Post on 25-Jul-2020
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O USO DE PROJETOS TÉCNICOS PARA A DIDÁTICA EM
CURSOS SUPERIORES DE ENGENHARIA MECÂNICA
Por: Ciro de Azevedo Montes
Orientador
Profa. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2016
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O USO DE PROJETOS TÉCNICOS PARA A DIDÁTICA EM
CURSOS SUPERIORES DE ENGENHARIA MECÂNICA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência no Ensino
Superior
Por: Ciro de Azevedo Montes
3
AGRADECIMENTOS
....a minha Renata, as filhas, Julia e
Bella, aos pais Marcio e Rosa, e irmãos
Thales, Luciana e Marcia, sobrinha
Beatriz e ao Senhor Jesus, rei da
minha vida.
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DEDICATÓRIA
...dedica-se a minha esposa que me ama,
e dedica a mim amor imensurável...
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RESUMO
Neste trabalho apresentamos experiências práticas em relação à
interdisciplinaridade escolar e ao trabalho com projetos, visando mostrar que
este último se coloca como uma alternativa em condições de promover uma
didática de ensino mais próxima ao aluno, e com benefícios para o
aprendizado prático, combatendo o excessivo uso de aula expositiva
demasiadamente aplicada no Ensino Superior de Engenharia Mecânica. O uso
de aplicativos disponíveis na maioria dos dispositivos móveis de
telecomunicação e computadores, do acesso à Internet e dos buscadores de
conteúdo como o Google, passam a ser usados como nossos aliados para a
elaboração dos projetos.
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METODOLOGIA
Estudo de caso da utilização de projeto técnico como forma de ensino
aplicado em turma de pós - médio do Técnico em Automação Industrial no
Centro de Vocação Tecnológica de Marechal Hermes da FAETEC, na
disciplina de Elementos de Máquina, disciplina que também faz parte do
currículo de Engenharia Mecânica, traçando-se o paralelo para o perfil de
aluno do Ensino Superior.
O Estudo irá trazer toda a decorrência da aplicação do projeto em
paralelo ao uso de novas tecnologias para a construção deste. Veremos o
efeito com os alunos, os resultados, as vantagens e desvantagens do
desenvolvimento do projeto durante as aulas e avaliação dos alunos.
Realizamos também, de forma a embasar o conteúdo do trabalho,
consulta de livros e sites sobre os conteúdos de projetos de pesquisa
pedagógica, aplicação da informática em sala de aula, interdisciplinaridade e
gestão de projetos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Conhecendo o "Inimigo" 10
CAPÍTULO II - A Engenharia e o projeto 18
CAPÍTULO III – Projetos e Vivências 26
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ANEXOS 40
ÍNDICE 58
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INTRODUÇÃO
Há uma grande variedade de softwares que foram desenvolvidos para
serem usados em educação. Foram desenhados para transmitir informações
aos alunos ou verificam os conhecimentos adquiridos em determinado tema.
Como os programas de e-learning, possuem tutorial, teoria-e-prática, jogos
educacionais e simulações.
Estes programas, muitas vezes, transformam o professor num mero
espectador, podendo chegar a um consultor ou tira-dúvidas. O seu uso em
EAD (Ensino à Distância) tem o seu valor, porém em sala de aula, as
estratégias utilizadas devem ser outras.
Na atualidade, a variedade de meios eletrônicos disponíveis para
auxiliar os professores na preparação de aulas e na atualização de conteúdos
é muito expressiva. A Internet disponibiliza através dos sites de Busca, artigos
de universidades, livros digitais e vasto material jornalístico. Imagens e vídeo-
aulas podem ser obtidos através do You Tube. O acervo de bibliotecas de todo
o mundo, bem como o conteúdo de jornais podem ser obtidos, quando não for
gratuito, por preços bem acessíveis.
O professor com todo este material à sua disposição, como deve agir?
Aplicar a mesma aula para todas as suas turmas? Planejar a aplicação da
mesma tecnologia em todo o conteúdo programático?
Não é possível esquecer que o docente deve estruturar o seu tempo,
administrando e planejando cada etapa a ser construída. Deve vencer a
barreira do comodismo, pois pode entender que “time que está ganhando não
se mexe”. Precisa aprender a experimentar a tecnologia sem ter medo,
mantendo-se atualizado sempre.
Através de ensaios e do estudo de casos vivenciados em sala de aula,
pode-se obter modelos que sendo aplicados de modo criativo e diversificado,
trarão benefício para o processo educacional, principalmente em se tratando
de Engenharia, profissão em sua essência prática, mas que durante o
aprendizado, o excesso de aula por exposição de assuntos o torna muito
distante da realidade.
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Os projetos foram elaborados e desenvolvidos no Centro de Vocação
Tecnológica de Marechal Hermes, da Rede FAETEC, em turmas do primeiro
período do Curso Técnico Profissionalizante em Automação Industrial na
modalidade pós-médio.
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CAPÍTULO I
CONHECENDO O "INIMIGO"
O inimigo, o medo de mudar
A aula expositiva, as novas tecnologias, o comodismo, o projeto! Tudo
relacionado, entre problema e solução de nosso trabalho.
A aula expositiva, com o professor sendo o centro das atenções, com
aulas pesadas e pouco proveito, se transformando em projeto com uso de
novas tecnologias, e o aluno no centro. Mas para isso, é necessário de se
vencer tradições e comodismo.
Desde alguns anos vivemos em um mundo cada vez mais globalizado e
as exigências e expectativas do mercado que passará nas mãos do professor
enquanto alunos, são diretamente afetados por isso.
As principais exigências do mercado estão suportadas pelas
transformações mundiais, que alteram não só os hábitos e costumes dos
povos como, também, o modo de encarar a vida e o relacionamento entre os
indivíduos. Relacionamos, a seguir, as mais importantes causas das
mudanças, que impulsionam as alterações de processos:
Internet
Avanço tecnológico
Competitividade
Quebra de barreiras e fronteiras
Abertura de Mercado
Ajustes econômicos
Ajuste cambial
Proteção do meio ambiente
Segurança do trabalho
Desemprego e empregos informais
Comunicação Simultânea e veloz
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Aumento da cobrança sobre direito do consumidor
Consultas de preços e valores internacionais
Consumidores mais preocupados com qualidade
Responsabilidade Social
Aumento da violência nos grandes centros urbanos
Estes e outros fatores estão presentes em nosso dia-a-dia, e,
consequentemente, no das empresas, e como não dizer que também dentro
das salas de aula, portanto dos nossos alunos, que precisam de atualização
constante e visão de futuro para não perderem o rumo da história.
