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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Finanças Pessoais
Planejando e Controlando as Finanças e Investimentos
Pessoais de Forma Eficiente
Por: Rafael Cardoso Franco da Rocha
Orientador
Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Finanças Pessoais
Planejando e Controlando as Finanças e Investimentos
Pessoais de Forma Eficiente
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Auditoria e
Controladoria.
Por: Rafael Cardoso Franco da Rocha.
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, pela constante
presença, amor e total apoio e
dedicação.
A minha namorada pela força,
confiança e companheirismo.
A todos os professores pelos
ensinamentos passados, em especial à
Professora Luciana Madeira.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais,
Eduardo e Lourdes; minha namorada,
Beatriz, e irmão, Leonardo; pelo apoio
em todos os sentidos, incentivando e
estando mais que presentes nesta
etapa.
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RESUMO
Este trabalho apresenta os benefícios e vantagens da educação e
planejamento financeiros eficientes para as finanças pessoais. Neste são
demonstrados conceitos teóricos e técnicas para elaboração e
acompanhamento do orçamento pessoal, possibilitando o entendimento e o
controle efetivo do orçamento doméstico, bem como apresenta alternativas de
investimentos para multiplicação do dinheiro.
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METODOLOGIA
Os métodos utilizados para confecção deste trabalho foram pesquisas
sobre finanças pessoais dos brasileiros, onde serão abordados:
• Alfabetização financeira;
• Onde o dinheiro está sendo gasto;
• Fluxo de caixa;
• Metas de Gastos;
• Metas de Investimento;
• Formas de Investimento.
Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas delimitando-se o
prazo de 15 anos de publicação, se utilizado referencias bibliográficas em
livros, artigos, revistas especializadas no assunto, visita em sites da internet
que exploram o tema e ajudaram no detalhamento e enriquecimento dos dados
apresentados.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Alfabetização Financeira 10
CAPÍTULO II - Perfil Financeiro 17
CAPÍTULO III – Planejamento Financeiro 22
CAPÍTULO IV – Investimentos 34
CAPÍTULO V – Estudo de Caso 41
CONCLUSÃO 50
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 52
ÍNDICE 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 58
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INTRODUÇÃO
Finanças Pessoais é um tema de interesse de todos e essencial para
estudar os processos socioeconômicos das famílias em qualquer parte do
mundo.
O objetivo deste estudo é demonstrar a necessidade de controlar
efetivamente as finanças, sabendo distinguir as necessidades dos desejos.
Este trabalho apresentará vantagens e benefícios de como a aplicação
de um planejamento financeiro eficiente proporcionará a redução e controle das
despesas e resultará em sobra de recursos, possibilitando assim a realização
de investimentos.
Segundo (EWALD, 2004), o controle do orçamento familiar e pessoal
deve ser feito da seguinte forma: colocar lado a lado “O que você ganha e o
quanto você gasta para ver no fim o que sobra”. E ele ainda completa dizendo
que um controle financeiro semanal através de anotações pode dar muitos e
bons resultados em termos de economia.
Através desta monografia será demonstrado em 5 capítulos formas de
como planejar e controlar as finanças e investimentos pessoais de forma
eficiente:
ü Capítulo I - Alfabetização Financeira
Falta de conhecimento das pessoas em relação as finanças devido a
ausência de informações sobre este assunto durante a vida escolar.
Explanação do que é ativo e passivo segundo o livro Pai Rico Pai Pobre, bem
como conceitos de juros e inflação.
ü Capítulo II - Perfil Financeiro
Definição do perfil pessoal e da junção de perfis de casais, conforme
classifica o consultor financeiro Gustavo Cerbasi em seu livro Casais
Inteligentes Enriquecem Juntos.
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ü Capítulo III - Planejamento Financeiro
Processo fundamental para o controle das receitas, despesas e
investimentos
ü Capítulo IV – Investimentos
Apresentação de diversas formas de investimentos como: Renda Fixa,
Previdência Privada, Fundo de Investimentos, Ação, Derivativos e Imóveis.
ü Capítulo V - Estudo de Caso
Demonstração de casos que ilustram de forma prática a teoria da
importância do controle das finanças pessoais.
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CAPÍTULO I
ALFABETIZAÇÃO FINANCEIRA
A vida normal de um ser humano consiste em nascer, ir para a escola,
aprender uma profissão, trabalhar a vida inteira, se aposentar e morrer.
“No conceito do pobre, a aposentadoria consiste em simplesmente parar
de trabalhar, enquanto, no conceito do rico, a aposentadoria significa
poder viver sem precisar trabalhar. Sendo que para isso acontecer, é
necessário criar alicerces sólidos e fortes que sustentarão e
possibilitarão qualidade de vida na aposentadoria” (KYOSAKI, 2000).
Para obter condições de uma boa aposentadoria, o principal não é o
dinheiro e sim a alfabetização ou educação financeiras, pois através destas
será possível entender como em tempos de crise é possível obter grandes
ganhos, mas para isso é necessário possuir inteligência e flexibilidade no
assunto.
Não importa quanto dinheiro você ganha, e sim, quanto você conserva.
Existem pessoas que ganharam fortunas em prêmios de Loteria, mas
encontram-se paupérrimas. Estas pessoas não souberam conservar o
patrimônio, porque não entendiam sobre finanças.
Isto acontece porque as pessoas saem das escolas sem entender e
conhecer sobre finanças, pois não existem no programa e nem no calendário
escolar, informações sobre alfabetização financeira que é de suma importância
para a vida do indivíduo.
Segundo o especialista em educação financeira, o Sr. Álvaro Modernell,
“a relação do ser humano com as finanças está associada às experiências
vividas durante a infância, sendo muito importante a inclusão do assunto em
discussões em salas de aula”.
Com a ausência do aprendizado financeiro, o indivíduo pode possuir
altos ganhos, mas não consegue progredir, pois tem altas despesas e
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normalmente não sabe como está sendo gasto o dinheiro, devido à falta de
conhecimento e controle de suas finanças.
Adicionalmente, para o indivíduo conseguir sua independência financeira
e entender mais sobre finanças, é primordial, de acordo com o livro Pai Rico
Pai Pobre, a utilização da regra número um.
“Regra número 1, única e fundamental: você tem que conhecer a
diferença entre um ativo e um passivo e comprar ativos. E só existe essa
regra. Ela parece simples, mas é muito difícil de ser aplicada. As
pessoas ricas adquirem ativos. Os pobres e a classe média adquirem
obrigações pensando que são ativos (carro, a casa dos sonhos,
apartamento na praia, tudo desnecessário e que tiram dinheiro).
A definição dos ricos para ativo e passivo não é a mesma que os
contadores utilizam. Na verdade, a definição que importa e pouca gente
conhece ou aceita, ativo é tudo o que gera renda e passivo é tudo que
gera despesa”. (KYOSAKI, 2000).
O controle e o entendimento sobre economia são muito importantes para
a educação e alfabetização financeira. Informações sobre inflação e conceito
de juros são de suma importância, pois não adianta o indivíduo poupar e
adquirir uma remuneração (juros) menor que a inflação, pois com isso, o
indivíduo estará perdendo dinheiro, porque seu dinheiro estará desvalorizado
devido à inflação. Com isso, serão demonstrados os conceitos desses dois
assuntos a seguir:
1.1 – CONCEITO DE JUROS
A disponibilidade de recursos financeiros significa a possibilidade de
consumo, de uma pessoa ou de sua utilização em atividades produtivas, se for
uma empresa. O agente econômico estará disposto a ceder o seu capital a um
terceiro, se julgar compensatória a remuneração que receberá pelo adiamento
que será obrigado a realizar em seu ato de consumo ou no emprego dos
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recursos na esfera produtiva. Essa remuneração ou os juros são o pagamento
pela cessão dos recursos financeiros por um determinado período de tempo
previamente acordado, constituindo o elemento fundamental para transposição
dos valores no tempo. O valor dos juros é expresso em moeda.
Segundo artigo do professor Anderson Dias Gonçalves extraído do site
www.geocities.ws/kalculando/Arquivos/apostila_HP_12C.pdf: “pode-se
definir juros como sendo a remuneração do capital, a qualquer título.
Dessa forma, são válidas as seguintes expressões como conceitos de
juros:
a) remuneração do capital empregado em atividades produtivas;
b) custo do capital de terceiros;
c) remuneração paga pelas instituições financeiras sobre o capital nelas
aplicado”.
Taxa de Juros é a razão entre o valor dos juros recebidos ou pagos em
uma operação financeira realizada em um período determinado de tempo e o
Principal ou Capital Inicial. Quando expressa em termos percentuais é,
usualmente, representada por i. Quando expressa na forma unitária é,
frequentemente, representada por r. No mercado, a taxa de juros é
apresentada por meio de uma taxa percentual, que sempre se refere a uma
unidade de tempo (ano, semestre, trimestre, mês, dia).
No regime de juros simples, os juros de cada período são sempre
calculados em função do capital inicial (principal) aplicado. Os juros do período
não são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos
seguintes. Os juros não são capitalizados e, conseqüentemente, não rendem
juros. Assim, apenas o principal é que rende juros. O prazo n e a taxa r devem
estar na mesma unidade de tempo.
Enquanto no regime de juros compostos, os juros de cada período são
somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes.
Segundo (Albert Einstein) “Os juros compostos são a oitava maravilha do
mundo moderno”. Os juros são capitalizados e, consequentemente, rendem
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juros. Assim, os juros de cada período são calculados sobre o saldo existente
no início do respectivo período e não apenas sobre o capital inicial aplicado
(como o que ocorre no regime de juros simples).
1.2 – INFLAÇÃO
Segundo o site www.renascebrasil.com.br/f_inflacao2.htm, “inflação é o
aumento persistente dos preços e envolve toda a economia de um país. Isso,
consequentemente, resulta numa contínua perda do poder aquisitivo da moeda
local”.
Em sua forma mais extrema (chamada hiperinflação), os preços
aumentam tanto que as pessoas procuram não reter dinheiro consigo, nem
mesmo por poucos dias, dada a rapidez com que o dinheiro diminui o seu
poder de compra. O caso mais grave, de hiperinflação, ocorreu na Alemanha
logo após a primeira guerra mundial. (Um trilhão por cento, entre agosto de
1922 e novembro de 1923).
São quatro as principais teorias sobre a origem da inflação:
a) Teoria quantitativa: Segundo a mais antiga das teorias sobre a
inflação, a quantitativa, é a quantidade de dinheiro circulante no
sistema econômico - base monetária - que determina o nível dos
preços. A razão entre a quantidade de dinheiro e as transações
anuais do sistema (cuja inversa é a velocidade de circulação da
moeda) depende da freqüência com que se pagam salários, da
estrutura da economia e dos hábitos de poupança e consumo da
população. A medida em que esses fatores permanecem
constantes, o nível de preços será diretamente proporcional ao
fluxo de dinheiro e inversamente proporcional ao volume físico da
produção. Essa teoria, formulada por David Hume no século
XVIII, supõe que toda a capacidade produtiva de um sistema se
encontre aproveitada. No intervalo entre as duas guerras
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mundiais, a teoria quantitativa caiu em descrédito, ao se
comprovar que a utilização da capacidade produtiva do sistema
econômico variava mais e com maior freqüência do que o nível de
preços.
b) Teoria keynesiana: A teoria econômica de Keynes afirma que a
inflação deriva das tentativas de consumir mais bens e serviços
do que o sistema econômico pode produzir. Se os gastos do
governo são maiores do que a diferença entre a produção e o
consumo, diz-se que há uma lacuna inflacionária. O mercado
preenche essa lacuna aumentando os preços até um patamar em
que a diferença entre a renda e o consumo, em valor monetário,
seja suficiente para acomodar os gastos públicos. Essa teoria foi
invalidada pela prática, nas décadas posteriores à segunda
guerra mundial, quando o processo inflacionário se instalou em
vários países, sem prévia existência de lacunas inflacionárias.
c) Inflação de custos: O terceiro enfoque do problema inflacionário
supõe que os preços das mercadorias são determinados por seus
custos, ao passo que a provisão de dinheiro é responsável pela
demanda. Nessas circunstâncias, o aumento dos custos pode
gerar uma pressão inflacionária que se perpetua por meio da
"espiral preço-salário". Admite-se que os assalariados e os
capitalistas aspirem parcelas do produto nacional que, somadas,
ultrapassam o total anualmente produzido, em situação de pleno
emprego. Da impossibilidade de satisfazer os dois grupos ao
mesmo tempo, surge o embate entre eles, que é a origem da
espiral preço-salário. Os assalariados, quando insatisfeitos,
demandam aumentos salariais. Os capitalistas atendem a essas
exigências, pelo menos em parte (geralmente após longa
negociação), e diminuem seus lucros, num primeiro momento. Em
seguida, porém, aumentam os preços, para neles embutir o
aumento de custos da produção. Com isso, diminui o poder de
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compra dos assalariados que irão, novamente, reivindicar
aumento de remuneração.
Um recurso para reduzir a inflação, segundo essa teoria, seria a
manutenção de uma porcentagem constante de desemprego. O
recurso é, porém, invalidado na prática pelo fenômeno da
estagflação (conjuntura econômica em que a estagnação ou
declínio do nível de produção e emprego se combinam com uma
inflação acelerada), fenômeno típico do período que se seguiu à
segunda guerra mundial, que se tem acentuado em quase todas
as economias capitalistas desenvolvidas depois da crise do
petróleo de 1973-1979.
d) Teoria estrutural: O enfoque estrutural não é totalmente
independente das três teorias anteriores. Sua característica
principal é a ênfase no desajuste da economia como causa do
processo inflacionário. Esse desajuste é ocasionado, por
exemplo, pela resistência em reduzir os salários, mesmo nas
épocas de baixa produtividade, ou pelo desequilíbrio da balança
comercial do país.
Inflação e pobreza: Segundo o economista John Kenneth Galbraith
“tanto a inflação quanto os recursos que geralmente se utilizam para combatê-
la prejudicam os mais fracos. A política monetária, de controle inflacionário, age
provocando desemprego e deprimindo os preços dos que exercem menos
controle sob seus rendimentos. A política tributária é um pouco mais eqüitativa
do que a monetária, mas também restringe a produção e o nível de empregos.
Assim, o fardo do controle da inflação sempre fica nas costas dos mais fracos e
nas costas dos que perdem o emprego”.
Há diversos índices que se utilizam para medir a inflação. Para aferir a
variação dos preços dos produtos finais consumidos pela população, usa-se o
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índice de custo de vida (ICV) ou o índice de preços ao consumidor (IPC),
tomando por base os produtos de consumo de uma família-padrão para toda a
sociedade ou certa classe. Para medir a variação nos preços dos insumos e
fatores de produção e demais produtos intermediários, usam-se índices de
preços ao produtor ou o índice de preços no atacado (IPA). A inflação no Brasil
levou à criação de mais de trinta índices diferentes para medir a inflação e
corrigir a desvalorização da moeda.
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CAPÍTULO II
PERFIL FINANCEIRO
Conhecer o próprio perfil e o do parceiro e saber de suas limitações é a
primeira coisa a fazer antes de se propor a discutir sobre dinheiro. As
conversas nunca serão livres de divergências ou dúvidas. Conhecer a si
mesmos permitirá que um ajude o outro a superar suas fraquezas, para que o
relacionamento com o dinheiro seja de multiplicações e realizações de sonhos.
2.1 – PERFIL PESSOAL
Conforme Gustavo Cerbasi (2004) “existem basicamente cinco estilos de
como lidar com o dinheiro: poupadores, gastadores, descontrolados,
desligados e financistas”, a seguir serão demonstrados cada estilo com a sua
definição.
a) POUPADORES: sabem que é importante guardar e, por isso, não se
importam nem um pouco em restringir ao máximo os gastos atuais, para
poupar o que for possível e conquistar a independência com muito
dinheiro. Nem sempre suas intenções são compreendidas;
frequentemente recebem críticas por serem mesquinhos.
Pontos fortes: disciplina e capacidade de economizar.
Pontos fracos: conformismo com um padrão de vida simples, restrições
a novas experiências.
b) GASTADORES: para estes, a vida é medida pela largura, não pelo
comprimento. É importante viver bem hoje, pois o amanhã pode não
existir. Gastam toda a renda, às vezes um pouco mais. Gostam de
ostentar, destacam-se pelas roupas caras, não se sentem incomodados
em encarar um financiamento se o objetivo é ser feliz. A poupança
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acumulada, quando existe, é só para a próxima viagem. Seu estilo de
vida faz sucesso entre os amigos.
Pontos fortes: hábitos pouco rotineiros, abertura a novas tendências e
muitos hobbies.
