entrevistada voltou atraacutes e reconheceu que no estabelecimento B natildeo possui
nenhum banheiro com o miacutenimo de acessibilidade A gerente (estabelecimento B)
disse que a adaptaccedilatildeo tem sido feita e a previsatildeo de conclusatildeo eacute para 2016
Poreacutem em visita de verificaccedilatildeo feita em maio de 2016 natildeo observamos nenhuma
mudanccedila ou melhoria na acessibilidade dos banheiros principalmente e em
nenhuma outra dependecircncia do estabelecimento
Contudo eacute importante ressaltar que um ambiente planejado juntamente
com um serviccedilo prestado de forma cordial e amaacutevel geram seguranccedila e
consequentemente confianccedila para os PDMR Neste sentido Camargo (2004)
afirma que a hospitalidade eacute a interaccedilatildeo entre os seres humanos em tempos e
espaccedilo planejados
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que as PDMRs satildeo consumidores em
potencial e que geralmente viajam ou fazem passeios acompanhados por
familiares e amigos De acordo com Duarte e Borda (2013) atender a todas as
necessidades das PDMRs possibilitaraacute o crescimento do contiacutenuo nos proacuteximos
anos dos destinos turiacutesticos brasileiro O turismo rural acessiacutevel tem grande
potencial de crescimento econocircmico e de inclusatildeo social
29
73 DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO TURIacuteSTICO
O proacuteximo questionamento foi se o estabelecimento possui endereccedilo
eletrocircnico na web e ambos entrevistados disseram que possuem endereccedilo
eletrocircnico mas quando indagado se divulgam a acessibilidade no site ambos
responderam que natildeo divulgam se possuem acessibilidade ou natildeo e nem mesmo
em outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo Mas natildeo especificaram o motivo para natildeo
divulgar
74 PDMRS COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTE EM POTENCIAL
O propoacutesito desse bloco eacute investigar se o puacuteblico de PDMRs eacute visado
como clientes em potencial
O turismo acessiacutevel eacute um agente da inclusatildeo social e um potencializador
dos negoacutecios De acordo com Garciacutea-Caro Waal e Buhalis (2012) consideram
que acessibilidade e turismo satildeo dois conceitos relacionados e que o turismo
acessiacutevel eacute uma importante oportunidade de negoacutecios
Quando perguntamos sobre a procura de PDMR e suas famiacutelias pelo
estabelecimento as resposta foram Administrador (estabelecimento A) foi que
ldquoExistem vaacuterios clientes cadeirantes mas a procura pelo estabelecimento natildeo
creio estar ligada agrave acessibilidade mas a qualidade de nosso serviccedilordquo No caso
da gerente (estabelecimento B) a resposta foi que ldquonatildeo satildeo muitos PDMR que
procuram mas temos esse objetivordquo
Em relaccedilatildeo agrave resposta da gerente do estabelecimento B o que
observamos durante as visitas que fizemos e ateacute mesmo em conversas com a
proacutepria gerente e o proprietaacuterio eacute que eles tecircm um fluxo de clientes PDMRs sim
Eles trabalham com hipismo como terapia para crianccedilas autistas e com leves
deficiecircncias e que o programa soacute natildeo atende um nuacutemero maior pessoas por falta
de apoio do governo esse ultimo item conforme relatos da entrevistada Tambeacutem
foi observada a presenccedila de muitos idosos e pessoas deficientes no local em
nossas trecircs visitas durante o periacuteodo de pesquisa
30
Quando questionado sobre a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas
e a procura das PDMRs pelo estabelecimento o administrador (estabelecimento
A) respondeu que ldquonatildeo acredito que o fato de termos algumas adaptaccedilotildees tenha
aumentado a visitardquo Para gerente (estabelecimento B) ldquoacho que se fosse perfeito
e totalmente adaptado aumentaria a demandardquo Ambos consideram as adaptaccedilotildees
do estabelecimento importante para o bom atendimento ao cliente
A questatildeo final foi sobre se existe ou natildeo uma preocupaccedilatildeo em permitir
que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de todos os serviccedilos
prestados pelo estabelecimento A resposta do administrador (estabelecimento A)
foi que ldquonatildeo pois algumas aacutereas do estabelecimento satildeo bastante acidentadas O
que inviabiliza essas adaptaccedilotildees mas enquanto restaurante todos podem