Não se deve temer a tecnologia. O professor precisa estudá-la,
conhecê-la, e usá-la no seu cotidiano. Começando pelo aparelho celular, que
vai ocupando cada vez mais espaços e incorporando cada vez mais
aplicativos, é necessário que seja usado como forma de interatividade entre o
professor e o aluno. Tornar a afirmação real:
É necessário construir outra configuração educacional que integre os
novos espaços de conhecimento em uma proposta de renovação da
escola. Nessa nova configuração o conhecimento não pode estar
centralizado no professor nem no espaço físico e no tempo escolar,
mas deve ser visto como um processo em permanente transição,
progressivamente construído… (ALMEIDA, 2000, p. 58)
As armas de combate, falando a língua atual
Para se estabelecer uma nova maneira de aprendizado, proporcionando
a troca de conhecimento, devem ser usados novos recursos. Nesta batalha
tecnológica, os professores não podem ficar atrás dos alunos, devem falar a
mesma língua, usar as mesmas “armas”.
Ao introduzir as novas tecnologias no processo educacional é preciso
compreender que as formas e soluções serão as mais variadas possíveis, que
os alunos poderão trazer novos questionamentos e que o material produzido
pode ser de utilidade para outras turmas, não cabendo exclusividade.
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Um grande aliado, o projeto
Desenvolver projetos inovadores ou não, junto com os alunos, pode
ajudar a estabelecer uma relação de companheirismo entre professor e aluno.
Passam a trocar informações e estabelecer metas para alcançar os resultados
em consenso entre ambos os lados. O programa passa a ser flexível e as
diferenças entre as turmas se farão sentir, pois a conclusão do projeto será
diferente, cada turma apresentará um ritmo diferente, para execução de cada
projeto.
O relacionamento cultivado através de um assunto comum, e que passa
a ser objeto de incentivo, de motivação, de interlocução, de forma que o tímido
é encorajado a se expressar, o desconcentrado a se concentrar, o
desinteressado a se interessar, ou seja, o aluno motivado aprender e a
proximidade do dia a dia trará confiança, tão desprezada nos dias atuais, até
mesmo em sala de aula.
Motivar o aluno a executar um projeto que o empolgue poderá mudar a
vida dele, por decisões e motivações futuras que poderão ter se baseado no
período em que foi impulsionado através da formulação de um projeto. Este
resultado positivo trará para o docente a consciência de dever cumprido, sendo
considerado imprescindível no processo de formação de um indivíduo, nas
suas escolhas e ajuda no caminho a trilhar no mercado, que é a missão de um
professor.
O uso da tecnologia, um parceiro para a solução do problema
O uso dos computadores na sala de aula deve tornar-se algo corriqueiro
e o professor deve conhecer os principais aplicativos e saber lidar com eles,
para tirar as dúvidas dos alunos, quando elas surgirem. Como não é
necessário chamar um professor de Desenho para que um professor de
Matemática ensine Geometria a um aluno, não deve ser necessário chamar
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um professor de Informática para que um aluno aprenda a usar aplicativos
como o Excel ¹ ou o Power Point ¹.
No Ensino Superior, ainda é observado um desnível acentuado no uso
da tecnologia. Temos alunos que são experts em redes sociais (como o
Facebook), no envio de mensagens (Whatsapp e SMS)², na edição de vídeos
e imagens. Todavia, ainda temos alunos que não possuem em suas casas, o
acesso à Internet.
Em contrapartida, temos docentes que se negam a utilizar a tecnologia e
torcem para que ela só chegue à sala de aula quando eles se aposentarem.
É necessário que o professor se envolva integralmente nos processos
de mudança na educação. Embora tais mudanças passem pela ação
do professor, tal ação – mesmo quando transformada e
transformadora – não é suficiente para mudar a educação. (FREIRE &
PRADO, 1995 apud ALMEIDA, 2000, p.129)
Outros professores encaram o microcomputador como uma máquina de
escrever e-mails, limitando o uso dos computadores à execução de trabalhos
digitalizados.
Torna-se necessário sair da superficialidade da informática e mergulhar
mais profundamente no universo de alternativas a serem utilizadas, é preciso
mudar e estimular o uso da tecnologia.
Para o professor é imprescindível que o uso de aparelhos eletrônicos
conectados a internet seja usado como facilitador dos meios de sala de aula, e
nunca rejeitados no quadro atual.
¹ Aplicativos do Microsoft Office
² Whatsapp é um aplicativo online de troca de mensagens individuais ou em grupo, usado em
Smartphones (celulares com acesso a internet) e SMS é a sigla de Short Message Service,
que significa Serviço de Mensagens via linha telefônica.
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Importante sempre lembrar sobre o importante papel da sala da aula e
sua influência na vida do alunato, que precisa ser incentivado ao uso dos
recursos tecnológicos de maneira correta, e mesmo que em condições
financeiras adversas, seja incentivado a ter um computador, ou tablet, ou
elementos tecnológicos que configuram no quadro atual, que serão inevitáveis
no cotidiano do mercado de trabalho. O professor, sabendo da exigência
tecnológica atual, precisa incentivar que o aluno adquira seu próprio recurso
que o dê inserção ao mundo virtual.
O Polêmico uso do celular em sala de aula.
O celular hoje nunca é desligado, quem não tem ou não usa o celular
não é achado, não é socialmente aceito, é quase rejeitado.
Mesmo colocando como regra de conduta o não uso do celular em sala
de aula isso será impossível. Pois o mundo atual não vive desconectado.
O uso eficiente do celular em sala de aula será mais proveitoso do que a
proibição que é impossível, pois trata-se de um objeto indispensável dentro do
imediatismo previsto para tudo no mundo atual.
As possibilidades trazidas pelo celular precisam ser aproveitadas, pois a
possibilidade de uma dúvida ser respondida de imediato é uma das
possibilidades de ganho com o uso.
