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UM RETRATO DAS CAUSAS DE INTERNAÇÕES DA POPULAÇÃO IDOSA
RESIDENTE NO SEMIÁRIDO DO BRASIL, 2010-2015
Palavras-chaves: Causas de internação de idosos, Semiárido brasileiro, Taxa de
incidência de internação, Análise de cluster.
Kalline Fabiana Silveira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, kallinef@yahoo.com.br
Lara de Melo Barbosa
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, lara@ccet.ufrn.br
Izabelly Cristina Mendes Tinoco
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Izabellyt@gmail.com
Pollyanne Evangelista da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Pollyanne.e@hotmail.com
Marcos Samuel Matias Ribeiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, msamuel19@outlook.com
INTRODUÇÃO
O Censo Demográfico de 2010 revelou que o Brasil possuía mais de 190
milhões habitantes (IBGE, 2010), dos quais 53 milhões se concentram na Região
Nordeste. Nesse sentido, considera-se que o Nordeste tem um efetivo populacional
muito importante uma vez que respondia, em 2010, por 27,8% do total da população
nacional, cerca de 24% da população urbana e 47,7% da população rural brasileira. A
importância desse efetivo demográfico nordestino pode ser avaliada por ser o Nordeste
a segunda região mais populosa do País, perdendo apenas para a região Sudeste. As
projeções do IBGE para 2016 mostram que o Brasil chegou a marca de 206 milhões de
pessoas, a região Nordeste apresenta aproximadamente 57 milhões de habitantes. E
espera-se que em 2050 a população total ultrapasse 226 milhões de habitantes (IBGE,
2013).
A população com 60 anos e mais de idade ganha importância no total
populacional entre 1980 e 2010, ano do ultimo censo, passando de 6,63% para cerca de
9,03% do efetivo humano nordestino, crescimento significativo em apenas 20 anos. A
cada ano, cerca de 650 mil novos idosos são incorporados à população (VERAS, 2007).
Assim, em passos mais acelerados esta o crescimento da população idosa no País e
especificamente na região Nordeste, no qual se percebe um aumento proporcional dos
grupos etários com idades mais avançadas e a esse fenômeno se refere ao fenômeno do
envelhecimento populacional. Esse envelhecimento vem ocorrendo diante do efeito
combinado do declínio da mortalidade e da fecundidade verificado no Brasil ao longo
das ultimas cinco décadas. Nesse sentido, deve-se ressaltar que a sociedade brasileira
vem vivenciando transformações importantes na sua dinâmica demográfica (SILVEIRA
et.al., 2011).
No Nordeste, o inicio da queda da fecundidade ocorreu posteriormente as
regiões Sul e Sudeste do País (MOREIRA, 2000). Entretanto, tem-se verificado nos
últimos anos uma redução no número relativo de nascimento fato que ocasiona um
arrefecimento no ritmo de crescimento demográfico da região Nordeste.
Uma particularidade da região Nordeste é que uma parte importante dos seus
municípios está inserida numa área específica no País denominada região Semiárida.
Essa área é composta por 1.135 municípios.
No Brasil, a região do Semiárido ocupa uma área de 980.133 km² (Figura 1),
destes. No que tange à extensão territorial dos Estados, mostram que 92,97% do
território do Rio Grande do Norte estão na porção Semiárida, Pernambuco 87,60%,
Ceará 86,74%, Paraíba 86,20%, Bahia 69,31%, Piauí 59,41%, Sergipe 50,67%, Alagoas
45,28% e Minas Gerais 17,49%. Porém, considerando a dimensão territorial das grandes
regiões, o Nordeste apresenta 56,46% de seu território na porção Semiárida, o Sudeste
com 11,09 (INSA, 2012).
