Post on 11-Nov-2018
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Bolsa de valores: Ações e tipos de mercado
Por: Dayana Gonçalves dos Santos
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Bolsa de valores: Ações e tipos de mercado
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Empresarial.
Por:. Dayana Gonçalves dos Santos.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me auxiliar a alcançar a mais
um dos meus objetivos. Meu especial agradecimento aos educadores que
direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais Lizete e Milton pela
compreensão e ajuda, a meu irmão
Daniel.
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RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de identificar baseando-se em leituras
bibliográficas demonstrar a abertura de capital por parte das empresas. As
ações constituem em títulos representativos da menor fração do capital social
da empresa. A bolsa de valores é o local onde se negociam os títulos ou
ações, elas são negociadas no pregão ou no balcão.
Esta pesquisa tem como objetivo principal mostrar uma das formas
de uma empresa obter recursos. Cada vez mais, com o crescimento do
mercado de ações, as empresas têm ações através da abertura de capital,
ações estas que serão negociadas na Bolsa de Valores.
Palavras-chave: Underwriting, mercado de ações, Abertura de Capital, Novo
Mercado
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METODOLOGIA
Os métodos empregados nesse trabalho foi a pesquisa bibliográfica,
ou seja, técnicas e estratégias de pesquisas direcionadas ao tema escolhido.
Busca em sites das instituições financeiras, livros, revistas, documentos,
Internet e outras fontes foram consultadas e serviram de base para a
realização da monografia.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO 1 - Mercado de capitais 09
CAPÍTULO 2 - Mercado de ações 11
CAPÍTULO 3 - O que são bolsa de valores 15
CAPÍTULO 4 - O Pregão 21
CAPÍTULO 5 - O Mega Bolsa 29
CAPÍTULO 6 - Mercados 32
CAPÍTULO 7 - Comprar e Vender Ações 36
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43-44
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
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INTRODUÇÃO
Antes de entrar no assunto que é tema desta pesquisa, foi feita uma
abordagem sobre: o sistema financeiro, os tipos de mercados financeiros
existentes, a estrutura do sistema financeiro nacional e algumas de suas
instituições participantes (reguladoras e operadoras). Após discorrer sobre
estes tópicos, serão apresentadas algumas operações realizadas no mercado
de capitais através das bolsas de valores e pelo mercado de balcão
(organizado ou não), suas modalidades, a diferença entre o mercado primário
e secundário e os principais títulos negociados, bem como, uma breve
abordagem histórica sobre a evolução do mercado de capitais no Brasil.
No Brasil, seu desenvolvimento está intrinsecamente ligado ao
desenvolvimento da estrutura financeira do País, que se assentou basicamente
sobre dois tipos de instituições: os bancos comerciais e as Bolsas de Valores.
Antes do século XIX não se encontravam instituições organizadas, mas apenas
indivíduos exercendo as funções de banqueiros ou corretores. O objetivo é
ambientar o leitor ao que será comentado a seguir, desta maneira, acredita-se
ser fácil e rápida a compreensão do texto.
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CAPÍTULO 1
MERCADOS DE CAPITAIS
O Mercado de Capitais, segundo a Cartilha de introdução ao
mercado de capitais da Bovespa (2008), é um sistema pelo qual as empresas
podem captar recursos através da emissão e negociação de títulos
representativos de seu capital e os compradores dos títulos são considerados
sócios dessas empresas.
O mercado de capitais é constituído pelas sociedades corretoras,
bolsas de valores, empresas e instituições financeiras em geral, além dos
investidores (pessoas físicas).
Em relação à abertura de capital por parte das empresas, Pinheiro
(2008, p. 124) compara o lucro operacional da empresa a um bolo a ser
compartilhado, basicamente, entre três agentes: O governo, os sócios da
empresa e os credores.
Se a empresa, por algum motivo, deixar de produzir o bolo, o
governo não terá como tributá-lo e os sócios não receberão seus dividendos.
Porém, os credores têm de ser pagos.
Se a empresa, ao tentar produzir o bolo, optar por captar recursos
externos através de empréstimos, por exemplo. O compromisso assumido
deve ser honrado.
1.1 - O que fazer para abrir o capital de uma empresa:
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Uma empresa decide abrir o capital para obter recursos para fazer
frente aos seus investimentos sem depender de empréstimos bancários, além
disso, ela passa a ter uma gestão mais profissional porque os seus acionistas
irão querer uma remuneração do capital investido seja através da distribuição
dos lucros ou da valorização das ações.
Para abrir o capital, a empresa deverá apresentar a comissão de
valores mobiliários (CVM) uma autarquia vinculada ao ministério da fazenda
que fiscaliza o mercado de ações, um projeto econômico financeiro relativo aos
seus dados financeiros extraídos dos últimos balanços.
Nesse projeto a empresa deverá apresentar um histórico da
empresa, quem são seus acionistas controladores a evolução dos lucros ou
prejuízos, das receitas, das despesas e os graus de endividamento, qual peso
das exportações na receita total e qual o peso das empresas controladoras ou
coligadas na empresa em que deseja abrir o capital, além disso, a S/A terá que
ter o aval de um banco de investimento ou de uma sociedade corretora de
valores nas informações apresentadas, terá também que contratar uma
empresa de auditoria externa credenciada pela (CVM) para auditar seus
procedimentos contábeis.
Toda Empresa aberta terá obrigatoriamente que ter um diretor de
relações com os investidores ou um diretor de relações com o mercado de
capitais que será o responsável pelas informações divulgadas pela empresa no
momento da abertura do capital e durante a sua existência como empresa
aberta.