Pontos fracos: insegurança em relação ao futuro, dependência extrema
da estabilidade no emprego, aversão a controles, orçamentos e contas.
c) DESCONTROLADOS: não sabem quanto dinheiro entra nem percebem
quando sai da conta. A cada mês, parece que o dinheiro dura menos.
Estão sempre cortando gastos, mas nunca é o suficiente. Usam com
freqüência o cheque especial ou pagam a conta do cartão de crédito
apenas parcialmente, por falta de fundos. Em casa, não há a menor
chance de se sentarem e se organizarem, pois têm coisas mais
importantes para fazer.
Pontos fortes: não é possível identificar.
Pontos fracos: indisciplina, propensão a conflitos, pagamento
desnecessário de juros e desorientação.
d) DESLIGADOS: gastam menos do que ganham, mas não sabem
exatamente quanto. Poupam o que sobra, quando sobra. Viajam ou
trocam de carro quando atingem um valor mais alto nos investimentos.
Se não têm dinheiro na conta, parcelam a compra. Quando os extratos
do banco chegam, vão para a gaveta sem ao menos ser abertos. A
fatura do cartão de crédito é uma surpresa todo mês. Sempre acham
que ainda é cedo para pensar em aposentadoria.
Pontos fortes: folgas financeiras, espaço para reduzir gastos, se
necessário.
Pontos fracos: incapacidade de estipular e atingir objetivos, resistência
a planos que exijam disciplina.
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e) FINANCISTAS: são rigorosos com o controle de gastos, com o propósito
de economizar. Nem sempre o objetivo é poupar; às vezes pretendem
acumular para poder comprar mais pagando menos. Elaboram planilhas,
andam com calculadora e lista de compras nos supermercados e
shoppings, fazem estatísticas e projeções com quantidades e freqüência
impressionantes. Entendem de investimentos, juros e inflação e são
procurados por amigos e parentes para orientações.
Pontos fortes: facilidade de desenvolver planos e colocá-los em prática,
seleção crítica de investimentos, capacidade de empregar melhor o
dinheiro.
Pontos fracos: em geral são boicotados pela família, que não se
conforma com tantas minúcias; se não souberem se fazer entender,
tornam-se uns chatos.
2.2 - PERFIL FINANCEIRO DO CASAL
Segundo Gustavo Cerbasi (2004) “com a união entre duas pessoas,
existe a associação do perfil financeiro de cada indivíduo. É muito importante a
verificação e análise do perfil de cada um, logo no início do relacionamento
para que não ocorram desgastes desnecessários devido à incompatibilidade,
pois o futuro do relacionamento e das finanças está ligado diretamente”.
a) POUPADOR e GASTADOR: os números estarão sempre contra o seu
relacionamento. Se nada for feito, a união será repleta de crises e
brigas. A sugestão é que ambos se inscrevam juntos em um curso de
planejamento financeiro pessoal, para que o poupador da dupla
encontre os verdadeiros porquês de guardar dinheiro e para que o
gastador aprenda a refrear seus impulsos. Perfil de casais desse tipo:
um tropeçando no outro.
b) POUPADOR e DESCONTROLADO: o esforço do poupador permitirá
um futuro seguro que o descontrolado jamais conquistaria, porém ele vai
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remar sozinho para realizar os sonhos comuns. Tudo indica que o
poupador não terá sucesso em acumular mais do que o necessário, pois
sempre terá o descontrolado ao seu lado para frustrar grande parte de
seus objetivos. Esse relacionamento tende a um equilíbrio, mesmo que
ambos não saibam exatamente para onde estão indo ou por que
acumulam recursos. Perfil de casais desse tipo: um puxando o outro.
c) POUPADOR e DESLIGADO: discussões relacionadas a dinheiro,
jamais! Os desligados tendem a concordar com a necessidade de
poupança para o futuro e são excelentes colaboradores desse objetivo.
É importante que o poupador busque aprender mais sobre planejamento
pessoal, pois esse modelo de casal chega à velhice com duas coisas
acumuladas: dinheiro e frustração. Marido e mulher nunca saberão ao
certo quando é à hora de gastar um pouco. Perfil de casais desse tipo:
um puxando o outro, porém com o risco de envelhecerem com a
sensação de que um tropeçou no outro.
d) POUPADOR e FINANCISTA: se o financista souber controlar os
impulsos conservadores do poupador, será a união do sucesso
financeiro. O financista tem os argumentos de que o poupador precisa
para se "desligar" um pouco. Já o poupador terá a missão de tirar seu
parceiro dos detalhes e pôr o foco no principal, o longo prazo. Perfil de
casais desse tipo: tendência de começar com "um puxando o outro" e
evoluir para "a todo o vapor".
e) GASTADOR e DESCONTROLADO: esse é o tipo de relacionamento
que não vai durar muito para contar a história. O gastador tende a
usufruir sem formar reservas, mas o descontrolado faz mais que isso,
gastando além da conta. Com o tempo, o gastador perceberá que não
consegue mais atingir seus desejos materiais de consumo porque o
parceiro não colabora. E essa dificuldade de colaboração muitas vezes é
entendida como abuso ou individualismo. Não há amor que sustente tal
situação. Perfil de casais desse tipo: a todo o vapor para a separação.
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f) GASTADOR e DESLIGADO: a tranqüilidade reinará ao longo do
relacionamento. Como o gastador se apega ao consumo e o desligado
não, ambos se orgulharão do espaço concedido ao outro. Se essa
harmonia for bem administrada e o gastador aprender a disciplinar seu
consumo, ainda sobrarão recursos para construir, ao longo dos anos,
uma aposentadoria com razoável padrão de vida. Provavelmente, eles
precisarão de um consultor financeiro ou de um plano de previdência
privada para conquistar seus sonhos. Perfil de casais desse tipo: um
puxando o outro.
g) GASTADOR e FINANCISTA: como na união do poupador com o
financista, é o casamento da razão com a emoção. Tudo depende da
capacidade do financista de provar que eles podem juntos, garantir
muito mais conquistas se agirem de forma planejada. O equilíbrio deve
ser buscado permanente e conscientemente; quando obtido, será à base
de um casal que saberá curtir a vida com segurança. Perfil de casais
desse tipo: um puxando o outro.
h) DESCONTROLADO e DESLIGADO: o relacionamento será uma
navegação rumo ao infinito, sem nunca saber onde aportar.
Tempestades e problemas chegarão de surpresa, como o iceberg que
afundou o Titanic. O descontrolado estará sempre levando o extrato
bancário para o vermelho, mas terá o desligado a seu lado para culpar a
todo mundo menos eles próprios: bancos, inflação, juros, governo,
financeiras etc. Nunca conseguirão acumular riqueza, pois acreditam
que isso não depende deles. Perfil de casais desse tipo: a todo o vapor,
mas no caminho contrário ao dos sonhos.
i) DESCONTROLADO e FINANCISTA: tempestades à vista! Um
financista até conseguirá convencer seu parceiro descontrolado da
importância da organização, mas, por mais que tente, jamais conseguirá
persuadi-lo de praticá-la. O sucesso do relacionamento dependerá de o
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financista assumir as rédeas das finanças e ser criativo na hora de
limitar gastos. Perfil de casais desse tipo: um tropeçando no outro.
j) DESLIGADO e FINANCISTA: se não houver muita conversa em
relações desse tipo, o financista tende a assumir o controle das finanças
sem a colaboração do desligado, que achará o excesso de controle, um
verdadeiro exagero. Porém, se ambos souberem lidar com o
comportamento do parceiro, esse relacionamento tenderá a resultar em
um verdadeiro sucesso financeiro, pois o desligado não criará
empecilhos à construção de planos e saberá desfrutar cada conquista a
seu tempo. Perfil de casais desse tipo: um puxando o outro.
Todo relacionamento entre pessoas de mesmo perfil é do tipo "a todo o vapor".
Dificilmente surgirão conflitos ligados ao dinheiro, pois os dois pensam da
mesma forma. É preciso, porém, evitar os riscos típicos de cada perfil.
a) POUPADOR e POUPADOR: terão sucesso se fizerem um esforço para
encontrar um sentido para o dinheiro e desenvolverem metas de
poupança. Se não mudarem, o perfil do casal se encaminhará a todo o
vapor para um futuro cheio de dinheiro, mas pobre de sentimentos.
b) GASTADOR e GASTADOR: o cuidado a tomar é evitar consumir 100%
da renda. Gastadores sabem viver muito bem, mas exageram na dose.