usufruiacuterem com conforto e comodidaderdquo A gerente (estabelecimento B) respondeu
que sim porque aumentaria o fluxo de visitantes em nosso espaccedilordquo
De acordo com Carvalho (2015 p582) a recepccedilatildeo de hoacutespedes
portanto desempenha papeacuteis sociais importantes na vinculaccedilatildeo de indiviacuteduos e
grupos na interaccedilatildeo social dos envolvidos e das famiacutelias A hospitalidade desde a
chegada do visitante eacute o fator determinante para a permanecircncia e principalmente
para o retorno dos visitantes ao estabelecimento turiacutestico Pois a sua impressatildeo
primeira eacute o que determina se satisfez ou natildeo as suas necessidades
Baseado nas questotildees fechadas do questionaacuterio verificamos que a
deficiecircncia que mais chama a atenccedilatildeo dos entrevistados e dos proprietaacuterios eacute a
deficiecircncia motora e que as adaptaccedilotildees satildeo sempre voltadas a esse tipo de
deficiecircncia mesmo que natildeo sejam adaptaccedilotildees dentro das normas da ABNT Natildeo
observamos nenhuma acessibilidade ou mesmo preocupaccedilatildeo com os demais
tipos de deficiecircncia como por exemplo a deficiecircncia visual como podemos
observar nas figuras a seguir Na figura 16 temos uma das aacutereas de circulaccedilatildeo do
estabelecimento A sem piso taacutetil e na figura 17 temos a aacuterea de acesso ao buffet
do estabelecimento B onde vemos uma rampa de acesso mas nenhum dos
estabelecimentos possuiacutea cardaacutepio em braile ou com a letra maior para facilitar a
visualizaccedilatildeo e nem mesmo havia piso taacutetil
31
Figura 16 Estabelecimento A Figura 17 Estabelecimento B Fonte Dados primaacuterios Fonte Dados primaacuterios
Natildeo foram observadas adaptaccedilotildees relacionadas a necessidades especiais
como assentos mais espaccedilosos para pessoas obesas nem assentos mais
adequados para pessoas com baixa estatura Nenhum dos estabelecimentos
pesquisados possui campainha nos banheiros para o caso de emergecircncia nem
profissional para acompanhar idosos ou com conhecimento em liacutenguas de sinais
para orientar os deficientes auditivos
Uma questatildeo que os proprietaacuterios natildeo compreendem claramente eacute que a
acessibilidade eacute uma questatildeo necessaacuteria a todos noacutes em determinada tempo ou
situaccedilatildeo da vida como no caso de uma gestante ou uma pessoa que se encontra
com um dos membros quebrados Corroborando com Duarte e Borda (2013 p
368) ldquoturismo inclusivo natildeo abrange apenas os deficientes fiacutesicos mas tambeacutem
as pessoas denominadas com mobilidade reduzida incluindo tambeacutem aqueles
que possuem algum tipo de limitaccedilatildeo que porventura passo ser momentacircneardquo
Observou-se durante o dialogo com o proprietaacuterio do estabelecimento B
que a ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas e de parcerias governamental prejudica o
crescimento e por muitas vezes essa deficiecircncia de parcerias leva o proprietaacuterio
a mudar de ramo ou a falecircncia do empreendimento o que eacute lamentaacutevel tanto para
os clientes como para o desenvolvimento local da aacuterea rural
A norma 9050 da ABNT referente agrave acessibilidade orienta como deve ser
feita a adequaccedilatildeo dos equipamentos serviccedilos espaccedilos e mobiliaacuterios O
documento estabelece criteacuterios e paracircmetros teacutecnicos a serem observados quanto
32
ao projeto construccedilatildeo instalaccedilatildeo e adaptaccedilatildeo de edificaccedilotildees transportes
informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo bem como outros serviccedilos e instalaccedilotildees abertos ao
puacuteblico de uso privado ou coletivo tanto no meio urbano como rural por pessoas
com deficiecircncia ou mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050 2015) Poreacutem as
diretrizes satildeo apenas como forma de sugestatildeo No quadro 01 temos um
comparativo entre alguns autores e a realidade constatada Numa segunda parte
do quadro temos um comparativo entre as diretrizes da ABNT 9050 e o que
encontramos nos estabelecimentos visitados
Quadro 01 - Quadro comparativo entre a teoria e a praacutetica
Teoria Praacutetica
Turismo Rural Acessiacutevel Turismo Rural Acessiacutevel em Sobradinho DF