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CAPÍTULO 2
MERCADOS DE AÇÕES
À medida que a economia se expande mais relevante se apresenta
o sistema de distribuição de valores.
O sucesso dos investimentos produtivos está cada vez mais
dependente da participação dos acionistas, cujos interesses de participação
nos resultados impulsionam o crescimento das empresas.
Segundo Octaviano Bessada
O mercado de ações tem por objetivo aumentar a renda de um investimento, feito por ações de empresas que são vendidas, no ’Balcão’ ou no ‘Pregão’(2002, pag. 95)
As empresas têm diversas alternativas de financiamento, obtidas
principalmente de empréstimos de acionistas. São por meio da participação
dos proprietários que as empresas adquirem melhores condições financeiras
de seus projetos de investimentos, tanto pela captação, como para o caixa.
A função básica do mercado de ações é de promover a riqueza
nacional por meio da participação da poupança de cada agente econômico.
Nesse mercado, os principais ativos negociados são as ações, representativos
do capital das empresas.
2.1 - Ações:
As ações constituem em títulos representativos da menor fração do
capital social da empresa. São valores caracteristicamente negociáveis e
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distribuídos aos subscritores (acionistas) de acordo com a participação
monetária efetivada.
As ações podem ser emitidas sob a forma física de cautelas ou
certificados que comprovam a existência e a posse de certa quantidade de
ações. Elas podem ser emitidas com ou sem valor nominal, de acordo com o
regido no estatuto da companhia. Se for com valor isso significará que todas as
ações têm o mesmo valor, não podendo ser lançada outras ou novas com
valor diferente. De outro modo, se for sem valor, o preço da emissão será
definido pelos sócios fundadores da companhia.
Uma ação não tem prazo de resgate, sendo convertida em dinheiro a
qualquer momento mediante negociação no mercado.
2.2 - Opções sobre ações:
Representam um direito de compra ou venda de ações a um preço
previamente fixado e válido por um determinado período.
As opções são negociadas em bolsas de valores por meio de
pagamento de um prêmio, e o resultado da operação é calculado pela
diferença entre o preço de mercado na compra ou venda e o valor pago pelo
prêmio.
Uma opção de “compra” garante ao titular o direito de adquirir no
futuro um lote de ações a determinado preço, durante certo tempo. Se não for
exercido o direito de compra no prazo estipulado na opção, o contrato caduca
e o comprador (titular) perde o prêmio.
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Uma opção de “venda”, ao contrario, garante a seu titular o direito de
vender um lote de ações a um preço fixado durante certo intervalo de tempo.
2.3 - Tipos de ações:
As ações são classificadas basicamente em três tipos: ordinárias,
preferenciais e fruição ou gozo.
As ordinárias são as que comandam a assembléia de acionistas de
uma empresa, conferindo ao seu titular o direito de voto.
As preferenciais não atribuem o direito de voto, porém, conferem
certas preferências como:
1- Prioridade no recebimento de dividendos, geralmente um
percentual mais elevado que o valor das ações ordinárias;
2- Prioridade no reembolso do capital na hipótese de dissolução da
empresa.
Para os acionistas preferenciais, o lucro é mais importante que o
controle da companhia, priorizando a distribuição dos resultados.
As ações de gozo ou fruição são aquelas atribuídas aos acionistas
cujas ações foram totalmente amortizadas. O seu titular estará sujeito às
mesmas restrições ou desfrutará das mesmas vantagens da ação ordinária ou
preferencial amortizada, salvo se os estatutos ou a assembléia geral que
autorizou a amortização dispuserem em outro sentido.
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2.4 - Valores das ações:
As ações podem ser definidas de acordo com os objetivos da
análise, segue os seguintes valores monetários para as ações:
• Nominal → é o valor atribuído a uma ação, previsto no estatuto
social da companhia. Uma ação pode ser emitida com ou sem valor nominal.
• Patrimonial → é o valor de uma ação que representa a parcela do
capital próprio da sociedade que compete a cada ação emitida. É o valor do
patrimônio liquido / número de ações. Pode servir de referência para os direitos
dos acionistas
• Intrínseco → o valor intrínseco de uma ação equivale ao valor
presente de um fluxo de caixas. Tendo-se como base o estudo das
características particulares de cada empresa e de características
macroeconômicas.
• Valor de mercado → representa o efetivo preço de negociação da
ação.
• Valor de liquidação → é determinado quando há o encerramento
de atividade de uma companhia, indicando quanto compete o resultado da
liquidação para cada ação emitida.
• Subscrição → é o preço definido no lançamento de ações em
operações de abertura de capital de uma empresa.
• Valor Venal → é o valor da cotação da ação nos mercados
organizados, como a Bolsa de Valores.
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CAPÍTULO 3
O QUE SÃO BOLSA DE VALORES
As Bolsas de Valores, na acepção atual, são associações civis, sem
fins lucrativos, que reinvestem seus lucros no desenvolvimento da estrutura do
mercado, através de projetos que venham contribuir para o crescimento e
consolidação do Mercado de Ações. Seu patrimônio é representado por títulos
que pertencem às sociedades corretoras membros. Possuem autonomia
financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas a supervisão da
comissão de valores mobiliários (CVM) e as diretrizes emanadas pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN)1.
As instituições sócias das Bolsas de Valores são as Sociedades
Corretoras de Valores. Atualmente existem no mercado aproximadamente 261
Sociedades Corretoras de Valores.
Se uma pessoa física ou jurídica desejar comprar uma Sociedade
Corretora, o primeiro passo será adquirir um Título Patrimonial de emissão da
Bolsa, ou de uma das sociedades corretoras que esteja disposta a vendê-lo.