Se conseguirem conciliar os hábitos de bon-vivants com investimentos
no futuro, deixarão de ter um perfil de casal que se dirige a todo o vapor
para problemas financeiros na velhice.
c) DESCONTROLADO e DESCONTROLADO: diferentemente do casal de
gastadores, os descontrolados não esperarão a velhice para se atolar
em problemas. É o tipo de relacionamento que, se sobreviver, será a
custo de muito sofrimento e privação. Não se trata de caso perdido,
desde que com acompanhamento de uma boa terapia de casal. Na
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maioria dos casos, os parceiros estarão a todo o vapor ao encontro de
eternos problemas, não só financeiros.
d) DESLIGADO e DESLIGADO: esse casal pode ou não atingir suas
metas. A questão é que não sabe como fazê-lo - e talvez nem identifique
os objetivos. Como suas preocupações não estão centradas no dinheiro
nem no consumo, será muito fácil construir riqueza com a orientação de
um especialista ou a aquisição de planos de previdência. Com tal
conduta, eles estariam direcionados para uma vida sem problemas
financeiros.
e) FINANCISTA e FINANCISTA: o que falta para a maioria, esse casal tem
demais. Organização financeira é boa, mas não pode ser o assunto de
todas as conversas, da pizza com os amigos ao momento a dois na
cama. O planejamento financeiro bem-feito, requer a criação de limites
aproximados de gastos. Se os parceiros saírem do limite, pequenos
ajustes em seguida resolvem a questão. Aproveitar resultados e não
bitolar é fundamental; caso contrário, estarão rumo a uma vida de
números, e não de sentimentos.
No estereótipo de uma família financeiramente bem-sucedida, o
tamanho da casa e do carro cresce ao longo dos anos, os filhos têm os
brinquedos e eletrônicos da moda e ganham carros ao entrar na
faculdade, a casa de campo ou de praia dos pais vira destino de fim de
semana dos amigos dos filhos e o casamento dos jovens é totalmente
pago pelos pais. Eis um verdadeiro conto de fadas da classe média
(CERBASI, 2004).
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CAPÍTULO III
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O planejamento financeiro é um processo fundamental para o controle
das receitas, despesas e investimentos. Um planejamento financeiro eficiente
auxilia o indivíduo e sua família a possuir um aumento na qualidade de vida,
pois o conhecimento e controle das finanças proporcionam bons frutos para o
futuro.
Segundo (Cerbasi, 2008) “A formula para a abundância financeira é
simples, gaste menos do que você ganha e invista bem a diferença”, porém as
pessoas tendem a acreditar que planejamento financeiro é somente gastar
menos do que se ganha, mas na verdade, planejamento financeiro é a
possibilidade de se antecipar a eventos, conseguindo se planejar e assim saber
realmente onde as receitas estão sendo empregadas e onde estão
acontecendo os maiores gastos, possibilitando a tomada de decisão
tempestivamente.
Investir se torna uma atividade mais simples e fácil, pois com
planejamento financeiro existe a identificação de gastos desnecessários. Com
isso, diminuem-se as despesas e proporciona-se um valor maior a ser
investido. Adicionalmente, é possível definir através do mesmo planejamento
como, onde e para que esse dinheiro será investido. Contudo, para não haver
surpresas nesses investimentos, é necessário conhecer sobre a exposição de
riscos que está propenso a assumir, a economia do país e do mundo em geral,
bem como o produto especificamente.
As pessoas não têm dificuldade em implementar o planejamento
efetivamente, mas sim em continuar utilizando-o e atualizando-o, pois maiores
benefícios serão encontrados depois de alguns anos, quando o indivíduo ou a
família começa a usufruir das metas e sonhos propostos no início do
planejamento.
Outro ponto, caracterizado como um dos mais importantes é o fato de
conseguir mitigar o risco de endividamento. As dívidas muitas vezes contraídas
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devido à falta de um acompanhamento, ausência de conhecimento sobre a
política de juros e devida orientação tornam-se uma grande “bola de neve”,
devido ao consumo desenfreado e facilidade no crédito em conjunto com a
ausência de um planejamento financeiro.
Segundo (KYOSAKI, 2000) “além de possuir um controle efetivo através
do planejamento financeiro, as pessoas precisam pagar-se primeiramente,
investindo o que foi planejado, não deixando para investir no final do mês se
sobrar dinheiro”. Muitos se perguntam se realmente for posto em prática o que
é proposto pelo KYOSAKI autor do Livro Pai rico pai pobre, o indivíduo acabará
contraindo diversas dividas, mas ao contrário, seu orçamento estará sendo
atualizado e revisado constantemente. Desta forma, só faltaria dinheiro, caso
fosse feito algum gasto atípico e provavelmente desnecessário.
Ademais, a ausência de um planejamento financeiro e a falta de um
orçamento doméstico alinhado com o plano de vida acabam não atingindo os
objetivos, pois como dizia o filósofo John L. Beckley: “As pessoas não planejam
fracassar, mas fracassam por não planejar” e, com isso é possível concluir que
a nossa tranqüilidade financeira não depende de sorte, exceto pelo caso de
ganhar-se na Loteria ou uma herança, mas sim por causa de um planejamento
financeiro.
Para a realização de um bom planejamento financeiro, principalmente se
você possuir uma família, é necessário efetuar um mapeamento das
necessidades individuais, para com isso identificar gastos desnecessários e
não tornar o planejamento uma barreira ou uma crise na família, pois esta é
muito importante e sofrerá ou ganhará com os frutos do bom planejamento.
Então é muito importante o envolvimento de todos corroborando com o
planejamento mais eficiente e dentro da realidade. Adicionalmente é
necessário uma flexibilidade nos objetivos, de acordo com os cenários.
Caso exista uma ausência de flexibilidade ou criação de metas e
objetivos impossíveis de serem alcançados, o indivíduo desmotiva-se e
prejudica a continuidade do planejamento financeiro.
26
3.1 – ELABORANDO O ORÇAMENTO PESSOAL
A criação do orçamento pessoal não é complicada, somente existe a
necessidade de dedicação, planejamento e previsão do futuro a fim de mitigar
problemas financeiros. A redução ou readequação dos gastos necessita de
perseverança e objetivos bem definidos para que o indivíduo não desista
rapidamente de continuar o controle.
O orçamento pessoal é o principal pilar para se fazer um planejamento
financeiro adequado que proporcione não só um equilíbrio entre as receitas e
despesas, como um superávit financeiro proporcionando sobra de recursos e
possibilitando que o indivíduo invista e ganhe juros em vez de pagar.
Segundo Garcia (1996), “o orçamento é um processo de planejamento
(diretrizes e objetivos), para determinar as atividades e os recursos necessários
à sua execução”.
A maioria das famílias desconhece, não controla ou ignora os resultados
obtidos, principalmente a cerca das despesas, resultando um acumulo de
despesas mensais, sendo agravadas pela facilidade de crédito, bem como a
necessidade de recorrer a empréstimos que possuem altos juros.
O mapeamento familiar das necessidades e os objetivos auxiliam na
criação de metas. Estas criadas para balizar e influenciar o individuo a
continuar com o controle para conseguir chegar aos objetivos.
3.2 – IDENTIFICANDO AS DESPESAS
Para se fazer um bom planejamento financeiro que proporcione não só
um equilíbrio entre as receitas e despesas, como um superávit financeiro
proporcionando sobra de recursos e possibilitando que o indivíduo invista e
ganhe juros em vez de pagar, é necessária a devida identificação das
despesas, bem como reservar um percentual de cerca de 10% das receitas
para emergências.
Para um controle eficiente dos gastos, é necessário criar uma planilha
com os valores orçados e com os valores reais, bem como segregar de acordo
27
com os gastos incorridos, a seguir será demonstrado os tipos de despesas de
acordo com o Livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos de Gustavo Cerbasi
(2004).
ü Habitação:
• Financiamento ou Aluguel do Imóvel;
• IPTU;
• Seguro Residencial;
• Condomínio;
• Água;
• Energia Elétrica;
• Gás;
• Telefone Fixo;
• Manutenção da Casa.
ü Saúde:
• Assistência Médica e Odontológica;
• Farmácia;
• Academia de Ginástica.
ü Alimentação:
• Restaurante;
• Supermercado;
• Padaria.
28
ü Educação:
• Mensalidade de Escola;
• Mensalidade de Curso;
• Material Didático;
• Jornais;
• Revistas;
• Seminários;
• Congressos.
ü Transporte:
• Financiamento de Veículo;
• IPVA;
• Seguro;
• Combustível;
• Multas;
• Transporte Coletivo;
• Estacionamento;
• Manutenção.
ü Lazer:
• Cinema;
• Teatro;
29
• Shows;
• Alimentação em Restaurantes Fora do Horário de Trabalho;
• TV a Cabo;
• Provedor de Acesso a Internet
• Banda Larga;
• Viagens;
• Outros.
ü Despesas Financeiras:
• Tarifas Bancárias;
• Juros de Cheque Especial;
• Empréstimos;
• Juros Embutidos em Financiamentos;
• Juros Embutidos em Cartão de Crédito;
• Imposto de Renda;
• Anuidade de Cartão de Crédito.
ü Diversos:
• Telefone Móvel;
• Vestuário;
• Acessórios;
• Empregada Doméstica.
Conforme explici
retirado da literatura
Cerbasi, sendo que o
necessidade de cada in
segundo divulgação de
Orçamento Familiar)
Geografia e Estatística)
19,8% em alimentação,
transporte, 5,5% em ve
As despesas rep
um período (mês), que
ínfimo até a compra d
despesas possuem c
importância conforme d
ü Despesas Fixa
alteração de va
acontecem anua
5%
20%
7%5%
Des
explicito anteriormente, o modelo apresentado
tura Casais Inteligentes Enriquecem Junto
que o mesmo pode ser implementado de
ada individuo, incluindo ou excluindo tópicos.
ão de pelo jornal O Globo da pesquisa PO
liar) 2008/2009 realizada pelo IBGE (Institut
ística), a família padrão brasileira gasta 35,9%
tação, 7,2% em saúde, 5% em educação e cu
m vestuário e 6,9 % em diversos.
Fonte: Jornal O Globo, IBGE, dados
as representam todos os pagamentos que o
), que abrange desde a compra de um produt
pra de um bem como uma casa ou carro
em características diferentes, periodicidad
rme demonstrado a seguir:
Fixas – são despesas que incorrem me
e valor, exceto quando existem os devidos
anualmente.
20%
36%
5% 7%
Despesas da Família Brasileira
30
ntado é um exemplo
Juntos de Gustavo
o de acordo com a
icos. Adicionalmente,
a POF (Pesquisa de
nstituto Brasileiro de
35,9% em habitação,
o e cultura, 19,6% em
dos da POF 2008/2009
que ocorrem durante
roduto com um valor
carro, porém essas
icidade e grau de
mensalmente sem
evidos reajustes que
Alimentação
Habitação
Vestuário
Transporte
Saúde
Educação e Cultura
Diversos
31
Exemplos: Aluguel, prestação da casa, financiamento de automóveis,
mensalidade escolar, etc.
ü Despesas Variáveis – são despesas que conforme o próprio nome já
diz, são variáveis, sendo que sua variação está ligada diretamente ao
consumo.
Exemplos: Alimentação, energia elétrica, água, gás, transporte, etc.
ü Despesas Arbitrárias – são despesas que se repetem todo mês, mas
não existe a necessidade de tê-las.
Exemplos: Viagens, roupas, cinema, restaurante, festas, teatro, etc.
Na maioria das vezes as despesas arbitrárias são responsáveis pelo
desequilíbrio no planejamento financeiro, quando as despesas superam as
receitas , uma vez que as outras despesas são essenciais e não podem ser
cortadas. E quando se tem uma despesa inferior à receita, se tem um equilíbrio
financeiro eficiente nas contas. Adicionalmente, o indivíduo não pode esquecer
de driblar os artifícios de marketing, principalmente a nova forma de marketing
chamada de compras coletivas, realizadas pela internet. A mesma é muito
interessante, pois proporciona a compra de produtos e serviços com ótimos
descontos, porém as pessoas se viciam e acabam gastando e adquirindo itens
desnecessários, afetando o controle e planejamento financeiro.
3.3 – CRIAÇÃO DE METAS
O objetivo da criação de metas é proporcionar a possibilidade de
alcançar objetivos. Determinando-se um valor e prazo para a sua
materialização. Com isso, incentivando o indivíduo a realizar e cumpri-las.
É muito interessante a criação de metas, pois com isso o indivíduo ou a
família se esforça ainda mais para alcançar os objetivos dentro dos prazos
estipulados.
32
A ausência de metas proporciona a falta de comprometimento ou até
mesmo a inexistência de objetivos. Dificultando a continuidade do controle e
planejamento financeiro.
Metas que podem ser estabelecidas, porém estas são somente
exemplos para o auxílio da criação de cada um de acordo com o site
www.comoinvestir.com.br:
ü Compra de Automóvel sem a Necessidade de Recorrer a
Financiamentos;
ü Busca pelo Primeiro Milhão;
ü Compra de Casa sem a Necessidade de Recorrer a Financiamentos;
ü Poupar para dar entrada em um automóvel;
ü Poupar para dar entrada em uma casa.
3.4 – ORÇAMENTO (REAL X ORÇADO)
Conforme mencionado nos capítulos anteriores, existe a necessidade de
que um indivíduo da família assuma a liderança, coordene os planos, aloque as
responsabilidades e cobre os resultados. Isso exige muita força de vontade,
determinação e principalmente saber coordenar e organizar. Esse ajuste
orçamentário irá proporcionar a realização de sonhos e qualidade de vida.
Para existir um balizamento que seja possível identificar as divergências
realizadas, é necessário na criação do orçamento, estipular através de estudo
o valor orçado ou presumido, bem como quando a efetiva despesa incorrer,
incluir o valor no campo orçamento real.
Este procedimento proporcionará a identificação de discrepâncias, bem
como uma readequação nas atualizações constantes efetuadas
tempestivamente.
33
Segue abaixo como sugestão modelo de planilha de orçamento pessoal
com as demonstrações de despesas identificadas anteriormente, bem como as
receitas.
Orçamento Pessoal
Orçado Real Diferença
Receitas R$ R$ R$
Salário R$ R$ R$
Aluguel de Imóveis R$ R$ R$
Outros R$ R$ R$
Despesas R$ R$ R$
Habitação R$ R$ R$
Financiamento ou Aluguel do Imóvel R$ R$ R$
IPTU R$ R$ R$
Seguro Residencial R$ R$ R$
Condomínio R$ R$ R$
Água R$ R$ R$
Energia Elétrica R$ R$ R$
Gás R$ R$ R$
Telefone Fixo R$ R$ R$
Manutenção da Casa R$ R$ R$
Saúde R$ R$ R$
Assistência Médica e Odontológica R$ R$ R$
Farmácia R$ R$ R$
Fisioterapia R$ R$ R$
Academia de Ginástica R$ R$ R$
Alimentação R$ R$ R$
Restaurante R$ R$ R$
Supermercado R$ R$ R$
Feira / Sacolão R$ R$ R$
Padaria R$ R$ R$
34
Educação R$ R$ R$
Mensalidade de Escola R$ R$ R$
Mensalidade de Curso R$ R$ R$
Material Didático R$ R$ R$
Jornais R$ R$ R$
Revistas R$ R$ R$
Seminários R$ R$ R$
Congressos R$ R$ R$
Transporte R$ R$ R$
Financiamento de Veículo R$ R$ R$
IPVA R$ R$ R$
Seguro R$ R$ R$
Combustível R$ R$ R$
Multas R$ R$ R$
Transporte Coletivo R$ R$ R$
Estacionamento R$ R$ R$
Manutenção R$ R$ R$
Lazer R$ R$ R$
Cinema R$ R$ R$
Teatro R$ R$ R$
Shows R$ R$ R$
Alimentação em Restaurantes
Fora do Horário de Trabalho R$ R$ R$
TV a Cabo R$ R$ R$
Provedor de Acesso a Internet R$ R$ R$
Viagens R$ R$ R$
Outros R$ R$ R$
Despesas Financeiras R$ R$ R$
Tarifas Bancárias R$ R$ R$
Juros de Cheque Especial R$ R$ R$
Empréstimos R$ R$ R$
35
Juros Embutidos em Financiamentos R$ R$ R$
Juros Embutidos em Cartão de Crédito R$ R$ R$
Imposto de Renda R$ R$ R$
Anuidades de Cartão de Crédito R$ R$ R$
Diversos R$ R$ R$
Telefone Móvel R$ R$ R$
Vestuário R$ R$ R$
Acessórios R$ R$ R$
Empregada Doméstica R$ R$ R$
Elaborada pelo autor
36
CAPÍTULO IV
INVESTIMENTOS
Diferentemente do conceito abordado através de diversos materiais de
macroeconomia, onde o termo investimento só pode ser usado quando
tratamos de produção. O termo investimento é conhecido, conforme citado por
diversas literaturas e segundo o site da CVM (Comissão de Valores
Mobiliários), “como o ato de empregar o dinheiro poupado em aplicações que
rendam juros ou outra forma de remuneração ou correção”. O investimento é
tão importante quanto à poupança, pois todo o esforço de cortar gastos pode
ser desperdiçado quando mal investido.
Existem diversas formas de investimentos, sendo diferenciados de
acordo com o perfil do investidor, sendo este conservador – pouca tolerância
ao risco para garantir os rendimentos, moderado - ousadia sob medida para
ganhos no médio e longo prazo e agressivo – preparo técnico e emocional para
superar a média do mercado.
Todo investimento possui risco, porém este pode ser baixo, médio ou
alto, sendo que a rentabilidade está associada diretamente ao risco. Com isso,
o investidor precisa avaliar o risco do investimento com o seu perfil e avaliar
corretamente onde irá investir para não obter surpresas futuras.
Segundo (CERBASI, 2008), “Investidores não correm riscos,
investidores administram riscos”.
4.1 – RENDA FIXA
Segundo (EWALD, 2004) “A renda fixa é constituída por aplicação em
títulos pré-fixados, aqueles que têm a remuneração combinada no momento da
compra, ou por títulos pós-fixados, que têm remuneração de acordo com a taxa
de juros diária vigente. [...] ambas com prazo a ser escolhido.
37
O título pré-fixado é uma aplicação cuja rentabilidade nominal é
conhecida no momento da compra, como letras de câmbio, enquanto os títulos
pós-fixados é aquele cuja rentabilidade nominal é atrelada a um fator de
remuneração, que pode ser algum índice ou taxa de juros, como a caderneta
de poupança, pois é um investimento que possui o rendimento baixo, porém o
risco é baixíssimo. A preferência em aplicar em poupança está relacionada à
pré-fixação da taxa de rendimento, pois, de acordo com a carta-circular n°
2.726 de 21/03/1997 do Banco Central “o rendimento da poupança é a variação
da TR, mais 0,5% em 30 dias”, bem como a garantia de que não haverá
percentuais perdidos do total investido entre a data da aplicação até o
momento do saque da quantia.
Apesar da baixa rentabilidade, o investidor de poupança não tem perfil
ou renda determinada. Pessoas com diferentes rendas mensais costumam
fazer este tipo de aplicação, não há requisitos específicos entre diferentes
públicos quando escolhem aplicar em poupança. O superintendente técnico da
Abecip, José Pereira Gonçalves, “qualifica a poupança como uma alavanca até
outros investimentos. Mesmo o investidor que começa aplicando uma pequena
quantia, pode utilizar a caderneta para garantir recursos iniciais, a fim de,
posteriormente, arriscar investimentos com quantias maiores em fundos mais
rentáveis”.
A poupança é o fundo para financiar a habitação ou o crédito agrícola,
dependendo da instituição financeira. Nos últimos dez anos, o rendimento
deste fundo de renda fixa caiu. A razão é a redução da taxa básica de juros do
Brasil. Por isso, esse decréscimo equilibrado não é ruim. O saldo em poupança
de um país aumenta à medida que a renda cresce. Com maior renda, os
investimentos em poupança sobem e a quantidade de crédito para financiar a
casa própria também. Já com a taxa básica de juros mais alta, a poupança
rende mais, porém, o crédito fica mais caro e as pessoas têm a tendência de
retirar o dinheiro guardado na poupança para fazer compras à vista, não
optando por crediários.
38
4.2 – PREVIDÊNCIA PRIVADA
Segundo o artigo A previdência privada, também é chamada de
previdência complementar do Sr. Erickson Augusto de Carvalho: “A previdência
privada, também é conhecida como previdência complementar, é uma forma de
seguro e investimento contratado para garantir uma renda ao comprador ou
seu beneficiário no prazo e condições pré-determinadas. O valor do prêmio é
calculado pala gestora do plano através de cálculos atuariais. No Brasil a
previdência privada pode ser aberta ou fechada”.
Previdência aberta é destinada para qualquer pessoa, sendo
comercializada por bancos ou seguradoras, bem como fiscalizado pela Susep
(Superintendência de Seguros Privados) e a previdência fechada é destinada
para empresas ou associações, onde os associados ou grupo de funcionários
contribuem para a formação de um fundo de pensão gerado por uma entidade
sem fins lucrativos, normalmente nesses casos a empresa ou associação
contribui com um valor e o empregado ou associado complementa com o valor
desejado, este tipo de previdência é normatizado pela Secretaria de
Previdência Complementar e fiscalizados pela Superintendência de
Previdência Privada (Previc).
A previdência privada possui dois modelos: o Plano Gerador de
Benefício Livre (PGBL) que permite deduzir o valor das contribuições da base
de cálculo do Imposto de Renda com limite de 12% da renda bruta anual,
sendo indicado para quem faz a declaração completa do IR, pois, quando a
pessoa sacar o benefício, o IR será cobrado sobre o total resgatado. E a Vida
Gerador de Benefício Livre (VGBL), onde o investidor é tributado apenas sobre
o ganho de capital e no resgate do plano. Sendo mais indicado para quem faz
a declaração simplificada do IR. Nesse sistema, o imposto cai conforme avança
o tempo da contribuição.
39
4.3 – FUNDO DE INVESTIMENTO
Segundo o site www.investeducar.com.br o conceito de fundo de
investimento é a reunião de diversos investidores na forma de uma sociedade,
com a finalidade de investir em ativos do mercado financeiro. Através da junção
dos investidores o fundo consegue ter maior poder de compra e fazer um rateio
dos custos operacionais. A valorização das cotas é distribuída
proporcionalmente entre todos os cotistas, independentemente do valor
aplicado. A gestão é feita por profissional especializado que decide em quais
mercados operar e quais ativos comprar e ou vender. A administração do fundo
fica por conta de uma empresa que se responsabiliza por salvaguardar as
liquidações financeiras e físicas, bem como disponibilizar informações sobre o
fundo entre outras atividades.
Atualmente o Banco Central é o órgão regulador dos Fundos de
Investimentos Financeiros (FIFs) e dos Fundos de Aplicação em Cotas (FACs).
4.4 – AÇÃO
De acordo com o site www.investeducar.com.br a definição e explicação
para Ação:
Título representativo da menor parcela do capital social de uma
sociedade por ações (sociedade anônima) e pode ou não ser negociada em
bolsa de valores, sendo a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) a principal
do Brasil. Ademais as sociedades anônimas são regulamentadas pela CVM
(Comissão de Valores Mobiliários).
As ações são classificadas de acordo com a natureza dos direitos e das
vantagens que dão aos seus detentores, sendo que no Brasil são divididas em
dois tipos:
ü Ações Ordinárias por lei têm direito a voto e participam da distribuição
dos lucros após bonificação para as ações preferenciais.
40
ü Ações Preferenciais têm direito preferencial sobre o recebimento de
dividendos, podem ou não ter direito a voto na Assembléia dos
acionistas.
Na regulamentação brasileira, se a empresa não distribuir dividendos em
três exercícios sociais, as ações preferenciais adquirem direito a voto.
A classificação de ordinárias e preferenciais refere-se à espécie das
ações, porém quanto à forma, as ações podem ser Nominativas (cautela) e
Escriturais (escritura).
O mercado ainda subjetivamente divide as ações quanto à sua liquidez:
ü Ações de primeira linha ou “blue chips” são ações de grande liquidez e
demanda em bolsa, em geral de empresas confiáveis, de grande porte e
excelente reputação.
ü Ações de segunda linha ou “small caps” são ações menos líquidas, de
empresas de boa qualidade, mas de maior risco. Em geral, são de
empresas de grande e médio porte que estão ganhando destaque no
mercado, tanto por retorno financeiro como por adoção de novas
políticas internas e que, potencialmente, podem se tornar ações de
primeira linha.
ü Ações de terceira linha são ações com baixa liquidez. Em geral de
companhias de portes médio e pequeno, porém não necessariamente
de menor qualidade. Sua negociação caracteriza-se pela
descontinuidade devido ao baixo interesse pelo mercado.
A negociação de ações se divide em mercado primário e secundário:
ü O mercado primário consiste na emissão de novas ações por parte da
empresa. Essa emissão pode ser pública (quando a empresa realiza
41
IPO, também conhecido como Underwriting) ou privada (realizada
através de subscrição) e visa à captação de recursos para investimentos
na companhia.
ü Já no mercado secundário é onde ocorre a comercialização de ações
emitidas dentro ou fora de um ambiente de negociações, como as
bolsas de valores, por exemplo. Este mercado tem o objetivo de dar
liquidez às ações e, normalmente o valor que circula neste mercado não
é canalizado para a empresa.
4.5 – DERIVATIVOS
De acordo com o site www.investeducar.com.br, derivativos são ativos
que, como o próprio nome diz, derivam de outro ativo real ou financeiro. Eles
são usados por investidores que se protegem da oscilação de preços futuros
de ativos ou então que desejam alavancar suas posições. Esta operação é
realizada na Bolsa de Mercados e Futuros e compreende na compra e venda
de commodities e ativos financeiros.
O objetivo básico do mercado futuro é a possibilidade de proteger os
investidores contra oscilações dos preços de seus produtos (no caso de
produtores de perfil hedger, por exemplo) e seus investimentos financeiros (no
caso de operadores no perfil de especuladores, por exemplo).
O conceito de se operar com derivativos, é obter um ganho financeiro
nas operações de forma a compensar uma perda em outras atividades
econômicas.
Seu valor atrelado é exatamente o motivo pelo qual servem tão bem
para limitar o risco de flutuações inesperadas de preço.
42
4.6 – IMÓVEIS
Investimento realizado por pessoas que tem um valor considerado para
imobilizar e não estão preocupados com a liquidez, pois é um investimento de
difícil conversão em moeda.
O Investimento em imóveis também pode ser realizado com o intuito de
conseguir uma renda extra através da locação do mesmo.
O risco associado a esse investimento é alto, pois caso o investimento
seja feito com o intuito de revender o imóvel, pode ocorrer dificuldade na
negociação e com isso demora, resultando a necessidade de gastos com
condomínio, IPTU e taxas. Caso o investimento seja realizado com o intuito de
locação, precisa-se tomar diversos cuidados para o imóvel não ficar
desocupado incorrendo despesas idênticas as informadas anteriormente, bem
como a depreciação do imóvel devido à falta de cuidado do locatário.
43
CAPÍTULO V
ESTUDO DE CASO
A teoria da importância do controle das finanças pessoais foi
demonstrada anteriormente. Com isso serão demonstrados dois estudos de
caso que ilustram de forma prática uma família que possui o perfil de
Poupadora e uma família com perfil Descontrolado.
5.1 - FAMÍLIA COM PERFIL POUPADOR
Rafael e Beatriz, recém casados, que participaram voluntariamente para
demonstrar como é possível controlar suas finanças e alcançar seus objetivos
sem que seja necessário recorrer a empréstimos bancários, evitando o
pagamento de juros altíssimos.
Rafael tem 29 anos é Consultor de Riscos, trabalha em uma empresa de
Consultoria e possui renda líquida de R$ 3.500,00 (Três mil e quinhentos
reais), bem como uma gama de benefícios, tais como: ticket refeição de R$
638,00 (Seiscentos e trinta e oito reais), ticket alimentação de R$ 350,00
(Trezentos e cinquenta reais) assistências médica e odontológica e ticket
combustível de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais). Beatriz tem 34 anos é
Gestora Ambiental, trabalha em uma Mineradora e possui renda líquida de R$
2.500,00 (Dois mil e quinhentos reais), bem como uma gama de benefícios, tais
como: ticket refeição de R$ 550,00 (Quinhentos e cinquenta reais), ticket
alimentação de R$ 400,00 (Quatrocentos reais) assistências médica e
odontológica. Totalizando o rendimento do casal em R$ 6.000,00 (Seis mil
reais) e uma gama de benefícios que corrobora com o pagamento de despesas
de alimentação e combustível, bem como redução dos custos, pois como as
empresas proporcionam plano de saúde, não existe a necessidade de
contratação e pagamento de planos particulares.
Eles moram no Grajaú (Bairro da zona norte do Rio de Janeiro), em um
apartamento próprio em um condomínio fechado, comprado com investimento
44
que o casal fez enquanto eram noivos, bem como a utilização do FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço) do casal e venda de um carro (Chevrolet
Celta completo – modelo 2005) no valor de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais).
Neste momento eles possuem somente um carro (Volkswagen Pólo
completo adquirido 0 km em 2007). Ambos trabalham perto da residência e o
trajeto do casal é semelhante, possibilitando que os dois utilizem o veículo
como meio de transporte para o trabalho. Com isso, não acarretando
descontos de vale transporte e pagamento das despesas com combustível
através do ticket combustível.
Ambos estão fazendo curso de inglês no valor de R$ 250,00 (Duzentos
e cinquenta reais) e Pós Graduação, sendo que Rafael está cursando MBA em
Gestão empresarial e paga R$ 800,00 (Oitocentos reais) de mensalidade e
Beatriz está cursando Pós Graduação em direito ambiental e paga R$ 400,00
(Quatrocentos reais de mensalidade). Totalizando as despesas com educação
em R$ 1.700,00 (Mil e setecentos reais).
Abaixo, seguem tabelas com as receitas e despesas segregadas:
RECEITAS:
Receitas (Salário Líquido)
Rafael R$ 3.500,00
Beatriz R$ 2.500,00
Total R$ 6.000,00
Elaborada pelo autor
45
DESPESAS:
Despesas Residenciais (Mês)
Condomínio R$ 400,00
IPTU R$ 41,67
Luz R$ 200,00
Gás R$ 50,00
Combo (Telefone + Internet + TV a
Cabo) R$ 250,00
Celulares R$ 150,00
Empregada Doméstica R$ 400,00
Seguro Residencial R$ 8,33
Total R$ 1.500,00
Elaborada pelo autor
Despesas com o Veículo (Mês)
Seguro do automóvel R$ 150,00
IPVA R$ 125,00
Manutenção do automóvel R$ 50,00
Total R$ 325,00
Elaborada pelo autor
46
Despesas com Educação (Mês)
Curso de Inglês - Rafael R$ 250,00
Curso de Inglês - Beatriz R$ 250,00
MBA em Gestão Empresarial R$ 800,00
Pós Graduação em Direito
Ambiental R$ 400,00
Total R$ 1.700,00
Elaborada pelo autor
Despesas com Lazer (Mês)
Academia - Rafael R$ 95,00
Academia - Beatriz R$ 95,00
Cultura R$ 285,00
Total R$ 475,00
Elaborada pelo autor
Com todas as receitas e despesas do casal apuradas encontramos um
Superávit de R$ 2.000,00 (Dois mil reais). Onde o casal investe em diversos
segmentos, conforme quadro abaixo:
Investimentos (Mês)
Previdência Privada - Rafael R$ 200,00
Previdência Privada - Beatriz R$ 200,00
Investimento em Renda Fixa R$ 800,00
Investimento em Fundo de
Ações R$ 800,00
Total R$ 2.000,00
Elaborada pelo autor
47
OBS: Não foram apresentadas despesas com alimentação, pois o casal
recebe tickets que suprem suas necessidades.
Conclusão:
O casal encontra-se bem financeiramente, contudo, podem melhorar a
rentabilidade dos investimentos, diversificando os tipos de investimentos e
procurando investir diretamente em ações reduzindo o custo com
administração cobrado pelos fundos em renda fixa e fundos de ação.
5.2 - FAMÍLIA COM PERFIL DESCONTROLADO
Eduardo e Lourdes são casados e participaram voluntariamente para
demonstrar como é difícil poupar sem realizar um devido controle de suas
finanças. Com isso necessitam recorrer a empréstimos bancários pagando
juros altíssimos.
Eduardo tem 53 anos é Técnico de Informática em um banco, possui
renda líquida de R$ 2.800,00 (Dois mil e oitocentos reais), bem como uma
gama de benefícios como: ticket refeição de R$ 400,00 (Quatrocentos reais),
ticket alimentação de R$ 350,00 (Trezentos e cinquenta reais), assistências
médica e odontológica. Lourdes tem 50 anos é Psicóloga e trabalha na Área de
Recursos Humanos de um banco, possui renda líquida de R$ 6.000,00 (Seis
mil reais), bem como uma gama de benefícios como: ticket refeição de R$
450,00 (Quatrocentos e cinquenta reais), ticket alimentação de R$ 400,00
(Quatrocentos reais), assistências médica e odontológica. Totalizando o
rendimento do casal em R$ 8.800,00 (Oito mil e oitocentos reais) e uma gama
de benefícios que corroboram com o pagamento de despesas de alimentação,
bem como redução dos custos, pois como a empresa proporciona plano de
saúde, não existe a necessidade de contratação e pagamento de planos
particulares, que na idade que se encontram teria um valor bem elevado.
48
Eles moram no Méier (Bairro da zona norte do Rio de Janeiro), em uma
casa financiada em um condomínio fechado, pagando parcelas mensais de R$
1.800,00, com previsão de termino em dezembro de 2013.
Neste momento eles possuem dois carros, um KIA Soul completo
adquirido 0 km em 2011, comprado com a venda do veículo antigo mais
financiamento de 36 (trinta e seis) parcelas de R$ 1.000,00 e um C3 completo
adquirido 0 km em 2010, comprado com a venda do veículo antigo mais
financiamento de 36 (trinta e seis) parcelas de R$ 600,00. Ambos trabalham
longe da residência acarretando custos elevados com combustível e
estacionamento próximo da empresa.
Eles possuem dois filhos, sendo um cursando faculdade de
Administração com valor de R$ 550,00 (Quinhentos e cinquenta reais) e outro
filho cursando faculdade de Informática com valor de R$ 700,00. Além da
graduação os filhos cursam inglês no valor de R$ 250,00 (Duzentos e
cinquenta reais) cada. Totalizando despesas com educação em R$ 1.750,00
(Mil, setecentos e cinquenta reais).
Abaixo, seguem tabelas com as receitas e despesas segregadas:
RECEITAS:
Receitas (Salário Líquido)
Salário Eduardo R$ 2.800,00
Salário Lourdes R$ 6.000,00
Total R$8.800,00
Elaborada pelo autor
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DESPESAS:
Despesas Residenciais (Mês)
Financiamento da Casa R$ 1.500,00
Condomínio R$ 100,00
IPTU R$ 80,00
Luz R$ 300,00
Gás R$ 100,00
Combo (Telefone + Internet + TV a
Cabo) R$ 300,00
Celulares R$ 300,00
Empregada Doméstica R$ 500,00
Seguro Residencial R$ 20,00
Total R$ 3.200,00
Elaborada pelo autor
Despesas com o Veículo (Mês)
Financiamento Kia Soul R$ 1.000,00
Financiamento C3 R$ 600,00
Seguro dos automóveis R$ 350,00
IPVA R$ 300,00
Manutenção do automóvel R$ 100,00
Combustível R$ 300,00
Estacionamento R$ 200,00
Total R$ 2.850,00
Elaborada pelo autor
50
Despesas com Educação (Mês)
Curso de Inglês dos Filhos R$ 500,00
Faculdade de Administração
(Filho) R$ 550,00
Faculdade de Informática
(Filho) R$ 700,00
Total R$ 1.750,00
Elaborada pelo autor
Despesas com Lazer (Mês)
Academia - Filhos R$ 200,00
Pilates - Lourdes R$ 300,00
Mesada - Filhos R$ 400,00
Cultura R$ 300,00
Vestuário R$ 500,00
Total R$ 1.700,00
Elaborada pelo autor
Com todas as receitas e despesas do casal apuradas encontramos um
Déficit de R$ 700,00 (Setecentos reais). Necessitando recorrer a produtos de
bancos como: cheque especial e empréstimos. Com isso, o casal fica sujeito a
juros altos, perdendo ainda mais a sua capacidade financeira.
OBS: Não foram apresentadas despesas com alimentação, pois o casal
recebe tickets que suprem a necessidade.
Conclusão:
Esta família encontra-se com dificuldades financeiras, pois não realiza
efetivamente o controle dos gastos, bem como possui diversos financiamentos.
51
Primeiramente, esta família precisa dar continuidade na organização de
todos os gastos mensais formalizados. Com isso, possibilitando o controle
destes e verificando o poder de compras para o devido mês, sem a
necessidade de recorrer a empréstimos, pois prejudicaria ainda mais seu poder
de compra nos meses subseqüentes.
Ademais, com o devido controle, existe a possibilidade desta família
mudar o seu perfil de consumidora / endividada para poupadora, possibilitando
a compra de bens à vista reduzindo os custos com juros devido à ausência de
necessidade de recorrer a financiamentos e empréstimos.
52
CONCLUSÃO
No presente trabalho, foi enfatizada a necessidade de controlar de forma
eficiente as finanças pessoais. Para isso, foi necessário aprender como
organizar, controlar e planejar, bem como ter objetivos bem claros e definidos
no curto, médio e longo prazo. Pensando na tranqüilidade de vida e um futuro
despreocupado com as finanças e principalmente com as dívidas, é importante
que seja seguido os passos, principalmente a utilização da planilha
mensalmente para controlar a alocação das receitas, despesas e onde será
investido o capital, resultante do superávit da boa administração.
O controle das finanças pessoais envolverá todas as pessoas da sua
família, sendo que inicialmente será complicado e provavelmente algumas
brigas irão ocorrer, mas em um pequeno espaço de tempo todos irão se
beneficiar com os resultados obtidos.
Caso a família não consiga se controlar e gaste mais que suas receitas
comportem, começará um processo de endividamento, com a necessidade de
recorrer a empréstimos bancários e se sujeitando a pagamento de juros
altíssimos.
Porém se a família conseguir controlar as finanças de forma adequada e
obtiver um superávit no final do período, terá a necessidade de investir o capital
para que o mesmo se valorize. Com isso, foi demonstrado diversas formas de
investimento para a pessoa obter um conhecimento introdutório sobre tipos,
liquidez e formas de investimentos, bem como a explicação de perfil de risco
que cada indivíduo pode suportar.
O planejamento do orçamento doméstico é uma tarefa simples que
deveria ser implementada por todos, podendo o método ser aplicado para
todos os tipos de famílias, independente da classe social, variando somente a
alocação de valores para cada item e a exclusão ou inclusão de despesas e
receitas.
Um ponto importante a ressaltar é a situação econômica que o Brasil
está vivendo neste momento, quem estiver preparado e conseguir se controlar
e planejar de forma eficiente receberá bons frutos no médio e longo prazo.
53
Ademais, o principal objetivo deste trabalho, foi apresentar formas do
indivíduo equilibrar as contas, bem como descobrir todas as suas despesas e
obter maneiras de cortar os gastos desnecessários, gerando superávit. Com
isso investindo o capital resultante do superávit e conseguindo ganhar
rendimentos ao invés de pagar juros.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Casais. São Paulo: Gente, 2004.
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Nelson Brasil, 2008.
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de Previência Complementar. Disponível em:
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chamada-de-previdencia-complementar-4491979.html>; Acesso em
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de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
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55
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<https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?method=detalharNo
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_________. Inflação. Disponível em:
<http://www.renascebrasil.com.br/f_inflacao2.htm>; Acesso em 16/07/2011.
_________. Metas. Disponível em: <http://www.comoinvestir.com.br/financas-pessoais/meu-futuro/Paginas/default.aspx>; Acesso em 16/06/2011.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Alfabetização Financeira 10
1.1 – Conceito de Juros 11
2.2 – Inflação 13
CAPÍTULO II
Perfil Financeiro 17
2.1 - Perfil Pessoal 17
2.2 - Perfil do Casal 10
CAPÍTULO III
Planejamento Financeiro 24
3.1 - Elaborando o Orçamento Pessoal 26
3.2 – Identificando as Despesas 26
3.3 – Criação de Metas 31
3.4 – Orçamento (Real x Orçado) 32
CAPÍTULO IV
Investimentos 34
4.1 – Renda Fixa 36
4.2 – Previdência Privada 38
4.3 – Fundo de Investimentos 39
57
4.4 – Ações 39
4.5 – Derivativos 41
4.6 – Imóveis 42
CAPÍTULO V
Estudo de Caso 43
5.1 – Família com Perfil Poupador 43
5.2 – Família com Perfil Consumido / Endividado 47
CONCLUSÃO 52
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 54
ÍNDICE 56
58
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre
Título da Monografia: Finanças Pessoais - Planejando e Controlando as Finanças e Investimentos Pessoais de Forma Eficiente
Autor: Rafael Cardoso Franco da Rocha
Data da entrega: 16/07/2011
Avaliado por: Luciana Madeira Conceito: