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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A ORGANIZAÇÃO DE UMA CLÍNICA AMBULATORIAL
DE ENSINO, MULTIDISCIPLINAR NA ÁREA DA SAÚDE
DE UMA UNIVERSIDADE.
Por: Valéria Eliane Martins Esteves Barboza de Sant’Anna
Orientador
Profª. Ana Paula Pereira da Gama Alves Ribeiro
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A ORGANIZAÇÃO DE UMA CLÍNICA AMBULATORIAL
DE ENSINO, MULTIDISCIPLINAR NA ÁREA DA SAÚDE
DE UMA UNIVERSIDADE.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administração
em Saúde.
Por: Valéria Eliane Martins E. B. de Sant’Anna
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por
mais uma etapa vencida em minha
vida, ao meu esposo e filho pelo apoio,
dedicação e compreensão dos meus
momentos de ausência e ao meu
coordenador que é um grande amigo,
pelo incentivo permanente para o meu
crescimento profissional e pessoal
transmitindo sempre suas experiências.
RESUMO
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O presente trabalho trata-se de um estudo de caso de uma clínica ambulatorial de ensino que serve de cenário de prática para as disciplinas da área de saúde de uma universidade. No planejamento da clínica, além dos processos administrativos e funcionais são levados em conta os aspectos pedagógicos emanados pelas diversas disciplinas que atuam na clínica. A clínica participa do sistema de saúde da Secretaria de Saúde do Município e do Conselho Municipal de Saúde (COMSAÚDE) onde ela está inserida, servindo como referência e contra referência nas ações básicas de saúde com consultas e vacinações. As consultas especializadas são praticadas na clínica, devido que as escolas têm o funcionamento das suas disciplinas das diversas especialidades na clínica. A clínica serve também como processo de iniciação ao ensino e aprendizagem, principalmente no treinamento da interdisciplinaridade e trabalho em equipe. A clínica atua na capacitação dos funcionários que atuam na área de saúde promovendo qualificação interna. Palavras-chaves: Planejamento, Cenário, Ensino.
METODOLOGIA
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O método utilizado para este trabalho foi um estudo de caso baseado
numa clínica ambulatorial de ensino que serve de cenário de prática para as
diversas escolas da área de saúde da Universidade do Grande Rio Professor
José de Souza Herdy (UNIGRANRIO). Foram citados os diversos processos
desde o planejamento, passando pela construção da clínica obedecendo à
instrução das escolas no sentido da divisão de número de alunos por
professores e salas. Os processos internos do funcionamento da clínica foram
baseados na administração em saúde dando apoio para a sua atividade. O
processo de ensino e aprendizagem serve de principal função da clínica além
de ter sua inserção no sistema de saúde local. O controle de qualidade do
funcionamento da clínica foi feito através de questionário baseado em 20% do
atendimento mensal. Foram feitas pesquisas em periódicos de ensino médico,
livros e revistas de administração em saúde, além dos diversos métodos de
avaliação da clínica com gráficos demonstrativos de pesquisa da qualidade, do
atendimento e do custo.
LISTA DE SIGLAS
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AFE – Associação Fluminense de Educação
ASPAS – Ação Social Paulo VI
CEATA – Centro de Atendimento ao Adolescente
CID10 – Código Internacional de Doença
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CMAI – Clínica Médica do Adulto e do Idoso
CMCA – Clínica Médica da Criança e Adolescente
COMSAÚDE – Conselho Municipal de Saúde
FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz
MEC – Ministério da Educação e Cultura
PAM – Posto de Assistência Médica
SAME – Serviço de Arquivo Médico
SUS – Sistema Único de Saúde
UNIGRANRIO – Universidade do Grande Rio
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Planejamento de uma Clínica Ambulatorial de Ensino 10
CAPÍTULO II - Inserção da Clínica Ambulatorial de Ensino na Comunidade 24
CAPÍTULO III – Processo de Ensino e Aprendizagem 41
CONCLUSÃO 50
ANEXOS 51
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 73
ÍNDICE 77
FOLHA DE AVALIAÇÃO 78
8
INTRODUÇÃO
O planejamento da montagem e organização de um cenário de prática
deve passar pelos vários estágios avaliando todos os aspectos envolvendo a
participação deste cenário no contexto do Município. Deverão ser levadas em
conta todas as ferramentas de avaliação incluindo a concorrência, os
convênios, a relação com a Secretaria de Saúde, os aspectos envolvendo a
tecnologia de informação, a manutenção, o departamento de recursos
humanos, os fornecedores dos materiais necessários e os processos de
marketing interno e externo da atuação deste cenário.
Este cenário foi criado em 1999 com o nome de Ambulatório de Ensino
Jamil Sabrá para servir de campo de estágio, iniciando as atividades práticas
da Escola de Medicina da Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO),
assumindo gradativamente posição especial no sistema de saúde local, como
será demonstrado neste trabalho. De acordo com os princípios do Sistema
Único de Saúde (SUS), visando à formação profissional em diversos cenários
de prática e alinhados com as diretrizes curriculares para os cursos de
graduação em saúde, quanto ao conhecimento, competências e habilidades
específicas desejáveis para a formação profissional, os objetivos dos cursos da
área de saúde da UNIGRANRIO – de promover a atuação discente e docente
nos diferentes níveis de atendimento à saúde, com ênfase nos atendimentos
primários e secundários – têm no ambulatório campo privilegiado. Sobretudo, a
garantia da integralidade da assistência deve se constituir como objetivo ético-
educacional da formação (BULCÃO, 2004).
A participação das escolas da área de saúde na comunidade onde ela
funciona é importante, atendendo de forma como referência e contra referência
para os seguintes convênios: SUS, Secretaria de Ação Social, Ação Social
Paulo VI (ASPAS) e Assistência Social, os pacientes são encaminhados pelos
postos com autorização para consulta e são agendados. Nesse sentido, o
ambulatório articula-se com o poder público local de forma a estabelecer um
9
fluxo contínuo das ações e serviços preventivos e curativos. Tendo em vista
sua posição no sistema de saúde municipal, de acordo com o seu nível de
complexidade específico, contribui para o desenvolvimento de habilidades que
visam o desenvolvimento da capacidade de resolução dos serviços em todos
os níveis de assistência. Permite, igualmente, ao aluno atuar no sistema
hierarquizado de saúde, reconhecendo suas limitações no nível de
complexidade do sistema em que se encontra, aprendendo a identificar e
encaminhar os usuários com problemas de saúde que foge do âmbito de sua
formação geral (BULCÃO, 2004).
As escolas da área de saúde têm neste cenário a oportunidade de
desenvolver as atividades práticas em nível multiprofissional aprendendo a
trabalhar em equipe. Cada curso aprende a importância da atuação em
conjunto para o benefício do paciente e saber as suas limitações e importância
em cada momento da estória da saúde. As escolas têm como atividade
principal, uma proposta inovadora no ensino médico trazendo a semiologia e a
clínica médica com o paciente ambulatorial, mesclado com ida ao hospital
pelos alunos no sentido de desospitalizar o ensino. Os alunos atendem aos
pacientes supervisionados pelos professores, estas orientações são enviadas
pela coordenação acadêmica de cada curso. Os cursos de Enfermagem,
Farmácia, Medicina, Nutrição e Serviço Social, atendem de acordo com a
disciplina teórica dada na escola atuando com a atividade prática no
Ambulatório. A criação de um cenário de prática em saúde se faz necessário
para que o aluno tenha local de treinamento. Torna-se fundamental, pois, a
organização dos níveis de atenção secundária, através da oferta de serviços
ambulatoriais especializados (além da terciária, através de serviços
hospitalares especializados) no âmbito das microrregiões de saúde, utilizando-
se o sistema de referência e contra-referência, garantindo a integralidade da
atenção.
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CAPÍTULO I
PLANEJAMENTO DE UMA CLÍNICA AMBULATORIAL
DE ENSINO
As novas diretrizes do Ministério de Educação e Cultura (MEC), para os
cursos da área de saúde, orientam que o aluno seja inserido o mais precoce
possível na rede de atenção básica. Por sua vez as escolas da área de saúde
devem participar do sistema Municipal de saúde fazendo parte da rede
instalada da atenção básica ou atuando em diversos postos de atendimento
médico, incluindo o programa de saúde da família, desta forma também
participa das decisões das ações em saúde através do Conselho Municipal de
Saúde (COMSAÚDE) com assento e possibilidade de voto no conselho.
O planejamento da montagem deste cenário levou em conta os vários
aspectos da criação de uma clínica ambulatorial com o objetivo principal de
assistência e ensino. Para tanto foram usadas ferramentas visando que
administração desse apoio na montagem e manutenção deste cenário. Este
cenário de prática de aprendizagem ligado a uma universidade não existe no
nosso município, portanto sem concorrente e que seria uma atitude inovadora
no mercado. A escolha da equipe gerencial da clínica foi baseada em pessoas
experientes no sentido de que era uma clínica que deveria funcionar com
eficiência desde o início das atividades. Foram construído número de salas
para abrigar dois alunos por sala e cada professor orientando seis salas,
ficando uma relação de um para seis (relação professor aluno). Os processos
internos e fluxos de material e pessoal foram planejados desde o acolhimento
do paciente, a distribuição dos alunos por sala e por professor até a saída da
clínica.
Hoje, 2010, o Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá tem cinco andares,
com cinqüenta e um consultórios para atendimento - todos mobiliados com
mesa para exame clínico (maca), mesa de atendimento, cadeiras, foco de luz,
11
biombo, pia, balança para adulto e criança, sabão líquido, papel toalha, lençol
de papel e quatro salas para aula teórica. Há dois consultórios de Oftalmologia
e dois consultórios de Otorrinolaringologia com equipamentos específicos e
sete de Ginecologia, com mesa de exame e material próprios. Também há uma
sala de vacinação, onde são atendidos os usuários do Ambulatório quanto aos
esquemas básicos de vacinação e nas campanhas da Secretaria Municipal de
Saúde da cidade. As vacinas e material de vacinação são cedidos pelo Centro
Municipal de Saúde de Duque de Caxias, unidade esta que também realiza o
treinamento técnico de pessoal da sala de vacinação do Ambulatório.
Foi celebrado um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde para
encaminhamento de pacientes pelo SUS, e com a Secretaria de Ação Social
(esta, a partir de 2003) como redes conveniadas. A rede local, desde então,
“autoriza” as solicitações de consultas, exames laboratoriais e de investigação
diagnóstica. Os usuários encaminhados pela rede e os de demanda
espontânea, isto é, os que procuram atendimento médico diretamente no
ambulatório, são previamente agendados (BULCÃO, 2004).
A equipe era formada por cinco funcionários administrativos e vinte e
quatro professores com duzentos e quarenta alunos, distribuídos ao longo da
semana. Atualmente também fazem prática no Ambulatório os alunos dos
cursos de enfermagem, farmácia, nutrição e serviço social e a equipe cresceu,
sendo formada por dezesseis funcionários administrativos e oitenta e quatro
professores com aproximadamente oitocentos e trinta alunos em prática
durante a semana. Toda a equipe que atua no ambulatório segue normas e
rotinas adotadas pela gestão administrativa conforme anexo 1.
Após várias experiências vividas no dia a dia ao longo destes 11 anos. A
gestão administrativa sempre faz reunião com sua equipe para ouvir os
colaboradores e mudar as estratégias sempre que necessário, pois ela sabe
que, com o envolvimento de todos, a meta é atingida com maior qualidade e
com a satisfação de todos os clientes, internos e externos. Um dos resultados
12
destes encontros foi a formalização das funções e atribuições de cada
funcionário, conforme anexo 2.
Na clínica o atendimento é docente assistencial, pois o profissional
médico ao mesmo tempo em que atende o paciente, ensina seu aluno. No
ambulatório o paciente é acolhido desde a recepção até no momento do seu
atendimento, sua satisfação é muito importante. Para mensurar a qualidade do
atendimento é feito uma pesquisa anual através de um questionário conforme
anexo 3, para avaliar o atendimento da recepção até o atendimento médico
para sinalizar como está o atendimento do paciente e a satisfação do paciente.
Podemos citar como exemplo: Um paciente que procura atendimento e é
encaminhado de forma errada. “Um paciente é orientado pela recepção a se
dirigir até o segundo andar e procurar a recepção para que lhe informe onde
fica a neurologia. Chegando lá não encontra ninguém para orientá-lo, pergunta
para um funcionário da limpeza que estava passando, e este encaminha-o
dizendo ser no final do corredor. O paciente ao chegar no final do corredor não
encontra ninguém para lhe dar uma informação. Enfim, com isso este paciente,
sai sem solução e possivelmente perde toda a confiança no serviço, devido o
atendimento encontrado”.
