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TRIATHLON EM REVISTA março.2011
EU SOU Débora Macedo
EU SOU Débora Macedo
PEDAL Segurança e Velocidade
PEDAL Segurança e Velocidade
EM R
EVIS
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NATAÇÃO CICLISMO CORRIDA
Atleta busca o tetra e lidera sua equipe no Estadual de Triathlon
Atleta busca o tetra e lidera sua equipe no Estadual de Triathlon
ANO I - EDIÇÃO 3 - MARÇO2011
MARCOSHALLACK
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MARCOSHALLACK
2 www.triathlonemrevista.com.br
caixa.gov.br
A CAIXA acredita no atleta brasileiro.
Por isso, investe cada vez mais em
programas de formação de novos
talentos, patrocina competições
nacionais e internacionais, delegações
inteiras, além de realizar importantes
eventos para competidores de todos os
níveis. Porque, para a CAIXA, esporte
não é só medalha; é transformação, é
inclusão social. E contribuir nesse sentido
justifi ca ainda mais o nosso apoio.
Keila Costa – Salto em distância
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Fabiano Peçanha – Atletismo
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8 Mais uma edição pronta e aqui em suas mãos.
Este mês nossa matéria de capa conta um pou-
quinho da história de Marcos Hallack, tricam-
peão de triathlon do Estado do Rio de Janeiro.
Carioca com sotaque mineiro, Hallack vem com
força total de Juiz de Fora em busca do tetra-
campeonato. Junto com ele, vem os triatletas
da Saúde Performance, que promete brigar
pelo título por equipes.
E os triatletas do Rio que se cuidem, por que os
mineiros vão mesmo invadir a nossa praia. Tam-
bém de Minas vem os atletas da TRIPLEX Team
Agora é esperar e aparecer dia 20 de março no
Aterro do Flamengo para competir ou pres-
tigiar esta prova olímpica na cidade sede das
Olimpíadas de 2016. E vem aí a TRIATHLON TV.
Aguarde!
Enquanto isso...
BOA LEITURA!
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LIGHT - PARCEIRA DO ESPORTE
EU SOU - DÉBORA MACEDO
PEDAL SEGURO
VELÓDROMO
CIRCUITO RIO ANTIGO
6AMIGOLEITOR,
JORNALISTA RESPONSÁVELPaulo Prudente - MTB 20.644-RJ
COLABORAÇÀOMarcelo LealWalter TucheMarcio Schmidt
CONTATOredacao@triathlonemrevista.com.brcomercial@triathlonemrevista.com.br
4
MARCOS HALLACK
ESTADUAL DE TRIATHLON
TREINAMENTO - MARCELO LEAL
SIMULADO
MÍDIA KIT
22CIRCUITO RIO ANTIGODIRETO DA REDAÇÃO
CONSELHO EDITORIALPaulo PrudenteMarcelo NissenbaumRaphael Pazos
PROJETO GRÁFICOwww.grupoesphera.com.br
Pablo Casadio, Diogo Fiochi, Marcius Itaborahy, Marcos Hallack, Carolina Hallack, Marco Capitão e
Luciano Queiroz.
Foto de Márcio Schmidt / schmidtdigital.com.brAgradecimento: Escola de Educação Física do Exército
CONSULTORIA JURÍDICAMourão, Silva, Muniz & Carvalho AdvogadosAssociados
A Triathlon em Revista é uma publicação daECO - Idéias Esportivas, com distribuição gratuita.
4 www.triathlonemrevista.com.br
PARCEIRA DO ESPORTEO INÍCIO
“Há mais de cem anos, a Light é uma
grande parceira no desenvolvimento sus-
tentável do Rio e tem, como política de
patrocínio, estimular o desenvolvimento
sócio-cultural nos 31 Municípios de sua
área de concessão, localizados no Vale do
Paraíba, Baixada Fluminense e região Me-
tropolitana do Rio, incluindo a capital.
Ao longo de sua história, a Light procu-
rou incentivar a prática esportiva e apoiou
eventos que servissem de exemplo e bus-
cassem a melhoria da qualidade de vida da
população.”
CICLISMO, NATAÇÃO E CORRIDA
“A Light desde 2007 apoia as Olimpíadas
da Baixada que, até hoje, reúnem várias
modalidades em um “intercâmbio” entre
os municípios e que promovem a socializa-
ção por meio da prática sadia e da convi-
vência pelo esporte.
Também foi parceira de Lars Grael na dispu-
ta olímpica na classe Star da vela, uma das
modalidades que historicamente trouxe ao
Brasil muitas medalhas.
Nesses últimos anos, a Light vem apoiando,
em especial, esportes ao ar livre, que valori-
zam a relação do atleta com o meio ambien-
te como natação, ciclismo, maratonas etc.
A geografia da cidade do Rio permite asso-
ciar as modalidades esportivas ao cenário
mágico da orla, da arquitetura centenária
e todo o legado cultural da história do país.
Em dois eventos recentes, a Copa Light de
Ciclismo e o Circuito Light Rio Antigo - Cor-
rendo por ruas históricas do Centro da Ci
dade, os atletas uniram cultura e esporte.
Além da Maratona do Rio e o Match Race,
que aconteceram em cartões postais cario-
cas.”
Copa Light de Ciclismo, Circuito Light
Rei e Rainha do Mar e Circuito Light Rio
Antigo. Isso para ficar apenas nas três
modalidades que compõe o triathlon.
Essa tem sido a relação da Light com
o esporte. A empresa tem se destaca-
do como umas principais parceiras dos
esportes ao ar livre. Triathlon em Revis-
ta ouviu Paulo Pinto, diretor de Novos
Negócios e Institucional da empresa.
Aproveitamos para perguntar quando
o triathlon será vist0 com carinho pela
Light.
Paulo Pinto.Diretor de Novos Negócios e Institu-cional da LIGHT.
LIGHT
TRIATHLON EM REVISTA março.2011
DENTRO DA LIGHT
“O apoio ao esporte começa “dentro de casa”. A Gente da Light
tem uma academia de ginástica na sede da empresa, exclusiva
para os empregados, com salas de alongamento, spinning, pilates,
aparelhos de musculação de última geração etc.
O programa Qualidade de Vida promove caminhadas e ativida-
des esportivas durante todo o ano e implementa programas de
antitabagismo, educação alimentar, vacinação de gripe, correção
postural, saúde oral, entre outros. Já detectamos, através desse
nosso grupo, que o esporte é fator motivacional importante para
o empregado. Soma-se a isso a crença da Diretoria de que o in-
vestimento em qualidade de vida traz retornos significativos em
produtividade, retenção de talentos e diminuição na ausência de
empregados por motivos de saúde. Os funcionários são incentiva-
dos a participar dos diversos eventos esportivos ao longo do ano,
em especial, os que tem a parceria da Light. Entre os resultados/
benefícios dessas ações, está a descoberta de talentos em diversas
modalidades. Em seu quadro de funcionários, a Light tem judocas,
karatecas, nadadores, velejadores, maratonistas, jogadores de ru-
gby, futebol, volei, ciclistas, remadores etc.”
IMAGEM
“A prática de esportes sempre será um instrumento de formação
individual e de socialização do cidadão, uma ferramenta para a
educação de crianças e jovens. Desenvolve disciplina, dedicação,
persistência, respeito, alegria, meritocracia e solidariedade: valo-
res defendidos pela Light. É importante para a Light manter cada
vez mais sua imagem associada à educação, qualidade de vida sau-
dável e à sustentatibilidade.
Soma-se a isso, o fato de os grandes eventos promoverem a cida-
de, movimentarem a economia, permitindo um aumento cada vez
maior na presença de turistas. E, ao contribuir com a promoção e
desenvolvimento dos municípios da nossa área de concessão e da
promoção da imagem do Rio de Janeiro, a Light investe indireta-
mente no seu maior negócio: distribuir energia.”
OUTROS ESPORTES“A Light está atenta aos proje-tos que colaborem com a me-lhoria da qualidade de vida da população e promovam a cida-dania. Assim como o Triathtlon, o apoio a outras modalidades não está descartado, desde que esteja de acordo com a nossa estratégia e nossa política de patrocínios. Estudamos meca-nismos para estar ainda mais presente nas comunidades pa-cificadas também por meio de patrocínios esportivos e cultu-rais. Comunidades que podem se tornar um banco de talentos
para o esporte brasileiro.“
EM R
EVIS
TA
NATAÇÃO CICLISMO CORRIDA
6 www.triathlonemrevista.com.br6 www.triathlonemrevista.com.br
EU SOU
DÉBORA MACEDOO INÍCIO
Engenheira, 36 anos, sempre adorei esporte. Já pratiquei vários ao longo da vida, es-
pecialmente natação e atletismo. Casei-me, fui mãe aos 18 anos e parei de praticar es-
portes. Voltei aos 26 anos, quando minha vida já estava mais organizada. Aos 29 entrei
para a equipe de corrida da Embratel, onde trebalho. Comecei a gostar das corridas e
me destacar no grupo. Aos 34 anos tive uma fratura por estresse no tornozelo depois
de exagerar nos treinos (cheguei a correr 75km por semana sem orientação de técnico
e por puro vício). Resolvi voltar a nadar e conversando com um colega de empresa que
praticava triathlon decidi comprar uma bike. Comprei uma humilde Caloi Strada, que
me serve muito bem até hoje e entrei de cabeça no mundo do triathlon. Filiei-me à
FTERJ e resolvi fazer todas as provas estaduais.
TREINOS, TRABALHO E LAZER
Como só faço provas curtas (no máximo a distância olímpica), não é tão complicado
conciliar os treinos com as demais atividades. Treino antes e depois do trabalho e na
hora do almoço. Às segundas, quartas e sextas eu corro das 7 às 8h num quarteirão
perto de casa, faço musculação de 12 às 13h na academia dentro da Embratel, e nado
de 20h às 21h na academia Physical, perto da minha casa. Nas terças e quintas, treino
ciclismo no rolo das 6h30 às 8h, em casa. Aos sábados e domingos, os treinos variam
dentre ciclismo na estrada, natação no mar e corrida na areia, conforme a planilha
passada pelo técnico Neném, que atualmente está me assessorando. Quanto ao lazer,
os treinos por si só já funcionam como lazer, mas costumo ir toda semana ao cinema.
COMPETIÇÕES
Minha vontade é participar de todas as provas para as quais eu esteja fisicamente apta,
atualmente significaria todos os aquathlons, duathlons e triathlons até a distância
olímpica. Porém, tenho como limitação o investimento em cada prova: despesas com
inscrição, passagem e hospedagem.
ESSA MARCOU
O primeiro triathlon olímpico de que participei, em 20/06/10. Na época, não tinha
nenhum técnico me assessorando e o meu autotreinamento não foi suficiente. Fui a úl-
tima colocada e terminei bastante quebrada. Porém, senti-me vitoriosa por concluir a
prova. O objetivo é treinar e participar de provas por prazer, buscando bons resultados,
porém sem neurose em ter alta performance. Já passei da idade de ser atleta olímpica,
portanto quero apenas me superar. Minha cobrança é ganhar de mim mesma, melho-
rando minhas marcas a cada prova.
8 www.triathlonemrevista.com.br
PEDAL SEGURONuma escala de 0-10, a segurança está en-
quadrada com índice 10. Não há cartilhas
ou regras perfeitas para se sentir 100%
seguro. Simplesmente porque mui-
tos acidentes não são provocados
por ciclistas. Muitas variáveis não
podem ser controladas por quem
está no pedal: motoristas bêbados ou
dormindo ao volante e pedestre atra-
vessando a rua sem prestar atenção,
etc. Poderíamos, facilmente, citar 100
exemplos e deixar todos de cabelo em
pé. O propósito é criar uma reflexão.
O que pode ser feito de fato para mini-
mizar erros está intimamente ligado ao
ciclista.
Pedalar acompanhado é um excelente co-
meço. Não ouvir música ao pedalar tam-
bém. Ter uma visão e audição aguçados
também previnem acidentes. Imagine-se
pedalando na estrada com um calor de
40°; distância de 100km; intensidade mo-
derada; água quente na garrafa; humida-
de alta; e cansaço por uma semana de trei-
no. Sabe quantas variáveis podem estar
contra você? Falta de reflexo, diminuição
da coordenação motora e desempenho,
raciocínio lento, falta de concentração,
hipoglicemia. No ciclismo, um segundo
pode valer uma vida.
A grande maioria que pedala na estrada
necessita estar atenta à alimentação, à
hidratação, ao condicionamento físico,
às altas temperaturas e outros fatores.
O atleta nesse ambiente exaustivo pode
sofrer severas alterações momentâneas
(musculares e cognitivas). A primeira pode
não causar um desastre, mas a segunda
alteração pode.
por Marcelo Nissenbaum e Walter Tuche
Seja pontual! Chegue 5
a 10 min. antes do início
do treino e tenha tempo para
ouvir as instruções e se prepa-
rar adequadamente.
Não fale de forma rísp-
ida com o companheiro
de pelotão.Respeite o SER HU-
MANO ao seu lado e
zele pela sua segurança
e dos outros.
Dê preferência às cami-
sas de nossa equipe nos
treinos.Use luz de alerta na
bicicleta (vermelha na
traseira, branca na dianteira).
Pedale de óculos, luvas,
capacete (sem este
não saia de casa) e vestuário
adequado (camisas largas não
devem ser utilizadas).
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Preste atenção nos tra-
jetos que você pedala e
memorize os buracos ou alter-
ações na pista.
Pedale olhando para a
frente e para as lat-
erais.Esteja atento
às leis do trânsito.
Não freie desnecessária
nem bruscamente
no meio do pelotão.Não troque de faixa
de rolamento sem avisar
e tampouco sem olhar. Lembre
que com você estarão várias
pessoas.
Em ultrapassagens a ônibus
e carros, esteja atento pois
você nunca estará sozinho e mui-
tas vezes haverá bicicletas atrás
de você por mais de 40 metros.
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2021
Pedale no grupo onde
sua capacidade física
o permita andar com certo
conforto.
Se você nunca andou em
grupos grandes, não de uma de
valente nos primeiros dias se metendo
na frente do pelotão, mesmo sendo um
ciclista experiente.
Não falte aos treinos! A
maioria das pessoas não
falta, e no seu retorno, você
ficará para trás.
Não fique bravo se
tomar uma bronca, pode
ter certeza que ela serve pra
todos Tenha exata noção
da sua capacidade
física.
Pedale em fila de 2 pes-
soas.
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TRIATHLON EM REVISTA março.2011
21 8143.5020www.waltertuche.com.br
Prepare seu mate-
rial cuidadosamente na
véspera de cada sessão de
treinos.
Não fale de forma rísp-
ida com o companheiro
de pelotão.
Calibre os pneus de sua
bicicleta diariamente
(tenha uma bomba de pé em
casa). Isso evitará furos e
acidentes.
Dê preferência às cami-
sas de nossa equipe nos
treinos.
IPOD NÃO PODE!
A audição é um sen-
tido muito importante para o
ciclista. O uso do mesmo põe em
RISCO todo o grupo.
Não converse durante o
treino, se o fizer, fale
BAIXO.Faça manutenção
periódica de sua bici-
cleta.10
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Pedale defensivamente:
mantenha-se a cerca
de 1 metro da bicicleta à sua
frente.
Pedale olhando para a
frente e para as lat-
erais.
ESCUTE TODA E
QUALQUER ORIEN-
TAÇÃO DOS PROFESSORES.
OBEDEÇA - LHES!!!
Não freie desnecessária
nem bruscamente
no meio do pelotão.
Não seja afobado
para não “perder”uma
roda, você poderá
DERRUBAR O GRUPO.
Antecipe-se a uma situ-
ação de risco
com sua visão periférica.Tenha cuidado
sempre, acidentes
acontecem em baixa
velocidade também.
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GUARDE SEU EGO
NO BOLSO.Se você nunca andou em
grupos grandes, não de uma de
valente nos primeiros dias se metendo
na frente do pelotão, mesmo sendo um
ciclista experiente.
Olhe a tarefa que está
Não fique bravo se
tomar uma bronca, pode
ter certeza que ela serve pra
todos
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Leve seu material
para reparo:
câmera reserva, espátula,
bomba ou cilindro de co2
e saiba como utilizá-los.0405
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Você só estará na
frente do pelotão se for
escalado por um dos profis-
sionais.
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Pelo simples fato de
você não estar na
frente do grupo ou num grupo
por hora mais forte, não quer
dizer que você é fraco.
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10 www.triathlonemrevista.com.br
do Rio de Janeiro abre as portas para
os interessados em conhecer e pra-
ticar as modalidades de Ciclismo de
Pista. As clínicas são pré-requisito para treinar no velódromo e ocorrem aos sábados, das 14h às 17h.
“A procura tem sido relativamente boa. Acredito que daqui em diante aumente ainda mais, até pela
divulgação boca-a-boca que será feita pelos participantes”, diz Antônio Márcio, diretor de Velódromo
da Federação de Ciclismo (FECIERJ) e instrutor da clínica junto com Álvaro da Costa Ferreira Júnior.
Ter à disposição um local adequado e de alto nível para treinamento, segundo Antônio Márcio, faz
com que os atletas se transformem quando entram na pista. “Me chama a atenção a reação de cada
um quando começa a pedalar na pista. No início existe um misto de medo e admiração quanto à pista
e às bikes de pinhão fixo, sem freio e marcha, mas depois que começam a pedalar, entram em êxtase
e não querem parar”.
As clínicas, limitadas a 20 participantes por sessão, são supervisionadas pela FECIERJ e contam com
a participação do mecânico Erlon Otávio M. Soares (Tavinho). Há bicicletas disponíveis no local e o
interessado deverá levar seus equipamentos de uso pessoal (uniforme, sapatilha, luvas e capacete). As
inscrições podem ser feitas pelo site WWW.BIKEBROS.COM.BR. Mais informações pelo telefone da
própria FECIERJ: (21) 2620-6566.
Quando pensamos em velocida-
de no ciclismo, imediatamente
pensamos em provas de pista
(velódromo). Velocistas são prin-
cipalmente preocupados com o
desenvolvimento do seu sistema
ATP-CP. Para conseguirem isso, o
treinamento deverá conter esforços curtos mas muito intensos, normalmente com cerca de 10 segun-
dos de duração. É importante descansar o suficiente entre os esforços. Se o esforço é muito intenso,
como o de uma volta rápida, poderá descansar por 10 minutos antes de fazer outro. Se o esforço é rela-
tivamente curto, como um tiro de 100 metros, então o período de descanso pode ser de 2 a 3 minutos.
O treinamento contrarresistência (musculação) é útil para velocistas, o que significa treinamento pe-
sado para os membros inferiores. Segundo Paul Rogers, responsável pelo treinamento físico da Equipe
Nacional Australiana, um treino de musculação típico teria um pequeno aquecimento aeróbico, leg-
-press unilateral pesado, fortalecimento para as costas e abdômen, além de um trabalho para a região
da cintura escapular e trabalho aeróbico de volta a calma bem leve. O agachamento pode substituir o
leg-press uma vez por semana sendo feito 2 ou 3 vezes por semana. O trabalho da parte superior do
corpo é alternado para que exercite toda essa parte uma vez por semana. Treinos específicos, intensos
e de curta duração na bicicleta podem ser realizados 2 ou 3 vezes por semana. Você também pode fa-
zer musculação e sprints no mesmo dia. A musculação é a melhor maneira de desenvolver a força, mas
também deve-se gastar tempo na bike fazendo um trabalho intenso para maximizar a transferência de força ganha na musculação.
Trabalhos longos na estrada não são recomendados, pois irão gastar energia sem fazer você ficar mais rápido. Lembre-se, se você
quer ser um velocista, principalmente no velódromo, precisa treinar como um velocista. Não é à toa que o melhor sprinter da atuali-
dade no pelotão Pro-Tour, Mark Cavendish, começou sua carreira de ciclista na pista. BONS TREINOS!
Antonio Marcio Domingues Ferreira. Profissional de Educação Física Técnico de Ciclismo de Pista Nível 1 pela Confederação Brasileira
de Ciclismo. Diretor de Velódromo – Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro. CREF 000157-G/RJ – www.bestfit.com.br
TREINAMENTODE VELOCIDADE
VELÓDROMO
O VELÓDROMO
12 www.triathlonemrevista.com.br
À primeira vista o sotaque não deixa dúvidas: atual tricampeão estadual
de triathlon do Rio é um mineiro. Mas o próprio Marcos Hallack já vai logo
adiantando: “Sou carioca, nasci no Rio mas mudei-me para Juiz de Fora ain-
da muito pequeno”. E é de lá que Hallack promete trazer uma galera para,
junto com ele, fazer bonito no Campeonato Estadual de Triathlon, que
começa em 20 de março. Liderada por este carioca com sotaque mineiro
a Saúde Performance promete brilhar no campeonato que tem distância
olímpica e será disputado na cidade que em 2016 vai receber os melhores
do mundo. Mas quem é Marcos Hallack?
A CARREIRA
Aos 30 anos, Marcos Hallack já competiu em vários países. Entre 2003 e
2004 foi classificado entre os 15 melhores triatletas do país. Ano passado foi
o 3º colocado no Brasileiro de Longa Distância. É o atual tricampeão esta-
dual de Triathlon Olímpico e está entre os 35 melhores no ranking mundial
de Duathlon.
PROVAS MARCANTES
“Alguns eventos foram especiais e estão guardados na minha memória. Em
2000 venci o Sulamericano entre os amadores em Mar del Plata. Largar em
um Mundial também é sempre bacana, especialmente quando se tem a
honra de largar na Elite. Vivi essa emoção em 2005 na Dinamarca, 2009 nos
EUA e 2010 na Alemanha. O Ironman também é sempre especial!”
O INÍCIO
“Em 1993 um primo apareceu nas comemorações de Ano Novo com o VHS
MARCOS
HALLACK
Marcos Hallackabriu uma série deentrevistas da novaTRIATHLON TV
TRIATHLON EM REVISTA março.2011
“Pratico triathlon desde 1994. Acredito que persis-tência e paixão me fizeram chegar até aqui. Não me considero um atleta de talento e sim alguém que nunca parou simplesmente porque gosta muito do que faz.”
do Ironman do Havaí. Na época adorava basquete e participava de provas de corrida de rua em Juiz de
Fora. Assisti aquilo e fiquei doido. Em 1994 meu primo me chamou para participar de uma prova em
Santos. Me matriculei em uma aula de natação, treinei por dois meses e fui. Corri com uma MTB que
ele me emprestou e nadei toda a prova de peito apavorado com o mar. Terminei o short triathlon em
1h35min. Nunca mais parei!”
DEDICAÇÃO
“A época em que mais me dediquei ao esporte foi quando morei em Niterói. Partcipava de provas in-
ternacionais e me mudei para lá para ficar perto do mestre Neném (Carlos Eugênio Ferraro). Cheguei a
fazer 15 treinos por semana. Treinava com Ezequiel Morales, Roberto Tadao, Mamelo e outros, foi um
período muito especial.”
FAMÌLIA E ESPORTE
“Hoje sou 100% envolvido com esporte, treino um grupo grande
de corredores e triatletas, dos iniciantes aos avançados. Tenho um
bom patrocínio, (MIZUNO) que me garante a possibilidade de par-
ticipar de bons eventos. O trabalho exige muito e treino menos do
que gostaria. Minha prioridade é a Saúde Performance. Emprego
cinco profissionais que dependem de nosso trabalho para viver, as-
sim como eu. Minha família entende e apóia. A chegada do Davi
foi realmente um marco. Certamente ele é parte fundamental na
minha motivação para vencer um dia após o outro!”
A EXPECTATIVA
“Acredito em bons resultados da equipe nesta primeira etapa. Es-
pero por em prática o que treinei. Não me preocupo tanto com re-
sultado, gosto de focar na minha performance, vou para fazer meu
melhor. Tenho chance de vencer se estiver em um bom dia e tudo
der certo. Mas não há prova ganha antes da chegada.
Bons atletas querem vencer e a briga vai ser boa. A equipe vem forte também no Short com o Pablo
Casadio, que em 2010 foi o 3º geral no Campeonato. Diogo Fiochi também promete bons resultados.
Em 2010 ele só correu a última etapa. Foi o segundo triathlon de sua vida e ele chegou em 5º no geral.
No Olímpico, Marcius Itaborahy vem forte novamente. Ele foi campeão em sua faixa etária em 2010
e está motivado. Além desses teremos outros atletas que podem se destacar nas categorias, a força
de cada um irá nos ajudar também na disputa por equipe. Em 2011 a Saúde Performance vai entrar
na disputa em todas as modalidades do campeonato: Triathlon Olímpico, Short Triathlon, Duathlon e
Aquathlon.
De Araruama, na Região dos Lagos, Karen Krichanã vem buscar o bi-
campeonato estadual. A triatleta de 29 anos treina forte para não de-
cepcionar em sua terceira temporada nas provas da FTERJ. “Treino
todos os dias, duas vezes por dia, às vezes três com intervalo de duas
horas de um treino para outro. Por semana são 20 km de natação, 5
horas de bike, 30 km de corrida. Compenso com a musculação”, avisa
Karen, que ganhou a primeira etapa do Estadual de Aquathlon.
Apaixonada por esportes, Karen começou sua trajetória no triathlon
pela natação, por onde acabou chegando ao aquathlon. Já disputou
diversas provas de maratonas aquáticas, entre elas o “FestVerão”, um
“Brasileiro” na Urca, um “Mundial” no México. “A entrada no triathlon
foi uma conseqüência do aquathlon. Me adaptei rapidamente e já par-
ticipei de duas etapas do Brasileiro”, conta Karen, que com apoio da
Prefeitura de Araruama, da Stetic e da Fac-Unilagos, também conquis-
tou o vicecampeonato brasileiro de aquathlon. “Para essa temporada,
minhas expectativas são as melhores possíveis. Treino forte pra obter
bons resultados. Tanto nos estaduais, como no brasileiro ou no mundial
na minha categoria”, completa Karen. Para conhecer um pouco mais a
atleta acesse http://karenkrichana.blogspot.com
“Nós vamos invadir sua praia”, hit do gru-
po Ultraje a Rigor, sucesso na década de
80 promete ser mesmo a trilha da primei-
ra etapa do Estadual de Triathlon. Quem
manda o recado é Schubert Abreu, presi-
dente da Associação Triathlon Master de
MG: “Existe um grande ditado que diz que se Minas não tem mar, va-
mos pro bar. Neste caso 15 triatletas decidiram mudar a rota e ir para
a Praia do Flamengo disputar o Estadual de Triathlon”. Os destaques
são os atletas da Triplex Team (Triathlon Experts Team): Bruna Vascon-
cellos, Luiz Felipe Vilela, Rafael Araújo e Túlio Mendes irão fazer sua
primeira prova de Triathlon. Bruna Vasconcellos é um bom exemplo de
que os corredores de rua procuram novos desafios e acabam migran-
do para o Triathlon: “Comecei a correr há quatro anos. Desde então
tive a oportunidade de participar de várias competições de corridas de
rua, desde provas de 5km até uma maratona. Com o passar do tempo
comecei a ficar saturada de tantas corridas de rua. Em 2010 conheci o
Schubert e vários outros triatletas. Há apenas três meses treino ciclis-
mo e posso dizer estou amando essa nova realidade.
Minha meta é completar bem meu primeiro short triathlon. Não estou
preocupada com tempo, mas em finalizar bem a prova.”
UAI
KAREN
ESTADUAL DE
TRIATHLON
“Os anos passam mas nosso Triathlon fica.
As gerações se sucedem, os herdeiros vão chegando, a familia vai
crescendo e... sempre cabe mais um ! Nada mais justo, portanto,
que recebamos estas novas gerações no ambiente que mais gos-
tamos: o Triathlon”.
“Não vamos mudar nosso foco, queremos melhorar cada vez mais
as nossas provas, mas achamos importante a presença daqueles
que mais torcem por nossos atletas: sua família.”
TRIMINIpor Júlio Alfaya - Presidente da Federação de Triathlon do RJ
www.trimini.com.br
“Pensando nisso e vendo essa galerinha chegando de mansinho nas nossas provas, tomamos a inicia-tiva de criar um espaço para recebê-las, e que ba-tizamos de Espaço TriMi-ni.”
Julio Alfaya - Presidente da Federação de Triathlon do RJ
16 www.triathlonemrevista.com.br
NA
SPIS
TAS
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RM
USC
ULA
ÇÃO
Existe um grande consenso na literatura e no meio esportivo de que atletas ou praticantes de
atividades físicas regulares devem dedicar grande parte de seu treinamento usando a ativida-
de esportiva que praticam. Isto quer dizer, se um indivíduo é nadador, ele deve treinar nadan-
do! Várias adaptações específicas ocorrem no corpo do indivíduo quando este realiza os movi-
mentos característicos de um determinado esporte. Desde adaptações relacionadas ao gestual
esportivo, até alterações fisiológicas que ocorrem de acordo com as demandas do exercício. No entan-
to, outras atividades podem dar suporte para melhorar o desempenho destes praticantes. Neste cená-
rio, a musculação vem sendo muito utilizada como parte da rotina de treino em diversas modalidades.
A musculação é conhecida por aumentar o tamanho das fibras musculares e por promover ajustes que são
opostos àqueles gerados pelo treino aeróbio. Por isto, muitos atletas como corredores ou ciclistas de longas
distâncias, por exemplo, optam por não fazer musculação, com receio de que isto prejudique seus resultados.
Puro mito! Fortes evidências na literatura mostram que a incorporação deste tipo de treino a uma rotina pré-
-existente de corrida ou ciclismo, não exerce qualquer efeito negativo sobre o desempenho aeróbio. Ao contrá-
rio disto, alguns protocolos trazem benefícios para estes atletas. Mas como
isto acontece?
Na edição 2 da Triathlon em Revista, Marcia Ferreira ressaltou a importância
de variáveis como a economia de corrida e o VO2 máximo para corredores.
Alguns estudos mostram que em indivíduos destreinados, um programa de
musculação na forma de circuito pode aumentar o VO2 máximo. Circuitos
duram em torno de 30 minutos por sessão com um pequeno intervalo de
recuperação entre as passagens pelas estações, e podem ser uma boa es-
tratégia para iniciar um trabalho de condicionamento. Porém, em atletas ou
sujeitos treinados, a musculação parece não ter impacto sobre o VO2 máxi-
mo. Então, como ela pode ajudar?
Quando iniciamos um programa de musculação, além das adaptações mus-
culares, todo o sistema nervoso responsável pelo controle destes músculos
também precisa se adaptar. E é isto que parece contribuir para a melhora do
desempenho em corredores. Um estudo mostrou que quando corredores
de longa distância foram submetidos a um treino de explosão na muscu-
lação, estes aumentaram sua potência muscular e diminuíram seu tempo
de corrida. Estes resultados foram atribuídos à adaptação neuromuscular
gerada pelo treino de explosão que mostrou influenciar positivamente a
economia de corrida.
As evidências mostram que a musculação pode melhorar o desempenho
de corredores. Porém, se seu objetivo principal for ganhar força e você é
um apaixonado por treino aeróbio, tome cuidado, pois o
contrário não é verdadeiro.
Marcelo LealLicenciado em Educação Física - UFESMestrado em Ciências (Genética do exercício) - USP
“Sol a pino e aqueles loucos ali, pedalando”. Esta deve ter sido a
reação de quem passava pelo Posto 6 de Copacabana no dia 20 de
fevereiro. Naquele dia, coordenada pelos treinadores Bernardo
Tillmann e Suyanne Lourenço, a Tribus Adventure organizou um
supersimulado para seus atletas inscritos no Ironman Brasil 2011.
Foram 2.000m de natação (4 voltas de 500m), uma hora e meia de
pedal no rolo e 15km de corrida (3 voltas de 5km). Com este for-
mato, os atletas se cruzaram várias vezes independente do ritmo
de cada um. “Além de chamar a atenção dos curiosos, o simula-
do, com este formato, serviu para que os atletas incentivassem
’SOL A PINO’
TRIATHLON EM REVISTA março.2011
uns aos outros, unindo ainda mais a equipe na preparação para
este grande desafio, que é o Ironman Brasil”, disse Bernardo
Tillmann.
Após o simulado, atletas e treinadores foram recebidos por
Gustavo Slaib na 3Shop para um café da manhã.
O próximo Simulado está marcado para abril e será aberto para
outros interessados. Para os que estarão no Ironman é uma óti-
ma oportunidade para testar equipamentos e melhorar o con-
dicionamento físico.
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Fiel à sua missão de fortalecer e massificar o triathlon, a natação, o cliclismo e a corrida, a Triathlon em Re-vista promoveu no fim de janeiro no Mar Palace uma reunião de trabalho entre o Secretário de Esportes do Rio de Janeiro, Romário Galvão, e as Federações de Triathlon (FTERJ) e de Ciclismo (FECIERJ).
Na oportunidade as duas federações, representadas respectivamente por Júlio Alfaya e Arthur Castro, en-tregaram ao secretário seus calendários de competi-ções e eventos para o ano de 2011. As duas federações aproveitaram a oportunidade para solicitar à Secreta-
DIRETO DA REDAÇÃOria de Esportes e Lazer (SMEL) a oficialização de algu-mas áreas para treinamento de ciclismo, como o autó-dromo de Jacarepaguá e o elevado da Perimetral.
“É a primeira vez que um secretário de esportes vem ao nosso encontro. Isso mostra a intenção da prefeitura e a boa vontade do poder público em prestigiar os calen-dários das federações de triathlon e de ciclismo do Rio de Janeiro. Afinal estamos sempre sujeitos à disponibi-lidade de datas por conta dos grandes eventos de corri-da no Aterro. A maioria deles puramente promocionais “, disse Júlio Alfaya, presidente da FTERJ.
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