Post on 24-Feb-2016
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Trovadorismo
Literatura – Aula 1
1. Contexto HistóricoTrovadorismo (1189-1418)- Idade Média (Primeiros registros)- Povos bárbaros- Feudos- Suserano x Vassalos- Cobiça territorial- Reis (acúmulo de poder e influência)- Monarquia absoluta (final da Idade
Média)
1. Contexto Histórico- Feudos em colapso x cidades
cresciam- Quantia de dinheiro
• Igreja • Era de viagens
2. Gêneros literários medievaisIdade média portuguesa: prosa e poesia
Prosa = Novelas de cavalaria
Poesia = Gênero lírico (cantigas de amor e cantigas de amigo) Gênero satírico (cantigas de escárnio e cantigas de
maldizer)
* Dialeto galego-português
3. ProsaNovelas de cavalaria - Aventuras de um herói- Código de ética- Episódios de enfrentamento e de
envolvimentos amorosos
Aquele dia, hora da prima, rezada a missa, fez Lancelote cavaleiro seu filho
Galaaz, assim como era costume. E sabei que quantos lá estavam agradavam-se
de sua aparência; e não era maravilha, porque naquele tempo não se podia
achar em todo reino de Logres donzel tão formoso e tão bem feito; porque em
tudo não se podia achar nada em que o censurasse, exceto que era meigo demais em seu modo de ser .
(A DEMANDA DO SANTO GRAAL, 1988: 28).
4. Poesia – Gênero líricoPoesia lírica – Cantiga de amor
- Coita (sofrimento amoroso/dor amorosa)
- Vocativo (apóstrofe): mia senhor, fremosa mia senhor...
- Veio da canção da antiga provença
Quer' eu em maneira de proençalfazer agora hum cantar d' amor,e querrei muit' loar mia senhor,a que prez nem fremosura nom fal,nem bondade; e mais vos direi en:tanto a fez Deus comprida de bemque mais que toda las do mundo
val.
(D. Dinis)
Vocabulário:
- Proençal: provençal- Loar: louvar- Prez: qualidades- Fal: falta- Comprida: repleta- Val: Vale
4. Poesia – Gênero líricoPoesia lírica – Cantiga de amigo
- Era de viagens (cruzadismo e primeiras travessias) = ausência
- Entoada pela moça (composta pelo poeta)
Não me digades, madre, mal, se ireiVer o-sem-verdade que namoreiNa ermida do soveral,U me el fez muitas vezes coitada estar,Na ermida do soveral.
Não me digades, madre, mal, se eu forVeer o-sem-verdade e o mentidorNa ermida do soveral,U me el fez muitas vezes coitad'estar,Na ermida do soveral.
(Martin de Grijó)
Vocabulário:
- Não me digades mal: Não me repreendais
- Ermida do soveral: na capela, onde existem sobreiros (tipo de árvore)
Não me digades, madre, mal, se ireiVer o-sem-verdade que namoreiNa ermida do soveral,U me el fez muitas vezes coitada estar,Na ermida do soveral.
Não me digades, madre, mal, se eu forVeer o-sem-verdade e o mentidorNa ermida do soveral,U me el fez muitas vezes coitada estar,Na ermida do soveral.
(Paralelismo e refrão)
5. Poesia – Gênero satírico Os homens da Idade Média participavam
igualmente de duas vidas: a oficial e a carnavalesca, e de dois aspectos do
mundo: o piedoso e sério, o outro, cômico.
Esses dois aspectos coexistiam na sua consciência, e isso se reflete claramente
nas páginas dos manuscritos dos séculos XIII e XIV, por exemplo nas lendas que narram a vida dos santos.
(Mikhail Bakhtin)
5. Poesia – Gênero satíricoSátira visa a criticar, a agredirRidicularizar por meio do riso
Cantiga de escárnio: - não menciona nomes- irônica- duplo sentido
Cantiga de maldizer:- nominais- grosseiras