Segundo Duarte Borda Moura e Spezia (2015) o turismo acessiacutevel mais especificamente surge como potencial motivador da inclusatildeo social visando agrave ampliaccedilatildeo da participaccedilatildeo de todos em tal atividade com a finalidade de proporcionar agraves pessoas a oportunidade de acesso a atividades comuns e natildeo em grupos isolados e estigmatizados
O turismo rural em Sobradinho tem se apresentado pouco hospitaleiro no que tange a acessibilidade A falta de informaccedilatildeo e entendimento sobre o que eacute realmente acessibilidade tem sido uma barreira nos estabelecimentos pesquisados
De acordo com Nunes (2011) a acessibilidade natildeo estaacute ligada soacute as pessoas portadoras de deficiecircncia Contudo em qualquer altura da vida a sauacutede que temos hoje podemos natildeo ter amanhatilde e assim podemo-nos tornar dependentes de ajuda ou de terceiros
Encontramos nos estabelecimentos visitados a presenccedila de muitos idosos Poreacutem as adaptaccedilotildees voltadas a esse tipo de cliente eram precaacuterias ou mesmo inexistentes
Duarte Gil (2009) a noccedilatildeo de mobilidade estaacute relacionada com o grau de liberdade que nos movimentamos em determinado espaccedilo
No estabelecimento A encontramos barreiras nos acessos a aacuterea de lazer O estacionamento tambeacutem eacute deficiente quando falamos em liberdade nos movimentos pois eacute desnivelado e com buracos e natildeo havia demarcaccedilatildeo de vagas para deficientes e nem havia vagas para idosos
ABNT NBR 9050 ATUALIZADA EM 2015
ACESSIBILIDADE NO TURISMO RURAL DE SOBRADINHO DF
Aacuterea de aproximaccedilatildeo espaccedilo sem obstaacuteculos destinado a garantir manobra deslocamento e aproximaccedilatildeo de todas as pessoas para utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterio ou elemento com autonomia e seguranccedila
Por serem espaccedilos rurais ambos os restaurantes satildeo amplos e possuem boas aacutereas de manobra deslocamentos e aproximaccedilatildeo mesmo para cadeirantes Garantindo assim a circulaccedilatildeo de todas as pessoas
Aacuterea de descanso aacuterea adjacente e interligada agraves aacutereas de circulaccedilatildeo interna ou externa agraves edificaccedilotildees destinada a usuaacuterios que necessitam de paradas temporaacuterias para posterior continuaccedilatildeo do trajeto
Ambos os estabelecimentos possuem bancos nos trajetos que ligam agraves aacutereas externas dos restaurantes as aacutereas internas que servem de apoio caso haja a necessidade de descanso
33
Aacuterea de refuacutegio ou resgate aacuterea com acesso direto para uma saiacuteda destina a manter em seguranccedila PDMR enquanto aguardam socorro em situaccedilatildeo de sinistro
Natildeo foram observadas em ambos os estabelecimentos aacutereas reservadas a PDMR rota de acesso direto a saiacuteda
Banheiro acessiacutevel cocircmodo que dispotildee de chuveiro banheira bacia sanitaacuteria lavatoacuterio espelho e demais acessoacuterios
No estabelecimento A o banheiro eacute acessiacutevel com todos os itens adaptados No entanto o estabelecimento B natildeo possui banheiro adaptado
Rampa inclinaccedilatildeo da superfiacutecie de piso longitudinal ao sentido de caminhamento com declividade igual ou superior a 5
Na aacuterea do estabelecimento A agrave aacuterea interna possui rampas de acesso mas o mesmo natildeo possui rampas em sua aacuterea externa Jaacute o estabelecimento B possui rampa somente na aacuterea de acesso ao buffet nas demais aacutereas soacute haacute escadas e sem corrimatildeo
Piso taacutetil piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relaccedilatildeo ao piso adjacente destinado a constituir alerta ou linha-guia servindo de orientaccedilatildeo principalmente agraves pessoas com deficiecircncia visual ou baixa visatildeo Satildeo dois tipos piso taacutetil de alerta e piso taacutetil direcional
Natildeo foi observado nenhum tipo de adaptaccedilatildeo a deficientes visuais e ambos os estabelecimentos natildeo possuem nenhum tipo de piso taacutetil
Fonte A autora (2016) de acordo com a norma 9050 da ABNT
Tendo em vista que este trabalho tem o foco no turismo rural acessiacutevel
onde o destino eacute a Rota do Cavalo em Sobradinho DF a comparaccedilatildeo foi realizada
somente dentro do contexto dos estabelecimentos visitados no periacuteodo da
pesquisa
Portanto a acessibilidade eacute de grande importacircncia para o
desenvolvimento do turismo rural pois natildeo e possiacutevel existir desenvolvimento sem