Como tudo em excesso faz mal, isso também precisa ser apregoado
quanto ao uso do celular, tudo a seu tempo, conforme a necessidade, e
usando os recursos que devem e precisam ser empregados naquele momento,
de forma que o aluno precisará sempre responder se a utilização do celular em
dado momento é realmente indispensável, se irá acrescentar ou atrapalhar,
esse tipo de incentivo ao uso eficiente pode ser explorado não só para salas
de aula, mas para vida, de forma que o celular acrescente e não destrua
relacionamentos, famílias, amizades, e até mesmo em perda de emprego, se
usado de forma indevida em momentos indevidos, como inclusive se tem visto
até em acidentes de trânsito causados por este motivo.
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Mas então, até quando se deve proibir o uso de celulares em sala? A
resposta está nas respostas das perguntas: O que fazer para prender a
atenção dos alunos que usam celulares indiscriminadamente? Expulsar a
tecnologia de dentro da sala de aula ou usá-la a favor do processo
educacional?
O maior de todos inimigos, a comodidade
Definir projetos, estabelecer desafios e metas podem marcar o início da
transformação, porém os professores precisam estar preparados para liderar e
coordenar os trabalhos. Não podem ser simples controladores, precisam
participar e garantir a sua conclusão, praticamente como um técnico de uma
equipe esportiva, que irá junto com o time em busca de alcançar o objetivo. O
técnico acompanha o time, vibra junto, torce junto, incentiva, participa, apenas
não joga.
O vencer a comodidade, criar projetos, incentivar a criatividade,
multiplicarão o trabalho, do professor e do aluno, mas de fato o resultado trará
respostas de aprendizado real dificilmente alcançadas por outros meios
didáticos.
O aluno também necessitará vencer barreiras de comodidade, dando
lugar a vontade de aprender. A lei do menor esforço terá que ser vencida. Pois
basta aparecer em sala de aula a proposta do aprendizado através de projeto
que irão aparecer as reclamações, associadas a sempre falta de tempo, o não
querer da convivência com grupos, traumas de projetos mau sucedidos, enfim
muitas barreiras irão ser apresentadas, e mais uma vez caberá ao professor,
vender a idéia de modo a demonstrar que esse método de aprendizado será
excelente, e motivador, não só para a disciplina em questão, mas para a vida
do aluno.
A última barreira, se importar com a individualidade
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Aguardar as etapas de aprendizado do discente, de forma a olhar o
grupo como único individuo homogêneo, que de fato nunca o será, faz com
que o professor perca a oportunidade de estabelecer um processo de
conhecimento mútuo, por isso o incentivo de ser como técnico estará presente
em todo momento do projeto.
Os estudos na área da didática tem propagado cada vez mais estímulos
aos professores para que busquem o ensino de forma individual, ou mais
próximo disso possível, respeitando e entendendo cada aluno.
A dissolução de métodos antiquados de ensino e didática são a
verdadeira resposta a necessidade do aluno hoje tão conectado, de baixa
capacidade de concentração, dada as múltiplas possibilidades de busca a
assuntos mais interessantes, e que busca aprender com alguém que o puxe
para a sua realidade, e não para algo desinteressante e distante do seu
cotidiano.
Os tempos atuais de ensino globalizado tratam o aluno como cliente, e
como não entender e aplicar a máxima de que o "cliente vem em primeiro
lugar", pois no fim se trata da finalidade para a qual se formam professores:
ensinar alunos, mesmo que este tipo de pensamento injete a necessidade de
quebra de orgulho de professores, e por conseguinte a busca por um
relacionamento com o aluno baseado na humildade, fazendo o professor se
nivelar para se aproximar do aluno.
Métodos didáticos tão respeitados com o de Paulo Freire, que já são de
certa forma antigos, pela idade que foram aplicados e divulgados, ainda
parecem ser novidade dentro do Ensino Superior, de forma que professores
que aplicam qualquer método que abra o diálogo com o aluno, ou que traga o
aluno mais para perto, trazendo possibilidade de abertura de relacionamento
se tornam os professores mais queridos, e marcantes, como se fizessem
milagres, apenas por se importar ou ao menos parecer se importar com o
aluno, e o que o aluno quer.
Cabe a professor estimular a curiosidade e incentivar a criatividade
conforme a subjetividade de cada um e conhecendo e se relacionando com
cada um.
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Conceber o ser humano como um ser subjetivo significa entendê-lo
em sua dimensão individualizada, a partir da qual cada indivíduo
interpreta o mundo e as relações de forma própria e singular
(ANDRADE, 2009, p.108).
18
CAPÍTULO II
A ENGENHARIA E O PROJETO
A atuação do engenheiro
A atuação de um Engenheiro é originalmente de campo, de reflexão,
sobre uma solução prática, baseada em conhecimentos adquiridos.
Engenharia é a capacidade de aplicar os conhecimentos científicos
de forma prática a fim de produzir novas utilidades. Para obter tais
resultados, o engenheiro estuda o problema, planeja uma solução,
verifica a viabilidade econômica e técnica e por fim coordena o
desenvolvimento ou produção. (VERONEZZI, 2009)
O Engenheiro Mecânico, de forma especifica deve ser capaz de trazer
soluções dentro da área da Mecânica, através de projeto técnico, ou através
da gestão de um projeto que traga solução para o cotidiano, mesmo que
elaborado por outro colaborador.
No mercado de trabalho é comum dividir a atuação de engenheiros em
três áreas:
- Área Técnica, ligada a área de manutenção, construção e aperfeiçoamento
de equipamentos.
- Pesquisa, ligada a área de desenvolvimento de novos equipamentos, e
cálculos estruturais
- Gestão, ligada intimamente a área de projetos, sua execução através de
pessoas, liderando e participando de grupos, propondo soluções.
Nas três áreas citadas, entendemos a importância que damos a
metodologia de ensino através de um projeto, que fará o futuro Engenheiro
treinar dentro de todos os campos propostos para seu futuro.
A multidisciplinaridade na atuação do Engenheiro
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O tempo todo o Engenheiro é acionado dentro do seu campo de
atuação, como consultor, ou "solucionador" de problemas, de forma a
transformar a solução em pequenos ou grandes projetos que trarão resposta a
empresa de forma responsável, pouco dispendiosa, e eficiente.
Desta forma muitas empresas contratam Engenheiros, que precisam
atuar não apenas na sua área de atuação mas dentro das diversas áreas da
Engenharia ao mesmo tempo, como Civil, Elétrica, Eletrônica, Mecânica,
Automação ou até mesmo de Produção. Isto é muito comum, pois o
Engenheiro é visto como solucionador de problemas, como dito acima, e visto
por leigos, as áreas de estudo serão indiferentes a vista de um problema a ser
resolvido.
Não é incomum que Engenheiros sejam contratados por Bancos e
empresas em áreas de atuação que pareçam ser distantes da sua formação
inicial, mas dada a natureza cerebral do Engenheiro e sua capacidade natural
de lhe dar com projetos, problemas e soluções, existe hoje uma importante
parcela de mercado de trabalho que atua desta forma.
Dentro da execução de um projeto, mesmo ainda como estudante, a
multidisciplinaridade estará presente e dará os primeiros contatos com o
assunto tão necessário e disseminado no mercado de trabalho.
Feiras de Projetos
Em todas as boas faculdades de Engenharia é incentivada a
participação em Feiras de Projetos, sendo automotivos, aeronáuticos, em
geral, e que dão cunho de concorrência entre as faculdades diante dos
desenvolvimentos de projetos nessas áreas.
Geralmente muito restrita, para pouquíssimos e geralmente apenas para
poucos indicados, a participação de estudantes de engenharia dentro de
projetos de feira é excelente para exposição da faculdade e do aluno, que vive
os momentos do projeto sempre de forma intensa, motivada e de forma a
querer conquistar os objetivos e troféus propostos para estas atividades.
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Sendo tão bom para poucos, não há porque não estender a
oportunidade de aprendizado deste método para dentro da sala de aula,
extensivo a todos os alunos, que trarão para eles troféus para vida.
O Engenheiro e o uso da tecnologia
O Engenheiro, assim como muitos profissionais, não sobreviverá no
mercado de trabalho se não souber lhe dar com o uso dos aparatos
tecnológicos disponíveis hoje em dia.
O uso do computador, notebooks, ultrabooks, tablets, smartphones, é a
linguagem mundial do mercado de trabalho, sendo portanto indispensável que
o Engenheiro saiba usar e bem os recursos tecnológicos, seja para se
comunicar, para desenvolver, para projetar, para calcular, para apresentar, em
tudo ou em quase tudo será necessário.
Portanto, além de todos os aspectos apresentados, dentro do projeto
para o aluno de Engenharia, deverá ter espaço para que se treine a utilização
de recursos tecnológicos, para qualquer possibilidade que haja, para que a
aplicação também dos recursos tecnológicos faça parte da metodologia de
execução do projeto.
O Engenheiro e o Projeto são inseparáveis
Mesmo em projetos que não tem Engenheiros no seu quadro de
colaboradores, é comum ter alguém com a "função do Engenheiro" no grupo,
que participará atuando como tal, e lançando mão de exercer o demonstrado
nas linhas acima, sendo portanto inseparável a função de Engenheiro e a
execução de um projeto.
Para o projeto realizado por um Engenheiro, ou futuro profissional,
abaixo demonstramos algumas premissas básicas do mercado de trabalho, de
um modo geral aplicável a todas as profissões, mas que são facilmente
aplicadas em empresas traçando um paralelo com a construção de um projeto,
21
e que guiará o aluno na aplicação futura de sua profissão, durante as
atividades desenvolvidas no projeto:
1. Toda atividade tem um tempo para ser realizada
Lidar com tempo, prazo, e todas as peculiaridades que passam sempre
por organização e administração de recursos e gestão das pessoas são
aspectos imprescindível para se tratar do assunto.
Aspectos como necessidade de treinamento e avaliação das situações
emergenciais podem atenuar o tempo de execução de determinada tarefa,
assim como a falta de conhecimento ou contato com determinada área pode
multiplicar o tempo a ser gasto na execução.
A melhor forma de se tratar a questão do tempo dentro de um projeto é
planejar. Gastar tempo com planejamento é investir tempo. Isso é aplicável em
demasia no cotidiano de uma empresa, e aprender a lidar com isso em um
projeto será de grande valia ao aluno.
A dimensão tempo precisa ser tratada como recurso a ser utilizado e
não como um obstáculo a ser vencido. Logo, o projeto precisa adaptar-se às
mudanças que advirem em tempo real.
Essa premissa trata da soma de tempo por atividade, assim como prazo
de atendimento ao cliente / confecção e apresentação do projeto. A tratativa
com o prazo final de apresentação, assim como todas as pressões que isso
apresenta no mundo corporativo vale no projeto do aluno, que entenderá como
deve ser penalizado pela perda de um prazo, que durante o ensino pode
representar como diminuição do grau, mas no mercado pode significar perda
de um emprego.
2. Atividades coordenadas por especialistas em diversas disciplinas
A coordenação das atividades executadas deve ser realizada
considerando todos os fatores envolvidos. Além do aspecto tecnológico devem
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ser enfocados os fatores econômicos, políticos e sociológicos que envolvem
quaisquer das ações implementadas.
A força de trabalho a ser utilizada para execução das tarefas será
multifuncional fazendo o grupo ganhar em flexibilidade. Portanto é importante
identificar dentro do grupo do projeto quem tem alguma (mesmo que pouca)
experiência em determinado assunto ou disciplina que pode ser aplicado e
conduzido por ele, trazendo diminuição do tempo de pesquisa e possível
retrabalho. Identificar também que o grupo não possui nada de experiência em
determinado assunto pode o fazer mudar de rumo, ou solicitar ajuda próxima e
de conhecimento superior.
3. Os resultados obtidos devem ser globais
O jogo é ganho pelo time. Não adianta parte estar funcionando muito
bem e parte muito mal. O esforço deve ser de todos e a equipe deve ser
homogênea, com todos se motivando mutuamente.
O técnico (professor) irá através da proximidade e relacionamento
perceber isso dentro do projeto, até porque dentro de uma empresa a
realidade da confecção de algo em grupo da crédito ou descrédito
(dependendo do resultado) a todo o grupo, e isso deve ser apregoado e
insistido a funcionar dentro do projeto realizado em sala de aula.
Como professor e gestor influente na formação do aluno, é importante
nesse aspecto que se trabalhe quanto a questão de cumprimento da ética, da
tratativa do aluno com aluno, tão pouco falada dentro da sala de aula, mas
cada vez mais enfatizada dentro das empresas. Não sendo necessária a
amizade, dentre colegas de trabalho, mas sempre ética e respeito, trazem
trabalhos mais sólidos e de alcance maior. E os resultados obtidos dentro
desta forma de trabalho devem ser sempre valorizados, até como incentivo a
que isso perdure no ambiente do mercado de trabalho tão agressivo e cruel,
mesmo sem necessidade, onde se confunde muitas vezes a competitividade
com a falta de respeito e tolerância ao próximo.
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4. A execução e criação do projeto deve ser coletiva, envolvendo a todos
É recomendada a participação de todos em todos os assuntos,
utilizando todos e quaisquer meios de comunicação que compensem a falta de
tempo e de encontros presenciais, mas que as decisões sejam sempre
tomadas por todos os participantes.
Esse ponto é fundamental pois é necessário que o participante de um
projeto realizado em grupo é mesmo em grupo e não individual, esse aspecto
é avaliado em dinâmicas de grupo, para processos seletivos para admissão em
empresas, tal é a importância disso, portanto não se pode deixar de fora esta
questão.
As decisões tomadas em conjunto também motivam o grupo, pois se um
só toma decisões importantes, os outros componentes se tornam como
chefiados e não como iguais, causando desmotivação. O professor deve estar
atento a este aspecto, e sempre questionando para entender que o
nivelamento de conhecimento entre os integrantes do grupo pode ser um
termômetro a medir a temperatura motivacional do grupo.
5. O Foco no Cliente
Em um mercado competitivo como o da Engenharia de uma forma geral,
mas com muitas oportunidades de crescimento, as empresas que querem
manter sua liderança precisam estar oferecendo aos clientes serviços com alta
qualidade.
No foco das ações, muitas empresas investem na revisão de seus
processos internos relacionados com os canais de contato com os clientes, de
forma a sempre visar a satisfação do cliente, entendo e aplicando o que o
cliente deseja.
As empresas estão investindo na comunicação efetiva aos Clientes,
provendo de estrutura que forneça um serviço de atendimento com alto padrão
de qualidade, refletindo a imagem de empresa dinâmica, ágil e moderna. Esse
modo de agir deve estar incutido na mente dos alunos participantes do projeto
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de forma a estabelecer com o cliente (professor) meios de comunicação que
sempre sejam a tempo satisfatório de modo a não ter retrabalho e de atender
as expectativas do cliente.
6. A Dinâmica das Mudanças
O processo de melhoria contínua é muito divulgado e importante para
qualquer empresa, não é diferente na confecção de um projeto que nasce de
um jeito e precisará ser aperfeiçoado em todo tempo, de acordo com os rumos
e decisões tomadas, e também por novos conhecimentos adquiridos que
sempre devem ser direcionados a melhorar o que se quer alcançar.
A execução do projeto está (assim como o ambiente de uma empresa)
em constante interação com o ambiente e as mudanças que nele ocorrem
afetam diretamente os resultados esperados. A análise do ambiente visa
identificar os riscos e oportunidades que podem surgir das mudanças de
cenário, que podem influenciar, no futuro, no fracasso ou sucesso do projeto.
A análise do ambiente voltada para a função que a empresa executa ou
que ou em que o projeto será empregado, procura estabelecer processos de
melhoria para que o desempenho organizacional não venha a sofrer solução
de continuidade, como a saída de colaboradores durante o projeto.
Viver o projeto
A vivência da execução de um projeto com estas premissas em sala de
aula é primordial para preparar o aluno para situações reais do cotidiano.
Defendemos integralmente o uso de projetos, com novas tecnologias e
interdisciplinaridade que nada mais é do que trazer a realidade do mercado
para dentro da faculdade.
Para a formação de um Engenheiro participar de projeto é tão
primordial, quanto para um estudante de medicina "dissecar" um cadáver.
Como aprender sem colocar a mão? Se não é testado na faculdade, o será no
mercado de trabalho, pondo em risco sua carreira e a vida de outras pessoas.
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Numa linguagem mais aproximada a Engenharia, vemos muitos alunos que
nunca colocaram a mão em uma ferramenta e terão que projetar uma nova
quando formados, participando de um projeto tudo isso se torna mais próximo
e provável, de forma que a teoria se torna prática, e a prática em vivência.
Mostraremos a seguir um case onde aplicamos o que defendemos
abaixo, e concluímos a valia para os alunos o emprego da utilização de
projetos.
26
CAPÍTULO III
PROJETOS E VIVÊNCIAS
Começaremos a citar algumas experiências realizadas em sala de aula,
com turmas do primeiro período do Curso Técnico Profissionalizante Pós-
médio na disciplina de Elementos de Maquina que foram estimuladas a
preparar projetos e desenvolvê-los ao longo de um trimestre.
Traçaremos abaixo todo o detalhamento do projeto, suas etapas, e
reações dos alunos. Importante destacar que a cada turma, os projetos estão
melhorando em qualidade, e em participação, o que mostra que os alunos vem
cada vez mais mostrando interesse, portanto sendo motivados a participar,
vendo os frutos colhidos pelas turmas que já passaram pela disciplina.
Os tópicos da Disciplina
A disciplina de elementos de máquina, tem em sua especificidade a
descrição de elementos mecânicos e seu funcionamento, que são:
Elementos de fixação
• Rebites
• Parafusos
• Porcas
• Arruelas
• Pinos
• Cupilhas
• Anéis Elásticos
• Chavetas
Elementos de apoio
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• Buchas
• Guias
• Mancais
• Rolamentos
Elementos elásticos
• Molas
Elementos de Transmissão
• Eixos e Arvores
• Polia e Correias
• Cabos
• Correntes
• Roscas de transmissão
• Engrenagem
• Came
• Acoplamentos
Elementos de Vedação
• Junções
O desafio proposto é realizar um projeto físico, que tenha dinâmica de
movimentação, unindo elementos que são ensinados em separado, mas que
precisam funcionar em conjunto. Tudo aliado a criatividade de cada aluno, que
precisará então “dar vida” aos elementos, construindo cada elemento e depois
colocando os elementos para funcionar juntos.
