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UMA ANALISE DA FORMAÇÃO ECONOMICA DO TERRITÓRIO MARANHENSE ATRAVÉS DA AGROPECUÁRIA: UM OLHAR A CERCA DA
ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA NO ESTADO
Silvana de Oliveira Moreno Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
miacatth@hotmail.com
Renata da Silva Pimentel Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
bel_rw@hotmail.com
Resumo Ao longo dos séculos a pecuária estava sendo desenvolvida como meio de subsistência, com o aumento da tecnologia acaba tomando proporções maiores e tornando um fator economicamente significativo de um país. O presente busca descrever a origem da pecuária no estado do Maranhão e a sua disseminação por grande parte do território. Nesse pressuposto, destacamos a agropecuária visando os pontos positivos dessa atividade, sabendo que a mesma tem vertentes negativas, tendo em vista a imposição ideológica da pecuária. Para isso, se haverá de recorrer aos princípios metodológicos Dedutivo e Hipotético-dedutivo, dentro de uma perspectiva qualitativa, a partir de uma análise em torno da revisão bibliográfica, vale salientar que buscamos acrescentar saberes com relação ao assunto supracitado:
Palavras-chave: Pecuária. Desenvolvimento Econômico. Agropecuária.
Considerações Iniciais
O presente artigo tem por finalidade a reflexão em torno de uma das principais
atividades econômicas desenvolvida no estado do Maranhão, a pecuária. Assim
buscamos por meio de uma considerável revisão bibliográficas em entrevistas e
publicações de site confiáveis sobre a atividade supracitada norteando esse trabalho
para o acréscimo de saberes e discernimento da pecuária, tendo como cunho o método
dedutivo, utilizado como perspectiva a lógica espiralar dos fatos; Hipotético-dedutivo,
baseado na proposta de atribuições aleatórias como fontes de esclarecimentos; além do
quesito Dialético, como fundamento para a necessidade de refletir-se sobre as possíveis
contradições.
Desse modo, o presente é constituído de um apanhado histórico em nível nacional ate
chegar ao estado do Maranhão, descrevendo como a pecuária surge e vem disseminando
em todo território, tornando-se uma atividade de suma importância para o estado, e
conseqüentemente no aumento da economia, além de expor os tipos de pecuária
destacando a extensiva, ou seja,desenvolvida em grandes áreas de terras e os rebanhos
criados soltos nos pastos sem muitos recursos tecnológicos.
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Nesse pressuposto, o trabalho descreverá os elementos da pecuária como fatores
positivos, propondo, no entanto um leque de discussão sobre o assunto, podendo o
mesmo ser direcionado para uma vertente negativa da atividade pecuarista, assim
conciliados com princípios histórico-reflexivos.
Análises Do Processo Histórico-Cronológico Da Pecuária E Como Se Tornou Uma Atividade Econômica No Maranhão A palavra pecuária vem do Latim “pecus”, o qual significa cabeça de gado. Ela consiste
em uma atividade econômica que está ligada à criação, domesticação e reprodução de
animais de várias espécies, como suínos, aves, equinos, ovinos, bovinos e bufalinos. E
essa atividade visa disponibilizar para o mercado alimentos como, carne, ovos leite, lã e
couro.Atravésda Lei Nº 11. 716, de 20 de Junho de 2008,foi instituído o Dia Nacional
do pecuarista, que é comemorado anualmente no dia 15 de Julho.
A pecuária é umas das profissões mais antigas que se conhece, e é até mesmo
mencionada na Bíblia como a primeira tarefa dada por Deus a Adão, o qual devia cuidar
e dar nome aos animais no Jardim do Éden. Essa profissão é anterior à agricultura, cerca
de cem mil anos. É uma espécie de aperfeiçoamento da atividade dos caçadores-
coletores, que primeiro aprisionavam os animais para depois os abaterem, porém
perceberam que podiam administrar sua reprodução, assim deixando de caçar e
cultivando pastos. Para Aruda (1993) nos afirma: No Brasil, os primeiros a praticarem a atividade pecuária foram os senhores da Casa da Torre de Garcia d’Avila, localizada no Município de São João, no Estado da Bahia,os quais usavam como vaqueiros, os índios. E com uma grande seca no Nordeste o polo pecuarista brasileiro foi transferido para as regiões Sul e Sudeste. A pecuária de bovinos é mais intensa no Centro-Oeste, Sul e Sudeste, já no nordeste predomina a criação de caprinos (cabra, bode) e muares (mula, burro).(ARUDA, 1993, p.75).
No Maranhão a pecuária é do tipo extensiva, que é desenvolvida em grandes áreas de
terras e os rebanhos são criados soltos nos pastos sem muitos recursos tecnológicos, e
apresentam baixa produtividade. Seus principais rebanhos são: Bovino (destinado a
produção de carne e leite), suíno (segundo principal rebanho do Estado), caprino e
ovino (voltados mais para o consumo familiar), bubalino (criado nos campos alagados),
aves (a galinha tem papel de destaque nesse rebanho), equinos, muares e asininos
(importantes no transporte para o pequeno trabalhador e auxilia na criação dos outros
rebanhos).
Cada um desses rebanhos estádistribuído pelo Maranhão de acordo com sua importância
e necessidade: os bovinos estão em Açailândia, Santa Luzia, Imperatriz e Riachão; os
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suínos em Caxias, Pinheiro, Codó e Santa Luzia; os bubalinos em Pinheiro, Viana e
Cajari; o caprino em Caxias, Chapadinha, Buriti e Codó, São Francisco do Maranhão,
Barão de Grajaú; os equinos em Codó, Caxias e Lago da Pedra; os asinino em Caxias,
Barra do Corda, Bacabal e Lago da Pedra; os muares em Lago da Pedra, Bacabal, Barra
do Corda e Santa Luzia; e as aves em São José de Ribamar, Paço de Lumiar, Santa
Luzia, Imperatriz e São Luís.
A atividade pecuária teve inicio no Maranhão através da entrada dealgumas cabeças de
gados trazidas pelas famílias que vieram do arquipélago dos Açores a mando da Coroa
portuguesa em 1615, pois esses haviam tomado a região das mãos dos franceses, e para
garantirem a posse das terras incentivaram a colonização portuguesa. Os criadores de
gado tiveram sua importância na conquista do território maranhense. As primeiras
fazendas de gado surgiram no sul do estado. E em 1751 a capitania já contava com oito
freguesias, duzentas fazendas de gado, das quais quarenta era em Pastos Bons e trinta e
cinco em Aldeias Altas.
A carne era uma mercadoria cara, em 1654, porém com a evolução da criação de gado e
aumento da oferta, os preços caíram. No final do século XVII o Maranhão possuía cerca
de duzentas fazendas de gado, mas não eram suficientes para abastecer a demanda da
população, portanto era necessário importar do Piauí cerca de 15.000 cabeças de gado
por ano. Nesse período os colonos portugueses adentraram ao interior das terras e ao
longo das margens do rio Mearim estabelecendo currais pra os gados. Segundo Aruda
(1993) ressalta que: O Maranhão contava com curtumes que preparavam os couros salgados para serem exportados para a América do Norte. E tinha indústrias para a produção de carne seca (1858). No ano de 1861, foi efetuado um levantamento do gado existente e de bezerros nascidos no Maranhão. E foi levantada a existência de 294.700 cabeças de bovinose o nascimento de 74.675 bezerros naquele ano.(ARUDA, 1993, p.78).
Os rebanhos tiveram a seguinte evolução dos anos 1938 a 1964: bovinos de 850.000 à
1.823.000; equinos de 168.000 a 350.000; os suínos de 448.000 a 2.763.000; os ovinos
de 86.000 a 285.000; e os caprinos de 163.000 a 703.000. O IBGE no Censo
Agropecuário constatou no dia 31 de dezembro de 2008, que nos 217 municípios do
Maranhão existiam 6.800.000 cabeças de bovinos. E os municípios que possuíam a
maior parte desse rebanho era Açailândia, Santa Luzia, Amarante do Maranhão, Bom
Jardim e Senador La Rocque.
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A pecuária contemporânea e os tipos mais encontrados no Maranhão
Pecuária de corte é um dos ramos de atividade que exerce o pecuarista, ou o criador de
rebanho. Existem tipos diferentes de pecuária de corte, variando de acordo com o tipo
de rebanho a ser abatido como bovinos, caprinos e ovinos.