A venda do título é feita através de leilão público e o possível
comprador ou os compradores deverão apresentar suas intenções de compra,
a viva-voz, em pregão público, em dia e horário a ser estabelecido pela Bolsa
em um edital veiculado com a devida antecedência em jornal de grande
circulação.
1 O Conselho Monetário Nacional é um órgão normativo, não possuindo funções executivas. Ele é o responsável pela fixação das diretrizes da política monetária creditícia e cambial do País, transformando-se assim num conselho de política econômica.
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3.1- Alguns apontamentos da história das bolsas:
A origem da bolsa é bastante remota, alguns escritores a localizam
nos emporium dos gregos, outros no collegium mercatorum dos romanos ou
nos funduks (bazares) dos palestinos, segundo Francisco Cavalcante ano
2002, pag. 67 do livro Mercado de Capitais.
Não há uma definição clara sobre seu surgimento, sabe-se que na
antiguidade existia com atribuições que não a vinculava especificamente a
valores mobiliários. E mais, o comportamento dos mercados sintetizava o
comportamento comercial que daria vida às bolsas: a negociação a viva voz
superando barreiras geográficas, lingüísticas e ideológicas.
Durante toda a idade média e até o século XVII, as funções das
bolsas se resumiam a compra e venda de moedas, letras de câmbio e metais
preciosos. Os negócios então eram limitados pelas dificuldades de
comunicação, escassez de capitais e ausência de crédito.
A palavra bolsa de valores - em seu sentido comercial e financeiro -
nasceu na cidade de Bruges, na Bélgica. O seu nome viria de Van der Burse,
proprietário da casa onde se reuniam à negócios alguns comerciantes,
segundo Francisco Cavalcante ano 2002, pág. 67 do livro Mercado de Capitais.
A primeira bolsa de caráter internacional foi criada em Amberes em
1531, posteriormente foram criadas as de Londres (1554), Paris (1724) e New
York (1792).
No século XVIII essas instituições alcançaram um grande
desenvolvimento em virtude de exigências de fé pública, que obrigavam os
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banqueiros a fracionar os empréstimos de títulos de participação. Com A
expansão das sociedades por ações, a bolsa assumiu um papel preponderante
na oferta e demanda de capitais.
A partir do século XIX as bolsas restringiram sua atuação aos
mercados de capitais (títulos e valores mobiliários) e à medida que surgiam os
mercados de títulos representativos de mercadorias (commodities) foram
criados locais específicos para sua negociação (bolsas de mercadorias).
No Brasil, seu desenvolvimento está intrinsecamente ligado ao
desenvolvimento da estrutura financeira do país.
A palavra corretor foi mencionado pela primeira vez na Lei nº 317, de
21 de outubro de 1843.
Em 1845 por decreto imperial, foi fundada a Bolsa de Valores do Rio
de Janeiro (BVRJ) que sobreviveria até 1989 ano de sua quebra.
Em 1895 foi fundada a bolsa de fundos públicos de São Paulo.
Em 1934 houve a mudança da bolsa para o Palácio do Café, onde
recebeu o nome de Bolsa Oficial de Valores de São Paulo.
Com as reformas do sistema financeiro nacional e do mercado de
capitais em 1967, houve o surgimento das sociedades corretoras e do
operador de pregão, o que dinamizou este mercado ocorrendo a mudança
passando a ser chamada de bolsa de valores de São Paulo- Bovespa.
Em Maio de 2008 houve a Integração da Bovespa Holding e da
BM&F S/A e a criação da Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros – BM&F
BOVESPA S/A, a terceira maior do mundo em valor de mercado.
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Desde então vem crescendo e se modernizando, sempre em sintonia
com as novas tecnologias e tendências. Até pouco tempo atrás, grande parte
dos negócios ainda era realizada através do pregão viva-voz mas, atualmente,
todos os negócios com ações e opções são realizados através do sistema
Mega Bolsa, implantado em 1997. Em março de 1999, a Bovespa lançou o
sistema Home Broker, que permitia que investidores pudessem comprar e/ou
vender ações e opções em suas casas através da Internet. Esse sistema foi
interligado ao Mega Bolsa e oferecido por uma ampla variedade de corretoras,
cada qual com um serviço distinto. O sucesso do Home Broker no Brasil foi
total e, em pouco tempo, os pequenos investidores passaram a ter uma maior
participação no número e no volume de negócios da Bovespa, tendência que
vem crescendo nos últimos anos.
3.2 - Regulamento das Bolsas:
A administração das Bolsas de Valores cabe ao Conselho de
Administração, ao Superintendente Geral e aos demais Superintendentes,
todos responsáveis por sua gestão.
- O Conselho de Administração é integrado por no mínimo 9 e no
máximo 13 conselheiros, sendo: Representantes de corretoras; 1
representante das companhias Abertas (S/A); 1 representante dos investidores
pessoa física; 1 representante dos investidores institucionais; O
Superintendente Geral, membro nato do Conselho Executivo.
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- As Funções do Conselho de Administração das Bolsas são:
Estabelecer a política geral da Bolsa de Valores e zelar por sua boa execução;
Aprovar o regimento interno e as demais normas operacionais; Eleger seu
Presidente e Vice-Presidente; Escolher e exonerar o Superintendente Geral.
- As Funções do Superintendente Geral são: Dar execução à política
e às determinações do Conselho de Administração, bem como dirigir todos os
trabalhos da Bolsa de Valores, inclusive o sistema de registro, compensação e
liquidação das operações; Praticar todos os atos necessários ao
funcionamento regular da Bolsa de Valores.