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Fotos do funcionamento da recepção
A função dos processos administrativos dentro de uma organização de
saúde adquire fundamental importância como apoio para que todas as ações
dirigidas aos pacientes e o funcionamento da empresa de saúde possa prestar
o melhor serviço possível para os pacientes servindo também de controle e
avaliação da qualidade do serviço prestado. Observamos que no resultado do
questionário aplicado, a satisfação dos clientes mostra que estamos no
caminho certo. Este processo faz parte da avaliação contínua da instituição,
conforme anexo 4.
A importância do corpo clínico na estrutura de saúde é fundamental para
que os alunos e os pacientes sejam bem atendidos e orientados. Para tanto a
relação da administração com o corpo clínico deve ser sempre avaliada e
tomadas decisões de mudança de acordo com a finalidade da clínica. O padre
Querubim presidente da organização São Camilo, questionado de qual seria o
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maior problema de uma organização de saúde respondeu de pronto sem
demorar um segundo É O MÉDICO. A principal importância é a manutenção do
equilíbrio político da relação de todo o corpo clínico com a direção
administrativa da organização de saúde. O corpo clínico deve ser definido de
comum acordo com a direção médica e a direção administrativa. Podendo ser
aberto onde receberá todo o médico cadastrado no centro de estudos, poderá
ser fechado com os médicos que atendem todos os pacientes divididos em
equipes contratadas (autônomo, empresa e/ou Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT)) e o outro tipo de corpo clínico sendo uma mistura dos dois
anteriores. A organização de saúde sabe que o maior problema de qualquer
administrador, é o médico. O mesmo médico que é o maior problema é
também a maior solução da organização de saúde, pois o paciente vai utilizar o
serviço sempre indicado pelo médico. Esta relação do corpo clínico com a
direção administrativa deve ser bastante dinâmica e ter regras claras de
atuação, participação dos profissionais nas decisões dos diversos convênios
uma vez que, uma parte do faturamento de cada conta é honorário profissional.
Direção Médica e Administrativa da Clínica Ambulatorial
A tecnologia da informação em saúde é de fundamental importância
para que a clínica coloque sempre que possível, equipamentos compatíveis
com as informações que a clínica precisar para seu melhor funcionamento. Não
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é novidade, a internet é uma das ferramentas de tecnologia das mais
importantes para manter um hospital moderno e bem administrado, para
acompanhar as tendências do mercado, as patologias mais prevalentes no
Município, para que possamos informar a Secretaria Municipal de Saúde e
assim planejar melhor as ações preventivas e curativas em saúde. É
importante não esquecer que não basta que os colaboradores tenham acesso
à internet. Esse acesso deve ser cuidadosamente gerenciado para atingir a
eficácia e promover o equilíbrio entre a necessidade de comunicação dos
colaboradores e velocidade de acesso disponibilizado, coibindo e penalizando
os abusos. Procedendo deste modo, a internet torna-se uma aliada da
instituição e não um gargalo que impede o crescimento e limita a produtividade
de sua equipe. “Hospital não é banco” no banco através do cartão magnético
você tem acesso a três ou quatro telas com todas as informações dos serviços
bancários, imaginem uma clínica com: nº de prontuário, Código Internacional
de Doença (CID10) com todas as doenças codificadas, almoxarifado, centro
cirúrgico, enfermaria, cozinha, lavanderia, faturamento, etc. Atualmente há
necessidade da velocidade da informação e que esta chegue com qualidade
para que a diretoria possa tomar decisões mais acertadas possíveis e em
tempo hábil. Imaginem um paciente ao fazer o seu atendimento, recebe um
número de prontuário e este número é distribuído através de um programa de
computação para todos os setores da clínica e sempre que este paciente
utilizar o atendimento nas diversas clínicas, todos tem a visão do que está
ocorrendo com este paciente. No momento do faturamento com a cobrança de
todos os atendimentos, o prontuário único facilita o setor e os diversos
profissionais que vão atuar nos atendimentos. Sabemos que este projeto da
tecnologia da informação exige investimentos em equipamentos e pessoal
além da mudança de atitude das pessoas. Este projeto deve ser um objetivo da
administração da unidade de saúde. A clínica dispõe de um sistema
informatizado para cadastro dos pacientes, o prontuário é único, nele estão
todas as informações sobre o atendimento do paciente, onde gera um banco
de dados utilizado pelos professores e alunos para realização de trabalhos
acadêmicos e pesquisas que são apresentadas em congressos. Apesar disso,
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existe a busca para o alcance do prontuário eletrônico, o que trará um melhor
banco de dados com maiores informações e maior agilidade para realização
das pesquisas.
Tecnologia da informação utilizada na clínica
O Serviço de Arquivo Médico (SAME) é de fundamental importância
porque registra todos os diagnósticos e procedimentos de todos os pacientes
atendidos na clínica. Serve também como banco de dados para estatística de
atendimento, de produtividade, de faturamento, pesquisa científica e
informativa de doenças de notificação compulsória. Fornecem dados para a
administração de quais doenças são mais prevalente nos atendimentos e
assim a tomada de decisão no investimento e para onde a clínica deve crescer
de acordo com a demanda inclusive criando outras áreas de atendimento.
17
Arquivo médico
Sabemos que todo estoque significa que a organização de saúde retirou
dinheiro do caixa para fazer a compra do material de estoque sendo assim
deve ter regras para isto. Por exemplo: o estoque da cozinha não deve
ultrapassar o suficiente para uma semana de funcionamento, o estoque da
farmácia em medicamentos deve ser de no máximo de uma semana e os
antibióticos devem ser prescritos pela comissão de infecção hospitalar através
de parecer. O estoque de prótese e órtese devem ficar em consignação e a
nota fiscal emitida no dia do uso. Todo o material e equipamento necessário
para suprir as necessidades da clínica são solicitados através do setor de
compras da universidade. No caso da clínica, todo ou qualquer material, seja
ele de rotina ou solicitação para compra de novos itens, é analisado pela
gestão administrativa para que somente deste modo seja solicitado ao setor de
compra. Para evitar a falta do material, enviamos para o setor de compra a
quantidade necessária com previsão para três meses, pois somente retiramos
do estoque da universidade, material para suprir a nossa demanda semanal.
Existe uma supervisão periódica sobre cada item solicitado, evitando assim
gastos desnecessários e desperdícios.
O faturamento da clínica é o ponto nevrálgico da unidade de saúde e
deve receber todos os investimentos necessários. As contas devem ser
seguidas desde o setor de atendimento até o faturamento, para que sigam na
data do envio do faturamento ao convenio sem perder nenhuma data e nem um
dia se quer. Pois do funcionamento deste setor depende a saúde financeira da
organização de saúde. Existem programas de computadores e empresas
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especializadas em fazer o faturamento e se for possível adquirir um programa
desses, a unidade de saúde vai facilitar a feitura das contas médicas e com
isso melhorar a arrecadação financeira.
Setor de faturamento
A engenharia clínica hoje tem fundamental importância no sentido da
manutenção elétrica de todos os equipamentos disponíveis na clínica e em
todos os setores, lavanderia, cozinha, gerador de energia elétrica e deverá ter
um funcionário de plantão na parte elétrica e hidráulica para qualquer
eventualidade, mesmo que seja para trocar uma lâmpada. A manutenção
eletrônica dos equipamentos adquiridos das empresas como Siemens, Philips,
Hitachi, etc, geralmente tem um contrato de manutenção com visitas mensais e
quando chamado de urgência para reparar um aparelho que teve algum defeito
e parou de funcionar. Nossa manutenção faz parte do setor de manutenção da
universidade, que nos atende sempre que necessário.
O setor de cozinha produz os alimentos que serão consumidos pelos
pacientes orientados pelo serviço de nutrição da unidade de saúde, para os
funcionários. Mantém estoque regulável pela quantidade suficiente para uma
semana, mantém a conservação dos equipamentos utilizados para a produção
e conservação dos alimentos. É fundamental que não haja desperdício de
alimentos, servindo de cozinha experimental para os alunos do curso de
Nutrição.
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Setor de cozinha
O setor de lavanderia é o que recebe todas as roupas da unidade de
saúde, separa as roupas em contaminadas ou não e depois são colocadas
para a lavagem, secagem, setor de passar as roupas e depois serão levadas
aos setores respectivos. Trabalha com estoque de produtos (sabão em pó,
detergente, detergente enzimático e cloro) suficiente para quinze dias e
mantém os equipamentos funcionando pela engenharia clínica.
Setor de lavanderia É no setor de recursos humanos que é feito o maior investimento nas
pessoas que nela trabalham. Atrás das melhores marcas do mundo estão os
funcionários que fazem a empresa desempenhar seu papel no mercado
mantendo o padrão de sua marca. A administração e o desenvolvimento de
recursos humanos são responsáveis pelo trabalho com as pessoas e os
processos internos. É o setor susceptível a emoções, sentimentos positivos e
negativos, a mudanças perceptíveis ou não, a mudança de atitude constante, e
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capaz de construir ou destruir uma organização, ou seja, trabalhar com as
pessoas (MARTINHO, 2008).
Os funcionários administrativos quando admitidos, passam por uma
seleção através do departamento de recursos humanos com as competências
determinadas pela gestão administrativa da clínica, mas somente são
admitidos após a entrevista com a gestão, pois é de grande valia que o
candidato tenha o conhecimento técnico, a capacidade de compreender a
complexidade da empresa e o principal que é trabalhar em conjunto,
respeitando opiniões, percepções e convicções dos demais membros,
relacionada à integração ao grupo. Estes funcionários após o período exigido
pela instituição podem contar com o benefício de cursar o ensino superior sem
custo, não podendo reprovar para não perder a bolsa de estudos, mas a
empresa infelizmente raramente absorve os funcionários, o que faz muito deles
se qualificarem e saírem da empresa. Os demais funcionários como o da
higienização e segurança são terceirizados. Independente disto, todos os
funcionários forma uma única equipe. Toda a equipe e neste caso inclui-se
também os professores e alunos que são orientados para que tenham
percepção em relação ao desperdício, são apresentados dados reais de custos
para que as medidas de economia tomadas tornam-se embasadas lembrando
sempre que, quando as responsabilidades de assumir desafios em conjunto
pelos mesmos resultados, estes ficam compartilhados, a adaptação para
melhoria nas dificuldades financeiras e oportunidades de evolução e novas
tendências sucedem positivamente (BARBOSA, 2010).
Houve um fato que mostra um resultado considerável obtido quando se
trabalha em equipe. No segundo semestre de 2004, foi solicitada a gestão
administrativa, uma supervisão mais afinada em relação ao lixo hospitalar, o
número de sacos de lixo hospitalar recolhido no ambulatório eram de 40 sacos
semanais, com reuniões, treinamento e trabalho em conjunto, junto aos
professores e alunos, verificamos que a coleta do lixo hospitalar estava sendo
feita de maneira incorreta, com isso, conseguimos reduzir para um saco de lixo
21
Ambulatório Jamil Sabrá:2005/2006
200
460
1521,16
1677,75
1856,71
1633,01
894,8
1364,57
2155,13
1230,35
201,33111,85
67,1167,1144,7489,4889,4867,1189,48134,22111,85111,8567,1189,49
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Val
or
em R
$
20052006
hospitalar por semana, chegando às vezes a dois sacos semanais. Todo este
trabalho é percebido por todos que entram no ambulatório, conforme gráficos 1
e 2 abaixo.
GRÁFICO 1: Demonstração do resultado do custo Fonte: Setor de resíduos da UNIGRANRIO
22
GRÁFICO 2: Demonstração do resultado do custo de 2004 a 2009. Fonte: Setor de resíduos da UNIGRANRIO.
Observamos que houve sensível redução no custo devido à orientação e
conscientização iniciada pela gestão médica e administrativa seguida da
equipe do pessoal administrativo, da higienização, professores e alunos que
atuam na clínica.
O organograma proposto para o funcionamento da clínica que está
demonstrado a seguir é de uma direção geral que cuida dos processos gerais,
acadêmicos, da relação política da unidade com a universidade e diversos
convênios. A direção administrativa cuida dos processos administrativos da
clínica, dos setores de recepção, serviços de enfermagem, faturamento e de
apoio (higienização, segurança e ascensorista).