Apresentação do projeto
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A apresentação do Projeto é dividida em três etapas de forma que o
acompanhamento, orientação e participação do professor não se torne
distante, e que o aluno apresente de forma dividida, e também acabe tendo
que demonstrar resultados ao longo do período letivo, sem deixar tudo para o
final. As três etapas são o Projeto de Engenharia, o Técnico Comercial e
Orçamentário, sempre apresentado em sala de aula, de forma que os bons
trabalhos cultivem a participação dos alunos que porventura ainda não
estiverem completamente motivados com o projeto. A descrição completa do
projeto a ser apresentado, e como deverá ser apresentado está no Anexo I
deste documento.
3.1 Projeto de Engenharia
O projeto foi desenvolvido para estabelecer um vínculo claro entre a
teoria estudada em sala e a prática. Foi realizada a simulação do projeto de
Engenharia, que foi desenhado da seguinte forma:
• Tema a ser desenvolvido;
• Distribuição das atribuições;
• Recursos a serem usados;
• Prazo de execução;
• Etapas a serem vencidas;
• Acompanhamento da conclusão das etapas;
• Tratamento cliente-fornecedor;
• Consultoria e
• Forma de apresentação
.
Tema a ser desenvolvido
29
A partir do processo de brainstorming, uma "tempestade de ideias"
(GODOY, 2004, p. 5) que se forma ao longo do processo de sugestões, foi
estabelecida uma relação de temas. Todas as ideias foram ouvidas e
transcritas. Após a seleção, com discussão pela turma foi eleito o tema a ser
desenvolvido por todos, por exemplo: Proteção ao meio ambiente, ou trabalho
com segurança, de forma que todos os trabalhos devem reportar ao tema
proposto.
Distribuição dos grupos
Os grupos foram chamados de Times de Conhecimento. Foram
formados não só por afinidade, mas por habilidades e conhecimento
específico. Foi montado um quadro, onde os currículos dos alunos foram
registrados e os times foram distribuídos do modo mais equilibrado possível. A
organização interna dos times foi definida pelos próprios componentes.
Cada time escolheu entre eles um líder, que passa a ser o principal
contato com o professor, de forma que o grupo passe para ele as solicitações
a serem repassadas ao professor, isto principalmente em tarefas realizadas
fora do horário de aula, de forma que as demandas ao professor sejam
levadas por email ou mensagens via celular, mas apenas de um contato do
grupo, de forma a incentivar e equalizar a comunicação interna dos grupos.
Recursos a serem usados
Os trabalhos devem respeitar os princípios da sustentabilidade e a
impressão só deverá ocorrer ao final. Tabelas e quadros devem utilizar o Excel
e além do trabalho escrito, deve ser apresentado em Power Point ou similar, a
síntese do projeto.
Prazo de Execução
30
A data final do projeto foi estabelecida e claramente definido que não
serão aceitos atrasos e postergações. Afinal “Prazo é prazo” e o cliente
enxerga atrasos sempre como incompentência e gera insatisfação.
Etapas a serem vencidas
Através de um cronograma, foram estabelecidos o sequenciamento das
atividades e a duração necessária para concluir as atividades do projeto. As
datas para a apresentação das etapas podem ser negociadas, desde que
antes do seu vencimento. A perda da data, sem negociação prévia, incorre em
“multa” na avaliação processual. A regra “Prazo é Prazo” (LOIOLA, 2012)
passou a ser o jargão durante o projeto.
Acompanhamento da conclusão das etapas
Explicado o conceito de check point e check list para acompanhamento
do status de cada etapa. Assim, os times caminharam juntos no
desenvolvimento do projeto e a análise do professor se tornou mais eficaz e de
forma que os alunos sempre entendessem se o caminho escolhido para seguir
até o momento era o correto, ou se precisava de novo direcionamento.
O check list para cada check point foi passado no início de cada etapa
para que o aluno entendesse o que era almejado para cada etapa.
Tratamento cliente-fornecedor
O modo de relacionamento buscou explicitar as premissas da Qualidade
Total (LEITE, 2011), a excelência do serviço prestado e o encantamento do
cliente.
Consultoria
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O professor fica disponível para a troca de e-mails, mensagens via
celular ou atender as consultas dos alunos em todas as aulas, até a data de
conclusão do projeto.
Forma de apresentação
O desafio é estabelecer é apresentar o projeto como uma empresa, não
uma apresentação escolar. Os alunos devem apresentar-se formalmente,
simulando uma reunião empresarial.
Resultados
O resultado final foram projetos personalizados e de excelente
qualidade. Os times foram criativos e compuseram trabalhos com conteúdo
adequado.
O projeto envolveu conhecimento adquirido nas disciplinas:
Instrumentação, Elementos de Máquina, Eletricidade Industrial, Desenho
Técnico, Física e Informática. Todas concomitantes no primeiro semestre do
curso de Automação Industrial.
3.2 Projeto Técnico - Comercial
Visando atender as necessidades de mercado, os grupos que devem
ser organizados como empresas, utilizando estratégias de marketing, gerindo
orçamento e controle financeiro, apresentando os produtos e cuidando da
gestão de pessoas.
A estrutura da empresa é virtual e precisa de atendimento via internet,
através de uma homepage ou blog buscou-se desenvolver um produto ou
serviço a ser definido, desenvolvido e estruturado por cada grupo.
Os times de conhecimento se organizaram e puderam traçar os seus
planos e estratégias comerciais. Procuraram conhecer o seu produto da
maneira mais detalhada possível.
32
Apresentado aos alunos, as técnicas de benchmarking, que apesar do
neologismo é o método sistemático de procurar os melhores processos para
melhorar o desempenho de uma empresa.
Benchmarking é a busca das melhores práticas na indústria que
conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo
positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como
outra realiza uma função específica, a fim de melhorar como realizar a
mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do
desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de
benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark.
(CAMP, 1993).
O projeto focou transformar os times de conhecimento em empresas da
mesma atividade e com produtos do mesmo setor, o que trouxe maior
competitividade, retratando o que ocorre no mundo real.
A apresentação final é feita através de um painel, onde os alunos que
representam os CEOs (Chief Executive Officer) das empresas apresentam
suas propostas e são avaliados pela criatividade e desempenho.
Esta etapa do projeto envolveu conhecimento adquirido nas disciplinas:
Informática e Qualidade e Produtividade, disciplinas concomitantes ao período
de ensino do curso.
3.3 Projeto Orçamentário
O projeto passou pelas mesmas etapas do Projeto de Engenharia,
porém visando o uso do Google como ferramenta para especificação e
orçamento. Os times deveriam construir projetos que visam utilizar elementos
de material reciclado, trazendo soluções sustentáveis e de baixo custo.
Buscando tratar o projeto de modo didático, simplificam-se os dados a
serem utilizados e através destas considerações podemos estabelecer
premissas compatíveis com o conhecimento a ser desenvolvido no processo.
33
Os alunos passam a utilizar planilhas eletrônicas no Excel para
preparação dos custos de mão de obra e de material, respectivamente.
Sendo uma simulação de um projeto existente, os times recebem
pontuação quanto mais se aproximam dos valores do caso real usado como
referência do detalhamento das especificações.
Esta etapa do projeto envolveu conhecimento adquirido nas disciplinas:
Informática e Física, disciplinas concomitantes ao período de ensino do curso.
3.4 Vantagens e desvantagens no processo de aprendizagem
Foi prevista em 1969, por McLUHAN (1911-1980) que “a evolução das
tecnologias modernas traria várias consequências à educação, a linguagem
passará a não só ser escrita, mas, também a ser audiovisual. O docente deve
procurar desenvolver a capacidade de pensar criticamente e a dominar a
linguagem, inclusive a eletrônica”.
O desenvolvimento de uma disciplina através de um projeto, utilizando
várias etapas proporciona diversas vantagens, ressaltando algumas:
• A interdisciplinaridade,
• A avaliação processual e
• A garantia de sua conclusão.
A interdisciplinaridade para ser bem entendida, foi explicada no artigo da
Revista Nova Escola (CAVALCANTE, 2012 apud Ruy Berger):
Como ensinar relacionando disciplinas: Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferramentas para compreender detalhes. Como um professor especialista, você tem a função de um consultor da turma, tirando dúvidas relativas à sua disciplina. Inclua no planejamento ideias e sugestões dos alunos. Se você é um especialista, não se intimide por entrar em área alheia. Pesquise com os estudantes. Faça um planejamento que leve em consideração quais conceitos podem ser explorados por outras disciplinas. Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu planejamento anual para quem quiser fazer parcerias. Recorra ao coordenador. Ele é peça-chave e percebe possibilidades de trabalho. Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre
34
apenas em grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho.
Foi motivada a consulta aos professores das outras disciplinas para
atingir as etapas de cada projeto e observou-se o envolvimento de alguns
como parceiros na orientação dos alunos.
A avaliação processual dos projetos, através do acompanhamento
periódico proporcionou uma maneira mais justa de pontuar o esforço dos
times. Foi possível dimensionar o interesse de cada componente dos grupos.
A garantia da conclusão dos projetos, evitando trabalhos de última hora
e improvisações foi bastante reduzido, pois todos chegaram juntos ao final.
As desvantagens, apesar de serem percebidas em quaisquer outras
atividades desenvolvidas no ambiente escolar, passam por algumas situações
específicas:
• Falta de recursos tecnológicos para todos os grupos,
• Falta de conhecimento dos aplicativos,
• Aumento da carga horária para cumprir as tarefas para alunos e
professor e
• Desmotivação na presença de obstáculos.
A falta de recursos tecnológicos foi percebida, pois alguns grupos
dispuseram seus laptops, trazidos de casa, para apresentarem as etapas do
projeto. Outros utilizaram arquivos em pen drive para serem apresentados no
computador do professor. Outros trouxeram anotações impressas que foram
copiadas do e-mail em uma lan house.
A falta de conhecimento dos aplicativos por todos os alunos ficou
evidente, mostrando que apenas parte dos discentes tem domínio dos
programas de informática.
O aumento da carga horária para cumprir as tarefas em grupo foi
constante, demonstrando que os alunos não estavam habituados a estudar em
conjunto e por muitas vezes não querem que seja assim, mas sempre
explicada a necessidade de se treinar o ambiente de um mercado de trabalho,
a turma respondia com interesse em passar por esse obstáculo.
35
A desmotivação na presença de obstáculos foi percebida logo no início,
pois recorreram constantemente, através de e-mail e presencialmente, para
tirar dúvidas simples. Procuravam evitar o método de aprendizagem de
tentativa e erro (Edward L. Torndike, 1898), apesar de serem incentivados ao
seu uso.
Mas ao final de todo o processo, apresentação dos projetos, vemos de
uma forma contextualizada e moderna que há grande satisfação ao final da
disciplina quando podemos observar posts e selfs orgulhosas ao lado dos
projetos criados e apresentados, expressando para o professor, na linguagem
do aluno atual, a melhor forma de dizer que valeu a pena.
36
CONCLUSÃO
Com o projeto os alunos, se sentiram motivados, e competitivos, como
protótipo do que enfrentariam no mercado de trabalho da Engenharia.
Não há como negar que a aproximação com o cotidiano profissional
impulsiona os alunos, a ter gosto pelo futuro profissional, assim como temer
menos a prática que os espera como engenheiros.
Pelo lado do professor, o maior desafio a ser vencido para
implementação de mudanças no ensino é a resistência às inovações, pois toda
mudança requer esforço, dedicação e tempo. Isto foi difícil para mim, e o será
para qualquer um, até que se faça tantas vezes, que seja feito de modo natural
e prazerosa.
Com o desenvolvimento dos projetos em sala de aula, passo a passo,
lado a lado com os grupos de alunos, o professor passa a conhecer os alunos,
suas características pessoais, suas habilidades, suas limitações enfim, o seu
perfil, e isto lhe dará de certo satisfação e reconhecimento profissional,
certamente de alunos em que puderam ter sua história mudado pelo agente de
ensino que propôs o projeto como mudança de rotina, e metodologia de
ensino.
A aplicação do método é estimulante e as provocações geradas fazem o
professor, como orientador, como técnico, envolvido em estabelecer mudanças
de rumo e criar alternativas durante o processo, evitando os desvios e atalhos
propostos pelos grupos.
No entanto, os alunos enxergam novas possibilidades e, sem inibir a
criatividade, o orientador deve permitir algumas modificações propostas
permitindo a customização e personalização do projeto, que passa a ter
aspecto e características próprias de cada grupo.
Aproveitar os recursos tecnológicos no processo educacional
proporciona o aprimoramento do conhecimento e o desenvolvimento de novas
possibilidades de aprendizado, tanto do estudante como do professor. São
oportunidades que não podem deixar de ser aproveitadas, pois a recusa à
inserção de novas tecnologias no dia-a-dia da sala de aula e a falta de
37
atualização dos docentes podem torná-los obsoletos em um futuro bem
próximo.
E sobretudo saber o professor que contribuiu com a formação
profissional e vida de seu aluno, trará o resultado realmente esperado.
38
BIBLIOGRAFIA
1- ALMEIDA, M. E. Informática e Formação de Professores, v. 1 e 2.
Brasília: Editora Parma Ltda., 2000.
2- ANDRADE, E. S. Psicologia da Educação. Rio de Janeiro: REDE FTC,
2009.
3- CAMP, C. Robert. Benchmarking - o caminho da qualidade total. São
Paulo: Pioneira, 1993.
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Disponível em
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/interdisciplinaridade-
avanco-educacao-426153.shtml>
5- GADOTTI, M. História das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Editora Ática,
1999.
6- GODOY, Maria Helena Padua Coelho, Brainstorming Como Atingir
Metas. São Paulo: Editora: Indg, 2004.
7- LEITE, Qualidade Total, (2011). Disponível em
<http://www.qualidade.com/conc-01.htm>
8- LOIOLA, L. Prazo é Prazo, (2012). Disponível em
<http://leandroloiola.wordpress.com/2012/01/02/>
9- Edward L. Torndike, 2009. Disponível em
http://percursodapsicologia.blogspot.com.br/2009/10/edward-lee-thorndike_18.html 10- CAMARGO, Ailton Luiz, 2011. Disponível em:
39
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/aula-expositiva-professor-centro-atencoes-645903.shtml?page=1 11- VERONEZZI, Felipe, 2009. Disponível em: http://www.guiadacarreira.com.br/guia-das-profissoes/engenharia/ 12- FAGUNDES, Léa da Cruz, 2008. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/2033/projeto-de-aprendizagem-o-que-e-como-se-faz
40
ANEXOS
Índice de anexos
Apresentaremos resultados do emprego do projeto técnico com os
alunos da turma de pós - médio do Técnico em Automação Industrial no Centro
de Vocação Tecnológica de Marechal Hermes da FAETEC, na disciplina de
Elementos de Máquina, assim como materiais disponíveis na internet que
fomentam e motivam a didática por meio da aplicação de projeto.
Anexo 1 - Apresentação do Descritivo do projeto a ser apresentado pelos alunos Anexo 2 - Apresentação de projetos concluídos pelos alunos Anexo 3 - Reportagem, citação na internet sobre o uso de projetos técnicos em sala de aula;
41
ANEXO 1
APRESENTAÇÃO DO DESCRITIVO DO PROJETO A SER APRESENTADO PELOS ALUNOS
Projeto técnico de Elementos de Máquina
Objetivo: Elaborar um projeto técnico, contendo projeto de engenharia
(físico), projeto técnico-comercial e projeto orçamentário, resultando na
construção de uma maquete / protótipo de um conjunto mecânico que
funcione, sendo este acionado manual ou automaticamente.
Grupo (Times de Conhecimento): 4 pessoas a serem dividas em sala
de aula, com auxílio do professor.
Material: Utilizar material descartável ou reutilizado objetivando a
sustentabilidade, e de forma que se utilize no mínimo três tipos de elementos
de máquina, conforme apresentado nas aulas da disciplina.
Etapa 1:
Prazo: 4 semanas antes do término do semestre, no dia e horário da
aula da disciplina.
A apresentação do projeto técnico-comercial deverá ser apresentada
em Power Point em apresentação para toda a turma, de forma a definir os
materiais usados, os elementos de máquina usados, um croqui prévio do
projeto, o funcionamento do conjunto e as vantagens da utilização do mesmo.
O projeto orçamentário deverá ser também apresentado nesta etapa,
contendo planilha em excel que demonstre o resultado da coletânea dos
custos de fabricação de projeto e projeção de lucro para fabricação em escala
e venda do projeto.
Etapa 2:
42
Prazo: 3 semanas antes do término do semestre, no dia e horário da
aula da disciplina.
Projeto de Engenharia - Apresentação da maquete / protótipo
construído dentro do escopo de projeto especificado.
43
ANEXO 2
APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ENGENHARIA CONSTRUÍDOS PELOS TIMES DE CONHECIMENTO
Ventilador acionado por motor elétrico que aciona outro ventilador e aciona iluminação
Guindaste de madeira acionada por meio de liquido colorado no interior de seringas
44
Ventilador acionado por motor a combustão e latas utilizadas e bexiga.
Alimentador de caixa d´água acionado por manivela em acrílico e rolos de filmes plásticos
Cortador de papel em madeira utilizando linhas de nylon e presilhas de cortina
45
Lançador de objetos em mola e madeira, com motor a corda.
Bomba de água fabricado com uso de motor elétrico e apontador de lápis plástico
Came de martelo em madeira e plástico
46
Esteira movida a motor elétrico, feita em plástico filme e madeira
Jogo Pinball produzido em madeira, elásticos e molas de ferro e parafusos, material reutilizado.
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Redutor de velocidade, retirado de máquina operatriz obsoleta
Conjunto de polia em CDs e elástico de dinheiro que acionado manualmente acende
iluminação, transformando energia mecânica em elétrica
48
Pernas mecânicas acionadas manualmente em madeira e barbante
Elevador de carga que utiliza acionamento através de motor elétrico feito em madeira e papelão
49
ANEXO 3
REPORTAGEM, CITAÇÃO NA INTERNET SOBRE O USO DE PROJETOS
EM SALA DE AULA
www.portaldaeducacao.com.br
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - CONHECENDO O "INIMIGO" 10
CAPÍTULO II - A ENGENHARIA E O PROJETO 18
CAPÍTULO III - PROJETOS E VIVÊNCIAS 26
3.1 - Projeto de Engenharia 28
3.2 - Projeto Técnico-Comercial 31
3.3 - Projeto Orçamentário 32
3.4 - Vantagens e desvantagens no processo de aprendizagem 33
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ANEXOS 40
ÍNDICE 58
59