3.3 - Comissão de Valores Mobiliários – CVM
A Comissão de Valores Mobiliários é um órgão normativo, voltado
para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores
mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional,
basicamente o mercado de ações e debêntures.
- Sua classificação: Entidade auxiliar (que não emite passivo
próprio); Entidade autárquica; Entidade autônoma; Descentralizada (sem
relação de hierarquia com os órgãos do governo); Vinculada ao Governo.
- Objetivos (o fortalecimento do mercado de ações) está em:
Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; Assegurar o
funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares
que operem neste mercado; Proteger os titulares de valores mobiliários contra
emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de
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valores mobiliários nos mercados primário (quando o emissor do título é o
próprio alienante) e secundário (quando o título está sendo vendido por
terceiros) de ações; Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a
negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.
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CAPÍTULO 4
O PREGÃO
Local mantido pelas Bolsas para a realização de negócios de compra
e venda de títulos, principalmente ações em mercado livre e aberto.
O Pregão é o principal recinto de uma Bolsa de Valores, é onde se
dá todo o seu processo operacional. Apesar de realizar-se dentro de uma sala
de dimensão normal, o pregão é um mercado onde se efetuam milhares de
negócios em um só dia, de forma segura, ágil e livre.
No pregão encontram-se os fluxos de oferta e procura do mercado
de ações. Milhares de pessoas que desejam comprar e vender ações estão aí
representadas pelos operadores de Bolsas (os próprios corretores ou seus
prepostos). De certa forma, é como se toda essa gente estivesse ali presente,
anunciando, cada um, a viva voz, os seus desejos de comprar e vender ações
de companhias.
A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar um
ambiente transparente e líquido, adequado à realização de negócios com
valores mobiliários. Todos devem ter conhecimento, ao mesmo tempo, dos
fatores importantes que possam afetar o preço atual ou futuro do objeto das
transações. Somente através das corretoras, os investidores têm acesso aos
sistemas de negociação para efetuarem suas transações de compra e venda
dessesvalores.
Após o recente processo de desmutualização das bolsas de valores
no Brasil, o direito de transacionar valores mobiliários em uma bolsa foi
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desvinculado da propriedade de ações. Anteriormente, apenas as corretoras
proprietárias de títulos patrimoniais podiam negociar em Bolsa.
O sistema de informações instantâneas do pregão tem por objetivo
exatamente trazer eqüidade no que se refere ao conhecimento das condições
gerais do mercado e dos papéis negociados.
A Bolsa só alcança seus fins quando quem compra sabe o que está
comprando e quem vende sabe exatamente o que está vendendo. E o negócio
só se realiza no momento em que o vendedor obtém o maior preço e o
comprador o menor preço possível.
O sistema de informações liga, através de teleprocessamento, o
pregão de uma Bolsa aos pregões das demais Bolsas do País, às sociedades
corretoras dos diversos Estados, a bancos de investimento e investidores
individuais.
O pregão funciona diária e ininterruptamente em horário pré-
estabelecido pelas Bolsas. Também é possível a realização de operações
eletrônicas, através da MEGA BOLSA. Esse sistema é negociado no Mercado
à Vista, é simultâneo e interfere com o pregão de viva-voz.
Em toda a volta do Pregão, estão distribuídas as cabines das
Sociedades Corretoras, com telefones, através dos quais, os Auxiliares de
Operador recebem as ordens de Compra ou Venda de ações diretamente da
mesa de operações de suas Corretoras. Após o recebimento da ordem ela é
entregue ao operador de sua corretora, para ser executada.
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O Pregão é subdividido em setores, que agrupam empresas que
atuam no mesmo ramo de atividade, ou semelhantes, e que são conhecidos
como Postos de Negociação, tais como: Bens de Consumo; Comércio;
Finanças; Mineração; Petróleo; Química e Petroquímica; Serviços; Siderurgia e
Metalurgia; Geral; Opções e Fração.
Em cada posto de negociação encontram-se discriminadas as
empresas que pertencem aquele setor, e onde somente são permitidos o
registro de negócios realizados entre operadores que tenham negociado ações
daquelas empresas constantes no posto de negociação.
O operador, pelo Regulamento de Operações da Bolsa, é obrigado a
apregoar (falar em voz alta), no Posto de Negociação, a sua intenção de
Comprar ou Vender, especificando a Ação, o Preço, a Quantidade, e o
Mercado que deseja operar.2
Exemplo: Se o cliente der uma ordem para comprar ou vender ações de
Bancos o auxiliar de operador repassa a ordem para o operador que tem que
dirigir-se ao posto de Bancos. Se a ordem é para comprar ou vender ações de
Siderurgia ele tem que dirigir-se ao posto de Siderurgia e assim
sucessivamente.
Após o fechamento do negócio, o operador vendedor registra no seu
terminal, as condições e especificações da operação, que será acompanhado
pelo operador comprador e ficará registrado no computador da Bolsa de
Valores
2 O mercado pode ser à Vista, Termo, Futuro ou Opções.
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4.1 - A Negociação no Pregão:
O Pregão pode ser organizado segundo os sistemas de negociações
existentes.
• Call System;
• Trading post ou pregão contínuo;
• Pregões eletrônicos.
Na Bolsa de Valores de São Paulo somente os auxiliares de pregão,
facultativamente, usam jalecos amarelos. Os demais operadores não usam
jalecos.
A Sua função básica consiste em receber ordens de compra e venda
de ações da Corretora através de telefones conectados diretamente com a
mesa de operações. Dar total apoio ao seu Operador no Recinto de
Negociações, atender ligações telefônicas, conferir preço e quantidade. Não
está habilitado a operar, nem a apregoar negócios de compra e venda de
ações em nenhum dos mercados existentes.
4.1.1 Call System
Operadores ficam em volta de balcão circular (corbéille), onde
anunciam de viva voz suas ofertas de compra e venda.
O diretor do pregão delimita intervalo de tempo para a negociação de
cada título.
Esgotado o tempo o mesmo título só pode ser transacionado no
final, em nova rodada, ou no dia seguinte.
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Este sistema é inadequado para bolsas que operam grandes
volumes. O sistema pode acarretar enganos devido à precipitação no
fechamento, nas bolsas de menor porte, o call system é usado com sucesso.
4.1.2 Trading Post
Negócios são realizados durante todo o período do pregão. Títulos
são agrupados em postos de negociações, segundo ramos afins de atividades
econômicas, e homogeneidade quanto aos volumes de transação.
O sistema é consagrado nas maiores Bolsas do País e estrangeiras,
e permite efetuar grandes volumes de negócios.
Nos Processos de Negociação os negócios são realizados segundo
quatro processos:
• Comum;
• Direta;
• Por leilão
• Por oferta
- Negociação Comum
Realiza-se entre dois representantes. Apregoação de viva voz,
mencionando-se o título, suas características, a quantidade e o preço unitário.
Havendo interesse por parte de um dos demais operadores, a
transação é concluída mediante a declaração da palavra “fechado”.
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Depois de preenchida a boleta (contrato simplificado de
compra/venda) pelo vendedor que colhe a assinatura do comprador e o
entrega para registro, no posto de negociação.
- Negociação direta
O mesmo operador é, simultaneamente, comprador e vendedor:
comprador para um dos clientes de sua corretora e vendedor para outro.
Negócio Direto: Corretora XX compra e vende XXX ações de XXXX por XXX.
Alguém paga mais?
Alguém vende por menos?
Aguarda tempo suficiente para que outros operadores se estiverem
dispostos, paguem mais ou vendam por menos, quer da quantidade
anunciada, quer de parcelas. Se houver melhor oferta, para compra ou para
venda, o negócio será fechado com o outro operador interveniente, a menos
que seja contraposto um novo preço pelo primeiro.
Se houver melhores ofertas de compra e de venda, o negócio será
fechado com o outro operador interveniente, a menos que seja contraposto um
novo preço pelo primeiro operador.
Se houver melhores propostas de compra e de venda, a venda será
feita para quem oferecer maior preço e a compra de quem propôs menos
preço.
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Direta ou não, qualquer operação só será fechada pelo melhor
preço, tanto de compra quanto de venda.
- Negociação por Leilão
Semelhante à negociação direta. Ao ocorrer apregoação de compra
e venda de grande quantidade representante da Bolsa interfere colocando em
leilão. Concedido, o representante diz:
Vou por em leilão:
Operação de xxx ações de xxx a xxx.
Alguém paga mais?
Segue-se procedimento semelhante ao do negócio direto.
- Negociação por oferta
Realizada entre dois operadores, sendo um deles representado pelo
posto de negociação que recebeu sua oferta.
Um operador pode simplesmente registrar num posto sua oferta de
compra ou venda de uma ação qualquer, que ela será fechada, mesmo sem
sua presença, desde que haja algum interessado. Se for possível, as ofertas
são fechadas entre si, isto é, se há uma oferta de compra que feche com uma
de venda, a operação será executada pelo funcionário da Bolsa que
representa, no caso, o comprador e o vendedor.
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No caso de estar presente um dos interessados, este fechará o
negócio com o funcionário da Bolsa que representa a parte ausente. Se houver
uma oferta registrada, nenhuma negociação com aquele papel poderá ocorrer
em condições iguais de preço para o mesmo lote de ações ou parte poderá
dele (a oferta tem prioridade). É claro que também não poderão ser fechados
outros negócios com o mesmo papel por um preço mais alto se for de venda.
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CAPÍTULO 5
O MEGA BOLSA
MEGA BOLSA é o novo sistema de negociação da Bolsa de Valores
de São Paulo.
O MEGA BOLSA gerencia as negociações realizadas pelas
intermediárias atuantes na BOVESPA, no Pregão Viva Voz e através dos
terminais remotos. Ele foi preparado para atender ao crescimento do mercado
acionário brasileiro, e às exigências da globalização.
5.1- Um Novo Sistema para um Novo Contexto:
O aumento do volume e número de negócios diários, fez com que a
Bovespa decidisse, em 1996, buscar uma nova solução para o controle das
operações. As exigências advindas do processo de globalização e
interconexão dos mercados mundiais exerceram importante influência nesta
decisão.
Neste processo, contando com consultoria internacional, definiu
alguns princípios que nortearam o projeto:
• Capacidade de processamento de um grande número de operações;
• Acompanhamento das tendências mundiais em termos de padrões e
facilidades às Sociedades Corretoras e clientes;
• Um único sistema para controle de operações da Sala de
Negociações e através de terminais;
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• Agilidade na criação de novos mercados ou definição de grupos de
ações com mesmas regras de mercado;
• Facilidades na integração da solução Bovespa com outras
ferramentas do mercado (planilhas, tabelas, analisadores de
mercado);
• Processo aberto que permita a futura interconexão entre mercados;
• Facilidades ao mercado para criação de processos automatizados de
colocação de ordens, mas contando com filtros e controladores
definidos pela Bovespa;
• Controles, segurança e criptografia nas mensagens entre a Bovespa
e o mercado;
• Utilização de computadores imunes a falhas (non-stop) e
estabelecimento de configurações de contingência, para não
paralisação do mercado por problemas de equipamentos.
