Post on 02-Mar-2020
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A INCLUSÃO DO MÉTODO PILATES COMO DICIPLINA ELETIVA
NA GRADUAÇÃO DE FISIOTERAPIA, UMA NOVA TENDÊNCIA
DO SÉCULO XXI
Por: Priscilla Melo Garcia Masiero
2
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
3
A INCLUSÃO DO MÉTODO PILATES COMO DICIPLINA ELETIVA
NA GRADUAÇÃO DE FISIOTERAPIA, UMA NOVA TENDÊNCIA
DO SÉCULO XXI
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em
Docência do Ensino Superior.
Por: Priscilla Melo Garcia Masiero
4
AGRADECIMENTOS
...ao Diogo, meu companheiro e amigo,
pelo amor, carinho e paciência......
5
DEDICATÓRIA
...dedico este trabalho à minha mãe Maria
Celeste e ao meu marido Diogo...
6
RESUMO
O presente trabalho mostra a importância do método Pilates e a
necessidade da sua inclusão como disciplina eletiva na graduação de
Fisioterapia e quanto capacitaria o profissional para atender a demanda do
mercado de trabalho, diferenciando suas características peculiares e
inovadoras de movimento e consciência corporal que consiste o método. Que
tem como conceito básico o fortalecimento muscular e o realinhamento postural
através do gesto motor. Existe há apenas quinze anos no Brasil. Sua dimensão
pedagógica ultrapassa os limites da saúde.
A pesquisa observou a necessidade de um relato histórico devido à
origem criativa e inovadora do método, surgido num período de grandes
mudanças como também sua evolução e expansão nos Estados Unidos e no
Brasil. Através de questionários realizados pela pesquisadora, com alunos de
três universidades no Rio de Janeiro, foi possível constatar que não existe a
disciplina de Pilates nas grades curriculares. Apesar do número restrito de
bibliografia na área e poucos estudos científicos, é inquestionável a importância
dos resultados obtidos através da prática desenvolvida pelo método.
Tendências de mercado levam a crer que a inclusão desta disciplina na
graduação seria de relevância incontestável para a formação dos futuros
profissionais.
7
METODOLOGIA
A pesquisa desenvolvida sobre o Método Pilates é inicialmente
bibliográfica, através da busca de levantamentos históricos referentes à origem
criativa e inovadora e sua evolução até sua chegada ao Brasil. A pesquisa
bibliográfica também foi desenvolvida na definição e nos objetivos do método,
assim como também no aprofundamento das técnicas.
No decorrer da pesquisa, houve a necessidade de ser
complementada com a pesquisa de campo, baseando-se num modelo de
investigação científica descritiva, com uma população amostra de setenta e
cinco alunos da graduação de Fisioterapia, de três universidades do Rio de
Janeiro.
A pesquisa de campo foi feita através de questionário sob forma de
entrevistas e teve como objetivo comprovar a necessidade da inclusão do
Pilates como disciplina eletiva na graduação de Educação Física, usando como
instrumento a entrevista com perguntas relacionadas ao método, estudos afins,
sua aplicação funcional e a validade perante à demanda do mercado de
trabalho.
A própria pesquisadora fez a aplicação dos questionários, colhendo
informações para serem analisadas estatisticamente numa próxima pesquisa.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - Origem e Evolução do Método Pilates 11
CAPÍTULO II - Fisioterapia e Pilates: Nova Tendência do Século XXI 19
CAPÍTULO III – A Inclusão da Disciplina Pilates na Graduação de
Fisioterapia 26
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA 34
ANEXOS 37
ÍNDICE 39
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41
9
INTRODUÇÃO
Na vida corrida de hoje em dia, o estresse físico e mental são perigosas
ameaças tanto para a saúde quanto para a felicidade. Passamos incontáveis
horas na frente do computador, ou correndo para cima e para baixo erguendo,
arrastando, devastando o corpo e a mente. Sem cuidar de forma adequada do
corpo, é impossível sentir-se bem. A maior parte do estresse e da fadiga
provém de uma postura ruim, desequilíbrios corporais e respiração incorreta
(SILER, 2008, P.23).
E para corrigir esses desequilíbrios posturais, existe uma variedade de
técnicas que visam restaurar a harmonia dos segmentos corporais. Atualmente,
nota-se um grande aumento no número de técnicas disponíveis para esses
objetivos e entre elas está a moderna e discutida técnica de Pilates, que tem
como conceito básico o fortalecimento muscular e o realinhamento postural
através do gesto motor.
Compreende-se que o método Pilates vem sofrendo influências de
diversos campos, como na Fisioterapia e na Educação Física. E o mercado de
trabalho na área de Pilates vem atualmente sendo conquistado por esses
profissionais. Observa-se parcerias entre as duas áreas no sentido de integrar
o trabalho para melhor atender ao cliente.
É perceptível o aumento da oferta de Estúdios de Pilates e como o
método é uma tendência do século XXI, observa-se um aumento na demanda
por profissionais qualificados. Já que são oferecidos poucos cursos de
10
capacitação nesta área, com alto custo e carga horária insuficiente, perante ao
enorme conteúdo teórico e prático.
Conclui-se então, que a inclusão da disciplina de Pilates na graduação
de Fisioterapia capacitaria o profissional para atender a demanda do mercado
de trabalho, diferenciando suas características peculiares e inovadoras de
movimento e consciência corporal, ampliando assim, a atuação deste
profissional.
A importância de ter conhecimento desta prática corporal, deve-se a
melhoria da qualidade de vida de seus praticantes e aos resultados
comprovados com a prática.
Este tema é relevante porque com as novas tendências deste século é
preciso formar profissionais com visão holística, proposta do método Pilates.