Quanto à distribuição proporcional do efetivo da população da região semiárida,
22.598.318 habitantes residiam na região em 2010, representando aproximadamente
12% da população brasileira. Destes 94,54% residem no Nordeste e apenas 4,5%
residem na região Sudeste. Em relação aos Estados, observou-se que, em 2010, a
participação do estado da Bahia representava 29,8% da população do Semiárido. Em
termos de Regiões a população do Semiárido Nordestino representa aproximadamente
40,3% da população do Nordeste, enquanto a porção Sudeste representa apenas 1,5% da
população da Região. Por esses fatores as características dessa região são tão
importantes quando se trabalha com a população Nordestina.
Outro aspecto importante é o fato da população da região se tornar cada vez
mais envelhecida do que o Nordeste como um todo, pois a proporção de idosos no
semiárido que era de 3,6% em 1970 passou para 8,2% em 2010, enquanto que para o
Nordeste essas proporções são de 3,2% e 7,2%, respectivamente (OJIMA; FUSCO,
2015). Segundo o Censo Demográfico de 2010, o Índice de Envelhecimento para o
semiárido apresentou uma relação de 42,55 idosos (60 anos ou mais de idade) para cada
grupo de 100 jovens (até 14 anos de idade), com destaque para o semiárido paraibano
que apresentou a maior relação entre idosos e jovens (50,42 idosos para cada 100
jovens), e o semiárido alagoano a menor relação (32,44 idosos para cada 100 jovens).
Sobre as atividades econômicas, a população do Semiárido, em linhas gerais,
caracteriza por exercer atividades ligadas basicamente à agricultura e a pecuária. Outra
particularidade reconhecida é que essa Região é o lócus da pobreza nacional. São altos
os níveis de pobreza que ainda padece essa população, em que pese à melhoria das
condições de vida da população nos últimos anos devido à implementação de políticas
publicas (AQUINO, LACERDA 2014).
O bioma de prevalência na região semiárida é caracterizado pela “caatinga”, que
dentro de sua formação vegetal entre os biomas que são apresentados na região
Brasileira, é um dos mais alterados pelas atividades humanas (CAPOBIANCO, 2002).
Nesta região se configura um clima seco/quente, e como colocado por Marengo (2008)
sofre graves problemas crônicos com a falta de água, onde os seus totais pluviométricos
anual chegam a ser inferiores a 800 mm.
O regime de precipitação pluviométrica, é configurado pela variabilidade
espaço-temporal que prevalece na região,quando associada aos baixos totais anuais de
chuva, resulta nas frequentes ocorrências de dias com ausência de precipitação, os
conhecidos veranicos, que posteriormente podem-se chegarem a ser configurados como
eventos de seca. As ocorrências desses veranicos muitas vezes estão associadas à
variação que ocorre na temperatura da superfície do mar – TSM, afetando
consequentemente a posição e intensidade da Zona de Convergência Intertropical –
ZCIT sobre o oceano atlântico (NOBRE; MELO, 2004). Bem como a influencia de
fenômenos atmosféricos de grande escala, como é o caso do el niño (SOUZA et al.,
2001).
Marengo (2006) argumenta que o Semiárido brasileiro sempre vivenciou, em sua
história, eventos extremos de secas, contudo, não é rara a ocorrência de chuvas
torrenciais e enchentes. Com a ocorrência desses extremos climáticos, a população
torna-se vulnerável. Ademais, estudos demonstram que os idosos, as crianças, os
doentes crônicos e as pessoas que vivem na linha da pobreza em particular, constituem
os principais grupos de vulnerabilidade climática (BARBIERI, 2011; CONFALONIERI
, 2002; ENAAC, 2011).
Assim, este estudo objetiva identificar as principais causas de morbidade da
população idosa residente no Semiárido brasileiro, no período de 2010 a 2015,
dividindo o período em 2 triênios (2010-1012; 2013-2015), dando um enfoque às
principais causas de internações hospitalares desses idosos. Ademais, pretende-se
caracterizar agrupamento de áreas mais ou menos vulneráveis as morbidades, para
verificar as áreas de maior incidências desses grupos de causas.
Figura 1- Delimitação da região Semiárida do Brasil
Fonte: Ministério da Integração Nacional (2005).
CENÁRIOS DO ENVELHECIMENTO E OS IMPACTOS NAS PRINCIPAIS
CAUSAS DE INTERNAÇÃO DE IDOSOS NO BRASIL
A sociedade brasileira vem passando por expressivas mudanças no que respeita
as transformações da dinâmica demográfica. Nesse aspecto a população brasileira vem
envelhecendo de forma rápida nas ultimas cinco décadas. Essas transformações se
iniciaram no país no início da década de 60 quando a queda das taxas de fecundidade
começou a declinar e trazendo como consequência alterações na estrutura etária de sua
população, estreitando progressivamente a base da pirâmide populacional e aumentando
o peso proporcional dos indivíduos com idades mais avançadas – os idosos
(CHAIMOWICZ, 1997).
As Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD’s) da década de 70
começaram a apresentar o fenômeno do declínio da fecundidade no Brasil que se
estendia para todas as regiões brasileiras, tanto nas áreas urbanas quanto rurais, e a todas
as classes sociais (CARVALHO, 2013). Em anos mais recentes, em termos relativos, a
população com 60 anos e mais de idade ganha importância no total populacional entre
1980 e 2050, aumentando em quase 5 vezes o seu contingente, passando de mais de
6,08% para 29,36% do efetivo humano nordestino (Tabela 1).
Tabela 1 – Brasil. Participação percentual da população, por grupos de idade, na
população total – 1980-2050
Grupos
de Idade
Ano
1980 1991 2000 2010 2020* 2030* 2050*
Brasil
100 100 100 100 100 100 100
0 a 14 38,23 34,73 29,6 24,08 20,28 17,56 14,07
15 a 64 57,74 60,45 64,55 68,54 70,37 69,38 63,28
65+ 4,03 4,83 5,85 7,38 9,36 13,06 22,65
60+ 6,08 7,3 8,56 10,79 13,65 18,17 29,36
70+ 2,32 2,94 3,74 4,84 5,98 8,65 16,13
75+ 1,2 1,65 2,13 2,88 3,54 5,23 10,75
80+ 0,5 0,77 1,08 1,54 1,95 2,81 6,63 Fonte dos dados Básicos: Censos Demográficos 1980, 1991, 2000 e 2010.
* Fonte: IBGE, 2013.
De acordo com dados do IBGE acredita-se que 2020 o número de idosos poderá
exceder a 30 milhões de pessoas no país, representando 13,6% da população total,
fazendo com que o Brasil ocupe a sexta colocação entre os países com maior número de
idosos (CAMARANO, 2002). Para 2050 as projeções do IBGE apontam um
contingente de mais de 66 milhões de pessoas com 60 anos e mais no Brasil, isso
representa aproximadamente 30% da população brasileira (Tabela 1).
A evolução demográfica que o envelhecimento populacional levou tem um
impacto significativo sobre as condições de saúde da população, com importantes
repercussões para o sistema de saúde. Sociedades envelhecidas têm uma maior carga de
doenças e incapacidades crônicas que, por sua vez, exigem maior gasto com
equipamentos, medicamentos e recursos humanos qualificados, modificando e
aumentando a demanda por serviços médicos e sociais (OMS, 2002).
Apesar do processo de envelhecimento não estar necessariamente relacionado às
doenças e às incapacidades, as doenças crônico-degenerativas são frequentemente
encontradas entre idosos. E o aumento no número de doenças crônicas está diretamente
relacionado com uma maior incapacidade funcional (ALVES et al., 2007).
Entre as causas mais frequentes de internações entre idosos, de ambos os sexos,
estão a insuficiência cardíaca, a bronquite/enfisema e outras doenças pulmonares
obstrutivas crônicas, seguidas pelas pneumonias, todas essas com relação a escassez de
líquidos e a climas secos (LOYOLA FILHO, 2004).
Os dados de internações do DATASUS apresentam que as principais causas de
internação de idosos no Brasil em 2015 foram doenças do aparelho circulatório (23,5%),
doenças do aparelho respiratório (14,9%), Neoplasmas (10,8%) e doenças do aparelho
digestivo (10,2%). O Nordeste apresenta o mesmo comportamento de causas de
internação para essa população, foi verificado que doenças do aparelho circulatório
também aparecem em primeiro lugar com 23,1%, seguidas pelas doenças do aparelho
respiratório com 14,5% e em terceiro doenças infecciosas e parasitárias com 11,2% e
em quarto lugar doenças do aparelho digestivo com aproximadamente 10% dos casos de
internações. Essas duas ultimas surgem principalmente em função das péssimas
condições de higiene e sanitárias como a falta de água tratada e o deficiente sistema de
esgotamentos ainda presente na região. (Brasil, 2006).
O idoso consome mais serviços de saúde, as internações hospitalares são mais
frequentes e o tempo de ocupação do leito é maior do que o de outras faixas etárias. Em
geral, as doenças dos idosos perduram por vários anos e exigem acompanhamento
médico e de equipes multidisciplinares permanentes, além de intervenções contínuas
(GÓIS E VERAS, 2010).
Diante disso, faz-se necessário caracterizar as áreas mais afetadas pelas
morbidades que mais acometem os idosos na região semiárida. Esse estudo é de
fundamental importância para prevenção e melhoria na qualidade de vida da pessoa
idosa e auxilia o Estado a prover serviços públicos adequados à garantia dos direitos dos
idosos em uma região que carece de cuidados nessa área.
MATERIAL E MÉTODOS
Esse estudo tem como foco os idosos da região semiárida com intuito de
caracterizar as áreas mais vulneráveis as morbidades selecionadas, foram levantadas as
informações dos casos de internações segundo o local de residência, para dois períodos
(2010-2011-2012, 2013-2014-2015), nos quais foi tomada uma média trienal dos casos
notificados, as datas centrais (em negrito) constituem as datas de referência.
As morbidades foram selecionadas de acordo com a classificação internacional
de doenças (CID 10) corresponde aos capítulos I (doenças infecciosas e parasitárias), IV
(doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas), IX (doenças do aparelho circulatório),
X (aparelho respiratório) e XI (aparelho digestivo). Foram selecionas essas doenças por
acometerem 75% dos idosos na região semiárida.
Os dados foram submetidos a uma análise descritiva exploratória por meio de
tabelas e gráficos para as taxas de internações dos idosos na região. Utilizou-se análise
de agrupamento hierárquico. O objetivo desse método estatístico é classificar os
elementos da amostra, ou população, em grupos de forma que os elementos pertencentes
a um mesmo grupo sejam similares entre si, com respeito às variáveis (características)
que neles foram medidas, procurando identificar os padrões de similaridade entre as
microrregiões considerando as morbidades selecionadas (Silva, 2014).
Para formação dos grupos (ou clusters) parte-se da observação dos diagramas em
árvore ou dendrograma construídos para cada um dos triênios estudados (2010-2011-
2012; 2013-2014-2015), arbitrando um corte ou divisão em algum ponto da distância
Euclidiana apresentada pelos mesmos, utilizando o método de agrupamento hierárquico,
utilizando o método de ligação de Ward. Com esse método, a distância entre dois
agrupamentos é a soma dos desvios quadrados dos pontos aos centróides. Esse método
de ligação busca minimizar a soma dos quadrados dentro do agrupamento, ou seja,
tende a produzir agrupamentos com números de observações similares.Porém, é
sensível a outliers.
O dendograma é uma síntese gráfica da análise de conglomerados e agrupa os
casos em função do padrão de similaridade, dispensando a determinação prévia da
quantidade de grupos. Os casos estão listados no eixo vertical, no caso, as microrregiões
do Semiárido. Quanto mais casos, maior é o peso do conglomerado. O eixo horizontal
ilustra a distância entre os clusters (grupos) quando eles são agrupados. É uma medida
de diferenciação entre os grupos. Quanto maior a distância, maior é a diferença entre os
casos.
O agrupamento foi realizado utilizando as principais causas de internação dos
idosos residentes no Semiárido Brasileiro, essas doenças estão enumeradas nos
capítulos 1 (Algumas doenças infecciosas e parasitárias), 4 (Doenças endócrinas,
nutricionais e metabólicas), 9 (Doenças do aparelho circulatório), 10 (Doenças do
aparelho respiratório) e 11 (
Doenças do aparelho digestivo) de acordo com a CID 10, essa escolha foi tomada pois o
acumulado dessas causas somam 75% de todas as causas de internações no período
estudado.
Para análises estatísticas foram utilizados os programas estatísticos R versão
2.12. e terraview versão 3.4.0.
RESULTADOS
De todas as 1506837 internações hospitalares notificadas dos idosos residentes
do Semiárido informadas entre os anos 2010 a 2015, cerca de 75% das causas referem-
se aos Capítulo I - Doenças infecciosas e parasitárias, Capítulo IV - Doenças
endócrinas, nutricionais e metabólicas, Capítulo IX - Doenças do aparelho circulatório,
Capítulo X - Doenças do aparelho respiratório, Capítulo XI - Doenças do aparelho
digestivo da Classificação Internacional de Doenças - 10 (CID-10).
A tabela 1 apresenta a distribuição proporcional das internações por local de
residência dos idosos segundo a CID-10 - capítulos I, IV, IX, X, XI e Outros para os
dois momentos no tempo considerado no estudo (2010-2012 e 2013-2015). A principal
causa de internação nos dois períodos foi o Capitulo referente as doenças do aparelho
circulatório (Cap. IX) apresentando em torno de 33% do total das internações em
ambos os períodos, tais dados corroboram com achados de Gois e Veras, 2010 que
mostraram que as doenças do aparelho circulatório foram a principal causa de
morbidade e mortalidade para o grupo de 60 anos e mais. Tais autores ainda
argumentam que essa posição de liderança entre as causas de morbidade entre os idosos
vêm ocorrendo desde o ano de 1994 para o Brasil. Também, as doenças do aparelho
respiratório (22,9% em 2010-2012 e 23,4% em 2013-2015, respectivamente), as
doenças infecciosas e parasitárias (19,2% em 2010-2012 e 19,1% em 2013-2015,
respectivamente), as doenças do aparelho digestivo (13,8% em 2010-2012 e 14,8% em
2013-2015, respectivamente) e as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
(10,0% em 2010-2012 e 10,0% em 2013-2015, respectivamente) se constituíram outras
principais as causas mais frequentes de internação entre os idosos residentes no
semiárido brasileiro. Nesse sentido, destaca-se que na comparação dos resultados,
percebeu-se uma similaridade das principais causas de internação entre os períodos
estudados, apresentando pequenas variações percentuais para os dois períodos estudado.
Na Tabela 2 é possível observar a distribuição das taxas de internações
hospitalares para principais causas de internação para os dois períodos estudados. Os
resultados apresentam que, entre os idosos do Semiárido, as cinco maiores taxas de
internação foram Cap IX- Doenças do aparelho circulatório (316,95 por 100 mil hab. no
triênio 2010-2012 e 285,03 por 100 mil hab. no triênio 2013-2015, respectivamente),
Cap X- Doenças do aparelho respiratório (214,79 por 100 mil hab. no triênio 2010-2012
e 201,44 por 100 mil hab. no triênio 2013-2015, respectivamente), Cap I- Doenças
infecciosas e parasitárias (179,76 por 100 mil hab. no triênio 2010-2012 e 164,83 por
100 mil hab. no triênio 2013-2015, respectivamente), Cap XI- Doenças do aparelho
digestivo (129,37 por 100 mil hab. no triênio 2010-2012 e 121,89 por 100 mil hab. no
triênio 2013-2015, respectivamente), Cap IV- Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas (93,39 por 100 mil hab. no triênio 2010-2012 e 86,25 por 100 mil hab. no
triênio 2013-2015, respectivamente).
Dessa forma, os resultados mostram que o predomínio das taxas de internação
entre os idosos por doenças relacionadas ao aparelho circulatório e respiratório, fato que
corrobora outros estudos que abordam essa temática (Gois;Veras, 2010; Lima-Costa et
al, 2009). Ademais, os resultados mostraram que as taxas de internação tiveram uma
redução no período considerado. As doenças do aparelho circulatório foram aquelas que
apresentaram maior redução da variação percentual na taxa de internação entre os
períodos considerados (-10,1%). Destaca-se também a redução da variação percentual
das causas relacionadas às doenças Cap I- Doenças infecciosas e parasitárias, mostrando
uma redução de 8,3 pontos percentuais entre os dois triênios. .
Tais reduções podem estar associadas ao curto intervalo de tempo considerado
no estudo, uma vez que se espera que a ocorrência de doenças entre os idosos nesta fase
da vida pode se relacionar com morbidades crônicas, muitas vezes acometendo esses
idosos de forma severa (SILVEIRA, 2011). Mas em linhas gerais essa redução não foi
tão acentuada e ainda demonstra resultados muito similares o que indica uma
consistência na base de dados considerada no estudo.
Tabela 2: Proporção das Principais causas de internações no semiárido para os triênios
2010-2012 e 2013-2015.
Capitulo CID10
Internações por período
2010-2012 2013-2015
N % N %
Cap IX- Doenças do aparelho circulatório 216025 33,93 202612 33,16
Cap X- Doenças do aparelho respiratório 146396 22,99 143190 23,44
Cap I- Doenças infecciosas e parasitárias 122517 19,24 117168 19,18
Cap XI- Doenças do aparelho digestivo 88172 13,85 86645 14,18
Cap IV- Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas. 63654 10 61313 10,04
Total 636764 100 610928 100
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Tabela 3: Taxa de internação (por 100mil/hab) por capitulo da CID10 para a Região
Semiárida do Brasil, Triênios 2010-2012; 2013-2015.
Capitulo CID10 Taxa de internação Taxa de
2010-2012 2013-2015 Variação
Cap I- Doenças infecciosas e parasitárias 179,76 164,83 -8,30
Cap IV- Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas. 93,39 86,25
-7,64
Cap IX- Doenças do aparelho circulatório 316,95 285,03 -10,07
Cap X- Doenças do aparelho respiratório 214,79 201,44 -6,21
Cap XI- Doenças do aparelho digestivo 129,37 121,89 -5,79
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Objetivando visualizar os distintos padrões espaciais das taxas de internação
entre os idosos segundo as principais causas de morbidade no âmbito das microrregiões
do semiárido, elaborou-se mapas temáticos referentes a essas taxas em dois pontos no
tempo – 2010-2012 e 2013-2015.
Em linhas gerais, a comparação entre os padrões espaciais da taxa de internação
dos idosos mostram que há uma pequena discrepância entre os anos considerados, os
mapas permite identificar a disseminação espacial dessas causas entre as microrregiões
do Semiárido brasileiro. (Mapas 1, 2 e 3).
O Mapa 1 mostra os resultados da Taxa de incidência das doenças infecciosas e
parasitárias para os dois períodos analisados, percebe-se que houve uma melhoria nas
taxas no geral apresentando uma redução da incidência desse grupo de causas nas
microrregiões brasileiras,essa redução pode ser melhor percebida, principalmente, nos
Estados da Bahia e do Piauí.
No segundo mapa aparece a evolução das doenças endócrinas nutricionais e
metabólicas, nele é possível perceber um aumento das taxas de incidência nas
microrregiões do Estado de Minas Gerais e no leste da Bahia, e melhoria na Paraíba e
no oeste do Ceará.
Para as doenças do aparelho circulatório (Mapa 3), percebe-se poucas alterações
entre os dois períodos estudados, houve diminuição nas taxas em microrregiões da
Paraíba, do Piauí e da Bahia. Esse padrão foi apresentado anteriormente na tabela 3.
As doenças do aparelho respiratório (Mapa 4) e do aparelho digestivo (Mapa 5)
apresentaram o mesmo comportamento de queda nas taxas entre os 2 triênios,
mostrando que houve melhoria nas principais causas de internação de idosos no
semiárido.
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Mapa 1: Taxa de incidência das doenças infecciosas e parasitárias das microrregiões do
semiárido brasileiro, para os triênios de 2010-2011-2012 e 2013-2014-2015
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Mapa 2: Taxa de incidência das doenças endócrinas nutricionais e metabólicas das
microrregiões do semiárido brasileiro, para os triênios de 2010-2011-2012 e 2013-2014-
2015
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Mapa 3: Taxa de incidência das doenças do aparelho circulatório das microrregiões do
semiárido brasileiro, para os triênios de 2010-2011-2012 e 2013-2014-2015
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Mapa 4: Taxa de incidência das doenças do aparelho respiratório das microrregiões do
semiárido brasileiro, para os triênios de 2010-2011-2012 e 2013-2014-2015
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Mapa 5: Taxa de incidência das doenças do aparelho digestivo das microrregiões do
semiárido brasileiro, para os triênios de 2010-2011-2012 e 2013-2014-2015
As microrregiões foram classificadas segundo as causas de internações como:
doenças infecciosas parasitárias, endócrinas, nutricionais e metabólicas, circulatório,
respiratório e digestivo da população idosa do semiárido brasileiro, baseando-se nas
condições dos triênios de 2010-2011-2012 e 2013-2014-2015, resultando 4 grupos (G1,
G2, G3,G4 e G5).
A análise de agrupamento teve por objetivo criar grupos homogêneos entre si e
heterogêneos dentre os grupos, ou seja, dentro de cada grupo as microrregiões têm
características similares quanto a taxa de internação, e entre os grupos são heterogêneos.
Desta forma, o dendrograma resultante para o triênio em 2010-2011-2012
(Figura 4) apresenta os quatro grupos formados pela análise: na Tabela 4 é possível
verificar que o grupo 1 foi composto por 23 microrregiões (17%), grupo 2 por 60
(44%), grupo 3 por 27 (27%) e grupo 4 por 27 (20%). Os grupos que compõem o grupo
1 do triênio 2013-2014-2015 foi composto por 41 microrregiões (29,9%), o grupo 2 por
36 (26,3%), grupo 3 por 16 (11,7%) e o grupo 4 por 44 (32,1%).
O Mapa 6 mostra que as microrregiões classificadas no primeiro triênio (2010-
2011-2012) no grupo 1 apresentaram uma taxa de internação (186,68) considerada alta,
o grupo 2 apresentaram uma considerada muito alta (247,11), o grupo 3 apresentaram a
menor taxa de internação (91,55), e por fim, o grupo 4 apresentaram uma taxa de
internação moderada (152,77). Para o triênio de 2013-2014-2015 (Figura 5), o grupo 1
apresentaram uma taxa de internação alta (188,45), o grupo 2 apresentaram a maior taxa
(257,21), o grupo 3 a menor taxa de internação (76,16), e o grupo 4 classificou-se como
moderada (122,49).
Figura 4: Dendrograma (clusters) das doenças dos capítulos 1,4,9, 10 e 11 de acordo
com a cid 10 das microrregiões do semiárido brasileiro para o triênio 2010-2011-2012.
Figura 5: Dendrograma (clusters) das doenças dos capítulos 1,4,9, 10 e 11 de acordo
com a cid 10 das microrregiões do semiárido brasileiro para o triênio 2013-2014-2015.
31
96
120
88
125
130
71
29
83
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73
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19
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13 4
105
76
78
50
90
47
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44
45
34
58
103
15
106 6
61 9
137 2
57
22
134
86
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20
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24
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23
75
32
65
51
30
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16
95
108
25
59
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118
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33
102
111
46
98
37
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55
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100
18
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133 7
123
17
132
113
119
40
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63 5 8
104
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35
26
121 1
28
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79
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62
81
14
124
42
12
66
02
46
810
Triênio 2010-2011-2012
hclust (*, "ward.D2")
Microrregiões
dis
tancia
843
33
111
11
26
107
39
48
58
28
102
35
75
23
32
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54
69
25
60
135
122
38
116
104
115
121
14
42 1
114
36
70
89
128
46
118
37
95
16
24
101
55
74
45
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108
112
94
44
64
86
91
67
20
109
22
134
52
100
30
87
136
51
103
61 6 9
65
82 2
137
57
15
106
80
41
81
62
79
56
124
110
93
117
85
50
73
66
130
29
71
13
76
105 4
77 5
63
10
21
40
113
119
129
98
17
68
34
84
53
132
12
99 7
27
133
123
131
31
88
120 3
125
72
127
96
126
92
19
47
49
83
78
90
05
10
15
Triênio 2013-2014-2015
hclust (*, "ward.D2")
Microrregiões
dis
tancia
Tabela 4: Classificação das morbidades dos capítulos 1, 4,9,10 e 11 de acordo com
análise de cluster.
Grupos
(clusters)
Quantidade de
microrregiões
% de
microrregiões Média Classificação
Triênio 2010-2011-2012
G1 23 17,0 186,68 Alto
G2 60 44,0 247,11 Muito Alto
G3 27 20,0 91,55 Baixo
G4 27 20,0 152,77 Moderado
Triênio 2013-2014-2015
G1 41 29,9 188,45 Alto
G2 36 26,3 257,21 Muito alto
G3 16 11,7 76,16 Baixo
G4 44 32,1 122,49 Moderado Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Fonte: Baseado nos dados do DATASUS
Mapa 6: Distribuição espacial das microrregiões do semiárido brasileiro, para os
triênios de 2010-2011-2012 e 2013-2014-2015.
CONCLUSÕES
Este estudo procurou avaliar as principais causas de internações dos idosos no
semiárido brasileiro e traçar o perfil das microrregiões segundo essas causas, percebeu-
se que houve uma maior incidência das doenças do aparelho circulatório, respiratórias,
infecciosas e parasitárias, do aparelho digestivo e as endócrinas, nutricionais e
metabólicas que somaram 75% das causas de internação dos idosos para esse período.
Usou-se o período de 2010 a 2015, dividindo em dois triênios 2010-2012, 2013-
2015, com o intuito de perceber alterações nos padrões de internação entre esses
períodos.
De acordo com os resultados verificou-se uma diminuição na taxa de internação
dos idosos independente de causa, os mapas temáticos serviram de base para perceber
de forma ilustrativa onde houve as maiores quedas das taxas, e em quais microrregiões
houve aumento no período analisado.
As doenças do aparelho circulatório foram as responsáveis pelo maior volume de
internações de idosos na Região Semiárida, seguida pelas Doenças do aparelho
respiratório, as infecciosas e parasitárias, do aparelho digestivo e por ultimo as Doenças
endócrinas, nutricionais e metabólicas. Todas as causas apresentaram quedas entre os
períodos, e as doenças do aparelho circulatório foi a que apresentou maior variabilidade
do primeiro triênio para o segundo.
Por fim a analise de cluster foi de grande importância, pois serviu para criar
grupos de microrregiões com padrões de internação similares entre si. Percebeu-se que
os grupos que apresentavam a maior média de internação no primeiro triênio
classificados como Muito Alto era o que apresentava o maior contingente de
microrregiões, esse grupo perdeu em número de micro, porem aumentando em termo de
taxa média de internação, os grupos que mais cresceram no segundo triênio foram os
classificados como Moderado e Alta taxas de internação, acumulando mais da metade
das microrregiões do semiárido brasileiro.
Espera-se que os resultados desse trabalho sirvam de alicerce para novas
políticas públicas de prevenção de doenças junto a essa população residente no
Semiárido.
REFERÊNCIAS
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