Com base nesses princípios, após extensa pesquisa e análise das
alternativas, a Bovespa escolheu a solução da SBF - PARIS BOURSE, que
atende a todos os princípios anteriormente definidos.
5.2- Principais Características do MEGA BOLSA:
Um único sistema (o MEGA BOLSA) controla as negociações Viva
Voz e por terminais em equipamentos Tandem instalados na Bovespa, nos
quais é processado o sistema central de controle de negociação.
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Esses equipamentos são utilizados pelas maiores bolsas do mundo,
sendo responsáveis pelo controle de cerca de 60% do volume mundial
negociado.
São constituídos por processadores paralelos e duplicados, havendo
todo um esquema automatizado de continuidade de processamento em caso
de falha de parte do equipamento. Além disso, a Bovespa conta com outro
equipamento similar que poderá ser utilizado em condições de emergência.
Esses equipamentos Tandem são conectados a servidores Risc
instalados nas Sociedades Corretoras ou na Bovespa, que controlam o fluxo
das ordens e informações das cotações, nas ligações com as estações de
trabalho.
Conectados a esses servidores Risc, computadores PC usam o
software GLWIN que permite a introdução de ofertas, acompanhamento de
cotações e notícias, com o uso de várias características como o
estabelecimento de alertas, agilização dos trabalhos dos operadores, trabalhos
com cestas de ações, gráficos, acesso a cotações da semana, etc.
Para os Vendors, é disponibilizado um novo sinal de cotações,
baseado em novo protocolo de comunicações (TCP/IP) que garante a
recepção das informações, assim como uma nova estrutura de mensagens,
permitindo inclusive processos de recuperação por perda de conexão.
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CAPÍTULO 6
MERCADOS 6.1- Mercado à Vista:
Onde a liquidação física (entrega de títulos vendidos) se processa no
2° dia útil após a realização do negócio em bolsa. Por outro lado, a liquidação
financeira (pagamento e recebimento do valor da operação) se dá no 3° dia útil
posterior à negociação, e somente mediante a efetiva liquidação física.
A compra e a venda podem ser realizadas no pregão.
6.2- Mercado a Termo:
Operações com prazos de liquidação diferidos, em geral de trinta,
sessenta ou noventa dias. Para aplicações no mercado a termo são
requeridos, além do registro junto à BOVESPA, um limite mínimo para a
transação e depósito de valores - tanto pelo vendedor como pelo comprador -,
utilizados como margem de garantia da operação.
O contrato a termo pode, ainda, ser liquidado antes de seu
vencimento.
O mercado a Termo é a operação em que o comprador e o vendedor
formalizam um contrato de compra e venda de um ativo financeiro para
liquidação futura com preço e prazo pré-determinados no presente.
O objetivo de quem opera no Mercado a Termo é o de assegurar um
preço satisfatório tanto para a compra como para a venda do ativo.
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No caso de compra a Termo, o investidor acredita que os ativos que
ele deseja adquirir estão com o preço subavaliado (baixos) no Mercado à Vista.
O mesmo raciocínio pode ocorrer para quem vende os ativos a
Termo. O investidor acredita que o preço da venda a Termo está superavaliado
(caro) em relação ao preço do Mercado à Vista.
As operações a Termo são contratadas por prazos determinados,
entre comprador e vendedor, para liquidação futura e a um preço fixo.
Todas as ações aceitas para negociação em Bolsa podem ser objeto
de um contrato a Termo.
6.3- Mercado Futuro de Ações:
No mercado futuro, o investidor pode comprar ou vender ativos
financeiros para entrega futura, numa data de vencimento pré-determinada. Há
vencimentos em aberto para todos os meses. Os vencimentos serão sempre
nas terceiras segundas-feiras de cada mês.
Para entrar numa posição a futuro, o investidor não paga nada. Ele
apenas deverá fazer um depósito de margem e diariamente, de acordo com a
flutuação das cotações, pagar ou receber ajustes diários, que nada mais são
que uma antecipação do seu resultado. O valor reduzido da margem permite
ao investidor assumir posições com um desembolso inicial menor, suficiente
para cobrir os seus riscos.
Durante a vigência do contrato, o investidor pode aumentar ou
diminuir sua posição, negociando contratos no mercado, independentemente
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da contraparte inicial. Ele assim fica livre para ajustar sua posição ou estratégia
em decorrência da evolução das condições do mercado.
No vencimento, as posições em aberto remanescentes devem ser
liquidadas por entrega, isto é, são liquidadas mediante a transferência de
ações do vendedor para o comprador e de dinheiro do comprador para o
vendedor, pelo último preço de ajuste do mercado.
Em uma operação a Futuro, o investidor pode assumir uma posição
compradora, de um contrato a Futuro, ou uma posição vendedora de um
contrato a Futuro, da ação de uma empresa “x” podendo assumir a posição de
vendedor coberto ou vendedor descoberto.
Caso o investidor comprador a Futuro deseje sair de sua posição
compradora, basta ele realizar uma operação de venda a Futuro da mesma
ação para a mesma data (operação inversa), zerando sua posição e apurando
Lucro ou Prejuízo na operação.
O mesmo ocorre com o vendedor a Futuro, que para sair de sua
posição vendedora descoberta, tem que realizar uma operação de compra a
Futuro, da mesma ação, para a mesma data (operação inversa), zerando sua
posição e apurando Lucro ou Prejuízo na operação.
O vendedor coberto pode adotar o mesmo procedimento ou liquidar
a operação na data do vencimento.
