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UMA LINGUÍSTICA DA ENUNCIAÇÃO
(FLORES, 2008, p.49-76)
Claudiene Diniz da Silva (UFPI)Email: diennedinniz@hotmail.com
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Signos vazios – aqueles que remetem a
enunciação, refletindo seu próprio emprego. Seu papel consiste em fornecer o instrumento de conversão da linguagem em discurso. Todos os indicadores de subjetividade são signos vazios.
Signos plenos – correspondem a conceitos, sem marca de unicidade. São representados pela não-pessoa. Vale ressaltar que a noção de pessoa, considerada vazia, se plenifica na enunciação.
Signos Vazios e Signos Plenos (p.62)
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Signos – é a unidade mínima distintiva do
sistema língua. (conceito de Saussure tomado por Benveniste)
Para Benveniste, há signos que implicam subjetividade (tem indicação de atividade de discurso) e existem signos que indicam conceitos, uma noção ampla, uma ideia relativa ao “mundo”, implicando objetividade.
Língua- sistema de signos diferenciais que contém a enunciação.
Subjetividade e Objetividade (p.63)
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Ao estudar os pronomes, Benveniste apresenta o EU
e o Tu como dêiticos, que tem referência na enunciação. Já o ELE é um anafórico, pois serve como um substituto abreviativo, uma vez que pertence a esfera cognitiva da linguagem, adequado para designar coisas da realidade subjetiva.
O par eu/tu são aos indicadores vinculados ao discurso. A vinculação da dêixis ao sujeito que assume a língua ao falar, ou como quis Benveniste, um indicador da subjetividade no discurso, em que as formas pronominais remetem à enunciação.
Dêixis e não-dêixis (p. 64)
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Conforme Benveniste:Poremos em evidência a sua relação com eu definindo-os: aqui e agora delimitam a instância espacial e temporal coextensiva e contemporânea da presente instância de discurso que contém eu. Essa série não se limita a aqui e agora: é acrescida de grande número de termos simples ou complexos que procedem da mesma relação: hoje, ontem, amanhã, em três dias, etc. (BENVENISTE, 1988: 279).
Dêixis e não-dêixis
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Anáfora – é o segmento que remete a um
antecedente, estabelecendo uma relação substitutiva ou representativa.
Pergunta: Por que o pronome ELE pode sob um ponto de vista ser dêitico e em outro anafórico?
Dêixis e não-dêixis (p. 65)
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Frase - é a unidade do discurso. Também
chamada de enunciado. É o dizer do sujeito, é a ideia materializada. Não tem extensão limitada.
Não se pode confundir frase/enunciado com enunciação, pois a enunciação é a língua posta em ação por um ato individual de utilização, o enunciado é produto da enunciação.
Ato individual – o sujeito se apropria da língua, e a atualiza, exprimindo sua atitude e seu contexto discursivo.
A noção de frase (p.67)
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Palavra – são signos comportando empregos,
noções sempre particulares, especificas, circunstanciais, nas acepções do discurso.
A noção de frase (p.68)
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Benveniste apresenta duas maneiras de ser
língua: semiótica e semântica. Semiótico – corresponde a ordem do signo,
unidade composta por significante e por significado. É da esfera paradigmática da língua.
Significante – forma sonora que condiciona e determina o significado, aspecto formal da unidade.
Significado – o que o signo significa não dá pra ser definido (...) Significar é ter sentido e nada mais. (BENVENISTE, 1989, p. 227)
As noções de forma e sentido (p.69)
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Semântico - é o campo do discurso. O
sujeito, ao tomar a palavra, se insere na língua, dela se apropria, reconhece signos e com eles constitui a frase.
O semiótico e o semântico são complementares.
Os signos da língua significam conceito, noção ampla e genérica. Ao se materializar na frase, o signo abandona seu caráter genérico, e expressa uma noção particular, circunstancial relativa a eu-tu-aqui-agora.
As noções de forma e sentido (p.69)
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Palavra não é Signo. A palavra é a materialização da
língua no enunciado. Retiradas do enunciado, são signos.
Discurso - é forma e sentido, forma para reconhecimento da língua e sentido para compreensão do que se expressa em uma situação de uso da língua. A língua tem as capacidades de dissociação e integração.
Níveis da língua Primeiro nível: fonemas Segundo nível: signos Terceiro nível: frase
As noções de forma e sentido (p.70-71)
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O sentido da palavra é dado por inter-
relações que se estabelecem no enunciado. O enunciado não é um somatório de significados, é uma unidade de significação, que é sempre único, por se estabelecer no discurso.
Sintaxe é um termo próximo a atualização, ou seja, língua em uso, palavra no enunciado convivendo com outras palavras. É também uma organização de palavras promovida pelo sujeito que expressa uma ideia.
Uma sintaxe a serviço do sentido (p.72-73)
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Para Benveniste, a língua é expressão de
dupla articulação: significância semiótica e significância semântica.
Significância semiótica - relativa a língua como sistema de signos virtuais, compartilhado por todos os membros de uma comunidade linguística.
Significância semântica – relativa a língua em uso.
Pergunta: Por que a língua é um sistema interpretado e interpretante?
Linguística da Enunciação: a unidade, o objeto, a noção fundante
(p.73)
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Para Benveniste, a língua é expressão de
dupla articulação: significância semiótica e significância semântica.
Significância semiótica - relativa a língua como sistema de signos virtuais, compartilhado por todos os membros de uma comunidade linguística.
Significância semântica – relativa a língua em uso.
Pergunta: Por que a língua é um sistema interpretado e interpretante?Baixar: http://www.slideshare.net/DienneDinniz
Linguística da Enunciação: a unidade, o objeto, a noção fundante
(p.73)
Perguntas
Qual unidade estudada pela Linguística
da Enunciação?
Qual é o seu objeto de estudo?
Qual a noção fundante dessa linguística?
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Linguística da Enunciação: a unidade, o objeto, a noção fundante
(p.73)
UMA LINGUÍSTICA DA ENUNCIAÇÃO
(FLORES, 2008, p.49-76)Livro: Enunciação e
gramática
Claudiene Diniz da SilvaEmail: diennedinniz@hotmail.com
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