11
CAPITULO I
ORIGENS E A EVOLUÇÃO DO MÉTODO PILATES
“Verdadeira saúde é obter e manter o
desenvolvimento uniforme do corpo
com perfeito equilíbrio entre corpo,
mente e espírito”
(Joseph Pilates)
1.1 - Apresentação do método Pilates
Joseph Humbertus Pilates criou um método de atividade física que
combina arte e ciência e visa promover o desenvolvimento equilibrado de
mente e corpo. Os princípios do seu método estão enraizados nas filosofias e
técnicas de movimentos orientais, como a ioga e as artes marciais, e nas
filosofias e métodos de educação corporal ocidentais, em que podemos
rastrear a presença da ginástica médica (SILER, 2008, P.13).
Pilates, nasceu na cidade de Mönchengladbach , Alemanha, em 1881.
Como foi uma criança doentia, que sofria de asma, raquitismo e febre
reumática, ele dedicou-se durante toda a vida à tarefa de tornar-se fisicamente
forte. Na sua juventude, Pilates estudou e tornou-se especialista em cultura
física, mergulho, esqui e ginástica. Com 14 anos ele estava tão em forma que
podia posar para mapas de anatomia.
12
Em 1912, Pilates mudou-se para a Inglaterra, onde ganhava a vida
como lutador de boxe, artista de circo e treinador de autodefesa de detetives
ingleses. Quando a Primeira Guerra Mundial começou dois anos mais tarde,
ele foi considerado um “estrangeiro inimigo” e foi colocado em um campo em
Lancaster com outros alemães. Pilates tornou-se enfermeiro e treinou outros
estrangeiros no campo com exercícios de cultura física que havia criado. Sua
técnica foi reconhecida quando nenhum dos internos daquele campo sucumbiu
a uma epidemia de gripe que matou milhares de pessoas em outros campos na
Inglaterra em 1918 (Gallagher, 2000, P.9).
Em 1926, aos 46 anos, desiludido com o trabalho do exército alemão,
Pilates emigrou para os Estados Unidos. No navio para a América, Pilates
encontrou sua futura esposa, Clara.
Homem de permanente capacidade inventiva, no entanto, parte do que
é conhecido hoje como método Pilates provém de sua esposa, Clara Pilates.
Enfermeira profissional, ela foi aperfeiçoando, ao longo do tempo, os conceitos
e exercícios idealizados pelo marido, de maneira a beneficiar efetivamente os
clientes com lesões físicas ou em condições de saúde mais precária.
Seu trabalho, porém, só teve repercursão a partir dos anos 40,
principalmente entre os dançarinos, tais como Ruth St. Denis, Ted Shawn,
Martha Graham, George Balanchine e Jerome Robbins.
Assim, boa parte dos primeiros seguidores do método, que veio a
ensinar, difundir e formar novos professores, pertencia à comunidade da dança
e havia procurado Joseph Pilates para a reabilitação de lesões vinculadas à
profissão.
13
O contato com essa comunidade possibilitou o intercâmbio entre a
dança e o trabalho de Pilates. Diversos elementos da dança clássica e
moderna contribuíram para a formatação do que viria a ser o método Pilates.
Os discípulos diretos do mestre anteriormente mencionados assumiram
a missão de manter a técnica pura, mas muitas vezes divergiram sobre o que
seria “autêntico” e quanto se poderia interpretar e expandir com base no
método Pilates (SILER, 2008, P.14).
Muitos estudantes de Joseph e Clara Pilates abriram seus próprios
studios. Ron Fletcher,(um dançarino de Martha Graham, que estudou com
Joseph nos na década de 40), abriu seu studio em Los Angeles, em 1970.
Clara ficou fascinada com o trabalho de Ron Fletcher e lhe deu permissão para
difundir o nome e o trabalho de “Pilates”. Junto com Carola Trier, Fletcher
trouxe inúmeras inovações e avanços para o trabalho de “Pilates”.
O método chegou ao Brasil na década de 90, através de Alice Becker
Denovaro, que foi a primeira brasileira a se certificar para instrução da Técnica
de Pilates.
Joseph Hubertus Pilates praticava o que pregava, e viveu uma vida
longa e saudável. Ele morreu no ano de 1967, aos 87 anos, sem deixar
herdeiros. Clara Pilates, sua esposa, assumiu então a direção do studio, dando
continuidade ao trabalho do marido. Por volta de 1970, ela fez convites a
alguns alunos de Joseph Pilates, passando a direção do Studio a Romana
Kryzanowska, uma antiga aluna do studio na década de 50.
14
O método em questão, originalmente denominado “Contrologia” por
seu criador, que ele definiu como a “ciência e a arte de coordenar o
desenvolvimento do corpo, mente e espírito através de movimentos naturais
sob o rígido controle da vontade. Apenas após a sua morte ficou conhecido por
seu sobrenome “Pilates”. Este dintingue-se por trabalhar de forma intensiva a
musculatura abdominal, a “casa de força”, enquanto procura fortalecer e
alongar as outras partes de corpo por meio de exercícios de baixo impacto e
com poucas repetições.
Segundo Gallagher (2000, P.11), o método Pilates de Condicionamento
Físico restaura o equilíbrio natural. E qualquer um pode usar o sistema com
relativa facilidade. Este sistema é tão seguro de usar que ele é recomendado
para pessoas idosas e gestantes.
Pilates acreditava que o objetivo de uma pessoa saudável era ter uma
mente forte e com ela obter o controle total do próprio corpo. Para isso criou
mais quinhentos exercícios, caracterizados por alongar e fortalecer global e
simultaneamente a musculatura, que podem ser feitos no solo, sobre um
colchonete (os mat exercises), utilizando a resistência do próprio corpo, ou
realizados em aparelhos de sua invenção, dotados de um mecanismo de molas
e elásticos que colocam uma maior resistência ou facilitam a execução de
movimentos e simulam situações rotineiras da atividade física, apresentam
diferentes graus de dificuldade, podendo então, ocorrer uma evolução do
indivíduo praticante, na medida que se aperfeiçoa, visando alcançar a posição
de máximo esforço e eficiência para aquele exercício.
15
1.2 – Princípios básicos do método Pilates
Segundo SILER (2007, P.31) embora Joseph Pilates tenha se inspirado
em diversos estilos de exercícios, percorrendo da série de acrobacia chinesa à
ioga, há certos princípios intrínsecos prevalentes que agrupam todos esses
elementos sob o nome Pilates, são eles:
• CONCENTRAÇÃO: é o elemento chave para conectar mente e
corpo. É ela que comanda a ação física. Quando se focaliza uma
área, observa-se como se sente àquela área trabalhada. É a
consciência entre o poder da mente e aquilo que eu posso
executar.
• CONTROLE: o método se baseia na idéia do controle muscular.
Isso significa ausência de movimentos descuidados ou casuais –
primeira razão pela qual lesão ocorre em outros métodos de
exercícios. O movimento executado com o máximo de controle
além de evitar lesões, gera resultados positivos. Nenhum
exercício no Pilates é feito simplesmente por fazer. Cada
movimento tem uma função, e o controle é sua essência.
• CENTRO: temos um grande grupo de músculos – abdome,
lombar, quadris e glúteos. Pilates denominou esse centro “casa
de força”. Toda energia necessária à realização dos exercícios se
inicia na casa de força e flui externamente para as extremidades.
A energia física é, portanto, exercida a partir do centro a fim de
coordenar os movimentos.Desse modo, constrói-se uma sólida
fundação na qual se pode confiar durante as atividades diárias.
• FLUIDEZ: parte da originalidade do método Pilates advém da
fluidez com a qual os exercícios devem ser realizados. Não há
16
movimentos estáticos, isolados, porque o corpo não funciona
naturalmente desta maneira. A energia dinâmica substitui os
movimentos rápidos e abruptos de outras técnicas: a graça
predomina sobre a velocidade.
• PRECISÃO: todo movimento no método tem um propósito. Cada
instrução é essencial para o sucesso do todo. Deixar de fora
qualquer detalhe é abandonar o valor intrínseco do exercício. É
importante concentrar-se em fazer o movimento preciso e perfeito
em vez de muitos sem vontade.
• RESPIRAÇÃO: respirar é o primeiro e último ato da vida; assim, é
imperativo aprender a respirar corretamente. Para atingir o ideal
do condicionamento físico, Pilates concebeu seu método visando
purificar a corrente sanguínea por meio da oxigenação. Ao
empregar inspirações e expirações completas, estas possibilitam
mais energia vitalizando seu sistema. Sentir a respiração
adequada o ajudará no controle dos movimentos durante os
exercícios, assim como na vida diária.
E existem princípios complementares, que são:
• IMAGINAÇÃO: a mente opera de formas misteriosas, entre as
quais está a habilidade de criar uma estrutura visual para que o
corpo siga. Funciona como um painel de controle por meio do
qual é possível sinalizar respostas físicas e instintivas; podemos
literalmente estimular o corpo a agir usando o pensamento
criativo subliminar. Metáforas visuais e verbais são importantes
para reforçar a essência desses movimentos.
17
• INTUIÇÃO: tendemos a valorizar pouco a intuição. Raramente
ouvimos nosso corpo. Não force o que não é natural. Se doer,
pare! Por atuar como guardião do corpo, é vital que você confie
no que parece correto e no que não. A adequação dos exercícios
a medida que os realiza, resultará nos objetivos desejados.
• INTEGRAÇÃO: é a habilidade de ver o corpo como um todo.
Cada exercício emprega todos os músculos, da ponta dos dedos
da mão à ponta dos dedos do pé. No método, nunca se isolam
certos músculos, negligenciando outros. A simples idéia de
isolamento cria um corpo desequilibrado que impede flexibilidade,
coordenação e equilíbrio. Músculos uniformemente desenvolvidos
são a chave para boa postura e a flexibilidade, integrando-os
simultaneamente para conseguir os objetivos do trabalho a ser
desenvolvido.
1.3 - Filosofias em que o método Pilates se baseia
O poder que detemos para controlar nosso bem-estar é impressionante.
Começa por tomar consciência do corpo como parte integrante da mente
criativa. Todos nascemos com esse poder; todos fomos crianças com uma
imaginação ativa que continua viva dentro de nós. Às vezes é preciso apenas
recordar.
Em vez desperdiçar sua força, você aprenderá a explorá-la e usá-la em
benefício próprio. Aprenderá, com os movimentos do corpo, a integrá-lo com a
mente de maneira criativa, eficiente e muito prazerosa.
18
O condicionamento físico é o primeiro requisito para a felicidade.
Segundo a teoria de Joseph Pilates, para ser feliz é imperativo dominar o
próprio corpo. Se com 30 anos você não tem flexibilidade e está fora de forma,
é “velho”. Se com 60 é flexível e forte, é “jovem”.
Na vida corrida de hoje em dia, o estresse físico e o mental são
perigosas ameaças tanto para a saúde quanto para a felicidade.Passamos
incontáveis horas na frente do computador, ou inclinamos sobre a escrivaninha,
ou correndo para cima e para baixo erguendo, arrastando, devastando o corpo
e a mente. Sem cuidar de forma adequada do corpo, é impossível sentir-se
bem. A maior parte do estresse e da fadiga provém de postura ruim,
desequilíbrios corporais e respiração incorreta. Precisamos aprender a
fortalecer e controlar os músculos de maneira adequada, antes de submetê-los
ao rigor da vida diária (SILER, 2008, P.24).
A maioria dos que desistem de exercícios físicos invoca a monotonia
como desculpa número um, o que não é difícil de acreditar, visto que muitos se
exercitam apenas por achar que devem, e não porque se sentem bem ou mais
estimulados mentalmente.
Se existe algo errado na concepção de ginástica é a crença de que
quanto mais, melhor. O conceito de trabalhar todos os músculos simultânea e
continuamente, desencadeando movimentos, é a forma mais eficiente de
construir a capacidade de resistência. Não há necessidade de sobrecarregar
uma área, pois todos os músculos são utilizados ao mesmo tempo durante
cada exercício.
No método Pilates, assim como na vida, nada trabalhará em seu
benefício se você não se esforçar. O compromisso físico e mental que você
deve assumir para alcançar seu objetivo constitui o passo mais importante no
processo de mudança.
19
CAPÍTULO II
FISIOTERAPIA E PILATES: NOVA TENDÊNCIA DO
SÉCULO XXI
“Vou pedir-lhes algo de novo. Que observem. Que apalpem
com as mãos e não com instrumentos. E depois que, em vez de
acreditar no que leram, acreditem no que percebem”.
(Françoise Mézières)
2.1 – A evolução da Fisioterpia
A Fisioterapia é uma arte milenar, profissão que já vem sendo praticada
desde os nossos antepassados, desde a idade da pedra, época em que o
homem pré-histórico buscava o sol, a água e o regato com águas cristalinas e
frias para amenizar o seu sofrimento e a sua dor. Tem-se visto que, a utilização
dos recursos fisioterápicos, vêm contribuindo para a promoção, preservação e
recuperação das condições de saúde da população. É notória a contribuição
que a Fisioterapia vem dando ao campo da saúde em nosso país, devido à sua
versatilidade, dinamicidade e principalmente necessidade.
É uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios
cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano,
gerados por alterações genéticas, por traumas e por traumas e por doenças
adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios,
sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das
20
ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da
biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patológica de
órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais.
A fisioterapia, enquanto profissão, cada vez mais tem adquirido
importância significativa na área das Ciências da Saúde nas sociedades
modernas. Enquanto ciência tem avolumado conhecimentos e experiências
diversas, resultantes de investigações e pesquisas teóricas e práticas nas suas
diferentes áreas de atuação. Isto vem ao encontro à sua consolidação como
Ciência da Saúde, mostrando o seu real valor e necessidade como interventora
no processo de promoção, manutenção e recuperação das condições de saúde
da população. Outro fato a destacar é a sua natureza de ciência
biopsicossocial.
Novos tempos, requerem novos remédios. Novos tempos também
exigem e consequentemente recebem novas formas, novas idéias e talvez um
novo homem. Uma das idéias sugestivas desta década é o comportamento
humano. A personalidade e o desenvolvimento do potencial humano ligado ao
bem estar tem inspirado novos conhecimentos, como novos métodos que
trabalhem corpo e mente (ROLF,1999, P.7).
O Fisioterapeuta tem buscado e ocupado seu espaço profissional junto à
várias áreas de atuação e uma dessas áreas são nas Instituições de ensino.
21
2.2 – O Método Pilates, um tratamento global e grande aliado
ao tratamento fisioterápico
A capacidade de compreender e tratar o corpo de forma global não é
recente. Em várias culturas há referências sobre a visão do corpo como uma
indivisível unidade de formas e funções. Percebe-se facilmente, porém, que o
corpo não é uma máquina compartimentada em que cada órgão funciona
isoladamente. Cada vez mais a medicina se rende ao fato de que algumas
patologias têm implicações emocionais tão importantes quanto somáticas. E as
pessoas buscam formas de tratamento que consideram a unidade do corpo.
Parece que estamos vivenciando o retorno da compreensão holística do corpo
humano (ALMEIDA, 2006, P.1).
O corpo inteiro é construído para funcionar com um máximo de
rendimento. Isso é verdade não apenas para os ossos, músculos e articulações,
mas também para todos os órgãos internos. Se essas estruturas forem
obrigadas a funcionar de forma diversa daquela que lhes é própria, desgastam-
se prematuramente ou não fornecem, de forma satisfatória, a quantidade e a
qualidade de trabalho necessário para que o conjunto funcione bem. Fatigam-
se, deformam-se, e assim deterioram-se; suas falhas, de início imperceptíveis,
aumentam pouco a pouco. Se nada for feito desde o início, como prevenção, a
saúde geral se enfraquecerá (EHRENFRIED, 1991, P.11).
Tradicionalmente, tem-se enfatizado a importância dos exercícios
contínuos para a promoção de saúde. Nos últimos anos tem sido demonstrada
a necessidade do treinamento de força e resistência, metabolismo e função
cardiovascular. Além disso, o trabalho de flexibilidade é de extrema importância
na qualidade integrante da aptidão física para a saúde e para o auto-
22
rendimento, sendo importante tanto para o atleta quanto para o sedentário. A
flexibilidade é importante para a perfeita execução das atividades físicas,
minimizando os riscos de desenvolver lesões, sendo necessária e essencial
para o desenvolvimento das atividades de vida diárias com qualidade,
proporcionando ao indivíduo maior liberdade e movimentos mais harmônicos.
O método Pilates é um aliado a prevenção da má postura pois trabalha o
corpo como um todo, corrige a postura, realinha a musculatura desenvolvendo
a estabilidade corporal necessária para uma melhor qualidade de vida.
Segundo CAMARÃO (2004, p.19), Pilates é um método de
condicionamento físico que integra corpo e mente, ampliando a capacidade de
movimento, aumentando o controle, a força muscular e a consciência corporal.
É um sistema de exercícios que possibilita maior integração do indivíduo no
seu dia a dia.
De acordo com SANTOS (2001, P.53), o método Pilates de
condicionamento físico não é uma técnica árdua, que deixa o corpo exausto e
dolorido; na realidade, é exatamente o oposto. Permitindo movimentos que
alongam, enquanto se trabalha simultaneamente a força, cria para o corpo um
hábito de esforço adequado. Estamos acostumados a fazer esforço excessivo
com o intuito de fortalecer os músculos, quando deveríamos apenas usufruir os
movimentos em si.
“Pilates é uma arte, uma ciência. É movimento com emoção” (JOSEPH
PILATES).
23
2.3 – A importância do movimento corporal
É importante destacar que o conceito de movimento implica muito mais
do que o deslocamento do corpo e da contração muscular. É por meio do
movimento que o ser humano se relaciona com o meio ambiente para alcançar
seus objetivos. Comunicando-se, expressando seus sentimentos e sua
criatividade, o ser humano interage com o meio físico e social, aprendendo
sobre si mesmo e sobre o outro.
Normalmente, o movimento corporal é prejudicado pela má postura. E
para se ter uma postura normal é necessário um sistema muscular equilibrado
onde a manutenção de uma postura inadequada, causada por algum
desequilíbrio, gera mudanças estruturais no tecido estriado esquelético e no
tecido conjuntivo como forma de adaptação funcional. Estas alterações causam
uma diminuição no arco de movimento, proporcionando lesões, dor e
diminuição na força de contração máxima.
O objetivo da Fisioterapia é intervir no movimento corporal humano e,
por meio do próprio movimento e restaurar as disfunções e desconfortos
ocorrentes, ou impedir o aparecimento destes.
2.4- Pedagogia na graduação de Fisioterapia
A educação, como área de conhecimento, vem se ampliando ao longo
dos anos. São teorias, experiências, saberes cientificamente construídos que
abordam a epistemologia do conhecimento e estratégias de novas
metodologias, que instrumentalizam a prática pedagógica. O processo
24
pedagógico da área de Saúde também é discutido, refletido e construído e
reconstruído, para atender as demandas educacionais e sociais do mundo
contemporâneo.
Nesse cenário, o processo formativo em Fisioterapia vem sendo
estudado, discutido, visto e continuamente atualizado, agregando novos
conceitos com base o cotidiano entre ensino, pesquisa, extensão, com uma
intervenção ampliada na área do conhecimento da profissão de Fisioterapia. O
trabalho é intenso e extenso: alguns autores se debruçam sobre a teoria,
outros sobre a prática, discutindo o ensino em Fisioterapia em diversos
espaços, como fóruns e eventos específicos. No entanto, apesar de tanta
discussão, os cursos de Fisioterapia da maioria das Instituições de Ensino
Superior parecem perpétuos, intocáveis e distantes de qualquer possibilidade
de ação reflexiva que gere transformações.
Humberto Maturana e Francisco Varela, criadores da Teoria da
Autopoiese e da Biologia do conhecer e propositores do pensamento sistêmico
e do construtivismo radical, em sua teoria e forma de pensar acabam com o
antigo dualismo mente-corpo, identificando o processo do viver com o processo
cognitivo. Esses autores enfatizam o processo de conhecimento construído a
partir das interações. Em seus postulados, destaca-se o resgate das emoções,
num processo de revalorização das mesmas. Essa teoria emerge dentro de
uma conjuntura atual que tem escondido as emoções, por ir contra a razão.
Maturana coloca o ser humano como ser vivo em particular e o amor é a
emoção que o sustenta, sendo fundamental na aceitação do outro. Outro
aspecto significante colocado pelos autores é a valorização das emoções.
Nesse sentido, refletiu-se sobre o extremo tecnicismo com que as carreiras
acadêmicas vêm direcionando a formação, de modo especial na área da Saúde.
Esse tecnicismo acentuado muitas vezes deixa de lado os aspectos subjetivos
25
do ser humano, fundamentais em profissões que lidam com os seres humanos,
como no caso da Fisioterapia.
Assim, tanto o processo político da instituição quanto o do curso de
Fisioterapia devem estar em sintonia com o processo dinâmico de construção
dos saberes e das necessidades socioeconômicas, educacionais, culturais e
ambientais da região onde está implantado. O mesmo deve ocorrer no
processo de ensino-aprendizagem, perpassando pelo conhecimento existente
e permitindo a construção de novos conhecimentos, com ações inovadoras e
responsáveis, relacionadas com a sociedade, em sua tríade de
desenvolvimento: ser humano, ambiente e tarefas.
26
CAPÍTULO III
A INCLUSÃO DA DISCIPLINA PILATES NA
GRADUAÇÃO DE FISIOTERAPIA
3.1- Novas tendências
A população busca muitas formas para a melhora da qualidade de vida.
Cada indivíduo apresenta suas preferências e procura atividades que
trabalhem o corpo de uma forma global e interessante.
A sociedade atual vivencia a velocidade da mudança, impulsionada pela
aceleração da produção, aplicação e difusão do conhecimento científico e sua
concretização em processos e produtos tecnológicos que invadem o cotidiano
individual e coletivo. Ocorre ainda uma globalização competitiva, que gera a
multiplicação de processos de exclusão. Se não compete à escola responder
por essas mudanças sociais significativas, cabe a ela questionar os fins e a
função da universidade neste contexto, mediante a natureza da educação
oferecida a todos, como direito de cidadania, e a função social que cabe à
educação superior. A educação – no seu sentido mais amplo – desempenha
um papel preponderante para modificação do estilo de vida e do
comportamento dos indivíduos e, por conseguinte, da sociedade. O
desenvolvimento deste trabalho tem como objetivo, mostrar a necessidade de
novas possibilidades de ação profissional no mercado de trabalho de
Fisioterapia.
27
3.2- Ensino Superior: promessas e incertezas
O efeito conjugado da expansão dos sistemas escolares e das
mutações do mundo do trabalho tende a acentuar a discrepância entre o
aumento da produção de diplomas pela escola e a rarefação de empregos
correspondentes.É esta evolução, da qual decorre um processo de
desvalorização dos diplomas escolares, que permite falar da passagem de um
tempo de promessas para um tempo de incertezas (CANÁRIO, 2008).
Por toda parte, os estabelecimentos de ensino superior são
pressionados a abrir as suas portas a um maior número de candidatos. Em
escala mundial, as inscrições mais do que duplicaram em vinte anos, passando
de vinte e oito milhões de estudantes em 1970, para mais de sessenta milhões
atualmente. E contudo continuam a subsistir desigualdades consideráveis,
tanto no acesso como na qualidade do ensino e da pesquisa. Na Africa
subsaariana, em particular, a proporção de matriculados no ensino superior é
de um estudante para mil habitantes, enquanto na América do Norte essa
proporção é de um para cinqüenta. A despesa real por estudante é dez vezes
mais elevada nos países industrializados do que nos países menos
desenvolvidos. Porém, mesmo representando uma despesa relativamente
fraca, o ensino superior constitui um fardo muito pesado para certos países
mais pobres, freqüentemente com dificuldades orçamentais.
Numa grande parte do mundo em desenvolvimento o ensino superior
está em crise há cerca de dez anos. As políticas de ajustamento estrutural e a
instabilidade política oneraram o orçamento dos estabelecimentos de ensino, O
desemprego de diplomados e o êxodo de cérebros arruinaram a confiança
depositada no ensino superior. A atração excessiva pelas ciências sociais
conduziu a desequilíbrios nas categorias de diplomados disponíveis no
28
mercado de trabalho, provocando a desilusão destes e dos empregadores
quanto à qualidade do saber ministrado pelos estabelecimentos de ensino
superior.
Quero partilhar com educadores uma reflexão sobre o que
convencionalmente se designa por “crise da escola”. E urna satisfação, mas
também urna responsabilidade fazê-la. Há mais de 30 anos sou professor e
tenho trabalhado em todos os níveis do sistema de ensino, com crianças,
jovens e adultos, em contextos urbano e rural, na formação profissional e na
animação cultural.. Mas sou também pesquisador, e é a partir desta dupla
experiência que vou expor um ponto de vista sobre os problemas atuais da
escola e dos professores.
Segundo Canário(2006,p.33), as múltiplas e reiteradas reformas
educacionais, que nas últimas quatro décadas têm varrido os sistemas de
ensino por todo o mundo, não conseguiram traduzir-se em urna resposta
pertinente aos problemas que vêm afetando os sistemas escolares de forma
recorrente e intensa, O sentimento generalizado e por vezes difuso de
insatisfação que foi se instalando a partir do final da década de 90, designado
como uma “crise mundial da educação” deve, fundamentalmente, ser lido como
urna crise da escola. No epicentro desta crise estão, naturalmente, os
professores, que durante esse período viram abalados alguns dos fundamentos
da sua identidade profissional.
Vivemos, hoje, urna situação ao mesmo tempo problemática e paradoxal.
O século XX marcou o triunfo decisivo da escolarização, cujo desenvolvimento
foi suportado e acompanhado por um conjunto de promessas que tem origem
no Século das Luzes e que associam escola, razão e progresso. A realidade,
porém, não confirmou as promessas, o que explica que, relativamente à
educação escolar se tenha passado da euforia ao desencanto. Com efeito — e
aqui reside o paradoxo —, quanto mais as nossas sociedades se escolarizam,
29
mais se confrontam com problemas de ordens social e ambiental que
configuram autênticos impasses de civilização. Verifica-se que há um
desequilíbrio acentuado entre o conhecimento científico e técnico que marca as
nossas sociedades, por um lado, e, a imaturidade social e política, por outro,
expressa na incapacidade de controlar os efeitos indesejáveis do progresso.
É nesse quadro que aumenta a importância da educação e a
responsabilidade dos educadores. Pede-se à educação, entendida em um
sentido amplo como um processo de conhecer e intervir no mundo, uma
contribuição decisiva para que possamos encontrar uma “saída” para as
questões de civilização que nos atingem. A resposta a este tipo de desafio
implica concepções e práticas educativas que valorizem uma função crítica e
emancipatória que permita compreender o passado, problematizar o futuro e
intervir de modo transformador e lúcido no presente. Esta maneira de encarar a
educação remete, necessariamente, a uma ruptura com aquilo que Paulo
Freire designou por concepção “bancária da educação”. E neste sentido que
defendo como idéia central, a tese de que uma reinvenção da escola e do
ofício de professor supõe um questionamento crítico e a superação da forma
escolar, ou seja, do modo como a escola atual concebe os processos de
aprender e ensinar.
3.3- Os desafios do ensino superior
A formação profissional permanente dos docentes é primordial em
programas que adotam inovações pedagógicas como referência educacional.
Isto porque uma adequada formação e o comprometimento dos docentes
oferecem suporte ao desenvolvimento do projeto pedagógico, cuja construção
e execução são de responsabilidade da instituição, conforme a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nº 9.394/96. Alguns autores mostram
30
que a formação para a docência e o comprometimento dos docentes são
elementos que dão suporte ao desenvolvimento do projeto educacional.
A pedagogia por projetos fundamenta-se nas idéias piagetianas sobre
desenvolvimento e aprendizagem, inter-relacionadas com outros pensadores,
dentre os quais se destacam Freire e Vygotsky. Essa nova cultura de
aprendizagem torna a escola capaz de: atender às demandas da sociedade;
considerar as expectativas, potencialidades e necessidades dos estudantes;
criar um espaço onde professores e estudantes tenham autonomia para
desenvolver o processo de aprendizagem de forma cooperativa, com trocas
recíprocas; desenvolver a habilidade de aprender a aprender, em que cada um
pode construir o conhecimento, integrando conteúdos e habilidades de forma
transdisciplinar; desenvolver diversas capacidades, muitas das quais
preconizadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), tais como:
trabalho em equipe, tomada de decisões, comunicação, liderança e
empreendedorismo.
3.4- O futuro do ensino superior
Segundo CANÁRIO (2008), não é possível adivinhar nem prever o ser
fecundo e pertinente imaginar uma “outra” escola, a partir de uma crítica que
existe. Deste ponto de vista, a construção da escola do futuro poderá ser
pensada a partir de três finalidades funcionais:
• A de construir uma escola onde se aprenda pelo trabalho e não para o
trabalho, contrariando a subordinação funcional da educação escolar à
racionalidade econômica vigente. É na medida em que o aluno passa a
condição de produtor que nos afastamos de uma concepção molecular e
transmissiva da aprendizagem, evoluindo da repetição de informação
para a produção do saber;
31
A de fazer da escola um sítio onde se desenvolva e estimule o gosto pelo ato
intelectual de aprender, cuja importância decorrerá do seu valor de uso para
“ler” e intervir no mundo e não dos benefícios materiais ou simbólicos que
promete e futuro;
• A de transformar a escola num sítio em que se ganha gosto pela política,
isto é, onde se vive a democracia, onde se aprende a ser intolerante
com as injustiças e a exercer o direito à palavra, usando-a para pensar o
mundo e nele intervir.
Os professores e os alunos são, em conjunto, prisioneiros dos problemas e
constrangimentos que decorrem do défice de sentido das situações escolares.
A construção de outra relação com o saber, por parte dos alunos, e de uma
outra forma de viver a profissão, por parte dos professores, têm se ser feitas a
par. A escola evoluiu historicamente, como requisito prévio da aprendizagem, a
transformação da criança e dos jovens em alunos. Construir a escola do futuro
supõe, pois, a adaptação do processo inverso: transformar os alunos em
pessoas. Só nestas condições a escola poderá assumir-se, para todos, como
um lugar de hospitalidade.
Analise feita pela pesquisadora em três universidades no Rio de Janeiro,
IBMR, UGF e UFRJ, constatou a ausência da disciplina assim como também a
ausência de conteúdos afins com o método Pilates. A pesquisa teve a
colaboração de alunos universitários do quinto período do curso de graduação
em Fisioterapia, abrangendo os dois gêneros, masculino e feminino. Nesta
pesquisa foram abordados os seguintes tópicos:
• Perfil do aluno: universidade, graduação, gênero, idade.
32
• Tem conhecimento sobre o método Pilates.
• Cursou disciplinas com conteúdos afins.
• Está apto para utilizar técnicas de reestruturação postural.
• O conteúdo do currículo está adequado a demanda do mercado de trabalho.
• O que provocaria a inclusão da disciplina de Pilates no seu currículo.
Na pesquisa foram entrevistados pela pesquisadora 25 alunos do IBMR, 25 alunos da UGF e 25 alunos da UFRJ, num total de 75 pesquisas respondidas.
Os dados obtidos revelam que todos os alunos conhecem o método Pilates, sendo que 51 do sexo feminino e 24 do sexo masculino.
Os 75 alunos revelam que cursaram disciplinas com conteúdos afins, porém, nada específico em relação ao método Pilates. Todos os entrevistados responderam que a inclusão da disciplina ampliaria a ação profissional e capacitaria a dar aulas de Pilates.
A pesquisa realizada está incluída em anexo ao final desta, contendo as perguntas utilizadas.
De acordo com a avaliação feita a pesquisadora conclui que a grande maioria dos estudantes conhece o método porém, não tem capacitação para ministrar aulas por esta disciplina não estar incluída na grade curricular.
33
CONCLUSÃO
A necessidade do conhecimento diferenciado dos profissionais do século
XXI está voltada para uma maior flexibilidade e maior adequação ao mercado
de trabalho que exige cada vez mais uma capacitação profissional, que atenda
as exigências do mercado competitivo.
Atualmente, a população tem buscado atividades que trabalhem o corpo de
forma global e interessante com o objetivo de melhorar a qualidade de vida.
Sendo assim, observa-se uma maior necessidade de introduzir o método
Pilates na graduação de Fisioterapia, possibilitando a ampliação das linhas de
trabalho no mercado profissional.
O método Pilates , devido a sua funcionalidade ganha prestígio e
credibilidade na área de Fisioterapia, principalmente nos resultados obtidos
com pacientes em recuperação funcional.
Qualidade de vida, educação, desenvolvimento pessoal e profissional,são
motivos suficientes para que o desenvolvimento deste estudo traga dados
suficientes para que este se transforme em realidade.
34
BIBLIOGRAFIA
CRAIG, Collen. Pilates com Bola. Rio de janeiro. Ed. Phorte, 2006.
CRAIG, Collen.Treinamento de Força com Bola : uma abordagem do Pilates para otimizar força e equilíbrio. São Paulo: Phorte 2007.
GALLAGHER, Sean P.& KRIZANOWSKA, Romana.2000 por The Pilates Studio do Brasil Corporation & Inélia Garcia.
SILER, Brooke.(tradução Angela Santos) O Corpo Pilates . São Paulo: Summus, 2008.
SANTOS, Angela. Diagnóstico Clínico Postural: um guia prático. São Paulo: Summus, 2001.
CAMARÃO, Tereza. Pilates no Brasil: corpo e movimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CAMARÃO, Tereza. Pilates com Bola no Brasil. Rio de Janeiro. Elsevier, 2003.
BLOUT, Trevor e Mackienzie. Pilates Básico. São Paulo: Manole, 2004.
LEON, Rafael. Manual de Pilates na Bola. São Paulo: Brasport, 2005.
REYNEKE, Dreas. Pilates Moderno. São Paulo: Manole, 2003.
JACQUES, Delors. Educação:um tesouro a descobrir – 5ª Ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF:MEC: UNESCO, 2001.
CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
DARIDO, SURAYA CRISTINA, RANGEL, Irene. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2005.
35
Schon, Donald A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem; trad. Roberto Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
ZABALA, A. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: Artimed, 2002.
EHRENFRIED, L. Da educação do corpo ao equilíbrio do espírito; trad.
Angela Santos. São Paulo: Summus, 1991.
BRICOT, BERNARD. Posturologia.; Trad. Angela Bushatsky. São Paulo:
Ícone, 2001.
ALMEIDA, LAÍS CRISTINA. Reeducação postural e sensoperceptiva. Rio de
Janeiro: MedBook, 2006.
ROLF, IDA PAULINE. Rolfing: A integração das estruturas humanas. São
Paulo: Martins Fontes, 1999.
36
WEBGRAFIA
Physio Pilates. Polestar Education.
Disponível em :<HTTP:// www.physiopilates.com/ a-empresa ?>
Acesso em:21/05/2010 – 21:05 min.
Universidade federal do Rio de Janeiro UFRJ/ Grade Curricular
Disponível em: http://www.pr1.ufrj.br/index.php?option=com_content&task=view&id=131&Itemid=214
Acesso em: 22/05/2010 – 19h:50min.
Universidade Gama Filho UGF/ Grade Curricular
Disponível em: http://www.ugf.br/index.php?q=graduacao/4/view
Acesso em: 23/05/2010 – 20:30min.
IBMR / Grade Curricular
Disponível em: http://ibmr.br/ibmr2010/images/pdfs/ibmr_grade_fisioterapia_2010.pdf
Acesso em: 24/05/2010 – 21:00h.
37
ANEXO I
Esta pesquisa faz parte de um trabalho desenvolvido no curso de Especialização em Docência do Ensino Superior.
Sua resposta é muito importante para o desenvolvimento deste trabalho. Solicito sua colaboração respondendo as questões que se seguem.
1- Perfil do aluno:
1.1. Universidade
1.2. Graduação
1.3. Período
1.4. Gênero ( ) M ( ) F
1.5. Idade
1.6. Você conhece o método Pilates?
( ) S ( ) N
1.7. Caso afirmativo, o que você conhece sobre o método?
2- Conhecendo sua formação melhor:
2.1. Relacione alguma/s disciplina/s que tenham como conteúdo a inovação do movimento e a consciência postural.
38
2.2. Você se sente capacitado para utilizar técnicas de reestruturação postural ?
( ) S ( ) N
2.3. Caso se sinta capacitado, esta formação se originou por intermédio do seu curso de graduação?
( ) S ( ) N
2.4. Em caso negativo, cite a fonte (curso, estágio)
2.5. Tendo feito esta/s disciplina/s, você estaria apto a dar aulas de Pilates?
( ) S ( ) N
2.6. Alguma disciplina desenvolveu conteúdos afins com o método Pilates?
( ) S ( ) N
3- Você considera o currículo da sua faculdade adequado a demanda do mercado de trabalho?
( ) S ( ) N
4- O que provocaria a inclusão da disciplina de Pilates em seu currículo?
( ) Ampliaria a ação profissional.
( ) Capacitaria a dar aulas de Pilates.
( ) Não alteraria em nada na minha formação.
39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 4
DEDICATÓRIA 5
RESUMO 6
METODOLOGIA 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
ORIGENS E A EVOLUÇÃO DO MÉTODO PILATES 11
1.1- Apresentação do método Pilates 11
1.2- Princípios básicos do método Pilates 15
1.3- Filosofias em que o método Pilates se baseia 17
CAPÍTULO II
FISIOTERAPIA E PILATES: NOVA TENDÊNCIA DO SÉCULO XXI 19
2.1- A evolução da Fisioterapia 19
2.2- O Método Pilates, um tratamento global e grande aliado ao tratamento
fisioterápico 21
2.3 - A importância do movimento corporal 23
2.4- Pedagogia na graduação de Fisioterapia 23
CAPÍTULO III
A INCLUSÃO DA DISCIPLINA PILATES NA GRADUAÇÃO DE
FISIOTERAPIA 26
40
3.1- Novas tendências 26
3.2- Ensino Superior: promessas e incertezas 27
3.3- Os desafios do ensino superior 29
3.4- O futuro do ensino superior 30
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA 34
ANEXOS 37
ÍNDICE 39
41
AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
42