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6.4- Mercado de Opções:
É o mercado onde não se negociam ações e sim direitos sobre elas.
São direitos de uma parte comprar ou vender a outra, até determinada data,
uma quantidade de ações a um preço pré-estabelecido. Neste mercado podem
ser negociadas Opções de Compra e Opções de Venda de Ações.
36
CAPÍTULO 7
COMPRAR E VENDER AÇÕES
A compra ou venda de uma determinada quantidade de ações, a um
preço estabelecido no pregão é uma operação a vista. Tem-se, então, o título-
objeto que reúne todas as ações de emissão de empresas admitidas à
negociação na Bovespa.
Os preços são formados em pregão, pela dinâmica das forças de
oferta e demanda de cada papel, o que torna a cotação praticada um indicador
confiável do valor que o mercado atribui às diferentes ações.
A realização de negócios no mercado à vista requer a intermediação
de uma sociedade corretora que está credenciada a executar, em pregão, a
ordem de compra ou venda de seu cliente, através de um de seus operadores.
É possível acompanhar o andamento das operações à vista, durante todo o
pregão, através da rede de terminais da Bovespa entre outros serviços de
informações.
Na Bovespa existem duas formas alternativas de negociação com ações:
Viva voz – Os representantes das corretoras apregoam suas ofertas
de viva voz, especificando o nome da empresa, o tipo da ação e a quantidade
e preço de compra ou de venda. No pregão de Viva Voz, são negociada
apenas as ações de maior liquidez.
Sistema Eletrônico de negociação – É um sistema que permite às
sociedades corretoras cumprir as ordens de clientes diretamente de seus
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escritórios. Pelo Sistema Eletrônico de negociação, a oferta de compra ou
venda é feita através de terminais de computador.
Horário de Negociação
Viva Voz - das 10h às 13h e das 14h às 17h
Eletrônico - das 10h às 17h (ininterruptamente)
Tipos de Ordem de Compra ou Vende:
Ordem a Mercado - O investidor especifica somente a quantidade e
as características dos valores mobiliários ou direitos que deseja comprar ou
vender. A corretora deverá executar a ordem a partir do momento que recebê-
la.
Ordem Administrada - O investidor especifica somente a
quantidade e as características dos valores mobiliários ou direitos que deseja
comprar ou vender. A execução da ordem ficará a critério da corretora.
Ordem Discricionária - Pessoa física ou jurídica que administra
carteira de títulos e valores mobiliários ou um representante de mais de um
cliente estabelecem as condições de execução da ordem. Após executada, o
ordenante irá indicar:
- O nome do investidor (ou investidores);
- A quantidade de títulos e/ou valores mobiliários a ser atribuída a cada um
deles;
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- Preço.
Ordem Limitada - A operação será executada por um preço igual ou
melhor que o indicado pelo investidor.
Ordem Casada - O investidor define a ordem de venda de um valor
mobiliário ou direito de compra de outro, escolhendo qual operação deseja ver
executada em primeiro lugar. Os negócios somente serão efetivados se
executadas as duas ordens.
Ordem de Financiamento - o investidor determina uma ordem de
compra ou venda de um valor mobiliário ou direito em determinado mercado e,
simultaneamente, a venda ou compra do mesmo valor mobiliário ou direito no
mesmo ou em outro mercado, com prazo de vencimento distinto.
Ordem On-Stop- O investidor determina o preço mínimo pelo qual a
ordem deve ser executada.
- Ordem on-stop de compra - Será executada quando, em uma alta de
preços, ocorrer um negócio a preço igual ou maior que o preço determinado;
- Ordem on-stop de venda - Será executada quando, em uma baixa de
preços, ocorrer um negócio a um preço igual ou menor que o preço
determinado.
7.1- Liquidação:
Processo de transferência da propriedade dos títulos e do
pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido. Abrange duas
etapas:
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1º) Disponibilização dos títulos: Implica a entrega dos títulos à
BOVESPA, pela sociedade corretora intermediária do vendedor. Ocorre no
segundo dia útil (D2) após a realização do negócio em pregão (D0). As ações
ficam disponíveis ao comprador após a liquidação financeira;
2º) Liquidação financeira : Compreende o pagamento do valor total
da operação pelo comprador, o respectivo recebimento pelo vendedor e a
efetivação da transferência das ações para o comprador. Ocorre no terceiro dia
útil (D3) após a realização do negócio em pregão.
7.2 - Direitos e Proventos:
As empresas propiciam benefícios a seus acionistas, sob a forma de
proventos (dividendos, bonificações) ou de direito de preferência na aquisição
de ações (subscrição).
Dividendo - Valor, representativo de parte dos lucros da empresa, distribuído
aos acionistas, em dinheiro, por ação possuída. Por lei, no mínimo 25% do
lucro líquido do exercício devem ser distribuídos entre os acionistas.
Bonificação - Ação nova, proveniente de aumento de capital por incorporação
de reservas, que é distribuída, gratuitamente, aos acionistas, na proporção das
originalmente possuídas. Eventualmente, a empresa pode optar por distribuir
essas reservas, ou parte delas, em dinheiro, gerando o que se denomina
bonificação em dinheiro.
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Direito de Subscrição - Preferência de que goza o acionista para adquirir
ações novas - lançadas para venda pela empresa, com a finalidade de obter
recursos para elevar seu capital social -, na quantidade proporcional às já
possuídas. O acionista poderá transferir o direito de subscrição a terceiros,
através de venda desse direito em pregão.
7.3 - Ações "Com" e Ações “Ex”:
Ações "Com" (cheias) - são ações que conferem a seu titular o direito aos
proventos distribuídos pelas empresas.
Ações "Ex" (vazias) - são ações cujo direito ao provento já foi exercido pelo
acionista. Somente podem ser negociadas, em pregão de bolsa, as ações que
não possuam proventos anteriores a receber Assim, quando a assembléia de
uma empresa aprova a distribuição de um provento, as ações passam a ser
negociadas "ex".
7.4 - Custos de Transação:
Sobre as operações realizadas no mercado a vista incide a taxa de
corretagem pela intermediação - calculada por faixas sobre o movimento
financeiro total (compras mais vendas) das ordens realizadas em nome do
investidor, por uma mesma corretora e em um mesmo pregão - emolumentos e
o Aviso de Negociações com Ações - ANA, cobradas por pregão em que
tenham ocorrido negócios por ordem do investidor, independentemente do
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número de transações em seu nome (esse aviso, no momento, está isento de
custo por tempo indeterminado).
7.5 - Tributação:
O ganho líquido obtido pelo investidor no mercado a vista é tributado
à alíquota de 10% de imposto de renda, como ganho de renda variável. O
ganho de Renda Variável é calculado da seguinte forma: preço de venda
menos preço de compra menos custos de transação (corretagem taxa ANA e
emolumentos).
Pode também ser compensado prejuízo obtido em outros mercados
(ex.: opções) no mesmo período, exceto operações iniciadas e encerradas no
mesmo dia (day-trade) que somente poderão ser compensados com ganhos
em operações da mesma espécie (day-trade).
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CONCLUSÃO
O mercado de ações em todos os aspectos comentados anteriormente
mostra uma gama muito grande de formas e “modus operandi” , de forma que
o envolvimento do cidadão comum, ou ainda, investidor quando iniciante deve
ser feito com cautela, procurando acercar-se de parceiros de confiança para
evitar fracassos.
Segundo os “experts” deste mundo repleto de números, siglas,
indicadores e uma “sopa de letrinhas” bastante recheada, as aplicações em
bolsa de valores são indicadas para investidores com maior volume de capital
a aplicar e que não espere retorno a curto prazo.
Toda a rede de bolsa de valores e instituições financeiras (bancos,
companhias de investimento e de seguro) que opera com a compra e venda de
papéis (ações, títulos de dívida em geral) a longo prazo, tem a função de
canalizar as poupanças da sociedade para o comércio, a indústria e outras
atividades econômicas e para o próprio governo.
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BESSADA, Octaviano. O mercado de Derivativos Financeiros. Rio
de Janeiro: Record, 2000.
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 6 ed. São Paulo:
Atlas, 2005.
PINHEIRO, JULIANO LIMA. Mercado de Capitais: Fundamentos e
técnicas. 4 ed. 2 reimpr. São Paulo: Atlas, 2008. 354 p.
SANVICENTE, Antonio; MELLAGI, Armando: Mercado de capitais e
estratégias de investimento, Atlas, 1987;
INTERNET, sites da BVRJ, BOVESPA e Corretora Bradesco;
Apostila Bovespa
Apostila BM&F.
GAZETA MERCANTIL, 25/02/97, p. C-6, Empresas & Negócios
HOFFMANN, Rodolfo. Estatística para economistas. 2. ed., São
Paulo : Pioneira,1991.
MELLAGI FILHO, Armando. Mercado financeiro e de capitais : uma
introdução.2. ed., São Paulo : Atlas, 1995.
SANVICENTE, Antonio Zoratto & MELLAGI FILHO, Armando.
Mercado de capitais e estratégias de investimento. São Paulo : Atlas, 1992.
TONG, John Yeh Chang. A bolsa é a bossa. 5 ed. Rio de Janeiro :
APEC, 1971.
44
STEVENSON, William J. Estatística aplicada à administração.
Tradução por Alfredo Alves de Farias. São Paulo : Harbra, 1981.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
MERCADOS DE CAPITAIS 09
1.1 - O que fazer para abrir o capital de uma empresa 10
CAPÍTULO II
MERCADOS DE AÇÕES 11
2.1 - Ações 11
2.2 - Opções sobre ações 12
2.3 - Tipos de ações 13
2.4 - Valores das ações 14
CAPÍTULO III
O QUE SÃO BOLSA DE VALORES 15
3.1 - Alguns apontamentos da história das bolsas 16
3.2 - Regulamento das Bolsas 18
3.3 - Comissão de Valores Mobiliários – CVM 19
CAPÍTULO IV
O PREGÃO 21
4.1 - A Negociação no Pregão 24
4.1.1- Call System 24
4.1.2- Trading Post 25
CAPÍTULO V
O MEGA BOLSA 29
46
5.1- Um Novo Sistema para um Novo Contexto 29
5.2- Principais Características do MEGA BOLSA 30
CAPÍTULO VI
MERCADOS 32
6.1- Mercado à Vista 32
6.2- Mercado a Termo 32
6.3- Mercado Futuro de Ações 33
6.4- Mercado de Opções 35
CAPÍTULO VII
COMPRAR E VENDER AÇÕES 36
7.1- Liquidação 38
7.2 - Direitos e Proventos 39
7.3 - Ações "Com" e Ações “Ex 40
7.4 - Custos de Transação 40
7.5 – Tributação 41
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43-44
ÍNDICE 45
47
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes pós-graduação “lato
sensu” faculdade integrada AVM.
Título da Monografia: Bolsa de valores: Ações e tipos de mercado
Autor: Dayana Gonçalves dos Santos
Data da entrega: 02 – 04 - 2011
Avaliado por: Jorge Vieira Conceito: