Post on 17-Apr-2015
Transtorno Esquizofrênic
o
• A alienação mental, sob qualquer aspecto considerada, constitui tormento de grande porte, em face da distorção da realidade
que envolve o paciente.
• Incapaz de compreender as ocorrências existenciais, arma-se
de revolta e de animosidade contra tudo e todos, em
mecanismo inconsciente de defesa, de modo a enfrentar
quaisquer situações de maneira agressiva, sem idéia das
conseqüências que advirão.
• Apresentando-se em qualquer período da existência física, tem
caráter hebefrênico, quando atinge os jovens em plena
adolescência, neles produzindo alterações na área da afetividade,
estados de regressão, hipocondria...
• Na idade adulta, expressando-se de maneira perversa, induz a vícios e dependência alcoólica, ou deles
decorrentes, à perda da sensibilidade afetiva, da lucidez racional lógica, encarcerando o paciente em conflitos íntimos
tormentosos, que o levam a delírios e à agressividade inesperada.
• Na mente distorcida em que se encontra o paciente, a realidade comparece de maneira mágica e
perturbadora, apresentando quadros terrificantes que impelem à violência como
consequência do terror que se lhe instala.
• Pode apresentar-se de um para outro momento, ou desenvolver-se
lentamente, sempre grave a dissociação entre os sentimentos e a
inteligência, isto é, acontecem as alterações afetivas enquanto ainda se expressam relativamente bem as
faculdades intelectuais.
• Há uma grande variedade de sintomas, porquanto alguns
pacientes apresentam distúrbios na esfera moral, levando-o a atos
delituosos, enquanto outros sofrem de despersonalização, não mais identificando-se ou deixando-se
desintegrar, indiferentes, na área psicológica.
• Normalmente apresentam-se perturbações da conduta,
exteriorizando-se de maneira bizarra e esdrúxula, traduzindo a
desagregação mental.
• De alguma forma, no começo, em forma psicastênica progride até
ao estado de adinamia funcional, adicionando-se obsessões, fobias,
escrúpulos, remorsos, conflitos contínuos.
• Podem ser classificados diversos tipos de perturbações
características da conduta esquizofrênica: rigidez,
desagregação do pensamento, incoerência, ideias delirantes,
entre as quais as de perseguição.
• São inumeráveis as causas etiopatogênicas, variando, desde aquelas de aspecto morfológico,
às fisiológicas, propriamente ditas, assim como as de natureza
psicológica.
• Diferentes escolas psiquiátricas apresentam as suas causas e
discutem-nas com vigor, procurando, cada uma tornar-se determinante, sem a inclusão de
outras correntes, igualmente valiosas.
• No caso, por exemplo, da tese sulivaniana, com exceção dos casos
comprovadamente orgânicos, a esquizofrenia é um distúrbio nas relações interpessoais, que se constitui a partir de intercâmbios humanos desfavoráveis no início da vida, consistindo em um estado de pânico ante a realidade, desse modo
fugindo o paciente para o autismo.
• Sob outros aspectos, as heranças genéticas, as enfermidades infecto-
contagiosas, os traumatismos cranianos respondem por
fenômenos orgânicos que se enquadram nas teorias que se
referem às constituições corporais leptossômicas, atléticas e displásicas.
• Alguns autores, como Leopold Bellak, referindo-se que, do
ponto de vista psicossomático, podem-se enumerar as
predisposições somáticas, sociopsicológicas e as causas
precipitantes psicológicas.
• Em face da variedade de conceitos, conclui-se que isso
decorre da diferença existente entre um e outro paciente,
demonstrando a multiface do problema esquizofrênico.
• De acordo com a manifestação que ocorre no enfermo, a causa
poderá estar embutida em determinadas funções orgânicas,
portanto, fisiológicas, como procedentes de conflitos
psicológicos não superados.
• E inegável que a sequela de enfermidades já referidas, infecto-
contagiosas, como a tuberculose, a sífilis, a AIDS, as sexualmente transmitidas,
podem levar o indivíduo de constituição emocional débil, ao mergulho no pensamento esquizofrênico, em
decorrência do sofrimento experimentado, da falta de esperança de cura, da rejeição social, da solidão a que
se entrega.
• Em qualquer hipótese, porém, em que seja examinado, o paciente esquizofrênico é um
espírito que perdeu o endereço de si mesmo, carregado de culpas transatas, que procura
refugiar-se na alienação, através, naturalmente, dos fenômenos orgânicos e
psicológicos que foram impressos pelo perispírito nos genes encarregados da sua
organização biológica.
• Eis por que, esses espíritos conflitivos sempre reencarnam através de pessoas que tenham
os fatores preponderantes para a formação fisiológica propiciatória
à instalação do transtorno psicótico profundo.
• Através da lei de afinidade, aqueles que estão
comprometidos perante as Divinas Leis reencarnam-se em grupos familiares, afetuosos ou não, de maneira a resgatarem juntos os débitos acumulados.
• Surgem, desde a infância, os ódios, os dramas e conflitos familiares, as exclusões, as
perseguições, os castigos físicos injuriosos, que desencadeiam as
reações psicológicas predisponentes ao distúrbio
grave.
• Quando se compreender que o espírito é sempre o encarregado de modelar a existência que lhe é
mais favorável, dispor-se-á de elementos para estudos mais
profundos em torno da loucura e suas variantes, cujas raízes estão fixadas no cerne profundo do ser.
• Manias e suspeitas, insegurança e complexos de inferioridade como de superioridade, narcisismo, timidez,
tormento sexual estão centrados em comportamentos anteriores do espírito,
que não soube conduzir-se com a necessária dignidade, defraudando os
códigos da vida, mesmo que sem o conhecimento das demais pessoas.
• O importante não é que a sociedade tome conhecimento
do deslize moral do ser humano, mas que ele o saiba, levando-o
inserido no inconsciente, que lhe constitui o juiz severo
encarregado de liberá-lo das consequências dos atos infelizes.
• Somos, portanto, da opinião de que as problemáticas dessa como de outra natureza, derivam-se dos
processos reencarnatórios malsucedidos, reaparecendo como
oportunidade de liberação dos erros e identificação com a vida e o
equilíbrio.
• Saúde mental, tanto quanto física, é resultado da harmonia que deve viger entre o Self e o
ego, estabelecendo-se uma real identificação de finalidade existencial e cumprimento dos
deveres de iluminação e de paz interior.
Livro:
Encontro com a Paz e a Saúde
Livro:
Encontro com a Paz e a Saúde
Joanna de Ângelis (Espírito)
Divaldo Franco (Médium)