acessibilidade Quando damos prioridades agraves necessidades do outro e nos
colocamos em seu lugar e que o verdadeiro desenvolvimento estaacute surgindo
8 CONCLUSAtildeO
O presente trabalho estudou sobre o Turismo Rural Acessiacutevel na regiatildeo
Administrativa de Sobradinho no Distrito Federal
Na primeira parte desse trabalho apresentou-se uma revisatildeo de literatura
sobre este toacutepico que nos permitiu ter uma visatildeo abrangente da temaacutetica e
registrar as principais tendecircncias e questotildees atraveacutes da anaacutelise de diversos
documentos orientadores relacionados com o tema em questatildeo
34
A proposta de turismo rural acessiacutevel eacute uma ideia relativamente nova mas
com grande potencial de inclusatildeo social pois por muito tempo a inclusatildeo das
pessoas com deficiecircncia foi vista somente como um problema da famiacutelia e das
entidades especializadas que se responsabilizavam pelos cuidados Poreacutem
analisando os diversos autores pesquisados observou-se que progressivamente o
turismo de forma geral tem assumido uma atitude criacutetica e preocupada com a
integraccedilatildeo das pessoas com deficiecircncias
Levando-se em consideraccedilatildeo o que foi mencionado na revisatildeo literaacuteria eacute
necessaacuterio que iniciativas puacuteblicas e privadas continuem centradas neste puacuteblico
com necessidades especiais para que futuramente possa se dar respostas
positivas a essas necessidades e que a inclusatildeo natildeo seja uma exceccedilatildeo e sim uma
constante na sociedade como um todo
Diante da precariedade da acessibilidade eacute necessaacuteria uma melhor
capacidade profissional e poliacuteticas puacuteblicas de estiacutemulo voltada a praacutetica da
acessibilidade e mobilidade no turismo rural em todo territoacuterio brasileiro
Percebe-se que a necessidade de informaccedilatildeo teacutecnica qualificada de como
se daacute a acessibilidade o turismo para todos soacute eacute possiacutevel se o conhecimento
sobre as necessidades do outro for pleno
A pesquisa de campo revelou durante as entrevistas estruturadas que falta
informaccedilatildeo sobre o que eacute realmente acessibilidade e turismo rural inclusivo Que a
ausecircncia de informaccedilatildeo leva ao erro pois num primeiro momento quando
questionado sobre o espaccedilo ser ou natildeo acessiacutevel a resposta geralmente eacute sim
mas o que observamos na praacutetica eacute que a acessibilidade nem sempre existe e que
quando existe alguma preocupaccedilatildeo com a acessibilidade esta eacute voltada apenas
para a deficiecircncia motora as demais deficiecircncias nem sempre satildeo lembradas
pelos entrevistados E isso eacute o que se observa na sociedade como um todo
A existecircncia de barreiras no turismo rural resulta em espaccedilos sem
hospitalidade e consequentemente sem qualidade de vida daiacute a necessidade de
se projetar espaccedilos que pense no outro e nas suas necessidades eliminando as
barreiras no intuito de tornar os diferentes ambientes e as atividades acessiacuteveis a
todos
35
As barreiras no turismo rural assumem-se como um elemento pertinente a
forma como os estabelecimentos propiciam ambientes e atividades que sejam
agradaacuteveis ou natildeo para quem os visitam Sendo assim a acessibilidade eacute um
grande desafio tanto na hora de se planejar um empreendimento turiacutestico
acessiacutevel como na hora de se pensar nas intervenccedilotildees para eliminar as barreiras
A elaboraccedilatildeo da acessibilidade eacute um desafio para mitigar os impactos causados a
uma parte da populaccedilatildeo com dificuldades
Eacute imprescindiacutevel que todos se conscientizem para se resolver o problema
da acessibilidade no turismo rural que se sensibilizem de que o fator de inclusatildeo
social deve ser presente nos princiacutepios de base Faz-se necessaacuterio ter um novo
entendimento na forma de ver o proacuteximo Para tanto eacute essencial a informaccedilatildeo e a
conscientizaccedilatildeo das necessidades e diferenccedilas de cada um Nesta conjuntura os
agentes puacuteblicos devem prestar informaccedilotildees para que os estabelecimentos sejam
acessiacuteveis e fiscalizar a realizaccedilatildeo de intervenccedilotildees para eliminar as barreiras pois
projetos devidamente estudados e implementados tornam os espaccedilos acessiacuteveis
criando um espaccedilo de inclusatildeo social
Entende-se que um turismo rural acessiacutevel com qualidade eacute um
diferenciador de sucesso muito importante no que diz respeito a vantagens
competitivas O planejamento e a gestatildeo devem envolve cuidados com as
necessidades especiais desde o principio do empreendimento pois hoje eacute
indiscutiacutevel que a igualdade de participaccedilatildeo na sociedade eacute parte dos direitos de
cada cidadatildeo garantido na Constituiccedilatildeo Federal brasileira
Em face aos dados apresentados a acessibilidade no turismo rural eacute um
elemento que contribui para a qualidade de vida das pessoas com necessidades
especiais e ao mesmo tempo na medida em que se qualifica o acesso aos
serviccedilos melhora-se tambeacutem a competitividade do estabelecimento e sua
visibilidade
Conclui-se que o Brasil tem hoje uma das melhores legislaccedilotildees voltadas
para os direitos da pessoa com deficiecircncia No entanto essas ainda precisam ser
mais bem implementadas e fiscalizadas para que se possam construir accedilotildees
36
conjuntas para a facilitaccedilatildeo da acessibilidade o que possibilitaraacute a verdadeira
inclusatildeo social dessas pessoas
37
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APEcircNDICE
Universidade de BrasiacuteliaUnB
Faculdade UnB PlanaltinaFUP
Profa Donaacuteria Coelho Duarte Dra
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Este roteiro de entrevista faz parte de uma pesquisa que estaacute sendo realizada na Universidade de
Brasiacutelia e tem como objetivo investigar ateacute que ponto as Pessoas com Deficiecircncia e Mobilidade
Reduzida (PDMR) satildeo visualizadas como um segmento de mercado em potencial para os
estabelecimentos de turismo rural Tal questionaacuterio visa tambeacutem abordar questotildees voltadas a
pessoas que possuem alguma necessidade especial como os obesos e idosos Entende-se assim
que a sua contribuiccedilatildeo eacute extremamente relevante para a realizaccedilatildeo desse estudo Para um maior
entendimento o questionaacuterio foi divido da seguinte forma
BLOCO A Caracterizaccedilatildeo do respondente
43
BLOCO B Caracterizaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO C Adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO D Divulgaccedilatildeo da adaptaccedilatildeo do estabelecimento turiacutestico
BLOCO E PDMRs como segmento mercadocliente em potencial
Agradecemos desde jaacute a sua contribuiccedilatildeo neste processo e GARANTIMOS O ANONIMATO do
respondente
BLOCO A CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE
1 Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino
2 Idade
3 Cargo
4 Tempo que trabalha no estabelecimento
( ) ateacute 1 ano
( ) 2 a 4 anos
( ) 5 a 7 anos
( ) 8 a 10 anos
( ) 11 anos ou mais
BLOCO B CARACTERIZACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1Nome do estabelecimento turiacutestico
2 Localizaccedilatildeo
44
3 Nuacutemero de empregadosfuncionaacuterios
4 Quantos anos de atuaccedilatildeo o estabelecimento possui
_____________________________________________________________________
5 Quais serviccedilos satildeo oferecidos pelo estabelecimento Ex alimentaccedilatildeo hospedagem passeios
eou outros serviccedilos
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO C ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 Em sua opiniatildeo o seu estabelecimento estaacute adaptado para receber PDMRs (Pessoas com
Deficiecircncia e Mobilidade Reduzida)
( ) Sim ( ) Natildeo
Se Sim qual a importacircncia de ter suas instalaccedilotildees adaptadas
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se Sim desde a inauguraccedilatildeo do estabelecimento jaacute havia preocupaccedilatildeo em adaptaacute-lo Por quecirc
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
45
Se Natildeo existe dificuldade ou considera apenas irrelevante para o negoacutecio
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Se Natildeo estaacute previsto algum projeto para adaptar o estabelecimento agraves necessidades da PDMR
( ) Natildeo
( ) Sim Para quando ________________________________
2 Quais satildeo as adaptaccedilotildees que o seu estabelecimento possui (Assinale quantas alternativas vocecirc
achar necessaacuterio) - PESQUISA DE OBSERVACcedilAtildeO
TIPO DE
LIMITACcedilAtildeO
ITEM POSSUI OU
NAtildeO
OBSERVACcedilAtildeO
ATENDE AS
NORMAS DA
ABNT
SIM NAtildeO SIM NAtildeO
MOTORA Estacionamento com vagas reservadas para
deficientes
Estacionamento com vagas reservadas para
idosos
Rampa(s) para ingresso no
estabelecimentorecepccedilatildeo
46
Barras de apoio em rampas
Barras de apoio em escadas
Portas mais largas
Corredores mais largos
Elevador(es)
Recepccedilatildeobalcatildeo e caixa mais baixos
Telefones na altura adequada para
cadeirantes
Moacuteveis em altura adequada para deficientes
com limitaccedilatildeo motora
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo motora
Banheiro(s) puacuteblico(s) adaptados
Aacuterea para manobra da cadeira de rodas
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
limitaccedilatildeo motora
Outros Quais___________________
VISUAL Cardaacutepio em Braile
Cardaacutepio com letras de faacutecil visualizaccedilatildeo
(tamanho de letra adequado)
Piso taacutetil
Profissional do estabelecimento devidamente
treinado para acompanhar essa pessoa com
47
limitaccedilatildeo visual
Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo visual
Permissatildeo para entradas de animais (no caso
catildeo guia)
Corrimatildeo nas escadasrampas
Folders sobre a promoccedilatildeodivulgaccedilatildeo do
estabelecimento em braile
Outros Quais______________
Profissional do estabelecimento com
conhecimento em liacutenguas de sinais
AUDITIVA Possui circulaccedilatildeo adequada a todos os
ambientes do local (sem restriccedilatildeo) para
pessoas com limitaccedilatildeo auditiva
Outros Quais
Assentos mais espaccedilosos para pessoas
obesas
PESSOAS
COM ALGUM
TIPO DE
NECESSIDADE
ESPECIAL
Assentos mais adequados para pessoas com
baixa estatura dentre esses os anotildees
Profissional para acompanhar o idoso
ESPECIFICAM
ENTE NO
BANHEIRO
Campainha em caso de emergecircncia
Barras de apoio ao redor do vaso sanitaacuterio
Indicaccedilatildeo em braile
48
Piso anti-derrapante
Tamanho adequado para circulaccedilatildeo de
cadeirantes
Pia e espelho em altura acessiacuteveis
Outros Quais________________
Sinalizaccedilatildeo visual
ESPECIFICAM
ENTE NAS
SAIacuteDAS DE
EMERGEcircNCIA
Sinalizaccedilatildeo taacutetil (no piso)
Sinalizaccedilatildeo sonora
Sinalizaccedilatildeo vibratoacuteria (para limitaccedilatildeo
auditiva)
Assentos acessiacuteveis proacuteximos a rota de fuga
BLOCO D DIVULGACcedilAtildeO DA ADAPTACcedilAtildeO DO ESTABELECIMENTO
1 O estabelecimento possui endereccedilo eletrocircnico na web
( ) Sim Qual ______________________________________________
( ) Natildeo
2 No seu endereccedilo na web haacute indicaccedilatildeo se o estabelecimento eacute adaptado para receber PDMR
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
49
Se sua resposta foi NAtildeO qual o motivo
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Se sua resposta foi SIM haacute menccedilatildeo na internetweb de que o seu estabelecimento eacute devidamente
adaptado para algum tipo de deficiecircncia especifica (motora visual auditiva)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
3 Haacute outros veiacuteculos de comunicaccedilatildeo utilizados para divulgar que o estabelecimento eacute adaptado
Quais
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
BLOCO E PDMRs COMO SEGMENTO DE MERCADOCLIENTES EM POTENCIAL
1 Como vocecirc observa a procura de PDMRs pelo estabelecimento (famiacutelias com parentes
PDMRs ou amigos)
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
50
2 Com base em sua resposta agrave pergunta 1 desse bloco por qual motivo vocecirc acha que as
PDMRs e suas famiacutelias procuram o seu estabelecimento
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
2 Como vocecirc considera a relaccedilatildeo entre as suas instalaccedilotildees adaptadas e a procura das PDMRs
pelo seu estabelecimento O fato do seu estabelecimento ser adaptado tem aumentado a
demanda desse puacuteblico Ou se fosse adaptado aumentaria essa demanda das pessoas com
deficiecircncia ou mobilidade reduzida Quais as suas ponderaccedilotildees a respeito
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3 Vocecirc considera a adaptaccedilatildeo do estabelecimento importante para o bom atendimento Por
quecirc
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4 Existe uma preocupaccedilatildeo em permitir que todos (pessoas com ou sem deficiecircncia) usufruam de
todos os serviccedilos prestados pelo estabelecimento Por quecirc
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