O abate de novilho ou garrote, exige um rebanho mais aprimorado e maior tecnologia é
chamada de corte novo ou abate de novilhos. De gado velho, o corte é denominado de
abate velho ou gado de montaria. De gado confinado ou gado preso, esse tipo de abate é
usado para engorda do gado e posterior abate, quando precisa-se de carne mais nobre e
em maior quantidade. Seletivo, esse tipo de abate não é muito comum, pois usa-se
costumeiramente, abater o animal doente e posteriormente incinerar sua carcaça. Esse
tipo de abate, normalmente é realizado sob a supervisão da autoridade sanitária, pois
normalmente abata-se os animais doentes e os que tiveram contato diretos, como
medida de prevenção e erradicação da doença. No caso dos caprinos e ovinos o abate se
dá dos 4 aos 6 meses pois é o período em que se atinge um peso de caraça por volta dos
40 kg, a depender da raça ou cruzamento industrial..Segundo a entrevista publicada em
(2009) no site sagrama diz que:
Entre as diversas raças bovinas existentes no Brasil a mais comum é a raça nelore; uma das raças zebuínas. 80% do gado brasileiro é zebuíno (proveniente da Índia). Os outros 20% são de raças européias as mais comuns são: Aberdeen Angus; Holandês; Red Angus; Simenthal; Limousin; Lincoln Red, entre outras. De todo gado zebu no Brasil, 80% é nelore. Os outros 20% são das raças: Canchim; Gir; Guzerá; Indubrasil; Tabapuã; Sindi;entre outras.O nelore provou ser o melhor gado para o Brasil graças a sua adaptabilidade ao clima tropical do país.
No caso dos caprinos e ovinos todas as raças tem uma adapitabilidade boa aos nossos
climas e são divididas por aptidão. Para corte, leite, corte e pele e corte e leite. As raças
mais utilizados são: Ovinos de corte: Dorper,Texel,Suffolk, Hampshire Down. Ovinos
de dupla aptidão: Morada Nova, Somalis Brasileira, Santa Inês,Cariri. Caprinos de
corte: Boer, Savana, Boer. Caprinos de leite: Pardo Alpina, Toggemburg, Alpina
Britânica, Saanen, Murciana. Caprinos de dupla aptidão: Anglo Nubiana, Azul,
Canindé, Marota. Assim Aruda (1993) afirma que:
Na partir da década de 70, ocorre um grande processo de pecuarização nos chapadões do sul do Estado do Maranhão, graças a uma política de valorização agrícola das terras, que foi apoiado por uma série de incentivos fiscais oferecidos, sobretudo, pela Sudene e pela Sudam. Os dados do último Censo Agropecuário revelaram que esse Estado possui uma estrutura agrária extremamente concentrada, com 54 estabelecimentos de 10.000 ha e mais
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ocupando quase 10% da área total dos estabelecimentos agropecuários.(ARUDA, 1993,p.103)
A pecuária bovina é a principal atividade econômica do setor agrícola do estado. Seu
rebanho, de 3.902,6 mil cabeças, destina-se em sua quase totalidade ao corte. Em agosto
de 1996, das 3.902.609 cabeças que compunham o rebanho bovino do Estado, 1.409,6
mil eram vacas em condições de procriar. No período de 1995/1996 nasceram 804,8 mil
bezerros, dos quais 67,2 mil foram dados como vitimados antes de terem completado
um ano de vida. A taxa de natalidade é reduzida, indicando uma pecuária bovina
extensiva. Por outro lado a mortalidade de bezerros parece reduzida para os padrões do
Estado.
O Maranhão foi a locomotiva da pecuária de corte nordestina nos últimos 10 anos,
segundo estudo divulgado recentemente pelo BNB-ETENE. O estado liderou a oferta de
carne na região com taxa de crescimento duas vezes e meia acima da média regional no
período 1996/2006, tomando como base de cálculo a relação animais/habitante. O
mercado da pecuária de corte é vasto, normalmente com preços manipulados pelos
grandes abatedouros, é calculado por arroba (medida de 15 kg ).
A pecuária leiteira: uma ramificação que se tornou um fator positivo no aumento da economia do Maranhão Bacia leiteira é uma zona de abastecimento formada por várias fazendas ou
propriedades agrícolas que se dedicam à atividade de produção de leite, localizadas em
uma determinada região, canalizada para um processador e destinada a um centro de
consumo. Na região nordestina, puxada pelo crescimento do consumo das famílias, a
produção de leite aumentou 89,5% entre 2000 e 2010.
No Maranhão, as principais bacias leiteiras estão na região Tocantina e no Médio
Mearim. A raça mais utilizada de gado leiteiro no Maranhão é a Girolanda, originada do
cruzamento das raças gir e holandesa. A Girolanda é a raça responsável por 80% da
produção de leite no Brasil. Conforme a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão
(Aged): O rebanho maranhense de sete milhões de cabeças de bovídeos, 790 mil são animais de gado leiteiro, tendo a regional de Açailândia, a maior concentração - de 328.123 animais -, seguida de Imperatriz, com 241.107 animais, e Santa Inês, com 46.116 cabeças de gado.
Na região tocantina são coletados cerca de 35 mil litros de leite por dia e 90% desta
produção é transformada em queijo. Mas antes de todo o processo de industrialização, o
leite passa por laboratórios, para o controle da qualidade. A comercialização
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clandestina, a falta de infra-estrutura das estradas e até as condições de armazenamento
do produto ainda são os grandes entraves para o crescimento da cadeia produtiva da
indústria de leite no estado do Maranhão.
A produção de leite tem perspectivas de continuar crescendo na região, nos próximos
anos, podendo reverter a situação, passando a região de importadora para exportadora
de produtos lácteos.
Agropecuária no oeste Maranhense
O Estado do Maranhão, pela sua posição geográfica, constitui-se em uma área de
transição de biomas, o que é significativo em relação a sua economiadesde a segunda
metade do século XX que há uma estruturação do espaço econômico do Maranhão. Nos
anos 50, devido a uma série de melhoras infraestruturais, há uma expansão das áreas de
lavouras temporárias, notadamente do arroz.
Também se inicia, a partir da década de 70, uma ocupação dos chapadões do sul do
Estado, graças a uma política de valorização agrícola das terras. Ocorre nesse período
um grande processo de pecuarização, que foi apoiado em uma série de incentivos fiscais
oferecidos, sobretudo, pela SUDENE e pela Sudam.
Contudo a base econômica do estado está fortemente ligada agricultura tradicional,
Assim, os dados do último Censo Agropecuário revelaram que esse Estado possui uma estrutura agrária extremamente concentrada, com 54 estabelecimentos de10.000 ha e mais ocupando quase 10% da área total dos estabelecimentos agropecuários. A pecuária bovina é a principal atividade econômica do setor agrícola do estado. Seu rebanho, de 3.902,6 mil cabeças, destina-se em sua quase totalidade ao corte.( SEADE, p. 144)
Destaca-se que, apesar do tradicionalismo que caracteriza a agricultura maranhense,
registrou-se no último censo uma melhora no uso de tecnologias agrícolas (sobretudo no
que diz respeito à mecanização), nas pastagens e no uso de fertilizantes. Porem o acesso
ao credito, constitui-se ainda em um problema a ser resolvido, pois nem sempre o
credito oferecido é o suficiente para abastecer o campo nas compras de fertilizantes e
tecnologias para a cultura produzida.
Cumpre ressaltar a expansão da soja nas zonas de cerrado do Maranhão. O total de
1995-1996 (62,3 mil ha) ainda não é expressivo, mas houve avanço substancial, por
exemplo, em relação ao Censo Agropecuário de 1985 que registrava 7,2 mil ha.
Quanto aos efetivos dos principais segmentos da pecuária do Estado do Maranhão em
1996, destaca-se a bovinocultura, com um aumento moderado na última década. A
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avicultura praticamente estagnou, e a suinocultura, de dimensões modestas, declinou no
mesmo período.
A principal finalidade da pecuária bovina no Maranhão é a produção de Carnes, e
especialização na produção de leite nos estabelecimentos obtendo, portanto, um
expressivo consumo nos próprios estabelecimentos.
Uma cultura já disseminada é a soja conduzida principalmente em moldes empresariais.
A produção está concentrada na região de cerrado localizada no sul do Estado, tendo a
cidade de Balsas como o grande pólo regional. O processo produtivo, trazido por
migrantes do Centro-Sul, principalmente gaúchos, é totalmente mecanizado desde o
preparo do solo até a colheita e, por isso, pouco empregador de mão de obra.
Com relação ao restante das culturas, há uma tentativa de reintrodução do algodão no
Estado, principalmente na região de Codó. Por enquanto, a área cultivada ainda é muito
pequena. Também há esforços no sentido de desenvolver a fruticultura, especialmente
nas regiões com potencial de uso da irrigação. Apesar de as áreas serem pequenas, já
aparecem as culturas de abacaxi, banana, caju, coco e laranja como fontes potenciais de
geração de emprego na área rural. Diante disso Correa (2000) aborda que:
Na atividade pecuária, o principal destaque é a bovinocultura. O Estado do Maranhão possui o segundo maior rebanho bovino da região Nordeste, vindo atrás da Bahia. As atividades de corte e de leite, juntamente com a reforma de pastagens a elas associada, demandam mais de 90% da mão de obra ocupada na pecuária.(CORREA, 2000, p. 67)
Vale ressaltar que, no geral, trata-se de criações muito extensivas. A principal região de
pecuária mais modernizada, sobretudo a de corte, é a chamada Região Tocantina, que
tem Imperatriz como o maior eo mais importante polo produtor.
Outras atividades pecuárias presentes no Estado e não captadas nas estimativas do
Sensor Rural são: a bubalina cultura, desenvolvida nos campos alagados da Baixada
Oriental Maranhense; a ovino/caprinocultura, a piscicultura e a criação de outros
pequenos animais que estão sendo fomentadas, principalmente pelo Consórcio
Intermunicipal de Agricultura.
Um dos grandes desafios dessa pecuária é o combate à febre aftosa, já que o Estado do
Maranhão ainda não foi declarado área livre de aftosa e tem os preços de sua carne
deprimidos e a comercialização impedida de cruzar as fronteiras do Estado. Esforços
estão sendo feitos no sentido de reconstruir uma estrutura de fiscalização sanitária
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animal, que, no entanto foi extinta pelo próprio governo estadual num processo de
reforma administrativa.
O problema se tornou crítico para o desenvolvimento do Estado, pois áreas
contaminadas com febre aftosa também podem ter restringida a exportação de soja, em
virtude da possibilidade do contágio por meio de ração.
A fim de desenvolver o estado maranhense com os méritos da educação o governo
federal inseriu no Maranhão duas escolas agrotécnicas federais, localizadas nos
municípios de São Luís e de Codó. Criando esforços conjuntos em prol da melhoria das
condições de trabalho e vida no campo juntando as técnicas tradicionais da agricultura
familiar com a mecanização da agropecuária empresarial.
Considerações Finais
Desse modo, ao discorrer o presente estudo, teve-se por finalidade realizar
umlevantamento histórico da pecuária no estado do Maranhão e suas ramificações.
Vale ressaltar que a ocupação do estado do Maranhão foi fortemente condicionada pela
migração dos nordestinos nos anos 60 que se estabeleceram no interior do Estado em
busca de terra e água, praticando uma agricultura itinerante de subsistência. A expansão
de grandes projetos empresariais, principalmente da pecuária e dos reflorestamentos nos
anos 70 e 80, aliados ao declínio do ciclo do extrativismo vegetal, fecharam a "fronteira
agrícola interna" no Estado e forçaram a fixação da área explorada pelo agricultor
familiar, provocando um verdadeiro colapso do sistema itinerante de "roça no toco".
Contudo, como já foi supracitado no estudo, buscamos abordar os pontos positivos,
mais tendo consciência dos fatores negativos que essa atividade desencadeia. Portanto,
torna-se iminente tais discussões, para maior entendimento da pecuária, buscando
métodos oriundos da auto-reflexão.
Referências
ARRUDA, Z. J. de. Considerações econômicas sobre a produção de bezerros de corte. EMBRAPA Gado de Corte. Campo Grande. 6p. 1993. CORRÊA, A. N. S. Análise retrospectiva e tendências da pecuária de corte no Brasil. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA,37., Viçosa, 2000.
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MEIRELLES FILHO, João Carlos. Livro de ouro da Amazonia. 5. Ed. Rio de Janeiro: Ediouro,2006. OLIVEIRA NETO, Alvim Antonio de. Métodos e técnicas. In:__________. Metodologia da Pesquisa Científica: Guia pratico para a apresentação de trabalhos acadêmicos. 2. Ed. Florianópolis: Visual Books, 2006. Cap. 2. P R O J E TO DE D E S E N V O L V I M E N TO I N T E G R A DO DA B A C IA DOA R A G U A I A - T O C A N T I NS (1 9 8 5) Estudo do mercado de carne bovina. Brasília: Ministério do Interior VASCONCELLOS, Andre. Entrevista com agropecuaristas disponível no site: http://www.sagrima.ma.gov.br/index.php/noticias/8-noticiaultima/401-cresce-producao-de-leite-no-maranhao. Acessado em : 15/06/2012 as 08h:00.