Gráfico Comparativo de 2005 - 2009 Marechal Floriano (Ambulatório Jamil Sabrá)
R$ 12.516,10
R$ 1.029,03 R$ 1.023,31 R$ 909,70
R$ 2.256,50
2005 2006 2007 2008 2009
OBS: O aumento observado do ano de 2008 para 2009, se justifica não pelo aumento de volume, mas pelo aumento financeiro da nova destinação imposta pelo orgão ambiental.
23
ORGANOGRAMA
FIGURA 1: Organograma da Clínica Fonte: Elaboração própria
Coordenadores do 5º ao
12º períodos
Serviço Social
Nutrição
Serviços de Apoio:
- Higienização; - Segurança; - Ascensorista.
Medicina
Faturamento
Farmácia Serviços de Enfermagem
Enfermagem Recepção
Docentes Direção Administrativa
Direção Geral
24
Em fim, pode-se afirmar que o ambulatório vem qualificando seus
funcionários em torno de 70%. Os funcionários são treinados para atuarem em
mais de uma posição para adquirir maior visão e valorização do trabalho do
outro, com isso o nível de qualidade do atendimento ao paciente, professor e
aluno é cada vez maior, a relação entre as pessoas, vem sofrendo sensível
melhora e a direção busca sempre incentivar a participação de todos,
mantendo-os envolvidos para o alcance do objetivo em comum.
25
CAPÍTULO II
INSERÇÃO DA CLÍNICA AMBULATORIAL DE ENSINO
NA COMUNIDADE
A clínica participa do sistema de saúde da Secretaria de Saúde do
Município e do Conselho Municipal de Saúde (COMSAÚDE) onde ela está
inserida, servindo como referência e contra referência nas ações básicas de
saúde com consultas e vacinações. As consultas especializadas são praticadas
na clínica devido que as escolas têm o funcionamento das suas disciplinas das
diversas especialidades na Clínica.
A universidade, através dos seus cenários de prática, além de prestar
atendimento de qualidade, participa fornecendo informações para a Secretaria
Municipal de Saúde da “radiografia” da saúde do Município, das doenças mais
prevalentes e com isso participa da implementação das políticas de saúde. O
debate em torno da implementação do Sistema de Saúde, no sentido do
fortalecimento dos princípios do SUS, há muito preconiza que os novos
trabalhadores do setor público de saúde (e também os antigos, já atuando na
rede) deverão ter formação adequada para o novo modelo de atenção à saúde,
devendo-se assegurar um programa de educação continuada. Por sua vez,
discute-se se a reorganização do sistema de saúde deva se dar de acordo com
as diferentes realidades econômico-sócio-culturais locais e que os serviços
sejam ajustados às necessidades do sistema de saúde.
Para se assegurar a atenção universal, integral e equânime requer-se a
garantia de acesso aos serviços de média e alta complexidade. Como, por
exemplo, através de estratégias de implantação de centrais de regulação,
formas associativas entre municípios, contratos, relacionamento entre
prestadores; investir na melhoria do SUS através das ações desenvolvidas
pelas unidades assistenciais, disponibilizando os medicamentos necessários à
26
população, recursos humanos, materiais e financeiros em quantidade
adequada (ANDREOLI et all, 2001/2002).
O acesso de todos às tecnologias deve ser assegurado, de acordo com
protocolos estabelecidos. Garantir a cobertura integral da assistência (básica,
média e alta complexidade) pela rede do SUS, desenvolvendo efetivo sistema
de referência e contra-referência, com garantia do atendimento dos níveis
secundário e terciário, se impõe como importante fator no cumprimento do
direito do cidadão à saúde (11ª CNS).
Torna-se fundamental, pois, a organização dos níveis de atenção
secundária, através da oferta de serviços ambulatoriais especializados (além
da terciária, através de serviços hospitalares especializados) no âmbito das
microrregiões de saúde, utilizando-se o sistema de referência e contra-
referência, garantindo-se a integralidade da atenção.
O Ambulatório Jamil Sabrá iniciou suas atividades em 1999,
acompanhando, como campo de prática, o início das atividades de ensino da
Escola de Medicina da UNIGRANRIO, assumindo gradativamente posição
especial no sistema de saúde local. De acordo com os princípios do SUS,
visando a formação profissional em diversos cenários de prática e alinhados
com as diretrizes curriculares para os cursos de graduação em saúde, quanto
ao conhecimento, competências e habilidades específicas desejáveis para a
formação profissional, os objetivos do curso médico da Unigranrio – de
promover a atuação discente nos diferentes níveis de atendimento à saúde,
com ênfase nos atendimentos primário e secundário – têm no ambulatório
campo privilegiado. Sobretudo, a garantia da integralidade da assistência deve
se constituir como objetivo ético-educacional da formação. Nesse sentido, o
ambulatório articula-se com o poder público local de forma a estabelecer um
fluxo contínuo das ações e serviços preventivos e curativos. Tendo em vista
sua posição no sistema de saúde municipal, de acordo com o seu nível de
complexidade específico, contribui para o desenvolvimento de habilidades que
27
visam o desenvolvimento da capacidade de resolução dos serviços em todos
os níveis de assistência. Permite, outrossim, ao aluno atuar no sistema
hierarquizado de saúde, reconhecendo suas limitações no nível de
complexidade do sistema em que se encontra, aprendendo a identificar e
encaminhar os usuários com problemas de saúde que fogem do âmbito de sua
formação geral.
Inicialmente, o ambulatório situava-se na Rua Major Frazão, 181 –
prédio anexo à Universidade, onde funcionou até dezembro de 2003. O início
do atendimento ambulatorial, em 1999, desenvolveu-se com atividades
docentes-assistenciais integrando o 5° período do curso. O atendimento era
centrado nas áreas gerais de Clínica Médica do Adulto e do Idoso (CMAI) e
Clínica Médica da Criança de o Adolescente (CMCA). Estabeleceu-se um
convênio com a Secretaria Municipal de Saúde para encaminhamento de
pacientes pelo SUS, e com a Secretaria de Ação Social (esta, a partir de 2003)
como redes conveniadas. A rede local, desde então, “autoriza” as solicitações
de exames laboratoriais e de investigação diagnóstica. Os usuários
encaminhados pela rede e os de demanda espontânea, isto é, os que
procuram atendimento médico diretamente no ambulatório, são previamente
agendados. No anexo 5 encontra-se a distribuição de freqüência e percentual
quanto ao atendimento realizado em 1999 através dos gráficos 13 e 14.
Hoje, 2010, o Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá funciona na Casa de
Saúde e Maternidade Santa Helena adquirida pela universidade e transformada
em ambulatório multidisciplinar, na Rua Marechal Floriano, 918, bairro 25 de
Agosto, já incluindo o 12° período do curso de Medicina e Enfermagem,
Farmácia, Nutrição e Serviço Social. A Clínica tem cinco andares, com
cinqüenta e um consultórios para o atendimento - todos mobiliados com mesa
para exame clínico (maca), mesa de atendimento, cadeiras, foco, biombo, pia,
balança para adulto e pediátrico, saboneteira, papel toalha, lençol de papel – e
quatro salas de aula. Há dois consultórios de Oftalmologia com equipamento
específico e sete de Ginecologia, com mesa de exame e material próprios.
28
Também há uma Sala de Vacinação, onde são atendidos os usuários da
Clínica quanto aos esquemas básicos de vacinação. As vacinas e material de
vacinação são cedidos pelo Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias,
unidade esta que também realiza o treinamento técnico de pessoal da sala de
vacinação do Ambulatório. A Clínica, pertencendo à UNIGRANRIO, é de
caráter privado, embora atendendo usuários da rede do SUS, da Secretaria
Municipal de Ação Social, ASPAS e Filantrópicos. A Associação Fluminense de
Educação (AFE) é portadora do Certificado de Entidade Beneficente de
Assistência Social (antigo Certificado de Entidade de fins Filantrópicos),
registrado no Conselho Nacional de Assistência Social.
Em 2003 e 2004, a grande maioria (80% e 81%, respectivamente) dos
usuários veio encaminhada pela rede municipal, de unidades pertencentes
tanto à Secretaria Municipal de Saúde quanto à Secretaria de Ação Social. As
unidades da rede de saúde que participaram do fluxo de encaminhamentos de
usuários ao Ambulatório Jamil Sabrá, foram: Posto de Atendimento Médico de
Caxias (PAM), Hospital Municipal Infantil Ismélia da Silveira, e Centro de
Atendimento ao Adolescente (CEATA), Posto de Xerém. Destes, apenas os
três últimos fazem alguma triagem, fazendo parte do registro de
encaminhamento, um breve histórico. No PAM, encaminha-se o usuário
diretamente ao Ambulatório, conforme a solicitação do mesmo pela consulta na
especialidade desejada. Os gráficos 15 e 16 que se encontram no anexo 5,
demonstram a distribuição percentual quanto o atendimento dos anos 2003 e
2004.
A despeito de o usuário chegar ao serviço já com um direcionamento
para consultas especializadas, é norma do Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá
atender a todos, quando primeira vez, pela Clínica Médica, por qualquer
professor presente, independente da sua especialidade, no dia marcado. Se
houver necessidade, o usuário é agendado para uma consulta especializada,
marcada internamente. O atendimento generalista vem de encontro aos
objetivos do curso, focado na máxima integralidade da atenção.
29
Em 2004, 19% dos usuários foi proveniente do sistema de Filantropia,
mecanismo utilizado para atender à demanda “de porta”, ou seja, indivíduos da
população que procuram atendimento diretamente no Ambulatório, sem serem
intermediados pela rede municipal. Uma pequena parcela (4%) foi de usuário
destinado a procedimento de vacinação, como está demonstrado no gráfico 16
no anexo 5.
Analisando-se o número total de atendimentos do Ambulatório, desde o
início de seu funcionamento, em 1999 até 2009, observa-se que de 1999 para
2000, houve um aumento de cerca de 150% nos atendimentos totais, indicando
já a boa receptividade da rede incorporando a unidade ao sistema de saúde
local. A partir de 2002 o número de atendimentos realizados foi gradativamente
aumentando, principalmente devido ao início de atividades assistenciais da
disciplina de Ginecologia e ao convênio estabelecido com a Secretaria de Ação
Social, a qual passou a referenciar pacientes para o Ambulatório. Nos anos de
2003 e 2004 os atendimentos mantiveram-se elevados, havendo um aumento
de 50% no número de atendimentos em relação ao ano de 2002. Nesse último
biênio, o Ambulatório passou a atender consultas especializadas, o que
contribuiu para o incremento, embora os maiores percentuais tenham ocorrido
devido à demanda espontânea e aos encaminhamentos da Secretaria de Ação
Social. O número de atendimentos em vacinação, serviço implantado no
Ambulatório a partir desse período, também representou importante fator no
aumento do número total de atendimentos no período como está demonstrado
no gráfico 17 a seguir.
30
GRÁFICO 17: Números de atendimentos Fonte: Elaboração própria
A análise da distribuição das freqüências quanto ao atendimento
segundo os CIDs no Ambulatório, no período de 2000 a 2004, indica, para as
onze causas mais freqüentes de atendimento, a seguinte seqüência, em ordem
decrescente de acordo com o gráfico 18 a seguir.
1º - Exame Médico Geral
2º - Hipertensão Arterial
3º - Exame Ginecológico
4º - Exame de Rotina de Saúde da Criança
5º - Cárie Dentária
6º - Cefaléia
7º - Obesidade
8º - Epilepsia
9º - Outras Afecções Inflamatórias da Vagina e Vulva
10º - Convulsões
11º - Asma
Números de Atendimentos Realizados no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá - 1999 - 2009
2020821081
1816615940
137031217812053
82307469
10104
4145
0
5000
10000
15000
20000
25000
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Anos
Qtd
. A
tendim
ento
s
31
GRÁFICO 18: Freqüência de atendimento segundo o CID Fonte: Elaboração própria
Observa-se, assim, que a hipertensão arterial constitui o quadro mórbido
mais freqüente dos usuários do Ambulatório seguido da cárie dentária e
cefaléias. Na categoria de “exame ginecológico” podem estar embutidas
patologias características dessa área médica, o que, considerando-se também
as outras afecções inflamatórias da vagina e vulva (nona causa mais freqüente
de atendimento médico), elevam as doenças ginecológicas às primeiras causas
de atendimento. Outra patologia que possui alta morbidade e mortalidade é a
diabetes mellitus, que vem crescendo ultimamente devido as pessoas estarem
com tendência a obesidade devido ter acesso a comida barata como massas,
biscoitos e guloseimas. Na nossa clínica esta estatística não foge a regra,
provavelmente começará aparecer em número crescente.
Os dados relativos à natureza das consultas médicas realizadas no
período de 1999 até o ano de 2004 indicam uma trajetória de mudança no tipo
de atendimento do Ambulatório Jamil Sabrá. Considerando-se a inserção da
35273239
2835
1692
1006919900669663592480
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Frequência de Atendimento Segundo o CID
Exame Médico Geral
Hipertensão Arterial
Exame Ginecológico
Exame de Rotina de Saúde daCriança
Cárie Dentária
Cefaléa
Obesidade
Epilepsia
Outras Afecções Inflamatóriasda Vagina e Vulva
Convulsões
Asma
32
unidade no SUS de Caxias, vemos que a mesma foi se adequando às
necessidades de saúde do município, no sentido de priorizar o atendimento da
demanda por consultas especializadas. Dessa forma, no atendimento da
demanda por especialidades médicas, por ter uma oferta reduzida na rede do
SUS local, importante papel é assumido pelo ambulatório de ensino da
universidade, que conta com médicos especialistas nas diversas áreas da
Medicina, seguindo as diretrizes do processo de ensino-aprendizagem em
serviço.
No decorrer dos anos foi mudando a natureza do atendimento,
desmembrando-se em especialidades e subespecialidades. Assim, já em 2002,
haviam sido incorporadas ao atendimento ambulatorial da unidade consultas
médicas em Genética, Ginecologia e Psiquiatria, acompanhando o currículo do
curso da faculdade no tocante a tais disciplinas. A partir de 2003 até a presente
data, o Ambulatório passou a oferecer consultas especializadas em
Dermatologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Urologia e as
subespecialidades pediátricas de Cardiologia, Gastroenterologia, Infectologia,
Pneumologia e Reumatologia. Os gráficos 19 e 20 que se encontram no anexo
5, demonstram a distribuição de freqüência quanto o atendimento nos anos de
2004 e 2009.
Há um consenso geral, entre os gestores, administradores e prestadores
de serviços de saúde, quanto à necessidade de se identificar, no processo
assistencial e suas partes, quem são seus usuários e quais são suas
necessidades. Tradicionalmente, oferta e demanda nos serviços de saúde têm
sido analisados para uma melhor compreensão das necessidades de saúde.
Sob o ponto de vista da oferta, esta poderia ser caracterizada de acordo com a
disponibilidade, o tipo e quantidade de serviços e recursos (financeiros,
humanos e tecnológicos) destinados à assistência, e, ainda, sob a influência da
localização geográfica, cultura médica e ideologia do prestador. A organização
das instituições que integram o sistema de saúde, do lado da oferta de serviços
de saúde, pode ser considerada tendo-se em vista a organização do
33
atendimento, mecanismos de referência e contra-referência e os níveis de
atenção. Quanto à demanda, esta estaria relacionada à atitude do indivíduo de
procurar serviços de saúde, obter acesso e se beneficiar com o atendimento
recebido (MATTOS, 2001).
Até há pouco tempo, a avaliação sobre os serviços públicos baseava-se
principalmente em dados subjetivos. No entanto, muitos trabalhos de avaliação
de serviços de saúde têm utilizado a opinião do usuário, a fim de atestar a
qualidade do serviço prestado. A avaliação da satisfação dos usuários de
serviços públicos é uma prática muito recente, e mesmo nos países onde o
governo presta contas à população ainda não há metodologias específicas
para esse tipo de pesquisa. Na maioria das vezes, tais avaliações são feitas de
forma indireta, como subproduto de outras pesquisas de opinião pública.
Tradicionalmente, oferta e demanda nos serviços de saúde têm sido analisados
para uma melhor compreensão das necessidades de saúde. Sob o ponto de
vista da oferta, esta poderia ser caracterizada de acordo com a disponibilidade,
o tipo e quantidade de serviços e recursos (financeiros, humanos e
tecnológicos) destinados à assistência, e, ainda, sob a influência da localização
geográfica, cultura médica e ideologia do prestador. A organização das
instituições que integram o sistema de saúde, do lado da oferta de serviços de
saúde, pode ser considerada tendo-se em vista a organização do atendimento,
mecanismos de referência e contra-referência e os níveis de atenção. Quanto à
demanda, esta estaria relacionada à atitude do indivíduo de procurar serviços
de saúde, obter acesso e se beneficiar com o atendimento recebido
(MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, 2000).
Parte-se do princípio de que a compreensão dos fatores associados à
satisfação do usuário constitui parte da avaliação dos serviços de saúde,
podendo ser utilizada como medida de qualidade da atenção. A satisfação do
usuário constitui, assim, atributo básico da qualidade de atenção, sendo
instrumento para planejamento e administração.
34
Qualidade, por sua vez, seria um atributo complexo estabelecido de
acordo com a expectativa do usuário, sendo de difícil apreensão e avaliação,
tendo em vista os complexos fatores que envolvem elementos individuais e
coletivos de juízo de valor. Assim, a avaliação sobre um serviço de saúde
prestado seria um produto social e implicaria valores e ideologias. Daí, a
importância da participação do usuário na obtenção de informações a respeito
da qualidade do serviço prestado (RADIS, 2004). A qualidade da atenção
tradicionalmente é avaliada através da estrutura de instalação, equipe de
saúde, questões organizativas e administrativas, e, em relação à atuação do
profissional médico, avaliam-se o diagnóstico e tratamento adequados, bem
como a continuidade da atenção. A qualidade dos serviços é um grande
determinante da demanda, estando, como visto intimamente ligada à
percepção do usuário. Características do pessoal de saúde e disponibilidade
de medicamentos na unidade de assistência são componentes essenciais
desse atributo para a clientela.
Há inter-relação entre produção, oferta, demanda necessidades e
consumo. Estudos de demanda remetem à finalidade de satisfação de
necessidades do usuário. A alocação de recursos para a saúde pode dar-se:
de acordo com estimativas de necessidades de cuidados; de acordo com
preferências dos indivíduos (demanda observada). Os gestores privilegiam as
necessidades determinadas pelos planejadores (demanda planejada) em
relação às expressadas pelos indivíduos. É questionável se estes
necessariamente seguiriam o que os médicos ou técnicos de saúde pública
acham o que seria melhor para eles, ocorrendo que nem sempre têm
informação sobre a gravidade de sua doença ou o tratamento que seria mais
adequado. Se não houver equilíbrio entre a demanda planejada e a observada
no momento, poderá haver subutilização de recursos e desperdício (se o nível
de necessidades determinadas ultrapassarem a procura); se a expectativa de
necessidade for aquém da demanda observada, poderá resultar o aumento do
tempo de espera para se receber os cuidados de saúde demandados
(MATTOS, 2001).
35
Há diferenças nas preferências individuais, de forma que a demanda por
serviços de saúde varia de um indivíduo para o outro. A influência de fatores
culturais na demanda por cuidados em saúde manifesta-se na percepção da
utilidade da consulta (ligada à percepção da gravidade da doença) e nas
preferências. A educação do paciente pode incentivar ou reduzir a procura ao
cuidado em saúde, como, por ex., cuidados preventivos e tratamento que tenha
acarretado efeitos colaterais adversos, respectivamente. A idade do paciente
tem efeito positivo na demanda, como resultado de aumento de morbidade e
tratamento mais intensivos. A quantidade de atos médicos demandados varia
com o número de médicos. Um aumento de demanda pode ser observado
conforme o número destes (MATTOS, 2001).
Para alguns autores, nos serviços de saúde, a participação do usuário
seria inerente ao trabalho aí realizado, já que ele é co-participante de ações
médicas, embora, historicamente, sua opinião tenha sido afastada devido a
diversos fatores, tais como a complexidade da assistência médica, a não
vinculação do usuário ao serviço recebido quanto aos procedimentos de
pagamentos em saúde, e a percepção sobre o direito à saúde (ANDREOLI et
all, 2001/2002). Tradicionalmente, pois, os serviços de saúde mantiveram-se
distantes da possibilidade de avaliação e da opinião de seus usuários sob a
alegação de que estes seriam desprovidos de conhecimento técnico e,
portanto, despreparados para avaliação.
No Brasil, as pesquisas em torno da “satisfação do usuário” têm sido
desenvolvidas no âmbito hospitalar, servindo para nortear as decisões dos
gestores de saúde, através de questionários de opinião com respostas
fechadas mesclados ou não com respostas abertas. Tem-se por pressuposto
que a qualidade dos serviços prestados passa pela percepção subjetiva do
usuário a respeito desses serviços. A satisfação estaria relacionada à opinião
sobre diversos aspectos da assistência, tais como, assiduidade, competência e
resolutividade.
36
Uma Pesquisa Mundial de Saúde, em 2003, por iniciativa da
Organização Mundial de Saúde desenvolvida em 71 países, foi, no Brasil,
realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com 5.000 entrevistados. Os
resultados, em relação ao grau de satisfação com o funcionamento da
assistência foram os seguintes: 58% - insatisfeitos (22% insatisfeitos e 36%
muito insatisfeitos); 27% - satisfeitos (19% satisfeitos e 8% muito satisfeitos). O
grau de insatisfação foi pouco maior entre as mulheres, em relação aos
homens, na faixa etária de 35 a 49 anos e foi tanto maior quanto melhor o nível
de escolaridade. Segundo a pesquisa, não ter sido atendido, foi fator
determinante para a insatisfação com o funcionamento da assistência.
Uma Primeira Pesquisa Nacional de Avaliação da Satisfação dos
Usuários dos Serviços Públicos foi realizada pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão/ Secretaria de Gestão, em 2000. Conforme a pesquisa, a
taxa geral de satisfação do usuário de serviços públicos (educação, saúde e
previdência) chegou a 71,8%. Quanto ao Setor Saúde especificamente, 51%
dos usuários maiores de idade indicaram estar entre 70% e 100% satisfeitos
com o último tratamento que receberam o que constitui avaliação muito
positiva. A taxa Geral de Satisfação da Saúde foi de 64,3% para os usuários.
De acordo com diferentes dimensões, temos: Qualidade no Serviço (71,5%);
Adequação das Instalações Físicas (67,1%) e Qualidade no Atendimento (66%)
(MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, 2000).
Metade dos entrevistados apontou a Garantia de Acesso/Processo de
Execução do Serviço como a mais importante dimensão da área de saúde,
enquanto 20,4% escolheram a Agilidade no Atendimento como aspecto central.
As outras três dimensões, relativas à qualidade e às instalações físicas, ficaram
com menos de 30% das citações da dimensão mais importante.
Os maiores índices de satisfação situaram-se nas “campanhas que
ensinam a tratar doenças (80,5%)”, “o cuidado dos médicos e enfermeiros com
sua aparência” (77,4%) e “os bons resultados no combate à dengue e à cólera”
37
(75%) e “facilidade do acesso” (71,6%). A “certeza do recebimento gratuito dos
remédios receitados (48%)” representou o mais baixo nível de satisfação. A
“rapidez para conseguir internação” ficou com 50,6% e “confiança em não
contrair infecção hospitalar”, com 51,8%.
Indagados sobre o tempo de espera para ser atendidos, na última vez
que os usuários precisaram de atenção médica em serviço público, no período
de três meses anterior à data da pesquisa, cerca de 56% dos entrevistados
declararam ter aguardado até uma hora e 18%, de uma a duas horas. Nesse
ponto, no contexto da organização do atendimento, a questão do tempo de
espera muito longo é freqüentemente apontada pelos usuários. Um estudo
aponta que o tempo de espera para atendimento de pessoas cobertas por
planos ou seguros é em média a metade do tempo de espera de pessoas não
cobertas. Em algumas experiências, o tempo de espera, para o usuário, não se
relaciona com a natureza pública ou privada dos serviços, mas sim com o não
atendimento após a espera nas filas. Não importaria, pois, o tempo para ser
atendido desde que este estivesse garantido (TRAVASSOS et all, 1999, apud
PINHEIRO).
Considera-se também, pois, que, influenciando o acesso ao cuidado em
saúde, os custos relacionados ao tempo gasto para o consumo dos serviços (o
que poderia estar sendo usado para o trabalho) e transporte são fatores que
afetam a expectativa do usuário. As despesas com o transporte, o tempo para
chegar aos serviços de saúde e retorno, o tempo de espera para os
atendimentos, constituem custos indiretos ao acesso aos cuidados em saúde.
Há expectativas quanto a maior tempo gasto durante o atendimento e
tratamento, refletindo maior cuidado e recepção calorosa pelos profissionais.
Por outro lado, longas esperas para atendimento podem ser interpretadas
como organização precária e, portanto, menos apreciadas pelo usuário. A
distância, o tempo de viagem e custo de transporte seriam empecilhos maiores
para pacientes residentes ou que vêm de fora da área da unidade assistencial.
Enfim, a distância geográfica e os diferentes modos de gasto de tempo na
38
demanda por saúde são percebidos como custos (financeiro e psicológico).
Qualquer ação para reduzi-los teria efeito positivo no usuário demandante por
cuidados em saúde.
Visando à obtenção de uma primeira referência de percepção do usuário
do Ambulatório de Ensino em relação ao serviço prestado, a Universidade e
seus gestores promoveram a elaboração de um questionário para avaliar em
que medida o Ambulatório Jamil Sabrá está atendendo às expectativas dos
usuários. Pretende-se, sobretudo, definir ações que melhorem a qualidade da
gestão e dos serviços prestados. Utilizando-se um questionário como
mecanismo de obtenção de informações, o qual foi composto com dez
perguntas de respostas sendo nove fechadas e uma aberta, acerca do
atendimento recebido no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá, foram analisadas
as avaliações verificadas em outubro de 2009. Foram avaliados 307
questionários, contendo basicamente questões sobre a satisfação com o
atendimento, desde a entrada no serviço até a pós-consulta médica.
A satisfação com a recepção, em 2009, foi avaliada como “ótima” e
“boa” por 39% e 56%, respectivamente, 5% a referiram como “regular” e
apenas 0% “ruim”, indicando um alto grau de satisfação com este quesito. Em
relação à satisfação com o atendimento na Sala de Espera do Ambulatório -
avaliando-se, nesta categoria a qualidade do ambiente físico da sala de espera,
bem como o tratamento dispensado ao usuário enquanto o mesmo aguardava
o momento de sua consulta - 10% dos usuários o referiu como “ótimo”, o grau
máximo de satisfação nessa área. Já 63% referiram o atendimento como
“bom”, enquanto 24% avaliaram o atendimento de sala de espera como
“regular”, e apenas 3% dos usuários o achou “ruim”. Durante o tempo de
espera da consulta, 52% dos usuários, gostariam de receber informação sobre
prevenção de doenças (“instrução de como evitar algumas doenças”),
enquanto o restante se subdividiu entre os que gostariam de assistir a
programas de televisão 22% e assistir a vídeos educativos 26%. Ainda
avaliando a satisfação do usuário quanto ao atendimento, no que se refere ao
39
tempo de espera para ser atendido, 6% informou não ter esperado meia hora,
desde o momento em que iniciou a espera da consulta, ao passo que 29%
esperaram exata meia hora para o atendimento. O restante (65%) referiu
tempo de espera de 1 hora (24%) e mais de 1 hora (41%), para ser atendido.
Em relação à satisfação do usuário com a consulta propriamente dita, foi
avaliada a qualidade do atendimento específico do médico, traduzindo
aspectos relativos à relação médico-paciente, 60% considerou o atendimento
“ótimo”, o grau máximo de satisfação neste campo, enquanto 37% o
considerou “bom”; apenas 3% avaliou o atendimento médico como “regular” e
0% como “ruim”. O tempo de consulta foi considerado adequado por mais de
87% dos usuários. Por outro lado, 9% consideraram o tempo de consulta muito
demorado. Esta categoria está diretamente relacionada ao caráter específico
do Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá, visto este ser um ambulatório de ensino
e o trabalho desenvolvido por professores e alunos. Assim, os dados obtidos
também permitem constatar que, apesar de fugir ao padrão tradicional médico-
paciente, o atendimento por grupos de alunos supervisionados por um
professor, não foi um fator de incômodo, como visto, para a maior parte dos
usuários.
Esta categoria também incluiu elementos ligados à integralidade da
assistência médica, a partir da avaliação da percepção do usuário quanto ao
atendimento de todas as suas queixas. Também foi fator de influência na
satisfação, a oportunidade do usuário em expor expectativas quanto aos seus
problemas de saúde. Este item guarda importância especial, tendo em vista o
preponderante caráter especializado do atendimento neste ambulatório de nível
secundário, já que as consultas são triadas de acordo com a demanda por
atendimento nas especialidades médicas. No entanto, a satisfação do usuário
com este aspecto da assistência médica mostrou-se elevada, considerando-se
que, 94% informaram terem sido satisfatoriamente atendidos em face dos
problemas de saúde relatados. Por outro lado, 6% dos usuários não se
sentiram contemplados em todas as suas queixas. Houve, assim, uma maior
quantidade de pacientes que apontaram que seus problemas de saúde foram
40
mais bem resolvidos. O tempo que o usuário permaneceu em consulta também
foi avaliado, relacionado ao que o mesmo considerou satisfatório em termos do
atendimento médico recebido, sendo que 87% consideraram o tempo de
consulta adequado, enquanto que 4% relataram ter achado pouco o tempo de
atendimento. Por outro lado, 9% consideraram o tempo muito demorado, não
existindo considerações em relação a consulta cansativa.
Para a realização de exames laboratoriais solicitados após a consulta
médica, os usuários são reencaminhados ao PAM e ao LABORAFE e na rede
conveniada pelo SUS. De acordo com o depoimento dos usuários, a taxa de
satisfação com o LABORAFE foi elevada 98% e 86% com o PAM. Neste
serviço, onde os usuários são distribuídos pela rede de laboratórios conveniada
e própria, a metade não tem conseguido efetividade na realização de exames
laboratoriais.
No anexo 4 encontra-se o resultado da avaliação do atendimento
demonstrado através dos gráficos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12.
Levando-se em conta todos os atendimentos, interdisciplinar e
multidisciplinar desde o início da atividade do Ambulatório e analise dos
resultados obtidos no questionário de qualidade, pode-se observar que a
atuação tem sido satisfatória junto à comunidade, porém existe planejamento
para aquisição de aparelho de Eletrocardiógrafo e de imagem como: RAIOS X,
Ultrassonografia e Tomografia Computadorizada para que a consulta praticada
seja mais resolutiva.
Criar mecanismos de avaliação da demanda atendida, medindo-se o
grau de resolutividade, qualidade e humanização do serviço prestado nas
unidades de atuação docente-assistencial, deve constar da agenda dos
gestores das escolas da área da saúde, tendo em vista a formação acadêmica
desejada.
41
Por outro lado, o ensino nos Serviços de Saúde também propicia aos
profissionais de saúde uma educação permanente, promovendo, através desta
interação, a capacitação dos preceptores, pela escola médica (SILVA, 2002).
A atuação dos alunos dos cursos da área de saúde, em geral, em
unidades em níveis de atenção secundária, através da prestação de serviços
ambulatoriais especializados no âmbito das microrregiões de saúde, torna-se
essencial para os objetivos educacionais de promover ao aluno formação
através da qual possa assumir responsabilidades crescentes como agente
prestador de cuidados e atenção. Juntamente com a interação ativa do aluno
com usuários e profissionais de saúde de cenários componentes dos níveis
primário e, no outro extremo, de alta complexidade, tal atuação permitiria,
sobretudo, uma visão mais ampla do nosso Sistema de Saúde. O exercício de
mecanismos de referência e contra-referência contribuiria para uma formação
pautada na integralidade da atenção. Enfim, a integração ensino-serviço em
todos os níveis, com ênfase no SUS, aproxima a formação médico-acadêmica
às necessidades sociais da saúde da comunidade.
42
CAPÍTULO III
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Este treinamento tem a finalidade de desenvolver as habilidades dos
alunos na área de saúde, aplicando os conceitos aprendidos nas aulas
teóricas, na prática com os professores instruindo esta atividade, servindo
também como local de formação e qualificação de mão-de-obra para o
município através da Secretaria Municipal de Saúde. Preparando os futuros
profissionais da área que prestarão concurso para assumir vagas de trabalho
na rede Municipal de Saúde, tendo conhecimento das condições de trabalho e
dos problemas de saúde do seu Município.
De acordo com Sheridan (2004), um paradigma existente inapropriado é
que no cenário da prática educativa o estudante de Medicina é o protagonista,
sendo coadjuvantes todos os demais atores: professores, médicos contratados
dos serviços universitários, médicos do sistema de saúde, auxiliares. Após o
relatório flexneriano o médico em formação e o paciente detêm os papéis
centrais.
Se quisermos que o médico-aluno se integre no cenário da prática
clínica real, é essencial que ele assimile desde cedo a visão moderna da
relação médico-paciente, que respeita a individualidade, a cultura do seu
paciente, tenha uma via de mão dupla nos quesitos responsabilidade,
honestidade, dignidade, respeito e comprometimento tomando assim as
decisões compartilhadas, um processo em que ambos dividem informações,
tomam iniciativas e chegam a acordos sobre cursos de ação do seu
tratamento, exigindo do aluno treinamento e aprimoramento da sua habilidade
de comunicação (CUFF, 2010; SHERIDAN, 2004).
Compreender o esgotamento do modelo tradicional de ensino,
embasado no referido paradigma flexneriano, fundamentado no estudo da
doença e na transmissão dos conhecimentos gerados é uma resistência dos
43
profissionais de saúde, principalmente dos médicos docentes que precisa ser
vencida. Uma visão prática e administrativa da Medicina, em vez de uma forma
fragmentada e pouco producente em aulas expositivas e avaliações teóricas é
renegada por este modelo, dando prioridade a aspectos predominantemente
informativos da educação (LAMPERT, 2002; MARCONDES, 1993;
MIETTINEN, 2001; NEAME, 1999; RAY, 2001; WEED, 2004).
Existe a importância do envolvimento de todos no que se diz respeito a
administração. O aluno também aprende durante a sua formação acadêmica, a
se preocupar em como lidar com o custo, burocracia, normas e rotinas. Pode-
se citar como exemplo: Em um procedimento ambulatorial que necessite uma
sutura pequena, o profissional utiliza um dos fios mais caros e, além disso, da
apenas um ponto, desprezando todo o resto do material. Outro caso: Para
secar uma ferida, o profissional médico, utiliza-se de um bolo de gases ao
invés de usar apenas duas ou três gases, o que seria o necessário, evitando
assim o desperdício, custo.
Segundo Academic Medicine (2004) e Sheridan (2004), os pacientes
com bom nível de entendimento, habilidades de leitura e capacidade para lidar
com números tem dificuldade de compreensão das conversas e explicações
médicas. O médico em formação precisa aprender a evitar os jargões
inacessíveis aos pacientes, bem como o emprego de explicações fisiológicas e
assim eles podem interpretar de modo diverso do pretendido. Devem sim fazer
a prática de tirar com técnica a estória e o exame clínico e solicitar os exames
necessários para o esclarecimento do problema de saúde do paciente, pois o
entendimento e expectativa dos pacientes é dividir com o médico sua doença.
Silva (2010) considera que não é mais possível dissociar o hospital-
escola da escola médica, estes dois coadjuvantes têm que estabelecer uma
interação produtiva num cenário mais amplo, que é do âmbito docente
assistencial. A co-gestão talvez seja a única solução possível para viabilizar a
complexidade administrativa desta relação. Atuando como coadjuvantes das
44
próprias instituições de ensino e de saúde, assim como os respectivos órgãos
governamentais de controle, em outro nível passa a ser papel de apoio
fundamental dos professores e dos demais profissionais dos serviços.
As estratégias educativas modernas recomendam o treinamento em
serviço, inserindo o aluno o mais precocemente possível no ambiente
profissional real, simulando uma noção de ciclo profissionalizante, que não
podemos deixar de ter como prática inserida no sistema de saúde capaz de
possibilitar ao aluno um aprendizado em níveis crescente de complexidade,
inteiramente voltado para as necessidades de saúde da comunidade
(BULCÃO, 2004; LAMPERT, 2010).
Na opinião de Lampert (2002), o que capacita o médico a lidar com os
problemas do processo saúde-doença em todo o contexto é feito pela prática
da integralidade, assim equilibrando o nível técnico com atenção às questões
sociais, comportamentais e administrativas. Um novo modelo que se apóia em
atividades de cenário na prática clínica de verdade atuando com Medicina
baseada em evidência. Neste ponto, observa-se que a maior parte das escolas
médicas brasileiras ainda se prende ao modelo flexneriano em vez de buscar,
ou melhor, evitando uma tendência inovadora.
Cuff (2010) considera que o estudo de novos documentos técnicos
abalizados, como o denominado “Improving medical education enhancing the
behavioral and social science content of medical school curricula”,
provavelmente consiga vencer as barreiras à migração para o segundo modelo,
incluindo a cada disciplina do curso médico, a ciência social e do
comportamento, do início ao fim destes tópicos.
O comportamento do paciente, a atitude e o papel do médico, com
interações médico-paciente, os fatores socioculturais e administrativos relativos
aos cuidados com a saúde são os principais domínios relacionados aos
aspectos formativos do estudante de Medicina dependem da inserção no
45
cenário da prática clínica. Relatórios cujos conceitos de ajustam mais aos
países com maior desigualdade social, embora dirigidos às escolas norte-
americanas (NEAME, 1999).
O ensaio do verdadeiro cenário da prática não pode prescindir do
treinamento em serviço adequando para a busca eficiente dos recursos
informativos mais apropriados para uma Medicina de qualidade, não
esquecendo os custos neste processo. Não se esquecendo da exigência das
Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Medicina, que
pressupõe atualização técnica permanente na vida real do médico (NEAME,
1999).
Conforme Blank (2005), um médico cresce ao longo do desenvolvimento
do seu trabalho, tornando-se um autodidata. Sendo bem orientado no início da
trajetória, depois de alguns anos de estudo segue por si mesmo o curso de
ação ideal. A arte de aprender continuamente, tornando-se senhor das várias
artes da clínica tende a ser seu pensamento em tempo total. Como disse
Stanislavski a vida é tão complexa e diversificada, que não há variações
suficientes de cenário da prática educativa médica para fazer frente a todos os
seus aspectos.
A finalidade dos alunos desenvolverem suas atividades, o aprender
fazendo, tanto é boa para os alunos, quanto para a comunidade. O que tem de
bom nisso? É que na relação médico, aluno e paciente, todos os problemas
são vistos. O aluno enquanto pratica, o paciente é atendido minuciosamente,
com toda a tranqüilidade e atenção, anotando toda a anamnese e o exame
físico, finalizando com a preceptoria do professor e encerrando assim o
atendimento, marcando um próximo retorno quando esse for necessário. A
seguir a prática está demonstrada nas fotos da Clínica Médica do Adulto e
Idoso e a prática Médica da Criança e Adolescente.
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Prática da Clínica médica do adulto e Prática da Clínica Médica da Criança e Idoso Adolescente
O Ambulatório de Ensino de Prática Médica iniciou suas atividades em
1999 com alunos do 5º período do curso de medicina, o que torna um
diferencial no curso, pois o ensino de semiologia e clínica médica
tradicionalmente são dados em hospitais. A inovação consiste em aplicar o
ensino médico em pacientes ambulatoriais e é quando os alunos iniciam a
relação médico-paciente. As escolas que utilizam o Ambulatório como cenário
de prática para o processo de ensino e aprendizagem, utilizam ferramentas
didáticas para que o aluno tenha uma assistência integral no seu processo de
formação profissional, desde a parte ética, moral e clareza na relação
profissional com os pacientes. Assim vai aumentando a sua responsabilidade
conforme a progressão do conhecimento teórico durante a sua formação.
Os cursos que atuam no Ambulatório são: Enfermagem, Farmácia,
Medicina, Nutrição e Serviço Social. O curso de Enfermagem atua na área de
orientação ginecológica, vacinação e curativos. Os pacientes são
encaminhados como referência dos serviços que a escola de Enfermagem
atende nas comunidades, voltando ao local de origem como contra referência.
Os pacientes que recebem vacinação são do próprio Ambulatório. A escola de
Farmácia atua interdisciplinarmente com a escola de Medicina em atividade de
atenção farmacêutica com orientação para os pacientes sobre a forma de
administração e interação dos medicamentos prescritos (GOMES, 2001). A
escola de Medicina faz a formação dos seus alunos de semiologia e Clínica
47
Médica com paciente ambulatorial complementado com uma ida ao hospital
para visita em enfermarias. A escola de Nutrição atende a demanda da própria
clínica fazendo orientação alimentar com as dietas próprias para cada paciente.
Como orientação da escola de Nutrição, os alunos participam de oficinas de
“alimentação saudável”, mostrando aos pacientes a forma de preparo dos
alimentos e servindo de exemplo para que eles reproduzam em suas casas e
passem a gostar da dieta saudável. A escola de Serviço Social mantém escala
de horário regularmente no Ambulatório para orientação aos pacientes sobre
os seus direitos e outras informações necessárias para a resolutividade da
consulta. Na sequência do trabalho mostramos a seguir fotos exemplificando
as diversas práticas dos cursos que atuam no Ambulatório.
Prática em Otorrinolaringologia Prática em Ginecologia
Prática em Enfermagem Prática em Nutrição
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Prática em Nutrição Alimentação Saudável
Prática em Serviço Social Prática em Atenção Farmacêutica
Aula teórica em Dermatologia Aula teórica em Urologia
A educação em serviços de saúde tem como objetivo desenvolver ações
construtivas, como por exemplo, integrar o funcionário na própria função e no
contexto institucional, cooperar no seu ajustamento ao ambiente de trabalho,
transformar seu potencial em comportamentos e objetivos, aumentar
49
conhecimentos técnicos e científicos, propiciar motivação para que conheça
suas necessidades, minimizar dificuldades na execução do trabalho, promover
atitude profissional na equipe, ser facilitador na resolução de conflitos,
desenvolver o cuidado ao cliente e melhorar a qualidade da assistência,
impulsionando assim, a evolução do seu próprio local de trabalho, da instituição
e da sociedade (BARBOSA, 2009).
Criar mecanismos de avaliação da demanda atendida, medindo-se o
grau de resolutividade, qualidade e humanização do serviço prestado nas
unidades de atuação docente-assistencial, deve constar da agenda dos
gestores, tendo em vista a formação acadêmica desejada. Por outro lado, o
ensino nos Serviços de Saúde também propicia aos profissionais de saúde
uma educação permanente, promovendo, através desta interação, a
capacitação dos preceptores, pela escola médica (SILVA, 2002).
A atuação dos alunos dos cursos da área de saúde, em geral, em
unidades em níveis de atenção secundária, através da prestação de serviços
ambulatoriais especializados no âmbito das microrregiões de saúde, torna-se
essencial para os objetivos educacionais de promover ao aluno formação
através da qual possa assumir responsabilidades crescentes como agente
prestador de cuidados e atenção. Juntamente com a interação ativa do aluno
com usuários e profissionais de saúde de cenários de atenção primária e, no
outro extremo, de alta complexidade, tal atuação permitiria, sobretudo, uma
visão mais ampla do nosso Sistema de Saúde. O exercício de mecanismos de
referência e contra-referência contribuiria para uma formação pautada na
integralidade da atenção. Enfim, a integração ensino-serviço em todos os
níveis, com ênfase no SUS, aproxima a formação médico-acadêmica às
necessidades sociais da saúde.
A importância do público na estrutura das organizações de saúde tem
influência no planejamento de marketing (marketing plan). Os três tipos de
público que freqüentam uma organização de saúde, os profissionais da área
50
que lá trabalham (público interno), os pacientes que procuram a organização
de saúde, com os seus acompanhantes e familiares (público externo). Em área
de saúde deve existir acolhimento das pessoas e não recepção, as pessoas
têm de ter a sensação de ser bem recebido e acolhido para dividir o problema
de saúde que ele está vivendo. A expectativa do público que freqüenta a
organização de saúde é no sentido de facilitar a comunicação visual, achar
com facilidade os locais onde ele tem que se dirigir. Pessoal de recepção deve
ser treinado para qualquer informação e condução de todos os assuntos que
chegam ao hospital. Este cenário também faz parte do processo de ensino e
aprendizagem aos profissionais da área de administração e marketing,
aprendendo a aplicar os diversos planejamentos em suas áreas e as
ferramentas necessárias para avaliar e controlar o funcionamento da unidade.
51
CONCLUSÃO
Este trabalho teve a finalidade de mostrar uma visão geral desde o brain
storm sobre o tema da organização de uma clínica ambulatorial de ensino,
multidisciplinar na área da saúde de uma universidade, até o momento atual
com a realidade do funcionamento. Este planejamento incluiu as diversas
ferramentas de análise da situação de mercado, da avaliação da qualidade no
atendimento, da inserção da clínica ambulatorial com; as diversas
especialidades médicas e profissões afins onde ela se situa. Mostrando a
importância da prática de administração na formação dos profissionais de
saúde. Esta clínica serve para os diversos objetivos do binômio
ensino/assistência para a formação dos profissionais que irão atuar no
mercado da área de saúde dentro do município. A mão de obra formada ainda
irá se qualificar para ter uma melhor atuação nas diversas áreas da saúde. A
atuação desta clínica no sistema de saúde do município é feita através de
convênios com a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Ação Social,
Assistência Social e ASPAS. Desta forma a clínica faz parte do Conselho
Municipal de Saúde com assento e voto e participa ativamente do sistema de
saúde do município, totalmente inserido na comunidade influenciando na
qualidade da assistência e interferindo nas ações da política de saúde. Outro
aspecto de fundamental importância da clínica ambulatorial é o processo de
ensino e aprendizagem utilizado pelas diversas escolas na formação dos
alunos que por aqui passam e que vão atuar depois de formados no mercado
de trabalho na área de saúde. O processo utilizado é o ensino baseado na
realidade, ou seja, um grupo de alunos com apoio de um preceptor atende os
pacientes, levantando todos os problemas do paciente e treinando o exame
físico, desta forma, a formação se dá com nível de qualidade satisfatório
mostrando na prática que este profissional terá segurança de desenvolver seu
trabalho uma vez que o desempenho da sua função profissional será uma
continuidade da realidade que ele viveu durante o seu aprendizado.
52
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 > Normas e rotinas;
Anexo 2 > Funções e atribuições;
Anexo 3 > Normas de conduta;
Anexo 4 > Questionário da avaliação do atendimento;
Anexo 5 > Resultado da avaliação do atendimento;
Anexo 6 > Distribuição por freqüência e percentual quanto ao atendimento;
Anexo 7 > Autorização para apresentação da monografia.
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ANEXO 1
NORMAS E ROTINAS
1- Horário: Manhã 8h as 11h40’ Tarde 13h as 16h20’ 2- O paciente chega à recepção do 1º andar, recebe a orientação sobre o
atendimento, marca a consulta e caso já tenha consulta marcada é encaminhado para a recepção do andar referente ao seu atendimento.
3- O paciente é recebido no andar e orientado onde poderá estar aguardando
a sua chamada, que será feita pelos alunos ou professores, referente ao seu atendimento.
4- O paciente ao sair do consultório, é orientado a se dirigir a recepção do
andar onde foi atendido, para orientação em relação aos exames caso tenha sido solicitado e/ou novo agendamento.
5- Ao chegar no andar o professor receberá os prontuários, ao término do
atendimento, os prontuários deverão ser entregues devidamente preenchidos, não deixando de registrar o CID (um ou mais), assinatura do professor e aluno, e Carimbo do professor. A colocação do CID no prontuário serve para “alimentar” o banco de dados, que serve de fonte de pesquisa para professores, alunos e direção.
6- O paciente terá um prontuário para cada especialidade, o nome da
especialidade estará identificado com carimbo vermelho e ficará arquivado dentro de uma única capa de prontuário.
7- O material necessário para o atendimento individual, será de
responsabilidade do aluno, Kit aluno: “PA adulto, estetoscópio, otoscópio, lanterna, martelo, termômetro e fita métrica”. Em caso de necessidade, o professor poderá solicitar na recepção o Kit Extra de atendimento (PA adulto ou pediátrico M e P, Estetoscópio, Oftalmoscópio, Otoscópio, Martelo, Termômetro e Fita métrica). Ao término do atendimento este Kit Extra, será entregue para a recepção pelo professor. Favor conferir o Kit antes e depois da solicitação.
8- No Ambulatório poderemos contar com alguns medicamentos e fraldas
descartáveis, que poderão ser solicitados pelo professor em caso de necessidade, da seguinte forma: Receituário com o nome do paciente, nº do prontuário, medicamento, data, carimbo e assinatura do professor. A lista dos medicamentos está na pasta informativa que se encontra na gaveta de cada consultório.
54
9- Notificar, sempre que surgir, algum caso de doença transmissível, sendo obrigatório também ao médico notificar os casos suspeitos ou a confirmação de doenças de notificação compulsória. A ficha para notificação poderá ser solicitada na recepção do andar. Informação do tipo de doença e como notificar está na pasta informativa que se encontra na gaveta de cada consultório.
10- O paciente com confirmação de doença de notificação compulsória, deve
ser encaminhado para atendimento pelo Serviço Social. Orientar ao paciente após o término da consulta, procurar a recepção do andar para agendamento do atendimento específico.
11- A solicitação de exames será feita de acordo com o convênio que o
paciente foi atendido e a forma de solicitação do exame está na pasta informativa que se encontra na gaveta de cada consultório.
12- O professor poderá utilizar a sala de estudos durante todo o horário de aula
na Clínica de 8h as 17h. Somente será permitido, nos casos excepcionais, a impressão de 1 (uma) cópia de material didático (contendo no máximo 5 folhas). Em nenhuma hipótese, será permitida a impressão de provas.
13- A solicitação de recursos (material e audiovisual), controle de freqüência,
notas dos alunos ou qualquer outra atividade acadêmica, é de inteira responsabilidade do professor. É proibido ao funcionário administrativo realizar essas tarefas.
14- O horário das atividades disciplinar deve ser respeitado. Os alunos não
devem ser liberados antes do término do horário. 15- As folhas de ponto dos professores ficam na recepção do 1º andar, onde o
professor deverá assinar entrada e saída em todos os dias que aqui estiver em atividade, não podendo haver nenhuma rasura nas folhas – trata-se de um documento legal.
16- “Ao término de cada semana o(s) dia(s) não assinado(s) será (ão)
riscado(s) e considerado(s) como dia(s) de ‘FALTA”. No fechamento mensal do ponto será emitido relatório de falta, quando for o caso, e o mesmo enviado diretamente a Divisão de Recursos Humanos da Instituição.
17- O professor deverá avisar por escrito, com antecedência mínima de 30 dias
para os casos de liberação da Coordenação do Curso e Direção da Escola a sua participação em eventos científicos ou outra atividade similar, (o documento de liberação deverá vir assinado pelo Coordenador do Curso). Será liberado um congresso por semestre.
18- Somente haverá abono de falta para os casos previstos em lei, mediante
entrega de documentação comprobatória.
55
19- O professor que precisar utilizar o telefone, somente será permitido em casos emergenciais, e a ligação somente será feita exclusivamente na sala da direção, não sendo permitido na recepção da Clínica.
20- Ao entrar no Ambulatório (a partir da Portaria Principal), será obrigatório por
parte do professor e alunos o uso de jaleco branco cumprido e com mangas longas. O jaleco deverá estar em perfeito estado de uso, limpo e passado. É proibido sentar no chão, principalmente em área de circulação, como por exemplo, escadas.
21- Não será permitido o uso dos seguintes trajes: blusas e vestidos curtos e
decotados, saias curtas e justas, shorts, camisetas e chinelos. 22- Deve ser estimulado nas atividades acadêmicas o atendimento humanizado
aos clientes e um comportamento ético e moral entre professores, alunos, direção e funcionários.
23- Estas rotinas fazem parte do protocolo de normas do Ambulatório e devem
ser rigorosamente cumpridas.
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ANEXO 2
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Supervisor de Ambulatório I
• Supervisionar Administrativamente o cenário de prática das escolas: Medicina, Enfermagem, Farmácia, Nutrição e Serviço Social;
• Supervisionar e disponibilizar no Ambulatório, para a prática das escolas de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Nutrição e Serviço Social;
• Supervisionar a recepção dos pacientes e alunos no Ambulatório; com 5 andares, 51 consultórios, 5 salas de aula, 1 sala de vacinação, 1 sala de estudos, 1 sala de guarda de materiais para procedimentos com controle de estoque e 1 sala de preparo de materiais para esterilização.
• Controlar o pedido da compra do material solicitado e encaminhando para os setores requisitantes, com centro de custo;
• Fechar o faturamento do Ambulatório, com relatório da produção mensal, do SUS, Secretaria de Ação Social, Assistência Social e ASPAS, submetendo-o a apreciação dos Coordenadores do Ambulatório, enviando-o ao SUS, reitoria, setor financeiro, diretores das Escolas de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Serviço Social e setor de bolsas;
• Contactar os Postos e Secretaria de Saúde a fim de regular o fluxo de pacientes encaminhados aos ambulatórios da Escola;
• Analisar e encaminhar os pedidos de material, de consumo e permanente, para o almoxarifado e setor de compras da Unigranrio;
• Monitorar, o grau de satisfação manifestada pelos pacientes, com pesquisa de qualidade, tendo em vista o atendimento recebido;
• Manter atualizado o CID das enfermidades prevalentes nos ambulatórios da Escola, para fins estatísticos e levantamento de dados para pesquisa científica para alunos e professores;
• Supervisionar, controlar e orientar aos alunos, professores e funcionários, a importância da captação correta do lixo hospitalar para que não ocorra ônus para a Universidade;
• Supervisionar o fluxo de lavagem das roupas e transporte, vindas para a lavanderia;
• Superintender a administração dos Serviços Gerais do Ambulatório. Horário: De 2ª a 6ª feira: 7h12min. as 17h Almoço – 12h às 13h
57
Assistente Administrativo Pleno I • Substituir a Supervisora sempre que necessário; • Manter a Supervisora informada diariamente, acerca de todas as
ocorrências, avisos e resoluções do Ambulatório; • Controlar a presença dos professores quanto à freqüência em Congresso,
semana de prova, aula teórica e demais possibilidades para que não ocorra agendamento indevido;
• Recepcionar, agendar, cadastrar os dados pessoais dos pacientes e encaminhar os pacientes agendados para consulta;
• Organizar e distribuir os prontuários dos pacientes agendados; • Registrar no sistema informatizado o CID referente a cada um dos
pacientes atendidos; • Conferir na listagem dos pacientes atendidos, as respectivas guias de
encaminhamento; • Orientar e encaminhar pacientes após a consulta, para realização dos
exames requisitados; • Atender às solicitações dos alunos, professores e pacientes; • Fornecer aparelhos necessários aos professores, devidamente
documentado; • Informar ao setor de manutenção a necessidade de reparos nas
instalações, materiais e mobiliário do Ambulatório todos os dias se necessário;
• Controlar o estoque de material de consumo; • Receber e conferir o material fornecido conforme solicitado; • Encaminhar os pedidos de material para a Supervisora; • Elaborar e encaminhar a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Ação Social,
ASPAS, e para a Supervisora, o relatório correspondente às guias recebidas dos pacientes não atendidos, para que seja feita a sua devolução;
• Controlar o agendamento dos pacientes encaminhados através do Mutirão e ASPAS;
• Manter a Supervisora informada diariamente, acerca de todas as ocorrências, avisos e resoluções do Ambulatório;
• Guardar e controlar o bloco de receituário azul. (Receita Controlada); • Atender telefone. Horário: De 2ª a 6ª feira: 7h às 16h48min. Almoço – 11h às 12h
58
Auxiliar Administrativo Junior I • Fazer o faturamento mensal do Ambulatório dos convênios, SUS, Secretaria
de Ação Social, Assistência Social e ASPAS encaminhando-o a Supervisora;
• Elaborar e encaminhar ao setor financeiro da Unigranrio e para a Supervisora, o relatório correspondente ao atendimento dos pacientes encaminhados pela Secretaria de Ação Social do Município de Duque de Caxias, Assistência Social e ASPAS;
• Controlar a presença dos professores quanto à freqüência em Congresso, semana de prova, aula teórica e demais possibilidades para que não ocorra agendamento indevido;
• Controlar a marcação de consultas dos pacientes, tendo em vista a disponibilidade docente;
• Recepcionar, agendar, cadastrar os dados pessoais dos pacientes e encaminhar os pacientes agendados para consulta;
• Organizar e distribuir os prontuários dos pacientes agendados; • Registrar no sistema informatizado o CID referente a cada um dos
pacientes atendidos; • Conferir na listagem dos pacientes atendidos, com as respectivas guias de
encaminhamento; • Orientar e encaminhar pacientes após a consulta, para realização dos
exames requisitados; • Atender às solicitações dos alunos, professores e pacientes; • Fornecer aparelhos necessários aos professores, devidamente
documentado; • Identificar e comunicar à Assistente Administrativa, a necessidade de
reparos às instalações, materiais e mobiliário do Ambulatório; • Dar apoio e encaminhar às solicitações referentes à documentação do
Hospital Santa Helena. • Atender telefone. Horário: De 2ª a 6ª feira: 7h às 16h48min. Almoço – 11h às 12h
59
Auxiliar Administrativo I - Recepção 4º andar
• Cuidar das crianças na sala de espera; • Manter o controle dos brinquedos na sala de espera; • Operacionalizar os filmes (DVD) na sala de espera; • Controlar a presença dos alunos registrando conforme solicitação da
coordenação; • Recepcionar, agendar, cadastrar os dados pessoais dos pacientes e
encaminhar os pacientes agendados para consulta; • Organizar e distribuir os prontuários dos pacientes agendados; • Registrar no sistema informatizado o CID referente a cada um dos
pacientes atendidos; • Conferir na listagem dos pacientes atendidos, as respectivas guias de
encaminhamento; • Orientar e encaminhar pacientes após a consulta, para realização dos
exames requisitados; • Manter arrumado os consultórios após atendimento dos pacientes com
material gráfico, pasta informativa, lençol, avental, abaixador de língua e papel toalha quando necessário;
• Atender às solicitações dos alunos, professores e pacientes; • Manter organizado o armário devidamente identificado quanto ao material
gráfico, aparelhos e outros; • Fornecer aparelhos necessários aos professores, devidamente
documentados; • Identificar e comunicar à Assistente Administrativa, a necessidade de
reparos às instalações, materiais e mobiliário do Ambulatório; • Atender telefone.
Horários: De 2ª a 6ª feira: 8h às 17h48min. Almoço – 12h às 13h
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Auxiliar Administrativo I – Recepção 1º, 2º e 3º andares
• Recepcionar, agendar, cadastrar os dados pessoais dos pacientes e encaminhar os pacientes agendados para consulta;
• Organizar e distribuir os prontuários dos pacientes agendados; • Registrar no sistema informatizado o CID referente a cada um dos
pacientes atendidos; • Conferir na listagem dos pacientes atendidos, as respectivas guias de
encaminhamento; • Orientar e encaminhar pacientes após a consulta, para realização dos
exames requisitados; • Manter arrumado os consultórios após atendimento dos pacientes com
material gráfico, pasta informativa, lençol, avental, abaixador de língua e papel toalha quando necessário;
• Atender às solicitações dos alunos, professores e pacientes; • Manter organizado o armário devidamente identificado quanto ao material
gráfico, aparelhos e outros; • Fornecer aparelhos necessários aos professores, devidamente
documentados; • Identificar e comunicar à Assistente Administrativa, a necessidade de
reparos às instalações, materiais e mobiliário do Ambulatório; • Atender telefone.
Horários: De 2ª a 6ª feira: 7h às 16h48min. Almoço – 11h às 12h De 2ª a 6ª feira: 8h às 17h48min. Almoço – 12h às 13h
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Auxiliar Administrativo I – Áudio Visual 1º, 4º e 5º andares
• Instalar, cuidar e fornecer equipamento de audiovisual utilizado para as quatro salas de aulas teóricas;
• Dar apoio audiovisual e material didático para cinco salas de aula; • Controlar o agendamento das aulas teóricas; • Dar apoio na recepção do 1º andar, atendimento ao telefone, distribuição de
senha e orientação ao paciente; • Dar apoio na confecção de planilhas e relatórios; • Buscar no arquivo prontuários dos pacientes a serem atendidos; • Manter organizado o armário de estoque de material da Sala de Estudos,
informando a Assistente Administrativa quando o estoque mínimo for atingido;
• Dar apoio ao Ambulatório, no transporte de material e documentação; • Identificar e comunicar à Assistente Administrativa, a necessidade de
manutenção às instalações, materiais e mobiliário do Ambulatório; • Controle dos livros e computadores da sala de estudos. Horário: De 2ª a 6ª feira: 7h30min. as 17h18min. Almoço – 12h às 13h
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Técnico de Enfermagem I – 1º, 2º e 3º andares • Recepcionar e encaminhar os pacientes agendados para consulta; • Organizar e distribuir os prontuários dos pacientes agendados, sempre que
necessário; • Dar apoio aos professores e alunos no atendimento dos pacientes de
Dermatologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Urologia da Policlínica; • Recepcionar e encaminhar pacientes para consulta e exame; • Preparar os pacientes para procedimentos ambulatoriais; • Orientar e encaminhar pacientes após a consulta, para realização dos
exames requisitados; • Orientar os pacientes atendidos para o retorno ao Ambulatório, sempre que
necessário; • Manter arrumado os consultórios após atendimento dos pacientes com
material gráfico, pasta informativa, lençol, avental, abaixador de língua e papel toalha quando necessário;
• Preparar material para esterilização a ser levado para a Escola de Odontologia a fim de que seja esterilizado;
• Manter organizado os armários de apoio de materiais e aparelhos devidamente identificado;
• Manter organizada a sala de guarda dos materiais a serem utilizados nos procedimentos, com controle de estoque;
• Fornecer aparelhos necessários aos professores devidamente documentados;
• A enfermagem será capacitada na técnica de vacinação pelo Centro de Saúde, aplicando vacina nos pacientes da Clínica e dará apoio ao Mutirão da Escola de Medicina e da Escola de Enfermagem;
• Cadastrar todos os pacientes vacinados, gerando a estatística para o Posto de Saúde e Supervisora;
• Identificar e comunicar à Assistente Administrativa a necessidade de pedido de reposição de material, reparos às instalações e mobiliário da Clínica;
• Atender telefone. • Registrar no sistema informatizado o CID referente a cada um dos
pacientes atendido, sempre que necessário; • Conferir na listagem dos pacientes atendidos, as respectivas guias de
encaminhamento, sempre que necessário; Horários: De 2ª a 6ª feira: 7h às 16h48min. Almoço – 11h às 12h De 2ª a 6ª feira: 8h às 17h48min. Almoço – 12h às 13h
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Higienização • Quando chegar assinar folha de ponto localizada na sala do faturamento; • Iniciar o dia limpando o balcão da recepção devido à poeira vinda da rua; • Após a entrada dos pacientes no Ambulatório, recolher o lixo da calçada; • Observar se ficou alguma pendência do dia anterior e realizá-la quando
necessário; • Posicionar-se nos andares para fácil localização ao receber as chamadas
vindas das recepções; • Realizar no decorrer do dia a limpeza de janelas, maçanetas, interruptores,
corredores, paredes, corrimão, salas de aula disponíveis e outros. Desta forma reduzindo a limpeza mais pesada que seja realizada aos sábados;
• Controlar o estoque de material de limpeza e solicitar para a supervisão da Empresa Terceirizada.
Horários: De 2ª a 6ª feira: 6h30min. as 15h30min. Sábado: De 8h às 12h Almoço – 11h às 12h De 2ª a 6ª feira: 9h às 18h Sábado: De 8h às 12h Almoço – 13h às 14h De 2ª a 6ª feira: 10h às 19h Sábado: De 8h às 12h Almoço – 13h às 14h
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Lavanderia • Quando chegar assinar folha de ponto localizada na sala do faturamento; • Receber as roupas para lavar vindas do Hospital Estadual Adão Pereira
Nunes (Escola de Medicina), Clínica Veterinária, Clínica de Fisioterapia, reitoria e demais setores, fazendo o rol de entrada para controle;
• Fazer a entrega das roupas limpas fazendo o rol de saída para controle; • Preencher relatório semanal do fluxo das roupas e entregar para a
Supervisão do Ambulatório todo início de mês; • Comunicar a Supervisão sempre que houver demora na retirada da roupa
limpa, mantendo em dia o fluxo da roupa; • Controlar o estoque de material da lavanderia e solicitar para a supervisão
da Empresa Terceirizada; • Manter a lavanderia sempre limpa; • Quando necessário solicitar a visita do mecânico que faz a manutenção das
máquinas para a Supervisão do Ambulatório; • Dar apoio na limpeza do Ambulatório, sempre que terminar a sua função ou
quando houver alguma emergência; • Realizar aos sábados a limpeza mais pesada do Ambulatório.
Horário: De 2ª a 6ª feira: 7h às 16h Sábado: De 8h às 12h Almoço – 11h às 12h
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ANEXO 3
NORMAS DE CONDUTA
• Obrigatório o uso do crachá e uniforme, (caso não tenha uniforme, a roupa
deverá ser sem decotes, blusa cobrindo toda a barriga, calça comprida não pode ser excessivamente justa e saia na altura do joelho), caso contrário o funcionário não poderá permanecer no trabalho;
• Todo atestado será apresentado ao Coordenador da Clínica; • A utilização do telefone restringe apenas para assunto de trabalho; • É proibida a permanência de pessoas estranhas dentro do setor; • São vetadas toda a utilização indevida da Internet e a impressão de
assuntos alheios ao trabalho; • É obrigatória a presença de pelo menos uma recepcionista em cada
recepção, o horário de almoço está estabelecido no esquema abaixo ou quando todo o atendimento tenha terminado, mas no 1º andar somente quando a Policlínica fechar;
• É proibido qualquer tipo de comércio dentro da Clínica.
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ANEXO 4
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO
1- Como você chegou até o nosso Ambulatório? ( ) Encaminhados do SUS ( ) Pela Secretaria de Ação Social ( ) Pelo Sistema Filantropia ( ) Pela ASPAS ( ) Por indicação de Parentes ou Amigos ( ) Sou paciente Antigo ou Regular 2- Como foi o atendimento em nossa recepção? ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 3- Como você classifica o conforto e ambiente da sala de espera? ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 4- Você gostaria, enquanto aguardando o momento de sua consulta de: ( ) Receber instruções de como evitar algumas doenças. ( ) Assistir Programas de Televisão ( ) Assistir à Vídeos Educativos 5- Quanto tempo você aguardou para ser consultado? ( ) Menos de ½ Hora ( ) ½ Hora ( ) 1 Hora ( ) Mais de 1 Hora 6- Quanto à consulta: Todos os seus problemas de saúde foram vistos? ( ) Sim ( ) Não 7- Como foi o atendimento do nosso Médico? ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 8- Quanto ao tempo da sua consulta: ( ) Pouco tempo ( ) O necessário ( ) Muito demorado ( ) Cansativa 9- Quanto ao encaminhamento para efetuar os exames: Você foi bem atendido no: - PAM ( ) Sim ( ) Não - Laborafe ( ) Sim ( ) Não 10- Você tem alguma sugestão para melhorar o nosso Atendimento?
67
ANEXO 5
RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO 1. Como você chegou até o nosso Ambulatório?
GRÁFICO 3: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria 2. Como foi o atendimento em nossa recepção?
GRÁFICO 4: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria
3. Como você classifica o conforto e ambiente da sala de espera?
GRÁFICO 5: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria
36%
28%2%
0%
30%
4%
Encaminhados pelo SUS
Pela Secretaria de Ação Social
Pelo Sistema Filantropia
Pela ASPAS
Por indicação de parentes ou amigos
Sou paciente antigo ou regular
39%
56%
5%
0%
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
10%63%
24%
3%
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
68
4. Você gostaria, enquanto aguardando o momento de sua consulta de:
GRÁFICO 6: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria 5. Quanto tempo você aguardou para ser consultado?
GRÁFICO 7: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria
6. Quanto a consulta: Todos os seus problemas de saúde foram vistos?
GRÁFICO 8: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria 7. Como foi o atendimento do nosso Profissional de Saúde?
GRÁFICO 9: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria
52%
22%
26%
Receber instruçõesde como evitaralgumas doençasAssistir Programasde Televisão
Assistir a VídeosEducativos
6%
29%
24%
41%
Menos de 1/2 Hora
1/2 Hora
1 Hora
Mais de 1 Hora
94%
6%Sim
Não
60%
37%
3%
0%Ótimo
Bom
Regular
Ruim
69
8. Quanto ao tempo da sua consulta:
GRÁFICO 10: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria 9. Quanto ao encaminhamento para efetuar os exames: Você foi bem atendido no PAM?
GRÁFICO 11: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria Você foi bem atendido no LABORAFE?
GRÁFICO 12: Pesquisa de atendimento Fonte: Elaboração própria
4%
87%
9%
0%Pouco tempo
O necessário
Muito demorado
Cansativa
86%
14%Sim
Não
98%
2% Sim
Não
70
ANEXO 6
DISTRIBUIÇÃO POR FREQÜÊNCIA E PERCENTUAL QUANTO AO ATENDIMENTO.
GRÁFICO 13: Distribuição de freqüência quanto ao atendimento - 1999 Fonte: Elaboração própria
GRÁFICO 14: Distribuição percentual quanto ao atendimento - 1999 Fonte: Elaboração própria
2278
676
0 500 1000 1500 2000 2500
Frequência
CMAI
CMCA
Distribuição de Frequência quanto ao Atendimento no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá - 1999
Distribuição Percentual quanto ao Atendimento no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá - 1999
REVISÃO SUS27%
FUNCIONÁRIO1%ALUNO
1%LIONS CLUB
0%
SUS 71%
SUS
REVISÃO SUS
ALUNO
FUNCIONÁRIO
LIONS CLUB
71
GRÁFICO 15: Distribuição percentual quanto ao atendimento - 2003 Fonte: Elaboração própria
GRÁFICO 16: Distribuição percentual quanto ao atendimento – 2004 Fonte: Elaboração própria
Distribuição Percentual quanto ao Atendimento no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá - 2003
FILANTROPIA20%
SUS 45%
AÇÃO SOCIAL24%
VACINAÇÃO11%
SUS
FILANTROPIA
AÇÃO SOCIAL
VACINAÇÃO
Distribuição Percentual quanto ao Atendimento no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá - 2004
VACINAÇÃO4%
AÇÃO SOCIAL37%
SUS 40%
FILANTROPIA19%
SUS
FILANTROPIA
AÇÃO SOCIAL
VACINAÇÃO
72
GRÁFICO 19: Distribuição de freqüência quanto ao atendimento – 2004 Fonte: Elaboração própria
Distribuição de Frequência quanto ao Atendimento no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá - 2004
3533
2974
427
84
188
169
3131
20
236
242
642
12
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
CMAI
CMCA
DERMATOLOGIA
GASTRO PEDIATRIA
GENÉTICA
GERIATRIA
GINECOLOGIA
INFECTO PEDIATRIA
OFTALMOLOGIA
OTORRINOLORINGOLOGIA
PSIQUIATRIA
REUMATO PEDIATRIA
Frequência
73
GRÁFICO 20: Distribuição de freqüência quanto ao atendimento – 2009 Fonte: Elaboração própria
Distribuiçãode Frequência quanto ao Atendimento no Ambulatório de Ensino Jamil Sabrá - 2009
4938
2984
947
607
315
514
5225
461
683
1257
680
171
417
198
751
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
CM AI
CM CA
DERM ATOLOGIA
GASTRO PEDIATRIA
GENÉTICA
GERIATRIA
GINECOLOGIA
NEURO PEDIATRIA
NUTRIÇÃO
OFTALM OLOGIA
OTORRINOLARINGOLOGIA
REUM ATO PEDIATRIA
SAÚDE DA M ULHER
SERVIÇO SOCIAL
UROLOGIA
Frequência
AUTORIZA
ANEXO 7
RIZAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO
MONOGRAFIA
74
AÇÃO DA
75
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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TRAVASSOS et all, 1999 apud PINHEIROS, R. S. XXIV Simpósio Brasileiro de
Banco de Dados, XXIII Simpósio Brasileiro de Engenharia Software. Um
Ambiente para Apoiar a Pesquisa em Educação em Engenharia de Software no
Brasil. Rio de Janeiro; 1999.
79
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
RESUMO 4
METODOLOGIA 5
LISTA DE SIGLAS 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Planejamento de uma Clínica Ambulatorial de Ensino 10
CAPÍTULO II
Inserção da Clínica Ambulatorial de Ensino na Comunidade 24
CAPÍTULO III
Processo de Ensino e Aprendizagem 41
CONCLUSÃO 50
ANEXOS 51
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 74
ÍNDICE 78
80
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: